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#Escritos Desvairados
fhcanata · 7 months
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Coisinha
Coisinha, nome que engana,Pois força e fibra não lhe faltam.Cabelos negros e sorriso cativanteOlhar que a alma desvenda radiante. Feminista convicta,Voz que ecoa e incita.Luta por igualdade,Contra a opressão que a abate. Coisinha, gigante em luta,Quebrando as barreiras da vida.Com passos firmes e certeiros,Conquista seus próprios roteiros. Não se define por rótulos,Nem se curva aos…
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claudiosuenaga · 2 years
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Apocalipse: um cavalo de Tróia no Cristianismo?
Um livro publicado em 1832 comprova que o Apocalipse nada mais é do que um pastiche de profecias tiradas do Velho Testamento, junto com elementos da simbologia astrológica dos caldeus. Apesar da resistência de muitos doutores que suspeitaram da identidade do seu verdadeiro autor e de sua matriz pagã, ele  acabou se tornando texto canônico da Igreja, inspirando os mais desvairados delírios catastrofistas ao longo do tempo.
Por Bira Câmara
Pode-se afirmar com razoável grau de certeza que o Apocalipse é um corpo estranho ao Novo Testamento. En­tre os primeiros cristãos, muitos doutores da Igreja ignoraram o texto, alguns o criticaram e até o refutaram integralmente, considerando-o destituído de sentido e de razão. Houve quem atribuísse a sua autoria ao gnóstico Cerinto (c. 100), que teria usado o nome de São João para dar mais credibilidade ao texto. Este Ce­rinto apareceu logo após a morte dos apóstolos. Um autor latino que viveu por volta do ano 200, o padre Caïus, acreditava que Cerinto era o verdadeiro autor do Apocalipse, por defender a ideia de que após a sua ressurreição haveria o reino de Cristo sobre a terra, e que os homens gozariam os prazeres do corpo em Jerusalém, que passa­riam 1000 anos em celebração, etc.
No fim do segundo século, o Apocalipse foi reconhecido pela Igreja do Ocidente, mas na mesma época foi excluído dos cânones da Igreja do Oriente. Ainda no século IV não havia concordância quanto a autoria dessa revelação. Um pouco depois ele foi admitido pela Igreja.
Quase todos os intérpretes antigos e modernos que tentaram interpretar o Apocalipse de João fracassaram, pois para essa tarefa é preciso conhecer a fundo não só os livros do Antigo Testamento, os acontecimentos históricos da época em que foi escrito, mas também a teologia astrológica dos Orientais e os mitos das religiões dos pagãos. 
Se os eruditos jamais conseguiram decifrar os enigmas contidos nesse texto, muitos concordam em vários pontos: primeiramente, o seu autor não foi o apóstolo João, o evan­gelista, mas alguém que viveu no final do primeiro século ou início do segundo; o texto refere-se a eventos que deveriam acontecer num futuro próximo; a Besta de sete cabeças que aparece no texto representa o Império Romano e suas cabeças se relacionam aos sete primeiros imperadores romanos; a figura do anticristo é claramente calcada em Nero; o texto está repleto de uma sim­bologia astrológica caldaica; e por último, seu autor imitou ou se inspirou nos profetas do Velho Testamento. Portanto, estão errados aqueles que supõem que o Espírito Divino ditou ou inspirou as visões contidas no Apocalipse, pois se Deus quisesse esclarecer os homens e anunciar o futuro, não teria falado numa linguagem não apenas obscura, mas incompreensível. E, na verdade, o Apocalipse não en­cer­ra nenhuma profecia que tenha se cumprido ou que se cumprirá, e seria uma tarefa inútil buscá-las.
Por volta do século IV, quando a Igreja e o Império Romano se conciliaram, e o futuro do cristianismo já não se separava do império, os teólogos gregos e latinos não podiam mais admitir a validade de um texto baseado no ódio a Roma e que anunciava o fim do seu reino. O Apocalipse foi declarado apócrifo pela Igreja do Oriente, cujos membros educados na cultura helênica repudia­vam os escritos milenaristas judaico-cristãos. Mas o texto enraizara-se de tal modo no imaginário dos fieis, que foi impos­sível expurgá-lo do Novo Testamento. Até o século IX ainda havia a crença no retorno de Nero, desempenhando o papel da Besta à fren­te dos dez reis para destruir Roma...
Jean André de Luc (1727-1817), autor de Luzes sobre o Apocalipse, obra altamente esclarecedora sobre esse texto, afirma que «as dificuldades insuperáveis que se encontra, quando se pretende fazer a interpretação das visões do Apocalipse, em grande parte, vêm de que tem sido procurado ali o que não existe, isto é profecias sobre os seres humanos ou eventos terrestres, que deveriam acontecer nos séculos seguintes». Essas profecias, ou melhor, essas visões foram dirigidas aos homens que viviam naqueles tempos, e só visavam a eles; elas aconteceriam em breve; o tempo estava próximo, e ainda assim elas nunca se realizaram: é em vão que os iniciados esperam o apa­recimento da Nova Jerusalém; em vão eles esperam os juízos de Deus e os efeitos da sua ira. O autor, para descrevê-las, emprestou do An­tigo Testamento os eventos que se passaram muitos séculos antes dele. O Apocalipse é um livro puramente de imaginação e foi inventado a partir de imitações. Todas as suas visões foram criadas pela imaginação do autor, ou imitadas do Antigo Testamento e, portanto, copiadas. 
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Jean André de Luc
No Apocalipse tudo se refere a um mundo problemático; as pragas, frequentemente muito exageradas, anunciadas para a terra, são aquelas que sempre afligem a humanidade todos os anos, em algum canto da terra; de maneira que determinar em que ano, em que século deverão acontecer, é uma busca infrutífera. O Espírito Santo, portanto, é muito estranho à composição do Apocalipse...
Origem pagã do Apocalipse
As fontes pagãs do texto apoca­líptico já tinham sido destacadas por Charles Dupuis (1742-1809), que no sexto volume de seu livro Origem de todos os cultos, defende a tese de que o Apocalipse é uma obra frígia, cujo conteúdo relata a doutrina apocalíptica dos iniciados nos mistérios da luz e do sol equinocial da primavera, sob o signo do Carneiro ou de Áries, o primeiro dos doze signos. A religião frígia, diz ele, comemorava anualmente o triunfo perió­dico da Luz sobre o princípio das Trevas, do dia sobre a noite. Todos os anos, quando o sol, que abriga a luz divina, no equinócio vernal chegava ao Carneiro — o signo de sua exaltação —, esta efeméride lembrava aos iniciados o grande triunfo que deveria acontecer no final dos tempos, quando o princípio do mal e a Terra que ele habitava seriam destruídos, cedendo lugar a Ormuzd, que deveria reinar exclusivamente sobre as ruínas do antigo mundo. O Apo­calipse é, pois, segundo Dupuis, um sermão da festa da Páscoa do cordeiro. Sabe-se, pelo Concílio de Toledo na Es­panha, que havia o costume de se ler o Apocalipse em público durante todo o período em que o sol atravessava o signo de Áries, ou seja, da Páscoa até o Pen­­tecostes.
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Charles-François Dupuis
Infelizmente, os astrólogos caldeus e persas não deixaram obras sobre o seu sistema teológico, que forneceria, sem dúvida, a chave para as visões e a origem da forma enigmática de des­crever e prever eventos usada pelo autor do Apocalipse. Mas se a origem das representações simbólicas dos profetas pode ser reconhecida, por outro lado inter­pretá-las é tarefa bastante difícil, pois certas relações astronômicas se acham dissimuladas no texto. 
As correspondências entre o texto dos profetas do Velho Testamento e o do autor do Apocalipse são apontadas detalhada­mente por Jean Andrè de Luc e são inquestionáveis.
Luzes sobre o Apocalipse foi praticamente ignorado pelos teólogos e estudiosos da literatura apocalíptica, o que é no mínimo estranho. É provável que a razão disso seja por ter se baseado em grande parte na obra de Dupuis, que ficou marcada como antirreligiosa.(*) Até mais ou menos 1825, o seu livro Origem de Todos os Cultos foi muito lido pela burguesia exatamente por esse motivo; mas em meados do século dezenove caiu no esquecimento pela mesma razão... O espírito do século XVIII, anti­católico, anticristão, estava presente nele, e quando ventos conservadores passaram a soprar na França tornou-se, então, fora de moda.
