#Jardim quase sem vida
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mensagemcompoesia · 2 years ago
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Jardim quase sem vida
Jardim quase sem vida Jardim repleto de ervas daninhas Deixam as rosas fracas Quase perdendo o gosto de viver. Jardim quase sem vida
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lacharapita · 6 months ago
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JORGE MARAVILHA
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Matias Recalt x leitora
??? - palavrões, smutizinho [sexo oral, sexo sem proteção (nem inventa), fingering...], pai da leitora não gosta de pobre, marijuanaaaa
N.A - você não goxta de mim, masss sua filha goxxxta. We love Chico Buarque. Leiam ouvindo Jorge Maravilha amém bençõe obrigada vsf tmj
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          — Matias que parecia querer ser pego pelo seu pai quando ia te visitar. — "É sério, Mati! 'Cê precisa ir agora. Se meu pai acordar e ver a gente ele me deporta p'ra casa do caralho." — Você dizia, as palavras em tom baixo saiam de seus lábios mas o olhar de Matias não saía de lá.
          — "E nessa tal de "casa do caralho" eu vou poder te comer em paz?" — Seus olhos se arregalaram com o palavreado do argentino. Colocava as mãos sobre o peito dele e o empurrava pelo jardim da enorme casa em que morava.
          — "Matias, rala!" — Você disse em alguns tons mais altos do que antes. Correu de volta para dentro da casa e sorriu observando o corpo magro de Matias pulando o muro coberto de folhas verdes de alguma planta cujo o nome não fazia ideia. Na ponta dos pés, caminhou até seu quarto e se jogou na cama macia, olhando o lustre logo acima de você e sorrindo boba lembrando da formiga que tinha arrumado para te incomodar.
— Matias que era um menino simples que você conheceu quando foi "dormir na casa de uma amiga" e acabaram parando em uma pista de skate rodeadas de maconha, bebidas duvidosas e outros garotos e garotas. Estava desesperadamente procurando por um banheiro, sentia a bexiga se contorcer, caminhando com as pernas cruzadas e rezando para que encontrasse logo o que tanto queria. Lembrou claramente de quando Matias apareceu na sua frente com um cigarro de palha entre os lábios e uma cerveja na mão.
          — "Não tem banheiro aqui não, lindeza." — Ele sorriu enquanto olhava para seu rosto de desespero, quase sentiu lágrimas de formando em seus olhos quando ouviu as palavras dele. — "Tem um carro ali oh." — Ele apontou para o carro estacionado a poucos metros de distância de onde vocês estavam. — "Vai lá que eu fico de olho p'ra ninguém chegar perto." — O desespero e a dor em sua bexiga falaram mais alto, agarrou a mão do argentino de pequeno porte e o levou até que estivesse perto do carro, correu para traz do veículo e sem pensar muito puxou a calcinha pelas pernas, se agachou e suspirou alto quando finalmente pode aliviar a pressão terrível em seu ventre.
          — "Puta que pariu." — Você praticamente gemeu enquanto arrumava a calcinha preta no lugar e caminhava até o argentino. — "Obrigada mesmo, eu 'tava morrendo já." — Ele acenou com a cabeça, sorrindo para a forma como você agradecia ele.
          — "Relaxa, nena. Quer fumar um?" — Você fingiu pensar antes de responder um "sim" e seguir o moreno até um banco de pedra em que um skate estava apoiado.
          — "É seu?" — Você perguntou enquanto se sentava na rocha fria e Matias tirava o baseado do bolso na bermuda comprida, logo se sentando ao seu lado.
          — "É sim! Ele é novo, comprei não tem nem uma semana." — Ele riu, dando uma tragada enquanto admirava o brinquedo novo e te entregava o baseado.
          — Matias que naquela noite, ali naquele banco, te deu o melhor beijo da sua vida. Te colocou sentada no colo dele e passava as mãos por todas as partes do seu corpo. Quando sua amiga te chamou, avisando que já estavam indo embora, Matias te passou o número dele e fez você jurar que mandaria mensagem para ele. Entretanto o maior problema era o seu pai, um homem rico, rígido e que odiava meninos como Matias. Fez questão de proibir você de ver o rapaz quando avistou vocês dois conversando na quadra de tênis do condomínio em que você morava. Sua maior sorte era que José Carlos, um dos porteiros, era um ótimo amigo e gostava muito de Matias, então nunca contou sobre as visitas que Matias fazia a você e fazia questão de te avisar que seu pai estava voltando quando o argentino estava contigo.
          — Matias que sempre que tinha a chance provocava você sobre sua mudança de comportamento de quando estava com seu pai e de quando estava com ele. — "Tu padre não faz ideia da perrita que 'cê é hm? Gosta de levar pau até essa porra de bucetinha chorar." — O gemido que saiu de seus lábios foi abafado pela mão de Matias. Já era tarde da noite, seu pai provavelmente já estava no décimo terceiro sono e não acordava fácil, a chuva lá fora caía em gotas grossas e pesadas enquanto Matias se enterrava dentro de você devagar. — "Posso dentro?" — O argentino sussurrou no seu ouvido, as palavras sendo um bolo de letras para você.
— "Não. Goza na minha- porra Matias! Na minha boca." — O sorriso que ele te deu foi inacreditável, se retirou de dentro de você com um gemido baixo e observou seu corpo nu se ajoelhando no chão entre as pernas dele. Seu olhar bagunçado, bochechas coradas e sorriso convencido antes de abaixar a cabeça para que a ereção dolorida fizesse caminho para dentro da sua boca, fez o cérebro de Matias derreter. Jogou a cabeça para trás e apertou os olhos com força, deixou os lábios entre abertos mas nenhum som saia dali. Sentia sua garganta se contrair quando a pontinha dele chegava no fundinho da sua boca, os lábios macios se enrolavam perfeitamente na circunferência molhada. Tirava de sua boca apenas para deixar beijinhos convencidos na cabecinha latejante. A cena final para Matias foi ver você com a boca aberta, língua razoavelmente para fora e pedindo por porra com o olhar.
— "Boquinha gostosa 'cê tem hm? Porra!" — Palavras baixas que anteciparam as cordas do líquido viscoso e esbranquiçado que atingiram sua língua e bochechas quando o argentino gozou. Você riu enquanto arrastava a pontas dos dedos pelas bochechas e levava a porra dele direto para sua boca, deixando um pop suave enquanto erguia os joelhos e aproximava o rosto do de Matias. O beijo que ele te deu foi o suficiente para tudo, as mãos dele agarravam sua cintura com força e as suas se enroscavam nos fios de cabelo dele.
          — Matias que achava uma graça o seu dengo excessivo. Invadia seu quarto durante a noite e dormia com você, de vez em quando você tinha sorte e ele te deixava ser a conchinha menor. Nesses dias de sorte os lábios dele escorriam beijos pelo seu pescoço doce, as mãos te apertavam contra o corpo magro e te aqueciam nas noites frias. Assistia filmes horríveis com você porque você gostava e então tecnicamente ele também teria que gostar. Quando seu pai viajava, aproveitavam para ficarem agarradinhos na rede que ficava no quintal da casa, abraçados, trocando carícias sinceras e na maioria das vezes acabava com ele socando os dedinhos magros dentro de você, tapando sua boca com a outra mão. — "Putinha escandalosa da porra! Assim aquele boludo do seu vizinho vai te ouvir, morena." —
          — Matias que sempre fazia questão de juntar um dinheirinho suado para comprar alguma coisinha boba para você. Ele adorava ver suas bochechas coradas e seu rosto sem graça enquanto ele te entregava a caixa de bombons e o livro que você estava procurando. — "Poxa mati, não precisava vida." — Ele sorria olhando para você, parando em sua frente com o rosto tão próximo do seu que podia sentir o calor de suas bochechas.
          — "Nena, se eu pudesse eu te daria até um pai menos otário." — você deixou um tapa no braço dele e riu. Matias deitou com a cabeça nas suas coxas, olhando para você fixamente antes de continuar falando — "Mas sério, só não te dou um planeta porque não tenho grana agora, mas quando eu tiver prometo que te dou qualquer um dos sete que tem em volta do sol." — Você se sentiu em pedaços com as palavras dele. Como podia uma alma ser tão boa e tão insuportável? A mordida que o argentino deixou na sua coxa te tirou dos teus devaneios, te fazendo gemer de dor e olhar para ele com repreensão.   
— Matias que um dia, enquanto saia da sua casa escondido, ouviu seu pai gritando com você, falando as piores coisas possíveis para você e então resolveu acabar com a palhaçada toda. — "Ai coroa, não vale a pena ficar chorando e resmungando "não não não não"." — As palavras saíram em tom de choro, Matias claramente debochando da cara de seu pai. — "'Cê não gosta de mim mas tua filha gosta e 'tá tudo certo! Quem tem que gostar de mim é ela, não o senhor." — Matias disse firmemente. Seu pai não movia um único dedo, observando seu rosto de espanto que claramente segurava uma risada. — "Sou fodido mas não sou vagabundo não. Trato a filha do senhor muito melhor do que qualquer um desses pé de galinha que tem por aqui." — Dessa vez não se conteve e um pequeno riso escapou de você. — "E se me der licença, 'tô saindo. Beijo nena." — Matias deixou um beijo em sua testa, você sussurrou um "te vejo depois" e ele apenas acenou com a cabeça. De qualquer maneira, Chico Buarque já dizia: "Você não goxta de mim, mas sua filha goxta.".
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cherryblogss · 6 months ago
Note
Oiii diva linda, queria mto te pedir uma coisa com os homi (nossos trintões) com eles quase gozando nas calças pq a loba tá provocando eles a noite todinha e se fazendo de sonsa toda vez que eles perguntam oq ela tá fazendo ou pedindo pra ela parar KKKKKKKKK
amo fazer tortura psicológica com homem😍 eu coloquei um que realmente goza nas calças pq nao resisto😻
inventei mt também nesse perdao, minha mente viaja (nao revisado tbm)
Esteban Kukuriczka
Hoje era o seu primeiro aniversário de casamento com o amor da sua vida, fazia um ano que você e Esteban tinham se casado em um jardim lindo em uma cerimônia intimistas. Vocês não tinham conseguido fazer nada demais, a não ser um café da manhã especial por conta da peça que ele estava dirigindo e seu trabalho que também estava muito agitado.
Tudo era muito louco para você, se conheceram quando ele era ator ainda e você foi fazer um tour pelo teatro assim que se mudou para argentina, sem querer esbarrou em um dos atores que estavam experimentando figurinos, você e Esteban acabaram caindo, mas ele foi tão doce e engraçadinho que te deixou encantada. Depois se encontraram fora do teatro e saíram para tomar um café.
Agora, você estava se encaminhando para acompanhá-lo no ensaio, queria passar o máximo de tempo com ele nesse dia especial.
Chegou no teatro procurando o homem alto em meio as pessoas na correria do ensaio perto da estreia. Enxerga a cabeleira loira e volumosa sentada a umas dez fileiras do palco. Um calor toma conta do seu corpo ao ver ele todo concentrado mordendo a tampa de uma caneta no ambiente pouco iluminado. Em um transe se dirige até parar atrás dele e colocar as mãos para cobrir os olhinhos dele.
Kuku se assusta quando a visão dele é repentinamente obstruída e as mãos geladas tocam a pele coberta de sardinhas, mas logo em seguida sorri ao sentir o dois anéis no anelar esquerdo e o perfume inconfundível.
"Adivinha quem?" Se inclina ao perguntar no ouvido dele enquanto ambos soltam risadinhas cúmplices.
"É a mulher linda que estava na minha cama hoje de manhã?" Fala tocando suas mãos para fazer um carinho de leve.
Você não se aguenta e retira as mãos para segurar o rostinho dele e puxá-lo para um beijo no ângulo estranho, depois, rapidamente, pula sobre a cadeira e se senta ao lado do Esteban.
"Como foi seu dia, amor?" Ele pergunta passando um braço pelo seu ombro para te aconchegar no peito dele.
"Até que foi bom, mas poderia ter sido melhor se você estivesse comigo." Responde com um biquinho e acariciando a mão gigante com a aliança dourada.
"Pelo menos agora a gente vai ficar juntinho." Fala com um sorrisinho bobo ao beijar sua testa. "O ensaio acaba em uns 40 minutos e depois podemos fazer o que você quiser."
Seus olhos percorrem as pernas grandes meio encolhidas para caber no assento do teatro e isso faz uma ideia surgir na sua cabeça. Toca a coxa musculosa coberta por um jeans azul, desenhando linhas abstratas na costura da calça, seu marido já tinha se distraído de novo anotando pensamentos ao observar os atores encenando no palco. Sobe e desce os dedos acariciando o tecido, ousando um pouco mais roça as costas da mão na virilha do Esteban que nem parece notar, continua só brincando com as pontas dos seus cabelos.
Morde os lábios e aperta o membro um pouco marcado na calça, Esteban dá um chute para a frente em reação e te olha de um jeito severo, como se fosse um alerta e não uma bronca em si. Você encurta a distância dando um selinho nele e massageia a ereção crescente. Esteban solta um suspiro tremido nos seus lábios e morde-os levemente, mas se afasta ao escutar um dos atores no palco continuando a encenar uma briga.
Você se aproveita, desabotoando a calça e acaricia o pau coberto pela cueca fininha que já tinha uma manchinha de pré-gozo. Esteban deixa você fazer isso por uns minutos, se engasgando com a respiração ofegante e ficando com a face avermelhada, que só você conseguia ver pela iluminação baixa do local. Suas mãos baixam mais até tocar a cabecinha sensível, massageando a área sensível.
"Nervoso, papi?" Pergunta com um sorriso malicioso, fingindo que está ajeitando o os óculos dele com a mão livre.
"Acho bom você parar com essa palhaçada." Diz entredentes e puxando seus cabelos com um pouquinho de força.
"Mas eu só tô fazendo carinho em você, amor." Fala em um tom tristonho e com uma expressão de sofrimento exagerada.
Na hora que ele ia responder, um ator chama ele para perguntar se estava bom, Esteban pede com a voz tremendo para repetirem a última cena, porque ele não conseguiu sentir veracidade - não prestou atenção em nada com os seus dedinhos tocando nele - então os atores se reorganizam para refazer a parte.
Querendo sair logo dali, Kuku subitamente te agarra para te colocar no colo com a cabeça na lateral do rosto dele. Não aguentaria mais um minuto com esses seus olhinhos implorando para fazer o que quiser com ele e nem as suas mãos atrevidas no corpo dele.
Entretanto, ele não contava com a sua determinação, seus quadris balançam sutilmente fingindo se ajustar nas pernas dele, mas conseguiu encaixar sua bunda certo no pau inchado. Se relaxou sobre o corpo maior, descansandi a cabeça no ombro largo e começou a rebolar sutilmente. No momento que Esteban percebe os seus movimentos e a pica dele pulsa querendo gozar com a massagem gostosa da sua bunda, agarra sua cintura e em seguida aperta a carne.
"Se comporta, perrita. Se não for uma boa garota vou te encher de tapa até você não conseguir sentar mais."
Enzo Vogrincic
Vocês estavam jantando com uns amigos do ultimo filme que seu noivo estava participando. A conversa rolava, mas você nem prestava atenção só conseguia focar no pulsar entre as suas pernas.
Enzo estava extremamente gostoso hoje com os cabelos meio molhados, uma camisa social branca com dois botões abertos e a calça preta cobrindo as coxas torneadas. Sua vontade era de se esfregar no corpo dele como uma gata manhosa e lamber cada parte da pele bronzeada.
Enzo segurava sua mão por cima da mesa enquanto falava atenciosamente com um amigo, você morde os lábios e pressiona suas coxas para conter a umidade. Tinha vindo sem calcinha com um plano em mente já que não tiveram tempo de transar hoje, originalmente você planejava atacar ele no carro, mas pelo visto teria que fazer isso antes.
Distraída, assente junto com a fala do moreno soltando a mão grande, fingindo interesse no seu batom e retocando mesmo sem precisar. Quando Enzo continua com o foco longe de você, coloca sua mão na coxa dele acariciando o tecido, ele só te dá uma olhada de canto de olho e limpa a garganta para continuar a falar.
Aperta a área levemente antes de subir as mãos até chegar perto da virilha dele. Enzo gagueja quando você massageia o pau semiereto, sentindo onde é a cabecinha e fechando a mão ao redor. Arrepios percorrem sua coluna ao salivar para botar o membro dele na sua boca, queria chupar tudo até sua mandíbula doer.
Agarra o volume da calça punhetando o pau por cima do tecido, Enzo fica mais calado e se engasgava na fala conforme seus movimentos ficam mais certeiros, a sua mão até desce um pouco para apertar uma das bolas dele.
"Pode parar, sua puta carente" Sussurra ríspido seu ouvido e disfarça te dando um beijo na bochecha.
O moreno põe a mão na sua coxa, arranhando a pele até arder e te dando um olhar severo, mas volta a encarar uma amiga que perguntou sobre o próximo desfile que ele iria, então você aproveita a distração e pega os dedos grossos esfrega na sua bucetinha molhada. Enzo solta um supiro alto e cobre com uma tosse dizendo que era o efeito do cigarro.
Pega o guardanapo do colo dele e sobe até cobrir seus movimentos, logo em seguida enfia a mão na calça dele, que bate o joelho na mesa com o toque repentino.
