#João Adibe
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Resultados rally de Rio Negrinho
Dia 1
Rally 2
1-9-Juliano e Rafael Sartori-VW Polo MR-Sartori Rally Team-1:01:35.93
NC-43-Leonardo Cavaleti\Murilo Spirolo-Hyundai HB20 Proto-Cavaleti Racing Division
Rally 4
1-8-Wendell Simioni\Rodrigo Vicari-Peugeot 207-Garagem Gerson-1:09:05:43
2-17-Leo Zettel\Fred Zettel-Renault Sandero RS-Octanas Motorsport-1:15:19.31
3-46-Leonardo Statter\Joel Kravtchenco-Renault Sandero RS-Octanas Motorsport-1:21:23.85
NC-34-Allan Cardoso\Juliano Gracioli-Fiat Palio-Cardoso Rally Team
NC-7-Marcos Tokarski\Marcelo Mamcarz-Peugeot 207-Yokohama-Pompo
Rally 5
1-38-Evandro Carbonera\Jean Klein-Hyundai HB20 1.0-Nova Italia RS Rally Team-1:05:43.38
2-27-Jose Barros Neto\Gabriel Moraes-VW UP TSI-Artesani Rally-1:10:05.77
3-25-Felipe e Tiago Klymaczeski-VW UP TSI-K-Sport Rally-1:10:25.12
4-316-Elton Palkewich\João Remor-Fiat Palio Sporting-1:10:35.15
NC-28-Bernardo Rewssat\Sadinei Broering-VW UP TSI-Pro Tune Rally
Rally 5 L
1-35-Rodrigo de Jesus\Giulian Telma-Peugeot 207-RTONE-'1:10:13.78
2-53-Michael Langa\Matheus langa-Peugeot 207-RTONE-1:12:31.09
3-10-Adib Sada\Albert Costa Filho-Ford Ká-ASTJ-1:13:07.96
4-72-Sandro Maia\Guiherme Pontarolo-Fiat Palio-Pombo-1:16:27.90
NC-3-Vitor Boff\Rafael Lodea-Peugeot 206-Mapel\RTONE
NC-15-Murilo Brustolin\Matheus Perin-Renault Clio-FLY Competition
NC-89-Felipe Belenke\Sofia Jayko-Peugeot 207-RTONE
NC-44-Eduardo Tonial\Guilherme Krauski-Peugeot 207-Scuderia Tonial\GTS do Brasil
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Cimed anuncia investimento de R$ 3,5 bilhões para dobrar produção e conquistar o mercado de bens de consumo
A Cimed, uma das principais farmacêuticas do Brasil, anunciou um plano de investimento ambicioso para os próximos cinco anos, totalizando R$ 3,5 bilhões. O foco da empresa está em aumentar sua capacidade produtiva e fortalecer sua presença no mercado de bens de consumo, com a meta de se tornar a “Procter & Gamble brasileira”, conforme afirmou seu presidente, João Adibe, em entrevista ao Valor…
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Mãe do empresário Luciano Hang morre após contrair Covid-19
A mãe do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, morreu nesta quarta-feira, 3, em decorrência de complicações da Covid-19 pouco mais de um mês após testar positivo para a doença. Regina Modesti Hang, de 82 anos, foi internada em um hospital da cidade de São Paulo poucos dias antes do filho e da nora, que receberam alta no fim de janeiro. Ela, que tinha o costume de acompanhar o filho em inaugurações de lojas pelo país, teve 95% do pulmão comprometido pela doença e precisou ser intubada. No dia em que Hang recebeu alta, ele pediu orações para a mãe e afirmou que a mulher seguia “melhorando a cada dia”.
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Nesta quinta-feira, 4, Hang publicou uma homenagem para Regina Modesti nas redes. “A dor de perder uma mãe �� inexplicável, é um buraco enorme que se abre no peito, mas logo será preenchido por saudades e boas lembranças dos momentos únicos que compartilhamos juntos. Minha mãe, como todas as mães, são anjos da guarda que Deus escolhe para enviar a Terra e cuidar de nós”, afirmou. O empresário afirmou que a cerimônia de despedida será familiar e agradeceu ao apoio e o carinho dos amigos. Entre as mensagens de pesar recebidas pelo dono da Havan, estavam textos do ex-BBB Pyong Lee, do chef Carlos Bertolazzi e do empresário João Adibe.
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Bilac Pinto, Dr Paulo e autoridades em reunião hoje em B.H. com o Governador Romeu Zema, anuncia investimentos 190 milhões de reais para Pouso Alegre.
Bilac Pinto, Dr Paulo e autoridades em reunião hoje em B.H. com o Governador Romeu Zema, anuncia investimentos 190 milhões de reais para Pouso Alegre.
Em reunião hoje em Belo Horizonte com o Governador Romeu Zema, com Presidente da Cimed Farmacêutica, João Adib Marques Filho, com Secretário de Governo, Bilac Pinto, com Secretário de Desenvolvimento Econômico, Emanoel Vítor, com Prefeito de Pouso Alegre, Rafael Simões, com Secretário Hamilton Magalhães e os Diretores/Cimed Amarai e Charles.
Foi anunciado pelo CEO/Cimed João Adib Filho um…
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MOdAM - Museo e Scuola della Moda
Milano, Garibaldi - Repubblica
João Luis Carrilho da Graça, Camillo Botticini, Stefano Ferracini
Filtro sinuoso
Il progetto del Modam è pensato come un padiglione nel parco, un elemento osmotico che pur intensamente urbano si integra alla dimensione allo spazio aperto circostante divenendone elemento necessario, nucleo fondante il progetto del parco.
Recinto sospeso moltiplica i livelli del parco integrando le funzioni richieste in una dimensione che supera le categorie spaziali di interno ed esterno, individuando un continuum spazio temporale tra le diverse quote d’uso.
L’architettura risulta essere configurata dell’interazione di tre diversi condizioni fondative: individuazione del tema, le razionalizzazione e ottimizzazione del programma funzionale,
l’ inserimento contestuale.
Le funzioni si articolano su tre livelli principali separando gli spazi adibiti al Museo, posti al livello interrato, della Scuola di Moda al piano sopraelevato, con l’intenzione primaria di unire e far interagire le funzioni comuni in un unico spazio alla quota del parco
Questa scelta si riferisce ad aspetti con ampie implicazioni urbane come la relazione con il parco, in particolare a nord-est quelle con gli interventi previsti dal Piano della Città della Moda.