Dupuis acreditava em um Deus impessoal que permeava tudo e, portanto, pode ser classificado como panteísta. O mesmo não se aplica ao autor de Luzes sobre o Apocalipse, que não põe em dúvida a autenticidade dos profetas do Velho Testamento. Ele escreveu sua obra com a melhor das intenções e acreditava que prestava um serviço ao mundo cristão e à crítica sadia ao publicá-lo. E com justa razão afirma, antecipando-se às críticas, que «aqueles que acreditam que o Espírito divino ditou ou inspirou as visões contidas no Apocalipse não suspeitam que blasfemam contra a Divindade.» Mesmo assim, com certeza a sua publicação no Brasil será execrada pelos crentes fanáticos de todas as denominações cristãs, e odiado por esotéricos e entusiastas de profecias catastróficas.
Fonte de delírios milenaristas
Ao longo do tempo, o Apocalipse inspirou inúmeros profetas, como a abadessa alemã Hroswitha (950), o monge Raoul Glaber (975), Santa Hildegarde de Bingen (séc. XI-XII), contemporânea do místico Joaquim da Fiore, que retomou o Apocalipse para reafirmar suas predições e aplicá-la a um futuro próximo. E a coisa não parou por aí, praticamente todos os místicos da tradição cristã continuaram a ser influen­ciados pelo texto de João de Patmos. Até mesmo no Brasil, em pleno século vinte, tivemos um «profeta» — o célebre coronel Rolim de Moura — que adaptou as ideias contidas no Apocalipse para fazer previsões para o Brasil e o mundo. Baseado nesse texto, na numerologia, na piramido­logia e em Nostradamus, chegou a criar uma «ciência» a que deu o nome de teocósmica, através da qual acreditava que se poderia prever o destino das nações e do próprio planeta. É desnecessário dizer que nenhuma de suas profecias se realizou...
O Apocalipse, com seu simbolismo obscuro e incompreensível aos comuns dos mortais, prestou-se com o passar dos séculos às mais desvairadas interpretações, e seus adeptos fanáticos nunca deixaram de ver nos acontecimentos e personagens históricos de seu tempo os sinais descritos nos textos proféticos.
O livro tem intrigado incontáveis pesquisadores e exerceu verda­deiro fascínio entre muitos deles. Mesmo os religiosos dos diversos ramos do cristianismo divergem quanto à sua inter­pretação. Entre os evangélicos, há os preteristas que defendem que a maior parte do Apocalipse tem sua principal referência no passado e descreve simbolicamente a luta entre o cristianismo e o Império Romano; os futuristas declaram que a maior parte do livro se cumprirá no futuro; os historicistas — entre os quais se destacam Wicliff, Lutero e Isaac Newton — não têm dúvida de que o livro já se cumpriu parcialmente no passado, está se cum­prindo no presente, e se cumprirá plenamente no futuro; já os idealistas, ou espiritualistas, rejeitam todas essas três corren­tes, e recorrem a um método de interpretação mais espiritual, filosó­fico ou poético, sustentando que a linguagem do vidente é altamente simbólica, entre seus adeptos destacam-se Clemente de Alexandria e Orígene. Há ainda uma quinta corrente, dos que defendem a tese mistagoga, a mais permanente na exegese, que vê no livro uma descrição da própria Igreja, em sua liturgia, como a Jerusalém celeste. Como tal, o que é revelado também é consistente com aspectos da Igreja terrestre que é apenas seu reflexo em perpétuo devir (sua liturgia, sacramentos, seu tempo — incluindo seu término).
Os católicos em geral tendem a considerar que o Apocalipse não deve ser interpretado ao pé da letra. Os mais eruditos e penetrantes espíritos da Igreja, desde sua própria fundação, o estudaram sem chegar a uma interpretação unânime quanto a todos os pontos. O livro permanece misterioso em grande parte, e por isso a Igreja adota muita cautela diante dele, sem impor oficialmente nenhuma das numerosas explicações dadas até mesmo por Doutores da Igreja.
As opiniões também divergem quanto à validade profética e à própria qualidade literária do texto. Renan, por exemplo, vê no estilo de seu autor a «perfeita an­tí­tese da obra-prima grega», mas reconhece que ele foi o último grande profeta e que o Apocalipse «oferece o fenômeno quase único duma imitação de gênio, uma rapsódia original». Já para D. H. Lawrence, é um «livro pagão muito anterior a Cristo, condimentado pela simbologia cósmica, corroído depois por escribas judeus» e moldado pelas conveniên­cias da nova religião. Segundo ele, os profetas tardios que o usaram tentaram ocultar os vestígios da sua matriz pagã e, em sua opinião, esse talvez seja o mais detestável livro da Bíblia, uma «orgia de mistificação», repleta de artificialismo pomposo e de imagens que são «totalmente apoéticas e arbitrárias».
O Apocalipse tornou-se fonte dos mais desca­belados delírios mile­naristas que perduram até hoje. Sobre ele diz Gérard de Séde, em seu livro Estranho Mundo dos Profetas: 
«Há vinte séculos que o Apo­calipse foi saqueado, proposital ou inconscientemente, que foi plagiado, deformado, adaptado aos gostos da época e a serviço das mais diferentes causas, pelos pregadores e os blasfema­dores, os que vaticinavam a boa ou a má sorte».
E conclui, dizendo aquilo que todas as pessoas de bom senso e razoavelmente bem informadas já sabem: 
«...o Apocalipse é o modelo de profecia comprovadamente falsa: o autor anuncia­va o próximo fim do mundo, e já se passaram dois milênios sem que isso acontecesse».
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Não há razão para acreditar que as visões desse livro se apli­quem a quaisquer eventos da atualidade. Visionários do passado e do presente têm se debruçado sobre ele na vã esperança de ante­cipar o futuro e, não raro, com seu fanatismo cego, já provoca­ram lamentáveis tragédias. 
Através dos tempos, o texto do Apocalipse inspirou líderes religio­sos fanáticos a promover revoltas e lutas sangrentas. Seria exaustivo citar todos estes movimentos e quem se interessar pelo assunto pode encontrar fartas referências nos livros de História. Nos séculos XVI e XVII, o profetismo apocalíptico esteve associado às revoltas de camponeses contra a Igreja e os príncipes na Alemanha, nos Países Baixos e na França. Seus líderes geralmente exigiam o «cumprimento das profecias», a libertação da Igreja, o castigo dos mal­vados e o triunfo da justiça. Não é à toa, pois, que os padres relutaram em aceitar a temática do Apo­calipse. Sempre que estas ideias ganham força entre o povo a própria Igreja passa a correr riscos...  Todos os falsos pro­­fetas tentaram precipitar o cumprimento das profecias de imediata consumação dos tempos e, frequentemente, só conseguiram provocar derramamento de sangue, tornando-se também vítimas destas mes­mas ideias.
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Luzes sobre o Apocalipse
Jean André de Luc 
São Paulo, Bira Câmara Editor, 2021.
Brochura, 172 páginas, formato 14 X 21 cm.
Tradução de Bira Câmara. Primeira edição em língua portuguesa.
Fonte:
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'SEMENTES JOGADAS FORA!!
“De acordo com a Nossa Vontade, os elementos se *alternam conforme as necessidades mais urgentes... Sabemos que o trilhar dessa Nossa Vontade torna-se por vezes desanimadora ao se perceber barreiras intransponíveis! E SÃO MESMO *humanamente!... A grandiosidade das barreiras representa o grau de *subversão que o mundo assumiu, através da prepotência desenfreada!...
Meus apelos não são ouvidos!! Meus Avisos e Meus mensageiros são colocados a margem, como desprezíveis e ridículos!!... O esforço em Me fazer ouvir atinge o nível de saturação, quando por livre vontade, o Mundo aceita e busca viver SEM a Minha existência!!....
Loucos desvairados em seus delírios de poder!!!... Criaturas dominadas e escravas dos apelos mundanos que arrastam, escravizam e matam sem piedade!!... Tudo isso já sabes, filha!!... És treinada há tempos como instrumento em Nossas Mãos...
