#Lenda religiosa
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historias-de-santa-maria · 1 year ago
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Fonte de Maria Feia
No Valverde havia um viúvo que tinha uma filha ainda mocinha, chamada Maria, que era toda a alegria que lhe restava. A certa altura, o homem, que tinha de trabalhar por fora e ainda cuidar da casa, resolveu dar um rumo à sua vida. Havia no lugar uma mulher viúva, sem filhos, e ele achou que o melhor que podia fazer por si e pela pequena era um casamento com a dita mulher.
Concordaram e casaram. A princípio a madrasta, para agradar o marido, tratava bem Maria, mas, com o passar do tempo, as coisas mudarame passou a ser muito má para ela. Davava-lhe da pior comida que tinha, desdenhava dela e chamava-lhe Maria Feia. Como nao queria a rapariga todo o dia em casa a ver o que fazia, pediu ao marido que arranja-se umas cabras para Maria ir vigiar.
Dava-lhe um bocadinho de pão de milho duro para ela comer e a rapariguinha caminhava ao amanhecer e só podia voltar à noitinha para casa.
Um dia, lá foi vigiar as cabras, como era costume, para o lugar de Valverde. O dia esteve muito quente, a rapariguinha deu-lhe muita sede, mas não tinha nada para beber.
Como era muito boa, começou a rezar o terço e pediu a Nossa Senhora que lhe deparasse água, porque não podia voltar ainda para casa, pois tinha medo da madrasta.
Estava a rezar quando apareceu uma senhora muito bonita ao pé dela e lhe disse:
-Esgravata aí, esgravata, que há-des achar água. E essa água há-de ser tão boa que o povo doente desta ilha que a beber há-de se escapar.
Maria Feia ficou muito admirada, mas tanta era a sede que acreditou na senhora e começou a esburacar a terra com quanta força tinha. A certa altura, a água começou a brotar. Maria lavou as mãos, fez uma concha com elas e matou a sede.
Contou a alguém o que tinha acontecido, a notícia espalhou-se e as pessoas passaram a chamar àquela nascente de água "Fonte de Maria Feia".
Essa fonte matou a sede a muitos caminhantes e curou muita gente, principalmente quando o doutor Guerra e Sá veio para Santa Maria e mandava buscar garrafões dessa água para os doentes beberem.
A Fonte Maria Feia ainda lá está no Valverde, mas toda abandonada, quase coberta de silvados e outras ervas e é desconhecida de muita gente de Santa Maria.
FURTADO-BRUM, Ângela, Açores: Lendas e outras histórias. Ribeiro & Caravana editores, 1999. pág. 32-34
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hotmomrry · 1 year ago
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— Crosses and cells
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Viver na penitenciária de Halden carregando o peso de seus crimes nas costas, não era fácil. Louis não acreditava em salvação, muito menos em Deus, até que precisou pagar todos os seus pecados com Harry, a freira que visitava a penitenciária em busca de salvar almas pecadoras.
Essa one refere-se muito ao nome de Deus e Jesus em vão. Caso não se sinta confortável, não leia.
Contém: Somnofilia, leves CNC, inocência, perda de virgindade (e menção a sangue), hierofilia (fetiche em objetos ou figuras religiosas), manipulação e outras coisas.
Hpussy (Harry mulher)
Essa one não está revisada, então perdão por qualquer erro ou algum aviso esquecido. Ela também está disponível no Wattpad.
Palavras: 10k
Boa leitura!
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"A tragédia é uma representação não da maldade, mas do sofrimento que faz parte da condição humana." - Martha Nussbaum
Nos mitos, licantropia está associada a transformação de seres humanos em lobos. Tal como homem-lobo, ou lobisomem.
Derivado da história de Lycaon, na mitologia grega, não se passa de um conto, cujo alguns ainda acreditam.
Lycaon desafiou Zeus, alimentando-o com carne humana, apesar da idolatria que possuía pelo deus grego. Entretanto, pagou por sua insolência ao ser cruelmente transformado em um lobo. De rei da Arcádia à um predador que ocupa o topo da cadeia alimentar.
Lobos são caçadores ágeis e persistentes, dispostos a correr riscos para garantir sua subsistência.
Seres humanos são predadores traiçoeiros, predispostos a matar sua própria raça em busca de créditos inválidos. Aliás, a lenda do lobisomem pode ser constantemente contada, mas ainda ocultam o detalhe de que todos possuem um resquício de um lobo fementido dentro de si.
Talvez o sangue, os gritos de incentivo, o suor que molhava as roupas laranjas surradas, o calor que esquentava a pele branca a cada segundo e aquele incansável sorriso devasso, fossem o suficiente para explicar a traição de uma matilha.
Louis havia feito Charles pagar, e faria muito mais quando seu rosto fosse examinado e descobrissem que seu nariz estava quebrado.
Era o evento do ano. As sirenes estavam ligadas, as bandejas de plástico da última refeição colidiam com as mesas de ferro brilhantes, os guardas tentavam a todo custo tirar um homem de dois metros de cima do tão combalido Louis.
Não deveria ser tão difícil se contar com o fato de que Louis Tomlinson não havia mexido um dedo desde que fora jogado no chão. Apenas seus lábios, apenas seus olhos. Eles sorriam sadicamente, os dentes tão fodidamente aparentes que eram manchados pelas gotículas de sangue que desciam de seu rosto.
Os guardas retiraram-o do chão gélido, puxando-o por seu braço onde a manga do macacão estara rasgada, exibindo a tatuagem do cervo ao lado de uma cicatriz que corria por seu ombro até o final do desenho detalhado.
Seu último olhar para trás fora para garantir que Charles Davidson estava sendo levado para a maldita solitária, e que só sairia de lá quando sua pele em decomposição fosse comida pelos ratos e seus filhos estivessem beirando a morte por conta da velhice. Ele piscou para o homem, dando um xeque-mate final em toda aquela confusão.
— Detento, confirme seu nome completo e idade. — A segurança da enfermaria falou rigidamente, tirando o crachá da roupa de Louis para que pudesse validar.
— Ah, vamos lá, Rose. Você já está cansada de me ver por aqui e meu nariz está doendo. — O guarda atrás de seu corpo apertou seu pulso. Ninguém possuía muita paciência com ele. — Louis Sánchez Tomlinson, 30 anos.
A entrada foi liberada e Louis notou quando Rose deixou escapar o ar de seus pulmões. Na noite em que passou na enfermaria desfrutando de sua companhia, a ruiva deixou escapar que o sotaque mexicano na voz grossa a fazia enlouquecer. Por esse motivo, Louis não conteve suas palavras ao pé de seu ouvido enquanto calmamente ela gozava em seu pau e chorava conforme não conseguia impedir a porra branquinha de sair de dentro de si.
Seu pai costumava dizer que o encanto da família Tomlinson era ser um Sánchez.
Todavia, não era tanta sorte carregar esse sobrenome.
De geração para geração, os Sánchez comandavam o maior esquema de tráfico de drogas da América Latina. Apesar de serem procurados nós países a fora, eram uma lenda no México. Todos conheciam, todos sabiam, ninguém dedurava. Muito pelo contrário, o sonho de muitas mães era que seus filhos se casassem com última geração da família, composta por Louis, Charlotte e Angeline.
E, apesar de estar preso na Europa - mais especificamente, Noruega -, as cartas em sua correspondência eram incessantes. Após o primeiro julgamento por seus crimes, todos vinham atrás de um pedaço seu.
Um pedaço de seu coração ou, literalmente, o seu coração. Após o primeiro julgamento por seus crimes, todos vinham atrás de um pedaço seu.
Um pedaço de seu coração ou, literalmente, o seu coração.
Aquela noite foi um pouco diferente das demais. A visita de Rose fora somente para entregar sua comida enquanto ele se recuperava. Havia quebrado um nariz, e suas reclamações de forma perturbadora direcionadas às enfermeiras fizeram com que elas relatassem para a direção tudo o que era lhes contado.
Charles incentivou a briga. Charles começou. Charles o ameaçou enquanto socava seu nariz.
E a notícia mais feliz que recebeu veio pela manhã. A enfermeira que coletava seu sangue para os exames gerais fofocava sobre os acontecimentos da penitenciária. Pelo jeito, Charles havia sido transferido para o centro de imigração, e a essa altura não poderia nem mesmo participar do funeral de sua esposa.
📿
Havia um detalhe em Halden que muitos poderiam chamar de paraíso. Porque talvez realmente fosse o paraíso das prisões, mesmo que, vivendo nela, só houvesse as listas dos piores criminosos do mundo.
Todos estavam ali, fingindo viver uma vida normal, deitando em suas camas limpas, tomando seus chás da tarde, recebendo visitas de familiares nos chalés espalhados no campo da penitenciária, desfrutando até mesmo de estudos para saírem dali ligados ao mundo exterior. Todavia, não era como se diminuir 5 anos da pena de alguns fosse adiantar alguma coisa. 5 anos de 40 era muito, mas 5 anos de 5 perpétuas fazia Louis rir.
Prisões humanizadas serviam para mostrar que eles ainda valiam a pena, que ainda tinham a oportunidade de sair dali sendo alguém. Mas também serviam para os malditos ricos não se desacostumarem de uma vida fácil.
Por isso, Louis fazia o favor de não tornar a vida de ninguém fácil. Ele tinha a garantia de que ficaria ali para sempre, assim como tinha a garantia que, independente do que fizesse, não seria mandado para uma prisão onde os ratos são seus melhores amigos e os cobertores são jornais em decomposição de 2017.
Após o café, naquela manhã, tudo estava mais tranquilo.
Todos eram mandados para uma ducha, as roupas novas eram entregues e o kit de higiene era reposto. Alguns homens pareciam crianças animadas com suas bolsinhas transparentes e a toalha branca em seus ombros. Enquanto Louis apenas verificava se, no lugar de seu fio dental, haviam colocado as pílulas que estava contrabandeando.
— Prestem atenção. — A voz feminina vinha dos auto-falantes espalhados pela prisão. Olhando para cima, todos viam a diretora debruçada na mesa de comandos, a boca perto do microfone e um sorriso em seus lábios.
Desde que ganhou sua promoção, a mulher não parava de sorrir, muito menos de falar. Louis a odiava, principalmente por agir como um maldito anjo na frente de todos enquanto chupava o pau do patriarca da família Sánchez. Havia uma grande repulsa presa na garganta de Louis, enquanto ela tentava o comprar agindo como uma madrasta, mesmo sendo alguns anos mais nova.
— Hoje receberemos a visita de algumas freiras da Catedral de Santo Olavo. Elas vieram de Oslo para fazer uma boa ação. — Dizia animada. A única parte interessante da notícia era que, provavelmente, eles estariam livres de suas tarefas. — Sejam educados, comportem-se e aproveitem um dia muito abençoado!
De todas as ideias toscas que Marie tinha, essa foi, de longe, a pior. Ninguém estava interessado em ver velhas desfilando com seus terços e suas bíblias.
— Chefe, podemos participar? — Tristan era o mais novo, não estava ali há muito tempo. Os olhos azuis inocentes, a pele pálida e os pequenos cachos loiros em sua cabeça enganavam a quem olhasse.
Ele havia colocado fogo em sua casa apenas pela satisfação de ouvir seu pai e sua mãe clamando por socorro. Em boatos, diziam que suas preces ao lado de fora da casa foram direcionados a Deus, em busca de perdoar a alma dos que queimavam lentamente dentro de sua antiga residência.
— Vá. Estão todos liberados hoje, enquanto estas perras estão aqui. — Bufou irritado, esperando que todos saíssem da mesa onde estavam sentados.
A falação no refeitório estava tirando a paciência de Louis. Os homens pareciam animados, apesar de serem apenas animais enjaulados. Alguns já estavam com suas mãos juntas em orações, outros olhavam suas bíblias e agradeciam ao bom Deus pelo dia.
Todavia, como se Jesus tivesse passado na frente deles, todos ficaram calados. As freiras entravam pela grande porta entre a área de revista e o pátio principal - que chamavam de refeitório. Em seus hábitos, elas entravam enfileiradas, sorrisos em seus rostos, o terço no pescoço por fora da roupa, os cabelos bem cobertos pelo véu escuro e as sapatilhas pisando com calma no chão limpo.
Elas tinham disciplina, mas pareciam ter muita fé também.
Fé de evangelizar pessoas perdidas. Era uma graça ver nos rostos mais velhos e, até mesmo, nos mais novos, aquela esperança de que estavam mudando alguma coisa.
Ainda sentado na última mesa do refeitório, Louis apoiou seus pés por cima da mesma, cruzando os braços em seu peito apenas para ver aquela cena patética. O palito de dente dançava em sua boca, sendo mordiscado em troca da vontade de fumar, enquanto seus olhos percorriam cada movimento das mulheres.
Elas eram como presas indo direto aos seus predadores.
Mas, em meio a organização, havia uma garota desengonçada. Primeiro, havia sido esquecida para trás enquanto tentava arrumar o véu em sua cabeça. Depois, suas pernas longas corriam para a fila, e as mãos enluvadas com renda branca seguravam em seus seios para que eles não balançassem durante o percurso.
Ela era incrivelmente bonita.
As maçãs de seu rosto estavam avermelhadas, tão pigmentadas quanto os lábios gordinhos. O nariz que se mexia lentamente na pontinha a cada sorriso animado era harmônico com os olhos verdes rútilos, tão fofo como os dentes de coelho que chamavam a atenção.
Louis enrugou a sobrancelha ao ver que, ao sair da fila para ir até os detentos, o braço coberto fora segurado rudemente pela primeira mulher — e mais velha. Entre as sete meninas, ela parecia ser a líder, beirando seus 60 anos e óculos na ponta no nariz que faziam-a se tornar ainda mais assustadora.
De cabeça baixa, a freira voltou para o final da fila, respirando fundo algumas vezes enquanto seus dedos seguravam a cruz do terço em seu pescoço.
Seus olhos estavam tão focados nela, em suas respirações profundas, em seus dedos trêmulos. Tudo o que conseguia imaginar era a mulher se acalmando em seu corpo.
Louis não era religioso, mas mostraria à ela diversas formas de agradecer ao seu Deus.
Várias das freiras se espalhavam pelo lugar. Uma delas havia um carrinho com bíblias, distribuindo com um sorriso. Sua freira apenas andava hesitante pelo lugar, recebendo olhares feios da Madre. Ela se aproximou de Jensen, sentado ao seu lado e acariciando inocentemente suas costas.
Jensen fora um dos primeiros a chegar ali, e provavelmente seria um dos primeiros a morrer por conta de sua idade.
A diversão dele? Era envenenar homens e depois empalhar seus corpos. No "Museu de Corpos" em seu porão, foram encontrados mais de 20 homens empalhados, com idades entre 20 e 50 anos. Apesar de tudo, Louis o achava um senhor gentil, e ótimo no dominó.
Ele era tão gentil que escutava cada palavra da freira, mesmo sendo abertamente ateu. Havia um sorriso genuíno nos lábios nos dentinhos de coelho, falando com entusiasmo sobre a bíblia. Não estavam muito distantes de Louis, o que facilitava seu entendimento sobre o versículo que citava.
Aquilo durou mais tempo do que Sanchéz suportava. No entanto, ao final, Jensen ganhou um beijo em sua bochecha e um panfleto que a freira havia escrito à mão.
Louis não costumava se assustar, muito menos fugir de seus problemas. Ele só não conseguia suportar o caminhar feliz em sua direção, deixando claro que sentaria ao seu lado.
— Senhor Sanchez! — Ela falava contagiante, lendo no crachá pendurado no pescoço dele. — Muito prazer, eu me chamo Harry. Harry Styles. — Estendeu a mão. Louis não apertou, fazendo-a recuar aos poucos.
— Mirar, no me interesa la palabra de Dios, corazón. — Falou rápido, na intenção dela aceitar que eles não falavam a mesma língua.
— Oh! Podemos hablar tu idioma. — E não adiantou nenhum protesto. Lá estava Harry, sentada ao seu lado, exalando um perfume doce de maracujá. — Cómo estás? — Questionou animada.
— Porra, você é mesmo insistente, não é? — Sua voz não era irritada, apesar do descontentamento. Mas aquilo fez Harry se afastar um pouco, parecendo assustada.
— Desculpa... Me perdoa. — Engoliu a seco. Os olhos verdes pareciam brilhar, mas agora por suas lágrimas que os enchiam.
Louis não estava ligando para o seu choro. Não ligava para o seu sofrimento. Mas mulheres chorando eram dramáticas, escandalosas e desnecessárias. Massageando sua têmpora, aproximou a mão do joelho coberto da freira.
— Mirar, eu não deveria ter falado isso. — Limpou a garganta, ainda acariciando seu joelho. — Só não estou interessado em Deus. — Mas, talvez, estivesse interessado nela.
