#Eu já imaginei tantos caminhos para aonde a história poderia me levar...
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victor1990hugo · 1 year ago
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xbabybears · 4 years ago
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To the sea
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Leia o plot ouvindo essa música 22/04/2020 “E eu sou fraco de todas as coisas que eu sei"
Caminhava em direção a areia da praia sentindo o vento bater em meu rosto de um jeito que parecia até carinhoso, a música em meu fone não podia deixar que mentisse, eu estava com saudades, fecho meus olhos por um instante e respiro forte sentindo meu coração estranho. Era dali uma semana, completaria 15 anos desde que eles se foram e nada nesse mundo poderia me doer mais. Caminho pelo caminho de pedras chegando a uma parte pouco visitada da praia e me ponho de joelhos ali deslizando meus pequenos dedos por uma inscrição em uma pedra, marcadas em tinta branca de um jeito que o tempo misteriosamente nunca apagou, H e L e um coração, Harry e Lilian, as pessoas mais amorosas que conheci em minha vida, meus pais. “Você pensa em mim quando você olha para o mar?”
E era ali, naquele exato local, aonde eles marcaram suas iniciais que nossa história começa e de certa forma termina. Eles eram unidos por uma paixão e ironicamente, foi essa a paixão que me tirou as pessoas que eram meu tudo e me deixou sem chão. Ninguém até hoje sabe ao certo como eu e meu irmão sobrevivemos ao dia 27 de abril de 2005, mas acho que para você entender esta historia, você precisa saber que nossos pais eram fissurados em velejar e eram experientes nisso, por isso naquele dia, meu aniversário de três anos eles decidiram que íamos passar uma semana apenas nós quatro no barco. Mas o que meus pais não sabiam é que um pequeno ciclone faria a vela quebrar, o barco virar e ali, minha saga inexplicável começar. “Uma torção, um conto, um rasgo na minha vela e nós somos feitos para assistir as paredes caírem”. Era perto das oito da noite, uma chuva forte atingiu o local aonde estávamos com a vela, meu pai pediu que mamãe, meu irmão e eu entrássemos na parte do quarto e esperássemos ele resolver tudo, meu pai pensava que estava tudo bem, tudo certo, mas ele não contava com a força daquela tempestade que curiosamente foi chamada de Bianca, por causa de mim. Surreal isso, não? Dois velejeiros experientes terem sido rapidamente levados pelo mar, ninguém nunca soube para onde e a dúvida era como um garotinho de 4 anos e uma pequena garota de 3 anos de idade teriam conseguido sobreviver durante 1 dia inteiro a deriva deitados em uma boia com rede que foi levada pela correnteza em segurança até o mesmo local em que seus pais alguns anos antes haviam deixado suas iniciais gravadas. Aperto meus olhos ainda de joelhos no chão deixando minha memoria me levar para esse dia, fazia frio, eu já estava bastante desidratada e cansada, me levaram dali, eu não tinha nenhum outro parente vivo, nunca imaginei que ter sobreviver me traria tantos problemas, mais problemas, 16 adoções em que nenhuma dava certo, isso tudo havia criado uma garota frágil, meiga e doce, a quem eu carinhosamente chamo internamente de Lily. Mas Lily não é alguém que eu quero compartilhar com todo o mundo, ela é meiga demais para saber lidar com todas as coisas que eu, Bianca lido. E assim, de casa em casa, orfanato em orfanato eu vivo desde este dia, deixando Lily trancafiada em alguma parte de mim que eu sigo, vivendo como se tudo fosse o ultimo dia, colocando tudo e todos sempre no limite de si, querendo tudo da minha maneira, passando do ponto por muitas vezes, uma criança perversa ou seria perdida? Uma pessoa ao mesmo tempo mimada e carente. Respiro aliviada ainda com minha mão contornando as letras enquanto meu pensamento ainda viaja longe em todos os acontecimentos a seguir então me deixo chorar de felicidade, mas também de medo, pela primeira vez em 15 anos eu poderia ter um lugar para realmente chamar de lar e sem as expectativas de que seria devolvida novamente ao orfanato. Finalmente estaria livre daquele local, mas não podia imaginar que meus pais tinham muito, mas muito dinheiro. Então entrando em uma aventura que envolve amigos, amores mal resolvidos, viagens inesperadas, eu tento seguir a vida da melhor maneira que posso ter.