Lo sviluppo eminentemente orizzontale del volume si contrappone alla verticalità puntale degli edifici limitrofi riequilibrando la composizione urbana e ponendosi quale cerniera fisica tra il parco e la Città della Moda.
Elemento centrale dell’impostazione architettonica del Modam è dato dalla caratterizzazione del piano alla quota del parco quasi interamente libero, trasparente e privo di limiti.
La disposizione degli elementi vetrati permette liberi spostamenti tra gli spazi pavimentati permettendo l’accesso al Museo, alla Scuola, oppure solamente di raggiungere il parco, che corbuserianamente mantiene interamente la sua superficie grazie alla “sospensione” del volume della Scuola.
Il piano terra del Modam è concepito come il punto di distribuzione principale, accoglie gli spazi comuni, in cui tutto accade e tutto è visibile.
In questa libera disposizione il visitatore distingue un grande asse distributivo che organizza i differenti usi: ingresso al Museo, accesso alla Scuola, partenza o arrivo della passeggiata sul parco.
La luce che attraversa l’edifico verticalmente permette un sistema di relazioni visuali tra l’interno e l’esterno, tra zone coperte e non. In questi margini verticali si ha una lettura compiuta dell’edificio. Dal ballatoio delle aule didattiche, luogo privilegiato ai soli studenti, lo sguardo percorre e si scambia lungo la sezione dell’edificio, attraversa lo sguardo dei visitatori al piano terra, fino a raggiungere i giardini dei patii del Museo al piano interrato. Scale a cielo aperto all’interno di ogni patio raccordano i diversi piani in una suggestiva sinergia d’uso che raggiunge il o suo apice nei mesi estivi. Tali percorsi orientati secondo i cammini stabiliti nel disegno del parco stabiliscono oltre alle vie di fuga, un ulteriore punto di integrazione al contesto.
Il movimento sinuoso della copertura, associato all’idea scultorea di un corpo delicatamente adagiato sul parco, racchiude al suo interno la risposta ad esigenze spaziali relative alle altezze dei soffitti dei laboratori tecnici più alte rispetto a quelle delle aule didattiche.
Il medesimo gioco flessuoso si ripete al piano interrato in cui leggere variazioni di pendenza stimolano il percorso espositivo del Museo e risolvono, come nella Scuola, specifiche esigenze in merito alle imprescindibili altezze dei differenti spazi.
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Programação e novas informações do rally da Graciosa 2024 em Antonina nos dias 13-15\06\2024
Quinta-feira – 13 de junho de 2024
08:00 Abertura do Parque de Apoio / Secretaria de Prova
08:00 Início do reconhecimento das especiais
09:00 Abertura da Vistoria Técnica
17:00 Fim do reconhecimento das especiais
17:00 Encerramento da vistoria técnica
17:00 Exposição dos carros – Parque fechado de largada
18:00 Fechamento da Secretaria de Prova
18:00 Publicação da ordem de largada prova 1
19:00 Largada Promocional (Largada invertida)
Sexta-feira – 14 de junho de 2024
08:00 Abertura da Secretaria de Prova
08:00 Início do reconhecimento das especiais
09:00 Início do Shakedown
11:00 Encerramento do Shakedown
11:30 Fim do reconhecimento das especiais
12:00 Briefing
13:00 Fechamento da Secretaria de Prova
14:00 Saída do primeiro carro do Parque de Apoio
14:23 SS1 Graciosa
14:56 SS2 Dom Pedro 1
15:39 SS3 Dom Pedro 2
17:09 Parque de Serviços A
18:20 Parque Fechado de Largada
19:50 Entrada do primeiro carro no parque fechado
20:00 Vistoria técnica
20:30 Publicação da ordem de largada prova 2
*sexta-feira possivelmente vai ter junto ao primeiro dia a edição da Graciosa do Friends Hilclimb , ainda não foi confirmado
Sábado – 15 de junho de 2024
08:30 Saída do primeiro carro do parque de serviços
08:58 SS5 Antonina – São João 1
09:36 SS6 Antonina – São João 2
10:14 SS7 Antonina – São João 3
11:04 Parque de Serviços B
12:37 SS8 Guaraqueçaba
13:15 SS9 Cacatu
13:50 Parque de Serviços C
15:28 SS10 São João – Antonina 1
16:06 SS11 São João – Antonina 2
16:44 SS12 São João – Antonina 3 (Power Stage)
17:04 Chegada do primeiro carro no parque fechado
17:10 Vistoria técnica
18:00 Premiação
Campeonato Paranaense após 2 etapas
Rally 2
1-239-Claudio Rossi\Eduardo Tonial-Mitsubishi Lancer Evo X-17 PTS
Rally 4
1-17-Leo Zettel\Fred Zettel-Renault Sandero RS-31 PTS
2-5-Daniel Allain\Diego Allain-Renault Sandero RS-26 PTS
3-47-Rafael Tulio\Hugo Hultmann-Peugeot 207-17 PTS
4-7-Marcos Tokarski\Marcelo Mamcarz-Peugeot 207-5 PTS
Rally 5
1-25-Tiago Klimaczewski \ Felipe Klimaczewski-VW Up TSI-34 PTS
2-72-Sandro Maia\Leonardo Telles-Fiat Palio-28 PTS
3-10-Adib Sada\Albert Oliveira Filho-Ford Ká-24 PTS
4-714-Ronaldo Paske\Edna Paske-Peugeot 206-11 PTS
5-77-Perci Hultmann\Juliano Zerbinatto-Peugeot 207- 5 PTS
Rally T
1-74-Daltro Maronezi\Thiago Osternack-Mitsubishi Triton Sport R-29 PTS
2-15-Fernando Possetti\Weidner Moreira-Mitsubishi Triton RS-17 PTS
3-82-Felipe Florenci\Mauricio Neves-Mitsubishi Triton Sport R-14 PTS
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Chefe da CIMED anuncia investimento para construção de nova fábrica em Minas Gerais com expectativa de gerar centenas de empregos
A CIMED, uma das maiores indústrias farmacêuticas do Brasil, anunciou recentemente a construção de uma nova fábrica em Minas Gerais. O CEO da companhia, João Adibe, fez o anúncio durante uma missão oficial nos Estados Unidos, onde se encontrou com o governador Romeu Zema e empresários. Essa nova fábrica em Minas Gerais é parte de um plano estratégico da CIMED para expandir suas operações e…
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Operação Lava Jato: TRF4 nega pedido de doleira para retirar tornozeleira eletrônica
Operação Lava Jato: TRF4 nega pedido de doleira para retirar tornozeleira eletrônica
A Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) desproveu, no dia 04 de abril de 2018, recurso da doleira Iara Galdino da Silva, que atuava no grupo de operadores de Alberto Youssef, e manteve o monitoramento por tornozeleira eletrônica. A doleira foi condenada na Operação Lava Jato por evasão de divisas, operação de instituição financeira irregular, corrupção ativa e organização…
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#acordo#Adib Abdouni#Agravo de Execução Penal#Alberto Youssef#casa do albergado#colaboração premiada#delação premiada#doleira#equipamento#fiscalização#Iara Galdino da Silva#João Pedro Gebran Neto#lava jato#monitoramento#operação lava jato#tornozeleira#tornozeleira eletrônica#trf4
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Cimed faz parceria com Patatiti Patatá para multivitamínicos
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A dupla Patati Patatá arranca sorrisos de brasileirinhos há mais de 30 anos. Seus projetos promovem diversão e conhecimento ao impactar crianças de todo o país. A partir de agosto, os palhaços serão a cara da comunicação de Lavitan Infantil líquido e do Lavitan Infantil comprimidos mastigáveis. Detentora do multivitamínico, a Cimed, terceira maior farmacêutica do país, pretende usar o carisma e as habilidades de comunicação da dupla de palhaços para conscientizar pais e mães sobre a importância do uso de vitaminas desde cedo.