— Não. Está tudo bem. Eu só... — Olhou para a mão de Louis encostando em si. - Fico muito animada com essas visitas. A madre Carrie já disse que preciso melhorar isso. — Suspirou. — Você pode não me tocar assim, por favor?
Louis afastou sua mão no mesmo instante. Ela ajeitou o hábito em seu joelho, tirando de sua pequena bolsinha um panfleto com escritas à caneta. Era fofo, com muitos corações, muitas mensagens motivacionais e o seu número, caso alguém precisasse de uma visita. Fora gentil de sua parte, tão gentil quanto as covinhas em suas bochechas.
— Deus está com você, Sanchez. Mesmo que não acredite nele. — Louis riu, concordando.
— Me chame de Louis, okay? — Tirou o palito de seus lábios, lendo com calma o cartão.
— Tudo bem... — Ela voltou a se aproximar. — Veja, Louis. Se um dia você quiser mudar de opinião sobre a palavra Dele, você pode me ligar. Ou se não tiver visitas, estarei disposta a vir.
— Claro, por supuesto. — Molhou os lábios, vendo como Harry mordiscava o seu inferior nervosamente. — Aliás, preciso que o pecado saia de mim, não acha?
— Se estiver disposto a se limpar, eu irei engolir cada gota do seu pecado. Mamãe diz que eu sou como uma enviada de Deus. Eu posso curar qualquer um. — A forma inocente como dizia aquilo mostrava que realmente não havia maldade em sua cabeça.
Isso fodia complemente com Louis. Porque ela falava que iria sugar cada gota de seu pecado com um sorriso no rosto, enquanto seus dedos apertavam o crucifixo e as pernas comportadas se cruzavam por baixo da mesa. Sanchéz planeava em sua cabeça o que havia por baixo daquele hábito, se os peitinhos intocáveis o fariam se deprecar tanto quanto Harry clamava pelo seu Senhor.
— Claro, acredito nisso. Já me sinto até mais convencido de aprender sobre. — Mentiu, sorrindo. — Deseja conhecer nossa capela?
O brilho de Styles pareceu voltar. As mãos batendo palmas animadas fizeram um sorriso brotar nos lábios do homem. Ele não estava feliz por sua felicidade, muito menos animado para entrar dentro da capela da penitenciária pela primeira vez. Era só a pequena felicidade de vê-la levantar sem jeito e, inconsequente, rebolar a cada passo que dava.
Louis foi logo atrás, olhando para o lado que sentiu olhos queimando suas costas. Era Tristan. Olhava confuso, parecendo decepcionando quando, com seus dedos, o mais velho simulou uma vagina, passando a língua entre eles.
No mesmo momento Harry se virou sorridente, entrelaçando seu braço ao de Louis, como se não tivesse medo ou nojo de si. Ela nem mesmo se tocou da cena anterior, falando apenas que deveriam andar mais rápido.
Harry Styles era de outro mundo, um mundo onde Louis queria conhecer para ver se havia mais dela por lá.
— Me conte mais sobre você, Louis. — Sua falação começou. Já estavam do lado de fora, caminhando pela grama até a capela não muito distante.
— Não vejo nada de interessante para saber. Me conte sobre você. Resumidamente.
— Ah, claro! Eu tenho vinte anos, nasci na Inglaterra, meus pais participam ativamente da igreja, então meu sonho era virar freira. — Deu um pulinho, mas não desgrudava do braço do homem. — Já passei por muitos países, sabia? Estou aqui na Noruega já faz alguns meses... Mas acho que não quero ir embora. — Suspirou tristonha.
— Então não vá. É um ótimo lugar, morei aqui por dois anos, antes de ser preso. — Harry riu baixinho, fazendo Louis também rir.
— Qual sua idade? Você é de qual país? — Questionou.
— Tenho trinta e cinco, e sou do México. — Ela pareceu surpresa, parando os dois antes de entrar na capela.
— Eu sempre quis ir ao México! Mas a mamãe dizia que iriam me traficar, ou eu acabaria envolvida com drogas. Isso é horrível, acho que ela está errada! — Ao mesmo tempo que suas palavras eram para Louis, pareciam ser para si mesma. Uma conversa confusa. Harry era confusa.
Louis apenas afastou a porta da pequena capela, deixando Harry entrar antes. Seguiu o corpinho a sua frente, vendo o olhar admirado pelo bom cuidado do lugar.
Apesar dos passos curtos, Styles parou de forma estática no meio da capela, parecendo se concentrar em algo. O barulho aumentava gradativamente, deixando-os confusos, até que a visão de Brandon e Tyler saindo do quartinho de pertences surgiu.
Eles iam desajeitados por trás do púlpito sagrado, Brandon segurava o namorado em seus braços com força, não medindo esforços para entrar e sair de dentro. Era uma imagem insana, engraçada para alguns, excitante para outros. Já para Harry, parecia ser assustadora.
Os homens não notavam a presença dos dois, nem mesmo quando estavam se apoiando no púlpito para que falicitasse os movimentos, enquanto Tyler mordia o ombro do outro homem, contendo seus gemidos.
— Harry, vamos embora. — Sussurrou, tentando privar sua voz do eco que fazia ali dentro.
A garota não se movia, não piscava, nem mesmo respirava.
Libertinagem aos olhos de Harry deveriam-a matar por dentro. A pequena conclusão dá-se ao fato de que, em alguns segundos, as orbes verdes estavam molhadas, deixando que lágrimas quentes, pesadas e dolorosas escapassem de seus olhos.
Enquanto, para Louis, o sexo era algo incrível, libertador, prazeroso, para Harry era, simplesmente, dilacerante pecar. Quando ela pôde de mexer, fora apenas para pegar o terço em seu pescoço, o enrolar em sua mão e amassar em seu peito, acima de seu coração.
Não restava opções a Sanchéz, a não ser cobrir os olhos úmidos e a puxar dali, correndo com seu corpo paralisado.
Ao lado de fora, Harry abraçou Louis.
O abraço pode ser a forma mais pura de confiança, mas também a chave mestra do medo. Desabar em um abraço é como ter a segurança de que não irá ser levado pela correnteza.
— Harry, o que aconteceu? — Era muito tarde para Louis se livrar.
— E-eu... — Respirou fundo, caindo novamente no choro. — eu não sei. Eu nunca tinha visto isso, Lou. — Louis enrugou o cenho ao ouvir o apelido. Ele odiava apelidos. — Eles estavam violando a casa do senhor! — Respondeu tão decepcionada e brava, afastando-se para olhar nos olhos azuis.
— Aqui não tem muitas opções de privacidade.
Harry pareceu não gostar daquilo, saindo de perto de seu corpo.
— Eles vão para o inferno, Louis. — Ao mesmo tempo em que parecia sentir pena, ela aparentava sentir raiva.
— Você não vai, certo? Então por que se preocupar com os outros? — Riu.
Louis não entraria naquela discussão sobre o inferno.
Aliás, se Deus é amor, por que ele defenderia a punição eterna? Por que, de alguma forma, o inferno seria um local de tortura após a morte quando, na terra, todos convivem com seus próprios demônios?
Afinal, o inferno, quem faz, são as pessoas que habitam a terra.
— Eu preciso me livrar disso! — Gritou, esperneando.
— Não há do que se livrar, Harry. — Tentou o acalmar.
— Eu estou doente, eu estou muito doente, Louis. — Dizia desesperada.
Quando, naquela tarde, Harry saiu correndo pelo jardim segurando gentilmente em sua intimidade, Louis percebeu que a doença era apenas excitação.
E então, mesmo inconsequentemente, nos próximos dias Louis se tocava no chuveiro pensando no quão molhada a freira havia ficado, se a calcinha com o cheiro doce teria ido para o lixo, se ela pensava no quão gostoso seria um pau a fodendo.
Mesmo não sendo convertido a Deus, Louis ansiava converter Harry ao pecado.
📿
O doce e o amargo. O frio e o quente. Extremos opostos que se completam.
Doce e quente pode ser descrito de forma confusa para alguns. Mas a doçura nos lábios, a doçura no olhar, a doçura no palato combinam com o conforto quente. Dias quentes, um café quente, cálido abaixo das cobertas. É um encaixe, um quebra-cabeça perfeito.
Louis não costumava conhecer a sensação do doce e quente. Era tudo tão morno ou frio. Pessoas mornas, climas mornos, comidas mornas, estratégias frias, lugares frios. Misturado com o amargo, a combinação era perfeita, mas imperfeita aos que vivenciavam.
A palavras doce lebrava-o de Harry. Seu perfume feminino, o toque feminino, o abraço quente e confortável. Ou aquele olhar, tão meloso, convincente e puro. Dava-lhe a vontade de segurar em suas mãos, deslizar sua língua, fazê-la ferver ainda mais em seus dedos.
Cerca de 1 mês havia se passado; as freiras ainda apareciam na penitenciária, as bíblias ainda eram lidas, orações ainda eram feitas e Harry ainda estava ali. A diferença era que, durante as três visitas durante o mês, Harry só falava com Louis para ler um versículo. Ela havia ficado fria, graus tão baixos quanto a temperatura ao lado de fora. Se esforçasse um pouco mais, Harry nevaria por seus ouvidos e narizes.
Na quarta visita, Harry não apareceu. Ela não estava desengonçada no final da fila, seus olhos inocentes e a risada tímida não estavam mais ali. Dessa vez, outra freira substituía seu lugar. Aparentava estar na mesma faixa de idade que Styles, mas certamente, mais extrovertida. E se Louis não estivesse enganado, ela olhava para os caras sentados no refeitório como um belo prato de comida.
Ele estara certo, na verdade. Em menos de dez minutos desde a chegada, a mulher se sentou ao seu lado. Ela acariciou sua perna, riu escandalosamente, leu um versículo devagar e perguntou, com os olhos pingando luxúria, se Louis estava disposto a foder sua garganta em algum canto escuro.
Com toda repulsão e enfurecimento, Sanchez a fez engasgar diversas vezes, até que estivesse pedindo para parar enquanto batia em suas coxas e chorava lágrimas salgadas. Aquela mulher era um erro, algo que não deveria estar ali. Ela era uma substituta barata, um demônio vestido de diabo, um pecado já cometido.
Louis não queria ser apenas um servo de tentações. Ele queria estar nos sonhos de Harry e ser chamado de Incubus, estar na frente de Harry e ser chamado de tentação em carne e osso, estar dentro do hábito de Harry e ser chamado seu.
Ele precisava daquela voz, daquele corpo, daquela alma, e daquela inocência derramando sangue em seu corpo e saliva em seus lábios. Necessitava da dança entre o pecado e a vontade de rezar ao final de um sexo quente. Ser devoto a Harry, ser devoto ao seu corpo.
Tirando o papel enfeitado do bolso de sua camisa, Louis comprou uma ficha para o telefone. Não sabe-se quantas vezes ele respirou fundo até que fosse corajoso o suficiente para discar o número nas teclas de metal e ouvisse tocando.
"Essa ligação está sendo feita diretamente da Penitenciária Halden, direcionada ao nome do registro como Harry Styles."
A voz da segurança falava. Eles estavam sempre ali redirecionando ligações e monitorando as conversas. Não demorou muito para que a linha da segurança ficasse quieta, sendo substituída por uma voz doce e calma, que parecia sorrir com seus lábios roseos.
— Louis? No que posso ajudar? — Para Louis, era como um sonho.
— Ey corazón... — Sussurrou, sentindo o peso sair de seu peito. — Cómo estás? No viniste hoy. — A voz era rouca e baixa. Sua testa estara encostada na parede, enquanto os olhos fechados focavam em cada palavrinha dita, e até mesmo em sua respiração.
— Eu estou ótima, Louis! — Por mais que o homem desejasse ouvir que ela estava mal, que estava com saudade, que fora obrigada a não estar ali hoje, não foi o que aconteceu.
— Pensei que a veria hoje. Aconteceu alguma coisa?
— Oh, claro que não! Mas o padre precisava de algumas de nós para acompanhá-lo até um hospital em Oslo. Passamos toda a manhã orando enfermos e comemorando a recuperação de um paciente. — Harry aparentava estar tão feliz com aquele feito. Aquela felicidade genuína o excitava.
— Estará aqui na semana que vem? — Houve um silêncio, junto a um pigarreio e um soar nervoso de seus lábios.
Alguma coisa estava acontecendo, mas Louis ainda não tinha entendido bem. Segundos se passaram, os olhos azuis encontraram os do segurança que ficara um pouco afastado dos telefones. Ele o olhava desconfiado, enquanto o detento apenas se concentrava em Harry.
— Sigues en la llamada? — Questionou se Harry permanecia ali, por conta do silêncio.
— Sim, estou aqui. — Respirou fundo. — A Madre me proibiu de voltar a fazer as visitas com elas. Disse que eu não agrego em nada.
— Ela está mentindo, corazón. — Falou um pouco alto e alterado. — Aconteceu mais alguma coisa?
— Não importa...
— Claro que importa, diga. — Ordenou. Harry parecia agitado.
— Eu confessei ao padre sobre o que vimos na igreja, ele me bateu algumas vezes para que o Senhor me perdoasse.
Louis estava irado. A ligação poderia estar em silêncio da parte de Harry, apesar de Sanchéz respirar fundo e resmungar alguns palavrões, mas não tão alto para que Harry não escutasse. Se encontrasse aquele homem, ele o faria engolir seu próprio pênis.
Quem, nesse mundo, se achava bom o suficiente para punir Harry? Aquela garota de alma tão limpa e pura sendo manchada por açoites de um pecador nato, que se esconde atrás de uma roupa enquanto tortura mulheres por seu próprio prazer. Era inadmissível.
— Veja, Harry. — Segurou o telefone firme em suas mãos. — Solicite uma visita íntima comigo. Eu estou disposto a aprender aquilo que Deus têm para nos ensinar.
A notícia veio como uma rajada de felicidade para Harry.
— Deus! Eu não consigo acreditar nisso. — Gritou animada. — Estarei fazendo a solicitação nesse instante, Louis. Será uma longa jornada.
Rindo, Sanchez apenas desligou o telefone, colocando-o no gancho. Harry estara vindo o ensinar, mas não tão bem quanto ele a ensinaria.
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A forma como o sol acordava na Noruega era, de certa forma, renovador. Acompanhado da melancolia do frio com pequenos raios quentes, os detentos estavam sempre em um ótimo humor para o banho de sol, agasalhados com toucas, casacos e suas meias grossas. Do pátio principal era possível acompanhar a neve deterretendo abaixo de seus pés, assim como pingando gotas geladas em suas cabeças ao que escorria das paredes.
Apesar de nascer sempre da mesma forma, o sol veio de uma forma diferente para Louis, naquele dia. Ele havia passado toda a manhã esperando em seu quarto, na esperança de que os guardas chamasse-o logo. Aliás, na noite passada, avisaram que Harry Styles estaria em Halden, apenas para uma visita íntima com ele.
Trajando o macacão rotineiro e um sorriso largo, os guardas levaram-o até o chalé depois da hora do almoço, com as alegações de que precisaram de um grande protocolo para tocar em Harry e fazer a revista em seu corpo.
Claro, Harry jamais deixaria com que alguém violasse seu corpinho.
Fora surpreendente para Louis entrar no chalé. Durante os anos de prisão, ele jamais havia tido uma visita íntima. Sua família, na maior parte das vezes, apenas o ligava ou mandava cartas. Era compressível, já que a maioria estava sendo caçado pela polícia.
Quando seus pés estavam dentro da pequena casinha, ele respirou aquele ar doméstico. Estavam longe da prisão, longe do cheiro de homens, longe do cheiro de aprisionamento, e perto do cheiro da liberdade. Outros chalés cercavam o local, mas a privacidade era incrível. O escolhido para os dois era composto por uma sala com sofá, poltrona, uma televisão, uma mesa para refeições e uma pequena cozinha, além do banheiro em uma porta visível.
A decoração era completo em cores chamativas, e a estrutura completamente de madeira. Era quentinho, confortável e aconchegante.
O guarda orientou tudo o que havia para orientar, colocando-o sentado em uma poltrona enquanto buscava por Harry.
Não demorou muito para que o cheiro doce adentrasse o local. Mesmo virado de costas para a porta, reconhecia aquele caminhar delicado. Os guardas trancaram a porta e logo estavam a sós.
Louis não se moveu, esperando até que Harry estivesse em sua frente. Trajando o mesmo hábito, um sorriso feliz e uma bíblia em sua mão, os olhos atentos encontraram as orbes azuis, esticando a mão para cumprimentá-lo.
— Louis, é ótimo vê-lo novamente. — A garota entusiasmada apertou sua mão com delicadeza, sentando-se nó sofá de frente para ele. As pernas comportadas estavam juntas, com a bíblia apoiada nelas por cima do pano preto.
