#Endometriose profunda
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Após sofrer por cerca de 34 anos com cólicas e outras dores que se intensificaram ao longo do tempo, a jornalista Andrea Mello Diniz, 46 anos, está prestes a passar por uma cirurgia para retirada do útero e do colo do útero, comprometidos pela endometriose. Somente em 2019, 11.790 brasileiras precisaram de internação por causa da doença. A endometriose afeta cerca de 10% da população feminina brasileira, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sendo mais frequente entre mulheres de 25 a 35 anos de idade. A doença é causada por uma infecção ou lesão decorrente do acúmulo, em outras partes do corpo, das células que recobrem a parte interna do útero (o endométrio) e que são eliminadas com a menstruação. Como as chamadas células endometriais são regularmente expelidas junto com o fluxo menstrual, seguem se acumulando fora da cavidade uterina, principalmente nas regiões da bexiga, ovários, tubas uterinas e intestino. Nos casos mais graves, como o de Andrea, podem formar nódulos que, se não forem tratados a tempo, tendem a afetar o funcionamento de outros órgãos. “A endometriose bloqueou minha tuba uterina direita e meu ovário direito, o que me causava dores horríveis. A doença também atingiu outros pontos e, de acordo com os médicos, poderia ter bloqueado meu intestino”, contou a jornalista que deve se submeter, em breve, a uma histerectomia total. “É a cirurgia para retirada de todo o aparelho reprodutivo feminino. Um procedimento extremo que, segundo outra médica especialista em endometriose com quem conversei, é a melhor coisa a fazer neste ponto a que cheguei. Segundo a médica, se a doença tivesse sido diagnosticada antes, isto talvez não tivesse sido necessário”, acrescentou Andrea, em entrevista à Agência Brasil. Segundo a vice-presidente da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE), Helizabet Salomão Ayrosa Ribeiro, a demora do diagnóstico da doença é comum, mas costuma estar associada ao fato de muitas mulheres, mesmo sofrendo, protelarem a ida ao médico, por acreditarem que as cólicas menstruais são naturais. “Infelizmente, casos assim são frequentes. No mundo todo, a endometriose demora, em média, de sete a dez anos para ser diagnosticada. Principalmente devido à tendência das pessoas naturalizarem a cólica menstrual, o principal sintoma e a principal queixa das pacientes”, afirmou a médica. Ainda segundo ela, há alguns ginecologistas que também subestimam as queixas das pacientes e, assim, deixam de encaminhá-las para realizar exames mais detalhados, como indica o caso de Andrea, que desde os 12 anos vêm passando por diferentes especialistas. A ressonância magnética pélvica e o ultrassom transvaginal são os dois principais meios de identificar a endometriose. Além da cólica intensa que, em muitos casos, se torna debilitante, a doença costuma estar associada a outros sintomas, como uma dor profunda na vagina ou na pelve, durante a relação sexual, ou a uma dor pélvica contínua, mesmo que não relacionada à menstruação. Outros sintomas comuns são a prisão de ventre ou a diarreia durante o período menstrual e a dor ao evacuar ou urinar. Contudo, a maioria dos casos é diagnosticada quando a paciente procura um especialista devido à dificuldade de engravidar – o que pode ser uma das consequências da endometriose. “A infertilidade, assim como a doença, pode ser revertida, mas isso vai depender da situação. Qualquer que seja o caso, é preciso analisá-lo individualmente, pois a eficácia do tratamento depende do local afetado, do grau de comprometimento e do histórico da paciente”, explicou Helizabet. Cólicas podem ser sinal de alerta A vice-presidente da SBE alerta que muitas mulheres que têm endometriose não apresentam qualquer outro sintoma que não uma cólica menstrual moderada. O que reforça a importância de que todas consultem um ginecologista ao menos uma vez por ano e que jamais naturalizem a dor. “A mulher ouve que é normal ter cólica, que basta tomar um remédio, e deixa o tempo passar.
De fato, é normal a mulher ter cólicas nos primeiros dias da menstruação, mas não que estas dores, quando fortes, não passem nem tomando medicamentos. Não é natural que as dores atrapalhem atividades; o trabalho. Que impeçam a mulher de praticar atividades físicas. Aí, é o caso de procurar um especialista”, frisou Helizabet. Ansiosa pela cirurgia que promete reduzir seu sofrimento e lhe devolver um mínimo de bem-estar após décadas de dores, privações e desenganos, Andrea sabe que a recuperação não será imediata, mas diz que conhecer a causa de suas dores lhe deu esperanças. E, principalmente, tirou de seus ombros o peso da desconfiança. “Já na adolescência eu me acostumei com meus pais me levando para tomar Buscopan na veia. Ainda assim, a vida toda eu ouvi tias, primas, amigas, colegas de trabalho e até médicos minimizarem minha dor, dizendo que nunca tinham sentido o que eu dizia sentir, que eu estava superestimando a dor ou que, talvez, eu estivesse apenas estressada. Isto fazia com que eu me sentisse pior”, disse Andrea, apontando o “fator psicológico” como um agravante da doença. “Eu ficava de cama por causa das dores. Às vezes não saía de casa por medo de que nenhum absorvente fosse capaz de conter o fluxo de sangue – na escola, cheguei a manchar a roupa algumas vezes. Imagina o peso disso para uma adolescente. Já adulta, ouvi de uma chefe que menstruação não é doença – como se eu estivesse fazendo corpo mole. E enquanto eu me questionava se ninguém mais sentia o mesmo que eu, passava de médico em médico e tomava remédios cada vez mais fortes para a dor. Até ansiolítico me foi prescrito por ginecologistas”, relembrou a jornalista. “É necessário um olhar mais específico para a saúde da mulher. Um cuidado que vá além do papanicolau e da colposcopia. É preciso que as mulheres conheçam seus corpos. Que a sociedade não nos imponha padrões, porque o fato é que se a endometriose afeta a 10% da população feminina, parte dos outros 90% nos perguntam se não estamos com frescura, porque elas nunca sentiram esta dor. Isto serve também para os homens. Os companheiros precisam ter sensibilidade para compreender que nós, mulheres, passamos por