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callmeby-you · 6 years ago
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Eclosões
Eu não sei como passar por esse inferno, eu gostaria de conseguir passar por tudo isso sozinho porque eu sei que sou capaz de tanta coisa e eu posso ser tão grande mas alguns fardos são pesados demais, por mais que a gente aprenda a lição é difícil se recuperar de tudo que foi perdido, é destruidor a sensação de se olhar no espelho e ver que você fracassou, é doloroso demais chorar em todos os cantos que passa e eu poderia dizer que é puro orgulho mas é difícil você se abrir com quem você ama porque estamos sempre precisando desse alguém e tem momentos que você não aguenta mais pedir ajuda para a mesma pessoa, é como se sempre estivesse algo errado.
Eu sinto dentro de mim os fluxos de energia que agora eu estou fazendo a coisa certa para mim, vai ser uma estrada longa mas estou feliz de ter encontrado esse caminho, por mais que eu não consiga ver eu saindo do poço que estou eu consegui uma rota alternativa, talvez me custe muito mas mais do que nunca eu preciso me jogar de cabeça e tentar, mesmo que eu tenha que sacrificar tudo afinal a vida é feita de escolhas e sacrifícios.
Preciso que você me abrace, deixe seu orgulho e receio de lado, tenha vontade de fazer parte de mim, tenha orgulho de quem eu sou mesmo sendo diferente de todos vocês, ser diferente é bom mas exige muito de mim é uma pressão a mais que tenho que enfrentar sozinho e por mais que diga que não estou sozinho, seja honesto consigo mesmo, eu estou enfrentando tudo sozinho porque eu preciso, na verdade isso me ajudou a enxergar que posso ser mais do que realmente sou mas leva tempo para concertar os nossos erros, tudo se trata do tempo mas eu não sei como superar esse tempo, não sei se devo esperar tudo ir automático ou se eu devo tentar outra alternativa para corrigir tudo agora e ir acertando aos poucos. A momentaneidade que o vacuo me trás é exaustiva, não há nada para se ouvir, não há nada para sentir, simplesmente não há.
Eu nunca imaginei que choraria tanto na minha vida, eu entendo que alivia mas se pararmos para pensar estamos chorando porque algo está doendo muito, e tudo ta doendo para mim, ta tudo bem perder o emprego pois eu me sentia infeliz todos os dias que eu tinha que acordar e fazer isso e eu sei que a vida não é como a gente quer então precisamos aguentar essas coisas mas temos limites também e eu simplesmente prefiro ser menos do que ter muito mais, ser menos pode ser muito grande e ter muito mais pode ser tão pequeno e doloroso. A pressão familiar é grande demais sobre no que precisamos nós tornar e isso não se torna em apoio e sim em dificuldade, é pensar no que vão dizer quando perguntarem de mim, honestamente eu aguentei mais do que eu imaginei porque sentia o orgulho de vocês quando falavam o que eu estava fazendo e agora quando perguntarem não vai ter mais nada do que se orgulhar e sabe é estranho porque isso me marcou pelo resto da minha vida, eu vou ser velho um dia e vou me lembrar de como eu já me senti e vai doer exatamente como doi agora, faz parte de mim, faz parte de nós.
Eu acho que preciso pedir desculpas pois eu não vou ser mais o orgulho, eu vou finalmente ser eu, vou fazer o que eu sempre quis fazer e onde vou estar ou como vou fazer para chegar lá não importa, no final eu quero acordar e ter certeza de que eu estou bem. Eu penso demais nas coisas, as vezes acho que sei exatamente o que vocês vão me dizer em relação a tudo isso e as vezes acho que vocês podem me surpreender, infelizmente não posso por expectativas em vocês porque eu sei como é as pessoas sentirem expectativas por mim, causa decepção e eu to cansado de me decepcionar também. O absurdo dos meus sentimentos é pensar que um dia vocês também vão cansar de tudo isso e eu vou ter que partir e ta tudo bem, eu posso partir e vocês sabem que eu tenho a coragem para isso, minha barriga pode doer por noites mas se for preciso para fazer o que eu tenho que fazer, o que posso dizer? Sei que está além da minha compreensão porque sempre tive tudo e nunca me faltou nada mas a vida é isso não é mesmo? É superar ela como conseguirmos, seja morando em uma mansão ou morando em um bairro comum, com ideais comuns.
