#Macaca Produções
Explore tagged Tumblr posts
Photo

"Convivi diariamente com o Milton naquele período de uma maneira muito informal. Achei-o notável, muito talentoso", elogia Ian Guest Foto: Facebook/Reprodução Produtor húngaro Ian Guest relembra encontros com Raul Seixas, Milton e outros, por BRUNO MATEUS, 02/02/20, O Tempo Atualmente ele vive em Tiradentes e relembra passagens com figuras da música nacional, além de falar sobre projetos autorais Produtor, arranjador, compositor, professor e personagem que viu e viveu muita história na música brasileira desde que chegou ao país, em 1957, o húngaro Ian Guest presenciou o início da bossa nova e foi parceiro de Raul Seixas e Vinicius de Moraes. Tema do documentário “O Imperfeccionista”, de 2019, o músico completa 80 anos em maio. Ian vive tranquilo em Tiradentes e planeja novidades para 2020, incluindo seu primeiro disco autoral. Avesso aos confetes do meio artístico, a única coisa que importa para ele é a música. “Estou compondo sem parar”, diz. Você é filho de George Geszti, um pianista muito reconhecido na Hungria. Em que momento a música aparece na sua vida? Só conheci meu pai aos 5 anos, quando acabou a Segunda Guerra Mundial. Praticamente não tínhamos notícias dele. Nossa família é judaica, minha mãe também era musicista. Aos 16, eu era um jovem militante comunista, muito entusiasmado, e também estudante de música e composição. Fazia aulas de violão, piano, violino. Estava muito envolvido com a música. Meu pai também era militante político. Éramos todos comunistas – ainda sou. Viemos para o Brasil em 1957, fugindo da Revolução Húngara. Antes disso, meu pai havia conhecido um grande pianista brasileiro, o Jacques Klein, que também era judeu. Ele foi quem incentivou meu pai a vir morar aqui. Vim com meus pais e dois irmãos. Como foi seu primeiro contato com a música brasileira? Meu primeiro contato com a música brasileira foi na gravadora Odeon. Moraríamos em São Paulo, mas gostamos muito das fotografias do Rio e acabamos desembarcando na praça Mauá. Minha chegada coincidiu com os primórdios da bossa nova, estava surgindo o Clube Jazz e Bossa, no Beco das Garrafas. Aos domingos, a gente se encontrava ali. Sérgio Mendes, Tom Jobim, Luiz Carlos Vinhas, Luizinho Eça… Conheci o Baden Powell. Mas eu era muito novo e tímido, só participava como ouvinte. Fiquei seis anos na Odeon, até que descobriram que eu tinha uma leve deficiência auditiva, não era coisa séria, mas fui demitido. Foi mais ou menos nessa época, aos 20 anos, que você conheceu Milton Nascimento, antes mesmo de ele fazer sucesso com o Clube da Esquina. Em que medida esse encontro foi importante para você compreender a música popular brasileira? Ele apareceu no Rio com o Ubirajara Cabral, que tinha formado o Coral de Ouro Preto. Milton não era do coral, mas foi lá para fazer um teste para um disco. Ele conseguiu fazer esse álbum. Convivi diariamente com o Milton naquele período de uma maneira muito informal. Achei-o notável, muito talentoso. Curti muito o interesse dele pela música e a humildade que ele tinha em aprender. Comecei a ter noção do que era a música popular brasileira. Notei uma coisa com muita surpresa: aqui, no Brasil, a pessoa faz algo incrível e não sabe o que faz. Na Hungria, as pessoas sabem tudo, mas não fazem nada. Você produziu o lendário “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista”, de 1971, que reuniu Raul Seixas, Sérgio Sampaio, Edy Star e Miriam Batucada. Quais são as lembranças da gravação desse álbum? Eu era coordenador do departamento de produção nacional da CBS. Aquele álbum foi um disco-protesto contra o regime institucionalizado, foi feito para agredir a mediocridade do sistema. Aí o Raul, que era produtor da gravadora, convidou a Miriam Batucada, o Edy Star e o Sérgio Sampaio. Raul tinha acabado de chegar de Salvador. O disco foi uma irreverência fabulosa dele. O disco termina com um som de uma descarga de privada, foi ideia dele. Coloquei o microfone na privada e gravamos dentro da CBS. Raul era uma pessoa muito sarcástica, talentosíssima, e eu era irreverente como ele. Depois perdemos um pouco o contato, porque fiquei fora do Brasil de 