coisas que nos causam dores que eles desconhecem. E não somos doidas ou histéricas por isto. Eu não sou doida. Apenas tenho endometriose”, finalizou Andrea. SUS Consultado pela Agência Brasil, o Ministério da Saúde informou que o número de casos da doença registrados no ano passado ainda estão sendo apurados – preliminarmente, foram ao menos 6.531 internações devido a problemas relacionados à endometriose. Desde julho de 2016, as secretarias de saúde dos estados, municípios e do Distrito Federal devem oferecer os tratamentos médicos estabelecidos no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Endometriose, publicado pelo ministério, com os critérios de diagnóstico e de tratamento, bem como os mecanismos de regulação, controle e avaliação da doença em todo o país. A pasta também acrescentou que há, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), dois tipos de tratamento. O tratamento clínico visa neutralizar o estímulo hormonal estrogênico nos focos de endometriose, proporcionando melhora nos sintomas da doença, associado a medicamentos para o controle da dor. Em pacientes que não desejam engravidar, contraceptivos hormonais são utilizados. Já o tratamento cirúrgico é indicado quando os sintomas são graves, incapacitantes, quando não houver melhora com tratamento empírico com contraceptivos orais ou progestágenos, em alguns casos de endometriomas, de distorção da anatomia das estruturas pélvicas, de aderências, de obstrução do trato intestinal ou urinário, e para pacientes com infertilidade associada à endometriose. “Nestes casos, a escolha do tratamento deve ser feita pelo médico e compartilhada com a usuária, avaliando sempre a gravidade dos sintomas, a extensão e a localização da doença, a idade da mulher e, principalmente, o desejo de engravidar”, esclarece o ministério.
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Explorando a Influência das Emoções na Endometriose
Explorando a Influência das Emoções na Endometriose. Em um mundo onde as emoções permeiam todos os aspectos das nossas vidas, é crucial compreender como esses sentimentos podem se entrelaçar com a nossa saúde física, especialmente quando se trata de questões tão complexas e sensíveis como o útero e a endometriose. Neste artigo, vamos explorar a conexão íntima entre emoções profundas e a saúde do…
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#Emoções e Endometriose#Endometriose e Emoções#Explorando a Influência das Emoções na Endometriose#Hipnose clínica#Hipnose Clínica na Saúde#Saúde do Útero#Saúde Holística da Mulher#Saúde Uterina#Terapia Integrativa#Terapia Integrativa para Endometriose#Visão Sistêmica#Visão Sistêmica de Louise Hay
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Hospital de Braga alvo de processo por demora na marcação de consulta
A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) determinou a instauração de um processo contraordenacional ao Hospital de Braga por incumprimento dos Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG) na marcação de uma consulta de apoio à fertilidade, foi hoje divulgado.
Segundo as deliberações emitidas no 4.º trimestre do ano passado, hoje divulgadas, em dezembro de 2020, uma utente pediu o agendamento de consulta de apoio à fertilidade, devido a problema de saúde grave (endometriose profunda), tendo-lhe sido comunicado que ficava para 28 de fevereiro de 2022.
A consulta seria desmarcada no próprio dia, tendo sido sucessivamente reagendada para 18 de abril, 30 de maio, 18 de julho e 01 de junho.
Nesta última data, a utente recebeu nova comunicação a informar que a consulta agendada fora novamente cancelada, sem novo reagendamento.
Nas suas alegações iniciais, o Hospital de Braga referiu que, dada a especificidade daquele tipo de consulta, não tinha sido possível ter mais do que um elemento afeto à mesma, bem como maior número de horas para responder à procura, “o que foi gerando um atraso significativo nas marcações”.
Disse ainda que, por vários constrangimentos no serviço, foi necessário ao longo do ano reagendar inúmeros períodos de consulta de forma a atender ao Serviço de Urgência.
Explica que as desmarcações referentes a 30 de maio e 18 de julho se devem à saída de uma médica e ao facto de, no imediato, não ter havido possibilidade de afetar um outro profissional para aquela consulta.
Em 31 de agosto de 2022, e depois de a ERS ter pedido esclarecimento sobre a situação do acompanhamento médico prestado à utente, o hospital disse que, para as primeiras consultas, ainda não conseguia dar uma previsão de agendamento. “Encontramo-nos em processo de recrutamento de profissionais médicos, na expectativa de rapidamente dar resposta nesta área”, referiu.
Assim, a ERS determinou, desde logo, a instauração de um processo contraordenacional por incumprimento dos TMRG.
Propôs ainda “atuação regulatória, por forma a conformar a atuação do hospital no sentido de cumprir rigorosa e cabalmente todas as regras estabelecidas no quadro legal relativo aos Tempos Máximos de Resposta Garantidos legalmente aplicáveis”.
A ERS insta o hospital a “garantir, em permanência, que, na prestação de cuidados de saúde, são respeitados os direitos e interesses legítimos dos utentes, nomeadamente, o direito aos cuidados adequados e tecnicamente mais corretos, os quais devem ser prestados integradamente, humanamente, com respeito pelo utente, com prontidão e num período de tempo clinicamente aceitável, em conformidade” com a lei.
Diz ainda que o hospital tem de “assegurar que todos os procedimentos por si adotados sejam capazes de promover a informação completa, verdadeira e inteligível a todos os utentes sobre os aspetos relativos ao acompanhamento e alternativas existentes no Serviço Nacional de Saúde (SNS), para salvaguarda de um acesso adequado e adaptado à sua condição clínica”.
“Sempre que se verificar não dispor de capacidade instalada em algum tipo de valência, [o hospital deve] proceder diligentemente à adoção das medidas necessárias a garantir a prestação dos cuidados de saúde devidos, de forma a não prejudicar a qualidade e a tempestividade dos mesmos, nomeadamente, através da referenciação e transferência de utentes para outras unidades do SNS”, acrescenta a deliberação da ERS.