As vezes precisamos arriscar mais do que deveriamos para ver aonde isso vai nós levar, ninguém quer ver se tudo der errado. Eu não sei porque sempre tenho a sensação de que eu sei exatamente como vai acontecer as coisas, como elas podem dar super certo e como elas podem dar super errado, acho que quando sofremos por alguma decisão é porque no fundo a gente já escolheu o nosso caminho.
Eu ainda sinto a presença dele em mim, meu coração entende que ele foi muito para mim, eu nunca fui bom com o mundo e você era tudo de bom que existia no mundo e por isso consegui ser quem eu realmente sou porque eu tive seu amor e com esse amor a gente lutou contra o mundo todo e eu também queria representar isso eternamente dentro de mim marcando exatamente quando eu soube o que era amor, que se tudo desse errado dali em diante eu conseguiria superar um dia. Quando tocamos esse tipo de sentimento a gente se transforma, encaramos as coisas diferente, a gente quer crescer para alimentar o que sentimos e ser mais do que imaginamos que poderiamos ser um dia, por mais que eu sinta uma falta imensa de você, eu entendo que você já fez sua parte na minha vida, eu transformei todo o odio que existia em mim em amor e é algo que eu jamais conseguiria fazer só com o amor que eu tinha na época e talvez por isso a gente não possa ficar mais junto pois é incrível o que sentimos mas é muito para nós dois, precisamos enfrentar nosso caminho sozinho agora e espero que um dia eu possa voar com você novamente.
Os lugares que conhecemos foram tão pequenos mas todos eles sempre foi significativo para mim, as vezes vou nesses lugares sozinho e eu choro a noite toda porque eu sinto a felicidade que ja tivemos ali, as coisas também estavam difícil mas eu tinha tanto do seu amor que era mais fácil de ver que eu iria conseguir passar por tudo aquilo e eu só posso agradecer a essa vida que eu tive, eu senti uma imensidão e sabe quantas pessoas não sentiram nada disso e elas já viveram bem mais do que eu? É realmente como se eu estivesse satisfeito com tudo, entendo que vou crescer mais e mais e vou sentir coisas que ainda não senti mas nada vai ser igual por causa do motivo que eu tinha por sentir, algumas coisas temos que aceitar que são únicas e que jamais poderam ser vividas novamente ou apagadas da nossa história, se pergunte do que vai se lembrar quando morrer pois tudo isso vai ser os pontos principais da sua história, vivemos todos os dias com algumas rotinas e em alguns momentos sentimos coisas diferentes e essas coisas fazem nossa história, não irá se lembrar de que todo dia acordava e tinha um padrão a seguir, irá se lembrar dos dias em que seus sentimentos estavam eclodindo sobre sua pele, quando sentiu amor, quando conheceu algum lugar muito lindo e o momento foi especial demais que de certa forma marcou você. Temos cicatrizes por toda a nossa alma e cada uma delas é o que faz ser quem somos e é a história que precisamos contar quando alguém nós perguntar o que foi viver essa vida.