Com contrato inicial de três anos, a Cimed está desenvolvendo junto ao Igor Faria, presidente da marca Patati Patatá, uma série de estratégias de comunicação e marketing para ativar desde o público interno, passando pela força de vendas da companhia até o público final – pais e mães que compram Lavitan Infantil para seus filhos. Também faz parte da parceria a presença da Cimed nos eventos da dupla, com entrega de amostra grátis nos shows e ativações pontuais.
“Acreditamos que a Patati Patatá poderá ajudar na conscientização da importância do uso das vitaminas desde os primeiros anos de vida. Este pensamento se torna ainda mais importante devido ao momento atual, em que já é possível observar um aumento de 20% no mercado de multivitamínicos voltados para o público infantil,” ressalta o CEO da Cimed, João Adibe Marques.
Multivitamínicos Cimed
Na cidade de Pouso Alegre (MG), as trabalhadoras da fábrica da empresa podem deixar seus filhos na Associação Educacional Claudia Marques; local criado e mantido pela farmacêutica. Ao todo, 120 crianças são atendidas pelo projeto e, com a novidade da parceria, elas receberão uma visita especial da dupla Patati Patatá. No final do dia, será entregue um kit com vitaminas para os pais das crianças; com o intuito de conscientizar a família sobre a importância do uso de vitaminas.
Já a Força de Vendas será impactada por meio de vídeo gravado pelos palhaços. São mensagens de apoio e incentivo para a equipe. Nas redes sociais, a ideia é usar o Instagram como ferramenta para gerar awareness. Haverá uma live entre o CEO da companhia, João Adibe, e os palhaços, além de invasões da dupla nos perfis da Cimed e de Lavitan.
Para a farmacêutica, cujo propósito é apostar na prevenção, uma das lições tiradas da pandemia do novo coronavírus, que vem assolando o mundo desde o primeiro trimestre de 2020, é a valorização da saúde e do bem-estar. Uma rotina de exercícios físicos, atrelada a uma alimentação balanceada e a uma complementação vitamínica diária passaram a fazer parte da vida de milhares de brasileiros, que antes não se debruçavam sobre esses temas. Por isso, desde cedo, é necessário ensinar os pequenos a cultivar práticas saudáveis.
Foto e fonte: Cimed
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Favela exige saber o que PM fez com menino desaparecido no ABC
Por Paulo Eduardo Dias, da Ponte Jornalismo
“Favela unida jamais será vencida”. “Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela em que eu nasci”. Foi com frases como essas que cerca de 200 moradores da Favela do Amor, na Vila Luzita, bairro pobre da cidade de Santo André (Grande SP), protestaram contra o desaparecimento de Lucas Eduardo Martins dos Santos, 14 anos, morador da comunidade. A família e vizinhos culpam policiais militares pelo sumiço. A cúpula da PM afastou dois PMs do trabalho nas ruas, sem redução de salário, por suspeita de envolvimento no caso.
O menino sumiu durante as primeiras horas da madrugada de quarta-feira (13/11). Ele tinha deixado a casa em que mora com a madrasta, um irmão e a cunhada para comprar um refrigerante em uma quitanda que fica dentro da própria comunidade. A madrasta conta que, de dentro de casa, ouviu a voz de Lucas dizer “eu moro aqui” para alguém. Ao sair, viu uma viatura da PM deixando o local. Ela acredita que o enteado estivesse dentro do carro. Depois disso, Lucas não foi visto mais.
A viatura avistada pela madrasta de Lucas trazia as cores vermelha, preto, cinza e branco, anteriores à nova adesivagem, em que predomina o branco, “a cor da paz”, segundo o governador João Doria (PSDB), que começou a mudar as cores dos carros de polícia a partir de agosto deste ano.
O que passou a intrigar os familiares e vizinhos de Lucas é que, por volta da 1h de quarta, policiais militares em duas viaturas, uma de número 41.222, da 1ª Companhia do 41º BPM/M (Batalhão de Polícia Militar Metropolitano), de Santo André, e uma outra de prefixo não anotado pelos moradores, bateram à porta da casa da família. Eles perguntaram sobre os moradores do local e citaram o nome de Lucas e de um outro irmão, que nem sequer mora com ele, mas que havia sofrido agressões de PMs recentemente.
No dia da agressão ao irmão de Lucas, contam os familiares, a avó do menino foi ameaça por um PM por intervir, segundo conta Cícera, outra tia do garoto, que preferiu não fornecer seu nome completo. “Não se preocupa não, vovó, que você vai chorar no caixão do seu netinho”, teria dito um dos policiais, referindo-se ao irmão de Lucas.