— Digo o mesmo.
— Bom, nosso tempo aqui não é muito longo, então devemos começar. — Sugeriu.
— Claro. Pode começar. — De forma em que Harry encolheu seu corpo, Louis andava em sua direção, sentando-se ao seu lado no sofá de três lugares.
Harry demorou demasiados segundos até que estivesse abrindo a bíblia e encontrando um dos livros que leria. As unhas perfeitamente cortadas passavam pela folha, até que se concentrasse em boas palavras. Louis observava em silêncio, apenas aspirando seu cheiro gostoso.
— Ore comigo, Louis. — O corpo, antes virado para frente, se moveu um pouco para a direção do detento, trazendo a mão de Louis para que estivessem junto a sua.
O "Pai Nosso" deslizava por seus lábios. As pálpebras trêmulas estavam fechadas, os cílios escuros tocando as maçãs vermelhas de suas bochechas. Louis acompanhava a oração, arrastando as mãos até que sentisse a calidez da pele alheia.
— Amém. — Harry pronunciou, parecendo tão satisfeita a cara expressão que concedia ao outro.
— Amén. — Sussurrou Louis.
As mãos foram separadas, e a freira se afastou um pouco de seu corpo.
— Você gostaria de desabafar seus pecados para que possamos orar por eles?
— Eu mal saberia por onde começar... — O maior pecado dele, naquele instante, era desejar sua mão por baixo daquela roupa.
— Por que está aqui, Louis? Digo, na prisão.
Sanchez respirou fundo, levando a cabeça para o lado em uma encenação ao que fingia estar abalado com a pergunta. Styles tocou seu ombro, arrastando os dedos por cima do macacão laranja. Parecia tão triste com a pergunta que fizera.
— Eu passei tanto tempo da minha vida vendendo drogas, Harry... A minha família é dona do maior cartel de drogas da América Latina. — Fungou. — Eu não quero mais fazer isso.
— Você se arrepende, Louis? Olhe para mim. — Os olhos azuis lamentáveis olharam no rosto da freira, vendo a pena que continha ali.
— Eu me arrependo.
— Então Deus perdoará você, querido. — Sorriu, tocando o peito do homem, bem acima de seu coração. — Está disposto? — Louis assentiu, tocando a mão dela por cima de seu coração.
Com a voz tão firme, Harry começou a ler uma passagem bíblica.
"O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia". Foi o que Louis ouviu antes que as lágrimas saíssem de seus olhos. Eram rios, onde Harry passava a navegar com seus dedos trêmulos. Ela parecia tão nervosa, mas tão destemida.
— Está sentindo em seu coração, Louis? Você sente a presença do nosso senhor nessa sala? — Louis concordava tão rápido, respirando fundo quando a olhou nos olhos.
Um farsante nato trajando um sorriso grande.
— Eu não consigo me concentrar, Harry. — Uma lufada de ar deixou sua boca. — Preciso tocar em você para me concentrar.
— O que você está dizendo, Louis?
— Deixe-me tocar seu corpo para estar ainda mais perto do Senhor. — Harry parecia assustada.
— Toque minha mão, eu não posso negar seu pedido. — Dizia inocente, os olhos grandes esperançosos.
— Eu preciso tocar seu corpo por baixo da roupa. — O choro voltou. — Eu sou tolo, me perdoe...
Louis se afastou, levantando-se e se distanciando de uma Harry confusa. Seu rosto parecia se perguntar o que estara acontecendo. A bíblia foi deixada na mesa de centro e seu corpo também se levantou, mas permanecendo no mesmo lugar.
— É pecado, Lou. Você não pode tocar o meu corpo.
— Minha intenção era apenas aprender e ser perdoado, corazón. — O pulso se arrastou pelas bochechas, limpando as lágrimas que molhavam o rosto. — Minha professora me deixava chupar os peitos dela enquanto me ensinava.
Harry arfou surpresa, as bochechas coradas como tomates recém colhidos.
— Eu irei para o inferno, já aceitei o destino.
As palavras eram manipuladoras e sujas, Louis estava jogando sozinho, porque Harry não fazia ideia da potência daquele jogo de azar. Era uma garota perdida que desejava salvar aqueles que não podiam ser salvar. Ela respirava fundo enquanto olhava para Louis sem saber o que fazer.
— Você não irá para o inferno, Lou. Eu não permitirei isso. — A voz suave tentou acalma-lo.
Foi então, em apenas um piscar de olhos, que o olhar maldoso encontrou os dedos de Harry. Os dígitos desabotoavam os botões do hábito, deslizando o zíper logo em seguida. A pele esbranquiçada ja era visível conforme Styles tirava a roupa, deslizando-a pelos seus braços e dobrando-a no canto do sofá.
O véu preto ainda cobria seu cabelo, e Louis questionava qual seria a cor dos fios. Agora, os braços tímidos tentavam esconder seu lindo corpo, assim como o sutiã bege e a calcinha da mesma cor escondiam seus peitos e sua intimidade.
— Qué estás haciendo, corazón?
— Você pode tocar em mim, caso isso o faça se concentrar. — Sorriu tímida. — Podemos continuar?
Louis sorriu vitorioso, concordando. As pernas longas se sentaram novamente no sofá, enquanto o homem voltava para onde estava. Harry tinha a bíblia em suas mãos, enquanto Louis aproximava os lábios da pele macia, deixando beijos em sua clavícula. A alça deslizou pelo ombro largo, deixando exposto um de seus seios.
Ele era gostoso, grande e com o biquinho rosado. A pele estara arrepiada, automaticamente deixando o mamilo enrijecido. O polegar acariciou ao redor de sua aréola, fazendo com que Harry engolisse a seco.
— Você vai mamar? — A pergunta de Harry era inocente, com seus olhinhos focados nos movimentos e sua mão apertando a bíblia com força.
— Eu estou salivando por esse peitinho, corazón. — Louis sussurrou sorridente, segurando o biquinho entre seus lábios e começando a mamar com vontade.
Ele encarava Harry, que tomava coragem de continuar a ler os versículos separados na bíblia. A mão de Louis adentrou a outra parte do sutiã, amassando-o em seus dedos, esfregando a palma pelo biquinho e se tocando do exato momento em que Harry cruzou suas coxas, apertando-as uma contra a outra.
— “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos... — Harry engasgou quando os dentes finos puxaram o mamilo, mordendo-os com tamanha força que fez o corpo da mulher se erguer. Talvez fosse o primeiro gemido de Harry, tão desconexo e alto, gritado e apreciado. — e a verdade não está em nós.” — O final da passagem bíblica saiu em gritos e prantos, Styles chorava, as gotas grossas pingando no rosto de Louis.
— Ele irá me perdoar, Harry? — Louis afastou seus lábios roseos, descendo a mão pelo corpo semi nu, segurando firme na cintura modelada. — O Senhor está vendo como eu estou me esforçando?
— E-ele... — A respiração ofegante, os peitos quase se esfregando no rosto barbado e seus dedos amassando as páginas que seguravam. — Deus está o perdoando, você consegue ouvir bem minhas preces?
Sanchez sorriu, piscando lentamente ao concordar.
Harry passou a rezar baixinho, Louis conseguia identificar como um "Ave Maria". Sua boca caminhava até o outro seio, marcando a pele e chupando com gosto. A sucção forte fazia com que gemidos surgissem em meio às preces, enquanto Louis era devoto aos peitos em sua boca.
— Deus, perdoe-o, ele está tentando buscar a paz, o perdão, a remissão de seus pecados. — Era excitante a forma que Harry tinha seus olhos fechados, sua cabeça tombada para trás no encosto do sofá e os lábios abertinhos fazendo suas orações.
— Por que está fechando suas pernas? — Perguntou, pressionando os dígitos em seu quadril e colocando ainda mais do peito em sua boca.
— Está doendo. Minha intimidade dói muito.
— Como no dia em que você viu a cena da igreja? — Harry abriu seus olhos assustada, assentindo envergonhada. — Não a chame de intimidade, corazón. É sua bucetinha, não soa melhor?
Louis afastou lentamente as coxas, ajoelhando entre suas pernas. A freira pressionava sua mão na própria barriga, tentando aliviar a vontade de tocar a buceta molhadinha. A lubrificação escorria na calcinha, deixando-a manchada.
Ele apareciou verdadeiramente, beijando as gordurinhas em sua barriga, mordendo a pele, beijando o pequeno caminho de pêlos até sua calcinha.
— Leia mais, eu vou resolver seu problema. Preciso me concentrar em suas palavras, elas já tocam meu coração. — Consentindo imediatamente, Harry abriu mais suas pernas.
Os dedos tatuados brincaram com o tecido grosso, tirando-o do corpo com facilidade, mesmo que o tecido agarrasse as coxas grossas. A visão da mulher bem aberta, usando apenas seu sutiã que estara solto em seu corpo e o véu que escondida seu cabelo, era fodidamente quente. Caso ela tivesse um cigarro entre seus lábios, Louis já teria chegado ao orgasmo.
Sua intimidade parecia intocada. Os lábios grossos, o contorno rosinha e com pêlos ralos, o melzinho escorria da entrada apertada e o clitóris aparentava estar vermelho de tesão. Louis deslizou apenas o polegar por toda a buceta, encharcado-a com a lubrificação. O corpo relaxado de Harry, ganhou tensão.
— Ainda dói... — Reclamou, gemendo quando a saliva cuspida de Louis atingiu seu pontinho. — Acho que não deveríamos mais fazer isso. — As pernas fecharam, expulsando Louis.
— Você é tão linda, Harry... A sua bucetinha é linda, as suas pernas são lindas. — Respirou fundo. — Mas claro, se você acha que não devemos, talvez não seja certo.
— Você me acham mesmo linda? — Sorriu envergonhada.
— Sim, claro. E tudo o que eu queria, era fazer você se sentir bem. — Molhou seus lábios com a ponta da língua. — Tudo bem, eu arranjarei outra freira para limpar meus pecados e receber alguns toques.
Encarando o rosto envergonhado, Sanchez notou quando os olhos encheram de lágrimas tristes. Se estivesse dentro da sua cabeça, talvez o sentimento principal a se sentiria seria confusão. Harry parecia tão confusa, tão em dúvida de seus próximos passos, mas tão excitada conforme esfregava suas coxas apressadamente.
— Arranjará outra para chamar de linda? — Ela soluçou, permitindo que as gotículas salgadas descessem por suas bochechas. Os lábios tremiam, parecendo tão abalada e desconecta daquele mundo.
— Talvez eu deva, não acha? — As pernas longas pareciam abrir inconscientemente, fazendo com que, novamente, o homem se encaixasse ali.
Dessa vez, ele subiu por seu corpo, deixando um beijinho abaixo de seu seio ainda úmido, e subindo selares até seu queixo.
— Não... Não faz isso, Louis. — O choro era desesperador. Com um sorriso cafajestes em seus lábios e a ponta de seu nariz acariciando o rosto alheio, o homem lambeu suas lágrimas, que atingiam seu palato com um gosto delicioso de excitação e sofrimento.
Estando por cima de seu corpo, Louis apoiava o joelho entre suas pernas, socando-o em movimentos brutos contra a intimidade molhada. Harry gritou, tremendo conforme, de forma rápida, o joelho coberto com a calça laranja era socado contra seu clitóris.
— Está doendo! — Ela gritou, agarrando nos abraços apoiados nas laterais de seu corpo, quase que penetrando seus dedos na pele tatuada. — M-mais, Lou. — Seus olhos bonitos foram rolados dentro de suas pálpebras, mal conseguindo encarar as orbes azuis.
— Corazón... — Sussurrou rindo. — Gusta que te maltraten? — Ele podia sentir o calor, gozo e a forma como ela se contraia em seu joelho, assemelhando-se a uma adolescente que acabou de descobrir os prazeres de se esfregar em uma superfície. — Vamos, vagabunda, comece a orar para mim.
Em um ato repentino, Harry estava se livrando do véu em sua cabeça, deixando com que cachos amassados caíssem sob seus ombros. Eram longos, castanhos e, ao suspirar fundo, Louis descobriu que cheiravam a baunilha.
— Senhor, ensinai-me a ser generosa. Ensinai-me a servir-Vos como Vós mereceis. — Ela rezava, assim como fora ensinado na igreja durante os últimos anos. A diferença é que, ao invés de estar cercada de pessoas, ela estava cercada de estímulos. — A ofertar sem calcular os custos; a lutar sem reparar nas feridas. — A respiração descontrola a fazia se perder, enquanto Louis era tão insistente em pressionar o joelho contra seu pontinho.
O pau de Louis pulsava com aquela imagem, marcando completamente sua roupa e a cabecinha vermelha apertada no elástico na calça. Ele abaixou a calça até que apenas a glande estivesse aparecendo. Harry que estara prestes a falar, foi calada quando a mão bruta agarrou seus fios e a fez brutalmente beijar a glande molhada.
— Quero que você prove do meu gosto. Eu serei sua óstia, Harry. — Falou convencido, sentindo a boquinha deixar beijinhos e lambidas. — E no dia em que eu gozar dentro de você, serei seu vinho.
Jogando-a novamente contra o sofá, ele abriu ainda mais as pernas esbranquiçadas em sua direção, curvando-se para chupar sua bucetinha.
A língua corria peloe grandes lábios e chupava os pequenos, mamando forte em seu clitóris e ouvindo os gritos escandalosos.
— Diga, Harry, a quem você irá idolatrar? — Sua mão firme a estapeou em sua xotinha, deixando-a ainda mais vermelha.
— A você! — E aquilo soou como um grito desesperador, vindo de um orgasmo logo em seguida. O melzinho escorria, lambuzava seu corpo e a boca de Louis.
A língua molinha lambia, enquanto tentava penetrar, mas sentia-se apertado. Quando. desistiu, por um resmungo de Harry, ele a deixou no sofá.
Harry estara completamente destabilizada, com suas pernas abertas, sua mão acariciando o biquinho de seu peito e os olhos fechados. A respiração ofegante afundava sua barriga, e o corpo ainda sofria alguns espasmos. Sua freira estara acabada, destruída e complemente gozada.
— O que eu fiz? — A pergunta saiu baixa, mas não desesperada. Ela parecida genuinamente curiosa.
— Você sentiu tanto prazer, gostou tanto de ser chupada que gozou. — Louis se aproximou novamente do corpo, sentando-se na ponta do sofá. Os dígitos deslizavam pela barriga ofegante.
— Isso foi muito bom, Lou.
— Mas você não pode contar para ninguém, okay? — Harry assentiu, deixando um risinho escapar. — É um segredo nosso, e se o padre souber, ele irá bater em você. E aí, eu serei obrigado a matá-lo. — Um beijinho foi deixado no rosto cansado.
Enquanto Harry parecia pegar no sono, Louis se levantou devagar, ajeitando a ereção em sua calça e arrumando a bíblia jogada no chão. Ele saiu em passos lentos, mas ao chegar na porta, ouviu um resmungo.
— Sanchez... — O chamou, fazendo com que ele virasse. — Você pode me tocar sempre que quiser orar. Não precisa pedir, Deus está permitindo.
Com aquilo, Louis apenas riu e saiu do chalé.
📿
Em uma liberação de hormônios, adrenalina e emoções, o medo é uma resposta do organismo a uma estimulação aversiva. Um pequeno susto no esconde-esconde pode levá-lo até mesmo a um ataque cardíaco, enquanto ameaças sérias podem apenas fazê-lo acelerar o coração.
Mas até onde o medo é real?
Até onde o medo não se passa apenas de um medo crônico ou um gatilho que se tornou maior do que realmente é?
Quando, na noite anterior da próxima visita de Harry, Louis o ligou e recebeu apenas um choro incessante com palavras desconexas, ele tentou explicar que o medo era superficial, uma invenção dos filmes de terror para que o público temesse espíritos e pessoas.
Louis não gritou, não alterou sua voz e não se irritou ao que Harry desligou em sua cara.
No próximo dia, Harry não apareceu.
E então, durante as próximas duas semanas, Harry também não apareceu. As ligações eram rejeitadas, as cartas voltavam para a penitenciária e as visitas das freiras eram sempre incompletas.
Ele já estava ficando cada vez mais impaciente, a cada toque rejeitado na ligação, Louis batia fortemente o seu punho contra o telefone, não suportando mais a espera daquele tratamento de silêncio.
Foi durante uma aposta no dominó com Jensen que Louis usou a ficha registrada no nome do senhor para ligar. Dessa vez, Harry não rejeitou.
— Jensen! Quanto tempo. — Sua voz era completamente entusiasmada, tão doce e alegre. Louis queria chorar de saudade.