Foi também emitida uma recomendação à Administração Regional de Saúde do Norte no sentido de, em articulação com o Hospital de Braga, implementar mecanismos de garantia da efetivação do direito de acesso dos utentes que se encontram a aguardar a realização de consulta de apoio à fertilidade”.
Contactado pela Lusa, o Hospital de Braga disse lamentar os transtornos causados aos utentes, acrescentando que, “além de acolher as recomendações da ERS, continuará fortemente empenhado na melhoria da qualidade e da eficácia dos serviços prestados aos utentes”.
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Veja em Artigo Jurídico
https://artigojuridico.com.br/2019/02/10/fertilizacao-in-vitro-ciencia-e-justica-unidas-para-garantir-o-sonho-da-maternidade/
Fertilização in vitro: ciência e Justiça unidas para garantir o sonho da maternidade
Desde o início da juventude, Talita Menezes tinha um sonho: ser mãe. Ela conheceu Fabrício Lobão, namoraram, e pouco antes de se casarem descobriu que tinha endometriose.
Essa doença se caracteriza pela presença de endométrio – tecido que reveste o interior do útero – em outros órgãos, como a bexiga, intestinos, ovários e trompas. Esse tecido fora do útero provoca uma reação inflamatória, dor e, muitas vezes, causa infertilidade.
Talita fez uma cirurgia para retirar os focos da doença e dar uma forcinha para a concretização do seu sonho. “Eu esperava que conseguiria engravidar naturalmente”, lembra.
“Aí passou um ano, dois anos de tentativas, fiz outra cirurgia tentando tirar os focos da endometriose e aumentar as chances de gravidez natural. Fiz acupuntura, melhorei a alimentação, pratiquei atividade física, fiz o controle de ovulação e coito programado.” Nada deu certo.
A infertilidade
Os resultados negativos se acumulavam, assim como a angústia e a frustração. “Todo mês é muito desgastante. Desce a menstruação e vem aquele balde de água fria. O que me segurava era a minha vontade, o meu sonho”, desabafa.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera infertilidade a incapacidade de um casal conseguir engravidar após um ano de relações sexuais regulares. Também estima que aproximadamente 8% a 15% dos casais no mundo têm algum problema de infertilidade ao longo da vida.
Assistência integral
Em atenção a esses dados, foi publicada em 1996 a Lei do Planejamento Familiar (Lei 9.263/96). A norma estabelece que as instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS) estão obrigadas a garantir à mulher, ao homem ou ao casal, em toda a sua rede de serviços, assistência à concepção e contracepção como parte das ações que compõem a assistência integral à saúde.
Em 2005, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Atenção Integral em Reprodução Humana Assistida no âmbito do SUS por meio da Portaria 426/GM. Porém, os repasses do governo para que os atendimentos fossem feitos de maneira gratuita em alguns hospitais públicos foram iniciados apenas em dezembro de 2012, com a publicação da Portaria 3.149/2012.
Como são poucos os hospitais que realizam os tratamentos de reprodução assistida, é necessário entrar em uma lista de espera. Mas a demora é apenas uma das dificuldades enfrentadas por aquelas que sonham com a gravidez. Em alguns casos, é necessário recorrer à Justiça para que esse direito seja assegurado.
Custeio obrigatório
Em setembro de 2016, ao julgar o Recurso Especial 1.617.970, a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) garantiu a realização desse sonho a uma mulher de 35 anos, portadora de endometriose profunda e obstrução das trompas. Após a decisão unânime do colegiado, a mulher teve seu tratamento de fertilização in vitro (FIV) custeado pelo Estado do Rio de Janeiro.
Sem condições financeiras para fazer o tratamento, a moradora do município de Mesquita foi informada de que apenas um hospital, localizado em Campos dos Goytacazes, realizava o procedimento recomendado. Porém, durante a consulta, recebeu a notícia de que o tratamento gratuito era restrito aos moradores de Campos dos Goytacazes, em razão de um convênio estabelecido entre a prefeitura e o centro médico.
O ministro Herman Benjamin, relator do recurso, invocou a Lei do Planejamento Familiar para manter a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que condenou o Estado a custear, em rede pública ou privada, o tratamento indicado.
Em seu voto, Benjamin reafirmou a posição de outros precedentes do STJ no sentido de reconhecer como dever do Estado, “incluindo seus três entes políticos, a garantia da saúde da população”.
Espera e recompensa
Talita Menezes não precisou recorrer à Justiça, como a moradora do Rio, para conseguir fazer o tratamento de FIV. Após o primeiro ano de tentativas naturais frustradas, ela e Fabrício entraram na fila do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), uma das unidades hospitalares credenciadas pelo SUS para realizar tratamentos de infertilidade.
Ela sabia que desembolsar o valor do tratamento “seria mais um motivo de ansiedade, um financeiro que não teríamos sobrando, que teríamos de tirar de algum lugar”.
O preço de uma FIV na rede particular depende da região, da clínica e do método utilizado, variando de R$ 5 mil a R$ 30 mil, cifras inalcançáveis para a maior parte das brasileiras.
Talita entrou na fila. Passados quatro anos de espera, chegou a sua vez de celebrar o primeiro Dia das Mães com o seu sonho nos braços: Laura, uma linda bebê hoje com dez meses de idade.
Preconceito
Talita conta que ainda existe um certo preconceito em torno da fertilização. “Você não escuta ninguém falar sobre o assunto. E quando está passando por isso, você se sente só.”
“Mesmo aqui em Brasília, onde as pessoas têm boa formação e informação, algumas não sabem que é possível entrar na fila do HMIB, que não é necessário ter baixa renda para participar do programa, que é para todo mundo. E o atendimento é maravilhoso”, elogia Fabrício.
“Hoje eu me sinto completa. Estava faltando a nossa cerejinha do bolo”, acrescenta Talita.
Esta notícia refere-se ao(s) processo(s): REsp 1617970.