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mfg2010-blog1 · 8 years ago
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Poesias Bipolares - Ensaio
Converse com uma criança como se falasse com um velho e com um velho como se falasse com uma criança. Alguém me disse ou li isso em algum lugar, o fato é que nunca esqueci. Sempre quando converso com um adulto cheio de birras ou me deslumbro com a sabedoria de um pequeno par de olhos curiosos e imponentes, me lembro dessa frase. - Estou chateada com você. - Porque? - Porque você não veio aqui a semana inteira e eu fiquei te esperando pra você brincar comigo. Você disse que vinha me dar aula. Eu perguntava toda hora pra tia se você viria aqui e ela disse que não sabia. Até brigou comigo... Se eu tivesse um celular, eu poderia ligar pra você. Eu pedi pra ela ligar, mas eu acho que esqueceu... - Eu fiquei doente, meu amor. Desculpa por não ter vindo te ver. A gente pode brincar daqui a pouco se você quiser. O que acha? - Você promete que não vai embora como foi da última vez? Eu estava sentada na sala com meu caderno pra você me ensinar a desenhar um peixe, lembra? Aí você só falou tchau e disse que já voltava... Eu acho que você está ficando maluquinho, rs. A tia Laís disse que você está trabalhando demais lá na imo ... imobilha... Você sabe, não é? - Imobiliária. É, talvez eu esteja mesmo. E aquele dia... Bem, hoje eu não vou sair daqui antes de brincar com você, ok? Prometo. Só me deixa conversar com ela primeiro. Ela está no quarto dela? - Acho que sim. Deixa eu chamar ela pra você? - Não. Deixa que eu vou lá. ... ... ... - Laís? - Oi? - Oi. - Ah, é você... Quanto tempo. Tudo bem? - Tudo. - ... - . - Que bom então. Como estão as coisas no trabalho? Conseguiu finalizar aquele processo que estava te irritando tanto? - Não. Agora o problema não é no cartório, é na prefeitura. Não é mais a vendedora que quer desistir, é a compradora; está com medo de ser despedida. E como sempre a financiadora devolveu alguns documentos com prazo vencido e algumas, não me pergunte como, irregularidades. Mas o processo está indo bem rápido. Pelo menos foi isso que eu ouvi o Otávio dizer por telefone hoje de manhã. - Meu Deus, como esse cara é cínico. E você vai ter que dar um jeito de resolver tudo se quiser receber a sua parte? - Alguém tem que fazer o trabalho sujo, não é? - Eu não entendo porque você se sujeita à isso. - Eu tenho me sujeitado a tanta coisa ultimamente, Laís. Não acha? - O que você está querendo dizer com isso? - Não estou querendo dizer nada. Disse o que ouviu. - Olha, se você veio aqui pra descontar sua irritação em mim, pode ficar mais uma semana sem aparecer. Só disse o que eu acho dessa merda de emprego que te consome e desse idiota desse seu chefe. Otávio... Otário, isso sim. - Eu não vim descontar nada. Nem quis dizer nada. Desculpa se soôu como uma alfinetada. Não foi minha intenção. - Nunca é, Fernando. - ... E você, está bem? Como foi sua semana? - Estou ótima dormindo no meio dessa bagunça. Um monte de coisa pra fazer, não acho nada. Esse quarto é frio pra caramba. A porra da cortina que eu estou implorando pra você colocar pra mim desde o mês passado está na lavanderia de molho, porque algum gato filho da puta entrou aqui e mijou nas minhas coisas. E pra ajudar eu fiquei menstruada. E passei o dia inteiro com a barriga encostada no tanque lavando a cortina. Agora eu não posso ficar um minuto com a porta aberta sem algum gato entrar aqui e bagunçar tudo. Se não bastasse eu ter que enfiar uma casa inteira dentro de um quarto, ainda virou parque de diversões pra bichinho de estimação dos outros! - Posso levar algumas coisas pra lavar em casa. Afinal a máquina é sua. - Pode ser. Só coloca o varão no lugar para mim, por favor. Eu pago você. A furadeira está aí. Já está tudo uma zona mesmo, pode fazer por cima de tudo. Depois eu limpo. - Eu fiquei o mês passado inteiro batendo cartão no hospital por causa das minhas costas. Eu ia fazer semana passada antes da gente discutir. "Eu pago" Você não facilita em nada também, não é? Se depender de você pra eu ficar louco, é internação garantida. - Nossa, coitado de você. Eu te deixo louco. Eu. Eu que assisto todas as suas crises e fico tentando juntar migalhas pra tentar reconstruir ou construir alguma coisa com você, enquanto você se afunda sabe lá Deus no quê, mas é perda de tempo, não é, Fernando? Porque você não vê isso, voc�� acha que sou eu quem te deixa assim. Só que você esquece que você sempre foi assim! - ... ... ... Você estava indo tomar banho quando eu cheguei? - Estava. Porque? - Pode ir tomar seu banho. Eu vou fazer os furos que você precisa e brincar um pouco com a Beatriz. Depois a gente conversa. - ... Ah... ... A gente nunca vai se entender não é, Fernando? A gente se dava tão bem. Eu nem precisava falar, parecia que você ouvia o que eu pensava. Agora quanto mais  a gente se explica, mais a gente se confunde e se machuca. Parece que de perto a gente perdeu o encanto. - Estranho você dizer isso. É um verso de uma música minha... "Cuidado, de perto a magia perde o encanto."