— Harry, me escute. No cuelgues el teléfono, corazón. — Ele pediu baixo e calmo. A linha ficou em completo silêncio, nada além da respiração alterada da garota. — Quero que você esteja aqui amanhã. Em suas palavras, eu poderia tocar você sempre que quisesse orar.
Era sujo, ele sabia. Mas se fosse necessário matar um batalhão para ter Harry ali, ele faria.
— Você não vai decepcionar Deus, não é? — Ela continuava não respondendo. — Você é uma freira tão esforçada, vai mesmo me deixar na mão? Vai me deixar ir para o inferno por egoísmo?
— Não. — Foi um sussurro, tão calminho e quase um silêncio.
— Então marque a visita para amanhã de manhã, teremos muito o que fazer.
A garota fungava do outro lado, ele conseguia ouvir bem, e imaginava os olhinhos segurando suas lágrimas. Ela deveria estar linda, pronta para dormir e com o pequeno coração batendo fortemente.
Os dois desligaram, sem mais palavras.
Na manhã seguinte aconteceu exatamente o que Louis esperava. O sol ainda não havia nascido quando retiraram-o de sua cela e levaram-o até um chalé. Era diferente dessa vez. O guarda que o guiou parabenizou seu ótimo trabalho de algumas semanas atrás, dizendo que uma cama seria muito melhor para os dois.
Seu punho ganhou tensão, pensando se ele havia visto sua garota nua, todavia, desistiu de questionar assim que a porta fora aberta e a figura de Harry sentada na mesa de jantar apareceu em sua visão.
A cabeça baixa não permitia que Louis encontrasse seus olhos, mas os dedos emluvados com renda batendo incessantemente contra a mesa de madeira, deixavam claro seu nervosismo. Em nenhum momento ele desejou que Harry temesse sua presença, só que agora estava em uma situação controversa à sua vontade.
Não houve um abraço, um cumprimento, um sorriso. Era apenas um silêncio, como se o mundo a sua volta estivesse no mudo. Apesar de desejar a falta de audição, ele sabia que Harry apenas não estava falando, nem mesmo respirando perto dele.
— Eu quero me explicar, Harry. — Sentou-se ao seu lado na mesa. — Eu posso fazer isso?
— Explique-se para Deus, Louis.
O homem respirou fundo, olhando a sua volta. Era um lugar aconchegante, com uma cama de casal na extremidade oposta da mesa, uma televisão, a cozinha em frente a eles e sacolas de papel com o café da manhã dos dois.
— Mas eu quero que você ouça, que você me perdoe. — Tentou tocar sua mão, sendo rejeitado.
— Por que você me chama aqui se não está disposto a ser perdoado por Ele? — Louis não tinha palavras na ponta da língua, perdendo-se ainda mais quando os olhos opacos encontraram os seus.
— Eu estou.
— Então ore, Louis. Peça perdão. — A cadeira fora afastada, fazendo com que o homem se assustasse.
As mãos cobertas abriram a bolsa de crochê pendurada no escoto da cadeira, retirando uma pequena bíblia, um terço de madeira com uma e uma cruz média, normalmente utilizada para pendurar nas paredes.
— Reze o terço, Louis. Bolinha por bolinha. A bíblia é para você ler e a cruz para você pendurar em sua cela. — A voz não parecia tão abalada quanto na última ligação que tiveram. Harry parecia um pouco mais firme, talvez por Louis ir tanto contra sua fé.
— Certo. Eu farei isso. — Ele abriu a bíblia. — Você irá me perdoar?
— Se Deus o perdoar, quem sou eu para não fazer o mesmo? — Com um pequeno sorriso doce, Harry passou a desabotoar seu hábito, abrindo-o como da última vez. Os sapatos pretos também foram retirados, deixando apenas as meias brancas. O véu, assim como a roupa, saiu de sua cabeça, sendo dobrado na cadeira.
O corpo angelical fora livrado do sutiã e de sua calcinha. Louis estara perplexo, mas não tanto quando Harry se sentou na mesa, ao lado da bíblia e abriu suas pernas. Ela não estava molhada, muito menos parecia excitada. Era como um brinquedo para que o detento mantesse sua concentração.
Com seus dedos ágeis, Sanchez tocou as coxas leitosas, acariciando enquanto, com a outra mão, segurava o terço.
— Senhor, eu peço perdão por ter cometido diversos pecados. Eu peço perdão por não ter sido alguém bom.
— Diga em voz alta tudo aquilo que você fez.
— Eu peço perdão por matar, por perseguir e por alimentar meus lobos com a carne dos meus inimigos.
— Você se orgulha disso, Louis? — Ela perguntou, segurando o pulso de Louis e levando a mão até sua intimidade. — Se orgulha de mandar com que pessoas me persigam?
O terço era segurado fortemente em sua mão, enquanto seus olhos fechados faziam-o se controlar de seus sentimentos.
Afinal, quem realmente era Louis?
Para Harry, ele fora apenas mais um pecador que caiu por prazeres, pelas drogadas, pela necessidade.
Para o mundo, para a mídia e para os juízes de seus casos, Louis fora um psicopata, como gostavam de chamar.
Todas as suas obsessões durante a vida tornaram-o doente pelas pessoas pessoas que se apaixonava. Ele perseguia como se fosse uma atividade normal, afastava todos aqueles ao redor de seu alvo e, no final, se estivesse cansado o suficiente, apenas dava um fim na vida.
Era nítido em sua mente o momento em que foi acusado de ser um stalker, com sua psiquiatra o diagnosticando com o perseguição obsessiva. Dois anos depois, seu imóvel no interior da Noruega fora encontrado com seus três lobos de estimação se alimentando de carne humana.
A notícia durou alguns anos, até que a família Sanchez abafasse todo o caso.
Quando Harry conversou com ele noites atrás, ela dizia estar com medo após pesquisar seu nome na internet, e também encontrar um homem tirando fotos suas na igreja. Louis riu e explicou que o medo era superficial, que ele não era da forma que ela estava lendo.
Alguns dias depois, o padre que insistia em bater em Harry, apareceu morto e crucificado.
— Fala para o senhor, Louis. Fala que você se arrepende de ser insano! — Ela gritou, forçando os dedos dele em seu clitóris.
Lobos e seres humanos são traiçoeiros. Harry era apenas uma presa nas mãos de seu caçador.
— Do que você me chamou, Harry? — Ele perguntou calmo, apreciando a reação dolorosa que Harry teve ao que um dedo estava dentro dela.
— Você é insano, maluco, doido, Louis. — Dizia tentando expulsar o dedo de seu interior. Louis, com um sorriso brincando em seus lábios, segurou firme o terço, antes de o desferir no rosto de Harry.
— E você está ficando molhada com isso, corazón. Não está? — O peito da mulher subia e descia ofegante, seu rosto marcado estará virado, enquanto as pernas se apoiavam na mesa, deixando-a ainda mais aberta.
O terço de madeira atingiu novamente o rosto ferido, em uma sequência de gritos e que saiam dos lábios grossos e o barulho do objeto contra a pele. Mais um dedo a penetrou, forçando cada vez mais no buraquinho apertado.
— O meu corpo é um templo do Senhor, Louis! — Chorosa, suas palavras saíram gritadas. — Você não pode me machucar.
A gargalhada maldosa fora ouvida, enquanto o terço espancava seus peitos. Ela parecia bambear, com suas mãos cobertas escorregando na mesa de madeira e rosto sem direção para onde ir. Sempre que o virava, Louis batia ainda mais forte.
— Para de tentar expulsar meus dedos, vagabunda. — Ele forçou ainda mais, fazendo-a cair de costas na mesa. A bucetinha estara molhada, encharcando os dedos de Louis sempre que ele ia e vinha com mais força, fodendo-a de forma gostosa e apertada.
Mesmo gritando entre dor e prazer, ela tentou expulsar Louis mais uma vez, contraindo e forçando para que ele saísse de dentro dela. Quando Louis realmente retirou, o corpo relaxou e ela se livrou de suas luvas, tocando seu clitóris em uma massagem gostosa. Ele tinha consciência de que ela sentir falta de ser preenchida, ou não estaria se abrindo ainda mais e se contraindo no nada.
— Eu não posso tocar o templo de Deus, não é? — Riu, desferindo o terço com força no meio de suas pernas, fazendo-as tremer e Harry choramingar. — Mas ele pode. — Não foi uma pergunta, soou como uma afirmação completamente convicta. — Esse seu "Deus" pode comer sua buceta com a porra do pau imaginário dele, mas eu só posso gozar imaginando o seu gosto.
Harry sussurrava algo não entendível, com sua pele se arrepiando completamente quando Louis passou a acariciar. A diferença era que, ao invés dos dedos molhados, a madeira da cruz deslizava por sua pele, tocando seu pontinho e descendo por toda a intimidade, até estar penetrando-a. Seu quadril se ergueu e sua bucetinha se contraia em volta da madeira. A figura de Jesus crucificado em metal tocava seu clitóris, fazendo-a gemer ainda mais alto.
— O Senhor está comendo você, amor. Ele está comendo antes que eu encha você com o meu gozo. — Harry voltou a apoiar suas mãos na mesa e a erguer seu corpo, olhando para Louis. A expressão de prazer em seu rosto era insana, com os lábios abertinhos proferindo o quão gostoso aquilo era, enquanto sentia a buceta virgem sangrar na cruz, misturando-se com a lubrificação. — Eu não sou generoso? — Aproximou-se do rosto suado, capturando seus lábios para um beijo desajeitado.
— Mais forte, por favor. — Ela sussurrou, segurando firme no cabelo de Louis e rebolando na cruz ainda mais forte.
Ela era insana, a ponto dos peitos pularem com a força em que ela se arriscava em sentar na madeira.
— Eso, corazón, siéntate más fuerte — Os gemidos de Harry pareciam cortar sua garganta, e o aperto no cabelo de Louis demonstrava a vontade que ela estava de chegar em seu ápice.
Os dedos desengonçados brincavam com seu pontinho, beliscando-o para conseguir gozar. Quando Louis meteu uma última vez, Harry gozou na cruz.
Ela jogou no corpo do homem no mesmo instante em que ele retirou o objeto de dentro dela, abraçando seu pescoço e envolvendo as pernas em sua cintura, gemendo no pé de seu ouvido quando a ereção tocou a buceta dolorida.
Foi o tempo dela deitar na cama e ter seu corpo coberto para estar adormecendo.
Sanchez a deixou se recuperar, vendo a vista da janela enquanto tomava seu café da manhã que fora deixado ali. Vez ou outra Harry soltava um resmungo, mudando de posição na cama. Louis apenas olhava e sorria, enquanto o tempo passava.
Aproximava-se das onze da manhã quando Louis se deitou ao seu lado, puxando o corpinho para si. Os lábios desceram por sua pele, beijando seu maxilar, chupando sua clavícula e tirando o lençol de seus peitos para que pudesse chupar. Harry parecia atender aos toques, gemendo o nome de Louis.
Ele chupou seu seio, mamando até que sua mão que contornava a xotinha sentisse molhar. Louis acariciou devagar, sabendo que deveria estar sensível, e ao que o toque parou, ele conseguiu ouvir a voz mansinha.
— Continua... — Sussurrou, ainda apreciando seu sono.
Cansado de rejeitar suas ereções, Louis se livrou de sua roupa, punhetando seu pau com agilidade. Ele tocou a cabecinha inchada, molhando seus dedos e os levando até a os lábios entreabertos. Harry chupou devagar e ele forçou ainda mais, abrindo a boquinha alheia.
Ajoelhado na cama, guiou seu pau até a boca gostosa, adentrando-a aos poucos enquanto sentia a língua deslizar pelo comprimento. Forçou em sua garganta, estocando en movimentos lentos e prazerosos. O revirar de seus olhos fora inevitável depois de tantas noites imaginando como seria. Ela engolia cada centímetro, fechando seus lábios nas veias.
Quando Louis começou a forçar ainda mais em sua boca, os olhinhos verdes abriram, não tão confusos, mas com as pupilas dilatadas. Perdida no que fazer, Harry chupou a glande, mamando e passando sua língua pelo prepúcio.
— O que eu posso fazer pra você melhorar, Lou? — Louis acariciou seu rosto, puxando-a por seus cabelos até que ela estivesse com a cabeça tombada na ponta da cama. — Isso dói. — Reclamou manhosa pelo puxão.
— Fique quietinha que eu vou melhorar, okay? E a abre a boca. — Ela sorriu, deixando a boca aberta enquanto Louis estava em pé na sua frente, com o pau sujando seu queixo.
Ele meteu dentro da boquinha sem dó, sentindo as vibrações da garganta apertarem seu caralho. Fodendo a boca fortemente, podia ver a elevação na garganta alheia, apertando seus seios com excitação enquanto Harry apertava a elevação com seus dedos.
Se aquele era o inferno e aquela sua condenação, Louis desejava pecar ainda mais para pagar os pecados fodendo a boca gostosa de Harry. A saliva quente que envolvia seu pau também escorria por seu queixo e por suas bochechas, e os olhos marejados pareciam pedir para parar, apesar de Harry só engolir ainda mais.
A mão que antes estara em seu peito agarrou o nariz da garota, não permitindo que ela respirasse, e então os pés agoniados batessem na cama fortemente, até que Louis estivesse enchendo sua garganta com a porra quente.
— Engole tudo. — Ele mandou, saindo devagar e levantando Harry para que ela não ficasse tonta.
— Eu... não aguento mais, Lou. — Tossiu, engolindo a porra presa em sua garganta.
As bochechas coradas e o rosto suado faziam jus as suas palavras, mas era a vez de Louis se aliviar.
— Não seja egoísta, Harry. Deus não gosta de menininhas egoístas. — Acusou.
— Não estou sendo. — Fez um biquinho.
— Você deixou o Senhor aproveitar de você, e eu não posso?
— Eu não disse isso... Você pode! — Tentava contornar a situação, voltando a abrir suas pernas.
— Mas disse que estava muito cansada para me ter. — Voltou para a cama, deitando Harry e beijando seus lábios. — Eu sei que você é muito boa pra mim. — Ela assentiu, ficando tímida.
Louis encostou os peitos fartos em seu peitoral, passando a perna de Harry por cima da sua e encaixando a glande na entrada de sua bucetinha. Com um beijo em seus lábios, ele entrou de uma só vez nela, começando movimentos fortes.
— Dói muito... — Ela sussurrou contra os seus lábios. — Mas é tão, tão, tão gostoso. — Movimentou seu quadril contra o pau de Louis, com ele saindo e entrando de uma forma tão bruta, mas tão terna.
— Eu não quero que ninguém toque no que é meu, Harry. Está entendendo?
— Sim, senhor. — Sorriu, deslizando as unhas pelas costas alheias e segurando em seu braço tatuado.
Louis levantou a perna dela segurando em sua coxa, deixando-a ainda mais aberta pra ele foder seu buraquinho. Estocando, sentia as unhas afundarem em sua pele e ele se contrair. Os olhares se encontraram quando ela apreciava com admiração a cena explícita do pau sendo completamente engolido por sua xotinha, molhado com seu mel.
— É lindo, não é? — Louis questionou, rindo. Ela apenas se agarrou ao seu corpo, gozando fortemente em um squirt que, na tentativa de expulsar Louis de dentro dela, ele agarrou em sua bunda, amassando a carne forte enquanto mantinha-se fodendo a buceta até que estivesse gozando.
A dor misturada com prazer fora deixada em uma mordida forte de Harry em seu pescoço, com ele permanecendo agarrado a ela deixando beijos molhados em seu ombro.
Espero que tenham gostado, porque ela me agradou bastante! Não esqueçam de falar o que acharam e que as minha ask está sempre aberta para críticas, ideias, etc. Obrigada por lerem e até a próxima! 🩷🥹☝🏻
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irunevenus · 26 days ago
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Vampiros e Bruxas: O Uso da Morte e do Sangue de Crianças em Mitos, Religiões Antigas e Crenças sobre a Juventude Eterna
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A figura do vampiro e da bruxa tem sido, por séculos, sinônimos de maldade e poder sobrenatural. Ambos compartilham uma característica sombria: a crença no uso da morte ou do sangue de crianças para rejuvenescer ou adquirir poderes especiais. Esses mitos, que alimentam a imaginação popular, possuem raízes profundas em antigas práticas religiosas, rituais de sacrifício humano e crenças sobre o poder vital do sangue. Neste artigo, vamos explorar a interseção entre vampiros, bruxas e o uso do sangue infantil como um elixir da juventude eterna, mergulhando na realidade das religiões antigas e crenças ao longo da história, e investigando a controversa teoria moderna sobre o andrenocromo, que liga celebridades ao suposto uso dessa substância como método de rejuvenescer.