"Desculpa, gente. Eu ainda 'tô me acostumando ainda com esses sapatos novos" Enzo diz entredentes.
Em retaliação, ele belisca seu clitóris com força te fazendo arfar e acelerar a sua mão que batia uma para ele.
"Eu te falei, amor, que não seria bom usar eles hoje." Diz segurando um riso com a desculpa esfarrapada de vocês dois para acobertar o que estava acontecendo.
Você punheta a região sensível da ponta que vazava porra na sua mão e na cueca, quando sente seu aperto ao passar o polegar pela glande, Enzo grunhe e tosse repetidas vezes enquanto o líquido quente suja os seus dedos.
Fernando Contigiani
Você deita em cima do seu namorado esperando ele acordar. Observava atentamente todas os detalhes dele, sentia o calor crescendo mais no seu ventre conforme passava os dedos pelas feições atraentes. Fernando dormia como uma pedra toda vez, dificilmente acorda com qualquer barulho ou movimento.
Hoje você acordou querendo causar confusão, pensava como seria amarrar as mãos dele e fazer o que você quiser. Não que Fernando não te deixasse satisfeita, mas ele era totalmente dominante. Nem passava pela mente dele te deixar conduzir o momento.
Senta na ereção matinal dele, pressionando a sua buceta nua no tecido da cueca e remexendo os quadris para se esfregar no pau marcado. Passa suas mãos pelo peitoral musculoso, soltando gemidos sedentos ao rebolar no comprimento.
Fernando desperta confuso com os seus sons e com a tensão que sentia na virilha, pensava que estava sonhando, mas ao abrir os olhos te viu com a cabeça pendendo para trás e esfregando sua entradinha molhada nele.
Nem raciocinando direito, ele solta um tapa na sua coxa e tenta parar seus movimentos te segurando pela cintura.
"Posso saber o que a minha namorada está fazendo?" Pergunta com a voz rouca de sono e os olhos escuros semicerrados.
"Bom dia, Fer." diz se deitando novamente sobre ele para deixar um beijinho nos lábios do moreno.
Continua se remexendo mesmo com as mãos grandes te apertando em alerta que sua brincadeira era perigosa. Segura os pulsos dele, prendendo contra a cama e rebolando mais no pau grosso. Fernando deixa você fazer o quer, estava aproveitando o prazer intenso dos seus movimentos e despertando ainda. Ele tenta pegar suas mãoszinhas, mas você pressiona mais seu corpo contra o maior dele.
"Ok, para com a gracinha, o papi quer te foder agora." Fernando diz entredentes e tentando mexer as pernas para te tirar de cima dele.
"Não quero parar de brincar, papi." Fala esfregando o rosto na barba ralinha que tinha crescido durante a noite.
Fernando estava começando a sentir um desespero com o orgasmo se aproximando e nada de você sair de cima dele ou parar de se esfregar, tentou novamente mexer as mãos, mas você reforçou o aperto enquanto gemia o nome do moreno repetidas vezes.
"Você vai pagar por isso, perrita." Diz ofegante finalmente se libertando.
Solta um gritinho quando abruptamente Fernando inverte as posições e te coloca por baixo dele, as mãos grandes vão direto para dar um tapa na sua bochecha, te fazendo emitir um miado manhoso.
"Quero ver aguentar essa marra toda com a forçar que eu vou te foder agora." Grunhe agarrando seu pescoço e tirando o pau duro pronto para entrar em ti.
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louismyfather · 1 year ago
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Playing Dangerous
"Aqueles que têm medo de se queimar nunca devem se aproximar do fogo. Na situação de Louis, o ditado se refere tanto as chamas de cor vibrante que causam temor pela sua magnitude, quanto as chamas esverdeadas dentro dos olhos cínicos que causam a mesma sensação. "
Tags: Harry bottom, Louis Tops, Louis policial gostoso e gado (7k de palavras)
⸺ Todos sabem que eu sou um bom garoto, senhor policial. 
Louis escutou a afirmação, desviando seus olhos dos papéis espalhados em sua mesa para o rosto pálido com bochechas rosadas e olhos brilhantes que o encaravam de forma pídona ao mesmo tempo que não expressavam nada. 
Aquele garoto deveria ter no máximo vinte e quatro anos, ainda com os traços infantis e uma voz mascaradamente doce.
⸺ Em situações como essa a opinião de terceiro não é relevante, senhor Styles.
Disse o delegado, tentando manter sua voz calma, o que não era uma tarefa muito difícil quando todos seus sentidos se tornaram bêbados pela fragrância de Chanel n° 5 há mais de meia hora preenchendo sua sala. 
⸺ Só quero que acredite de uma vez que a casa já estava em chamas quando eu percebi, não sou um mentiroso. ⸺ Harry afirmou com prontidão e paciência ao escutar a resposta alheia bem posicionada. 
⸺ Senhor Styles, podemos voltar para o que interessa?
Harry assentiu levemente com um pequeno sorriso, passou sem pressa sua atenção do rosto sério do delegado, para suas próprias pernas cruzadas, esquerda em cima da direita, descruzou-as com lentidão apenas para trocar suas posições. 
⸺ Há quanto tempo o senhor se relacionava com John Coleson? ⸺ Louis perguntou tentando manter seus olhos em sua frente, nas chamas verdes em sua frente. 
⸺ Nós nos conhecemos há mais ou menos cinco anos, e entramos em um relacionamento sério há quatro anos e meio.
Ótimo, Louis comemorou mentalmente, eles finalmente estavam conseguindo algum progresso. 
⸺ Me conte, o senhor sempre trabalha sozinho tão tarde da noite? 
Louis novamente desviou sua atenção dos papéis em sua mesa, onde anotava as informações que Harry ditou, quando o garoto o direcionou uma pergunta, em um tom descontraído, como se estivessem em um encontro casual, ao invés de tentando reunir provas para saber quem atentou, com sucesso, contra a vida de uns dos empresários mais ricos e reconhecidos do país.
⸺ Porque a pergunta? Será que podemos focar em seu depoimento?
Louis respondeu, e Harry entreabriu os lábios brilhantes de gloss de cereja, não gostando da resposta que recebeu, mas logo disfarçando o descontentamento com um sorriso.
⸺ Deus, senhor policial, eu só me sinto um pouco desconcertado vestido apenas em minhas pequenas roupas de dormir ⸺ explicou, e Louis encarou seus ombros quase completamente nus, cobertos por duas alcinhas brancas que desciam onde o decote em V rendado se iniciava deixando amostra o colo pálido com pequenas manchinhas cinzentas dado o evento que os levou àquele momento. Harry e seu namorado sofreram um atentado dentro da própria mansão em um condomínio seguro de uma área nobre. A propriedade pegou fogo, John Coleson morreu carbonizado dentro de seu próprio escritório, enquanto Harry teve a sorte de chegar ao jardim antes que o caminho fosse bloqueado pelas chamas.
A estampa de corações pretos tomavam a blusa de tecido fino e marcado e seguiam pelo short que não cobria nem metade das coxas grossas que se descruzaram naturalmente quando Harry observou o olhar do delegado seguindo para sua pele exposta, ele apertou uma perna à outra e tentou amassá-las com seu toque, sendo impedido pelas algemas presas em seus pulsos. 
⸺ O senhor tem mesmo que manter essas algemas tão apertadas em mim? ⸺ Harry questionou choroso, tentando mover os pulsos outra vez, soltando um baixo gemido quando percebeu o quanto elas estavam apertadas. 
⸺ Faz parte do protocolo, senhor Styles ⸺ Louis explicou após um pequeno pigarreio. ⸺ enquanto o senhor não contar tudo o que sabe, o único suspeito desse crime está em minha frente e precisa ficar detido. 
⸺ Não me fará passar a noite aqui, fará? ⸺ Harry pela primeira vez esboçou uma reação espontânea, indignação. ⸺ Minha casa pode ter acidentalmente pegado fogo, mas eu tenho amigos, Coleson tem amigos, ou melhor... Tinha.
Novamente ele foi espontâneo, sereno, ao lembrar de imediato a morte trágica, traumática do homem com quem morava e compartilhava a vida. Ele poderia não ser o único e completo culpado, mas que alguma relação com o "acidente" ele tinha, Louis sabia que ele tinha. 
⸺ Então, senhor Coleson tinha amigos? ⸺ Louis pegou a brecha para retornar ao assunto. ⸺ Quantos ele mantinha contato? Em quem ele confiava? 
⸺ Huh, deixe-me ver… ⸺ Harry murmurou, formando um biquinho em seus lábios, como se realmente pensasse bem no que dizer. ⸺ Bennett era um grande amigo de Cole, sempre andavam juntos.
⸺ Isso é bom, é um ponto de partida ⸺ Louis anotou o nome dito com uma seta apontando para onde escrevia mais informações que pegaria com Harry que, graças ao bom Deus, decidiu de uma vez colaborar. ⸺ de onde John Coleson conhecia esse Bennett? Eram realmente próximos?
⸺ Como amigos de infância ⸺ Harry sorriu, voltando a cruzar as pernas. Louis anotou. ⸺ ele o adotou em um pet shop em Michigan alguns meses antes de nos conhecermos. 
⸺ O que? ⸺ Louis largou sua caneta sobre a mesa, encarando Harry que ainda sorria com nostalgia. 
⸺ Bennett era nosso Husky siberiano, infelizmente tivemos que dar-lo para um afilhado de Cole quando nos mudamos para essa cidade, mas ele era e é um amor. 
⸺ O senhor só pode estar tentando brincar comigo ⸺ Louis lamentou, se segurando para não arrancar seus próprios cabelos. 
⸺ A culpa foi do senhor, senhor policial, por ter deixado a pergunta tão em aberto ⸺ explicou com calma, abaixando o tronco para pegar caneta que o delegado deixou cair em sua breve exaltação, com suas mãos juntas, a colocou de novo sobre a mesa. ⸺ mas, fora Bennett, Cole não tinha tantos amigos não, ele também tinha Mitch.
⸺ Não me diga, um gato? 
Harry sorriu um tanto sugestivo. ⸺De certo modo, mas não. Ele é o afilhado de Cole que ficou cuidando de Bennett. 
Isso Louis anotou.
⸺ E fora Mitch, apenas seus colegas de trabalho, que quando dávamos uma festa estavam lá, mas não chegavam a ser considerados amigos.
⸺ Ainda assim, vamos pegar uma lista com os nomes desses colegas. ⸺ Louis concluiu. ⸺ Sabe se ele tinha alguma inimizade com alguém, ou mais extremamente falando, um inimigo?
⸺ Não ⸺ Harry respondeu pensativo. ⸺ até onde eu sei, não. 
Louis concordou, sem ter muito mais o que fazer por enquanto.
⸺ Será que agora o senhor pode tirar essas malditas algemas de mim? ⸺ Harry perguntou com um pouco menos de paciência.
Louis acordou da nuvem de pensamentos que começou a ter, sentindo uma relutância para soltar o garoto, mas – ainda – não tinha provas para mantê-lo preso ali. Concordou em soltá-lo, caçando a chave nos bolsos de suas calças e bufando ao não achá-la, abriu todas as pequenas gavetas de sua mesa sem sucesso algum em encontrá-la.
⸺ Merda ⸺ Louis xingou, desistindo de caçar.
⸺O que disse? ⸺ Harry perguntou, mesmo tendo escutado claramente o xingamento, achado sexy a voz do delegado falando a palavra baixa. 
⸺ Será que o senhor poderia me acompanhar até o carro? Tenho certeza que deixei a chave das algemas por lá. 
Harry murmurou um som com a garganta indicando que concordava, levantando rapidamente da cadeira que estava acomodado, virando de costas para o delegado, desfilando até a porta em seus shorts que pareciam ainda mais curtos depois de colados à sua pele após o tempo que a região ficou imóvel.
Louis tentou negar para si mesmo que olhou de relance para a marcação das roupas alheias, levantando-se com o olhar baixo, abrindo a porta para que Harry passasse primeiro e os dois seguissem juntos à saída da delegacia. 
O delegado caminhou pela rua com Harry ao seu lado, pararam em frente seu carro e Louis abriu a porta do motorista, encontrando as chaves sobre o banco do passageiro. 
⸺ Levante os pulsos ⸺ Louis ordenou, segurando em seus dedos a chave que abria as algemas.
⸺ Esse é o máximo que eu consigo com minha imobilização desnecessária ��� reclamou, erguendo os pulsos um pouco abaixo da cintura, e Louis sabia que aquele não era o máximo que ele conseguia, mas não disse nada, tentando levar a chave à abertura das algemas, fracassando estupidamente ao não conseguir encaixá-las. 
Louis tentou outras três vezes, abaixando levemente o rosto para tentar ver melhor na rua quase completamente escura, rosnou desistindo, pedindo que Harry voltasse a baixar os pulsos no lugar. O delegado se colocou de joelhos em frente as mãos juntas, segurando-as, enfim conseguindo livrá-las. 
Desencaixou as algemas dos pulsos pálidos, vendo-os superficialmente marcados e cometeu o erro de ainda na posição baixa, olhar para cima, encontrando as chamas verdes encarando-o vivas na escuridão. Harry tinha a cabeça inclinada levemente para baixo, os cachos longos de seu cabelo desciam juntos preenchendo os lados de seu rosto, e Louis tratou de levantar de uma vez mesmo com o sorrisinho pretensioso ofertado em sua direção. 
⸺ Está livre por ora, senhor Styles. ⸺ Louis anunciou, com seu rosto quase alinhado ao de Harry, pela breve diferença de alturas. 
⸺ Por ora? Isso foi uma ameaça? ⸺ Harry zombou, interpretando a fala do delegado. 
⸺ Um aviso. ⸺ Pontuou. ⸺ Tenha uma boa noite. 
⸺ Tenha uma boa também, senhor policial. ⸺ Harry desejou, dando um sorriso cortês a Louis, que estava atravessando a rua para voltar para a delegacia, quando a voz momentâneamente rouca chamou sua atenção. Ele observou Harry se aproximando do limite da calçada, levantando os braços para prender seu cabelo em um coque, deixando nua a região onde as mechas cobriam, ele olhou para si sorrindo outra vez ao perceber que era observado, sibilou um "tchauzinho" com a mão direita em seguida indicando para algo atrás de Louis. O delegado saltou para trás ao escutar a buzina do táxi pedindo por espaço para o carro passar, levou a mão para o peito pelo grande susto e quase atropelamento, olhando para Harry uma última vez, assistindo-o entrar no táxi que quase o atropelou. 
.
⸺ É impressionante, eu estou todos os dias aqui e não acontece nada, no dia que eu não venho um empresário bilionário morre carbonizado!
Louis escutou, mantendo suas sobrancelhas arqueadas, seu companheiro de trabalho, Zayn, reclamando sobre ter ficado de folga no feriado.
⸺ Vá por mim, desejaria ter ficado em casa se estivesse aqui ontem. ⸺ O delegado o confortou. ⸺ Em quase uma hora de interrogatório, só consegui tirar no namorado do falecido, que eles tinham um cachorro, um afilhado e estavam juntos a quatro anos e meio. 
⸺ Essa tragédia é um caso pronto ⸺ Lauren, outra policial presente na sala, ditou sua opinião na conversa. ⸺ um empresário bilionário morre em um "acidente" caseiro e a única testemunha, e pessoa ligada ao caso, é seu namorado bonito vinte e cinco anos mais jovem que ele.
⸺ Ele poderia estar preso agora se você quisesse, Louis, todas as setas apontam para uma única direção ⸺ Zayn sugeriu gesticulando para a foto de Harry colada a uma ficha em cima da mesa do delegado, nela Harry sorria com seus cachos ainda mais, muito mais, moldados que na noite anterior, seu pescoço coberto por uma gargantilha de diamantes e duas voltas de um colar de pérolas, ele usava uma camisa de botões de Burberry aberta pela metade e um casaco rosa pesado e chamativo da Prada. 
Somente olhando todo aquele luxo em camadas sobre o corpo escultural, não precisava de muito para concluir alguma coisa, mas Louis não queria se precipitar, nem sequer podia.
⸺ De qualquer forma, se ele tivesse sido preso ontem, antes do amanhecer ele já teria contratado o melhor advogado do país e estaria solto. ⸺ Louis refutou o amigo.
⸺ Isso é verdade ⸺ Lauren concordou. ⸺ mas se ele for mesmo o culpado, as provas não vão demorar a chegar e vai ser um pouco mais difícil conseguir se livrar. 
⸺ Só um pouco mais ⸺ Zayn voltou para a conversa. ⸺ ele é rico, se for verdade o que os jornais estão dizendo sobre ele ter herdado metade do patrimônio mesmo sem ser casado nos papéis com o Coleson, ele nem sequer vai a tribunal. ⸺ Explicou alto para os dois colegas de trabalho, por fim encarando Louis. ⸺ É um caso perdido, Tomlinson, mas se eu conheço seu senso de justiça vai querer levar isso até o fim.
⸺ Ainda bem que me conhece ⸺ Louis sorriu, levando o resto do café em seu copo à sua boca.
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Harry Styles herdou em torno de três bilhões de dólares e mais do dobro dessa quantia em construções como mansões, casas de praia e apartamentos no mundo todo. 
Era algo absurdo. 