Fonte: STJ.
#Endometriose profunda#Fertilização#Fertilização in vitro#Planejamento familiar#Responsabilidade do plano de saúde
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Endometriose Profunda e Infertilidade
Endometriose Profunda e Infertilidade
A endometriose profunda é uma forma especial de endometriose definida arbitrariamente como a presença de glândulas e estroma endometriais situados além de 5 mm abaixo da superfície peritoneal . A terminologia endometriose profunda (EP) deriva do inglês deeply endometriosis (DE) e vem sendo utilizada na literatura médica desde a década de 90 para expressar a endometriose profunda. Estas lesões…
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‘Trombose’: entenda 4 fatores que podem causar a doença
Cirurgiã vascular aponta situações que aumentam o risco de desenvolver a condição
A formação de coágulos que impedem o fluxo sanguíneo de nosso corpo fluir normalmente pelo sistema circulatório é uma condição conhecida como trombose. A estimativa é que a doença resulte na morte de uma entre quatro pessoas no mundo e apresente 180 mil novos casos anualmente no Brasil, segundo dados da Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia.
“A trombose geralmente se manifesta como um quadro de dor na perna, principalmente na panturrilha, associado a inchaço persistente, calor, sensibilidade e vermelhidão. Em casos mais raros, pode causar embolia pulmonar e levar à morte súbita”, explica a cirurgiã vascular Aline Lamaita.
4 fatores que podem causar trombose
Por se tratar de uma enfermidade tão séria e recorrente, é fundamental entender fatores que podem estar associados ao seu surgimento:
1. O hábito de assistir televisão em excesso
Dizer que o sedentarismo causa trombose deixou de ser uma crença popular e foi comprovado por um estudo de 2018, publicado no Journal of Thrombosis and Thrombolysis. Segundo ele, o hábito de assistir muita televisão diariamente foi associado ao surgimento de coágulos sanguíneos, devido ao longo período sentado que diminui o fluxo de sangue para as pernas e os pés.
Vale ressaltar ainda que, mesmo aqueles que praticam exercícios regularmente, estão sujeitos a essa alteração sanguínea, se permanecerem tempo demais sentados, conforme mostrou o estudo. “O mais correto seria, em vez de ‘maratonar’ diariamente séries e filmes sem pausa, intercalar com alguma atividade que movimente os membros inferiores”, aconselha a médica.
2. Trabalhar sentado
O cenário é similar ao apontado pelo estudo anteriormente. Se nas rotinas de escritória já era comum passar a maior parte do expediente na cadeira, a situação fica ainda mais crítica durante o home office, onde mantemos tudo ao alcance das mãos. Com essa brusca mudança na mobilizada, fomos reduzidos a poucos metros quadrados, o que favorece o sedentarismo.
No entanto, existem algumas formas de driblar o momento: “a cada hora de trabalho, levante, ande por 5 minutos, movimente as pernas, se espreguice; invista em uma meia elástica de compressão (com orientação médica); e beba água, deixando-a um pouco distante, o suficiente para te fazer levantar da cadeira para pegar”, aconselha Aline.
3. Gestação
Estar grávida não é como um hábito sedentário que podemos mudar, por isso, os cuidados nessa fase precisam ser redobrados. De acordo com a cirurgiã vascular, o risco para trombose não fica aumentado apenas na gestação, mas também no pós parto.
Segundo dados de uma revisão da University of Texas Health Medical School at Houston publicada em 2019, o risco de acidente tromboembólico durante as 6 semanas pós-parto é 22 vezes mais elevado do que quando já se passou um ano do nascimento da criança.
Além disso, os fatores ficam ainda mais complexos quando o nascimento é viabilizado pela cesárea, dado que o pós-operatório de uma cirurgia também é considerado um momento de vulnerabilidade e passível de complicações.
4. Usar anticoncepcional
Infelizmente, nem sempre o uso de pílulas anticoncepcionais é uma escolha. Existem casos em que o método é usado para tratar doenças ou aliviar seus sintomas, como na síndrome dos ovários policísticos e endometriose , por exemplo.
A ginecologista Eloisa Pinho alerta para essa questão: “a quantidade de hormônios presentes nas pílulas anticoncepcionais é capaz de alterar a circulação, aumentando o risco de formação de coágulos nas veias profundas. Por isso, o uso desse método não é recomendado por mulheres que já possuem predisposição ao problema”.
Segundo ela, as pílulas com altas dosagens de estrogênio apresentam chances ainda maiores de provocar hipertensão arterial, especialmente em mulheres que já sofram com o problema, sejam fumantes e tenham mais de 35 anos.
Considerando os riscos, a orientação da especialista é que cada caso seja visto de maneira individual. Caberá ao ginecologista encontrar um método mais indicado para que essas chances sejam diminuídas, podendo ser hormonal ou de barreira.
Os exercícios físicos podem ser aliados nesse combate
Se um dos maiores fatores para o aparecimento da trombose é a imobilização, movimente-se! A prática de atividades é uma arma poderosa para prevenir a doença, visto que aumenta a velocidade do fluxo sanguíneo dentro dos vasos e melhora a circulação sanguínea.
“Qualquer exercício que trabalhe a panturrilha, a batata da perna, vai ajuda. Para quem não tem o hábito de realizar atividade física, o ideal é começar com pouco tempo, 15 a 20 minutos diários e ir aumentando”, assegura Aline.
Ela ressalta ainda que vale tudo nessa rotina de mexer o corpo: agachamentos, subir as escadas do prédio, caminhada na rua, entre outros. Só não pode ficar parado!
Em caso de aparecimento de sintomas, busque um médico especialista para receber o diagnóstico e tratamento corretos. Jamais se automedique.
Fontes: Aline Lamaita, cirurgiã vascular e membro da diretoria (comissão de marketing) da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV); Eloisa Pinho, ginecologista e obstetra e parte do corpo clínico da clínica GRU Saúde.