Vampiros, Bruxas e o Sangue de Crianças: Mitos e Medos Compartilhados
Tanto o mito dos vampiros quanto o das bruxas contém elementos relacionados ao uso do sangue humano — especialmente o sangue de crianças — para alcançar poder, longevidade e juventude. Esses mitos, embora diferentes em suas raízes culturais, refletem o mesmo desejo humano por imortalidade e rejuvenescimento, utilizando a vida e a vitalidade dos outros como uma forma de alimentar o próprio corpo e alma.
Vampiros: Sangue como Fonte de Imortalidade
Os vampiros são retratados como seres imortais que precisam do sangue dos vivos para manter sua juventude e vigor. O ato de sugar sangue, especialmente de jovens ou crianças, é visto como uma maneira de absorver a vitalidade e energia da vítima. Esse conceito está presente em mitos antigos, como o das estriges da mitologia romana, espíritos demoníacos que se alimentavam de crianças.
Na cultura europeia medieval, vampiros eram temidos não apenas por sua imortalidade, mas também pela crença de que atacavam as pessoas mais vulneráveis, como crianças, para garantir sua sobrevivência. O sangue das crianças era considerado especialmente poderoso, pois simbolizava pureza, vitalidade e força vital, o que tornava essas vítimas as mais desejáveis para vampiros que buscavam a juventude eterna.
Bruxas: Sacrifícios e a Busca por Juventude
As bruxas, por outro lado, são frequentemente associadas ao sacrifício infantil, tanto na literatura quanto nas lendas. A história das bruxas canibais que se alimentam de crianças aparece em várias culturas, incluindo o famoso conto de Hansel e Gretel, onde uma bruxa atrai crianças para devorá-las. Na Europa medieval, acreditava-se que as bruxas realizavam rituais de magia negra em que utilizavam o sangue e os corpos de crianças para obter juventude e poder.
A Condessa Erzsébet Báthory, conhecida como a Condessa Sangrenta, é um exemplo de como essas crenças foram projetadas na realidade. Báthory foi acusada de torturar e assassinar jovens mulheres para se banhar em seu sangue, acreditando que isso preservaria sua juventude. Embora as acusações possam ter sido exageradas, a história de Báthory reflete a antiga crença no poder do sangue para manter a vitalidade e retardar o envelhecimento.
Sacrifício Humano e Religiões Antigas: O Sangue como Elixir da Juventude
O conceito de que o sangue, especialmente o de crianças, poderia ser utilizado para propósitos mágicos e rituais não é exclusivo dos mitos de vampiros e bruxas. Muitas religiões antigas praticavam sacrifícios humanos, incluindo o de crianças, acreditando que isso apaziguaria deuses, garantiria boas colheitas, traria prosperidade e, em alguns casos, prolongaria a vida dos participantes.
Sacrifícios Humanos na Antiguidade
Um dos exemplos mais conhecidos de sacrifícios humanos é o da civilização asteca, que realizava rituais em que as vítimas, frequentemente prisioneiros de guerra, eram sacrificadas aos deuses. Entre os astecas, o coração era removido enquanto a vítima ainda estava viva, e o sangue era oferecido aos deuses. Embora a prática tenha se concentrado mais em prisioneiros do que em crianças, o sacrifício de jovens também ocorria em ocasiões específicas, com a crença de que o sangue jovem era mais puro e poderoso.
Na antiga Cartago, havia práticas que envolviam o sacrifício de crianças ao deus Baal-Hammon, especialmente em tempos de crise ou necessidade de bênçãos. Essas práticas eram vistas como uma forma de apaziguar as divindades e garantir proteção ou prosperidade à comunidade.
O Andrenocromo e o Suposto Uso por Celebridades: Realidade ou Teoria da Conspiração?
Nos tempos modernos, a ideia de que o sangue de crianças poderia ser utilizado para rejuvenescer ganhou nova vida através da controvérsia em torno do andrenocromo. O andrenocromo é uma substância química derivada da oxidação da adrenalina (epinefrina), e tem sido objeto de várias teorias conspiratórias, que afirmam que ele é extraído do sangue de crianças em rituais e usado por elites, incluindo celebridades, como uma espécie de "elixir da juventude".
O que é Andrenocromo?
O andrenocromo é um composto real, estudado principalmente no contexto da neurociência. No entanto, ao contrário do que algumas teorias sugerem, não há evidências científicas de que o andrenocromo tenha propriedades rejuvenescedoras ou de longevidade. A ideia de que o andrenocromo pode prolongar a juventude foi popularizada pela ficção, mais notavelmente no livro "Medo e Delírio em Las Vegas" (1971), de Hunter S. Thompson, onde o composto é retratado como uma droga alucinógena de efeitos intensos.
Nas últimas décadas, teorias conspiratórias se espalharam online, alegando que celebridades e elites globais utilizam o andrenocromo, extraído do sangue de crianças traumatizadas, para manter a juventude e o poder. Essas alegações, embora amplamente desacreditadas por especialistas, persistem como parte de um submundo conspiratório que mistura medos antigos com narrativas modernas.
Realidade ou Fantasia?
Embora existam práticas legítimas de pesquisa sobre o papel da adrenalina no corpo, não há absolutamente nenhuma base científica para as alegações de que o andrenocromo tenha qualquer poder de rejuvenescer ou prolongar a vida. Assim, as conexões entre celebridades e o uso de andrenocromo para juventude eterna são infundadas e não passam de uma versão moderna de antigos mitos de consumo de sangue.
Sangue como Simbolismo de Vida, Poder e Juventude
O sangue, ao longo da história, foi visto como um símbolo de vida, poder e força vital. Em muitas culturas, o sangue era considerado sagrado, sendo utilizado em rituais para conectar os seres humanos aos deuses, à natureza ou à eternidade. A crença de que o sangue poderia oferecer poderes especiais, como longevidade ou imortalidade, está profundamente enraizada em tradições místicas e mitológicas.
Na Idade Média e na Renascença, o sangue jovem, particularmente o sangue de crianças, tornou-se associado ao rejuvenescimento. Embora as lendas de bruxas e vampiros tenham distorcido essa ideia em histórias de horror, a crença no poder do sangue jovem permaneceu presente na cultura popular, alimentando medos sobre o sacrifício infantil e o desejo pela juventude eterna.
Conclusão
Os mitos de vampiros e bruxas, ambos centrados no uso da morte ou do sangue de crianças para fins de rejuvenescimento e imortalidade, estão profundamente enraizados em antigas práticas religiosas e crenças culturais. Embora esses mitos sejam amplamente fantasiosos, eles refletem um medo humano universal: o envelhecimento e a mortalidade. O desejo por juventude eterna é uma constante histórica, e o sangue — tanto em antigas religiões quanto em teorias modernas conspiratórias como as do andrenocromo — continua a ser visto como um veículo simbólico para transcender os limites da vida.
Através dos séculos, o uso do sangue, real ou imaginário, alimentou histórias de poder, medo e corrupção. E, embora as alegações de rituais contemporâneos envolvendo celebridades sejam infundadas, elas mostram como os mitos antigos ainda podem ressoar e evoluir nas complexidades da cultura moderna.
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guigmuller · 3 months ago
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É com uma imensa alegria que anuncio o nascimento do meu próximo livro, intitulado: O Conclave.
Segue abaixo a sinopse da obra:
O CONCLAVE
SINOPSE DA OBRA
No ano de 2872 no Brasil, um bebê foi abandonado na porta de um mosteiro onde vivia diversos franciscanos. O bebê sendo uma menina, acabou se desenvolvendo muito bem no meio de todos aqueles homens que ela considerava como pais. Porém, os frades contavam para a menina que ninguém nunca tinha conseguido encontrar os seus pais biológicos e isso para a criança era algo de extrema tristeza em seu coração.
Enquanto isso, em Coimbra, em Portugal; uma família sem condições financeiras resolveu ceder a sua única filha, para que ela pudesse se tornar uma freia, levando-a a um convento onde ela se tornaria uma religiosa enclausurada.
Os anos foram se passando e as duas meninas resolveram continuar os seus estudos em Teologia e Filosofia no Vaticano, com as orientações devidas do Papa. Mas o que elas não poderiam imaginar era que ao chegar no local, as lendas sobre o Santo Graal, os cavaleiros templários e a descendência real de Jesus de Nazaré e de Maria Madalena, que elas sempre leram desde criança, pudessem ser verdade, gerando com isso, diversas consequências para a própria igreja católica em questão.
Como a Igreja Católica irá reagir com todas essas revelações?
Qual será os papéis dessas duas meninas para a igreja católica?
Como os fiéis irão reagir quando descobrirem que tudo aquilo em que eles mais acreditaram durante séculos e mais séculos de história, possa estar a prova de contestações?
Essas e outras perguntas serão respondidas ao longo desse romance histórico.
#oconclave
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sanctaignorantia · 2 years ago
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Devil's Minion fanmades!
Voltando com mais fanmades e agora do maior casal de todos, porque sim! haha
Levando em consideração toda a agitação do fandom em relação a season 2 e as possíveis interações do Armand com o Daniel (e elas vão existir, caso contrário eu mato o Rolin Jones), resolvi fazer mais alguns fanmades de capa de livros - é a única coisa que sei fazer, perdão!
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Confesso que a qualidade nunca é boa, não sou boa com isso. Mas, na verdade, a capa com a pintura realmente ficou melhor, tenho que admitir.
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O quadro usado como plano de fundo:
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The Vision of St Peter - Tintoretto
Data: c.1556
Estilo: Mannerism (Late Renaissance)
Género: pintura religiosa
Materiais: oil, canvas
Dimensões: 420 x 240 cm
"De acordo com a lenda, uma visão da Cruz trouxe Pedro de volta a Roma, onde ele foi crucificado de cabeça para baixo. Os quatro anjos, que lembram figuras voadoras no Juízo Final de Michelangelo, têm asas parcialmente transparentes de cores diferentes. Eles podem ser os quatro arcanjos Miguel, Gabriel, Rafael e Uriel, ou podem simbolizar as quatro virtudes teologais do Amor de Deus, Caridade, Fé e Esperança. Os dois anjos no topo, pelo menos, provavelmente foram pintados a partir do mesmo modelo tridimensional. Tintoretto intencionalmente coloca a chave de ouro do céu entre as coxas de São Pedro. As comédias contemporâneas não nos deixam dúvidas sobre o simbolismo erótico da chave. Foi também o tema da peça satírica La chiave (A Chave) do amigo de Tintoretto, Anton Francesco Doni. Uma vez que Pedro é claramente mostrado aqui como o primeiro papa, esta ousada piada pictórica pode ser vista como evidência do sentimento anti-papal generalizado na Veneza renascentista."
texto retirado daqui
O quadro eu escolhi de forma aleatória, juro.
O começo do capítulo em ptbr:
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pesquisaunikr · 1 year ago
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SPOILER 1: O Plot.
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“Talvez o Clube de Ocultismo possa explicar melhor o que acontece por aqui, principalmente às três da manhã, mas quem sou eu para falar por eles? Ou melhor, pode ser difícil encontrar algum integrante que saia por aí dizendo que pertence ao clube. Muito menos poderia divulgar quais as pautas mais faladas por lá...
Dizem também que alguns barulhos noturnos podem ser de experimentos que alguns alunos da KAIST costumam elaborar. Quem nunca passou uma madrugada estudando, não é mesmo? Mas aqui, quem vos fala, não recomenda. Quando seu professor pergunta o que você faz da meia noite até seis da manhã, eu apoio que descanse.
O tradicionalismo e a excelência acadêmica andam lado a lado, porém, parece que esse tradicionalismo que predomina desde os anos 1970, também arrasta algumas dúvidas, lacunas e incógnitas. Muito se diz que o fundador da KAIST só obteve sucesso através de um pacto financeiro. Outros, dizem que o pacto não só foi financeiro. Ouvi falar que existiu uma seita religiosa entre os poderosos, incluindo grandes empresas que, a partir daquele momento, serviram como aliadas e possuem um laço até hoje. 
Sabe aquele estágio bacana que você conseguiu? Ele pode ter sido através do seu esforço, ou não... Provavelmente, você faz parte de um pacto ao assinar a sua matrícula. Ainda tem certeza de que aceita os termos e pretende continuar? O que acontece por aqui, diz a lenda, pode afetar todo o seu futuro de forma positiva ou negativa. A escolha é sua. 
Ah... O fundador? Foi exonerado há alguns anos... A notícia que tomou conta dos burburinhos da época dizem respeito a um escândalo de corrupção. Outros, dizem que foi muito estranho o incidente acontecido em um dos blocos logo após o ocorrido. Entretanto, a situação não muda muito se pensarmos que o atual reitor é o seu filho mais velho. 
O legado continua.”
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7alunosdosm · 1 year ago
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𝗗𝗲𝘀𝗰𝘂𝗯𝗿𝗮 𝗼 𝗔𝘂𝘁𝗼 𝗱𝗮 𝗖𝗼𝗺𝗽𝗮𝗱𝗲𝗰𝗶𝗱𝗮
𝘖 𝘲𝘶𝘦 𝘰 𝘧𝘪𝘭𝘮𝘦 𝘦 𝘰 𝘭𝘪𝘷𝘳𝘰 𝘳𝘦𝘱𝘳𝘦𝘴𝘦𝘯𝘵𝘢𝘮?
𝗢 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗲𝘅𝘁𝗼 𝗵𝗶𝘀𝘁ó𝗿𝗶𝗰𝗼 é 𝗻𝗮𝗱𝗮 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗿𝗲𝗮𝗹𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗵𝗶𝘀𝘁ó𝗿𝗶𝗰𝗮 𝗱𝗮𝗾𝘂𝗲𝗹𝗲 𝗺𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼, 𝘀𝗲𝗷𝗮 𝗻𝗼 𝗮𝘀𝗽𝗲𝗰𝘁𝗼 𝗰𝘂𝗹𝘁𝘂𝗿𝗮𝗹, 𝗽𝗼𝗹í𝘁𝗶𝗰𝗼, 𝘀𝗼𝗰𝗶𝗮𝗹 𝗲 𝗲𝗰𝗼𝗻ô𝗺𝗶𝗰𝗼. 𝗘𝗻𝘁𝗲𝗻𝗱𝗲𝗻𝗱𝗼 𝗶𝘀𝘀𝗼, 𝗾𝘂𝗮𝗹 𝗼 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗲𝘅𝘁𝗼 𝗵𝗶𝘀𝘁ó𝗿𝗶𝗰𝗼 𝗱𝗲 𝗼 𝗔𝘂𝘁𝗼 𝗱𝗮 𝗖𝗼𝗺𝗽𝗮𝗱𝗲𝗰𝗶𝗱𝗮?
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Um clássico da cultura nordestina! Usando contos do cordel como base de seu roteiro, comédia e críticas, As aventuras de João Grilo e Chicó, dois nordestinos pobres que vivem de golpes para sobreviver. Eles estão sempre enganando o povo de um pequeno vilarejo, inclusive o temido cangaceiro Severino de Aracaju, que os persegue pela região. Isso, todo mundo sabe. Mas vamos falar de sua representação.
A história é uma sátira aos poderosos, com a crítica a hipocrisia presente na sociedade como exemplo o Padre, o Major, o Padeiro, etc, também presente a discriminação dos pobres, e crítica ao materialismo. É uma obra tão importante pois é uma reflexão dos problemas que ainda persistem na sociedade brasileira, como exemplo, dentro desse contexto, temos o João Grilo, que é a figura que representa os pobres oprimidos, é o homem do povo, é o típico nordestino amarelo que tenta viver no sertão de forma imaginosa, utilizando a única arma do pobre, a astúcia, para conseguir sobreviver.
Os instrumentos culturais mais relevantes na peça são as crendices e a literatura de cordel da realidade regional brasileira, mais precisamente da realidade regional nordestina. Acredita-se que as lendas, mitos, contos populares e fábulas não fazem parte apenas do exótico no mural da literatura brasileira. A peça baseia-se em três histórias dos romances populares nordestinos: ��O castigo da Soberba”, “O Enterro do Cachorro” e “A História do Cavalo que Defecava Dinheiro".
O título da obra remete à noção de que o homem é um ser passível de erro, mas é possível que seja perdoado, por intermédio da "Compadecida", Nossa Senhora, que, na Igreja Católica, é considerada pelos fiéis a advogada capaz de interceder pelos pecadores junto a Jesus Cristo.
O processo de apropriação dos elementos da cultura popular pelos meios de comunicação de massa, tendo como objeto de estudo, a representação da devoção mariana na obra cinematográfica “O Auto da Compadecida”. A devoção a Nossa Senhora consiste em uma manifestação marcante da cultura e religiosidade popular brasileira.