1975 a 1979, quando fui estudar na Berklee College of Music, em Boston. Fui o primeiro “brasileiro” a se formar lá. Você foi demitido da CBS, mas não por participar desse disco com o Raul. Como é essa história? O diretor artístico da gravadora, Evandro Ribeiro, tinha ido para a Califórnia com o Roberto Carlos. Na ausência dele, fiz um disco que não deveria ter feito (risos), “Som, Sangue e Raça”, do Dom Salvador com o grupo Abolição. Era um disco maravilhoso, com recursos da bossa nova. Era um disco muito caro e não tinha nada a ver com a linha de produção da CBS, que era essencialmente voltada para a Jovem Guarda, e eu abominava a Jovem Guarda. Outra parceria importante sua foi com Vinicius de Moraes. Sim, ele frequentava a Odeon; João Gilberto e Tom Jobim, também. E eu trabalhava lá como técnico de som. Convivi muito com o Vinicius. Uma vez, ele ouviu duas músicas minhas, “Tempo de Solidão” e “Pergunte a Você”. Ele gostou e colocou letra. Temos essas duas parcerias, mas nunca foram gravadas. Isso foi nos anos 60. Quando a família dele ouviu, não houve dúvida: eles sabiam que era dele, tinha a marca e o estilo do Vinicius. Ele sabia falar de coisas simples de uma maneira muito sofisticada. Você mora em Minas há mais de 20 anos – primeiro em Mariana, e há seis anos escolheu Tiradentes para viver. Por que Minas Gerais? Eu me apaixonei pela música mineira, descobri muitas semelhanças entre a música húngara e o Clube da Esquina. Gosto do clima daqui, do povo. Minas lembra muito a Hungria, me sinto bem aqui. Minas tem uma mistura de descontração e criatividade, são pessoas organizadas. Já do Rio de Janeiro e de São Paulo, quanto mais longe, melhor (risos). Você é um dos fundadores da Bituca Universidade de Música Popular, em Barbacena, e continua dando aulas de ensino de harmonia, arranjos e laboratório de criação. A Bituca é um lugar pequeno, tem menos de 200 alunos que estudam gratuitamente. Temos aulas de violão, guitarra, baixo, percussão, vocal… Além disso, dou curso de musicalização, laboratório de criação e, eventualmente, de harmonia e arranjo. A cada quinzena, fico dois dias em Barbacena. Tudo lá é muito especial e maravilhoso. Também estou fazendo de tudo para abrir diálogo e receber o título de honoris causa na Universidade de São João del Rei. Depois do documentário, você tem levado outros projetos adiante. Fale um pouco sobre eles. O filme é do Marcelo Nicolato e da Macaca Produções e participou de festivais, já mostramos em dezenas de cidades. O Marcelo levou seis anos para fazer, foi filmado no Brasil e na Hungria. É importante deixar esse tipo de memória. Em 2019, tive a ideia de fazer meu primeiro disco autoral. Nunca tinha feito um disco meu, nem me lembrei de mim. Foi um concerto ao vivo gravado em Tiradentes com cinco músicos de São João del Rei. Dentro de algumas semanas, vai começar a venda antecipada. Outra novidade é o meu songbook, com mais de cem composições, chamado “Aventura de Lápis e Borracha”, da editora Vitale, porque só escrevo à mão. É um livro muito especial. Estou compondo sem parar. Não sou uma pessoa notória, não apareço em público, não tenho Instagram, mas sou procurado o tempo todo. Não sei lidar com essas coisas, só respondo e-mail. Não domino a exposição que se tem hoje, não dou conta. Acho que vamos ter que desligar: estou fazendo uma geleia de damasco e preciso olhar se ela não vai queimar (risos).
#Ian Guest#Milton Nascimento#Raul Seixas#Clube da Esquina#O Tempo#George Geszti#Sociedade da Grã-Ordem Kavernista#Som Sangue e Raça#Dom Salvador#Vinicius de Moraes#Tempo de Solidão#Pergunte a Você#Bituca Universidade de Música Popular#São João del Rei#Marcelo Nicolato#Macaca Produções#Aventura de Lápis e Borracha
12 notes
·
View notes
Text
Disney confirma série de animação de Howard, o Pato
Nesta segunda-feira (11), a Marvel surpreendeu a todos durante sua participação no evento da Television Critic Association (TCA) e anunciou quatro novas séries de animação originais de personagens que ninguém nunca esperou que fossem protagonizar suas próprias séries, como o pato Howard, o vilão M.O.D.O.K., a assassino Hit-Monkey e a dupla de super-heroínas Tigra e Dazzler.
