#Felipe Saraiça
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Talvez as palavras que eu dizer aqui sejam insuficientes.E eu acredito que sejam,realmente.É terrível como precisamos da morte para pensar no que deixamos de falar e oque poderíamos ter feito em vida.Na noite em que soube de seu incidente,não pude deixar de me perguntar o que poderia ter feito para evitar esse acontecimento.A verdade é que vivemos tão presos aos nossos cotidianos e interesses que acabamos ignorando o que se passa debaixo de nosso nariz.Talvez se eu tivesse perguntado mais e me interessado mais,você não teria tomado essa atitude.É injusto que semente quando perdemos alguém,percebemos tudo que deixamos de dizer a essa pessoa.E eu nunca disse o quando te admirava e como tinha orgulho de ter você como irmã mais velha .Apesar disso,agora eu digo e sei que,de algum lugar você pode escutar minhas palavras.
Felipe Saraiça
Para Onde Vão os Suicidas
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Resenha, Para onde vão os suicidas? | Desencaixados
Título: Para onde vão os suicidas? Autor: Felipe Saraiça Editora: Pendragon Gênero: Jovem adulto Número de páginas: 192 Onde adquirir: Amazon
Sinopse: Era dezembro quando Angelina nasceu. Uma noite gélida, de ventos fortes e relâmpagos que iluminavam todo o quarto do hospital. Quase que em silêncio, ela foi retirada do ventre de sua mãe que, também em silêncio, não mais respirava. A enfermeira, tão jovem e sonhadora, não sabia como lidar com vida e morte lado a lado. Seu pai, de modo mecânico e robótico, a balançava, não conseguindo contemplá-la. Seus olhos não mudaram de direção nem mesmo quando a menina iniciou seu pranto. Lá fora, a chuva caía forte, embaçando os vidros das janelas, e pintando todo o céu de cinza. Ele não chorava, apenas embalava lentamente sua filha, num ritmo quase que fúnebre, enquanto perguntava a si mesmo se seria egoísmo preferir que a criança tivesse perdido a vida e não sua noiva.
Angelina veio ao mundo em um evento disputado entre a vida e a morte. Sua mãe faleceu ao dar a luz, mas um ato tão lindo que deveria trazer a alegria que é o nascimento acabou trazendo um manto de silêncio para o quarto. Todos encaravam a cena sem saber o que fazer diante da situação, então guardaram suas palavras e permaneceram quietos, a não ser pela a bebê que chorava nos braços do pai sem ter conhecimento do que tinha acabado de acontecer.
A garota cresceu vendo a dor nos olhos do seu pai todas às vezes em que ele lhe olhava, Angelina trazia consigo a aparência da mulher que um dia ele amou, mas quem a morte tão traiçoeira levou. Ele se casou novamente e teve mais uma filha, e Angelina até que apreciava a pequena família, mas a dor e a culpa pela morte da sua mãe sempre a perseguiu. Ela nunca tivera coragem em falar para o seu pai, pois via a em seu olhar o quanto ele sofria.
Ela aproveitou um último dia, elogiou a comida da sua madrasta, assistiu o jornal com o seu pai, ficou um tempo a mais com a sua irmã, e então tomou uma decisão, achou que já estava na hora de acabar com todos aqueles sentimentos e acolher a morte como uma velha amiga que sempre a acompanhou desde o seu nascimento. Mas de uma hora para outra a menina se vê em uma situação em que não é só a vida dela que esta em jogo, e o destino de outras pessoas depende dela.
“Muitas vezes, tudo o que eu queria era que me olhassem além de todas as minhas defesas e armaduras, porque, talvez dessa forma, desnuda de escudos, eu iria transparecer como sou.” – Pág. 4
Para Onde Vão os Suicidas? trata-se de um livro complexo e envolvente que traz assuntos impactantes de uma forma aberta, levando o leitor a desenvolver sua própria visão sobre cada personagem. Felipe Saraiça nos apresenta uma história que tem como tema principal o suicídio, mas também nos mostra alguns dos problemas que estão por traz desta simples palavra que é a ponte entre a vida e morte.
Angelina desde o início da trama deixa clara a sua decisão, mas o livro surpreende ao mostrar vários outros personagens que estão passando por situações complicadas. Uma dessas pessoas é Otávio, um artista que foi perseguido durante a ditadura militar e por consequências dos maus tratos que sofreu teve que morar em um asilo, onde se sente completamente sozinho. A visão dos dias e do local onde o senhor mora acaba mostrando uma imagem dos asilos que não vemos frequentemente, em como essas pessoas passam o finalzinho das suas vidas e como pequenas coisas são necessárias para ser o que os prendem a este mundo.