... A gente andava no mesmo compasso. Eu sabia o que você sentia  e pensava, você também. Até que eu comecei a ouvir pensamentos demais. - Não. A história é bem diferente. Eu não sabia o que você sentia ou pensava. Você vivia envolto numa nuvem de pensamentos. E o que você achava que ouvia, era você mesmo enlouquecendo sentado naquele sofá olhando pro nada enquanto eu tentava fazer alguma coisa pra te agradar ou te tirar dessa lama que você vem se afundando. Foi isso que aconteceu. Você não começou a ouvir nada. Você começou a viver nesse inferno e quis me levar com você. Foi assim que a gente perdeu o encanto. Você quis me levar pro seu mundo, mas nunca quis conhecer o meu. Tinha medo, ciúmes, raiva de mim por querer te mostrar um mundo diferente do que todo mundo vive. E acabam ficando do jeito que você está agora... Eu nunca quis e nem quero seu mal,�� Fernando. Eu conheço você. E quem está aqui agora não é você. Não sei quem é. Mas não gosto. E eu sei Fernando, que você está me ouvindo e concorda comigo. ... Cadê a sua carteira? Me empresta aqui. Posso abrir? Olha essa foto. Presta atenção nesse olhar. Viu? Enxergou? Agora olha essa. Foi com esse cara com quem eu me casei. Esse. Este aqui eu achei que esse tinha morrido, ou crescido. Não imaginei encontrar esse olhar em você de novo. Encarei aqueles rostos nas fotos. Duas pessoas diferentes, dois mundos distantes. Numa mão segurava um olhar seguro e penetrante de alguém que não tinha medo de nada. Principalmente o medo de falhar. Deste, nem um vestígio. A vida lhe parecia ser como um desfile, uma grande jornada, uma estrada infinita onde todas as coisas estavam a sua disposição nas prateleiras do acaso. Era esse o caminho por onde este homem andava. Sim, este era um homem. Um homem que olhava para trás e gostava do que via, por isso seguia em frente sabendo aonde estava indo, independente de qual seria seu destino, isso se em algum momento chegar em algum lugar se tornasse mais importante do que o caminho. Com cada passo firme e certeiro, seus movimentos pareciam calculados. Mas não era frio. Tinha um olhar quente que poderia queimar se quisesse ou acolher se desejasse. Mas preferia passar confiança para quem o confrontasse. Quem era esse homem? Não lembro de onde veio, mas principalmente; não consigo me recordar para onde foi, por mais que me concentre. Não deixou rastros? Nem um bilhete, nem um recado? Me lembro que era alguém muito discreto e com uma fascinante dose de orgulho, com certeza iria embora se sentisse que estava sendo incômodo ou desprezado. O que repousava sobre aa mão esquerda, esse eu conhecia muito bem. Era o mesmo que me encarava no espelho do banheiro nos últimos meses. Longe, distante. Mas principalmente melancólico. Essa era a palavra. Melancólico. Sem brilho ou vigor. Era uma melancolia regada a lágrimas e sangue. Lágrimas de um choro que não vinha, que ficava preso na garganta e saía como uma tosse interminável sempre no final de alguma conversa mal resolvida e mal acabada, onde o que realmente queria se dizer acabava virando mais uma assombração rondando os pensamentos desse mesmo rosto amedrontado, preso num papel em 3X4 ou num espelho mal iluminado, com certeza propositalmente. E o sangue. O sangue que vertia revoltado por ter um coração perfeito batendo à toa. ( E isso, dói.) - Não me lembrava dessas fotos, onde estavam? - Você me deu. No mesmo dia em que eu te dei as minhas. Você nem deve tê-las mais... - Essas? Olho pra essas fotos todos os dias praticamente. Não temos fotos juntos. - Você nunca gostou. - A única foto que vi até hoje foi essa. É até estranho olhar. Parece outra pessoa... - E realmente é. É disso que eu estou falando. Não se deixe morrer ou sua alma se perder por ir. Cuidado, você está cada vez mais distante, pode chegar o dia que não saberá o caminho para voltar.