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RETROSPETIVA 2020! 🎆 . 2020 começou com muitos planos e projetos grandes pro IDSM. Tínhamos cada coisa linda pra ter desenvolvido com vocês! Mas, como para desenvolver tudo que havíamos planejado precisaríamos de muitos parceiros e apoiadores, e com os movimentos que a economia global indicavam, fomos os perdendo e ficando sem opções e sem condições financeiras de custear o Instituto. . Nossa única patrocinadora fixa sempre foi nossa Presidente, @tamizeferreira , mas até ela foi atingida com a pandemia, perdendo sua renda fixa. Além de perder a renda, nossa Presidente estava travando uma luta para tratar sua endometriose profunda, e por isso vamos contar um pouquinho do que ela enfrentou nesse ano, e de como foi abençoada! Mostrando que por mais difícil que seja a batalha não devemos desistir jamais! . LEIAM ATÉ O FINAL, VAI VALER A PENA! . Em mais uma reviravolta que somente Deus explica, ela e o esposo ESTÃO GRÁVIDOS 🤰🏻. . Fazendo um resumo, ela estava aguardando por uma cirurgia bem complicada de realizar porque mexeriam no seu intestino (novamente) e nervo hipogástrico. Viria um médico do RJ pra operar em conjunto com a ginecologista aqui de Porto Alegre. Isso desde abril. Em março ela tinha feito uma pequena cirurgia já. Pandemia, hospitais lotados, e a incerteza de uma vaga na UTI, adiaram a cada mês a data. Aflita, com medo dessa espera sem fim, cada dia pior, crises de dores muito fortes, remédio e mais remédio, mas não desistindo de nenhuma parte do tratamento que as médicas passaram, seguiu direitinho a nutri @giselesilveiranutri , foi pra acupuntura certinho @ftleopinheiro , tomou todas as suplementações passadas pela @mariacristinabarcellos , fazendo atividades físicas @joaoportojj , fisioterapia pélvica @criscarboni e nada de “melhorar”, as crises de dor estavam sempre presente. Agosto foi um mês muito ruim, poucos foram os dias que não estava com dor nível hard, e vá remédio pra isso. Eis que, 27 pra 28 de setembro, um domingo pra segunda, seu esposo Jorge conta a ela que sonhou que ela estava grávida. . CONTINUA 👇🏼 https://www.instagram.com/p/CJbZrsZh8EL/?igshid=1indalzjsb8et
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Bebo um café e penso em escrever uma carta para mim mesma, algo que eu possa ler futuramente, eu não sei, acho que não sou incrível para cartas. Risos. Pois eu amo desabafar escrevendo, não creio que esta será poética como qualquer coisa anterior. Mas creio que essa eu deva falar sobre traumas, já que este ano foi sobre isso, foi sobre viver dores profundas demais para serem processadas. Minha endometriose lateja nesse natal, creio que isso seja apenas um sinal do meu corpo dizendo como foi esse ano para ele e se libertando da sua maneira disso. Agora no começo de janeiro é o aniversário da minha irmã e começa a contagem regressiva para o meu. É maluco pensar onde eu estava ano passado e onde estou hoje. Esse ano eu deixei muita coisa ir, muitas magoas principalmente finalmente foram para o ralo, pelo menos de minhas parte. A única pessoa que eu ainda penso que talvez eu pudesse falar algo é uma amiga de escola, a Rafa, pensei muito nela esse ano. Ainda gosto muito dela. Fiz as pazes com muitas partes minhas, parece que na verdade corri uma maratona esse ano, do conforto da minha casa. Acho que nunca chorei tanto, mas ao mesmo tempo me testei tanto, e ganhei todas minhas batalhas comigo mesma, eu realmente vi que sou boa o suficiente, e dúvidas antigas começam a se dissipar. Sinto que venho me preparando sempre para próximas fases e realmente trabalho em mim todos os meus pontos de inseguranças e fraquezas. Os exploro sem maiores pudores. É duro ficar nua pra si, mas só ficando você pode mudar tudo. A minha avó partiu, vôo pra longe da gente, e me dói escrever isso, não tenho como mensurar em palavras o que é saber que agora vou visita-la no cemitério. É algo que nunca vai passar, tem coisas que só latejam pra sempre, eu sinto ela presente em tudo, na minha endo, nos meus hábitos, nos meus gestos, nos meus traços, ela está em todos os lugares, ao mesmo tempo em que ela não está mais aqui. Eu sinto uma paz por ela, não é dor a palavra que descreve, mas algo que não consigo definir por palavras, é algo que transborda dos olhos, talvez um tornado pessoal. Ela foi como uma brisa, como um passarinho, isso me acalenta a alma. Ela olha por mim, ora por mim aonde quer que ela esteja. Um anjo particular. O aniversário da minha mãe nunca mais será o mesmo. Minha família nunca esteve tão juntas, eu nunca passei tanto tempo com a minha mãe, ao mesmo tempo que eu crio a minha, é estranho ver isso, mas ao mesmo tempo tão incrível, tudo que minha avó queria está acontecendo, todos nós nos motivamos através dos desejos deixados. É maluco pensar. Ela nunca mais vai estar aqui, mas ela nunca esteve tão aqui como agora. Eu acho que isto esta ficando longo demais, triste demais, penso na música Triste Bahia de Caetano, ele me embala nos momentos mais complexos. Minha primeira exposição é uma grande homenagem a ela, uma ode a ela, Rememoração no luto político. E a tudo que eu acredito. Eu trabalhei, trabalhei e não brinquei, vi como eu sou boa de entregar, quão profissional eu sou, como eu sou braba de verdade. É tudo meu. E hoje eu vou agradecer a mim. Porque esse ano realmente não teve ninguém como eu mesma pra me pegar no chão tantas vezes. Eu mereço o meu amor maior nesse fim de ano, meu carinho, meu cheiro, tudo de mim, há mim e aos meus. Sinceramente que ano difícil, mas creio que ainda vem muita coisa no próximo, esse foi um ano de plantio, plantei todos os meus sonhos, plantei e cuidei, ano que vem rego, continuo o trabalho, sigo o trabalho, até que eventualmente eu comece a colher tudo que venho plantando com tanto amor, cuidado e dedicação. E esse dia vai chegar, pouco a pouco. A colheita será linda!