Por vezes te sentes vencida pelo desânimo que nada consegue visualizar como abertura possível. É o heroico *treinamento da perseverança lem-brado por ti em Sta. Rita, que aguava um ramo seco por obediência e perseverança! Molha teu ‘ramo seco’ filha!!! Ele pode florir a qualquer momento, como o ramo de José floriu diante do Sumo Pontífice... Acredita!! Acredita!! Acredita!!!... A SOLUÇÃO VEM DO CÉU e todo desenrolar surpreenderá multidões!...
Tua função continua a mesma, independente do que fazem ou deixam de fazer... NADA sairá contra a Minha determinação... NADA poderás acrescentar com teu esforço, nas decisões de terceiros!... Tudo está escrito e guardado a sete chaves!!... Prossegue teu trabalho com Amor, até que novas inspirações te sejam passadas. Sementes desperdiçadas e jogadas fora NÃO FARÃO FALTA na Minha Majestosa seara!!.... Segue filha!... Segue filhinha!!...”
Teu Pai, Filho e Espírito Santo.
(Locuções de Marjorie Dawe - )
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btrrdys · 6 months
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paradoxos intermináveis que permeiam o espaço-tempo // 19/03/2024
já é quase abril. mas mesmo assim, o calor intenso não se desfaz. e eu, derreto nos meus lençóis.
derreto como as asas de ícaro, iludido pela própria vaidade.
derreto porque sou um desvairado, que tem pensamentos pecaminosos mesmo numa casa religiosa e de bons costumes.
derreto porque, nas noites de verão, me transmuto em um animal faminto que só pensa em estraçalhar pedaços de carne crua.
derreto como uma casquinha de sorvete no sol de roma. que se acaba na ponta da sua língua. que lambuza cada um de seus dedos.
a lua se coloca feroz na calada. silenciosa, como um gatuno. e o seu brilho carrega em si uma sórdida verdade. a revelação dos pecados. a malícia dos homens. a consumação dos rituais. e que meu espírito seja livre o quanto o meu corpo físico durar. que nossas vidas se entrelacem assim como foi escrito. e que se deus existe, que ele nos reúna novamente. e que eu desconte todo o meu ódio em você. e que eu deposite todo o meu amor em você. que nós viremos um só, os representantes morais da dualidade. do bem e do mal. do yin e do yang. que nosso toque seja tão sublime quanto um soco na costela. tão ardente como a guerra no inverno soviético.
e que nossas dicotomias sejam eternas como nossos destinos.
mas se nem o céu e o sol, potentes e magníficos como são, serão eternos, como nós, tão pequenos e humildes, podemos ser?
e na verdade, eu prometo tanto mas pra esse questionamento eu não tenho resposta. esse é o mistério da esfinge. a pergunta de um milhão de dólares. a pergunta que só você, olhando no meu olho, vai me responder.
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"As Cartas de Mário de Andrade"...
a lição do amigo é um livro maravilhoso, que nos permite compreender o olhar atento e cuidado do poeta-amigo e autor de macunaíma para os escritos dos amigos...
Das cartas escritas por Mário de Andrade, cerca de sete mil estão disponíveis no IEB. Há alguns conjuntos que saltam aos olhos — um desses tem como remetente o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade que se trata de um confesso preguiçoso. Escrevia pouco. Era muito reservado, porém, abriu-se com Mário… a quem enviou cadernos inteiros, confiando poemas inéditos ao poeta-homem-desvairado. A…
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memories-invented · 2 years
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O ultimo vaga-lume.
Eu deveria ter escrito. Deveria, enquanto sentia. Enquanto a sensação do teu beijo ainda pairava sobre meus lábios. Deveria ter sentido direito. Então se via caminhando um garoto bobo, com um sorriso que não era seu. Eu deveria ter lhe dito. Mas chegamos a ultima folha. Chegamos a ultima de minhas melodias. A ultima nota. Um ultimo suspiro. Como sussurros de uma voz feroz e distante. Tentei capturar meu ultimo vaga-lume no ultimo instante como uma fotografia, para sempre um instante. Gostaria de ter lhe contado tudo. De escrever você, não o que eu via, não o que eu sentia. Gostaria de escrever você, encaixando cada palavra como num quebra-cabeça de infinitas peças. Mas minhas palavras são tão obvias, quanto as lagrimas de um louco desvairado. Gostaria de ter tido tempo, de capturar um único, de mil instantes que seu olhar se encaixava no meu. E ficávamos nos olhando como bobos que éramos, sem saber o que dizer. Talvez este seja o ultimo, dos mil poemas que ainda não escrevi. Talvez este meu ultimo poema, seja pra lhe dizer que, ate ontem estava quase vivo, hoje depois de você, me sinto quase um tolo sobre as folhas sujas.
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flor-eando · 4 years
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nada
Sim, eu sei. Eu sei o que dizes sobre tudo que sinto, sei o que dizes sobre o que ando escrevendo, mas o que seria de mim senão o amor? Isso é o que me faz ferver, o que me faz, o que faz minha mente e minha poesia se despirem. Se olho para o céu e vejo pássaros, é apenas um cenário poluído mas se vejo pelos olhos do amor, é o mais belo céu já visto e os tais pássaros têm o mais belo canto já escutado. Sim, eu entendo o que tu me explicas sobre a realidade, sobre a vida pouco farta mas agora me responda: o que seria de mim senão o amor? Eu seria um mero mortal em meio a tantos outros meros mortais, buscando verdade e significado onde não há, vivendo na monotonia enquanto aguardo a visita eterna de uma velha, estranha e severa amiga chamada morte, seria eu apenas um pedaço de ossos e carne excêntrico e crente de ser imensamente especial mesmo habitando em um universo gigantesco e pouco explorado até então, seria eu apenas um, um qualquer por aí que encontra-se ao léu, então não pense em arrancar de mim a única coisa que faz-me pensar ser extraordinário, arrancar de mim o pingo de vivacidade, deixe meus escritos jogados e meu vinho derramado da noite passada, deixe minha cama bagunçada, deixe meus pensamentos desvairados ou apaixonados. Só deixe. Afinal, o que seria de mim senão o amor?
MARIA CLARA COSTA
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compostos · 6 years
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Subitamente
talvez se você não me devorasse com esse olhos canibalescos, ou me tocasse com essas mãos quentes. talvez se você não se aproveitasse dos meus vazios e não tentasse me preencher com suas teorias sobre a vida e a lucidez. logo você que nunca foi do tipo lucida, nunca teve o mundo nas mãos como quer fazer parecer ter. me pergunto o motivo de tentar se mostrar tão firme, tão implacável. Anjo, não é sua força que me traga, não são seus olhos duros e punhos cerrados que me ganham o peito. é teu riso distraído e desvairado, é tua voz suave e o jeito como me repreende parecendo uma garotinha de seis anos com o dedo em riste tentando falar grosso. você é poesia e nem vê, e eu te leio sem que saibas que é um livro aberto. te trago sem que percebas que está sendo absorvida, te tenho sem que conheças o significado de pertencer. ta tudo escrito, ta tudo dito, tudo feito. fecho os olhos e te observo bailar nas minhas pálpebras. nossas almas já se ligaram pelo espaço-tempo.
John and blues, sobre um novo amor.
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otrem · 4 years
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A Palavra segundo J.
Premido pela triste peste, que carcomia as almas mais que os corpos, J. teve medo.
Tomou então rumo desvairado, como todos aqueles que fugiram mundo afora. Não foi, pois, por uma razão desconhecida e intempestiva que ele deixou que o destino tirano o conduzisse ao deserto.
Lá, naquela solidão, foi tentado por seu próprio espírito que o perturbou durante quarenta dias.
Sim, eram dias, mas ele contava-os pelas noites, e pelos movimentos dançarinos da lua que no seu ciclo se desnudava ou se escondia, de acordo com uma mecânica celeste que fazia a roda da eternidade girar.
Pois foi na solidão do deserto que ele encontrou seu outro lado. E este seu outro lado ele chamava de Demônio.
E, assim, dizia-lhe Demônio em surdina: “Você lembra-se daquele pão com manteiga que na sua infância sua mãe lhe servia quando você voltava da escola? Se você ficar insano você pode comer esta pedra como se fosse um pão?”.
Respondeu-lhe J. sorrindo: “Mas, onde está escrito que loucos comem pedra? O homem pode se alimentar, também, da memória do pão’”.
Noutro dia, aquele Demônio o conduziu a um lugar bem alto, mostrou-lhe por um instante todos os reinos da terra, que naquela hora estavam ainda mais desertos que o deserto mesmo em que ele se encontrava.