O enredo do sumiço de Lucas ainda coloca um morador em situação de rua como testemunha. Por volta das 3h daquela madrugada, enquanto as buscas já eram realizadas, o sem-teto entrou na favela vestindo a blusa que o menino usava ao desaparecer.
Questionado, informou ao irmão de Lucas que estava fumando em uma área de mata atrás da Escola Estadual Adib Chamas, a poucos metros da casa da família, na rua Professor Felisberto Carvalho, quando PMs foram até o local e exigiram que ele saísse. Logo depois, encontrou a blusa ao retornar ao mesmo local, a vestiu e desceu para a favela. Ao amanhecer o irmão de Lucas foi até a mesma área e encontrou o boné do menino jogado em meio ao mato.
A reportagem da Ponte permaneceu por volta de sete horas na comunidade ao longo desta quinta-feira (14/11), ao lado da Rede de Proteção e Resistência contra Genocídio, mas não conseguiu contato com a madrasta e nem com o irmão mais velho. Eles passaram o dia prestando depoimentos em delegacias diferentes.
Enquanto a reportagem esteve nas estreitas ruas da favela diversos amigos e amigas do menino desaparecimento deram seu depoimento. “Ele não tem briga com ninguém, só brinca e vai para a escola. Não arruma briga, gosta de celular”, conta a estudante Amanda, 15, que conhece o garoto desde pequeno. Segundo moradores, Lucas é um menino muito prestativo, que por diversas vezes vai até a padaria comprar pão para os vizinhos sempre que, por algum motivo, estão impossibilitados de saírem.
Segundo a tia de Lucas, a dona de casa Isabel Daniela dos Santos, 34 anos, que também mora na comunidade e a poucos metros da família do estudante, o menino é “muito bonzinho e tranquilo”. No dia do ocorrido, ela lembra que ele passou a tarde e a noite em sua casa utilizando o wi-fi, já que recentemente ganhou um celular de um vizinho, e sua maior diversão é acessar à internet. “Era por volta das 23h30 de terça feira quando falei para o Lucas ir para casa dele que já estava tarde. Ele deu tchau e se foi”, lembra.
Daniela conta que o sobrinho, ao chegar em casa, pediu dinheiro para a madrasta para comprar refrigerante, saindo logo em seguida. A partir daí, seu paradeiro se tornou um mistério.
A história de Lucas possui traços comuns como tantas outras de quem mora nas periferias e convive com abusos e violência policial. Os familiares contam que ele não possui contato com a mãe biológica que, assim como o pai, são dependentes químicos. Isso fez com que a madrasta fosse responsável por ele e o irmão mais velho, de 22 anos. O irmão trabalha em uma pizzaria para sustentar a casa.
“A dor da gente é que ele não faz nada de errado. Ele não tem tatuagem, não bebe, não fuma. Ele tem 14 anos, mas é bobo, inocente. A polícia precisa ser respeitada e não temida. Quando a polícia chega aqui todo mundo já teme porque sabe como eles agem”, disse, com lágrimas nos olhos, a operadora de cobrança Lindi Martins, 25, outra tia do garoto. Ela saiu da favela do Real Parque, no Morumbi, onde mora na zona oeste da capital paulista, para acompanhar as buscas.
A mulher conta que, sem dinheiro, teve que pedir diversas caronas em ônibus de São Paulo e Santo André para ir de encontro aos familiares. “Desde ontem (13/11) ninguém come nada, ninguém dorme, ninguém trabalha. Minha filha de 7 anos só chora, ela convive muito com ele”, conta Daniela, que ao lado de seus familiares diz que todos vieram de Pernambuco e da Bahia para tentar uma vida melhor em São Paulo.
“Pedi dispensa do trabalho, ainda bem que minha encarregada compreendeu. Sou novo no trabalho, mas não ia render. Vou ajudar nas buscas”, afirmou o auxiliar de higienização em hospital Noel Henrique, 30, tio do jovem.
Protesto
Diferente do protesto no dia anterior em que foi reprimido a bombas pela Polícia Militar, o ato desta quinta-feira foi pacífico, ainda que marcado por muita tensão e revolta. Os manifestantes segurando cartazes, faixas e fotos de Lucas, xingavam os PMs que passavam a todo instante em viaturas da patrulha de área e da Força Tática do 41º BPM/M (Batalhão de Polícia Militar Metropolitano), pela Avenida São Bernardo, na altura do número 500, uma das entradas da Favela do Amor.
Os gritos de “não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Polícia Militar” e os pedidos de “justiça” mexiam com o semblante dos PMs, que olham fixamente para os moradores. “Toda madrugada some um Lucas em Osasco, São Bernardo, Santo André e Diadema. Eu não tenho notícia de um moleque que tenha sumido no bairro Jardim (área nobre de Santo André). Desde o começo ser preto é ilegal. É ilegal como ganhamos nosso dinheiro. Como vivemos. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) vai cobrar. A OAB quer saber onde está Lucas?”, gritou, em meio aos manifestantes, o diretor executivo da OAB de Santo André, Helton Fesan.
Também presente, Ediane Maria, 36, representante do Coletivo Negro do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) fez um discurso emocionado, que terminou em palmas e gritos. “Nós não vamos mais nos calar. Nós não temos o que temer. Nós somos a maioria, não somos a minoria”, declarou. A promessa dos moradores é de realizarem ato diariamente até que Lucas reapareça.
Por volta das 16h, o ato passou a percorrer ruas do bairro, chegando a fechar por cerca de 10 minutos a Avenida Capitão Mario de Toledo, uma das principais de Santo André. Ali, sentindo que os ânimos dos cerca de 15 PMs ̶ alguns deles armados com escopetas municiadas de bala de borracha ̶ podiam descambar para a repressão, uma comissão de moradores foi até os PMs para combinar o trajeto até o 6º DP de Santo André, unidade em que foi elaborado o boletim de ocorrência de desaparecimento.
No local, o delegado Márcio Macedo conversou com a Ponte. Segundo ele, sua parte foi elaborar o boletim de ocorrência de desaparecimento, além de diligências na área de mata em que foram encontradas roupas de Lucas. No entanto, como não houve mais vestígios, o andamento das investigações passou para o Setor de Homicídios de Santo André.