Todos falavam um pouco, o dia inteiro, sobre a morte de John Coleson e a distribuição da herança feita entre seu namorado, Harry Styles, e seu único familiar próximo e vivo, Mitch Rowland. 
Além de quantia considerável para seu antigo pet de estimação, o Husky, Bennett. 
Mas essa última parte só era lembrada pelos programas de fofoca que falavam sobre isso no meio das matérias.
A delegacia passou o dia inteiro cercada de repórteres esperando uma palavra do delegado responsável pelo caso. Todos estavam de saco cheio dos burburinhos e das vozes chamando do lado de fora da recepção, além dos clicks das câmeras, Zayn chegou em seu limite em certo momento da tarde e saiu no meio dos jornalistas contando que a delegacia estava sim no atual momento sendo responsável pelo caso, mas que o delegado Tomlinson estava tratando no assunto no escritório de sua casa para justamente não ter esse assédio da mídia sobre ele.
Louis o parabenizou pela boa mentira, mas o questionou como voltaria para casa sem ser visto. Zayn disse que ao fim do expediente todos iriam embora e o último a sair trancaria a porta deixando ele dentro com uma cópia da chave, e depois ele podia sair e ir para casa. 
Não era uma ideia cem por cento ruim, mas Louis acabou aceitando por não haver outra opção. 
Perto da meia noite, o delegado estava pronto para finalmente terminar seu expediente com o pequeno sentimento de inutilidade vagando ao seu redor. Quase nenhuma nova informação foi apurada, a delegacia tentou entrar em contato com Mitch Rowland para tomar seu depoimento, entretanto sem adquirir sucesso, a lista de colegas de trabalho ainda não havia sido disponibilizada, assim como as câmeras de seguranças da casas ao redor da propriedade que pegou fogo. 
⸺ Senhor policial? ⸺ Louis escutou passos se aproximando de dia sala e imaginou que alguém tivesse esquecido alguma coisa e voltou para buscar, mas ao escutar a voz que já havia guardado em sua mente como algo para lembrar, não teve outra reação além de olhar para a porta, vendo quem a ocupava. 
Harry tinha os braços para trás do corpo, destacando os traços dourados por toda sua camisa fechada e apertada como a calça justa com botões prateados, ambos em tons pretos.
Uma atípica vestimenta de luto.
⸺ O que você faz aqui? Ou melhor, como entrou? ⸺ Louis perguntou, de certo modo irritado pela invasão do espaço.
⸺ Para onde foi o "senhor Styles" da noite passada? ⸺ Foi a única coisa que Harry respondeu. 
⸺ Bom, senhor Styles, o que faz aqui?
⸺ Bom, senhor policial ⸺ Início com o mesmo tom debochado. ⸺ meu namorado morreu há exatas vinte e quatro horas e o senhor é o responsável por descobrir se o que o matou foi um acidente ou não. Vim ver como anda a investigação. ⸺ Harry explicou com toda a calma do mundo, ao fim da última frase adentrando animadamente a sala do delegado, observando tudo, como uma criança em um parque de diversões. 
⸺ Só não perdeu seu tempo porque tudo o que conseguimos o dia inteiro foi investigar o interior da casa e descobrimos algo bem interessante.
⸺ Oh, jura? ⸺ Harry pareceu curioso, sentando na cadeira em frente à Louis, sem perguntar se podia, cruzando as pernas em um movimento quase automático. ⸺ O que descobriram?
⸺ Que a mansão está em um estado considerável, seu namorado estava dentro do escritório quando tudo aconteceu e o fogo se alastrou de lá por todo o resto do corredor que tinha quartos de hóspedes arrumados e o quarto de vocês, tudo neles queimou. Com exceção de suas roupas de grife, senhor Styles, e todas as suas jóias que estavam isoladas em um outro quarto, em outro corredor, como se tivessem sido colocadas ali por segurança. 
A sala foi tomada por um silêncio ensurdecedor.
⸺ O senhor, não tem nada a dizer sobre isso? ⸺ Louis perguntou depois de um tempo, vendo Harry sorrir cerrando os olhos e cruzando os braços.
⸺ Cole e eu estávamos nos mudando para esse quarto em questão, senhor policial.
⸺ Oh, jura? ⸺ Perguntou com uma falsa surpresa.
⸺ Pelo meu Chanel n° 5. Minhas roupas e jóias foram as primeiras a irem porque depois dos móveis, eram as coisas que concentravam mais volume. Parecia prático mudá-las logo. 
Ele explicou com tanta convicção que qualquer um no lugar de Louis desistiria de vê-lo com um possível culpado, mas Louis não, ele preferia continuar clicando na mesma tecla até adquirir um resultado, havia algo nesse garoto que ele não conseguia decifrar e caso um dia conseguisse esse caso estaria resolvido.
⸺ Ainda ficará muito tempo na delegacia, senhor policial? ⸺ Harry fez Louis voltar ao tempo real com sua voz rouca, mas aveludada.
⸺ Não há mais muito o que se fazer por hoje. 
⸺ Poderia me oferecer uma carona até em casa. 
Harry sugeriu, e Louis achou não ter ouvido direito.
⸺ Veio até aqui à pé? 
⸺ Pedi um táxi, mas essa cidade anda muito perigosa para confiar em desconhecidos, meu namorado foi assassinado, e se eu assisti documentários sobre crimes reais o suficiente, eu posso ser o próximo.
Louis deu um longo suspiro sem saber ao certo o que deveria responder, se deveria. 
Soube que muito provavelmente se arrependeria da gentileza, mas concordou em oferecer a carona, Harry sorriu contente e agradecido, seguindo ao lado do delegado em silêncio, até chegarem na rua onde Louis o perguntou em que lugar estava hospedado para seguirem direto ao destino. 
E sem nenhuma piada ou qualquer variante do gênero ou sorriso presunçoso no meio da frase, Harry o informou direto e certo. 
Em frente ao carro preto de pintura brilhosa, Harry se colocou em frente a porta fechada do banco do passageiro e esperou. Louis já iria entrar no lado do motorista quando viu o garoto parado ali, não soube qual o pico de etiqueta deu em si quando seus pés o fizeram dar a volta até estar ao lado de Harry, apenas para abrir a porta para ele.
Assim que ambos estavam devidamente sentados e seguros pela fita do cinto de segurança, Louis deu partida do carro e esperou por uma corrida rápida e de preferência em silêncio.
⸺ É comprometido, senhor policial? Acabei de perceber que não usa um anel em seu dedo. 
Harry só esperou que Louis desse a curva na rua da delegacia para iniciar uma conversa. Suas pernas cruzadas e mãos sobre o joelho, esperando com expectativa por uma resposta. 
Louis foi curto em negar a pergunta. 
⸺ Que coincidência, eu também não. 
Harry retornou em um tom casual. Louis o olhou sério pelos cantos dos olhos. ⸺ E se bem já entendi seu jogo, está querendo me algemar por ter dito isso. 
⸺ Achei apenas um comentário bem corajoso para se fazer na frente do delegado responsável pelo caso do possível assassinato do seu namorado, o mesmo que o considera abertamente o maior suspeito. 
Harry riu anasalado. ⸺ Passei por uma experiência traumática, senhor policial, preciso me manter são de alguma forma, ter um pouco de humor é ela. 
O delegado preferiu se poupar de formular alguma resposta. 
⸺ Mas se preferir pode me perguntar o que quiser, qualquer coisa, independente do que eu disser, essa história não acaba comigo recebendo o veredito de culpado. 
Louis agradeceu ter precisado parar em um sinal, porque precisava de tempo para tentar entender o que aquela fala significava.
⸺ Como pode ter tanta certeza do que diz, senhor Styles? Como um dos policiais envolvidos no caso me disse essa manhã, todas as setas apontam em sua direção.
⸺ E eu posso fazê-las apontar para onde eu bem quiser ⸺ Harry explicou, não exatamente explicando, mas sorriu com a reação confusa do delegado, aproveitando a falta de movimento do carro para tirar seu cinto e encostar seu ombro no de Louis, colocando uma das mãos calmamente sobre sua coxa. 
O delegado observou a mão cheia de anéis com dedos abertos em sua coxa, sentiu um leve aperto, e quase pulou de susto com o som da buzina do carro atrás deles indicando que ele partisse com o carro porque o sinal abriu. Harry riu da expressão assombrada alheia, bombeando ao passar a marcha e acelerar, voltou a se afastar do corpo do delegado, deixando apenas a mão descansando em sua coxa.
⸺ O senhor disse que não está comprometido, algum motivo em particular ou só não se dá bem dentro de um relacionamento? ⸺ Harry perguntou após alguns metros corridos. 
Louis não fez muita questão de dá-lo atenção. 
⸺ Não é educado deixar as pessoas falando sozinhas. ⸺ Harry lembrou, assim que entraram em uma avenida iluminada.
⸺ Se fossemos levar em consideração o contexto que nos levou até aqui, senhor Styles, sequer deveríamos estar conversando. 
⸺ Mas estamos ⸺ Harry retrucou, deslizando sua mão mais para cima na coxa coberta do delegado. ⸺ Ainda não respondeu minha pergunta, senhor policial. 
⸺ Gosto de deixar meus relacionamentos privados e reservados entre meus parceiros, mas uma boa parte das pessoas prefere esbanjar suas vidas amorosas aos quatro ventos, e eu só tive a sorte de conhecer pessoas assim. 
Harry o escutou com atenção absorvendo suas palavras, e Louis ao menos sabia porque realmente o respondeu, simplesmente existia algo naquele garoto que o fazia conseguir criar uma atmosfera casual e familiar onde deveria existir indiferença e um interrogatório sobre um crime fresco que barrava aquela conversa de ser uma simples conversa.
⸺ É uma pena ⸺ Harry respondeu. ⸺ mas o entendo, também não faço o tipo que gosta de se mostrar por aí, mas posso dizer o que eu de fato acho? 
Pelo tom usado por Harry, Louis não tinha certeza se deveria seguir com aquele diálogo.
⸺ Vá em frente.
Harry mordeu seus lábios tentadores e rosados e apertou com força a coxa do delegado, fazendo-o engolir em seco. 
⸺ O senhor me parece a típica pessoa que se afunda no trabalho do início da manhã até o final da noite, a vida é o horário do expediente enquanto o corpo humano só funciona se houver equilíbrio entre todos os interesses.
Louis pareceu abismado com a convicção da fala, interessado em saber para qual lugar esse raciocínio levaria.
⸺ O que quer exatamente dizer com isso? 
⸺ Que é palpável pela rigidez de seus ombros o estresse em seu corpo. Seus olhos estão cansados como suas mãos. ⸺ Harry levou sua mão esquerda, antes firme na coxa do delegado, à destra de Louis no volante, seus dedos tocaram a pele grosseira e calejada que contrastava de modo extremo com a sua macia e delicada. Louis fechou os olhos inconscientemente, e rápido por ainda estar no meio do trânsito, sentiu Harry subir seus dedos lentamente por seu braço coberto, até chegar em seu ombro, para então subir por sua bochecha em um carinho rápido para descer mais um pouco parando em seu pescoço. ⸺ Percebe-se de longe que o senhor não precisa de um relacionamento estável para se sentir bem, apenas de uma boa noite de sexo. 
Louis arregalou os olhos sem realmente esperar que Harry fosse dizer aquilo, seus olhos se perderam rapidamente da rua em sua frente para o queixo de Harry encostando em seu ombro para aproximar a boca de seu ouvido e sussurrar.
⸺ Qual foi a última vez que teve uma transa de passar dias a fio lembrando o quão incrível aquela merda foi, senhor policial?
Harry perguntou, Louis não respondeu.
⸺ Não me lembro a última vez que tive uma foda tão boa assim ⸺ Harry reclamou com um biquinho, tirando a mão que contornava o pescoço do delegado, de volta sua coxa. ⸺ mas lembro a última vez que proporcionei uma a alguém. ⸺ confessou subindo sua mão pela coxa rígida, e Louis parou o carro. ⸺ Lembro como senti os músculos das minhas coxas doerem de tanto… bom, o senhor deve imaginar. Como deixei meus cabelos soltos para que pudessem suar mais rápido minha pele para provar o tamanho do meu esforço. Em certo momento eu me apertei com tanta força que doeu sentir as mãos firmes marcando minha cintura duramente porque aquilo era demais. Sabe o que aconteceu depois?
⸺ O que? ⸺ Louis cansou de fugir do olhar de Harry, virou seu rosto na direção do dele e um sorriso sádico dançou nos lábios alheios, tão próximos de seus.
⸺ Ele veio forte dentro de mim e disse que preferia a morte do que não me ter. 
Ao conseguir sua resposta, o delegado não se afastou, permaneceu no mesmo lugar, os lábios de Harry estavam a centímetros dos seus, a mão dele subiu mais em sua coxa encontrando o início da ridícula marcação dura em sua calça. 
Sua respiração estava ofegante e sequer havia saído do lugar, Harry continuava próximo com seu corpo quente e seu perfume vivo, Louis teria jogado tudo para os ares e beijado-o se o próprio não tivesse se afastado levemente só para se movimentar no banco ficando de lado nele, apenas para segurá-lo pelo queixo e dizer uma única frase. 
⸺ Se você não aguenta o calor, não se aproxime do fogo, senhor policial. ⸺ Se afastou de vez, tirando Louis de seu transe ao abrir a porta e colocar os pés para fora do carro. ⸺ Tenha uma boa noite. ⸺ Resumidamente, eles haviam chegado ao destino de Harry, e Louis sequer percebeu isso. 
A noite acabou com o delegado tomando uma boa ducha de água fria.
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⸺ Ainda não conseguimos um sinal de vida de Mitch Rowland.
⸺ Tem certeza que os contatos que recebemos dele estavam certos? 
⸺ É claro que estão. Mas tudo sobre esse caso está uma completa bagunça.
⸺ Acho que Louis é o único que ainda sabe o que estamos fazendo. ⸺ A fala desanimada de Zayn acordou o delegado ao escutar seu nome, ele estava em uma espécie de transe em sua mente, olhando para o nada enquanto seus companheiros perdiam a cabeça discutindo sobre o trabalho que precisavam fazer.
⸺ Como disse? ⸺ Louis perguntou, arrumando seu uniforme em seu corpo, se ajustando corretamente em sua cadeira.
⸺ Por Deus, Louis, como só percebi agora que sua cara está péssima, não dormiu ontem a noite? ⸺ Zayn perguntando com sua falta de filtros, fitando firmemente o delegado. 
⸺ Já tive noites piores. ⸺ Retornou, tomando um pouco do copo de café em sua mesa na intenção de acordar, não poderia estar mesmo profissional possível, não só naquela conversa, como desde o momento que acordou pela manhã. ⸺ Sobre o que falavam? Não consegui pegar tudo da conversa. ⸺ Tentou forçar seu lado profissional e focado chegar, como sempre o acompanhava todos os dias.
⸺ O caso de John Coleson ⸺ Lauren fez o favor de explicar paciente. ⸺ Mitch Rowland não dá as caras, a câmera de segurança de nenhuma casa vizinha foi disponibilizada, e Harry Styles segue como a única peça concreta desse jogo. 
⸺ Porque não damos um tempo disso tudo? ⸺ Louis sugeriu em um tom suave de sua voz que sequer conhecia.
Lauren e Zayn o encararam perplexos.
⸺ Perdão, Louis, acho que não entendi. ⸺ Zayn disse.
⸺ Bom… ⸺ Tentou formular sua razão. ⸺ o caso não anda, não podemos seguir apenas na perspectiva que o senhor Styles é o culpado, além das malditas câmeras que não ficam disponíveis. 
⸺ O que você está dizendo, Louis? ⸺ Lauren estava extremamente confusa.
⸺ Que todos os envolvidos na resolução do caso estão dispensados por hoje, não estou fechando o caso, pelo contrário, estou deixando em aberto até que mais provas cheguem até nós.
⸺ Louis, na minha opinião, Harry Styles é um ótimo ponto de partida, podíamos vasculhar o passado dele… ⸺ Zayn tentou argumentar, era uma completa falta de noção querer parar um caso tão acompanhando interna e externamente, cada minuto perdido fazia falta.
⸺ Zayn, quem é o seu superior?
⸺ Você.
⸺ Então estão dispensados por hoje! 
Zayn e Lauren trocaram olhares e não demoraram a recolherem suas coisas e saírem da sala deixando Louis sozinho.
Louis deu um longo suspiro quando se viu sozinho na sala espaçosa e silenciosa, suas mãos tomaram seu rosto e se inclinou sobre a mesa encostando a cabeça na madeira fria, ao virar deitando o rosto de lado, seus olhos encontraram no topo de uma pilha de papéis a ficha de Harry. 
Não demorou a sentar devidamente na cadeira e tomá-la em suas mãos, folheou a ficha, olhou a foto colada na folha e parou ali por alguns segundos, mas sua visão fixou de verdade no número de telefone anotado em uma linha.
Ele não demorou a discar o número em sua linha pessoal, e Harry demorou menos tempo ainda para atender.
Normalmente quando se sabe que está prestes a perder um jogo, a própria mente da consciência e aceitação se não há uma forma de evitar isso. 
Não deveria ser considerado errado ter encontrado Harry uma vez em um momento de confusão, antiprofissional? Talvez, mas não devidamente errado.
Na segunda e na terceira vez, Louis deveria ter ficado em alerta.