E Demônio disse-lhe sorrateiro: “É fácil se declarar poderoso, o que lhes daria glória nestes reinos hoje desabitados. Você pode se apropriar das riquezas que estão lá abandonadas, sem que ninguém as guarde. Estão para serem entregues e dadas a quem quiser”.
Respondeu-lhe então J, com serenidade: “Está escrito: ‘De que adiantaria adorar a riqueza e o poder, se eles de nada podem servir aos homens’”.
Depois, a voz de Demônio levou-o ao ponto extremo do deserto, onde podiam ser vistos os portais das terras dos mortos e disse-lhe: “Se és corajoso lança-te daqui abaixo nesta terra da peste, rompes a quarentena, pois deve estar escrito em algum lugar que não tens que receber ordens de ninguém e não deve haver alguém mais que vai agir a seu respeito, ou te guardar. Mas, é certo, deve haver ainda um ou outro que possa ser corrompido, por riqueza e promessas de grandeza, e que de modo subserviente te transportará nos ombros, para que não te contamines com este vírus mortal”.
J. respondeu-lhe: “Foi dito: ‘Não há nada que eu possa fazer por mim, que eu não possa fazer pelos outros homens’”.
Terminada toda esta tentação, J. fez calar dentro dele a voz de Demônio, até que viesse o momento oportuno e vindouro.
Em paz, ele dormiu e sonhou, que do sonho também sobrevive o homem.
Naqueles dias J. nada comeu, mas, quando findou esta quarentena ele teve uma fome abissal.
Não era a fome ou a sede que até então o consumia, com aquele doloroso vazio no estômago e a boca seca e amarga.
Era sim a fome da palavra, do diálogo e da fraternidade dos homens. Do riso e do choro, do olho no olho, da alegria e da dor compartilhada, do simples aperto de mão, dos efusivos ritos de encontro e desencontro, do aconchego do outro, do convívio e da expressão do afeto humano.
E J. voltou. E seguiu sendo quem ele era com humildade e desassossego...
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desencaixados-blog · 5 years
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Resenha, Jumanji | Desencaixados
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Título: Jumanji Autor: Chris Van Allsburg Editora: DarkSide Books Gênero: Infantil/Aventura Número de páginas: 32 SKOOB
Adquira aqui: Amazon
Sinopse: Jumanji conta a história de Peter e Judy, que encontraram um misterioso jogo de tabuleiro cujas instruções avisam: a partida deve ir até o final ou durará para sempre. Nem nos sonhos mais desvairados eles imaginavam que um jogo aparentemente simples viraria realidade, nem que levaria à aventura mais espantosa de suas vidas.
Jumani é uma história altamente conhecida devido os filmes, mas poucas pessoas têm ciência que é uma adaptação cinematográfica da obra escrita e ilustrada por Chris Van Allsburg, publicada oficialmente em 1981, um clássico da literatura. Agora a Darkside Books está trazendo o título para o mercado editorial brasileiro pelo selo Caveirinha, dedicado às narrativas infantis que aglomera até mesmo os adultos.
A história gira em torno das crianças Peter e Judy, ambas estão entediadas dentro de casa enquanto seus pais vão até um compromisso, mas o tédio acaba quando encontram um jogo de tabuleiro chamado Jumanji, uma das regras é começar a partida e parar somente no final. Na inocência, Peter inicia a brincadeira e coloca toda sua casa em perigo.
Jumanji, escrito e ilustrado por Chris Van Allsburg, é um título infantil que agrada até mesmo os adultos, apresentando um enredo bastante conhecido devido as adaptações, a DarkSide Books fez questão de trazer esta obra para o Brasil visando o quanto é bom também conferir a história através do livro que deu origem aos filmes. Portanto, mesmo com poucas páginas, precisamos conversar sobre este clássico.
Apresentar o mundo literário para crianças é muito importante, principalmente pelo fato de livros serem uma fonte rica em conhecimento, sendo funcional para o crescimento do pequeno. Por isso, Jumanji acaba sendo essencial para a vida dos leitores mais novos ao estimular o pensamento especulativo, onde a fantasia precisa ser idealizada individualmente, isso acontece mesmo com a presença de ilustrações nas páginas.
A obra consegue se destacar entre as crianças por explorar um momento bastante frequente na vida de qualquer pessoa. O tédio é presente em diversos lugares e Chris conseguiu apresentar um enredo em que os protagonistas encontram uma forma misteriosa de solucionar esse problema, mas também é responsável o suficiente para introduzir uma lição de perigo e atenção, isso é nitidamente visto no final da história quando Peter e Judy estão “encurralados”.
Chris Van Allsburg é bastante genial ao idealizar esta história em pleno anos 80, isso acaba sendo ainda mais admirável quando fazemos a leitura e conhecemos a sua ideia amplamente fantástica. Porém, mesmo com elogios é necessário ressaltar que a falta de detalhes e aprofundamento dentro de Jumanji pode incomodar alguns adultos que buscam por uma história que vai além dos filmes. Só que isso é bastante relativo, principalmente por tratar de um enredo infantil, o leitor precisa ter em mente que esta é uma obra de fácil compreensão, leitura rápida e recheada de ilustrações, justamente devido o público-alvo ser crianças.
Por outro lado, o trabalho de ilustrações de Chris Van Allsburg é fascinante, ele deixa a narrativa ainda mais original, principalmente por explorar traços hipnotizantes e quase surreais. Somos recepcionados com cenas encantadoras devido a engenhosa arte do ilustrador, isso enriquece visualmente a experiência de uma criança que faça a leitura do título, mas também chega ser encantador para os mais velhos.
Como de se esperar, a DarkSide Books conseguiu desenvolver uma edição simples, mas incrível. Utilizando materiais de qualidade, a capa segue a essência da comemoração de 30 anos e traz detalhes que fazem a diferença; como o título do livro em vermelho e com material que reflete luz. Talvez conteúdos ou comentários extras deixariam a edição ainda mais interessante, mas aparentemente a editora preferiu manter a originalidade dedicando às crianças.
Jumanji, de Chris Van Allsburg, é um título que estimula as especulações e promove criatividade para os pequenos. Porém, também apresenta uma história muito nostálgica e hipnotizante para os mais velhos, consequentemente sendo uma obra exclusivamente para todos.
Por Victor Tadeu
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fhcanata · 11 months
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Uma nova tempestade se aproxima
O céu está desabando lá fora em uma tempestade sinistra. O mais engraçado disso tudo, é que eu adorava esses tempos. Eu amava. Era o máximo quando criança ver essas tempestades furiosas. Ainda as acho extremamente belíssimas, mas não amo mais. Agora eu só sinto... medo. Parece que a gente vai crescendo e a vida vai tirando um a um os nossos prazeres até que não reste nada além de medo e frustração. Tudo que é bom faz mal, mata, ou traz consequências desagradáveis. Chego a conclusão de que não é depois que se morre que se vive o inferno. O inferno é viver nesse mundo cercado de medo por todos os lados, e medo por todas as coisas.