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•🚺 . 📍O número de mulheres em uso de anticoncepcionais orais e não orais vem crescendo de uma forma gritante! Muito utilizados em quadros de SOP (síndrome dos ovários policísticos) , endometriose, miomas, irregularidades mentruais, tpm , acne.. Porém de uma forma indevida, uma vez o mesmo não atua na causa desses problemas❗️ . ⚠️ Pois esses medicamentos trazem um prejuízo imenso na saúde da mulher levando à vários riscos como : . 💀 Trombose Venosa Profunda . 💀AVC e doenças cardiovasculares . 💀Câncer do colo de útero e mama (predominância estrogênica) . 💀Doenças inflamatórias intestinais (retocolite ulcerativa e doença de Crohn) . 💀aumento no risco de diabetes Melitus ( por induzir a intolerância à glicose) . 💀Aumento dos níveis de TRIGLICÉRIDES e diminuição de HDL . 💀diminuição do libido ( baixa de testosterona) . 💀aparecimento de varizes . 💀alterações de humor ( progesterona é convertida no cérebro em GABA ) . 💀HIPOTIREOIDISMO ( sim!! Pois inibe a conversão de T4 em T3) . 💀Irritabilidade e cansaço ( altera níveis de cortisol) . 💀enxaqueca . 💀desequilíbrio do metabolismo ósseo . 💀GANHO DE PESO‼️ . 🤔 Muitos os riscos não é❓Pois sugiro que as mulheres passem a ler a bula do medicamento! Será que vale a pena se expor à tantos riscos apenas para evitar sintomas "chatos" da menstruação, ou evitar gravidez? Estamos falando de fisiologia , e te garanto que seu organismo não precisa de tal medicamento, assim como ele NUNCA precisou anos e décadas atrás! . 👥 Marque alguém que ainda usa Anticoncepcional 😉 . #estilodevida #saúde #Evoluirprogramadesaude #Trofoterapia (em Rio do Sul) https://www.instagram.com/p/B7F99HgAAKJ/?igshid=ng9jdoghsqq3
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O hidratante vaginal mais eficaz para restaurar a mucosa íntima em apenas 2 dias, sem remédios ou tratamentos adicionais. Ressecamento ou Secura Vaginal é um problema comum e está tirando o sono de muitas mulheres. Hidra Confort é um hidratante vaginal SEM HORMÔNIOS de uso diário, para você recuperar a lubrificação íntima em apenas 2 dias, sem precisar realizar tratamentos caros, e mesmo que você tenha feito uso de uma série de hormônios (utilizados em alguns tratamentos como em casos de endometriose profunda) que aumentam a secura vaginal. Composto por Ácido Hialurônico, é hidratante e lubrificante, ajudando a eliminar a secura vaginal e a melhorar a elasticidade e a tonicidade da mucosa perineal. A Centella Asiática presente no Hidra Confort, é responsável pelo aumento do colágeno que melhora a elasticidade. #produtosasos #hidraconfort #lubrificante #prazerrevelador https://www.instagram.com/p/B29MOvmJuLK/?igshid=1axmequ7zdpez
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A Endometriose é uma doença frequente em mulheres jovens. Suas apresentações clínicas e manifestações são variadas. DOR é o principal sintoma associado a ENDOMETRIOSE. Uma das formas mais dolorosas da doença é a forma profunda ou infiltrativa. Está forma tem poucas manifestações na cavidade da pelve propriamente dita mas nos planos profundos pode acometer varios órgãos como o reto, a bexiga, os ureteres (canais que levam a urina dos rins para a bexiga) e principalmente os nervos da pelve, o que amplifica a dor relativa a doença. Para Endometriose Profunda o tratamento padrão é a cirurgia (preferencialmente pela via videolaparoscopia)para retirada de toda a lesão profunda poupando as estruturas adjacentes e preservando as funções dos órgãos.Para os casos de doença profunda os tratamentos clínicos somente aliviam as dores mas não solucionam as lesões definitivamente. #dramarciaaraujo #ginecologiacirurgica #oncogineco #endometriose #dor #algiapelvica https://www.instagram.com/p/B1yenjbnZMI/?igshid=1skws7yhozp4m
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Odisseia do congelamento
Em dezembro do ano passado (cerca de 4 meses atrás) fui à minha primeira consulta para iniciar o processo de preservação da minha fertilidade antes de começar o uso de testosterona.
Eu achava que seria mais rápido, uns 2 meses até terminar tudo. Mas tive alguns probleminhas no meio do caminho que atrasaram tudo.
Vamos começar do começo: o meu objetivo era congelar óvulos para que, se no futuro quisesse ter filho biológicos, eu pudesse, já que o uso de T prolongado fatalmente me deixará infértil em algum momento.
Fiz mais por desencargo de consciência, porque não tenho problemas em adotaria. Foi meio white people problems porque, mesmo não tenho exatamente dinheiro sobrando, eu sabia que dava pra juntar a grana pro congelamento antes de usar T e se sabia também se, se no futuro resolvesse querer um filho biológico e não pudesse mais, eu iria me martirizar o resto da vida por não ter feito tudo que estava ao meu alcance hoje.
Quer dizer, se tudo der errado no futuro (porque há chances de apesar de tudo, nunca conseguir ter um filho biológico), eu não vou me sentir culpado porque sei que fiz tudo que podia.
Dito isso, vamos à parte prática. Primeiro: é caro. Já foi pior há não muitos anos, hoje em dia depende muito também de em que clínica você irá fazer. Fica em torno de 8 a 20 mil o congelamento (se quiser já fazer a inseminação e guardar os embriões, o que dá mais chance de sucesso em ter um bebê no futuro, fica mais caro).