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xbabybears · 5 years ago
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22/04/2020 “E eu sou fraco de todas as coisas que eu sei"
Caminhava em direção a areia da praia sentindo o vento bater em meu rosto de um jeito que parecia até carinhoso, a música em meu fone não podia deixar que mentisse, eu estava com saudades, fecho meus olhos por um instante e respiro forte sentindo meu coração estranho. Era dali uma semana, completaria 15 anos desde que eles se foram e nada nesse mundo poderia me doer mais. Caminho pelo caminho de pedras chegando a uma parte pouco visitada da praia e me ponho de joelhos ali deslizando meus pequenos dedos por uma inscrição em uma pedra, marcadas em tinta branca de um jeito que o tempo misteriosamente nunca apagou, H e L e um coração, Harry e Lilian, as pessoas mais amorosas que conheci em minha vida, meus pais. “Você pensa em mim quando você olha para o mar?”
E era ali, naquele exato local, aonde eles marcaram suas iniciais que nossa história começa e de certa forma termina. Eles eram unidos por uma paixão e ironicamente, foi essa a paixão que me tirou as pessoas que eram meu tudo e me deixou sem chão. Ninguém até hoje sabe ao certo como eu sobrevivi ao dia 27 de abril de 2005, mas acho que para você entender esta historia, você precisa saber que meus pais eram fissurados em velejar e eram experientes nisso, por isso naquele dia, meu aniversário de três anos eles decidiram que íamos passar uma semana apenas nós três no barco. Mas o que meus pais não sabiam é que um pequeno ciclone faria a vela quebrar, o barco virar e ali, minha saga inexplicável começar. “Uma torção, um conto, um rasgo na minha vela e nós somos feitos para assistir as paredes caírem”Era perto das oito da noite, uma chuva forte atingiu o local aonde estávamos com a vela, meu pai pediu que mamãe e eu entrássemos na parte do quarto e esperássemos ele resolver tudo, meu pai pensava que estava tudo bem, tudo certo, mas ele não contava com a força daquela tempestade que curiosamente foi chamada de Bianca, por causa de mim. Surreal isso, não? Dois velejeiros experientes terem sido rapidamente levados pelo mar, ninguém nunca soube para onde e uma pequena garota de 3 anos de idade ter conseguido sobreviver durante 1 dia inteiro a deriva deitada em uma boia que com rede seria levada pela correnteza em segurança até o mesmo local em que seus pais alguns anos antes haviam deixado suas iniciais gravadas. Aperto meus olhos ainda de joelhos no chão deixando minha memoria me levar para esse dia, fazia frio, eu já estava bastante desidratada e cansada, me levaram dali, eu não tinha nenhum outro parente vivo, nunca imaginei que ter sobreviver me traria tantos problemas, mais problemas, 16 adoções em que nenhuma dava certo, isso tudo havia criado uma garota frágil, meiga e doce, a quem eu carinhosamente chamo internamente de Lily. Mas Lily não é alguém que eu quero compartilhar com todo o mundo, ela é meiga demais para saber lidar com todas as coisas que eu, Bianca lido. E assim, de casa em casa, orfanato em orfanato eu vivo desde este dia, deixando Lily trancafiada em alguma parte de mim que eu sigo, vivendo como se tudo fosse o ultimo dia, colocando tudo e todos sempre no limite de si, querendo tudo da minha maneira, passando do ponto por muitas vezes, uma criança perversa ou seria perdida? Uma pessoa ao mesmo tempo mimada e carente. Respiro aliviada ainda com minha mão contornando as letras enquanto meu pensamento ainda viaja longe em todos os acontecimentos a seguir então me deixo chorar de felicidade, mas também de medo, pela primeira vez em 15 anos eu poderia ter um lugar para realmente chamar de lar e sem as expectativas de que seria devolvida novamente ao orfanato. Finalmente estaria livre daquele local, mas não podia imaginar que meus pais tinham muito, mas muito dinheiro. Então entrando em uma aventura que envolve amigos, amores mal resolvidos, viagens inesperadas, eu tento seguir a vida da melhor maneira que posso ter.