“Imaginou como as pessoas agiriam se pudessem ver a dor de um desconhecido de forma tão clara. Será que ofereceriam ajuda ou se aproveitariam de sua fragilidade?” – Pág. 60
Outros personagens também vão surgindo e de acordo com que isso vai acontecendo o leitor se depara com um novo tema que precisa ser investigado e debatido, revelando que existem diversas origens que possam levar alguém a ter um pensamento suicida. Alguns desses personagens podem passar rapidamente pela trama, o autor não revela muito sobre o futuro de cada um, o que pode ser um problema.
Temas mais complexos precisariam de um desenrolar da trama um pouco mais trabalhado, como é o caso do personagem Eloáh. Ele é um jovem transexual que sofre preconceitos na escola e em casa, mas o final que o livro apresenta do personagem não é o suficiente. Talvez por esse motivo o autor tenha lançado outro título chamado Descolorindo Eloáh, onde esperasse que mostre mais sobre quem ele é e o que aconteceu após a saída da Angelina da vida do garoto.
A ilustração da capa foi algo que chama bastante a atenção, ela traz uma mulher com o seu rosto pintado como uma caveira mexicana, o que remete a cultura do país de origem. A cultura do México encara a morte de uma maneira diferente da vista aqui no Brasil, e a capa brinca um pouco com isso. Por ser um livro que aborda o suicídio esperamos ver algo com cores escuras e mais sombrias, em vez disso somos surpreendidos com tons mais chamativos, que mesmo sendo inesperado nos remetem a ‘Lo dia de los muertos’.
Para Onde Vão os Suicidas? é um livro envolvente e bastante reflexivo. É a primeira vez que leio algo do autor Felipe Saraiça e gostei bastante de como ele montou toda a estrutura da história e a fez fluir. Publicado pela editora Pendragon o livro é indicado para aqueles que gostam de ler algo que te faz passar dias pensando sobre o assunto e também te faz olhar para coisas simples do nosso cotidiano com outros olhos.
Por Myrna Ariel
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“It is at the right time that she sparks the last breath and the last hope of the body that has completely shed its life. In the final beat of the weakened heart, in the irreversible end, your face is warmed that is seen. Death then becomes the last memory.”
To where do go the suicidals by Felipe Saraiça
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#Repost @zodiacane (@get_repost) ・・・ Ontem foi um dia muito especial, participei do ELlZO - Evento Literário da Zona Oeste - num bate-papo sobre Plataformas Digitais junto com a Ludmila Bahia, Felipe Saraiça e Fabio Viccent. Foi uma honra! Depois vai sair um vídeo bonitinho lá no @contosane ! Fotos by: @cristina.torresvaz #ELIZO #evento #literatura #batepapo #zonaoestes #autores #literaturanacional #EuApoioaLiteraturaNacional (em Faculdades Integradas Simonsen) https://www.instagram.com/p/BxxSBXWgwyb/?igshid=z8fxpgm3zap4
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"Ser diferente pode ser perigoso. Principalmente quando suas diferenças tornam os outros violentos".
📖 Para Onde vão os Suicidas - Felipe Saraiça
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A pessoa fode com a tua vida, te faz chorar, tira todas as tuas noites de sono, aí você entra numa depressão do caralho quando ela vai embora, demora para esquecê-la e, quando finalmente esquece, o que acontece? Ela reaparece.
... e dá vontade de mandá-la para puta que pariu.
Felipe Saraiça
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Ontem foi um dia muito especial, participei do ELlZO - Evento Literário da Zona Oeste - num bate-papo sobre Plataformas Digitais junto com a Ludmila Bahia, Felipe Saraiça e Fabio Viccent. Foi uma honra! Depois vai sair um vídeo bonitinho lá no @contosane ! Fotos by: @cristina.torresvaz #ELIZO #evento #literatura #batepapo #zonaoestes #autores #literaturanacional #EuApoioaLiteraturaNacional (em Faculdades Integradas Simonsen) https://www.instagram.com/p/BxxQthmAPuF/?igshid=tunerq9r7bpx
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Resenha: Enquanto as Luzes não se Apagam
Resenha: Enquanto as Luzes não se Apagam
Livro: Enquanto as Luzes não se Apagam Organizador: Felipe Saraiça Editora: Pendragon Páginas: 128 Nota: 3 (1.Não gostei 2.Gostei pouco; 3.Gostei; 4.Gostei bastante; 5.Adorei)
Uma coletânea de contos de jovens autores, alguns se aventurando pela primeira vez no mundo das palavras e que trazem assuntos muito pertinentes e necessários como compulsão, anorexia, síndrome do pânico, depressão,…
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Queimados recebe segunda edição de feira literária ‘MULTI’
Acontece no dia 10 de março no Centro de Artes e Esportes Unificado, em Queimados, na Baixada Fluminense do Rio; o evento MULTI, uma feira literária com extensa programação que incluirá bate-papos com escritores de toda Baixada Fluminense e Rio de Janeiro e muita diversão garantida.