Trata-se de uma história vivida no Nordeste Brasileiro, contendo fortes elementos da tradição e da cultura, além da forte influência da literatura de cordel. Possui também um enredo todo voltado para a religiosidade católica, e traz influência do barroco católico brasileiro: mistura tradição religiosa com cultura popular. Apresenta os valores religiosos e morais, e termina com o julgamento das personagens perante o acusador (Satanás), a Compadecida (defensora dos mesmos) e Emanuel (o próprio filho de Deus).Quanto à linguagem, é fortemente influenciada pelo vocabulário e linguagem oral da região nordestina, utiliza muitos regionalismos e se ajusta à linguagem dos personagens segundo sua classe social.
" JOÃO GRILO: Está esquecido da exploração que eles fazem conosco naquela padaria do inferno? Pensam que são o cão só porque enriqueceram, mas um dia hão de me pagar. E a raiva que eu tenho é porque quando estava doente, me acabando em cima de uma cama, via passar o prato de comida que ela mandava para o cachorro. Até carne passada na manteiga tinha. Para mim, nada, João Grilo que se danasse. Um dia eu me vingo."
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anazogh · 1 year ago
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Marcas da Devoção
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A pluralidade étnica e cultural é uma característica marcante desta civilização, embora nem sempre tenha sido assim. Com um passado marcado por guerras e intolerância que nenhum dos presentes vivenciou, qualquer historiador poderia prever um futuro distópico, violento e repleto de segregação, caso a humanidade chegasse longe o bastante. Os ancestrais nem mesmo podem ser considerados antepassados deste povo, dada a grande diversidade de credos, raças e costumes que sequer existiam antes. O mundo de outrora era simplesmente outro.
Todos que vivem aqui têm o direito de cultuar seus próprios deuses, mas não existem tantas religiões quanto se poderia imaginar. Diz-se que antigamente havia mais deuses do que homens, mas agora eles são cada vez mais escassos. Embora Moggaz, o Deus dos Valentes, não atenda e nem mesmo ouça as preces, Herólion é conhecido pelo povo do Norte como um deus piedoso, capaz de proteger os mais fracos e conceder bênçãos para todas as crianças.
No total, existem quatro religiões, mas apenas três igrejas. Já que Moggaz não ouve as preces e não possui estátuas em sua homenagem, cultuá-lo é inútil. Aqueles que acreditam nele apenas o fazem por merecimento. Herólion, por outro lado, é venerado quase diariamente e em toda parte. Os herólitos surgiram nas terras do Norte, mas se espalharam tão rapidamente que hoje são a maioria. Devido à sua doutrina pouco rigorosa e clara, são pacíficos, e seus templos são aceitos em qualquer cidade. Este é um deus cultuado por nobres e plebeus, por artistas, médicos, prostitutas e ladrões, ou seja, por todos aqueles que desejarem. Os locais de veneração costumam ser simplórios, pois basta haver congregação e cânticos para que, segundo os crentes, seu deus esteja presente. Mesmo assim, como a maioria das igrejas do passado, os herólitos possuem o Templo de Estudos e Devoção, uma espécie de matriz onde ordenam seus sacerdotes, definem seu próprio cânone e atuam como líderes religiosos.
Cerisa é uma deusa pouco conhecida, mas muito adorada por mulheres. Como de praxe, ela traz amor e fertilidade, mas também envolve um certo grau de erotismo em seu credo. As pessoas que seguem Cerisa são frequentemente mal vistas, pois se trata de uma igreja frequentada principalmente por mulheres que vivem sozinhas ou por aquelas que mantêm relacionamentos fora do matrimônio. Embora o mundo seja tolerante, certas tradições parecem inabaláveis. Não existem leis que punam os devotos de qualquer religião, mas também nada impede que a sociedade torça o nariz para certos costumes não convencionais. Aqueles que se devotam a Cerisa geralmente fazem parte de uma parcela mais marginalizada da sociedade, como mulheres abandonadas ou viúvas, homossexuais, damas de companhia e até mesmo as chamadas feiticeiras. Não há um problema real nisso, visto que a Lei permite qualquer tipo de dogma.
A última e mais assustadora é a Confraria dos Corsários, um nome bonito para descrever a igreja dos ladrões e assassinos. Sua fé se baseia em uma antiga lenda sobre um criminoso chamado Estácio, que teria sobrevivido ao cerco de Paleto por dezessete dias com apenas uma faca e um amuleto do deus Vòll.
Diferente de quase todas as crenças religiosas, esta possui certa originalidade. Vòll era conhecido como o deus dos guerreiros do Oeste, protegendo-os em suas campanhas antes da unificação. Entretanto, durante uma batalha entre os separatistas e a União, os guerreiros do Oeste, que não queriam aceitar os termos da Capital e estavam perdendo a luta, foram agraciados com uma tempestade de areia que varreu todo o exército inimigo em questão de minutos. É verdade que a tempestade aconteceu, assim como a batalha, os inimigos mortos e a comemoração do Oeste, mas nada indica que realmente tenha ocorrido qualquer tipo de intervenção divina. O problema é que não se pode convencer homens de fé sobre qualquer pensamento que se distancie de sua crença, por mais absurda e infundada que ela seja. Diante das circunstâncias, os sobreviventes passaram a cultuar uma entidade jamais vista ou ouvida. Eles criaram amuletos feitos da obsidiana extraída dos vulcões da região.
Embora tenham perdido a guerra e, mesmo que a unificação tenha acontecido depois disso, o povo que sobreviveu ao conflito nunca se rendeu e decidiu viver em bandos de saqueadores. Com o tempo, a resistência se transformou em mero oportunismo. Hoje, dois séculos depois, não há mais interesse em uma separação dos estados, nem mesmo na independência do Oeste. A Confraria dos Corsários é apenas uma seita de bandidos que vive de forma nômade por todo o país e também fora dele. Estácio, o suposto herói da lenda, era descendente direto de um antigo nobre e se tornou um símbolo de resiliência e fé para todos eles.
As mulheres também participam da luta, são treinadas como os homens desde a infância a empunhar adagas, arcos e qualquer outro tipo de arma. Eles são organizados, violentos e não se importam em agir sem qualquer misericórdia ou honra. Por onde passam deixam um rastro de carnificina e destruição, motivo pelo qual são o único grupo considerado pária em qualquer canto do mundo. Hoje eles são tratados como a maior ameaça pela Capital, por isso não é incomum acontecerem conflitos por toda parte.
A Confraria é sua própria igreja. Onde o bando estiver, haverá rituais de devoção a Vòll e reverências ao seu profeta Estácio.
Com exceção de Moggaz, todos os deuses supostamente deixaram sua doutrina escrita para os homens, mas poucos são aqueles que possuem os livros sagrados. Apenas um sacerdote ou um profeta podem levar o evangelho adiante, enquanto aos fiéis cabe a fé e o respeito aos ritos. Os devotos de Moggaz, por sua vez, não precisam provar nada a ninguém, nem mesmo a Ele.
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mandinga-pgd · 2 years ago
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Tese da USP onde tem o tema mandingas como patuás
Tese feita por Vanicléia Silva Santos, com o tema "As bolsas de mandinga no espaço Atlântico: Século XVIII"
"esses talismans, mandingas ou amuletos eram, na sua maior parte, fragmentos ou versos do Alcorão, escritos em caracteres árabes, num pedaço de papel, pequenas madeiras, ou em outros objetos que eles guardavam como colares."
Havia a lenda do "Rio de ouro Mali" dos mandingas que circulava na Europa que eles tinham um rio de ouro, já que possuíam enormes quantidades desse material em sua posse.
Disseminavam o Islamismo nas suas rotas de comércio, já que vendiam muitos produtos para diferentes nações, principalmente ouro.
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Os jesuítas chegam em missões para catequizar o povo da África.
Na disputa pelos fiéis, os padres passaram a concorrer com os bexerins, sacerdotes muçulmanos. E tiveram que desempenhar as mesmas funções deles. Por isso, foram chamados pelos negros, na "tradução religiosa", por bexerim de Deus ou "bejerines de los Christianos".
O tráfico da Guiné no século XVIII ainda é tema pouco estudado por brasileiros, pela já aludida dificuldade de fontes mais abrangentes e consistentes. Interessante notar que a historiogratia não aponta a vinda dos povos mandingas para o Brasil, mas os mandingueiros, que seria uma alusão a tais povos, aparecem muito no contexto colonial, sempre associados à heterodoxia da religiosidade colonial.
Os mandingas, faziam parte do comércio de escravos na Alta Guiné. Na região do rio Gâmbia em sentido Norte pela costa atlântica até o rio Tagarim (Serra Leoa) adentrando pelo continente, os mandingas dominavam as redes de comércio e controlaram rigorosamente quais povos podiam ser vendidos. Até 1720 nenhum Mandinga vendeu seu próprio povo ou deixou que outros os vendessem.
Os mandingas vendiam os povos "selvagens", ou seja, os não islamizados, já que sua religião permitia a escravização de "pagãos" e muçulmanos que cometessem crimes.
Os talismãs mandingas de proteção individual eram manufaturados geralmente em couro cozido em formato de uma bolsinha, ou feitos de metal ou de couros de animais; colocava-se dentro deles orações do Alcorão escritas em árabe. Eram produzidos pelos bexerins e marabus, sacerdotes muçulmanos que os distribuíam ou vendiam durante suas atividades comerciais e religiosas por toda a Costa da Guiné. O recurso a estes artefatos devia-se à busca por proteção em viagens, batalhas e na vida cotidiana. Costumava-se usá-los pendurados ao pescoço ou nas roupas, sendo que, quanto maior a quantidade deles, mais protegida ficava a pessoa. Eram amplamente usados pelos sacerdotes, comerciantes, guerreiros, pessoas comuns e até colocados em cavalos.
Dessa forma, é possível compreender historicamente como o termo Mandinga, referente ao povo Mande, habitante do antigo reino do Mali, foi difundido ao mundo Atlântico, através do tráfico de escravos com a imagem de povo feiticeiro, cheios de superstições. Os africanos que chegaram ao Reino, procedentes da costa da Guiné, continuaram a usar talismãs pelas ruas de Lisboa, gerando curiosidade e possibilitando que os brancos vissem o que, até então, sabiam pela literatura de viagem e pelo que circulava pela boca dos marinheiros.
As práticas religiosas dos mandingas estavam relacionadas aos mouros da Costa Ocidental da África, contra os quais os missionários e os agentes da Inquisição que ali atuaram nada puderam fazer. Em Portugal e em África, os mandingas e os seus talismãs foram interpretados, por observadores europeus, como feiticeiros que faziam pactos diabólicos para ampliar sua eficácia.
A Inquisição, que atuou na África Ocidental, por meio de seus agentes locais, pouquíssimas denúncias recebeu acerca das crenças dos gentios e mouros da Guiné. A polícia religiosa tinha braços curtos no continente africano, haja vista a presença tímida da Igreja que não despendia de contingente para converter os povos e promover a manutenção da sua fé.
Portanto, restava-lhes perseguir os cristãos-novos e velhos, numa época de disputa de mercados e maior desenvolvimento econômico de Cabo Verde e rios da Guiné.
No entanto, em Portugal, os agentes da Inquisição fizeram com que os amuletos dos mandingas ganhassem fama no lastro de um cristianismo que não conseguiu se impor pela conversão na Guiné. O sistema de "traduções" via nas crenças e práticas locais atos demoníacos e feitiçarias, o que legitimava a perseguição de seus confeccionadores e usuários.
A Inquisição difundiu o termo mandinga com o sentido de feitiçaria. Ao atribuir grande poder às bolsinhas, estabeleceu uma forte relação entre a magia dos africanos e poder.
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O quadro aponta para uma maioria de negros nascidos na Bahia usando as bolsas de mandinga, seguidos de crioulos de Pernambuco, indígenas do Pará, negros de Minas Gerais e, por último, africanos de Angola e Costa da Mina. A principal característica das bolsas coloniais era a inserção nelas de orações aos santos, colocadas escondidas debaixo da toalha do altar para o padre dizer missa e torná-las abençoadas, credos às avessas, pedaço de pedra d'ara e hóstias furtadas da Igreja.
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historias-de-santa-maria · 1 year ago
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O canavial dos piratas
Meu avô contava que lá pelo século dezassete, no pequeno lugar dos Anjos, a vida corria tranquila, quando o som rouco do búzio ecoou, anunciando a aproximação de um navio de piratas.
As pessoas arrumaram o que lhes fazia mais falta e o que era de mais valor e todos fugiram o mais depressa que puderam para cima da rocha, para lugar onde se podiam esconder ou onde mais facilmente podiam atacar os moiros à pedrada, caso se sentissem ameaçados.
As casas e a ermida dos Anjos ficaram a saque, principalmente a ermida, porque os piratas cobiçavam esses templos pelas riquezas que quase sempre possuíam.
O mar estava muito manso e os moiros, em pequenos barcos, facilmente chegaram a terra. Um grande grupo de hereges começou a aproximar-se das casas pequenas e dispersas, mas não as invadiu.
Caminhou um pouco mais à procura da pequena ermida dos Anjos, no tempo resguardada por muros de pedra com dois ou três arcos.
Escondidas nos rochedos, cheias de medo, mas vigiando todos os passos dos moiros, as pessoas viram formar-se um denso canavial à roda da ermida.
Os moiros procuraram, procuraram, meteram-se por entre as canas enquanto puderam. Com as facas afiadas cortaram as canas que lhe tapavam a passagem e a vista, mas nunca encontraram a ermida. Cansados de tanto procurar, começaram a desistir uns atrás dos outros. E, não vendo ninguém a quem aprisionar, dirigiram-se para a costa, fizeram-se ao mar e partiram.
Mal a caravela de moiros desapareceu, houve um suspiro de alívio entre as pessoas escondidas no alto da rocha e o canavial, que milagrosamente tinha aparecido para esconder a ermida, logo desapareceu, ficando o pequeno templo à vista de todos os que lá quisessem ir rezar e agradecer à Senhora dos Anjos.
A vida no lugar dos Anjos continuou, mas os seus habitantes estavam agora mais crentes na Senhora dos Anjos e o Canavial dos Piratas, embora tivesse existido por pouco tempo, era muitas vezes recordado nos serões de inverno.
FURTADO-BRUM, Ângela, Açores: Lendas e outras histórias. Ribeiro & Caravana editores, 1999. pág. 32-34
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cyprianscafe · 3 days ago
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Modernismo Islâmico como ponte democrática
O modernismo, não o tradicionalismo, é o que funcionou para o ocidente. Isso inclui a necessidade de se afastar, modificar e ignorar seletivamente elementos da doutrina religiosa original. O Antigo Testamento não é diferente do Quran em endossar condutas e conter uma série de regras e valores que são literalmente impensáveis, para não mencionar ilegais, na sociedade de hoje. Isso não representa um problema porque poucas pessoas hoje insistiriam que todos nós deveríamos estar vivendo da maneira literal exata dos patriarcas bíblicos. Em vez disso, permitimos que nossa visão da verdadeira mensagem do judaísmo ou do cristianismo domine o texto literal, que consideramos história e lenda. Essa é exatamente a abordagem que os modernistas islâmicos também propõem.
Veja a opinião de Alan Dershowitz sobre essa questão em seu debate com Alan Keyes:
Quando queimo um touro no altar como sacrifício, sei que isso cria um “odor agradável ao Senhor” (Levítico 1:9). O problema são meus vizinhos. Eles alegam que o odor não é agradável a eles. Como devo lidar com isso? Gostaria de vender minha filha como escrava, como sugerido em Êxodo 21:7. Qual você acha que seria um preço justo? . . . Tenho um vizinho que insiste em trabalhar no Shabbat. Êxodo 35:2 afirma claramente que ele deve ser morto. Sou moralmente obrigado a matá-lo eu mesmo ou posso contratar um assassino de aluguel? (Dershowitz and Keyes, 2000, p. 5)
Uma frase posterior neste mesmo debate hoje soa assustadoramente profética (p. 7):
Quando você dá armas de destruição em massa a fanáticos religiosos e promete a eles que se matarem pessoas inocentes eles irão para o céu, imagine quais serão as consequências.
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Histórias da Serra: Lendas e Tradições de Campos do Jordão
Campos do Jordão, um dos destinos mais encantadores da Serra da Mantiqueira, é um lugar onde a natureza se mistura com um rico imaginário cultural. Além de ser famosa por suas paisagens deslumbrantes e clima ameno, a cidade guarda uma série de lendas e tradições que fazem parte do seu legado histórico e cultural. Em suas trilhas, aldeias e praças, ecos do passado ainda se fazem presentes, revelando histórias que misturam realidade e fantasia, e que contribuem para o fascínio de quem visita o local.