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Todas nós sonhamos ter um cabelo saudável, macio e brilhoso, mas no nosso dia a dia fazemos coisas que maltratam e enfraquecem os fios. Outro ingrediente muito popular que pode ser usado para desfrutar de um cabelo mais grosso é aloe vera , graças à sua qualidade hidratante. Ele também irá ajudar a restaurar equilíbrio do pH do couro cabeludo. Auxilia e estimula crescimento do fio, nutrindo- e fortalecendo-. Resultando em um cabelo forte, saudável e com um crescimento acelerado. Certamente, romance não fala de coisas bonitas, não é uma história de final feliz, mas descreve com sobriedade e realidade fatos cotidianos da época em que foi escrito e transcende tempo, pois encontramos semelhanças entre romance e a vida atual de nossa sociedade, sobretudo nos grandes redutos humanos como as grandes cidades do Brasil. Procure também produtos que tenham a biotina na composição como máscaras capilares e shampoos, quando a biotina está no shampoo ela também ajuda ao cabelo a crescer, pois estimula crescimento. 8. Proteja cabelo do sol. Você pode prendê-lo, usar protetores solares para cabelos ou cremes de pentear especiais para verão, cloro de piscina e água do mar. Este é passo mais importante, sem dúvida. Coma muitos tipos de alimentos, incluindo peixe, legumes, carne, frutas, etc. Você também deve tomar pílulas diárias multivitamínicas, zinco, magnésio e cálcio também. Eu não acho que ele tem um efeito direto, mas Ômega 3 e 6 ácidos graxos são muito importante para seu coração e veias. Você os obtém a partir de peixes gordurosos ou suplementos. Depois da emoção de lançar as duas novidades, estilista ressaltou que a nova coleção Resort aliada à atenção em oferecer um tratamento completo de beleza para os fios representam um amadurecimento como profissional. Ter virado parceiro da Walory, que é uma empresa que escolhe as melhores matérias-primas e realiza um trabalho cuidadoso e meticuloso como meu, me deixa realizado porque estamos apresentando ao mercado feminino um tratamento diferenciado para os cabelos, que vai enriquecer qualquer produção escolhida por elas”, diz. Quem aí já se deparou com aquelas fotos da internet, aonde aparece as Asiáticas com cabelos enormes? Pois bem, dizem que segredo delas para manter cabelo longo e saudável, é a água de arroz, elas utilizam a água a anos, e acreditam que isso faz os fios ficarem mais fortes e compridos. Coloque na mesma quantidade óleo de rícino e óleo de coco, aqueça essa mistura e quando estiver morno ou frio, aplique nos cabelos, principalmente no couro cabeludo com movimento circulares. Penteia cabelo, removendo os emaranhados, coloque uma toalha umedecida com água morna por uma hora e depois enxague os cabelos. processo deve ser repetido uma vez por semana, assim você terá cabelos saudáveis. Para manter seu cabelo bonito, forte e saudável, é aconselhável que corte, em média, de dois em dois meses, garantindo deste modo uma renovação capilar que vai ajudar a evitar aparecimento das tão indesejadas pontas espigadas. Esta prática não só elimina as pontas que se apresentam danificadas, como permite que seu cabelo cresça mais forte. A linhaça, além de ser saudável para corpo, também ajuda a engrossar os cabelos por ser rica em ácidos graxos, ômega 3 e proteínas. Hoje vou ensinar passo a passo de como faço reconstrução nos meus cabelos em casa. É bem simples e fundamental para manter a saúde dos cabelos, principalmente se você fez ou faz alguma química com frequência. 67) Paula "bruxa": Secundária. Redonda porque incendeia cortiço. Cabocla velha, extremamente feia, grossa, triste, com olhos desvairados, dentes cortados ampere navalha, cabelos lisos e ainda retintos. Respeitada pelos "benzimentos". Após a expulsão de Marciana do cortiço, desenvolve comportamento psicótico e por duas vezes tentou incendiar cortiço conseguindo apenas na segunda. Depois de ser atingida pelo fogo, morre. azeite de Oliva é um excelente emoliente natural que proporciona maciez e vitalidade aos fios. Ele é purificador, calmante e serve para recuperar a elasticidade alem de dar muito brilho aos cabelos. Mas não para por ai, azeite também é um antioxidante poderoso que para as pessoas que tingem cabelo é sinônimo de um cor mais vibrante por muito mais tempo e proporciona a todos um rejuvenescimento da fibra capilar evitando assim fissuras e por consequência quebra. jeito mais simples de utilizar é misturar 2 colheres de café de Amla com suco de lima e esfregar no couro cabeludo. Deixe descansar e enxague com água morna. 3. Beba água. A água ajuda a liberar as toxinas do corpo e assim fazer com que seu cabelo cresça mais e que fique mais resistente e hidratado. 2 litros por dia é recomendado. É importante conhecer as noções básicas de cuidados com cabelo e entender como crescimento dele trabalha para que você possa identificar qualquer problema que haja. Queda excessiva ou cabelo sem aspecto saudável podem ser sintomas de um problema maior e devem ser tratados mais cedo possível. Hipotireoidismo Congênito é uma das causas mais freqüentes do retardo mental quando as populações não dispõem dos serviços do PNTN. Pode ser primário, secundário ou terciário, esse dois últimos são denominados de Hipotireoidismo Congênito central, e são provocados por lesões congênitas na hipófise ou no hipotálamo, essas formas são mais freqüentes, aproximadamente 1:100 000 RN vivos. Hipotireoidismo Congênito primário é causado por anormalidade na formação ou na função da glândula tireóide e pode ser permanente ou transitório. As formas permanentes são as mais importantes, por serem mais freqüentes e pelo fato de necessitarem de tratamento por toda vida (NUPAD, 2008). http://activehair.club/
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SEMENTES JOGADAS FORA!!
“De acordo com a Nossa Vontade, os elementos se *alternam conforme as necessidades mais urgentes... Sabemos que o trilhar dessa Nossa Vontade torna-se por vezes desanimadora ao se perceber barreiras intransponíveis! E SÃO MESMO *humanamente!... A grandiosidade das barreiras representa o grau de *subversão que o mundo assumiu, através da prepotência desenfreada!...
Meus apelos não são ouvidos!! Meus Avisos e Meus mensageiros são colocados a margem, como desprezíveis e ridículos!!... O esforço em Me fazer ouvir atinge o nível de saturação, quando por livre vontade, o Mundo aceita e busca viver SEM a Minha existência!!....
Loucos desvairados em seus delírios de poder!!!... Criaturas dominadas e escravas dos apelos mundanos que arrastam, escravizam e matam sem piedade!!... Tudo isso já sabes, filha!!... És treinada há tempos como instrumento em Nossas Mãos...
Por vezes te sentes vencida pelo desânimo que nada consegue visualizar como abertura possível. É o heroico *treinamento da perseverança lem-brado por ti em Sta. Rita, que aguava um ramo seco por obediência e perseverança! Molha teu ‘ramo seco’ filha!!! Ele pode florir a qualquer momento, como o ramo de José floriu diante do Sumo Pontífice... Acredita!! Acredita!! Acredita!!!... A SOLUÇÃO VEM DO CÉU e todo desenrolar surpreenderá multidões!...
Tua função continua a mesma, independente do que fazem ou deixam de fazer... NADA sairá contra a Minha determinação... NADA poderás acrescentar com teu esforço, nas decisões de terceiros!... Tudo está escrito e guardado a sete chaves!!... Prossegue teu trabalho com Amor, até que novas inspirações te sejam passadas. Sementes desperdiçadas e jogadas fora NÃO FARÃO FALTA na Minha Majestosa seara!!.... Segue filha!... Segue filhinha!!...”
Teu Pai, Filho e Espírito Santo.
(Locuções de Marjorie Dawe - )
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arquivoememoria · 5 years
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“essa redistribuição se faz sempre por corte. Duas margens são traçadas: uma margem sensata, conforme, plagiária (trata-se de copiar a língua em seu estado canônico, tal como foi fixada pela escola, pelo uso correto, pela literatura, pela cultura), e uma outra margem, móvel, vazia (apta a tomar não importa quais contornos) que nunca é mais do que o lugar de seu efeito: lá onde se entrevê a morte da linguagem. Estas duas margens, o compromisso que elas encenam, são necessárias. Nem a cultura nem a sua destruição são eróticas; é a fenda entre uma e outra que se torna erótica. O prazer do texto é semelhante a esse instante insustentável, impossível, puramente romanesco, que o libertino degusta ao termo de uma maquinação ousada, mandando cortar a corda que o suspende, no momento em que goza.”
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A margem subversiva pode parecer privilegiada porque é a da violência; mas não é a violência que impressiona o prazer; a destruição não lhe interessa; o que ele quer é o lugar de uma perda, é a fenda, o corte, a deflação, o fading que se apodera do sujeito no imo da fruição. A cultura retorna, portanto, como margem: sob não importa qual forma.
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Texto de prazer: aquele que contenta, enche, dá euforia; aquele que vem da cultura, não rompe com ela, está ligado a uma prática confortável da leitura. Texto de fruição: aquele que põe em estado de perda, aquele que desconforta (talvez até um certo enfado), faz vacilar as bases históricas, culturais, psicológicas, do leitor, a consistência de seus gostos, de seus valores e de suas lembranças, faz entrar em crise sua relação com a linguagem.
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Sociedade dos Amigos do Texto: os seus membros não teriam nada em comum (pois não há forçosamente acordo sobre os textos do prazer), senão seus inimigos: maçadores de toda espécie, que decretam a perempção do texto e de seu prazer, seja por conformismo cultural, seja por racionalismo intransigente (suspeitando de uma “mística” da literatura), seja por moralismo político, seja por crítica do significante, seja por pragmatismo imbecil, seja por parvoíce farsista, seja por destruição do discurso, perda do desejo verbal.