Com roteiro e produção executiva de Jordan Blum e Patton Oswalt, a série de M.O.D.O.K. será focada nas dificuldades em ser um vilão egomaníaco que possui um corpo de bebê e uma cabeça gigante enquanto luta para manter o controle de sua organização maligna e não decepcionar seus pais.
Já a série do Hit Monkey, que terá roteiro e produção executiva da dupla Josh Gordon e Will Speck, contará a história de um macaca fuscata (animal popularmente conhecido como macaco japonês) que foi treinado pelo fantasma de um assassino dos Estados Unidos e agora segue um caminho de vingança no submundo de Tóquio.
Já Tigra & Dazzler Show, que terá roteiro e produção executiva de Erica Rivinoja e Chelsea Handler, contará a história de duas heroínas “esquerdistas” (Tigra e Dazzler), que assumem o papel de super-heróis atrás de reconhecimento para que algum dos roteiristas de Hollywood escrevam uma história sobre elas.
Da esquerda para direita: Dazzler, Tigra, Hit-Monkey, Howard e M.O.D.O.K. (Imagem: Disney/Hulu)
Mas a estrela principal dos anúncios é a série de Howard, o Pato. Desde o filme de 1986, essa será a primeira vez que o alienígena irá estrelar uma produção. Com roteiro e produção executiva a cargo da dupla Kevin Smith e Dave Willis, e contará a história do pato que tenta voltar para sua terra natal enquanto escapa das tentativas do Dr. Bong em transformá-lo em almoço.
De acordo com a Disney, cada uma dessas animações serão voltadas para o público adulto, e os personagens irão ainda juntar-se todos em uma única série com o nome de The Offenders – uma clara cutucada na decisão da Netflix de cancelar suas séries Marvel após a Disney revelar que iria montar o seu próprio sistema de streaming (na Netflix, os personagens Demolidor, Luke Cage, Jessica Jones e Punho de Ferro se juntaram para formar Os Defensores — The Defenders em inglês). Ainda não há um nome oficial da série no Brasil, mas torçamos para que a equipe de tradução mantenha a piada e a chame de Os Ofensores.
Todas as animações serão lançadas no Hulu (sistema de streaming americano gerenciado em parceria pela Disney, Fox, Universal e Warner), mas infelizmente ainda não há data de estreia para nenhuma das produções e nem notícias de chegarem no Brasil.
Leia aqui a matéria original
O post Disney confirma série de animação de Howard, o Pato apareceu primeiro em Tesão News.
source https://tesaonews.com.br/noticia-tesao/disney-confirma-serie-de-animacao-de-howard-o-pato/
0 notes
Text
Quer Casar Em 2016? Confira Dicas Para Economizar Na Hora Do Sim
Se esse é seu caso e você deseja se casar no civil, saiba que seu casamento não precisa ser sem graça só por causa disso! Mais, não é fácil não, antes de querer fazer casamento ao ar livre, temos que levar em conta os prós e contras de se casar ao ar livre. A escolha do tom da decoração e do mobiliário também é responsável por trazer a sensação de aconchego para cerimonial. Episódio este, que pode ser considerado irônico e cômico ao mesmo tempo, que seria uma característica desse escritor como afirma Franchetti (2003, p.49) a prosa de Camilo se compraz em ser ácido que dissolve as certezas e a respeitabilidade dos comportamentos, sem nada apresentar como contrapartida ou ponto de afirmação”.
É preciso deixar a criança escrever seus textos de modo espontâneo, permitindo a ela maior intimidade com a escrita, pois é a partir das produções de textos, que a criança vai percebendo a necessidade de adequação da língua e coerência bem como a correção de seus textos. Procure lugares para passear, vá mais à igreja, convide pessoas para um cinema, para frequentar a academia, para fazer algum trabalho voluntário.… Fora de casa existe muita vida e muitas pessoas de Deus para você conhecer.
No século XX, a cosmetologia teve um avanço extraordinário, os produtos se diversificaram e ganharam qualidade. Eles se mudaram para os Estados Unidos há pouco mais de dois anos e juntos estão vivendo um sonho Californiano. Tendo em vista os acontecimentos históricos como a Revolução Francesa, por exemplo, bem como as teorias filosóficas que dela emanaram, percebemos que legado crítico de Amor de Perdição é herdeiro de um período marcado por grandes agitações: as doutrinas da regeneração social pela guilhotina tinham alguns tímidos secretários em Portugal, e esses de ver é que deviam pertencer à geração nova” (AP, 1862, p.26).