Durante todo o trajeto entre a delegacia e a volta a favela os participantes da caminhada entoaram várias homenagens ao menino, que fez com que diversas pessoas se emocionassem. Entre elas, “olê, olê, olá, Lucas, Lucas”. “Lucas, Presente!”, “Queremos Lucas, vivo”.
Questionada pela Ponte, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) do Estado de São Paulo, liderada pelo general João Camilo Pires de Campos neste governo de João Doria (PSDB), informou que “todas as circunstâncias relativas ao fato são apuradas por meio de inquérito instaurado pelo Setor de Desaparecimento do SHPP da Polícia Civil de Santo André”.
“As equipes da unidade policial realizam diligências para localizar o jovem. A Polícia Militar também instaurou um procedimento para apurar o caso e, preventivamente, afastou do serviço operacional dois agentes que foram apontados por testemunhas como supostos participantes da abordagem no Jardim Santa Catarina”, finaliza o documento.
Favela exige saber o que PM fez com menino desaparecido no ABCpublicado primeiro em como se vestir bem
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Mais de 9 mil doses da vacina CoronaVac chegam a Sorocaba para imunizar profissionais da saúde
Cidade recebeu 9.280 doses da vacina na primeira remessa enviada nesta terça-feira (19). Sorocaba recebe a primeira remessa de vacinas contra Covid-19 Daniela Golfieri/ TV TEM Mais de 9 mil doses da CoronaVac chegaram em Sorocaba (SP) na noite desta terça-feira (19). Esta primeira remessa irá imunizar profissionais da saúde que trabalham na linha de frente do combate à pandemia. A previsão é que a vacinação comece na manhã desta quarta-feira (20). De acordo com a Prefeitura de Sorocaba, haverá um evento simbólico no Hospital Adib Jatene às 15h de quarta-feira, com a presença do governador João Dória (PSDB) ou do vice-governador Rodrigo Garcia (DEM), para oficializar o início da campanha na cidade. Vacinação em Sorocaba deve começar nesta quarta-feira (20) Witter Veloso/ TV TEM Segundo a prefeitura, antes de serem distribuídas, as doses serão levadas para a sala de vacinas, localizada próxima à Unidade de Atendimento Pré-Hospitalar (UPH) da zona leste. Por isso, a Polícia Militar e Guarda Civil Municipal reforçaram a segurança ao redor do local. Após a chegada na sala central de vacinas, as vacinas serão enviadas aos hospitais e UBSs, para que os profissionais da saúde da linha de frente de combate à Covid-19 possam ser imunizados. Mais de 9 mil doses da vacina CoronaVac chegam a Sorocaba para imunizar profissionais da saúde Daniela Golfieri/ TV TEM Esse envio será feito na manhã desta quarta-feira (20). O transporte será realizado por meio dos carros da Prefeitura de Sorocaba. Cerca de 105 mil moradores serão imunizados nesta primeira fase, sendo 23 mil trabalhadores da área da saúde e 80 mil idosos, além de indígenas e quilombolas. A campanha de vacinação será realizada nas 32 UBSs da cidade, sendo nove delas em horário estendido até as 21h, e em dois pontos de drive-thru: o estacionamento de um shopping na Avenida Afonso Vergueiro, ao lado do Terminal Santo Antônio, e um terreno localizado na Avenida Ipanema, onde funcionam as sedes da Vigilância Epidemiológica e da Zoonoses. Doses da vacina CoronaVac chegaram na noite desta terça-feira (19) em Sorocaba Witter Veloso/ TV TEM Região Além de Sorocaba, todos os municípios da região informaram que já estão preparados para a chegada das vacinas, com as geladeiras adequadas para armazenamento. Confira abaixo as quantidades que serão mandadas para cada município: Itu: 1.840 Votorantim: 1.400 Salto: 1.400 São Roque: 1.240 Piedade: 360 Mairinque: 400 Salto de Pirapora: 520 Iperó: 200 Araçoiaba da Serra: 280 Araçariguama, Alumínio e Capela do Alto: 1.400 Assim como em Sorocaba, a Prefeitura de Piedade deu início ao cadastramento de idosos acamados que desejam receber a imunização. Para se cadastrar é necessário entrar em contato por meio do telefone (15) 3340-1400, ramal 209. Já em Iperó, que também está cadastrando os acamados para recebimento das doses de casa em casa, a vacina será aplicada em cinco UBSs, das 15h às 22h. A prefeitura informou que, se houver necessidade, providenciará a compra de mais duas geladeiras para armazenamento do imunizante. Em Votorantim, as doses recebidas serão destinadas aos profissionais de saúde que trabalham no Pronto Atendimento. Em seguida, serão imunizados os profissionais das UBSs e, gradativamente, outros trabalhadores da saúde. São Roque informou que já tem cerca de 60 mil kits de vacinação organizados e que, a princípio, as doses serão aplicadas nas UBSs. Depois, será instalado um posto de imunização através do sistema drive-thru. A segunda dose será aplicada 21 dias após a primeira. A Prefeitura de Salto informou que está preparando quatro pontos de vacinação contra o coronavírus. Nos próximos dias, será feito um pré-agendamento das pessoas que serão vacinadas. VÍDEOS: mais assistidos da região Veja mais notícias da região no G1 Sorocaba e Jundiaí
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SECRETARIA DE OBRAS FAZ REFORMULAÇÃO DE TRÂNSITO NA RUA SOLDADO JOÃO CARLOS Objetivo é facilitar o acesso às avenidas Paula Leite e Marginais do Parque O Departamento Municipal de Trânsito da Secretaria de Obras e Vias Públicas trabalha na reformulação de trânsito na região da Cecap. As mudanças incluem aberturas em dois pontos do canteiro da rua Soldado João Carlos de Oliveira Jr. para a interligação de ruas. O objetivo é facilitar o acesso a duas avenidas importantes da cidade, a avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé e Francisco de Paula Leite. Uma das aberturas do canteiro da Soldado João possibilitou a interligação da rua Miguel Domingues, no Jardim Recanto do Vale, com a rua Walter Ruesch e rua Dr. Adib Pedro, no Núcleo Habitacional Brigadeiro Faria Lima (Cecap). Essas interligações criam um acesso direto à avenida Francisco de Paula Leite. A outra interligação foi da rua Noêmia Von Zuben Amstalden, no Jardim Bom Princípio, com a rua Alcides Pironhe, na Cecap, que é paralela à Soldado João. Essa interligação facilita o acesso de quem está na Cecap e quer seguir sentido das marginais do Parque Ecológico. Ainda na região da Cecap, a Secretaria de Obras também trabalha no projeto de remodelação do trânsito no cruzamento da avenida Soldado João Carlos de Oliveira Jr. com a Alameda Comendador Antônio Hagib Ibrahim, cujas obras devem ser iniciadas em breve. Fotos: Eliandro Figueira RIC/PMI
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Personalidades Gammonenses - Marcus Vinicius de Lima Arantes
Sou mineiro do sopé da Canastra. Nasci em Piumhi no dia 20 de setembro de 1943. Aos sete anos de idade iniciei minha vida escolar no Grupo Escolar Josino Alvim fazendo os dois primeiros anos do curso primário. Os dois anos seguintes foram cursados no outro estabelecimento de ensino primário da cidade, o Grupo Escolar Dr. Avelino de Queirós.