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xbabybears · 5 years ago
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To the sea 22/04/2020 “E eu sou fraco de todas as coisas que eu sei"
Caminhava em direção a areia da praia sentindo o vento bater em meu rosto de um jeito que parecia até carinhoso, a música em meu fone não podia deixar que mentisse, eu estava com saudades, fecho meus olhos por um instante e respiro forte sentindo meu coração estranho. Era dali uma semana, completaria 15 anos desde que eles se foram e nada nesse mundo poderia me doer mais. Caminho pelo caminho de pedras chegando a uma parte pouco visitada da praia e me ponho de joelhos ali deslizando meus pequenos dedos por uma inscrição em uma pedra, marcadas em tinta branca de um jeito que o tempo misteriosamente nunca apagou, H e L e um coração, Harry e Lilian, as pessoas mais amorosas que conheci em minha vida, meus pais. “Você pensa em mim quando você olha para o mar?”
E era ali, naquele exato local, aonde eles marcaram suas iniciais que nossa história começa e de certa forma termina. Eles eram unidos por uma paixão e ironicamente, foi essa a paixão que me tirou as pessoas que eram meu tudo e me deixou sem chão. Ninguém até hoje sabe ao certo como eu sobrevivi ao dia 27 de abril de 2005, mas acho que para você entender esta historia, você precisa saber que meus pais eram fissurados em velejar e eram experientes nisso, por isso naquele dia, meu aniversário de três anos eles decidiram que íamos passar uma semana apenas nós três no barco. Mas o que meus pais não sabiam é que um pequeno ciclone faria a vela quebrar, o barco virar e ali, minha saga inexplicável começar. “Uma torção, um conto, um rasgo na minha vela e nós somos feitos para assistir as paredes caírem”Era perto das oito da noite, uma chuva forte atingiu o local aonde estávamos com a vela, meu pai pediu que mamãe e eu entrássemos na parte do quarto e esperássemos ele resolver tudo, meu pai pensava que estava tudo bem, tudo certo, mas ele não contava com a força daquela tempestade que curiosamente foi chamada de Bianca, por causa de mim. Surreal isso, não? Dois velejeiros experientes terem sido rapidamente levados pelo mar, ninguém nunca soube para onde e uma pequena garota de 3 anos de idade ter conseguido sobreviver durante 1 dia inteiro a deriva deitada em uma boia que com rede seria levada pela correnteza em segurança até o mesmo local em que seus pais alguns anos antes haviam deixado suas iniciais gravadas. Aperto meus olhos ainda de joelhos no chão deixando minha memoria me levar para esse dia, fazia frio, eu já estava bastante desidratada e cansada, me levaram dali, eu não tinha nenhum outro parente vivo, nunca imaginei que ter sobreviver me traria tantos problemas, mais problemas, 16 adoções em que nenhuma dava certo, isso tudo havia criado uma garota frágil, meiga e doce, a quem eu carinhosamente chamo internamente de Lily. Mas Lily não é alguém que eu quero compartilhar com todo o mundo, ela é meiga demais para saber lidar com todas as coisas que eu, Bianca lido. E assim, de casa em casa, orfanato em orfanato eu vivo desde este dia, deixando Lily trancafiada em alguma parte de mim que eu sigo, vivendo como se tudo fosse o ultimo dia, colocando tudo e todos sempre no limite de si, querendo tudo da minha maneira, passando do ponto por muitas vezes, uma criança perversa ou seria perdida? Uma pessoa ao mesmo tempo mimada e carente. Respiro aliviada ainda com minha mão contornando as letras enquanto meu pensamento ainda viaja longe em todos os acontecimentos a seguir então me deixo chorar de felicidade, mas também de medo, pela primeira vez em 15 anos eu poderia ter um lugar para realmente chamar de lar e sem as expectativas de que seria devolvida novamente ao orfanato. Finalmente estaria livre daquele local, mas não podia imaginar que meus pais tinham muito, mas muito dinheiro. Então entrando em uma aventura que envolve amigos, amores mal resolvidos, viagens inesperadas, eu tento seguir a vida da melhor maneira que posso ter. 
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