MULTI é a primeira feira literária do município de Queimados realizada pela Editora Litere-se, que acontece pela segunda vez na cidade e que mais uma vez terá o apoio da Secretaria de Cultura e Turismo. Vale ressaltar que a garotada mais jovem vai se deliciar com a participação, ao longo do evento, de contadores de histórias para crianças. A programação incluirá ainda, sorteio de livros e o foco dessa segunda edição é para lançamentos de livros de alunos da rede pública de ensino da cidade.
Segundo a editora Perla de Castro, criadora e coordenadora do evento MULTI, o lançamento dos livros: As flores têm sentimento e Intrínseco são o ponto forte da feira deste ano, “No final do ano passado realizei uma oficina de contos e narrativas breves com turmas do CIEP 341 em Queimados, e de tantos talentos que descobri lá, resolvi dar esse presente aos alunos, a publicação de dois livros que nasceram das oficinas. Poder realizar mais uma vez a MULTI na minha cidade e trazer o incentivo à cultura em geral, me enche de orgulho”.
A feira MULTI engloba além de literatura, artesanato, teatro e música.
O endereço do CEU é Rua Macaé, s/nº, São Roque, Queimados, RJ.
Dia 10 de março das 13 horas às 19 horas.
Programação completa do evento
13:00 - Abertura do evento com a cantora Becca Roberto
13:30 - Futuro da literatura com : Annie Caroline, Beatriz Gomes, Cristiane da Silva
Débora Oliveira, Isabelle Gonçalves, Joyce Maryana, Júlia Belo, Kamilla Furtado, Larissa Pontes, Marcelle Corrêa, Poliana Ferreira, Vitória Almeida e André Uchôa.
14:00 - Profissão escritor com: Ana Beatriz Bernardo,Hedjan C.S.,
Darlon Carlos, Fabio Viccent, Georgeane Barbosa Lima e Pâmella Marcenal.
14:40 - Os desafios da implementação da literatura com Adriana Igrejas, Felipe Saraiça, Ivone Landim, Dresa Guerra, Sabine Mendes Moura, Eva Correia e Pietra Von Bretch
15:00 - Lançamento do livro Sustos de bolso
15:20 - Literatura Infantil com Elisângela Medeiros, Lisi de Castro, Geise Gomes e Carlos Carvalho.
16:00 - Lançamento do livro As flores têm sentimento
17:00 - Lançamento do livro Intrínseco
18:00 - Microfone aberto com cAos nas Ruas do Tempo prEsente
Exposição de pinturas, artesanatos e bijouterias com: Fernanda Azevedo, Fernando e Roberta, Sócrates Wesley
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Como no seu primeiro livro, Palavras de rua, o autor Felipe Saraiça aborda temas tabus, levando reflexão aos leitores. "Era dezembro quando Angelina nasceu. Uma noite gélida, de ventos fortes e relâmpagos que iluminavam todo o quarto do hospital. Quase que em silêncio, ela foi retirada do ventre de sua mãe que, também em silêncio, não mais respirava. A enfermeira, tão jovem e sonhadora, não sabia como lidar com vida e morte lado a lado. Seu pai, de modo mecânico e robótico, a balançava, não conseguindo contemplá-la. Seus olhos não mudaram de direção nem mesmo quando a menina iniciou seu pranto. Lá fora, a chuva caía forte, embaçando os vidros das janelas, e pintando todo o céu de cinza. Ele não chorava, apenas embalava lentamente sua filha, num ritmo quase que fúnebre, enquanto perguntava a si mesmo se seria egoísmo preferir que a criança tivesse perdido a vida e não sua noiva." Leia mais sobre Para Onde Vão Os Suicidas usando o link abaixo ou no site na descrição! https://goo.gl/o57tmh #livros #livroseleitura #livrosnacionais #Ahyposa