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deixa entrever a verdade escandalosa da fruição: que ela poderia muito bem ser, abolido todo o imaginário da fala, neutra.
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O prazer não é uma pequena fruição? A fruição é apenas um prazer extremo? O prazer é apenas uma fruição enfraquecida, aceita – e desviada através de um escalonamento de conciliações? A fruição não é senão um prazer brutal, imediato (sem mediação)? Da resposta (sim ou não) depende a maneira pela qual iremos contar a história de nossa modernidade. Pois se eu digo que entre o prazer e a fruição não há senão uma diferença de grau, digo também que a história está pacificada: o texto da fruição é apenas o desenvolvimento lógico, orgânico, histórico, do texto de prazer, a vanguarda não é mais do que a forma progressiva, emancipada, da cultura do passado: o hoje sai de ontem, Robbe-Grillet já está em Flaubert, Sollers em Rabelais, todo o Nicolas de Stael em dois centímetros quadrados de Cézanne. Mas se creio, ao contrário, que o prazer e a fruição são forças paralelas, que elas não podem encontrar-se e que entre elas há mais do que um combate: uma incomunicação, então me cumpre na verdade pensar que a história, nossa história, não é pacífica, nem mesmo pode ser inteligente, que o texto de fruição surge sempre aí à maneira de um escândalo (de uma claudicação), que ele é sempre o traço de um corte, de uma afirmação (e não de um florescimento) e que o sujeito dessa história (esse sujeito histórico que eu sou entre outros), longe de poder acalmar-se levando em conjunto o gosto pelas obras passadas e a defesa das obras modernas num belo movimento dialético de síntese, nunca é mais do que uma “contradição viva”: um sujeito clivado, que frui ao mesmo tempo, através do texto, da consistência de seu ego e de sua queda.
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Com o escritor de fruição (e seu leitor) começa o texto insustentável, o texto impossível. Este texto está fora-de-prazer, fora-da-crítica, a não ser que seja atingido por um outro texto de fruição: não se pode falar “sobre” um texto assim, só se pode falar “em” ele, à sua maneira, só se pode entrar num plágio desvairado, afirmar histericamente o vazio da fruição (e não mais repetir obsessivamente a letra do prazer).
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A emoção: por que seria ela antipática à fruição (eu a via erradamente toda do lado da sentimentalidade, da ilusão moral)? É uma perturbação, uma orla de desvanecimento: alguma coisa de perversos, sob os exteriores de bons sentimentos; talvez seja mesmo a mais retorcida das perdas, pois contradiz a regra geral, que quer dar à fruição uma figura fixa: forte, violenta, crua: algo de necessariamente musculado, tenso, fálico. Contra a regra geral: nunca se deixar iludir pela imagem da fruição; concordar em reconhecê-la por toda parte onde sobrevenha uma perturbação da regulação amorosa (fruição precoce, retardada, emocionada, etc.): o amor-paixão como fruição. A fruição como sabedoria (quando consegue compreender-se a si mesma fora de seus próprios preconceitos)?
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Quanto mais uma história é contada de uma maneira decente, eloqüente, sem malícia, num tom adocicado, tanto mais fácil é invertê-la, enegrecê-la, lê-la às avessas (Mme de Ségur lida por Sade). Esta inversão, sendo uma pura produção, desenvolve soberbamente o prazer do texto.
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Como é que um texto, que é linguagem, pode estar fora das linguagens? Como exteriorizar (colocar no exterior) os falares do mundo, sem se refugiar em um úl timo falar a partir do qual os outros seriam simplesmente relatados, recitados? Desde que nomeio, sou nomeado: fico preso na rivalidade dos nomes. Como e que o texto pode “se safar” da guerra das ficções, dos socioletos? – Por um trabalho progressivo de extenuação. Primeiro o texto liquida toda metalinguagem, e é nisso que ele é texto: nenhuma voz (Ciência, Causa, Instituição) encontra-se por trás daquilo que é dito. Em seguida, o texto destrói até o fim, até a contradição, sua própria categoria discursiva, sua referência sociolingüística (seu “gênero”) é “o cômico que não faz rir”, a ironia que não se sujeita, a jubilação sem alma, sem mística (Sarduy), a citação sem aspas. Por fim, o texto pode, se tiver gana, investir contra as estruturas canônicas da própria língua (Sollers): o léxico (neologismos exuberantes, palavras- gavetas, transliterações), a sintaxe (acaba a célula lógica, acaba a frase). Trata-se, por transmutação (e não mais somente por transformação), de fazer surgir um novo estado filosofal da matéria linguareira; esse estado inaudito, esse metal incandescente, fora de origem e fora de comunicação, é então coisa de linguagem e não uma linguagem, fosse esta desligada, imitada, ironizada.
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Alguns querem um texto (uma arte, uma pintura) sem sombra, cortada da “ideologia dominante”; mas é querer um texto sem fecundidade, sem produtividade, um texto estéril (vejam o mito da Mulher sem Sombra). O texto tem necessidade de sua sombra: essa sombra é um pouco de ideologia, um pouco de representação, um pouco de sujeito: fantasmas, bolsos, rastos, nuvens necessárias; a subversão deve produzir seu próprio claro-escuro.
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Paradoxo: esta gratuidade da escritura (que aproxima, pela fruição, a da morte) o escritor cala-a: ele se contrai, exercita os músculos, nega a deriva, recalca a fruição: são pouquíssimos os que combatem ao mesmo tempo a repressão ideológica e a repressão libidinal (aquela, naturalmente, que o intelectual faz pesar sobre si mesmo: sobre sua própria linguagem).
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Nenhuma significância (nenhuma fruição) pode produzir-se, estou persuadido disso, numa cultura de massa (a distinguir, como o fogo da água, da cultura das mas sas), pois o modelo dessa cultura é pequeno-burguês. É a característica de nossa contradição (histórica) que a significância (a fruição) esteja inteiramente refugiada em uma alternativa excessiva: ou numa prática mandarinal (proveniente de uma extenuação da cultura burguesa) ou então numa idéia utópica (a de uma cultura vindoura, surgida de uma revolução radical, inaudita, imprevisível, sobre a qual aquele que hoje escreve só sabe uma coisa: é que, como Moisés, não entrará aí).
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Todas as análises sócio-ideológicas concluem pelo caráter deceptivo da literatura (o que lhes tira um pouco de sua pertinência): a obra seria finalmente sempre escrita por um grupo socialmente desiludido ou impotente, fora de combate por situação histórica, econômica, política; a literatura seria a expressão dessa decepção. Estas análises esquecem (e é normal, visto que são hermenêuticas baseadas na pesquisa exclusiva do significado) o formidável anverso da escritura: a fruição: fruição que pode explodir, através dos séculos, fora de certos textos escritos entretanto para a glória da mais sombria, da mais sinistra filosofia.
(...)
a linguagem encrática (aquela que se produz e se espalha sob a proteção do poder) é estatutariamente uma linguagem de repetição; todas as instituições oficiais de linguagem são máquinas repisadoras: a escola, o esporte, a publicidade, a obra de massa, a canção, a informação, redizem sempre a mesma estrutura, o mesmo sentido, amiúde as mesmas palavras: o estereótipo é um fato político, a figura principal da ideologia. Em face disto, o Novo é a fruição (Freud: “No adulto, a novidade constitui sempre a condição da fruição”). Daí a configuração atual das forças: de um lado, um achatamento de massa (ligado à repetição da linguagem) – achatamento fora-de-fruição, mas não forçosamente fora-de prazer – e, de outro, um arrebatamento (marginal, excêntrico) rumo ao Novo – arrebatamento desvairado que poderá ir até a destruição do discurso: tentativa para fazer ressurgir historicamente a fruição recalcada sob o estereótipo.