Fiz o curso ginasial no Instituto Gammon. Aos 12 anos de idade lá cheguei em dezembro de 1955 para fazer o curso de férias de admissão ao ginásio. Tanto eu como meus irmãos nos desgarramos muito cedo do convívio familiar e tivemos que administrar nossa vida ainda adolescentes, coisa impensável hoje para uma criança de 12 anos.
Durante o curso de férias eu e meu amigo Pedro Paulo de Faria éramos os únicos alunos no internato do colégio. Lembro-me da tristeza em que nós, meninos, passamos o Natal de 1955 longe da família. Nossas professoras no curso de admissão foram a Profa. Vanda Amâncio Bezerra a Profa. Juraci de Souza. Juraci infelizmente já não está entre nós. A Profa. Vandinha tenho a felicidade de reencontrar todos os anos quando vou a Lavras para as festas do aniversário do Instituto. Ela presta um inestimável serviço de preservação da memória do Gammon à frente do Pró-Memória, que apesar dos parcos recursos guarda um rico acervo da história do colégio, de seus professores, funcionários e alunos.
Estudei no internato do Gammon de 1956 a 1959, um dos melhores períodos da minha vida. O regime do internato do colégio nada tinha a ver com o padrão adotado nos demais internatos do país. Ao contrário daqueles, tínhamos total liberdade de sair quando quiséssemos, desde que respeitássemos o horário de chegada a noite, estabelecido para as 22 horas. Aí sim, havia um rigoroso controle de presença feito pelos regentes dos dormitórios.
Em 1956 cursei a 1ª série do curso ginasial. Morava no dormitório conhecido como “dormitório novo”. Tive como professores o inesquecível Prof. Juan Pedro de Oliva Paton (Matemática), espanhol de Bilbao radicado no Brasil, Profa. Marta Ribeiro Costa (Português), Prof. Oswaldo Louzada Serra (Geografia), Prof. Roberto Coimbra (Latim), Profa. Maria de Lourdes Machado (Francês), Prof. Antonio Quinan (História do Brasil), Prof. João Batista de Oliveira (Trabalhos Manuais), Prof. Domingos Sandy Júnior (desenho) e canto orfeônico, que era ministrado pelo Sub-Tenente da Polícia Militar Antônio Ferreira, que era o regente da banda do 8º Batalhão da PM e da orquestra da Sociedade Lavrense de Cultura Artística (SOLCA).
1956 – Identidade escolar assinada pelo Prof. Sinval Silva, diretor do Colégio Evangélico de Lavras.
Neste ano comecei a jogar futebol como goleiro da equipe do Gammon, na categoria “mínimos”.
1956 – Equipe do Gammon – Categoria “Mínimos”.
Em pé: Marcus Vinicius, Piolho, Ilvoci, Carlinhos, Tércio e Maurinho.
Agachados: Sabará, Euclides, Airton, J Furtado e J Crepaldi
Em 1957 cursei o 2º ano ginasial. Eu já estava bem mais ambientado no internato e o meu círculo de amizade ampliado. O Gammon, pela sua posição de excelência no ensino, recebia alunos no internato de vários estados brasileiros, mesmo dos mais distantes. Havia alunos dos grandes centros como Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Salvador cujos pais preferiam o Gammon aos colégios das capitais. De Belém vieram o Pio Veiga, o José Sérgio e seu irmão Toninho. Do Acre era o Benoni. A turma do antigo território do Guaporé (hoje estado de Rondônia) era grande: entre eles lembro-me do Jorge Badra, Aurélio Arouca, Lethfalla e as irmãs Manussakis do Kemper, Marlene e Alfa. O Cícero, meu companheiro na equipe de futebol, que gostava mais de ser chamado pelo apelido de Piolho era paulistano assim com também o eram o Windsor Borges, o William Daghlian e o José Roberto Vanorden, com quem me encontro anualmente nas festas do Gammon. O Armando Beber era de Salvador e de Belo Horizonte uma turma grande tinha o Vitório Marçola, o meu amigo e companheiro de quarto Sergio Carvalhaes de Paiva, Roberto Mauro, que jogou futebol do Gammon e depois integrou o elenco do Atlético Mineiro e seu irmão Paulo Márcio. Do Rio de Janeiro também havia uma turma grande: Carlos Côrtes e seu primo Gustavo Côrtes Barroso, o Hermes e o Franklin Miralha Teixeira são os que me lembro. De Goiás tinha o Clodoveu, o Jurema, os irmãos “Pela” e “Pelinha” e o Lauro, grande atleta gammonense mais conhecido como Xavante. De Natal vieram o Epitácio, que até hoje comparece as festas do Gammon e seu primo Gustavo, filho do governador Dinarte Mariz. Era assim a turma do internato, gente de todos os cantos do país.
1957 – Foto tirada no campo de futebol dos mínimos. Em pé, Lethfallah (Guajará Mirim) e eu. Agachados, Márcio Roberto Dias (Ibiá) e Piolho (São Paulo)
Em 1957 mudei de dormitório. Passei a morar no dormitório Américo Menezes, mais conhecido como dormitório zero. Era ao lado da casa do Prof. Sinval Silva, diretor do colégio. O Seu Sinval, como o chamávamos, era uma das figuras exponenciais do Gammon. Dono de uma vasta cultura geral, era conhecidos por suas tiradas inteligentes e sarcásticas. Dele se contam muitos “causos”, alguns deles estão no meu livro “Meu Pequeno Grande Mundo”.