E na quarta, quinta e sexta, sabido que havia entrado em problemas. 
Naquela primeira vez, Louis ligou para Harry como um marido frustrado ligava para a amante em busca de algumas horas de alívio, na história contada na metáfora a amante é uma peça fora do jogo principal, logo uma justa e autointitulada escapatória da realidade, Harry não se encaixava nesse papel na vida de Louis, ele estava, ele era, o jogo perigoso no qual o delegado queria fugir, mas se cegou para naquela manhã acreditar que não.   
Harry só… se mostrou alguém completamente diferente da imagem que Louis criou na noite que se conheceram no incêndio, Harry era sincero, verdadeiro, um bom ouvinte, além de ter se mostrado uma pessoa bem doce e que, abrindo parênteses, gostava de fazer doces, o delegado começou a visitá-lo todas as tardes, ele sempre o recepcionava com um sorriso com lábios em abundância de gloss e biscoitos.
Louis começou a duvidar que um dia acreditou que Harry teria tido a coragem de planejar a morte de uma pessoa, a sequência de dias na delegacia o ajudaram a desacreditar nessa hipótese quando algumas câmeras de casas vizinha foram finalmente disponibilizadas e elas não mostravam nada, nada fora uma noite monótona até o fogo começar a ser visível nas lentes. 
Não existia nenhuma prova que culpasse Harry ou qualquer outra pessoa, revendo aquelas filmagens em mais uma noite entediante em sua sala, quando passara uma tarde perfeita beijando Harry, Louis tinha mais que certeza que em breve o caso seria dado como encerrado, diminuído a um acidente doméstico na falta de qualquer outra teoria.
⸺ Boa noite, gostaria de falar com o delegado Tomlinson.
O delegado teve suas indagações interrompidas quando escutou uma voz um pouco baixa, mas firme, em frente a sua porta, não se tratava da voz de Harry, por mais que por um momento Louis tivesse torcido que fosse, muito menos de algum policial ainda presente na delegacia. 
Seus olhos miraram a porta e encostaram a figura de um homem vestido em trajes pretos, quase despojados se não se tratassem de roupas sociais, seus cabelos longos batiam muito abaixo de seus ombros e sua barba feita o dava um ar de seriedade.
⸺ Está falando com ele ⸺ Louis respondeu, não muito depois de analisar o homem dos pés a cabeça.
⸺ Isso é ainda melhor ⸺ o homem respondeu, não se deixando afetar pelo tom descontraído que o delegado usou. ⸺ eu sou…
⸺ Eu sei bem quem você é, Mitch Rowland, tentamos falar com você, ou melhor, com o senhor, há duas semanas, mas fomos completamente ignorados. ⸺ Louis o cortou sem qualquer aviso, deixando o então senhor Rowland momentaneamente sem reação.
⸺ Cada um vive o luto a sua forma. ⸺ Respondeu após um silêncio.
⸺ Quando a morte em questão é calma, ou até sofrida, mas inevitável. Em mortes como a do seu padrinho se deve procurar justiça quando se tem possibilidade dela ter sido premeditada. 
⸺ É por isso que estou aqui. ⸺ Disse em prontidão. ⸺ Eu sei quem o matou.
⸺ Oh! ⸺ Louis deu uma breve risada descrente. ⸺ Deixe-me ver se entendi, o senhor some por duas semanas nos obrigando a fazer das tripas coração para juntar informações e simplesmente aparece sem aviso com a resolução do que nos tem tirado o sonho. O senhor com toda certeza ganhará uma medalha de honra por esse feito, provavelmente…
⸺ Foi o Harry. ⸺ Mitch o cortou como anteriormente o delegado fez. O sorriso de Louis sumiu de sua face e Rowland bufou com aquela reação. ⸺ E provavelmente vocês já sabiam, não sei porque ele ainda não está preso, foi por isso que eu vim até aqui, não posso deixar que aquela vadia saia ileso do que fez, ele não passa de uma maldita puta que sugou o dinheiro de Coleson até não poder mais. 
⸺ Chega! ⸺ Louis levantou irado, tomando a frente de sua mesa para poder se aproximar de Rowland. ⸺ O senhor não está em um puteiro para falar dessa forma, está na porra de uma delegacia. 
Mitch riu. ⸺ A justiça desse país é uma piada, está defendendo ele, fingindo muito mal que não está. 
⸺ Como pode provar que está falando a verdade, senhor Rowland? É muito fácil chegar em uma delegacia fazendo acusações sobre alguém, mas difícil provar tudo o que diz.
⸺ Eu tenho as provas. ⸺ Retrucou com confiança e alcançou um dos bolsos de sua calça tirando de lá um celular, Louis franziu o cenho, logo em seguida imaginando que se existisse mesmo alguma prova provavelmente seria uma foto, que se fosse falsa, poderia com facilidade ser desmentida. Louis ficou quieto quando Mitch virou a tela do aparelho em sua direção aberta em uma conversa de chat entre ele e Harry.
⸺ Harry e eu costumávamos nos encontrar quando meu padrinho viajava a trabalho sem ele, nos tornamos amantes por um curto período porque tínhamos ideais e ambições parecidas, além da questão sexual, é claro. ⸺ Mitch começou a falar, enquanto Louis passava as mensagens para cima. ⸺ Poucos meses atrás a relação deles pareceu esfriar, como se em breve Coleson fosse trocar Harry, foi quando ele veio até mim e sugeriu que planejassemos um "acidente", eu era o único herdeiro em potencial já que ele não tinha ninguém além de nós dois. Eu… eu me arrependo de por um tempo ter aceitado enquanto ele ainda planejava como seria, assim que ele decidiu como executar eu percebi o quanto aquilo era absurdo, contei que não estava mais dentro e tentei esquecer essa ideia infeliz, porque imaginei que ele sozinho também não teria coragem de fazer, no entanto eu estava terrivelmente enganado. 
Louis escutava e lia aquelas informações, e há duas semanas atrás estaria juntando tudo aquilo e preparando um mandato de prisão, mas ali, naquele momento, ele só negava lentamente com a cabeça de um lado para o outro escutando como se ouvisse a distância, Mitch continuar a falar.
⸺ E eu tenho total consciência que também posso ser condenado de alguma forma por ter sabido de tudo isso e não ter impedido. Estou disposto a lidar com qualquer consequência. ⸺ Assegurou e só ao terminar de contar tudo o que estava entalado em sua garganta há duas semanas, percebeu que o delegado parecia não escutar nenhuma palavra sua. ⸺ Delegado Tomlinson?
⸺ Eu agradeço por tudo o que contou para mim hoje, senhor Rowland ⸺ Louis pigarreou, se obrigando a falar mesmo que sua mente não pensasse direito. ⸺ Gostaria que deixasse seu celular aqui na delegacia, ele é a única prova que temos, além de ser a única necessária. Está tarde, mas amanhã organizarei tudo e a justiça começará a ser feita, obrigado pela sua colaboração. 
Mitch sorriu agradecido, mesmo que seus olhos brilhassem somente em arrependimento e culpa. Tudo o que os olhos de Harry em nenhum momento esboçaram. Ele deixou o aparelho eletrônico nas mãos do delegado e agradeceu a ele pela compreensão antes de deixar a sala como entrou e em seguida a delegacia. 
Louis observou pela janela atrás da mesa, Mitch atravessando a rua, entrando em seu carro e dando partida. Assim que ele dobrou a esquina, Tomlinson vestiu seu casaco e deixou sua sala. 
Ele arrancou com o carro como se houvesse uma emergência que custava tempo, o horário era tarde, mas as ruas estavam movimentadas, automóveis iam e vinham e Louis atravessava a frente de todos eles para chegar em seu destino. 
Chegando em frente ao apartamento que Harry estava hospedado, Louis encostou sua testa e suas mãos contra a porta, suspirando de olhos fechados, até começar a bater na madeira com o punho direito. 
Ele ouviu os passos se aproximarem e se afastou assim que ouviu o giro da chave, a porta foi aberta revelando Harry em seus trajes de dormir, o mesmo conjunto pequeno que vestia na noite do incêndio coberto por um robe de mangas curtas. Seus cabelos estavam soltos e bagunçados, denunciando que ele estava deitado, mas não dormindo. 
Ele sorriu afundando duas malditas covinhas em suas bochechas, abrindo a boca para falar o nome de Louis, mas antes que ele terminasse de pronunciar as cinco letras, Louis o empurrou pelos ombros para dentro do apartamento, o colocou contra a parede e prensou seus lábios contra os dele.
Harry não entendeu imediatamente por tudo acontecer muito rápido, mas quando Louis o beijou ele retribuiu. Seus corpos estavam tão próximos que o ar era duas vezes mais difícil de existir por em primeiro lugar terem suas bocas juntas em movimentos sem modo, apenas engolindo um ao outro sem hesitação.
Louis firmou sua mão na cintura de Harry, que gemeu baixo pelo aperto muito forte na pele coberta, com a mão livre, Louis alcançou a porta, batendo-a sem cuidado algum para voltar a forçar suas duas palmas em Harry. Quando voltou a ter toda sua atenção para ele, tratou de levar uma das mãos às costas alheias, subindo-a até encontrar o início dos fios de cabelo ondulado e puxá-los com força para trás. 
Um sorriso tomou o rosto de Harry junto a mais um gemido e o segurou brutalmente pelo queixo, voltando a colar seus lábios. 
⸺ Porque não subimos de uma vez para o meu quarto? ⸺ Harry perguntou com malícia, segurando os fios na nuca de Louis, fazendo-o perceber e encarar as chamas verdes em seus olhos. 
Louis o beijou uma última vez, passeando as mãos por todas as curvas de Harry, chegando ao interior de suas coxas incentivando-o a pular em seu colo, ele não relutou em circular as pernas na cintura do policial, caminhando com ele em direção ao quarto.
As roupas de Harry fizeram caminho no corredor, Louis o jogou em cima da cama e puxou o short minúsculo que era a última peça que o separava da nudez, Harry levantou as pernas deixando que o delegado o despisse e as abriu quando ficou completamente livre de qualquer tecido. 
⸺ Isso não me parece justo ⸺ Harry comentou sobre estar nu enquanto Louis continuava totalmente vestido. 
Mais uma vez, ele não obteve qualquer resposta sobre um comentário seu. Observou o delegado se aproximar e tocar dois dedos sobre seus lábios fechados, entendendo o que ele queria, abriu a boca deixando Louis adentrar os dedos o mais fundo que conseguia alcançar mesmo que Harry tenha engasgado no primeiro contato. Deixou então que ele tomasse conta da situação, chupando seus dedos como provavelmente sugava um pau, o permitiu ficar no controle até que estivessem bem molhados. 
⸺ Porque você matou John Coleson? ⸺ Louis perguntou com calma assim que penetrou os dois dedos lubrificados dentro de Harry. 
⸺ Huh, porque ele era um idiota ⸺ Harry respondeu, apertando a gola da camisa de Louis quando ele começou a movimentar os dedos dentro de si.
⸺ Não foi isso que eu perguntei ⸺ disse deitando ao lado dele, com os dedos fundo em seu interior, aproximando a boca de seu pescoço para lambê-lo.
 ⸺ Ele disse que eu era um aproveitador e  que aquilo não daria mais certo, eu falei que ele nunca encontraria novamente um garoto como eu e ele disse que conseguia encontrar uma vadia que nem eu em qualquer esquina. ⸺ Harry rebolou lentamente sobre os dedos de Louis, mordendo os lábios até ferir quando encontrou sua próstata. ⸺ Bom, ele nunca mais encontrou mesmo. 
⸺ Como teve coragem de cometer um crime como esse? ⸺ Perguntou descansando a cabeça no ombro coberto de cachos desfeitos, movimentando seus dedos ainda rápido. 
⸺ Meu desejo está tão alto quantos as chamas àquele dia, me foda, eenhor policial ⸺ Harry virou o rosto na direção de Louis, selando seus lábios mesmo não conseguindo muito retorno. ⸺ e não é preciso ter coragem para fazer algo assim, apenas vontade.
Louis mordeu o lábio inferior de Harry parando só quando o escutou reclamar, olhou para sua arte e viu a pequena marca vermelha ameaçando sangrar, subiu em cima de seu corpo e viu que seu pau estava ainda mais duro que antes. 
Começou se despir peça por peça com o olhar quente de Harry em seu corpo, viu ele lamber o lugar onde mordeu e em seguida levar os dedos a região, circulou seus lábios rubros e deslizou pela pele do pescoço ao colo, chegando em seus mamilos eriçados e os circulando quando Louis desceu o zíper de sua calça, descendo-a por suas pernas. 
Louis queria odiar Harry por deixar seu pau tão duro.
E a única forma que viu de se vingar foi se enterrando dentro dele de uma vez escutando seu gemido doloroso e prazeroso dizendo o quão ele era idiota e gostoso na mesma medida. Louis sabia que o "idiota" condizia ao fato de saber que por um momento ele acreditou em sua inocência, por achar que nunca teria coragem de ter feito o que foi acusado, Louis viu no sorriso debochado ao chama-lo de idiota vinha de ter sido feito de trouxa por acreditar em sua falsa meiguice. Ele sentiu uma raiva além da compreensão por esse sentimento de ter sido estupidamente enganado e enforcou Harry com sua mão direita, apertando até ele ter lábios entreabertos, pré gozo em sua glande e um corpo fodido sem dó.
Louis deitou seu corpo completamente sobre o de Harry, investindo sem pausa e sem olhar em seu rosto, enterrou seu rosto em seu pescoço e ali permaneceu por um tempo indeterminado, sentiu quando mãos tomaram seus cabelos e levaram seu rosto de frente ao de Harry, que aproximou seus lábios e no instante que eles se abriram ele gemeu em sua boca, pediu que fosse mais rápido e Louis obedeceu.
Juntou os dois pares de mãos e beijou Harry com desejo, tomou seus lábios com atenção e carinhoso pela primeira vez na noite, beijaram-se e permaneceram com os lábios juntos até gozarem sequencialmente, Harry veio primeiro entre seus corpos, seguido de Louis dentro dele. 
Após alguns minutos, Louis saiu de Harry e deitou ao lado dele, o garoto se aconchegou em seu peito e o deferiu elogios. Daquela forma, Louis permaneceu a noite inteira.
Louis entrou pela manhã na porta da delegacia com seu uniforme passado e cabelo bem penteado e arrumado para trás. Cumprimentou seus colegas de trabalho, pegou seu café e seguiu rumo à sua sala, sendo seguido por Lauren. 
⸺ Não vai acreditar no que conseguimos ⸺ Lauren entrou sorridente na sala, colocando em cima da mesa um pen drive. ⸺ É a gravação da câmera da casa atrás da do Coleson no momento que o fogo começou se alastrar.
⸺ Como conseguiu? ⸺ Perguntou, tocando o objeto em sua frente.
⸺ O morador contou que não queria entregar por medo de tentarmos incriminar Harry que segundo ele não tinha nenhuma chance de ser um assassino por ser "bonito e fofo". Acabou mudando de ideia quando assistiu uma série de um psicopata que tinha uma boa aparência e descobriu que pessoas bonitas também podem ser psicopatas. 
⸺ Que história ⸺ Louis comentou com a risada de Lauren no fundo, tentou conectar o pen drive no computador, mas não queria fazer isso com a colega ali. ⸺ Posso assistir sozinho? Qualquer coisa incomum chamo você e o resto da equipe ⸺ Tentou, e Lauren sem nenhuma resistência concordou.
Assim que a porta fechou, Louis tratou de introduzir o pen drive e abrir o arquivo, ele deu play no vídeo longo e por um bom tempo nada aconteceu, avançou no tempo, em algumas horas, para o momento que a lente capturou o fogo começando a refletir, a câmera não era muito útil nesse quesito, quando estava muito próxima do primeiro andar e o fogo se estendeu pelo segundo. 
Foi útil quando a figura de Harry se fez presente na imagem, ele olhava para cima como se admirasse a visão, vestido em sua roupa de dormir, segurando em um das mãos seu celular, provavelmente o que ligou para a ambulância quando já não tinha mais jeito. A outra mão parecia manchada com algo que pela imagem ruim não sabia descrever, mas entendeu assim que ele passou essa mesma mão desajeitadamente sobre o próprio colo, provavelmente as cinzas em seu corpo naquela noite eram forjadas, ele bagunçou um pouco o cabelo e era ridículo a forma como tudo no dia foi convincente. 
O delegado então pausou o vídeo, ele não precisava mais ver aquilo. Ele saiu do arquivo e o apagou. 
Em seguida, abriu sua gaveta de segurança que ficava trancada com um cadeado e de lá retirou o celular de Mitch Rowland dentro de um saco plástico que também foi removido. Ele colocou o celular seguro em cima da mesa e o encarou por alguns segundos, tomou um gole de seu café e colocou o copo plástico meio cheio a alguns centímetros de distância do aparelho. Sem querer todo o café quente caiu sobre o celular que Louis tentou ligar após o líquido inteiro o molhar e infelizmente ele não ligou. 
Louis acabou jogando as duas provas inúteis na lixeira embaixo de sua mesa e levantou para buscar um pouco mais de café.