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Oi oi, amores! Vocês já conhecem esse livro lindo, do Felipe Saraiça? Não!? Num creio... Vamos dar uma olhada na sinopse e saber um pouco sobre ele, logo trarei resenha aqui. Adivinhem o gênero!? Drama, amoooo 😍😍😍. ▪▫◽PALAVRAS DE RUA◽▫▪ João saiu de casa ainda adolescente. Fugiu sem se despedir e sem muita coisa na mochila. Deixou para trás suas poucas lembranças, mas levou as marcas do passado e dos golpes que ainda doíam. Partiu sem rumo ou direção. Seguiu por ruas e estradas desconhecidas, até que seu corpo ficou exausto e teve que parar. Ali dormiu olhando as estrelas em cama de concreto e cobertor de papelão. Acordou outro alguém; morador de rua, sem história, marginal. Tornou-se invisível. Passou a estender a mão e pedir moedas, mas recebeu em troca chicletes mastigados e olhares de desprezo. Porém, entre rostos desconhecidos e olhares vazios, ele também encontrou a bondade e abrigo daqueles que nada tem. Querendo saber mais né!? Corre lá no IG do autor (@felipesaraica) e fique por dentro das novidades... Podes adquirir o livro com ele também. 💋💋💋💋 e até a próxima! #felipesaraiça #palavrasderua #editorapendragon #livros #drama #genero #amorrempaginas #leitura #lendo #leia #books #bookstagram #book #reading #livro #livraria #livreiro #instablog #blogger #blogueira #instame #leitora #leitor #ler
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A bailarina de vidro
Dança junto a morte
E seu sorriso encanta
Até mesmo a dona da foice
Juntas, elas caminham e rodopian
Tornando ii marcha fúnebre
Um ritmo alegre e dançante
Felipe Saraiça
Para Onde Vão os Suicidas
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Resenha, Palavras de Rua | Desencaixados
Título: Palavras de Rua
Autor: Felipe Saraiça Editora: Pendragon Gênero: Ficção Número de páginas: 186 SKOOB
Adquira aqui: Amazon
Sinopse: João saiu de casa ainda adolescente. Fugiu sem se despedir e sem muita coisa na mochila. Deixou para trás suas poucas lembranças, mas levou as marcas do passado e dos golpes que ainda doíam. Partiu sem rumo ou direção. Seguiu por ruas e estradas desconhecidas, até que seu corpo ficou exausto e teve que parar. Ali, dormiu olhando as estrelas em cama de concreto e cobertor de papelão. Acordou outro alguém; morador de rua, sem história, marginal. Tornou-se invisível. Passou a estender a mão e pedir moedas, mas receber em troca chicletes mastigados e olhares de desprezo. Porém, entre rostos desconhecidos e olhares vazios, ele também encontrou a bondade e abrigo daqueles que nada tem.
João é um garoto que desde criança sobre opressão dentro de casa, principalmente por vir de uma gravidez não desejada, onde seu pai é extremamente intolerante e torna qualquer pequeno problema em motivos para agredir sua mãe. Vivendo em um lar bastante traumático, ele acaba tornando as ruas como sua casa, provavelmente encontrando mais “conforto” invés de viver ao lado dos responsáveis.
Tudo aconteceu durante mais uma sessão de agressão. Encontrando motivos banais para agredir a esposa, o pai de João, um homem controlado e totalmente machista, começa brigar com a mãe do garoto. O único desejo da mulher era tirar a criança daquelas condições, por isso, indicou-o fugir de casa e procurar um lugar melhor.
Seguindo os conselhos da mãe, a criança parte para rua, porém sem nenhuma orientação de onde ficar ele acaba se confortando do seu novo e conturbante lar; as ruas. Vivendo de forma desagradável e muito humilhante, João tem muito que ensinar para diversas pessoas, e isso será apresentando durante a leitura do livro.
“EU PERMANEÇO DEITADO, OBSERVANDO-O SE AFASTAR, INDO EM DIREÇÃO À SUA MULHER E FILHO. ALI COM TODA CERTEZA VIVE UMA FAMÍLIA RODEADA DE PORTA-RETRATOS PELA CASA E MÁGOAS GUARDADAS EMBAIXO DO TRAVESSEIRO.” (PÁGINA 18)
Palavras de Rua, escrito por Felipe Saraiça, é um livro publicado em 2016 pela Editora Pendragon e gira em torno de uma adolescente em situação de rua. Essa foi a obra de estreia do autor e precisamos conversar um pouco sobre o seu desenvolvimento com a escrita, principalmente por explorar uma pessoa socialmente marginalizada não representada na literatura.