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Quando, num debate, alguém representa qualquer coisa a seu interlocutor, não faz mais do que citar o último estado da realidade, o intratável que existe nela. Do mesmo modo, talvez, o romancista ao citar, ao nomear, ao notificar a alimentação (ao tratá-la como notável), impõe ao leitor o último estado da matéria, aquilo que, nela, não pode ser ultrapassado, recuado (não é por certo o caso dos nomes que foram mencionados anteriormente: marxismo, idealismo, etc.). É isso! Este grito não deve ser entendido como o próprio limite da nomeação, da imaginação. Haveria em suma dois realismos: o primeiro decifra o “real” (o que se demonstra mas não se vê) e o segundo diz a “realidade” (o que se vê mas não se demonstra); o romance, que pode misturar estes dois realismos, junta ao inteligível do “real” a cauda fantasmática da “realidade”: espanto com o fato de que se comesse em 1791 “uma salada de laranjas com rum”, como em nossos restaurantes de hoje: isca de inteligível histórico e teimosia da coisa (a laranja, o rum) em estar aí.
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Mesmo se repusermos o prazer do texto no campo de sua teoria e não no de sua sociologia (o que arrasta aqui a uma discussão particular, aparentemente desprovida de qualquer alcance nacional ou social), é efetivamente uma alienação política que está em causa: a perempção do prazer (e mais ainda da fruição) em uma sociedade trabalhada por duas morais: uma majoritária, da vulgaridade, outra, grupuscular, do rigor (político e/ou científico). Dir-se-ia que a idéia do prazer já não lisonjeia ninguém. Nossa sociedade parece ao mesmo tempo calma e violenta; de toda maneira: frígida.
(...)
A fruição do texto não é precária, é pior: precoce; não surge no devido tempo, não depende de nenhum amadurecimento. Tudo é arrebatado numa só vez. Este arrebatamento é evidente na pintura, a que se faz hoje: desde que é compreendido, o princípio da perda se torna ineficaz, é preciso passar a outra coisa. Tudo é jogado, tudo é fruído na primeira vista.
(...)
Se fosse possível imaginar uma estética do prazer textual, cumpriria incluir nela: a escritura em voz alta. Esta escritura vocal (que não é absolutamente a fala), não é praticada, mas é sem dúvida ela que Artaud recomendava e Sollers pede. Falemos dela como se existisse. Na Antiguidade, a retórica compreendia uma parte olvidada, censurada pelos comentadores clássicos: á actio, conjunto de receitas próprias para permitirem a exteriorização corporal do discurso: tratava-se de um teatro da expressão, o oradorcomediante “exprimia” sua indignação, sua compaixão, etc. A escritura em voz alta não é expressiva; deixa a expressão ao fenotexto, ao código regular da comunicação; por seu lado ela pertence ao genotexto, à significância; é transportada, não pelas inflexões dramáticas, pelas entonações maliciosas, os acentos complacentes, mas pelo grão da voz, que é um misto erótico de timbre e de linguagem, e pode portanto ser por sua vez, tal como a dicção, a matéria de uma arte: a arte de conduzir o próprio corpo (daí sua importância nos teatros extremoorientais). Com respeito aos sons da língua, a escritura em voz alta não é fonológica, mas fonética; seu objetivo não é a clareza das mensagens, o teatro das emoções; o que ela procura (numa perspectiva de fruição), são os incidentes pulsionais, a linguagem atapetada de pele, um texto onde se possa ouvir o grão da garganta, a pátina das consoantes, a voluptuosidade das vogais, toda uma estereofonia da carne profunda: a articulação do corpo, da língua, não a do sentido, da linguagem. Uma certa arte da melodia pode dar uma idéia desta escritura vocal; mas, como a melodia está morta, é talvez hoje no cinema que a encontraríamos mais facilmente. Basta com efeito que o cinema tome de muito perto o som da fala (é em suma a definição generalizada do “grão” da escritura) e faça ouvir na sua materialidade, na sua sensualidade, a respiração, o embrechamento, a polpa dos lábios, toda uma presença do focinho humano (que a voz, que a escritura sejam frescas, flexíveis, lubrificadas, finamente granulosas e vibrantes como o focinho de um animal), para que consiga deportar o significado para muito longe e jogar, por assim dizer, o corpo anônimo do ator em minha orelha: isso granula, isso acaricia, isso raspa, isso corta: isso frui.
Barthes, O prazer do texto 
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Aguarde e verá: Trevas nos esperam
 E quando pensávamos que a coisa não poderia mais piorar vem a notícia: Bolsonaro nomeia como ministro das Relações Exteriores o embaixador Ernesto Henrique Fraga Araújo, atual Diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do MRE, cargo de terceiro escalão do Itamaraty.
Recém-promovido a embaixador, o diplomata agraciado com o cargo não tem muita experiência. Nunca foi chefe de missão diplomática e jamais foi sabatinado pelo Senado. Embora a escolha de um embaixador “júnior” de terceiro escalão para o principal cargo da diplomacia não tenha agradado ao Itamaraty, casa acostumada a uma hierarquia rígida, talvez isso não deva nos preocupar tanto.
Afinal, consta que ele foi sabatinado pelos filhos do capitão, os quais, como se sabe, possuem vasta expertise no espinhoso campo da política externa. Também foi avalizado e indicado pelo insigne filósofo (?) e astrólogo Olavo de Carvalho, grande luminar do pensamento geoestratégico, repeitado em todo o mundo.
Preocupam, no entanto, as “ideias” do diplomata.
Ele é um defensor ardoroso de Donald Trump, o controverso presidente norte-americano, que costuma distribuir grosseiras patadas até mesmo nos aliados históricos dos EUA.
No segundo semestre do ano passado, o diplomata premiado publicou, nos "Cadernos de Política Exterior," um inacreditável artigo intitulado "Trump e o Ocidente”, no qual, em tom messiânico, descreve Trump como uma espécie de novo Salvador da Civilização Ocidental.
O resumo é o seguinte: “O presidente Donald Trump propõe uma visão do Ocidente não baseada no capitalismo e na democracia liberal, mas na recuperação do passado simbólico, da história e da cultura das nações ocidentais. A visão de Trump tem lastro em uma longa tradição intelectual e sentimental, que vai de Ésquilo a Oswald Spengler, e mostra o nacionalismo como indissociável da essência do Ocidente. Em seu centro, está não uma doutrina econômica e política, mas o anseio por Deus, o Deus que age na história. Não se trata tampouco de uma proposta de expansionismo ocidental, mas de um pan‑nacionalismo. O Brasil necessita refletir e definir se faz parte desse Ocidente.”
O artigo, mal-escrito e confuso, contém “pérolas” que precisam ser destacadas.
Segundo ele, “Trump desafia nossa maneira usual de pensar. Aceitemos esse desafio. Não nos satisfaçamos com uma caricatura, com as matérias de 30 segundos que aparecem no Jornal Nacional e tentam sempre mostrar um Trump desconexo, arbitrário, caótico.” De fato, Trump nos desafia. A nós é à lógica. É difícil perceber consistência e coerência num “pensamento” tão tosco e primitivo.
Mas sigamos.
Segundo o diplomata: “Assim como Ronald Reagan – formado por uma universidade insignificante no meio dos milharais de Illinois, narrador esportivo medíocre, ator de pouco talento – conseguiu aquilo em que gerações de políticos sofisticados e aristocratas da Ivy League falharam, isto é, derrotar o comunismo, assim também Donald Trump – esse bilionário com ternos um pouco largos demais, incorporador de cassinos e clubes de golfe – parece ter hoje uma visão de mundo que ultrapassa em muitas léguas, em profundidade e extensão, as visões da elite hiperintelectualizada e cosmopolita que o despreza.”
Perceberam o apelo ao “homem comum”, ao anti-intelectualismo e ao anticosmopolitismo, tão caros ao ideário do nacional-socialismo alemão?
O preclaro diplomata praticamente chega às lágrimas, quando analisa um discurso de Trump, feito em Varsóvia, no dia 6 de julho de 2017. Segundo ele, “Trump pronunciou um discurso marcante em defesa do Ocidente, um discurso que nenhum outro estadista no mundo hoje teria a coragem ou a capacidade de pronunciar.” O tema central do discurso de Trump “é a visão de que o Ocidente está mortalmente ameaçado desde o interior, e somente sobreviverá se recuperar o seu espírito.”
Segundo o embaixador, “há muito tempo um líder mundial não falava dessa maneira; Trump aqui se aproxima de Reagan e de Churchill (que se viam como os grandes defensores da liberdade e da civilização diante da barbárie e da opressão).”