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caffeinar · 28 days ago
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"Enquanto eu arrumava os destroços dentro de mim, você apareceu. Nosso encontro foi um constante movimento de altos e baixos, como se estivéssemos tentando, sem sucesso, reconstruir as ruínas deixadas pelas tempestades que nos devastaram. Eu te ajudei a organizar um pouco do caos no seu coração, com todo o cuidado de quem toca algo já quebrado demais para suportar outro golpe. E em troca, você me convidou a vagar pelo labirinto dos seus pensamentos sombrios, e eu, sem pensar nas consequências, abri-lhe as portas do meu coração.
Você entrou. Lhe convidei a conhecer meu espaço de vulnerabilidades e profundezas, acreditando, com uma ingenuidade cruel, que você enxergaria algo além dos espinhos que protegiam meu jardim de entrada. Enquanto eu, de mãos nuas e machucadas, arrancava os espinhos para que você passasse sem se ferir, você se aproximou. Por um instante, tentou ajudar, mas bastaram as primeiras pontadas para que você vestisse luvas tão grossas que não só afastaram a dor como também qualquer possibilidade de toque real. Enquanto eu permanecia ali, com as mãos feridas e a sangrar, você explorava os cômodos vastos da minha alma como quem remexe gavetas alheias sem a intenção de guardar nada no lugar.
Nos dias que seguiram, você trouxe a esperança de um “nós” que nunca existiu. Trouxe sorrisos que pareciam sinceros, risadas calorosas, abraços íntimos que aqueceram partes de mim que eu já não lembrava existirem e palavras que soavam como abrigo. Foi como se você, num gesto despreocupado, jogasse confetes pelo ar para disfarçar o caos. Por um instante, foi quase divertido. Você foi a luz que interceptou as gotículas que desciam dos meus olhos, formando um arco-íris efêmero após a longa tempestade — um engano que desapareceu antes mesmo que eu pudesse tentar tocá-lo.
Eu quis acreditar. Acreditei que, talvez, dessa vez, a bagunça fosse menos dolorosa. Por um momento, eu ri — com uma ingenuidade que me fez esquecer dos escombros que me cercavam. Mas, como um fenômeno raro que existe apenas para ser admirado à distância, você foi breve. Quando a escuridão voltou a se aproximar, você simplesmente se foi. Eu tentei seguir seus passos, desesperada para encontrar respostas, mas não fui capaz de acompanhá-lo. Você se movia com a rapidez de quem já estava acostumado a fugir, e eu fiquei para trás, sozinha, perdida na poeira que você deixou no ar e nos sentimentos que abandonou.
Agora, tudo o que resta é um jardim marcado pelos espinhos que arranquei com tanto esforço, sem que você sequer olhasse para o espaço que abri. Confetes espalhados pelo chão, agora tão tristes quanto o silêncio que ficou. E o vazio, imenso e esmagador — este sempre foi meu. Agora, o vazio parece maior do que antes, como se tivesse absorvido não só o que você deixou para trás, mas também pedaços de mim que eu sequer sabia que estavam vulneráveis. Ele se infiltra pelos corredores da minha alma, ocupando cada canto que antes guardava a esperança.
Sempre foi eu quem ficou com o trabalho de reorganizar o caos, de dar sentido ao que nunca teve sentido. Cabe a mim, mais uma vez, recolher os pedaços e aceitar que essa bagunça feita entre nós dois sempre esteve destinada a ser apenas minha. Eu deveria saber disso, mas permiti que você segurasse a caneta e rabiscasse sobre as minhas ruínas. No fim, o desfecho foi: uma bagunça que apenas eu ficaria para limpar e organizar.
A sua passagem pela minha vida nunca foi para ficar, mas apenas para lembrar que eu sou a única constante no meu próprio sofrimento."
— Lunna.
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xcallmevia · 1 month ago
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AGUARDO
Enzo Vogrincic x Esteban Kukuriczka
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Cartas a Enzo- capítulo 4
• Masterlist da Série
11 de abril de 1921
A carta de Enzo chegou, trazendo sentimentos contraditórios. A empolgação de reencontrá-lo, de vê-lo conhecendo o pequeno, desmoronou assim que pensei no que poderia acontecer entre Enzo, Esteban e eu. Esta noite, contarei tudo a Esteban. Apesar de ele sempre ficar na defensiva quando menciono Enzo, ele precisará compreender.
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28 de abril de 1921
Esteban permaneceu em silêncio e preferiu se retirar quando mencionei a chegada de Enzo. Não consigo entender o que ele colocou na cabeça; evita qualquer conversa sobre o homem.
Nosso filho conseguiu ficar de pé apoiado pela primeira vez hoje. Já acena com a mão e balança a cabeça para dizer "não". Ele tem se desenvolvido tão rápido, meu pequeno.
Quanto a Enzo, não consigo tirá-lo da mente, mas escolho guardar esses pensamentos apenas para mim.
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3 de maio de 1921
Cada dia que passa, a chegada de Enzo se aproxima, e sinto que o ar ao meu redor fica mais pesado. Ele sabe. Sempre soube que o pequeno é seu filho, mas nunca tive coragem de encarar o que isso realmente significa para nós três.
Esteban aceitou a situação com uma dignidade que nunca vou conseguir entender completamente. Ele ama o menino como se fosse seu, com uma devoção que às vezes me faz questionar se eu sou digna desse tipo de amor. Mesmo assim, percebo como a vinda de Enzo o inquieta. Ele não diz nada, mas seus silêncios são tão claros quanto palavras.
Hoje, enquanto embalava nosso filho, senti a mistura de sentimentos que carrego há tanto tempo. Amor, culpa, ansiedade... Como será quando Enzo o segurar nos braços? Será que o reconhecerá de verdade, além dos traços que compartilham? Será que ele vai querer ser mais do que o pai distante que tem sido até agora?
Eu me sinto presa entre dois mundos: o do passado, onde Enzo foi o grande amor da minha vida, e o presente, onde Esteban me deu estabilidade e aceitação. Não sei qual deles é mais real, ou se algum dia terei coragem de escolher.
A cada dia, a chegada de Enzo parece mais inevitável, como uma onda que cresce ao longe, prestes a alcançar a costa e mudar tudo o que conhecemos.
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15 de maio de 1921
Hoje, descobri que estou grávida novamente. Meu coração parece pequeno para caber tantos sentimentos ao mesmo tempo. É de Esteban, o homem que tem sido meu porto seguro, mesmo em meio a tantas tempestades.
Olhei para ele esta manhã enquanto brincava com nosso pequeno no jardim. Seu sorriso era tão genuíno, tão cheio de amor, que quase chorei. Esteban ama como poucos homens sabem amar: com calma, paciência e uma generosidade que me deixa sem palavras. Ele nunca pediu nada em troca, nunca exigiu mais do que eu pudesse dar, e, mesmo assim, me deu um lar, uma família.
Penso em como vou contar a ele. Sei que seus olhos vão se iluminar, como na primeira vez que segurou nosso filho nos braços. Esteban é um pai incrível, e sei que este novo bebê será recebido com o mesmo amor incondicional que ele sempre demonstrou.
E, ainda assim, não posso evitar pensar em Enzo. Ele está prestes a chegar, e com ele virá um peso que não sei se Esteban ou eu estamos prontos para carregar. Não quero que essa nova vida seja marcada pela sombra do que ainda sinto por Enzo. Quero que esse bebê nasça em um lar cheio de amor e paz, como aquele que Esteban tem tentado construir para nós.
Hoje, ao colocar nosso pequeno para dormir, agradeci baixinho por tudo o que tenho, mesmo com as dificuldades. Se há algo que aprendi com Esteban, é que o amor verdadeiro não exige perfeição, apenas presença.
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20 de maio de 1921
Hoje, Esteban finalmente falou o que eu já sabia. Ele disse que sabe que ainda amo Enzo, e que isso não é algo que se apaga com o tempo. Não esperava que ele pedisse para que eu esquecesse, mas fiquei surpresa com a calma dele.
Ele falou sobre o bebê e a chegada de Enzo. Não foi fácil ouvir, mas ele disse que está aqui, que sempre estará. Ele me pediu para não me preocupar com o que Enzo representa. A conversa foi difícil, mas ao mesmo tempo, me deu um pouco de paz.
O médico me pediu repouso absoluto por um tempo. Não posso deixar de pensar no que está por vir. Enzo vem em julho, e, de algum modo, a ideia de que Esteban e eu estamos esperando um filho juntos me traz algum conforto. Mesmo com todos os meus sentimentos confusos, ele tem sido a minha rocha.
Hoje, nosso filho deu os primeiros passos sem ajuda. Vi Esteban sorrir, cheio de orgulho. Ele é um ótimo pai. Isso, pelo menos, me acalma.
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15 de junho de 1921
Minha mãe me falou sobre Enzo hoje. Ela soube de algumas cartas que ele tem enviado à mãe dele. Cartas cheias de dor, sem esperança, como se ele estivesse preso no passado. Ela disse que ele se isola cada vez mais, sem planos, só com arrependimentos.
Eu já sabia que ele estava assim, mas ouvir isso me dói de uma maneira que não consigo explicar. Ele parece perdido, como se não conseguisse se afastar do que ficou para trás. E, ao mesmo tempo, me pergunto se é isso que ele espera de mim, alguma coisa que eu não sei mais dar.
Esteban, por outro lado, está aqui. Ele me ama, e é isso que eu deveria valorizar. Mas, enquanto penso nessas cartas de Enzo, me sinto mais distante do que nunca de tudo o que construí.
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18 de junho de 1921
A gravidez tem sido uma montanha-russa. Os dias passam devagar, e o medo de não estar preparada para o que está por vir me consume. Esteban tem sido maravilhoso, sempre ao meu lado, mas a ansiedade só cresce. O bebê se mexe cada vez mais, e isso me dá um pouco de alívio, mas o peso da espera e da mudança está sempre lá.
Nosso filho está crescendo rápido. Hoje, ele me fez rir com uma tentativa de falar mais palavras. Isso me faz sorrir, mesmo nos dias mais pesados.
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30 de junho de 1921
Faz dias que não escrevo. A gravidez tem sido difícil, fiquei doente e isso me deixou sem forças. Não sei se é o corpo, o cansaço ou a ansiedade, mas algo dentro de mim parece em constante agitação. Sinto que tudo isso está ligado ao que eu guardo em mim. Talvez seja o peso do que está por vir.
Julho está quase aí, e Enzo vai chegar. Não sei o que esperar, não sei como vou reagir. Há uma parte de mim que teme o reencontro, que teme que tudo o que eu construí com Esteban desmorone. A dúvida me corrói. O que ele quer de mim agora? E eu, o que sou capaz de dar a ele?
Esteban tem sido paciente, mas meu coração ainda está em um turbilhão. Não sei quanto tempo mais conseguirei esconder o que realmente sinto.
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5 de julho de 1921
A contagem regressiva começou. Enzo está chegando, e o navio que o trará já está a caminho. O porto está se preparando para recebê-lo, e eu também, embora minha mente esteja em mil direções. Esteban tem me ajudado a organizar tudo, mas eu mal consigo me concentrar. Cada detalhe, cada movimento, parece um reflexo do que ainda estou tentando entender dentro de mim.
O navio está previsto para chegar na próxima semana, e já sinto a tensão no ar. Esteban está tranquilo, como sempre, mas ele não sabe o peso que isso representa para mim. Eu devia estar ansiosa para ver Enzo, mas a ansiedade é como um peso constante, um nó na garganta que não consigo desfazer. O que fazer quando ele pisar aqui, depois de tanto tempo? Como vou me comportar?
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perdidaemmimmesma · 7 months ago
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Você é aquela sensação gostosa de frio na barriga quando estamos em uma montanha russa, você é o sabor da minha bala favorita, você é o sol que aquece a minha pele em um dia ensolarado, você é o barulho gostoso da chuva no telhado, você é o vento que sopra meu rosto de forma suave, você é aquela paisagem de outono que me dá a sensação de nostalgia, você é a minha flor favorita, aquela flor que eu uso no pingente do meu colar e uso sempre pra lembrar de você, você é o mês que eu nasci, porque eu nasci na primavera e você sempre me lembra um belo jardim porque o seu sorriso é mais brilhante que as pétalas de margarida, o castanho dos seus olhos são mais vibrantes que a beleza de um girassol, a pétala da rosa não chega aos pés da cor dos seus lábios, seu lábios tem a beleza de um campo de astromélia, minha canção favorita é o som da sua risada, aquela que você da quando eu conto uma piada que só você acha graça, você é o amor que transborda no meu peito sem esperar nada em troca, você é a lágrima que escorre dos meus olhos quando eu sinto sua falta, você é a razão pela qual eu ainda insisto, você é a inspiração dos meus versos mais difíceis, porque escrever sobre você é quase um delírio, você é o meu delírio mais lúcido, você é aquele sonho do qual eu nunca quero despertar, você é o motivo de eu querer sonhar porque sonhar com você me faz querer realizar, realizar uma vida onde finalmente seremos só você e eu, por que meu bem eu sou completa mas com você eu transbordo.
- Com amor, T 🌼
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filhasdeumbra · 2 months ago
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Traga à Nós o Seu Afeto
O que aconteceu após os Filhos de Umbra aceitarem os doces
os buquês que eu deixo em sua lápide são feitos de flores mortas
AVISO: O texto a seguir apresenta algumas descrições gráficas e possivelmente perturbadoras
Sococó da Ema é uma cidade muito unida, o que significa que, seguindo o acidente que tirou a vida de Ágata, Luiz e seus amigos recebem mais atenção do que nunca. Sejam olhares curiosos ou de preocupação, é impossível que eles percorram as ruas da cidade sem serem observados.
As pessoas passam nas casas deles para deixar comida, doces, às vezes até brinquedos, sussurros de “Sinto muito que eles tenham passado por isso.” preenchendo a sala de estar. Ninguém, é claro, se compara a Berenice.
A mulher acabou de perder a filha, está sofrendo mais do que qualquer um dos sete sequer poderia imaginar, mas ela ainda faz questão de lhes dar doces todos os dias. Insiste, praticamente. No começo, por educação, Luiz fez o grupo recusar os tupperwares, mas ela insistiu quase que de maneira violenta. 
Se distribuir doces para as últimas pessoas a verem sua filha viva a fará se sentir melhor, quem são eles para lhe recusarem esse conforto? 
Por isso, naquele dia, três semanas após o acidente, Luiz e seu grupo se encontram na frente da casa da Jumenta Voadora, o cavalinho de madeira no jardim da frente mais melancólico que o normal.
Se eles apenas soubessem…
Mas todos ignoram ou interpretam o brilho no olhar de Berenice de maneira errada. Afinal, ela é a Jumenta Voadora, e ela sempre lhes dará seu afeto, certo?
.
Os doces, eles logo descobrem, são quadradinhos irregulares de palha italiana. João solta um grito de felicidade e imediatamente ataca sua porção.
“Cuidado, ou vai engasgar.” Quem avisa é Bianca, que se senta de pernas cruzadas em cima de uma pedra antes de abrir o próprio tupperware.
“Mas é palha!” João responde, o rosto agora repleto de açúcar.
“Isso não impede que você engasgue.” Ela retruca como se fosse óbvio, e talvez seja, mas João acabou de fazer sete anos, então é compreensível que esse fato lhe escape.
Ao redor deles, todos também já se acomodaram e abriram seus containers, prontos para se debulhar. Rebeca, inclusive, também já está mastigando, embora com bem menos voracidade.
“João.” Luiz chama, tupperware ainda fechado.
“Uhm?”
“Ainda estou cheio do almoço.” Ele mente. “Quer minha parte?” Os olhos do garoto brilham como estrelas.
“SIM!”
Sentado em um tronco caído, Antônio bufa. “Você nem comeu tanto macarrão assim…”
Luiz lhe lança um olhar mortal e ele levanta as mão em rendição, como quem diz que quem falou não está mais ali.
Em silêncio, Igor pega um de seus quadradinhos e, quando Antônio não está olhando, o coloca no tupperware do mais velho. Luiz abafa um risinho. Esses dois… Não que ele tenha espaço para julgar, já fez isso inúmeras vezes com João. Mas… Quem é capaz de resistir a fofura do caçula do grupo? Certamente ele não, que o vê como parte de sua família, para o ciúmes de Antônio.
Vendo todos comerem tão alegres, Luiz não deixa de achar graça das reações possessivas do irmão. João também é sua família, assim como Bianca e Alice e Igor e Rebeca. A única diferença é que, diferente de Antônio, eles e Luiz não compartilham laços de sangue.
Laços de amizade são muito mais importantes, de qualquer forma.
.
Apesar de João ter comido o dobro que todos ali, é Alice que começa a passar mal primeiro. Ela sempre teve o estômago fraco.
“Ugh. Estou enjoada.”
“Você não devia ter tomado refrigerante no café da manhã.” Quem fala é Rebeca, sua voz com um quê de repreensão para com a irmã mais nova. 
“Você também tomou, não pode falar nada!”
“Mas não estou passando mal, estou?”
Alice cerra os olhos em direção a irmã, depois, lhe dá a língua. Não é, no entanto, um gesto agressivo, provado pelo fato de que logo ambas estão rindo.
“Não sei se foi o refrigerante não.” Igor diz, colocando a mão na barriga.
“Você está bem?” Bianca pergunta.
“Não, acho que vou vomitar.” Ele responde, rosto um tanto mais pálido que o normal.