Pensei que essa seria a primeira decisão, para saber principalmente, quantas pessoas caberiam no local. Quando os convidados para este tipo de evento são poucos e muito íntimos eu acho que a melhor maneira de convidar é ir direto ao ponto e explicar a situação para os convidados, tenho certeza de que nessas condições os amigos de verdade e familiares não se importarão. E se você quer casar na praia e faz questão de algo com um pouco mais de glamour pode ter certeza de que decoradores criativos são capazes de juntar clima praiano a uma decoração bem estilosa.
É teimoso e imprudente, e não é bem visto pelo narrador, por isso foi apresentado inicialmente como arrogante: Simão Botelho levou de Viseu para Coimbra arrogantes convicções de sua valentia” (AP, 1862, p.27) sendo movido pelo ódio em vez do amor. A minha fala nada mais é do que um convite para outros também entrar nesse vale de sombras. Os tecidos com texturas mais grossas como camurça, veludo e couro, além de elementos como tapetes e cortinas são algumas opções que Vanessa Barros, da Boutique de Cena, sugere para ocasiões como essa.
E com prazer descobrir a genialidade desse autor que não merece ser lembrado apenas como um anacrônico mago da religião do amor”. Não é privilégio só da espécie humana, em certos animais como alguns tipos de macacas também possuem. É recomendado que além do uso da maquiagem de qualidade, também que se tenha total responsabilidade ao usá-la, pois se for utilizada de maneira incorreta pode resultar em alguns danos como: alergia, olho seco, irritação, inflamação, visão embaçada, vermelhidão, contaminação da conjuntiva ou córnea, coceira, ardência, sensação de areia nos olhos, inchaço das pálpebras e secreção.
Quando nos casamos isso tudo vem pra gente e por mais que você conte com a ajuda da diarista, a responsabilidade de sempre saber que se tem no armário e que falta, de controlar volume do cesto de roupas sujas, de pagar as malditas contas de consumo - aja salário ou não - é do casal! Tenha certeza de que todos terão onde ficar e se tem espaço para os garçons andarem livremente pelo salão, sem apertos e muito menos com risco de derrubar comida em alguém. Quem escreve de forma linda, minuciosa e com propriedade é a Rito Cerimônias Especiais , especializada em fazer a cerimônia refletir a vida e amor dos noivos através de palavras e gestos. como reconquistar um amor
0 notes
Video
youtube
Veja o Bruno ao vivo em SP com a comédia da Broadway https://ift.tt/1LOP0hD | Diário Semanal #26 Mais ministros de Bolsonaro: Joaquim Levy, Mansueto e Sérgio Moro - Trabalho deixa de ser ministério - Macaca pega carona pra fugir de parque - Nova Délhi chega a grandes índices de poluição - Pescador pesca um bebê - Pepe Rapadura comenta a Black Friday - Silvio Santos é indelicado com Claudia Leitte no Teleton - Rebeca Abravanel xaveca participante do Roda a Roda - Anitta lança clipe e beija 24 pessoas - Osmar Campbell e as notícias do esporte: 35 torcedores judeus vão pra Espanha pra ver a final da Libertadores - Jogador de 14 anos bate recorde de gol mais jovem - Michel Temer fala sobre ser embaixador na Itália PARTICIPAÇÕES: Pepe Rapadura DELIO MACNAMARA https://youtu.be/QoGlGO1XaKk Esportes OSMAR CAMPBELL http://www.youtube.com/osmarcampbell GRAVADO AO VIVO NO TOP TEATRO ASSISTA AO VIVO! Mande um email para [email protected] REDAÇÃO: Osmar Campbell | Rominho Braga E MAIS: Alex Paim | Beth Moreno | Bruno Lambert | Flavio Ferreira | Lucas Ramos | Henrique Fedorowicz | Juliano Gaspar CONSULTORIA: Cláudio Torres Gonzaga REDAÇÃO FINAL: Bruno Motta CENOGRAFIA E CONCEPÇÃO VISUAL: Marcos Guimarães e Designorama PRODUÇÃO: Mary Lessa ASSISTENTE DE PRODUÇÃO: Suéllen Galhego DIREÇÃO: Simios Produções by brunomotta
0 notes