Meus professores neste ano foram o Prof. Roberto Coimbra (Português e Latim), o Prof. Paton (História Geral), o Prof. Osório Alves (Geografia), o Prof. Waldir Azevedo (Matemática), a Profa. Lourdes (Francês), a Profa. Grace Esther Hahn (Inglês). Em trabalhos manuais, desenho e canto orfeônico continuaram os professores Batista, Sandy e Antônio Ferreira, respectivamente.
1957 – Turma do 2º ano ginasial com a Profa. Grace Esther Hahn
O ano de 1957 ficou marcado pelo lançamento do primeiro satélite artificial. A União Soviética lançou em outubro o Sputnik 1. Tive a felicidade de participar de um momento histórico no Gammon. Nesta época, dentre os missionários americanos no colégio estava o Rev. John Stout. Dono de invejável inteligência e de uma incrível habilidade para produzir aparelhos e demais mecanismos (inventou uma máquina fotográfica que tirava fotos de objetos colocados em círculo), o Rev. Stout calculou a hora que o satélite seria visto em Lavras. Eu e mais um grupo de alunos estávamos com ele naquela noite quando ele acertou a hora exata que o satélite poderia ser visto e o filmou. Foi a única filmagem feita no Brasil do satélite soviético.
De regresso aos Estados Unidos John Stout continuou com as atividades ligadas a corrida espacial. Foi trabalhar na National Aeronautics and Space Administration (NASA), onde exerceu importantes atividades na exploração espacial.
1957 - Rev. John Stout – Calculou a hora da passagem do Sputnik e o filmou
Nos esportes continuei com goleiro da equipe de futebol, ainda na categoria “mínimos”. Um dos jogos que fizemos neste ano foi em Perdões contra a equipe infantil do Independente. Houve um empate de 1 x 1.
1957 – Mínimos do Gammon em Perdões. Em pé. Adib, Carlinhos, Prof. Quinan (técnico), Piolho, Marcus, Haroldo e Maurinho.
Agachados, Euclides, Wilson, Airton. J Furtado e Luis Carlos
1958 foi um ano de gratas recordações. Tenho uma forte relação com este ano. É um ano “cult” para mim. Marcou-me como nenhum outro. Essa minha ligação com esse ano talvez se explique por ter sido um ano de notáveis conquistas, transformações na vida do país e mudança radical no padrão de costumes da juventude. Foi também um ano especial para o Brasil. Foi o ano em que tudo deu certo, notadamente no esporte. O Brasil começava a sair de sua condição de economia terciária e a indústria automobilística dava seus primeiros passos. Respirava-se democracia plena e as obras de Brasília, a nova capital, avançavam.
A juventude adotava o “rebelde sem causa” James Dean como ícone e dava uma guinada comportamental. Na música acontece uma revolução com o “rock and roll” e aparece um cantor americano chamado Elvis Presley que inova ao cantar fazendo requebros e gestos espasmódicos. No Brasil era lançado o primeiro disco da “bossa nova”, gênero musical que marcaria época e que projetaria a música brasileira no exterior. No cinema, ainda se viam as chanchadas da Atlântida, mas o Cinema Novo já se manifestava através de Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos. Da recém-instalada indústria automobilística, saia às ruas o DKW-Vemag já com 50% das peças fabricadas no país e o "Chevrolet Brasil", primeiro caminhão brasileiro, rasgava as estradas do país. Iniciava-se também a fabricação do carro que fez história no país pela sua popularidade e sucesso de vendas – o Volkswagen Sedan, carinhosamente apelidado de “Fusca”.
No esporte, 1958 foi pródigo em conquistas importantes. Finalmente, a seleção brasileira de futebol conquistava brilhantemente a tão sonhada Copa do Mundo na Suécia. Maria Esther Bueno firmava-se entre as grandes tenistas do mundo e o pugilista Éder Jofre aparecia como a grande promessa do boxe nacional, o que viria a ser confirmado com a conquista do título mundial dos pesos-galo dois anos depois. No basquete, formava-se o embrião da grande seleção com Amaury, Algodão e Vlamir que iria conquistar dois títulos mundiais seguidos, em 1959 e em 1963.
No Gammon 1958 foi também marcado por grandes feitos de seus atletas. Alfredo Scheid Lopes tornava-se campeão brasileiro de salto em altura ao vencer em São Paulo José Teles da Conceição, medalhista olímpico da prova. Outro evento significativo do ano a comemoração dos 50 anos da Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL), que naquela época pertencia ao Gammon. 1958 foi o ano que não devia terminar.
Neste ano passei a morar no dormitório conhecido como “dois de cima”, que ficava na Av das Magnólias e foi demolido posteriormente para a construção do ginásio coberto. Tinha como companheiros de quarto o Sérgio Carvalhaes, o Galocha e o Hiram Rochael. Continuava jogando futebol na equipe do Gammon, agora na categoria “menores”. Cursei a 3ª série ginasial tendo sido meus professores o Prof. Roberto (Português e Latim), Profa. Lourdes (Francês e Historia), Prof. Waldir (Matemática), Profa. Antonieta Maceira (Ciências Naturais), Profa. Nair Vieira de Andrade Paranaguá (Inglês). Em Desenho e Canto Orfeônico continuaram os professores Sandy e Antonio Ferreira.
1958 – Alunos do internato na Av das Magnólias. Os de baixo – José Roberto, Pio Veiga e eu. Nos ombros, na mesma ordem: Júlio César, Gustavo e Leslie.
1959 foi o meu último ano no Gammon e o melhor deles. No internato passei a morar no dormitório José de Carvalho na Av das Magnólias. Este prédio ainda permanece lá. São dois pavimentos. O de baixo era chamado dormitório três de baixo e o piso superior era o dormitório três de cima. Cursei a 4ª série do curso ginasial e tive como professores o Prof. Roberto (Português e Latim), Profa. Lourdes (Francês e História Geral), Prof. Waldir (Matemática), Profa. Antonieta (Ciências Naturais), Profa. Nair (Inglês), Prof. Caio Silva (História do Brasil), Prof. Osório (Geografia) e os professores Sandy e Antônio Ferreira em Desenho e Canto Orfeônico.
Continuei jogando futebol na equipe de menores do Gammon. Os grandes atletas gammonenses, cujas histórias conto no meu livro “Abram Alas Estudantes”, continuavam brilhando nas competições que participavam.