Dito e feito, logo os sons de alguém esvaziando o conteúdo do estômago enche a clareira. Mas não é Igor e tampouco Alice, mas sim Antônio.
“Tom!” Quem exclama é Luiz, que corre para o lado do irmão.
“Argh, acho que… Acho que os doces estavam estragados.” 
Luiz vai responder, algo como a Jumenta Voadora nunca daria um doce estragado para alguém de Sococó da Ema, mas os sons de vômito logo voltam com agressividade. É Bianca.
“Bibi!” João grita, olhos arregalados para a irmã mais velha.
“Não me sinto bem.” Ela consegue dizer logo antes dos olhos girarem em suas órbitas e ela cair no chão, desacordada.
“BIBI!” João corre até a irmã, o resto do grupo ou paralizado em choque ou vomitando as tripas.
Luiz observa com horror quando Alice também desmaia, seguida de Igor, Antônio, Rebeca. E então os únicos com consciência são Luiz e João Pedro, este que está fazendo seu melhor para não vomitar em cima do corpo caído da irmã.
“Lulu…” Ele chama, voz manhosa, e Luiz sai de seu estupor.
“João! João, olha pra mim, o que você está sentindo?” Sua voz sai frenética, desesperada. Ele capta com o rabo de olho que há sangue escorrendo das bocas de Bianca e Antônio, além de Rebeca ter o mesmo vermelho escarlate lhe saindo pelas orelhas. 
É horrível, assustador, até. E ele devia correr, gritar, pedir por ajuda, mas João segura sua mão com seus dedos impossivelmente pequenos, todos os quatro anos de diferença entre ele e Luiz escancarados, e sussurra: “Eu acho… Eu acho que não vai dar para brincar de carrinho mais tarde.”
E então ele fica inerte.
“João? João!” Luiz o sacode, grita e chora e esperneia — João não se mexe. 
Nenhum dos outros se mexe. 
Na distância, um corvo grasna. Luiz lembra de ter lido como eles são mau presságio, um aviso da morte iminente. A mão de João, que até agora ainda estava firmemente na sua, rola para o chão de terra, sem vida.
.
“Você não está morto.” Não é uma pergunta. “Como você percebeu?”
Luiz quer rir, algo com escárnio. Ele meramente solta outro soluço. “Eu dei minha parte para o João. Ele adora palha italiana, sabe? É… Era o doce favorito dele.”
“Hmm.”
Ele vira a cabeça de supetão, lágrimas quentes lhe descendo as bochechas. “Você é um monstro. Você… Você devia queimar no inferno.”
“Mas não vou.” Não há divertimento na voz dela, nenhuma satisfação em suas palavras. Se Luiz fosse qualquer outra pessoa, acusaria remorso, mas ele é inteligente demais para isso.
Outro soluço.
“Eles vão?”
“Não sei, Ela não entrou em detalhes quanto a essa parte.” 
Luiz não sabe quem Ela é, mas o pronome faz um arrepio percorrer sua espinha. Certamente não é nada de bom, mas… Mas agora que eles estão mortos, sequer restam coisas boas?
“O que você vai fazer agora?” A voz de Berenice é melódica, toda mulher-gentil-que-dá-doces-para-as-crianças-da-cidade e nada mulher-que-envenena-os-outros-por-vingança. “Se você fosse me denunciar, imagino que eu já estaria dentro de uma viatura a essa hora.”
“É uma cidade pequena, você provavelmente seria linchada antes.” São palavras que não deveriam estar saindo da boca de um garoto de onze anos, mas o luto tampouco é algo apropriado para sua idade.
“Engraçado, não? Ninguém pensou em fazer isso com vocês quando mataram minha filha”
“Ela se matou. Ela colocou o crânio na cabeça. Ela correu para o penhasco. Ela caiu. Tudo sozinha.” 
O rosto de Berenice se contorce.
“Mentira! Tudo mentira! Ágata- Ágata era uma boa menina.” Agora ela também está chorando. Luiz não acha que ela mereça derramar essas lágrimas.
“Faz diferença? Todos eles estão mortos de qualquer maneira.”
“Menos você.”
“Menos eu.”
Berenice passa as costas da mão na face, secando as lágrimas. “Não por muito tempo, é claro. Não queria recorrer a medidas extremas-”
Luiz levanta uma mão, pausando seu raciocínio. “Não será necessário.”
“Como?”
“Eu não sei qual é seu plano, não sei que tipo de ódio tomou seu coração, mas sei que ele não irá tomar o meu.”
“Ódio? Ódio?! Eu estou fazendo isso por amor!”
“Acredite no que quiser. Se me der logo o que eles tomaram, isso vai acabar mais rápido, não?”
A feição de Berenice se ilumina. “Você está fazendo a escolha certa, Luiz.”
Ele olha para seus amigos, seus irmãos. Seus corpos já começaram a atrair moscas.
“Não é escolha nenhuma.”
Marcações: @stormishcl0ud
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qualquercantoemmim · 7 months ago
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se eu te encontrar, na hora combinada, no meio da estrada, na vida, num jardim. não procure motivos nem razão, não cubra o rosto entre os dedos, não esconda seus medos, de mim. se eu te encontrar meio perdido, procurando alguma direção, talvez te diga que me perdi também, que o caminho foi confuso, que quase desisti. que havia muitos obstáculos, mas que foi uma aventura, subi muitas ladeiras, cansei, caí, mas me ergui. se te encontrar sorrindo, leve e satisfeito, completo e feliz. sorrirei de alegria, que bom que a vida curou tuas dores enfim. e te darei minha mão, contarei histórias passadas, caminharei ao seu lado, na direção que aparecer. cantarei velhas canções que me fizeram tantas vezes pensar em você. se eu te encontrar na estrada, no meio do nada, do tempo sem fim, ficarei muito satisfeita, falarei sobre a vida, algumas feridas e pedaços de mim. e entre sorrisos bobos, palavras combinadas e passos arranjados, vou descansar meus olhos, meus braços e meus laços, meus pés, minha mente. depois de tantos desvios, de muitos imprevistos e um enorme vazio, se eu te encontrar por aí, sem hora marcada, em qualquer jardim, direi, finalmente.
@qualquercantoemmim
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nominzn · 1 year ago
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The Story Of Us (Epílogo)
Eu costumava acreditar que o amor era vermelho, mas é dourado. Ato Único: Forever&Ever
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notas! agora é o fim mesmo. demorou pra sair, mas tá aqui o epílogo da minha primeira série. confesso que conforme o final se aproximava, escrever ficou mais difícil, só que ter terminado foi uma grande vitória e alegria pra mim. se você achou esse post de paraquedas, ou se começou a me seguir recentemente, eu te convido a ler o projeto que criei com maior carinho do mundo. foi uma delícia fazer suspense pra revelar quem seria o próximo ex, e principalmente pra revelar quem seria o maridão... obrigada por todo apoio e por terem me dado tanta moral hahaha, sem isso eu nem teria começado. enfim, tsou sempre vai ter um espaço no meu coração como o enredo que me devolveu o prazer pela escrita. e espero poder trazer mais estórias tão complexas quanto, enquanto eu conseguir.
masterlist
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Estar nervosa assim deveria ser considerado um crime. A porta de madeira parece tão sem graça que dá dó da sua cara de bunda, da qual sua mãe já havia reclamado mais de mil vezes. Tudo que quer é ver Renjun no singelo altar no alto do jardim em que decidiram fazer a cerimônia para aproveitar o fim da Primavera. 
Renjun, por sua vez, está tentando manter a calma com todas as forças que tem, ele quer ser seu porto seguro nessa hora. As mãos suam frio sem parar, e Jaemin, seu padrinho, já gastou uma caixa inteira de lenços de papel para ajudá-lo. 
Quando o trio de cordas começa a melodia suave da marcha nupcial, você e Renjun respiram fundo quase ao mesmo tempo. O pai do noivo se ofereceu para lhe levar ao altar, como um gesto carinhoso de boas vindas oficiais à família. 
Finalmente, nada mais separa você do seu noivo, e todo o resto desaparece das suas vistas. Tanto ele quanto você só têm olhos um para o outro, até mesmo andar parece mais difícil do que antes, tão hipnotizada está pela visão deslumbrada do homem da sua vida à sua espera. 
Renjun não sabia que o próprio pai o entregaria sua noiva, portanto ao vê-los, os lencinhos de Jaemin passaram a ter outro uso, ele não segurou as lágrimas. Desceu os degraus para te buscar, soltando um risinho bobo ao te admirar tão perto. 
— Você é a mulher mais linda do mundo. — ele sussurra após deixar um beijinho nas costas de sua mão, te levando para o altar. 
Não consegue respondê-lo porque a emoção embargou sua garganta e encheu seus olhos d’água, e ainda tem muita cerimônia pela frente. 
— Te amar, Renjun, tem gosto de felicidade. — você começa a ler seus votos tão carinhosamente escritos, olhando nos olhos dele, controlando-se para não arruinar a declaração com o choro que ameaça voltar. — Quando nos encontramos de novo, tudo fez sentido, exatamente quando te beijei na calçada porque fiquei preocupada, exatamente quando não me deixou em paz por isso… — os convidados riem da sua piadinha, o que te dá um momento para respirar. — Te amar, Renjun, é tudo que eu sempre quis. Eu fui feita pra você. 
— A minha cor favorita sempre foi amarelo. — ele inicia, arrancando algumas risadas aqui e ali. — É sério… só que antes de te amar, eu percebi que amava a idealização do amarelo. Os girassóis, o sol, as estrelas, a riqueza, a própria vida que o amarelo dá. Depois de te conhecer, você virou o meu amarelo, nada tem mais graça. Você é mais bonita que os girassóis, o sol, as estrelas, você vale mais do que qualquer dinheiro e me dá mais vida do que qualquer coisa que já experimentei. 
Você o abraça sem nem ligar para maquiagem e cabelo, que fiquem arruinados. O que importa é que ninguém mais põe o dedo entre você e Renjun. Ele é seu, você é dele. E pronto. 
A vida de casados lhes caiu como uma luva, pois tudo que precisavam estava bem ali: viraram um só. A lua de mel, os primeiros meses, o primeiro evento sediado na própria casa — receberam Jaemin, a nova namorada, sua mãe e os pais de Renjun para a noite de Natal, com bastante comida e presentes.
De início, foi complicado organizar a festa sozinhos por causa de tudo que tinham de fazer. Mas depois de verem o resultado e a felicidade nos olhos daquelas pessoas que amavam tanto, tudo valeu a pena.
Já havia passado a festa da Epifania quando você e Renjun voltaram de uma escapada para as montanhas, o inverno nunca fora tão bom. Chegando em casa, você ri da decoração de Natal ainda intacta por toda a sala de estar. 
— Eu esqueci completamente que a gente só voltaria no meio de Janeiro, amor. — você lamenta, já retirando alguns elementos de onde conseguia passar a mão. 
Seu marido, no entanto, te impede de continuar, enroscando sua cintura e fazendo seus tornozelos girarem. 
— Amor, ninguém sabe que ainda tá aqui. É nossa casa, a gente decide. — ele tenta te convencer a descansar um pouco antes de tomar conta da bagunça, usando as artimanhas do próprio carinho. 
Ele beija seu pescoço com habilidade de quem te conhece há várias estações, alcançando os seus lábios com toda doçura que havia guardado só para você. 
— O que você acha da gente jantar fora hoje, hm? — o marido sugere entre beijos molhados, nem dá tempo de raciocinar, você apenas concorda, envolvida demais nos toques. 
— Jun… — você o guia até o quarto, empurrando-o levemente para que se sentasse na beirada da cama. Toma lugar em seu colo, apertando o quadril masculino com as coxas, voltando a beijá-lo logo em seguida. 
— Adiantou o jantar? — ouve o sussurro provocante de Renjun e ri com vontade, sem nenhuma vergonha de estar dedicando toda sua atenção ao pescoço tão bonito do marido. — É o meu prato favorito. 
— Você é tão bobinho, sabia? — diz, retornando aos lábios desenhados dele. — É melhor estar com fome, amor, porque aqui o serviço é completo. — suspira ao sentir os efeitos abaixo do abdômen. — Entrada, principal, sobremesa… 
— Vou querer tudo. 
Apesar de já casados, Renjun nunca parou de te fazer sentir a adrenalina do início do namoro: a aventura, a expectativa, as borboletas. Ninguém haveria de te levar aonde ele te leva, nada o faria sentir o que você faz. 
Naquela noite, depois do amor, ele te segurou nos braços como o bem mais precioso que ele tem, desejando que pudessem ficar assim, juntos e perto, eternamente. Até depois do fim. 
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pandaplots · 1 month ago
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a infância dos dois foi diferente para dizer o mínimo - como a lua perolada que esconde todos os segredos do universo, havia desilusão e enganos no tecido que compunha sua família perfeita. mas não importava , pois a irmã, metade de sua alma, sempre foi razão suficiente para ignorar tudo que havia de errado com este mundo que estava longe de ser ideal ou sequer belo. jacob era um realista, finais felizes não existiam , supôs que nem mesmo começos felizes eram possíveis. ao menos, o início da vida dele foi manchado por um luto qual não podia compartilhar. mas outra vez, era desimportante quando tinha uma parceira para dividir o peso. com o tempo, ressentimento alheio e dor que não os pertencia conseguiu separar os dois , e embora o laço não estivesse mais fraco , tinham vidas completamente diferentes em partes opostas do globo. mas ela ainda era sua irmã, sua companheira, ' capitã crunch ' como a chamava quando brincavam no jardim - e estar no casamente dela não era opcional. era seu direito e dever. mas claro ; abigail estaria lá.
se ele pudesse apenas refazer o dia que as apresentou, faria sem pensar duas vezes. mas achou que a mulher iria estar ao seu lado para sempre, e queria que ela conhecesse a pessoa mais importante para si. foi amizade instantânea, e jane não concordava com o namoro dos dois - não eram bons um para o outro - , mas não deixava de ser amiga da ex. agora, ela seria madrinha , coisa que sua mãe firmemente repreendeu , pois só queria a felicidade do filho que perdeu por tanto tempo. mas jake insistiu que podia lidar, afinal, o grande dia não era dele.
era loucura o que ele pensava em fazer - objetivamente, não havia pior escolha. talvez somente ficar parado no altar , e passar pelas festividades com abigail e seu novo namorado . ao menos foi o que disse a si mesmo quando começou a cogitar aquela ideia . sierra era insuportável, mas também era a única no mesmo cargo que ele ; não seria um problema de poder se ela concordasse, o que ele tinha quase certeza que não faria. deus, até pensar em pedir era constrangedor. nesse momento só queria ter uma vida fora daquela redação, e mais que casos de uma noite.
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estava saindo do próprio escritório , pronto para bater na porta dela e ser rejeitado quando a própria entrou pela porta parecendo furiosa. porém, aquela era basicamente a única expressão que a via usar ao seu redor. ele recuou e fingiu ler algum documento na mesa, usando um semblante vazio de qualquer emoção.   ❛ ⎯⎯⎯⎯ o que foi ? aconteceu alguma coisa ? ⎯⎯⎯⎯ ❜ inquiriu inocentemente, ainda recostado no mogno com um pedaço de papel qualquer em mãos.
@kisestress
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prettyhboy · 4 months ago
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COMEMORANDO POR PISAR EM VIDRO QUEBRADO E ESCORREGAR EM PISOS ENCHARCADOS DE ESTÔMAGO.
Eu planejei muitas coisas de extrema importância para ficar em alta constância.
Não gosto de vínculos traumáticos e me martirizo se algo foge dos trilhos.
Esse mundo não tem brilho específico quando se trata de amar alguém de outro nível.
Esse conjunto de fatos passados passa despercebido quando meus motivos não passam de flores murchando no Jardim do fim.
Qual seria minha melhor perspectiva quando minha corrida não termina como eu queria?
E isso importa?
Qual porta errada eu atravessei que não pude retroceder para aquela travessia bonita?
Qual estrada de apenas uma via fui obrigado a seguir para fugir de um passado que estava a me ruir internamente.
Intensamente falando e sobre o borderline que me deixa muito contente e ao mesmo tempo depressivo e doente novamente, tudo borbulha entre minhas entranhas quentes.
E meu subconsciente se torna algo sem coerência com essa amnésia sem sentido.
Eu nunca possuí amigos.
Eu não dou a foda aos antigos conflitos.
Eu não me importo em levar um tiro que arrebente minha espinha de ponta a ponta.
Eu não me importo com o acerto de contas.
Eu não me importo com afrontas.
Eu não me importo com quase nada.
E não gosto de ficar em águas rasas.
Muito menos em pular da ponte mais alta.
Talvez rachar a mente na calçada depois de uma batida arrastando o carro na pista.
Não é uma vista tão otimista, mas não seria um fim tão ruim assim.
Eu gostaria de ter dentes de ouro antes de ir.
Eu gostaria de um caixão roxo com pétalas por todos os lados.
Eu gostaria de ser amado em vida para não sofrer a dor da partida repentina.
Eu gostaria de uma alma viva que se encaixasse com a minha.
Mas, a gente se acostuma com esse inquilino sombrio e mortífero que esconde seu lado bonito.
Eu nunca deveria me sentir arrependido.
Pois tudo foi perdido.
Mas ao mesmo tempo aprendido.