1. A Lenda do "Morro do Elefante"
Uma das histórias mais conhecidas de Campos do Jordão envolve o famoso "Morro do Elefante". Segundo a lenda, o morro teria recebido esse nome por sua forma que lembra um elefante deitado. Diz-se que, antigamente, um caçador chegou à região e, ao avistar a montanha, viu um grande elefante dormindo. O elefante, em sua caminhada, teria se perdido na serra, mas seu espírito permanece até hoje, guardando a tranquilidade do local. A história é uma forma de conexão com o meio ambiente e com a majestade da natureza local, onde a fauna e a flora se misturam aos contos da região.
2. O Mistério da "Pedra do Baú"
A "Pedra do Baú" é um dos cartões-postais de Campos do Jordão, e sua história está cercada de mistério. Segundo a lenda local, a pedra é um lugar mágico, onde os espíritos dos antigos habitantes indígenas da região se encontram. Alguns dizem que a pedra possui poderes sobrenaturais e que, ao passar por lá, é possível ouvir sons misteriosos, como cantos e sons da floresta. Acredita-se também que ela era um ponto de encontro para rituais de cura e sabedoria. Hoje, a pedra é um destino de ecoturismo, mas sua mística continua a atrair aqueles que buscam mais do que um simples passeio.
3. A Lenda do "Cavalo de Troia"
Outra lenda que remonta os tempos coloniais de Campos do Jordão é a história do "Cavalo de Troia". Conta-se que, durante a construção de algumas estradas na região, um dos antigos engenheiros da cidade, um homem misterioso, teria sido encontrado morto em sua cela, com seu cavalo ainda atado à porta. Alguns afirmam que o cavalo era, na verdade, um espírito que havia sido trazido por esse engenheiro para proteger as pessoas durante a obra. Hoje, ainda existem relatos de quem viu o cavalo, sempre nas imediações das estradas mais antigas da cidade, em noites de neblina.
4. O Encanto das Festas Tradicionais
As festas de Campos do Jordão, que celebram desde as tradições gastronômicas até as comemorações religiosas, têm um forte componente cultural e são imersas em lendas e crenças locais. O Festival de Inverno, por exemplo, não é apenas uma celebração da música e da arte, mas também um espaço para que as lendas e tradições da serra ganhem vida. Durante esse evento, é comum ouvir histórias sobre as origens da cidade, contadas por moradores antigos e descendentes de imigrantes, que partilham suas experiências com as novas gerações.
Outra festa importante é a Festa Junina, que celebra as tradições da cultura caipira e tem uma forte relação com o cultivo agrícola da região. Durante esse evento, as danças típicas, como a quadrilha, e os pratos tradicionais, como o milho verde e a canjica, são celebrados junto a histórias e superstições que passaram de geração em geração.
5. A Tradição dos Artesãos e a Arte do Sapo
Campos do Jordão também tem suas próprias tradições artísticas, muito ligadas à cultura local e à preservação das artes manuais. Os sapos de barro, conhecidos em toda a cidade, são uma tradição que remonta aos primeiros habitantes, que, ao longo dos anos, foram moldando essas figuras como uma forma de expressar a rica biodiversidade da região. Alguns dizem que, ao fazer essas pequenas esculturas de sapos, os artesãos estão "preservando a memória da serra" e mantendo viva uma conexão com a fauna local, que inclui diversas espécies de sapos e anfíbios.
6. As Lendas Indígenas: Espíritos da Floresta
A história de Campos do Jordão também está intimamente ligada à cultura indígena. Antes da colonização, a região era habitada por várias tribos, como os Guaranis e os Tupis, cujas lendas e tradições ainda permeiam as florestas e montanhas da região. Algumas histórias falam de espíritos guardiões das florestas, como o Curupira, um ser de cabelos vermelhos e pés virados para trás, que protege a natureza e pune aqueles que destruem a floresta. Essas lendas estão presentes em cada trilha e árvore, lembrando os visitantes de que a Serra da Mantiqueira é um lugar onde o sobrenatural e a natureza se encontram.
7. O Mistério do Som das Águas
Campos do Jordão também possui suas próprias lendas ligadas à água, e uma delas fala sobre o "Som das Águas". Reza a lenda que, em certos pontos da cidade, como o Parque Estadual de Campos do Jordão, se ouvem sons misteriosos, parecendo com o canto de sirenes, que se originam das cachoeiras locais. Muitos moradores acreditam que o som seja um encantamento das águas, um convite àqueles que desejam mergulhar nos mistérios da natureza da serra. Há quem diga que esse som só pode ser ouvido em momentos especiais, como durante as primeiras chuvas do ano.
Onde se Hospedar e Conhecer Essas Lendas
Se você deseja vivenciar essas histórias e tradições de Campos do Jordão, o Hotel Golden Park Campos do Jordão é uma excelente opção. Com uma localização estratégica, oferece fácil acesso aos principais pontos turísticos e trilhas da cidade, além de proporcionar uma experiência imersiva no clima da região. Mais informações: https://www.nacionalinn.com.br/hoteis/hotel-golden-park-campos-do-jordao
Essas lendas e tradições, passadas de geração em geração, contribuem para a magia de Campos do Jordão. Cada rua, cada trilha e cada mirante trazem consigo uma história que se entrelaça com a paisagem e a cultura local, fazendo da cidade um destino único para quem deseja conhecer um pouco mais sobre as raízes profundas que formaram esse paraíso da Serra da Mantiqueira
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alemdobvio · 21 days ago
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Identificar as etapas da evolução da literatura e as correspondências entre África, Brasil e Portugal é um processo abrangente que envolve reconhecer influências mútuas, contextos históricos e temáticas específicas que marcaram cada época. 1. Literatura Medieval (Séc. XII - XV)Mundial: Domínio da literatura oral e religiosa, com poemas épicos, crônicas, e obras de cavalaria. Influência dos valores feudais e da Igreja. Portugal: A literatura medieval portuguesa é marcada pelas cantigas trovadorescas (de amor, amigo, e escárnio) e crônicas reais. Obras como as Cantigas de Santa Maria e os registros de Fernão Lopes se destacam. Brasil: Não há produção literária no Brasil nesta época, devido ao período pré-colonial. África: Literatura predominantemente oral, com mitos, lendas e histórias transmitidas oralmente que preservam a cultura e identidade dos diversos povos. 2. Renascimento e Literatura Clássica (Séc. XV - XVI) Mundial: Redescoberta dos textos clássicos e valorização do humanismo, das artes, e da ciência. Surge a literatura renascentista com figuras como Dante, Petrarca e Camões. Portugal: Grande destaque para Os Lusíadas de Camões, que celebra as descobertas marítimas e a expansão de Portugal. Surge uma literatura que enaltece a pátria e o espírito aventureiro. Brasil: Início da colonização, com textos descritivos dos cronistas e cartas de viajantes, como a Carta de Pero Vaz de Caminha. África: Contacto inicial com a literatura ocidental através dos colonizadores europeus, mas a tradição oral continua sendo o principal meio de transmissão cultural. 3. Barroco (Séc. XVII) Mundial: Época de contrastes e complexidade. O estilo barroco reflete a crise espiritual da época e o conflito entre o sagrado e o profano. Portugal: Poetas como Padre António Vieira e Francisco Rodrigues Lobo expressam uma literatura marcada pela retórica rebuscada e pelos dilemas religiosos. Brasil: Surge a literatura barroca com destaque para Gregório de Matos e o Padre António Vieira, que abordam temas religiosos e sociais com uma linguagem rica em metáforas e ironia. África: A literatura escrita é praticamente inexistente, mas a oralidade permanece forte, enquanto o contato colonial afeta a cultura tradicional.
4. Neoclassicismo e Arcadismo (Séc. XVIII) Mundial: Retorno à simplicidade e aos valores clássicos greco-romanos, com uma poesia bucólica e racional. Portugal: O Arcadismo foca em temas rurais e naturais. O principal autor é Manuel Maria Barbosa du Bocage. Brasil: A Escola Mineira (Arcadismo) surge com poetas como Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, que idealizam a vida no campo e criticam o abuso de poder colonial. África: Presença cultural africana em obras brasileiras e portuguesas, enquanto o continente africano ainda permanece com uma literatura fortemente oral.
5. Romantismo (Séc. XIX) Mundial: Exaltação do individualismo, da natureza e da liberdade. Surgem temas nacionalistas e valorização da cultura popular.
Portugal: Almeida Garrett e Alexandre Herculano lideram o movimento romântico, com destaque para o nacionalismo e o medievalismo.
Brasil: O Romantismo brasileiro celebra a identidade nacional com autores como José de Alencar e Gonçalves Dias, que exploram temas indígenas e exóticos.
África: Início da escrita literária africana, embora ainda limitada devido ao domínio colonial. Há o início de uma literatura de resistência e identidade cultural.
6. Realismo e Naturalismo (Séc. XIX) Mundial: Movimentos que buscam representar a realidade de forma objetiva, abordando temas sociais e psicológicos.
Portugal: Eça de Queirós é a grande figura do Realismo português, com obras como Os Maias, que criticam a sociedade portuguesa.
Brasil: Machado de Assis se destaca, trazendo uma visão crítica da sociedade brasileira em obras como Dom Casmurro.
África: Literatura africana começa a questionar o colonialismo, mas a produção literária escrita ainda é limitada.
7. Modernismo (Séc. XX)Mundial: Quebra com a tradição, inovação na forma e no conteúdo, explorando temas como a alienação e o caos urbano.
Portugal: O Modernismo português é liderado por Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, com grande experimentação linguística e introspecção.
Brasil: Semana de Arte Moderna de 1922 marca a ruptura com o passado e a busca por uma identidade nacional autêntica, com autores como Oswald de Andrade e Mário de Andrade.
África: O Modernismo se consolida com autores que abordam temas de identidade e independência. Surgem nomes como Agostinho Neto em Angola e José Craveirinha em Moçambique.
8. Literatura Contemporânea (Séc. XXI) Mundial: Diversidade de estilos e temáticas, com literatura digital, autoficção, e questionamentos sobre o futuro.
Portugal: Expansão de temas universais, como a globalização e a memória histórica, com autores como José Saramago e António Lobo Antunes.
Brasil: Literatura contemporânea aborda temas como urbanização, questões de gênero e minorias, com autores como Conceição Evaristo e Milton Hatoum.
África: Literatura africana reflete questões de identidade, pós-colonialismo e diáspora, com autores renomados como Mia Couto e Chimamanda Ngozi Adichie.
Essa correspondência entre as literaturas de África, Brasil e Portugal mostra como as fases e movimentos literários se entrelaçam, ao mesmo tempo que mantêm particularidades ligadas à história e à cultura de cada país ou região.
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Glossário:
Arcadismo: Influência literária das Arcádias.
Colonialismo: Doutrina ou atitude favorável à colonização ou à manutenção de colónias.
Crónicas: História que expõe os factos em narração simples e segundo a ordem em que eles se vão dando.
Humanismo: Doutrina dos humanistas do Renascimento que ressuscitaram o culto das línguas e das literaturas antigas.
Idealismo: Sistema filosófico que encarece e afirma o valor da ideia.
Medievalismo: Fascinación o idealización de la Edad Media, frecuente en el Romanticismo, donde se retoman temas y personajes de ese período.
Mitos: Relatos tradicionales que intentan explicar fenómenos naturales, valores culturales o creencias religiosas de una sociedad.
Naturalismo: Corriente literaria del siglo XIX que intenta representar la realidad de forma detallada y científica, mostrando el entorno y la herencia como factores que determinan el destino humano.
Pós-colonialismo: Corriente de pensamiento que examina y critica las consecuencias del colonialismo, especialmente en términos de identidad cultural y social en los países que fueron colonizados.
Realismo: Movimiento artístico y literario que busca representar la realidad de manera objetiva, sin idealizaciones. Surgió en el siglo XIX y se caracteriza por abordar temas sociales y psicológicos.
Renacimiento: Movimiento cultural de los siglos XV y XVI que implica un "renacer" de las artes y el conocimiento clásico, destacando el Humanismo y los avances científicos.
Romanticismo: Movimiento literario y artístico del siglo XIX que exalta los sentimientos, la naturaleza, el individualismo y la libertad.
Trovadores: Poetas de la Edad Media que componían y cantaban poemas amorosos o satíricos. Las “cantigas trovadorescas” son un ejemplo en la literatura medieval portuguesa.
Vanguardismo: Movimiento artístico y literario del siglo XX que rompe con las normas establecidas, promoviendo la innovación en la forma y el contenido, y cuestionando temas sociales y culturales.
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irunevenus · 2 months ago
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Teorias da Conspiração: Hollywood dominada pelos Illuminati.
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Interrompemos nossa programação normal para explicar um pouco sobre isso. Atualmente com o caso do P.diddy explodindo nas redes sociais, televisão e mídias de todos os tipos, não se fala de mais nada além do assunto e atrocidades que ele está sendo acusado.. bem como surgem e voltam a tona diversas teorias da conspiração.
Vamos então criar um artigo longo mas tentar dar uma luz nessa bagunça toda.
Deixo claro que não vou aqui me referir a história que está ocorrendo de fato em Hollywood e nem de boatos, mas vou tratar sobre a questão Illuminati e esclarecer a questão do símbolo da pirâmide.
Os Illuminati: A Sociedade Secreta e as Teorias da Conspiração que Envolvem o Domínio Mundial
Por séculos, a noção de uma sociedade secreta operando nos bastidores do poder global tem fascinado teóricos da conspiração, e poucos grupos são tão envoltos em mistério quanto os Illuminati. Originários do século XVIII, essa sociedade secreta foi fundada em 1776 na Baviera, Alemanha, por Adam Weishaupt, com o objetivo de promover o iluminismo e o raciocínio secular em uma época marcada pela influência da igreja e dos monarcas absolutistas. Embora tenha sido oficialmente dissolvida poucos anos após sua criação, as lendas e conspirações em torno dos Illuminati cresceram, transformando-os em um símbolo moderno de um grupo elitista que supostamente controla eventos globais nos bastidores.
A História Original dos Illuminati
Os Illuminati da Baviera, fundados por Weishaupt, começaram como um pequeno grupo de intelectuais que procuravam combater o obscurantismo e a superstição através do uso da razão e do conhecimento científico. A organização foi inspirada por ideias iluministas e visava afastar a sociedade da influência religiosa dominante e dos abusos do poder político. No entanto, a sociedade rapidamente entrou em declínio devido à pressão das autoridades religiosas e políticas, e a ordem foi oficialmente banida em 1785.
No entanto, embora a ordem histórica tenha sido de curta duração, a ideia de uma sociedade secreta sobrevivendo nas sombras continuou a prosperar, em parte devido a escritores e teóricos que associaram os Illuminati a eventos revolucionários, como a Revolução Francesa. A partir do século XIX, as teorias da conspiração começaram a se multiplicar, associando os Illuminati a eventos globais como guerras, revoluções, e mais recentemente, o controle de grandes corporações, bancos e governos.
Conspirações Antigas e Modernas
1. Os Illuminati e o Controle Global
Uma das teorias mais persistentes é a de que os Illuminati têm como objetivo final a criação de uma Nova Ordem Mundial, um governo global onde uma elite governaria secretamente a política, economia e a mídia. Os teóricos afirmam que esta sociedade secreta controla figuras poderosas, como chefes de estado, magnatas da mídia, líderes religiosos e corporações multinacionais. Esta teoria sugere que eventos globais importantes, como guerras, crises econômicas e avanços tecnológicos, são orquestrados pelos Illuminati para garantir a manutenção do seu poder e moldar o mundo de acordo com seus interesses.
2. Celebridades e Controle Cultural
Nos últimos anos, a conspiração dos Illuminati ganhou popularidade na cultura de massa, especialmente por meio da música pop e do cinema. Celebridades como Beyoncé, Jay-Z, Rihanna, Lady Gaga, Kanye West e outros foram repetidamente acusados de serem membros ou marionetes dos Illuminati. Simbolismos em videoclipes, como o uso de pirâmides, olhos únicos (como o “Olho de Hórus”), e outros símbolos esotéricos, são frequentemente apontados como evidências de que esses artistas estão promovendo a agenda dos Illuminati.
Essas teorias tornaram-se virais em plataformas como o YouTube e redes sociais, alimentando a crença de que a indústria do entretenimento é uma ferramenta utilizada pelos Illuminati para "programar" a população, moldando comportamentos e ideologias de maneira sutil.
3. A Economia e o Sistema Bancário Mundial
Outra teoria recorrente é a de que os Illuminati estão por trás do sistema bancário internacional, especialmente controlando grandes instituições financeiras como o Federal Reserve nos EUA, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI). De acordo com essa visão, crises econômicas, como a Grande Depressão de 1929 e a crise financeira de 2008, teriam sido arquitetadas para concentrar poder e riqueza nas mãos de uma elite global.