Recomendo olhar a lista da associação brasileira de medicina reprodutiva. Lá eles mantém dados atualizados sobre clínicas aparentemente confiáveis e as taxas de sucesso de cada uma. Não saiam fazendo em qualquer canto também só porque é mais barato, porque pode acabar sendo um dinheiro inteiro jogado fora. Mas há clínicas confiáveis que estão entre as mais baratas também, é só procurar.
Eu tô fazendo em uma clínica em Santo André, que é a filial de uma chique em São Paulo, assim, além de ser bem mais perto da minha casa, é mais barato também. Na clínica, vou pagar cerca de 9500 reais pelas consultas, ultrassonografias de acompanhamento, medicação, punção dos óvulos, 1 anos de congelamento e (dizendo a moça do faturamento, ainda preciso ler o contrato pra ter certeza) também pela inseminação quando eu for fazer (mas ainda tenho que pagar pelo sêmen e outras coisinhas mais depois).
Fora isso, ainda tive que pagar outros exames por fora da clínica (a maioria consegui fazer pelo plano de saúde, mas alguns tive que pagar mesmo), o que me faz acreditar que no fim das contas, gira em torno de 10mil reais tudo que gastei (e vou gastar) pro congelamento em si.
Enquanto eu não for usar os óvulos, tenho que pagar uma taxa semestral para mantê-los congelados de uns 600 e alguma coisa reais (só Deus sabe por quanto tempo, é meio que uma dívida eterna que arrumei).
Bom, na primeira consulta é basicamente pra te explicar como ocorre o processo e tudo que pode dar errado (que é bastante coisa, por isso é bom fazer o mais cedo possível, antes dos 30 é o melhor dos mundos, até 35 é mais de boa, depois complica bem mais) e pedir exames. São exames laboratoriais de hormônios em geral, verificação de reserva ovariana, marcador de câncer e outras coisas (não se assustem se der alterado porque ele aumenta em MUITAS coisas e na maioria das vezes não é câncer, foi meu caso e falo já disso), ultrassonografia de mamas, axilas e transvaginal e preventivo. É basicamente isso, variações de acordo com cada caso.
Ah, os exames de laboratórios tem que ser feitos em datas específicas do ciclo menstrual (praticamente tudo nesse processo depende disso), por isso pode demorar mais um pouco, já que se, por exemplo você tiver menstruado na semana anterior, só vai terminar de fazer os exames no outro mês quando menstruar de novo.
Eu já tinha feito alguns exames em uma consulta ginecológica de rotina uns meses antes tudo e tava tudo certo, a única alteração foi no marcador de câncer que falei (ca125). Como ele não é específico pra câncer, a principal outras coisa que o faz aumentar é endometriose, aí, apesar de não ter nenhum sintoma, tive que fazer uma ressonância magnética que deu lá que eu tenho mesmo sinais de endometriose profunda (é quando tem tecido de endométrio fora do útero, que é onde ele deveria ficar, em um lugar mais atrás do útero, mais fundo mesmo). Como não tenho sintomas, não preciso fazer nada por causa disso, até porque a própria T vai acabar me ajudando ao atrofiar meu endométrio no geral. Então segue o jogo.
De qualquer forma, também tive que esperar até janeiro pra retornar com todos os exames feitos por conta desses dias específicos do clico pra fazer cada um e tal. Aí voltei com a médica, tava tudo beleza com os exames e fiquei de voltar pra começar a usar as medicações que estimulam a ovulação no outro mês, assim que menstruasse, se tudo seguisse bem na ultrassonografia que iam fazer.
Beleza, tava eu lá de boa, vida que segue, até que começou a chegar perto da data da minha provável menstruação e comecei a ficar um tanto ansioso. Acontece que minha menstruação atrasou bastante e tive sintomas que falei que nunca tenho, como cólica, dor nas mamas e tal. Conclusão: voltei lá pra fazer a ultrassonografia e não tava tudo bem. Tinha um maldito cisto. Maldito só porque atrasou o processo, porque ele é inofensivo, é normal um deles aparecer em alguns ciclos e tal e depois eles somem naturalmente e não quer dizer nada, nada acontece. Porém isso me fez ter que novamente esperar mais um mês pra ver se no outro ciclo ia ou não.
Voltei hoje e... TUDO CERTO! Amanhã começo com as medicações. São 2 comprimidos pela manhã e uma injeção subcutânea (tipo as de T) por dia, inicialmente por 7 dias. O tratamento pode chegar até 14 dias se necessário, tudo vai depender do tamanho dos folículos (que é onde os óvulos ficam): se estiverem já no tamanho esperado pra ter mais chance de ter óvulo e dar tudo certo, para em 7 se não, segue com as medicações e vai fazendo ultrassonografia pra ver se já tá bom. Em 14 dias, ou tira do jeito que tiver ou tenta de novo no outro mês.
Ou seja: o valor que disse acaba que é pra cada tentativa de medicação + punção. Se não der certo dessa vez pra mim, por exemplo, terei que repetir as medicações mês que vem, o que vai me custar pelo menos mais 5 mil reais.
Principais coisas quem podem dar errado: não poder usar medicação naquele momento; não ovular o suficiente; até ovular, mas não ter óvulo de fato dentro dos folículos puncionados; ter uma síndome chamada de hiperovulação pelo uso das medicações (pode ser BEEEM grave e tenho chace de ter, pois já tenho muito folículo normalmente sem remédio, com remédio então... Por isso, vou tentar passar essa semana sem comer carne vermelha e bebendo pouco líquido); os óvulos não serem de boa qualidade; ter pouco óvulo pra congelar; morrer óvulo demais na hora de descongelar; ter problema na hora de fazer a fecundação; aborto. Pra cada 10 óvulos congelados com sucesso, em geral sai uma gravidez bem sucedida.
Mas, apesar disso tudo, estou confiante e bem feliz. Principalmente ansioso e empolgado, não pelo congelamento em si, mas porque, logo em seguida, estarei livre pra começar meu processo de hormonioterapia cruzada! QUE VENHA A T!