E quando minha hora chegar eu quero me deitar sobre o caixão e relaxar, sem ter peso na consciência por ter ferido alguém sem pensar, por ter sido escroto sem se desculpar ou pedir perdão.
Tudo é em vão.
Posso estar sob pressão mas nada tira minha emoção bonita e bem linda de sensações energeticamente floridas.
Agora é hora de ficar na colina observando a chuva fria que cai sobre meus olhos, molhando meu corpo magro, me deixando em estado temporário de congelamento da alma.
Muita calma para não pular as etapas de observar os reflexos do breve momento incerto que existe para todos os seres complexos.
poema por: prettyhboy.
piloto: prettyhboy.
simulador: Forza Motorsport.
pista: Nürburgring.
extensão: 25,1 KM.
número de voltas: 1.
volta mais rápida: 8m 28s 347s.
número de pilotos: 1.
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awfandega · 4 months ago
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As peças para um grande mosaico
Era uma sensação estranha, tentava de tudo para caber em todas as lacunas da vida. Vez e outra recordava nas memórias junto a uma amiga, os velhos tempos que fizeram de si um ser. Mas o que havia mudado? — se perguntava mais como uma pequena dúvida que não tinha percebido o que mudou, o qual foi transformado em rotina e agora já não sabia o que havia mudado e nem se a mudança era positiva.
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Um belo dia tentou enganar o seu cérebro, disse mais para si do que para qualquer um outro que desta vez seria diferente, todavia de ponta em ponta tudo parecia tão monótono quanto há anos atrás e aquele medo de que não poderia ser o que já havia se tornado voltou. Pensou consigo próprio o que tinha tanto medo para se esquivar do desconhecido? Por que esperava ser o último quando não havia mais ninguém a sua frente? Por que cedia tanto quando lhe causava tanta rigidez?
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Foi crescendo como sempre foi: o segundo ou até mesmo o último na linha de preferência. Agradava mais do que incomodava, quiçá desagradava aqueles com quem conversava. Foi montando o seu mosaico com o que os outros gostavam, o que lhe encantava deixava de lado. Tentou a escrita, mas não lhe aperfeiçoava. Pensou na arte, mas logo dispensava. Fez teatro, mas não atuava. Buscando por outras peças que pudessem se encaixar, cada vez mais o seu grande mosaico brilhava.
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Na beleza do vazio do seu estômago tentava se encontrar, era uma sensação estranha que pairava. Quando falou a primeira vez, quase todos não acreditava. Pensava que não era digno de tantas palavras, se calou para si mas sempre falava, não com as suas palavras. Ora, não podia mais acreditar o quanto lhe faltava.
Começou a se preocupar em ter um lindo jardim, aos poucos passou a ter o encanto pelas sementes. Semeou mais que plantou, na obsessão de encontrar a melhor semente, não observou que em seu próprio jardim já havia semeado. Um dia atrás perguntou o que tinha feito para estar onde estava, sem uma resposta decidiu deixar para lá. Quanto mais pensava, mais sabia que não passava de um grande mosaico cintilante feito de recortes dos quais não se lembrava.
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Às vezes em frente ao espelho tentava se lembrar do que sonhava, contudo o tic tac do relógio não parava de girar e de si tomava o tempo que lhe restava. Agora, sentado em sua poltrona tentava buscar na memória o tempo que os cliques tímidos da vida deixou de fotografar.
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ohhnari · 5 months ago
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GO MINSI? Não! É apenas OH NARI, ela é filha de MORFEU do chalé 40 e tem TRINTA E DOIS anos. A TV Hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL III por estar no Acampamento há OITO ANOS, sabia? E se lá estiver certo, NARI é bastante DECIDIDA mas também dizem que ela é RESERVADA. Mas você sabe como Hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
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☁︎⠀ ⠀›⠀⠀BIOGRAFIA ― resumo !
Nari é filha de Morfeu e legado de Ares. Seu pai era militar, mas tinha o sonho de morar no interior e viver em paz... Mas Morfeu tinha outros planos para o amado e deu de presente as filhas Nari e Hwa Young. Quando os poderes delas começaram a aparecer, monstros conseguiam encontrá-las com facilidade, então ele decidiu morar com elas no Acampamento Meio-Sangue.
Durante a Guerra de Cronos, Nari ficou do lado de Morfeu e aprisionou vários semideuses em seus pesadelos. As Caçadoras confundiram Nari com sua irmã gêmea e acabaram matando a irmã. O pai, ao presenciar a cena, entrou em um estado de fúria e tentou matar tudo ao seu redor, o que levou as Caçadoras a também abatê-lo. Nari presenciou tudo isso e Morfeu, se apiedando dela, a colocou para dormir.
Quando a guerra acabou, ela usou seu próprio poder para se prender em um sonho perfeito por um ano, onde seu pai e sua irmã estavam vivos, e seu pai a visitava frequentemente. Porém, Morfeu eventualmente interrompeu esse sonho. Nari decidiu viver entre os mortais, pois odiava estar no Acampamento Meio-Sangue sem sua família e por ser vista como uma traidora. Ela ignorou a Guerra contra Gaia e viveu tranquilamente até ser atacada por um monstro, forçando seu retorno ao Acampamento contra sua vontade.
☁︎⠀ ⠀›⠀⠀PODER ― indução ao sonho !
Seu poder é ao tocar em alguém, Hana pode induzir um sonho específico, seja um sonho tranquilo, um pesadelo, ou até mesmo um sonho profético. Ela pode moldar o conteúdo do sonho, influenciando os pensamentos, emoções e percepções da pessoa adormecida. Hana pode entrar apenas nos sonhos que ela induz, participando deles como uma observadora ou como uma personagem ativa. Isso permite que ela se comunique com a pessoa sonhando, explore seus medos, desejos e memórias, ou manipule o curso dos eventos no sonho. Fisicamente, a pessoa não está necessariamente dormindo, embora pareça, seus olhos ficam completamente brancos e opacos enquanto está presa no mundo dos sonhos.
☁︎⠀ ⠀›⠀⠀ARMA ― severance !
Embora sua especialidade seja a lança, Nari usa a espada do pai. Feita de bronze celestial, Severance é uma espada média-longa, bem equilibrada. Quando não está em uso, se transforma numa faca tática que sempre volta para a bainha.
☁︎⠀ ⠀›⠀⠀BIOGRAFIA ― oh nari !
Jung-se não era apenas um soldado. Ele era filho de Ares e um agente de elite, moldado pela violência, endurecido pelo campo de batalha, mas com uma mente afiada e um controle absoluto sobre seus sonhos. Enquanto seus colegas de guerra eram atormentados por pesadelos, Jung-se se refugiava em um mundo de sua própria criação—um refúgio sereno, onde a guerra não existia, onde ele vivia uma vida simples e feliz. Foi essa serenidade que capturou a atenção de Morfeu. O deus começou a visitar seus sonhos. No início, eram visitas discretas, quase invisíveis, mas logo Morfeu se viu envolvido pela paz que Jung-se havia criado. 
Decidido a transformar seus sonhos em realidade, Jung-se abandonou a vida militar e procurou uma cidade no interior de Massachusetts para viver. Onde poderia ser apenas um homem trabalhando no campo. Depois de um sonho particularmente inquieto com Morfeu, duas meninas apareceram na porta de Jung-se. Recém-nascidas, envoltas em mantas bordadas com seus nomes: Nari e Hwa Young. Junto delas, um bilhete: “Cuide bem de nosso jardim.” 
As meninas cresceram em um lar onde a paz era protegida pela disciplina. Jung-se, agora pai, treinou-as nas artes marciais, forjando-as como guerreiras desde cedo. Ele sabia que, sendo filhas de deuses, estariam sempre à mercê de perigos. Quando descobriram seus poderes, os ataques começaram a se intensificar, forçando Jung-se a buscar refúgio no Acampamento Meio-Sangue. Ali, viveram tranquilamente por sete anos até que a Guerra de Cronos estourou.
Morfeu continuou a visitar os sonhos de Jung-se, tentando seduzi-lo para o lado de Cronos. Mas o guerreiro resistiu. As gêmeas, no entanto, estavam divididas. Nari, seduzida pelo poder de Morfeu, escolheu seguir o deus dos sonhos, enquanto Hwa Young permaneceu leal ao pai. Na Batalha de Manhattan, Hwa Young foi morta por engano, confundida com sua irmã. Desesperado, Jung-se caiu em uma fúria cega, atacando qualquer um que visse, até ser também abatido pelas Caçadoras de Ártemis.
Nari testemunhou tudo. Despedaçada pela perda da irmã e do pai, sua mente começou a ceder. Morfeu, tentando poupá-la da dor, fez com que ela adormecesse profundamente.
Quando a guerra terminou, Nari não despertou. E, na verdade, ela não queria despertar. Em seu sonho, tudo era perfeito. Jung-se estava vivo e bem, Hwa Young sorria ao seu lado, e Morfeu sempre aparecia quando ela desejava, pronto para confortá-la. Mas tudo isso era apenas uma ilusão cuidadosamente tecida por sua mente atormentada.
No mundo real, seu corpo, desacordado, foi levado para um quarto na Casa Grande. Ninguém queria o corpo de uma traidora ocupando espaço que deveria ser destinado aos feridos da batalha. Ainda assim, Quíron não permitiria que a menina fosse abandonada. Os dias viraram semanas, que se transformaram em meses. Um ano se passou, e Nari continuava adormecida, esquecida, enquanto sua mente fabricava um sonho de uma vida perfeita, uma fantasia que ela não queria deixar.
Então, o vazio se instalou. De repente, não havia mais a presença tranquilizadora de sua irmã, nem o sorriso afetuoso de seu pai. Apenas o silêncio e Morfeu. No começo, Nari não entendeu. Ela havia se esquecido de tudo — da guerra, das perdas, de quem realmente era. Ela acreditava em seu sonho como se fosse real.
“Pai... o que está acontecendo?” Sua voz soou pequena, frágil, enquanto a realidade começava a desfazer a trama de seu sonho.
Morfeu suspirou, uma tristeza inconfundível em seu olhar. Com paciência, ele começou a revelar a verdade, mostrando a ela o que havia ocorrido, como o mundo havia mudado enquanto ela dormia. Nari se agarrou às vestes do deus, suas lágrimas silenciosas implorando por uma fuga da realidade.
“Não me faça acordar, por favor,” ela suplicou, seu desespero crescendo a cada segundo.
“Sinto muito, Nari,” Morfeu murmurou, sua voz suave, mas firme. “Sinto muito por tudo.” Essas foram as últimas palavras que ela ouviu antes de ser forçada a despertar.
E quando Nari acordou, o mundo ao seu redor estava irreconhecível. Ela tentou, em vão, voltar a dormir, ansiando por um retorno ao seu refúgio de sonhos. Mas era como se Morfeu tivesse selado aquela porta, barrando sua entrada no mundo dos sonhos, deixando-a para enfrentar sozinha a dura realidade que havia tentado evitar.
Nari encontrou um mundo que não reconhecia. O acampamento havia mudado, os chalés reconstruídos, mas os olhares de ódio e desprezo permaneciam. Ela era uma traidora que havia aprisionado muitos semideuses em seus piores pesadelos. Isolada e marcada pela desconfiança, ela decidiu abandonar aquele mundo e retornou à sua antiga cidade, onde abriu uma floricultura em homenagem ao pai.
A vida mortal trouxe algum alívio, mas os perigos persistiam. Monstros a encontravam, e Nari foi forçada a lutar para sobreviver algumas vezes. Mesmo assim, ela se recusou a se envolver na nova guerra que se aproximava. A solidão era seu único companheiro, até que um mortal começou a frequentar sua loja. Ele era diferente, gentil e persistente, e por um breve momento, Nari se permitiu sonhar com algo mais.
Mas o destino não seria tão gentil. Ataques de monstros se tornaram mais frequentes, e Nari soube que estava certa em não deixar que o humano se aproximasse demais. Afinal, todos os que amava acabavam mortos. 
Certa tarde, quando Nari estava prestes a fechar a floricultura, um homem entrou, procurando um buquê para sua mãe. Estava terminando de embrulhá-las quando um som estranho cortou o ar, algo que fez seu instinto despertar antes que sua mente pudesse processar o que estava acontecendo.
Ela se virou a tempo de ver a criatura saltando sobre o balcão. Não houve tempo para pensar, apenas reagir. O homem desapareceu, sua forma dissolvendo-se no monstro que agora a atacava. A batalha foi rápida e brutal. Nari não era um alvo fácil, mas algo estava errado — ela não entendia como não havia percebido que ele era um monstro, ou por que não conseguia lembrar que tipo de criatura era aquela.
A garra venenosa da criatura rasgou a lateral de seu tronco, e uma onda de fraqueza a atingiu. O veneno queimava, levando-a à beira da inconsciência, mas em um último esforço, Nari conseguiu alcançar a espada que mantinha escondida, a espada de seu pai. Com um movimento desesperado, ela cortou a criatura, e o monstro não se dissolveu em poeira diante de seus olhos.
De imediato, o veneno começou a perder seu efeito. Mas algo sobre o encontro a deixava inquieta. A maneira como o monstro havia morrido, a forma como se disfarçava, tudo era profundamente estranho. Por mais que não quisesse, Nari sabia que não podia mais ignorar o que estava acontecendo. Algo maior estava em movimento, algo que ela não poderia enfrentar sozinha. Com o coração pesado, ela percebeu que precisava voltar ao Acampamento Meio-Sangue para buscar as respostas que temia encontrar.
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srtarmina · 4 months ago
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❀°• Caçador de Tchutchuquinha ᴶᴼᴱᴸ•°❀ (+18)
Sᴜᴍᴍᴀʀʏ: Iɴɪᴍɪɢᴏs ᴘᴇʟᴀ ᴍᴀɪᴏʀ ᴘᴀʀᴛᴇ ᴅᴀ ᴠɪᴅᴀ, ᴇᴜ ᴇ Jᴏᴇʟ ɴᴏs ᴇɴᴄᴏɴᴛʀᴀᴍᴏs ᴇᴍ ᴜᴍᴀ ғᴇsᴛᴀ ɴᴀ Rᴇᴘᴜ́ʙʟɪᴄᴀ ᴅᴀs Iᴍᴘᴇʀᴀᴛʀɪᴢᴇs
Tᴀɢs: ᴇɴᴇᴍɪᴇs ᴛᴏ ʟᴏᴠᴇʀs, ᴍʏ ғɪʀsᴛ sᴍᴜᴛ ᴇᴠᴇʀ, ᴀʟᴄᴏʜᴏʟ, ʙᴜʟʟʏɪɴɢ, ғᴇsᴛᴀ ᴜɴɪᴠᴇʀsɪᴛᴀ́ʀɪᴀ, sᴇxᴜᴀʟ ᴛʜᴇᴍᴇs (+18), ᴘʀᴏᴠᴀᴠᴇʟᴍᴇɴᴛᴇ ᴀ ʜɪsᴛᴏ́ʀɪᴀ ᴍᴀɪs ᴇɴɢʀᴀᴄ̧ᴀᴅᴀ ϙᴜᴇ ᴇᴜ ᴊᴀ́ ᴇsᴄʀᴇᴠɪ
MINORS DO NOT INTERACT!
Wᴏʀᴅ Cᴏᴜɴᴛ: 2.8ᴋ
(ᴅɪᴠɪᴅᴇʀ ʙʏ ᴀɴɪᴛᴀʟᴇɴɪᴀ)
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Crianças são sempre vistas como seres de luz que nascem com pequena ou nenhuma capacidade de ódio. À medida que crescem podem adquirir comportamentos perversos para se adaptarem ao meio ambiente a qual são inseridos. E, quando nesse meio social, seja por ciúmes ou inimizade, a atitude negativa gruda como chiclete no cabelo e lhe acompanha por toda a sua vida.
Eu e Joel nos odiávamos desde o jardim de infância. Nenhum de nós saberíamos dizer quem havia começado ou porque não podíamos simplesmente parar de nos comportarmos assim; sentíamos em uma competição e não deixariamos o outro ter a palavra final. Ele colocava insetos e pequenos animais dentro das minhas coisas, gargalhando com meu choro estridente e meus gritos quando os animais tentavam subir pelo meu braço. Então, rasgava suas folhas de exercício e desenho no horário do intervalo, forçando-o a ter que refazê-lo depois.
O sistema continuou o mesmo por anos, forçando nossos pais a terem que conversar com os coordenadores para que nos auxiliassem com relações interpessoais. As aulas mais chatas que nós já tivemos! Falavam sobre dividir brinquedos, o espaço do coleguinha, como deveríamos ter empatia e se importar com os sentimentos do outro. Eu me importava, era exemplar… menos quando o assunto era Joel. Queria que ele sumisse – e ele esperava a mesma coisa de mim.
No ensino fundamental, quando sua fixação com insetos parou e os professores já não confiavam mais em mim perto do material de Joel, a tática de ataque teve que mudar. Ambos éramos extremamente inteligentes, capazes de influenciar quase todos os colegas de classe e, novamente, era impossível dizer quem quem havia começado com a disputa de fofocas – mas ela estava lá sempre estava.