Para o novo chanceler brasileiro, “a Europa pós‑moderna – junto com os Estados Unidos que, até Obama, cada vez mais se assemelhavam à Europa – viviam ultimamente numa espécie de tanque de isolamento histórico, viviam já fora da história, depois da história, num estado de espírito (ou falta de espírito) onde o passado é um território estranho. Desde o “iluminismo” toda a tradição liberal e revolucionária constituiu‑se numa rejeição do passado – em suas várias facetas de rejeição dos heróis, rejeição do culto religioso e rejeição da família (a família, esse indispensável microcosmo da história, que liga o indivíduo ao tempo assim como a nação liga um povo a um tempo). De repente “os ancestrais” aparecem no discurso do mandatário do país que vinha liderando a “ordem liberal”, essa mesma “ordem” que rejeitava o passado, os heróis, a fé e a família.”
Ele escreve que  “o  homem pós‑moderno não tem ancestrais, as sociedades pós‑modernas não têm heróis. Trump, ao falar de alma, desafia frontalmente o homem pós‑moderno, que não tem alma, que tem apenas processos químicos ocorrendo aleatoriamente entre seus neurônios. Trump fala de Deus, e nada é mais ofensivo para o homem pós‑moderno, que matou Deus há muito tempo e não gosta que lhe recordem o crime.”(!!!!)
O embaixador, que rejeita até o iluminismo, parece ter saudades de um mundo pré-Revolução Francesa, ou talvez até pré-Revolução Americana, também caudatária do iluminismo. Um mundo sem Estado laico e sem democracia, mas com muita tradição, muita religiosidade e muitos heróis míticos. Um mundo com um Deus imanente na história. Um mundo, como diria Weber, ainda “encantado”. Enfim, um mundo irracional e pré-científico.  
A “redenção” do Ocidente estaria, assim, na volta a Deus, à religião cristã e aos valores tradicionais, que incluem o culto aos heróis, à família, à nação, ao passado e aos ancestrais. Para tanto, seria necessário se combater o “marxismo cultural”, que, segundo o novo chanceler, conduz hoje o “globalismo anticristão”.
No plano interno, isso implicaria combater o PT, um “partido terrorista”, e todas as forças progressistas que compõem o “marxismo cultural”, como as empenhadas no feminismo, na luta contra o racismo, na afirmação dos direitos dos gays, na criação de sociedades multiculturais, etc.
No plano externo, tal opção ideológica significaria um alinhamento às diretrizes de Trump e dos EUA e uma rejeição à ameaça da “China maoista”, dos BRICS, da integração regional, do “bolivarianismo”, etc.
Não há nada de original nessas, assim digamos, “reflexões” mal-escritas e confusas.
Trata-se apenas de mero aggiornamento das ideias da extrema direita norte-americana, as quais remontam à década de 1960, quando a Escola de Frankfurt (Marcuse, Adorno, Horkheimer, entre outros) foi identificada, pelos conservadores, como o epicentro intelectual dos protestos estudantis e da contestação do status quo. Já naquela época, o “marxismo cultural” da Escola de Frankfurt era visto como uma grande ameaça à nação americana e aos seus valores tradicionais. Na década de 1980, William S. Lind escreveu que a Escola de Frankfurt estava na origem do “politicamente correto”, que subvertia a sociedade americana “por dentro”.
Hoje em dia, tais ideias foram recicladas por gente como Steve Bannon e Andrew Breitbart, muito próximos a Trump. No Brasil, essas ideias já foram esgrimidas, em essência, por grupos antigos, como o da TFP (Tradição, Família e Propriedade) e o movimento integralista.
Assim, as ideias do embaixador são a reciclagem da reciclagem. Mas isso é tema para outro artigo.
O que interessa aqui é que essa clara e total subordinação política e ideológica a Trump e à extrema direita norte-americana, que chega ao desvario, deveria inviabilizar o folclórico embaixador como nosso ministro das relações exteriores.
Com efeito, como o Brasil pode ter um chanceler que vê o controverso presidente norte-americano como uma adolescente veria um ídolo pop?
Ter como chanceler alguém que é fã incondicional de Trump, que o vê como uma espécie de Messias do Ocidente, é algo extremamente embaraçoso, para dizer o mínimo. Não se trata de antiamericanismo, trata-se de bom senso. O chanceler de um país como o Brasil, que tem interesses próprios e diversos, não pode ser intelectual e politicamente subordinado a um chefe de Estado de outro país. Seja qual país for.
Suponhamos que o diplomata em questão tivesse escrito um artigo, no mesmo tom messiânico e desvairado, no qual manifestasse a opinião de que Putin ou Xi Jinping fossem novos Messias que estariam destinados a salvar a humanidade. Obviamente, isso também o desqualificaria para ser chanceler do Brasil.
É preciso compreender que o chanceler tem de cuidar dos interesses diversos e de longo prazo do país, que se espraiam pelo mundo. Ao manifestar de forma tão subalterna a sua admiração por Trump, e sua hostilidade para com a China, a Europa integrada e o mundo islâmico, o novo chanceler não apenas compromete as relações do Brasil com vastas porções do planeta, como até o próprio relacionamento de longo prazo com os EUA.
Daqui a dois anos, teremos novas eleições nos EUA. E se o candidato democrata ganhar, como que vocês acham que o novo governo norte-americano veria o chanceler brasileiro e o presidente Bolsonaro, também um fã declarado de Tump? É evidente que não seriam vistos com muita simpatia.
Não tenham dúvidas. Essa designação do novo chanceler tende a isolar ainda mais o Brasil, que, desde o golpe, goza de péssima imagem no exterior.
Em poucas semanas de eleita, a armada Bolsoleone já conseguiu comprar briga com a China, nosso principal parceiro comercial, com o Mercosul, bloco estratégico para o Brasil, com todo o mundo árabe e até com a pacífica e pacata Noruega.
Com a desastrada nomeação do novo chanceler abrem-se novas fontes de conflito com a Rússia, com o mundo islâmico e até com a União Europeia, que é descrita, pelo novo chanceler, como uma região onde não há mais “espírito” e na qual prevalece o globalismo anti-humano e anticristão. Também teremos conflito com todo o movimento ambientalista do mundo, pois, para o novo chanceler, o aquecimento global é apenas uma ‘ideologia”, tal qual supõe Trump.  
Tudo isso para quê? Para bajular um presidente efêmero e controverso que nos impõe medidas protecionistas descabidas, que já prendeu crianças brasileiras e que nutre evidente desprezo por toda América Latina.
E se enganam aqueles que acham que o novo chanceler e Bolsonaro serão protecionistas. Não serão. O nacionalismo de que fala o chanceler é um nacionalismo de valores arcaicos, que luta contra os valores progressistas impostos, segundo sua visão paranoica, pelo “marxismo cultural globalizante”. Em economia, serão decididamente entreguistas. Isso já foi decidido por seus ídolos externos.
Não poderia haver desastre maior para nossa política externa. Um desastre que nos leva a tempos medievais. A armada Bolsoleone, tal qual a ridícula armada Brancaleone do filme de Monicelli, parece realmente saída da Idade Média.
Trevas nos esperam.
 Fonte: Por Marcelo Zero, em Brasil 247
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O ultimo vaga-lume.
Eu deveria ter escrito. Deveria, enquanto sentia. Enquanto a sensação do teu beijo ainda pairava sobre meus lábios. Deveria ter sentido direito. Então se via caminhando um garoto bobo, com um sorriso que não era seu. Eu deveria ter lhe dito. Mas chegamos a ultima folha. Chegamos a ultima de minhas melodias. A ultima nota. Um ultimo suspiro. Como sussurros de uma voz feroz e distante. Tentei capturar meu ultimo vaga-lume no ultimo instante como uma fotografia, para sempre um instante. Gostaria de ter lhe contado tudo. De escrever você, não o que eu via, não o que eu sentia. Gostaria de escrever você, encaixando cada palavra como num quebra-cabeça de infinitas peças. Mas minhas palavras são tão obvias, quanto as lagrimas de um louco desvairado. Gostaria de ter tido tempo, de capturar um único, de mil instantes que seu olhar se encaixava no meu. E ficávamos nos olhando como bobos que éramos, sem saber o que dizer. Talvez este seja o ultimo, dos mil poemas que ainda não escrevi. Talvez este meu ultimo poema, seja pra lhe dizer que, ate ontem estava quase vivo, hoje depois de você, me sinto quase um tolo sobre as folhas sujas.
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