4. O Papel dos Políticos e Chefes de Estado
Muitos políticos e líderes mundiais também são acusados de estarem a serviço dos Illuminati. Presidentes dos EUA, como George W. Bush, Barack Obama e Donald Trump, foram alvo dessas teorias, com supostas conexões com o grupo. A maçonaria, uma outra sociedade secreta, muitas vezes é conectada aos Illuminati, alimentando a ideia de que a elite política mundial está comprometida com uma agenda oculta.
5. Teorias Modernas e a Pandemia de COVID-19
Com a pandemia de COVID-19, novas teorias sobre os Illuminati emergiram. Alguns teóricos afirmam que a pandemia foi orquestrada para implementar controles mais rigorosos sobre a população mundial, como a vigilância em massa, passaportes sanitários e a digitalização de transações financeiras. De acordo com essas teorias, os Illuminati estariam usando a pandemia para acelerar a implementação de uma Nova Ordem Mundial.
Sobre a Pirâmide
A pirâmide que aparece na nota de um dólar dos Estados Unidos é frequentemente apontada como um símbolo dos Illuminati, mas seu verdadeiro significado está mais relacionado à história e aos ideais fundadores dos EUA do que à suposta sociedade secreta.
A pirâmide faz parte do selo oficial dos Estados Unidos, especificamente no verso, e foi introduzida em 1782. O desenho foi escolhido por uma comissão, que incluía figuras como Benjamin Franklin, Thomas Jefferson e John Adams. A pirâmide é um símbolo de força e durabilidade, e o fato de ela estar incompleta, com o topo faltando, simboliza que o país ainda está em construção e aprimoramento.
No topo da pirâmide, há o "Olho da Providência", também conhecido como o "Olho que tudo vê". Esse olho é muitas vezes associado à vigilância divina e à ideia de que Deus observa e guia a criação dos Estados Unidos. A frase em latim "Annuit Coeptis" significa "Ele [Deus] aprovou nossos empreendimentos", e "Novus Ordo Seclorum" pode ser traduzido como "Nova Ordem dos Séculos", referindo-se à nova era que começava com a independência americana.
No entanto, teorias da conspiração modernas conectam esse símbolo aos Illuminati, um grupo que supostamente está por trás de um plano global de dominação. A ideia de que o "Olho que tudo vê" e a pirâmide são símbolos Illuminati ganhou força principalmente a partir do século XX, com a proliferação de teorias conspiratórias que sugerem que figuras poderosas estariam controlando o mundo em segredo.
Ainda assim, a maioria dos historiadores e estudiosos rejeita essa associação, apontando que o uso da pirâmide e do olho em símbolos americanos é puramente simbólico e não tem nenhuma ligação com sociedades secretas. O "Olho da Providência" já havia sido usado em contextos religiosos e artísticos muito antes da fundação dos Illuminati na Baviera.
Em resumo, embora a pirâmide e o olho na nota de um dólar tenham sido incorporados a teorias conspiratórias, sua origem e significado estão mais ligados à mitologia americana e ao iluminismo da época do que a uma sociedade secreta como os Illuminati.
Em quais textos antigos aparece sobre esse Olho?
O "Olho da Providência", também conhecido como o "Olho que Tudo Vê", aparece em vários contextos religiosos e espirituais, muitas vezes simbolizando a vigilância divina ou a presença onipresente de Deus. Embora sua forma icônica (um olho dentro de um triângulo) seja mais comumente associada à arte sacra cristã e à iconografia maçônica, o conceito do "olho de Deus" ou da vigilância divina pode ser encontrado em diversos textos e tradições religiosas.
Aqui estão alguns exemplos de como o "Olho da Providência" ou símbolos semelhantes aparecem em textos religiosos:
1. Bíblia Cristã
Salmos 33:18: "Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia." Esse verso, junto com muitos outros, sugere a ideia de que Deus observa e protege aqueles que seguem seus mandamentos. O conceito do "olho de Deus" que vê tudo é uma metáfora recorrente na Bíblia.
Provérbios 15:3: "Os olhos do Senhor estão em todo lugar, observando os maus e os bons." Este verso reforça a ideia de um Deus onipresente e onisciente, semelhante ao conceito do "Olho que Tudo Vê".
2. Arte Sacra Cristã e Maçonaria
Na arte cristã europeia, particularmente a partir da Renascença, o "Olho da Providência" frequentemente aparece em representações de Deus observando a humanidade. Ele simboliza a vigilância divina e a presença de Deus em todos os aspectos da vida humana. Na maçonaria, esse símbolo também é usado para representar a iluminação espiritual e o conhecimento.
3. Hinduísmo
No Hinduísmo, um símbolo semelhante pode ser encontrado no "Terceiro Olho" de Shiva, que representa a visão transcendente e o conhecimento espiritual. Embora não seja retratado em um triângulo, a ideia de um olho extra que vê além do mundo físico também está relacionada a um tipo de vigilância divina e iluminação espiritual.
4. Egito Antigo
O "Olho de Hórus", um símbolo de proteção, poder real e boa saúde, tem uma função semelhante ao "Olho que Tudo Vê" em culturas ocidentais. Embora relacionado a mitos egípcios, como o de Hórus e Set, o olho era considerado um amuleto de proteção divina e onipresença dos deuses.
Esses exemplos mostram que o conceito de um "olho que tudo vê" ou um "olho de Deus" aparece em várias tradições religiosas e culturais, representando vigilância, proteção e a presença constante de um ser superior ou de uma força divina. A ideia de que nada escapa aos olhos do divino é uma metáfora poderosa e universal em muitas crenças e sistemas religiosos.
O "Olho que tudo vê" está erroneamente ligado aos Illuminati, na verdade deveria estar ligado a maçonaria?
Maçonaria:
A Maçonaria é uma sociedade secreta com raízes medievais, originalmente associada aos pedreiros e construtores, que evoluiu no século XVII para uma fraternidade filosófica. A Maçonaria valoriza conceitos como o progresso moral, a fraternidade e a busca pelo conhecimento. Seus membros se envolvem em rituais simbólicos, muitos deles centrados em temas de construção e arquitetura, com forte uso de simbolismo esotérico.
Símbolos: O "Olho que Tudo Vê" ou "Olho da Providência" é amplamente utilizado na Maçonaria para representar a onipresença e a onisciência de Deus, frequentemente referido como o "Grande Arquiteto do Universo". Outros símbolos incluem o compasso e o esquadro, que representam os limites morais e a racionalidade.
Filosofia: A Maçonaria busca o aperfeiçoamento moral e espiritual, promovendo a autodisciplina, o estudo e a ética pessoal. Seus ensinamentos, transmitidos em graus e rituais, também contêm elementos de misticismo, espiritualidade e simbolismo.
Influência nos EUA: Muitos dos fundadores dos Estados Unidos, como George Washington e Benjamin Franklin, eram maçons, e a influência da Maçonaria pode ser vista na arquitetura e simbolismo utilizados em documentos oficiais e monumentos americanos. Isso pode explicar a presença do "Olho da Providência" no Grande Selo dos Estados Unidos.
Iluminismo:
O Iluminismo, por outro lado, foi um movimento filosófico e cultural que floresceu na Europa durante os séculos XVII e XVIII. Foi centrado em ideias de razão, ciência, liberdade individual e o questionamento das tradições religiosas e monárquicas.
Ideias Principais: Os pensadores iluministas, como John Locke, Voltaire e Immanuel Kant, defendiam o uso da razão como a principal ferramenta para entender o mundo, promover o progresso social e garantir direitos e liberdades individuais. A ideia de um governo baseado em consentimento popular, a separação de poderes e a liberdade de expressão são pilares deste movimento.
Simbolismo e Metáforas: Embora o Iluminismo valorizasse a razão e a ciência, ele não adotou o simbolismo místico e esotérico que caracterizava a Maçonaria. Em vez disso, seus símbolos eram mais associados à luz, como a "iluminação" do conhecimento e a "luz da razão". O "Olho da Providência" pode ser interpretado no contexto iluminista como um símbolo da razão divina ou da ordem natural, mas não de maneira tão diretamente esotérica quanto na Maçonaria.
Conexões e Diferenças
Conexão Simbólica: A Maçonaria e o Iluminismo compartilham uma afinidade pelo progresso do conhecimento e a importância da moralidade. No entanto, a Maçonaria envolveu-se mais diretamente com o uso de simbolismo esotérico, como o "Olho que Tudo Vê", enquanto o Iluminismo focava mais na promoção da razão e da ciência sem a necessidade de rituais ou simbologias ocultas.
Influência nos EUA: A escolha do "Olho da Providência" no selo dos EUA reflete uma combinação desses ideais. O simbolismo pode ser lido tanto como uma referência maçônica, dado o envolvimento de maçons como Franklin e Washington, quanto como uma expressão do ideal iluminista de um governo baseado em princípios racionais e de justiça, supervisionado por uma força moral superior (ou divina).
Conclusão
O "Olho da Providência" está fortemente associado à Maçonaria. A Maçonaria é uma sociedade secreta com rituais e simbolismos específicos, enquanto o Iluminismo foi um movimento filosófico e intelectual que influenciou a política e a cultura ocidentais. Ambos tiveram um impacto significativo na fundação dos Estados Unidos, mas o uso do "Olho da Providência" no selo e na nota de um dólar é mais provavelmente um reflexo da tradição maçônica.
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fredborges98 · 2 months ago
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"Tenha em mente que eu não poderia exagerar a importância disso. Fixe os olhos no Crucificado e tudo se tornará pequeno para você. Se Sua Majestade nos mostrou o Seu amor por meio de tais obras e tormentos terríveis, como é que vocês querem agradá-Lo apenas com palavras? Você sabe o que significa ser verdadeiramente espiritual? Significa tornar-se escravo de Deus. Marcados com a Sua marca, que é a da cruz, as pessoas espirituais, porque agora lhe deram a liberdade, podem ser vendidas por Ele como escravos de todos, como Ele o foi."Santa Tereza de Avila.
Há uma lenda que diz que os povos pigmeus primordiais (os Kás) eram um povo muito alto, que passava de 220 cm na media de altura, e que havia sido expulso para as densas florestas equatoriais por uma maldição, há quase 5000 anos, pelos ancestrais dos Bantos, o que originou os grandes costumes de hoje em dia. Conta a lenda que os Ká passaram mais de 3000 anos sem poder ver a luz do sol e, passado esse tempo, foram denominados pigmeus pelas tribos bantas da região, pois acabaram por ter uma estatura muito baixa. Assim, com o nome mudado, os pigmeus puderam voltar a ver a luz do sol.
Qual a relação entre as palavras de Santa Tereza de Avila e o modo de vida do Cavalo Marinho Pigmeu e a origem dos pigmeus?
Por: Fred Borges
Quando Deus criou as criaturas em cada uma delas lançou uma profecia e cabe a cada um de nós descobrir essa profecia, esse enigma, e o único meio para se chegar a essas descobertas é pelo caminho do caminhar espiritual.
A espiritualidade contrária à religião não é liderada pela hierarquia humana das organizações religiosas,ela é um caminho solitário e cada um na sua subjetividade,simplicidade,humildade e abstração,temos que compreender as adversidades como pontes para o conhecimento de Deus dentro de cada um de nós.
Cada teoria pressupõe uma séria metodologia científica onde cabe a cada um o desenvolver de sua problematização,suas prováveis hipóteses, comprovação das hipóteses pela suas antíteses ou paradoxos,e assim sua síntese pelas considerações finais ou suas conclusões.E assim construímos teses e teorias.
Não é muito dizer que em muitas práticas, a teoria é outra ou são outras enquanto a realidade desfaz paradigmas. A realidade é que ratifica teorias e teses, é também que na prática ratifica-se a nossa espiritualidade e nossa fé em Deus.
Os cavalos marinhos pigmeus são um exemplo de servir ao próximo, a integração entre os cavalos marinhos pigmeus é completa, os papéis pouco importam, os resultados sim, o que importa é servir, servir ao próximo.A adaptação, a camuflagem é uma questão de sobrevivência para certas espécies, para essas viver antes de tudo é preciso sobreviver!
Mas ao homem não cabe somente a sobrevivência, ele tem Deus dentro de si razão e missão, assim ele é digno da vida, por caminhante e caminho a ser trilhado.
Deus sempre será luz! Deus profere e permite ao homem aceitá-lo no seu coração. Cavalos marinhos pigmeus não deixaram de ser lindos,pigmeus deixaram de ter luz, Tereza nunca deixou de ser alma-linda e ver a luz, pigmeus nunca deixaram de ser humanos, a humanidade, o servir nunca deixará de estar em tudo e em todos, de Tereza, de marinhos pigmeus, e dos próprios pigmeus!
A escuridão é a ausência de luz, e a ausência de luz fez homens fossem reduzidos a pigmeus, enquanto o cavalo marinho pigmeu tornou-se um lindo pigmalião, o homem sem luz, sem brilho se tornou a própria escravidão, escuridão e sem espiritualização!
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jaimendonsa · 2 months ago
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e-book grátis AS LENDAS BABILÔNICAS DA CRIAÇÃO, Sir Ernest Alfred Thompson Wallis Budge
Babylonian Creation Legends de Sir Ernest Alfred Thompson Wallis Budge é uma obra abrangente que se aprofunda na mitologia e nas crenças religiosas da antiga Mesopotâmia, particularmente na perspectiva babilônica sobre a criação do mundo. Budge, um renomado egiptólogo e orientalista britânico, era conhecido por suas traduções e estudos de textos antigos e, neste livro, ele explora a rica tapeçaria da cosmologia babilônica.
A peça central do mito da criação babilônica é o 'Enuma Elish', um poema que remonta pelo menos ao segundo milênio a.C. Ele conta a história da criação do mundo a partir do caos primordial, personificado pelas águas de Apsu (água doce) e Tiamat (água salgada). Os deuses nascem dessas águas, e uma batalha cósmica acontece entre os deuses mais jovens, liderados por Marduk, e Tiamat, representando as forças do caos. A vitória de Marduk leva à criação dos céus e da terra a partir do corpo de Tiamat e ao estabelecimento da ordem divina.
Marduk, a divindade principal da Babilônia, surge como o herói no 'Enuma Elish'. Sua ascensão à supremacia não é apenas simbólica do domínio da cidade da Babilônia sobre outras cidades-estados da Mesopotâmia, mas também reflete uma mudança teológica na compreensão do poder divino. A criação do mundo por Marduk a partir do caos reforça a crença babilônica na ordem e na estrutura como princípios divinos.
No mito babilônico, os humanos são criados a partir do sangue do deus derrotado Kingu, aliado de Tiamat. Este ato de criação reflete a visão babilônica da humanidade como servos dos deuses, projetados para aliviar os deuses de seu trabalho. Os humanos são criados para manter os templos e prover os deuses por meio de oferendas e rituais.
Comparações com outros mitos antigos: Budge compara os mitos da criação babilônica com os de outras culturas antigas, particularmente o relato hebraico em Gênesis. Embora existam similaridades, como a ideia de criação a partir do caos, os mitos babilônicos enfatizam o papel do conflito e da luta divina na formação do mundo, enquanto o relato do Gênesis se concentra mais no comando divino e na criação pacífica.
Budge fornece traduções das tábuas cuneiformes nas quais o 'Enuma Elish' e outros mitos babilônicos foram registrados. Seu trabalho inclui comentários detalhados sobre a linguagem, o simbolismo e o contexto histórico desses textos. Ele também discute os desafios de traduzir essas línguas antigas e o significado das várias divindades, mitos e rituais.
Budge explora o rico simbolismo dentro dos mitos babilônicos, como a representação do caos por meio de Tiamat, e como os elementos físicos (água, terra, céu) são personificados como entidades divinas. Ele também destaca a importância da natureza cíclica da criação e destruição na cosmologia babilônica, com cada nova ordem surgindo das cinzas do caos.
O trabalho de Budge continua sendo uma contribuição significativa para o estudo da antiga religião e mitologia da Mesopotâmia. Suas traduções e análises ajudaram o público ocidental a entender a complexidade e a profundidade da cosmologia babilônica. Além disso, o livro fornece insights sobre como esses mitos influenciaram tradições religiosas posteriores no Oriente Próximo e além.
Babylonian Creation Legends de Sir E.A. Wallis Budge serve como um texto fundamental para qualquer pessoa interessada nos mitos antigos que moldaram as primeiras civilizações. Ao apresentar o 'Enuma Elish' e outras lendas babilônicas, Budge oferece uma janela para a visão de mundo de uma sociedade que via o universo como um campo de batalha entre a ordem e o caos, com os humanos desempenhando um papel fundamental na manutenção do equilíbrio divino.
Leia, gratuitamente, AS LENDAS BABILÔNICAS DA CRIAÇÃO, Sir Ernest Alfred Thompson Wallis Budge: https://tinyurl.com/vfkp9ues
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