Houve uma época em que nenhum aluno encostava em mim, já que Joel havia inventado que eu tinha uma doença contagiosa. Não muito tempo depois, ele seria alvo de zuação dos meninos já que, por ter faltado uma semana na escola, todos acreditaram na história de que havia amputado uma parte do pinto por não ter lavado adequadamente. Os alunos, preocupados, perguntaram até para os professores se aquilo poderia acontecer se não lavassem direito – e, sem saber exatamente o porquê estavam perguntando aquilo, responderam que sim.
As meninas acreditavam que sua mãe pagava para os meninos serem amigos dele, enquanto os meninos acreditavam que eu usava meias para encher o volume do sutiã. E continuamos assim, até que quando ele foi baixo, eu fui mais ainda. Havia mentido sobre eu ter pego sífilis quando eu estava com algumas feridas de catapora cicatrizando; então disse que Joel gostava de bater punheta e comer a porra.
Éramos mais que inimigos; queríamos ver a mais completa destruição um do outro. Competiamos por notas, pontos, atenção dos professores e havíamos encontrado um ódio fixo imutável, um no outro. Não recuavamos de nenhuma briga e, se parecesse que estávamos perdendo, dobravamos nossas apostas, criando uma fofoca tão absurda que fez com que tanto eu quanto ele ficássemos BV até o terceiro ano do ensino médio – mesmo que grande parte dos outros alunos achasse que tínhamos parafilias anormais e desvios perversos de desejo sexual.
Me mudei no terceiro colégio para outra escola, com intuito de estudar para o vestibular. Não haviam escutado nada sobre mim e, finalmente, não havia mais ninguém para encher o saco de Joel. Assim, durante os jogos, fizemos um pacto de não agressão – que acabou sendo quebrado no momento em que o vi com aquela fantasia felpuda horrível. Não conseguia parar de rir. Porém, ao contrário do que Joel esperava, a maior parte dos acontecimentos desafortunados não foram minha culpa – e isso havia, de certo modo, me deixado com uma raiva descomunal. Haviam feito-no sair correndo pela escola apenas de cueca e eu não tive nada a ver com a situação. Isso era loucura.
Não sabia o que fazer, então voltei aos meus sentimentos mais infantis e enchi os travesseiros de Eduardo e seus dois seguidores insuportáveis com minhocas da feira, que havia comprado naquela mesma tarde. Foi o que Joel faria, se estivéssemos no jardim de infância. Todos reclamaram do cheiro ruim que saia de suas coisas e, quando finalmente deitaram a cabeça para dormirem, sentiram as minhocas andando pelo seu corpo.
Ficaram meia hora tomando banho, com nojo do acontecimento. Se pensassem o suficiente, ainda conseguiam senti-las se movendo em seu rosto. Então, no meio da noite, os garotos foram tirar satisfação com Joel e quase saíram aos socos.
Fiquei encarando no canto da porta.
– Foi você? – ele perguntou, puxando meu braço para a sala de armazenamento.
– Só eu faço da sua vida um inferno – empurrei-o, de modo que batesse as costas contra a parede e sai da sala.
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2009, três anos depois. Estava em Cafezinhos, com a mala pronta para passar o final de semana na casa da minha amiga Rafa – havíamos nos conhecido durante o terceirão. Atualmente, ela morava com outras meninas de Imperatriz em uma república não muito longe da faculdade e havia me convidado para a festa de início do ano letivo após a libertação dos calouros. Mesmo que eu estivesse fazendo faculdade em São Paulo, achei que seria legal conhecer pessoas novas e mudar os ares em um final de semana.
O trânsito demorou um pouco mais do que o esperado e acabei chegando atrasada. Mesmo do lado de fora já conseguia ver que o som estava estourado e a casa cheia, exatamente o tipo de festa que eu gostava. Quando passei pela porta, os convidados já estavam todos dançando com seus próprios amigos e Rafa veio me receber com um abraço.
– Dá aqui, vou guardar no quarto – tirou a bolsa do meu ombro e eu sorri, seguindo-a pela casa.
– Desculpa pela demora.
– Relaxa – ela riu. – Chegou na hora certa, tivemos que batalhar pela cerveja e pelos convidados.
– O que?
– A outra república da rua tinha marcado outra festa pro mesmo dia e interceptou o recebimento das cervejas, mas nós ganhamos no jogo que eles propuseram e agora todos estão aqui – enquanto me explicava, colocou minha bolsa dentro do armário, para que ninguém mexesse, e voltamos para a sala da casa, onde os convidados estavam. – Aproveita, viu?
Me deu um beijo na bochecha e saiu para falar com um garoto, pareciam íntimos. Era um namorado ou apenas um peguete? Ri comigo mesma, pensando nas possibilidades. Fui me guiando pela casa, sendo instruída a ir até o tanque pegar cerveja para entrar no clima da festa. Quando cheguei lá, com o abridor na mão, encontrei um rosto familiar. Estava mais velho, mais alto e mais maduro, mas era o mesmo de todos os outros anos que estudamos juntos:
– Fabrício? – exclamei, surpresa.
Ele abriu um sorriso largo e exclamou meu nome. Não sabia se o cheiro de álcool vinha dele ou das cervejas a possa volta, mas eu facilmente poderia dizer que ele já estava bêbado demais.
– Mentira que você tá aqui – gargalhou e me abraçou.
– Prazer em te ver, também – sorri e ele pegou a cerveja de minha mão para abri-la.
– Tem alguém que vai ficar louco quando te ver.
Ele saiu do lugar ainda a gargalhadas e eu dei de ombros, levando a borda da garrafa a boca e tomando um pouco da cerveja (que não era das melhores, mas dava para o gasto). Meu corpo balançava ao ritmo da música e eu andava entre os cômodos, recebendo alguns olhares de outros universitários interessados. Todavia, meu semblante sorridente desapareceu quando dei de cara com Joel, encostado no batente da porta do banheiro. Um “ah não” sincero saiu dos meus lábios.
– Nem em Cafezinhos você me deixa em paz – reclamei.
– Eu moro aqui! – deu de ombros. Sem querer levantou o braço demais e deixou com que um pouco da cerveja caísse no meu pé.
– Fez de propósito? – perguntei, mesmo sabendo que não havia sido.
– Por que? Se tiver sido vai inventar que eu fiz xixi nas cervejas e dei pras outras pessoas beberem? – esbravejou.
– Que nojo, Joel. Como consegue pensar nessas coisas? – disse em sarcasmo, ele revirou os olhos e eu tomei outro gole da cerveja. Estava com um sorriso malicioso ao canto da boca por tê-lo feito ficar na defensiva tão rápido.
– Por que não ficou em São Paulo? Não tinha ninguém que quisesse sair com você? Estavam com medo de pegar sífilis? – dessa vez ele riu, vendo o sorriso sumir de meu rosto.
– E você? Tá sozinho na festa porque teve que amputar uma parte do pau?
E, no momento em que se fala da virilidade de um homem, as coisas ficam sérias. Seu olhar se fechou e quase percebi sua pupila escurecer ainda mais. Me puxou pelo braço para dentro do banheiro e fechou a porta, me empurrando contra a parede e bloqueando minha possibilidade de movimentação.
– Você sabe muito bem que eu não fiz isso.
– Eu sei? – usei o tom de voz mais suave que possuía, como se não tivesse ideia do que estava falando.
– Eu tive que tirar uma hérnia do umbigo na quinta série, só isso.
– Tem certeza que não teve que amputar uma parte do pau por má higienização?
Sem pensar muito em seus movimentos, envolveu sua mão na minha e a trouxe para a região escrotal, fazendo com que eu sentisse o volume no meio de suas pernas. Isso fez com que eu travasse minha respiração e ele suspirasse, jogando a cabeça para trás. Se recompôs no mesmo lugar, tentando ficar mais alto e querendo cobrir meu corpo com o seu, tentando impor respeito.
– Parece que eu amputei alguma coisa? – esbravejou.
Sua respiração quente chegou ao meu rosto e eu suspirei, sem sair daquela posição. Quando havia chegado tão perto? A barba o deixava mais masculo, com cara de mais velho. Os pelos do meu braço se arrepiaram. Fitei meu olhar no seu e nos encaramos, sem dizer qualquer palavra por aqueles segundos que pareciam uma eternidade. Eu não recuaria de uma disputa assim…
Na verdade, ao contrário de recuar, nós nos beijamos. Nos tão rápido que seus narizes se chocaram brutalmente, mas mesmo a dor não impediu que o beijo continuasse. Ele trouxe uma das mãos para minha bochecha, enquanto a outra acariciou a lateral da minha perna e a apertou assim que entrou em contato com a pele. Soltei um gemido, puxando-o para mais perto quando senti seu volume roçar entre minhas pernas, até mesmo abrindo-as um pouco mais para senti-lo mais perto.
Precisava dele próximo a mim. Mais próximo. Queria sentir seu corpo em todas as suas mais peculiares extensões. Passei os dedos por baixo de sua blusa e minhas unhas passaram pela lateral da barriga, arrancando-lhe um suspiro. Apertou a ponta dos dedos contra meu rosto e nós nos olhamos, separando o beijo.
– Você tem camisinha? – perguntou.
– Você não tem? – ri e tirei um pacote de camisinha de dentro da bolsa. Era sempre bom estar preparada. – Não tem porque já sabia que nenhuma menina sã aceitaria transar com você?
– O que você acha que isso diz sobre você? – ele arrancou a blusa em uma única puxada. Observei seu corpo e quase não consegui manter a boca fechada. Desejo.
– Cala a boca – segurei seu rosto entre os dedos, marcando sua pele com as unhas, e trouxe sua boca novamente de encontro a minha.
Ele pegou a camisinha da minha mão e passou a abri-la, enquanto eu me foquei em abrir a braguilha de sua calça, sentindo-o roçar contra minha mão na busca por qualquer estímulo feito pelo atrito. Ainda sem romper o beijo, deslizei minha mão pelo seu membro e o ouvi arfar contra minha boca.
Alguém bateu furioso na porta do banheiro – provavelmente com vontade de fazer xixi.
– TÁ OCUPADO – gritamos juntos e nos encaramos.
Iamos mesmo fazer aquilo? Dar um passo tão grande contra nossa inimizade? Não pensamos muito antes dele colocar a camisinha em seu comprimento e eu tirar a calcinha por baixo do vestido – não vi onde ela havia ido parar, mas isso não importava. Ele passou a mão por baixo da saia e a trouxe até minha cintura, apertando-a com uma força.
– É a sua primeira vez vendo uma vagina? – mesmo em uma posição tão íntima, não consegui me conter de fazer um comentário. – Já descobriu onde é o clitóris ou – ele riu e colou sua boca na minha, me calando.
Envolveu sua mão no meu pescoço e apertou, o encarei de baixo para cima, com os olhos brilhantes (pedindo pica) quase impaciente com o jogo de flerte. Sua mão foi até a minha intimidade e, novamente, ele soltou um riso malicioso.
– Pra alguém que tá tão molhada que eu vou precisar passar um rodo no banheiro, você tá falando demais.
Enquanto num momento eu estava revirando os olhos com seu comentário, no seguinte estava revirando os olhos de prazer, sentindo-o se alinhar e entrar dentro de mim. Segurei em seu ombro e percebi que todos os músculos de seu corpo estavam tensionados. Nós dois gememos em uníssono e ele tombou a cabeça para trás, em completo êxtase. Aproveitei o momento para passar a língua por seu pescoço, no comprimento da sua carótida, e senti-o pulsar dentro de mim.
Joel segurou a minha coxa e a puxou para cima, desferindo um tapa na carne. Mordi seu pescoço e ele retribuiu, com respirações pesadas. Começou a se movimentar e me puxou para mais perto, mudando a posição da minha pelve, inclinando-a, o que me fez quase gritar de prazer.
– Assim? – sussurrou contra minha boca, com um sorriso convencido de quem havia encontrado o ponto certo. – Me xinga vai, me xinga enquanto eu te fodo.
– Você é um filho da puta, babaca, que precisa sempre da minha atenção e – senti um choro agudo sair dos meus lábios quando ele aumentou a velocidade de suas estocadas, enquanto eu fazia esforço para que meu corpo encontrasse com o dele.
Levou a mão ao meu clitóris e iniciou movimentos circulares em ritmo constante. Ele sabia o que estava fazendo, sentia meu cérebro derreter e o corpo formigar. Quase não conseguia controlar o volume dos meus gemidos, torcendo para que a música do Bonde do Tigrão que estava tocando na parte de fora abafar os barulhos. Nunca imaginei que estara transando ao som de “Caçador de Tchutchuquinha”.
– Você quer que todo mundo ouça você gemendo pra mim? Que saibam que você é a putinha do Joel? – disse a minha orelha e sua respiração foi o ponto gatilho para meu orgasmo.
Meu corpo inteiro tencionou e minha visão desfocou por alguns segundos, sentindo até as costas da mão formigar. Uma onda de ocitocina foi liberada rapidamente e eu gemi alto. O músculo do canal vaginal apertou contra si mesmo, liberando mais lubrificação e parecia querer esmagar o pau de Joel, que escondeu o rosto na curva do meu pescoço para que eu não visse suas feições de mais alto prazer.
Mesmo ainda durante o meu ponto alto, puxei sua cabeça para frente, fazendo com que olhasse em meus olhos. Queria ver seu rosto no momento em que gozasse, precisava ver suas feições se contorcendo de prazer. E, provavelmente, o contato visual foi demais para ele, que seguiu com movimentos erráticos até gozar dentro da camisinha.
Ficamos algum tempo parados naquela mesma posição, antes de nos separarmos para ele jogar a camisinha no lixo e eu procurar pela minha calcinha. Voltamos a nos encarar depois, enquanto ajeitamos nossas roupas; pude ver as marcas de arranhão que havia deixado em seus ombros e nas costas, junto aos chupões no pescoço – e eu deveria estar no mesmo estado. Tínhamos nos marcado e delimitado território subconscientemente, fosse pelo prazer extremo ou pela possessão que possuímos um com o outro.
Não conseguimos manter contato visual de maneira séria, então soltamos alguns risinhos quando voltamos a ficar frente a frente.
– Então o nosso ódio era tesão acumulado? – ele sorriu, tombando a cabeça pro lado enquanto se aproximava de mim.
– Pelo jeito… – ri e ele retribuiu a risada. Passou a mão pelo meu ombro e me deu um beijo suave no local.
– O que acha de eu te levar pra almoçar amanhã? – perguntou, de maneira sincera.
Joel não era de se envolver com transas repentinas em banheiros de repúblicas, era um cavalheiro, mas havia algo em mim que o desconcertava sempre que estávamos juntos. Talvez, se tivéssemos procurado ajuda profissional quando mais jovens, teríamos percebido que nossos atos estavam incrustados em baixa auto estima e necessidade de sermos vistos de maneira importante por outra pessoa – tendo elegido um ao outro como merecedores dessa admiração.
– Tipo um encontro? – perguntei e ele ergueu as sobrancelhas, com um sorriso.
– Você não sabe o quanto eu tô me segurando pra não dizer “Deus me livre ir em um encontro com você”.
Não pude deixar de gargalhar, me aproximando dele para dar mais um beijo. Velhos hábitos nunca morrem, mas a intenção era verdadeira e ambos sabiam que a inimizade havia acabado naquele momento.
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Pessoal do lado de fora do banheiro: Joel????😨😨😨😨
Aliás, esse foi o primeiro smut que eu escrevi na vida (me propus a explorar gêneros textuais novos) e por mais que tenha sido uma experiência nova, meu deus que coisa torturante. 
Aᴏ3
Wᴀᴛᴛᴘᴀᴅ
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notdiabolika · 9 months ago
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A Vida de Yui Antes Deles.
Sim, antes deles. 
Antes dos pesadelos e da pura desgraça que se instalaram na vida de Eva, manchando seu futuro com uma sensação de agonia sem fim após enxergar a verdade de sua existência e o início da perseguição imparável por Adão.
[English]
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➻ Yui, que amava pular em poças d'água.
“Será que estou velha demais para isso? Talvez…”
Tempestades e barulhos altos assustam, mas poças de água? Elas são amigáveis. Banhadas pelos raios de luz, a água brilhava durante a manhã, e ela adoraria pular sobre essas poças sempre que pudesse.
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➻ Yui, que aprendeu jardinagem desde muito jovem.
As freiras lhe disseram (mentiram) que sua mãe adorava jardinagem.
Isso a fez regar o jardim da igreja o tempo todo. Às vezes com muita água, mas raramente as plantas morriam. Yui se perguntou se sua mãe era tão forte quanto aquelas flores, e se ela própria – sozinha – poderia ser tão forte quanto elas.
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➻ Yui, que quase nunca dormia fora.
Ou ia para festas, aliás. Seiji sempre foi um pai bastante rígido.
Ela conseguiu um pequeno e atencioso grupo de amigos que sempre faziam de tudo para conversar com seu pai, até convidando-o para supervisionar as festas, se quisesse. Às vezes funcionava. Às vezes não.
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➻ Yui, que apenas desejava uma vida normal.
Não longe da religião, mas num lar com menos regras.
Yui amava seu pai. No entanto, ela queria sair com outros grupos de garotas às vezes. Usar batom, pintar as unhas, pintar o cabelo, talvez? Não é como se ela fosse proibida de fazer tudo, mas ela recebia um não mais vezes do que um sim.
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Mal sabia ela que tipo de futuro a esperava...
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(Este é um redesign descarado do meu post do Instagram em not_so_diabolik_lovers.)
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