Atualmente, no Brasil, existem diversas pessoas que acabaram adotando as ruas como seus lares, isso acontece devido uma série de problemas, mas a ignorância social acaba sendo levantada pela pré-conceitualização da vida dessas pessoas, onde muitos não procuram entender o verdadeiro motivo para um indivíduo chegar nessas condições. Inclusive, um singelo diálogo com uma moradora de rua foi inspiração para essa história.
Procurando explorar como é o cotidiano de alguém em situação de rua, Felipe Saraiça acaba obtendo altos e baixos ao aprofundar nos sentimentos do protagonista de forma rasa, onde ele transita sob tempos divergentes; momentos de miséria e outros de glórias. Provavelmente os baixos seriam justificáveis, principalmente pelo escritor não ter essa vivência, mas algumas situações presentes na história poderiam ser mais detalhadas para um impacto mais funcional e marcante durante a leitura.
Palavras de Rua acaba se destacando devido os assuntos totalmente necessários levantados durante as páginas, como a agressão doméstica, o engavetamento de determinados crimes, o preconceito fortemente presente na sociedade em relação aos moradores de rua e entre outras explorações que trazem uma realidade para dentro desta ficção. Por mencionar a realidade, os atos dos personagens terciários são totalmente cruéis levantando uma reflexão muito forte para quem está lendo, provavelmente mudando a visão deles ao tratar outros “Joãos” de forma igualitária; pois não adianta se comover com o livro e não aplicar no dia a dia.
“ESCUTEI CERTA VEZ, HÁ ALGUNS ANOS, QUE DEPOIS DE CADA FINAL EXISTE UM INÍCIO.” (PÁGINA 103)
O desenvolvimento dos personagens também é recheado de altos e poucos baixos, a forma que o autor construiu João enriquece muito a história, principalmente por apresentar o artista poético que existe dentro dele. Por outro lado, os coadjuvantes têm certas influências dentro do enredo, mas poderiam ser mais explorados, principalmente Paulo, e mesmo com essa pequena ausência ele consegue ser muito marcante durante os capítulos.
A escrita de Felipe Saraiça é muito direta e sem rodeios, infelizmente isso acaba acarretando os sentimentos que deveriam ser provocados nos leitores. Por tratar de capítulos rápidos e sem muitos detalhes, torna a leitura acelerada e não gera muita proximidade aos personagens, consequentemente fazendo o leitor não aprofundar de forma sentimental nas angustias e solidão do protagonista. Entretanto, determinadas cenas acabam aparecendo superficiais, justamente por não haver detalhes essências para uma introdução mais idealizada da situação, tudo é muito rápido.
O trabalho editorial da Pendragon particularmente não ficou muito chamativo, acredito que uma nova edição precisa ser realizada com a intenção de corrigir alguns erros de diagramação — existem ausências de vocativos. — Por outro lado, o exemplar físico poderia atender uma otimização nas cores, principalmente para conseguir se destacar na primeira visão, recepcionando o leitor também visualmente.
Palavras de Rua é um livro curto e de fácil compreensão, mesmo apresentando pequenos probleminhas a história consegue ser surpreendente e, além disso, durante o ler das páginas várias lições sociais e morais são dadas por Felipe Saraiça.
Por Victor Tadeu
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Para Danny Costa que, mesmo com os monstros debaixo da caina,jamais desistiu de acordar pelas manhãs.E para Luana, que se foi cedo demais.
Felipe Saraiça
Para Onde Vão os Suicidas
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O aroma de café é compridos coloridos
Na manhã seguinte,
Após uma noite de sorrisos e histórias,
Angelina repousou,
Ao seu lado,uma caixa de remédios coloridos,
No tapete,alguns compridos pupados,
E,no ar,o cheiro do café exalava,
Era domingo e havia apenas seu pai em casa,
Como planejado,deixou na escrivaninha sua carta,
E a porta destrancada,
No dia anterior,pela primeira vez em anos,
Sentiu-se em família
E sabia que,de alguma forma,
Eles também haviam se sentido assim,
Por isso,quando sua vista ficou turva,
Fitou a janela,e finalmente,
Sentiu-se em paz.
Felipe Saraiça
Para Onde Vão os Suicidas
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