1959 – Equipe de futebol do Gammon (categoria menores). Em pé: Belchior, João Lúcio, Maurinho, Marcus, Enéas e xxxx. Agachados: Gustavo, J Crepaldi, Euclides, Joaquim Cambraia, Adilson e Haroldo Cambraia Brasil
A revolução nos costumes da juventude continuou em 1959. Embalados pelo “rock and roll”, os jovens se desvencilhavam dos padrões de comportamento até então vigentes e aderiam a “nova onda”, principalmente na música e no modo de se vestir. Lembro-me que neste ano usei uma camisa vermelha em Lavras para espanto geral dos mais conservadores. Os homens até então se vestiam com roupas sóbrias cujas cores não iam além do branco, cinza e demais cores “bem comportadas”.
A Lambretta, uma motoneta fabricada no Brasil, era o veículo da moda entre os jovens. Começavam a aparecer as primeiras Lambrettas em Lavras. Embora ainda sentíssemos a falta do ídolo maior, James Dean, morto prematuramente aos 24 anos de idade, nossa atenção se voltava para novos ídolos, os cantores de “rock” americanos, dentre eles Bill Halley e seus Cometas, Little Richards e Elvis Presley, o ídolo maior. Paul Anka nos brindava com suas baladas de sucesso e a sua “You are my destiny” ficou durante muito tempo no topo da parada de sucesso das rádios, incluindo a ZYI-6, Rádio Cultura D’Oeste de Lavras. No Brasil apareceram os primeiros cantores da chamada “música jovem” que foram os irmãos Tony e Celly Campello, George Fredmann e Carlos Gonzaga entre outros.
E foi com esse clima como pano de fundo que eu e mais três colegas do Gammon (José Roberto, Pio Veiga e Artur Cambraia) criamos um conjunto de dublagens, atividade essa muito comum na época. A apresentação consistia de um disco tocando em “play back” e nós fazíamos mímica labial com se estivéssemos cantando. Nascia então o “The Four Doubles”, que fez sucesso em Lavras em suas apresentações. O Lane Morton era o nosso palco principal. Fizemos apresentações também em Perdões e Piumhi
1959 – O The Four Doubles em um dos bancos do Gammon, em frente ao Auditório Lane Morton – Pio Veiga, J Roberto, Marcus e Artur Cambraia
1959 – Cartão de visitas do The Four Doubles
1959 – O The Four Doubles se apresentando no Clube dos Comerciários de Lavras Da esquerda para a direita, Marcus, Pio Veiga, J Roberto e Artur Cambraia
1959 – O The Four Doubles em foto na arquibancada do Estádio Castelo Branco Marcus à frente e no alto, Artur Cambraia, J Roberto e Pio Veiga.
Nossa maior “aventura” aconteceu em 1960. Eu já não estava mais no Gammon, mas o Pio Veiga que morava em Belém nos conseguiu uma apresentação no Iate Clube do Pará e lá fomos nós para Belém. A nossa presença na capital paraense foi notícia em edições seguidas nos jornais de lá.
Recortes de jornais de Belém noticiando a apresentação do conjunto na capital do Pará
O The Four Doubles na apresentação no Iate Clube do Pará: Marcus, Pio Veiga, J Sérgio (que substituiu J Roberto) e Artur Cambraia
Veio o final do ano, a formatura no Curso Ginasial e o triste momento de despedida do Gammon. Nossa formatura ocorreu no Auditório Lane Morton e tivemos como paraninfo Tancredo Neves, à época candidato ao governo de Minas. Na nossa saída do colégio recebemos o tradicional Diploma da Saudade
1959 – O Diploma da Saudade que era entregue aos alunos que saíam do Gammon
Em 1960 fui para o Rio de Janeiro fazer o Curso Tamandaré, que era na época o melhor curso preparatório para ingresso às escolas militares. Sempre fui um mineiro apaixonado pelo mar. Aventurar-me pelos mares do mundo como oficial de marinha sempre foi o meu grande sonho. Não sei como brotou essa aspiração em alguém como eu nascido no sopé da Serra da Canastra. E assim, fui. Prestei concurso de admissão à Escola de Marinha Mercante do Rio de Janeiro (EMMRJ) e fui aprovado. Cursei a EMMRJ de 1961 a 1963 quando me formei.
1963 - Na formatura na EMMRJ recebo das mãos do Almirante Valfrido Quintanilha o prêmio pela colocação em segundo lugar da turma
Percorri os quatro cantos do mundo em navios brasileiros sempre com as lembranças do Gammon bem vivas em minha mente. Fiquei na Marinha Mercante durante oito anos quando mudei o rumo da minha vida. Cursei Administração de Empresas e depois Engenharia Mecânica. Casei-me em 1973, tenho dois filhos maravilhosos.
Depois da minha aposentadoria voltei às minhas origens e hoje sou instrutor no Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (CIAGA), instituição da Marinha do Brasil que mantem o curso de formação de oficiais da Marinha Mercante.
2014 – Com meus alunos da Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM)
Tive quatro livros publicados. O primeiro deles “Abram Alas Estudantes” (2008) que aborda a história do esporte do Gammon e de seus grandes atletas.
O segundo, “Torpedo, o Terror no Atlântico” (2012) conta a trágica história do torpedeamento dos navios brasileiros pelos submarinos alemães na Segunda Guerra Mundial.
O terceiro, “Meu Pequeno Grande Mundo” (2015) conta minha trajetória de vida no primeiro capítulo e no segundo uma coletânea de crônicas minhas já publicadas na mídia.
O quarto, “Tenente Arantes” conta a história do meu saudoso irmão Homero Arantes Jr, também gammonense, que teve uma bonita trajetória de vida no Exército Brasileiro e no Serviço Público.
2012 – Discursando sobre o torpedeamento dos navios brasileiros no Seminário “Estratégias de Defesa Nacional”, realizado no Congresso Nacional em Brasilia
Com as saudades dos tempos do Gammon ainda batendo, ainda sou hoje um dos mais assíduos gammonenses às festas do aniversário do Instituto todos os anos. É a oportunidade de rever os amigos de longo tempo, amizades que perduram por anos, o que ratifica a famosa frase de Osmundo Miranda – “A gente sai do Gammon mas o Gammon não sai da gente”
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