Obs: Sobre a clínica: eu fiz tudo em 2 lugares, porque uma colega de um curso de gênero que fiz me indicou uma ginecologistas que trabalha com ela na clínica X onde ela só faz as consultas. Fui lá e ela fez o primeiro e segundo atendimentos lá, quando foi pra começar mesmo a questão do congelamento, fui pra clínica Y onde ela também trabalha (essa que tá na lista lá da sociedade que falei). Como a minha colega havia falado com ela, ela teve mais cuidado comigo em relação ao meu nome e identidade de gênero, inicialmente a atendente me chamou pelo meu nome de registro, mas corrigiu em seguida. Nessa clínica pude usar o nome social de boa. Já na segunda, não. Não que eu não podia, mas eu que não quis ir lá brigar. Como, por ser médico, acredito, ela fazia horários diferentes pra mim e ela mesma me chamava, poucas vezes fui chamado na frente das pessoas pelo meu nome de registro. Porém eu também não liguei muito porque já estou um tanto foda-se pra isso e só queria fazr o que tinha que fazer e ir embora. Mas é isso, pros homens trans que pensam em fazer, saibam que a maioria esmagadoras das clínicas de reprodução não sabem lidar com a gente. E claro, tudo lá é feito pra ser o mais feminino possível, decoração, cores, até a bolsa térmica que emprestam pra você levar a medicação pra casa. Estamos longe ainda desses ambientes entenderem que eles não são exclusivos para mulheres, mas tudo bem, elas são maioria, e eu também não tenho problema em andar com uma bolsinha rosa por aí, mas fica a dica pras empresas começarem a repensar seu público-alvo...
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Você sabia que a endometriose acomete cerca de seis milhões de mulheres no Brasil?
A endometriose é uma doença caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga.
Hoje, a doença afeta cerca de seis milhões de brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolvê-la e 30% tem chances de ficarem estéreis.
A doença de difícil diagnóstico, acarreta sofrimento na vida da portadora: antes, durante e depois do diagnóstico.
Alguns dos principais sintomas são:
Cólicas intensas durante o período menstrual;
Dores durante a relação sexual;
Dor pélvica fora do período menstrual;
Diarreia ou prisão de ventre durante os primeiros dias de menstruação;
Dor para evacuar/e ou urinar;
Infertilidade;
Sangramentos fora do período menstrual;
Sangramentos menstruais intensos ou irregulares;
Fadiga Crônica/Exaustão.
Áreas na vida que podem ser afetadas pela endometriose:
Sonhos/Projetos;
Vida conjugal;
Carreira profissional;
Vida financeira;
Saúde física;
Saúde emocional;
Estudos (Escola/Faculdade;)
Relações de amizade/social.
A endometriose afetou minha vida de uma maneira profunda e devastadora, mas graças ao Dr. César do Sírio Libanês, após dois anos de MUITO sofrimento, eu estou em tratamento com todos os sintomas controlados.
Texto: Carolina Fernanda
Fonte: http://www.gineco.com.br/saude-feminina/doencas-femininas/endometriose/
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você respondeu esses dias que seu maior medo é não conseguir engravidar, mas você sempre falou que não quer ter filhos... Incoerência?
Não que seja da sua conta, mas vamos lá kkk Eu tenho 20 anos e não quero ter filho mesmo, mas hoje em dia eu penso completamente diferente de 5 anos atrás e se daqui a 5 anos eu amar uma pessoa de verdade e aí sim quiser ter filho, eu posso mudar de ideia né? Eu descobri que tenho endometriose profunda e to fazendo tratamento desde dezembro, e talvez por causa dessa doença eu não possa engravidar. Eu não quero um filho agora, mas é assustador saber que talvez eu não tenha essa possibilidade no futuro, então eu tenho medo sim de não conseguir engravidar se um dia eu mudar de ideia, mas HOJE eu não quero ter um filho mesmo. Espero ter esclarecido a minha incoerência bb
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Carla Zambelli conta como descobriu ENDOMETRIOSE PROFUNDA
Carla Zambelli conta como descobriu ENDOMETRIOSE PROFUNDA
Carla Zambelli conta como descobriu ENDOMETRIOSE PROFUNDA
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Zambeli apaga post sobre cura após hospital descartar covid-19
Depois que o hospital DFStar, em Brasília, descartou o diagnóstico de covid-19, a deputada federal Carla Zambeli (PSL-SP) apagou um post em seu Twitter em que afirmava estar curada da doença. A informação é da coluna Sonar, do jornal O Globo.
Na publicação deletada, ela dizia que havia feito tratamento precoce com cloroquina.
Em nota, a equipe médica do hospital informou que a investigação clínica apontou que Zambeli estava, na verdade, com endometriose profunda.
Após o boletim do hospital, Zambelli publicou em suas redes sociais que houve um “falso positivo”, e que não mentiu sobre o resultado do teste.
1. Sim, meu primeiro teste da Covid-19 deu positivo. Mas, hoje, confirmou-se que era um falso positivo.
2. NUNCA deixe de seguir as orientações médicas se seu teste der positivo.
3. O hospital JAMAIS disse que eu “menti”. O blog que está espalhando isso será processado. 😉 pic.twitter.com/bCVOU42jI7
— Carla Zambelli (@CarlaZambelli38) August 29, 2020
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Quando anunciou que estava com a covid-19, a deputada, que é uma das principais aliadas do presidente Jair Bolsonaro, disse que não tinha sintomas e que iria começar a tomar a hidroxicloroquina, medicamento que não tem eficácia comprovada cientificamente para o tratamento contra o coronavírus.
Veja também: Deputada Carla Zambelli não teve covid-19 revela hospital
Veja também: Anvisa aprova início de testes com novo tratamento para covid-19
Zambeli apaga post sobre cura após hospital descartar covid-19publicado primeiro em como se vestir bem
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