#Eficiência do projeto com escaneamento 3D

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Viagem pós-coronavírus: Rio de Janeiro em tempos de pandemia

Mês passado eu fui até o Rio de Janeiro a trabalho, para acompanhar o escaneamento 3D do Palácio Itamaraty. Foi a minha primeira viagem desde o começo da pandemia de Covid-19 e confesso que a experiência foi uma mistura muito louca de sensações!

Estar fora de casa, trabalhando presencialmente com a equipe de arquitetura e vivenciando esses edifícios tão incríveis, foi uma experiência muito boa. Por outro lado, o medo constante do contágio, o temor das aglomerações e a frustração de não poder apreciar essa cidade maravilhosa como gostaria, também deixaram tudo meio agridoce. Ainda assim, achei que escrever um post sobre essa experiência de viagem em tempos de pandemia poderia ser útil para quem tem dúvidas de como está sendo esse momento de reabertura aqui no Brasil.

Antes de mais nada, queria reforçar que a pandemia ainda não acabou e, na minha opinião, ainda não é hora de relaxar e voltar a viajar a turismo como antes. Estamos todos cansados de ficar em casa e com saudades de explorar esse mundão, mas não dá pra sair por aí fingindo que nada está acontecendo. Afinal, milhares de pessoas continuam morrendo todos os dias, por conta desse vírus louco que dominou o planeta. É preciso continuar tomando todos os cuidados e tendo empatia por aqueles que estão sofrendo mais do que nós.

O motivo da viagem

Para quem ainda não sabe, eu sou Arquiteta e especialista em Reabilitação de Edifícios. Atualmente trabalho com projetos de restauro e intervenção em edifícios históricos aqui no Brasil. Minha viagem ao Rio de Janeiro foi a trabalho, para acompanhar o processo de escaneamento 3D do complexo do Palácio do Itamaraty, a sede do Ministério das Relações Exteriores no Rio, que vai passar por um processo de restauro. 

O Palácio Itamaraty foi construído entre 1851 e 1854 para ser residência de Francisco José da Rocha Filho, o Conde de Itamaraty. Em 1889, após a Proclamação da República, o Palácio foi adquirido pelo governo brasileiro para ser a primeira sede do Poder Executivo Nacional, posto que ocupou até 1897. A partir de 1899 passou a ser a Sede do Ministério das Relações Exteriores, até sua mudança para Brasília, em 1970. 

O protocolo da ida

Toda a equipe de arquitetos envolvida no projeto realizou testes de sorologia para a Covid-19 alguns dias antes da viagem. Com os resultados negativos tanto para os anticorpos IGM quanto para o IGG, tivemos alguma segurança para nos reencontrar sabendo que, pelo menos até aquele momento, nenhum de nós havia sido infectado pelo coronavírus e também não estava assintomático, sem o risco de transmitir o vírus para os demais. 

Fazer a mala depois de tantos meses em casa foi uma coisa bem estranha. Ainda mais considerando os novos acessórios obrigatórios que o tal do novo normal inseriu na nossa rotina. Máscaras de tecido, tubos de álcool gel e lencinhos desinfetantes passaram a ser itens de primeira necessidade na bagagem. Isso sem contar no volume dobrado de roupas, já que não ia dar pra repetir a roupa da rua e também tinha que ter as roupas para ficar dentro do quarto de hotel... Eu que há anos viajo com muito pouco, me senti carregando a casa nas costas!

Decidimos então ir de carro de São Paulo ao Rio de Janeiro, para evitar as aglomerações dos aeroportos, ainda mais na volta do feriado de 7 de setembro. Foi uma viagem bem tranquila de pouco mais de 5 horas, com apenas uma parada para ida ao banheiro. Levamos nossos próprios lanches de casa e almoçamos dentro do carro mesmo. Foi uma decisão super acertada, pois os postos que vimos pela estrada estavam um pouco cheios e não nos sentiríamos seguros para comer em nenhum deles.

Segurança e higiene no hotel

Ao chegar ao Rio de Janeiro, ficamos hospedados no Hotel Windsor Guanabara, localizado bem no centro do Rio e muito próximo ao nosso objeto de trabalho. Os protocolos de segurança e higiene foram realmente super eficientes e não tive do que reclamar! A equipe do hotel foi super prestativa e atendeu todas as nossas demandas com muita eficiência e simpatia. 

Cada membro da equipe ficou isolado em seu quarto individual para evitar períodos prolongados de contato entre nós. Os quartos estavam sendo higienizados com mais cuidado e havia álcool gel por toda a parte, tanto no quarto, quanto nas áreas comuns do hotel. Optamos por não chamar a arrumação todos os dias, evitando assim a circulação de outras pessoas pelo quarto durante a estadia.

No restante das áreas do hotel, estava implementado o distanciamento social e todos os hóspedes e funcionários eram obrigados a circular de máscara o tempo todo. A piscina estava aberta, mas não podia ser usada por todos os hóspedes ao mesmo tempo. A sauna estava fechada e a academia tinha que ter marcação de horário para o uso. 

Protocolos de Alimentação

Ainda que o Rio de Janeiro já estivesse numa fase de maior abertura de bares e restaurantes, não nos sentimos seguros para comer na rua. Decidimos fazer todas as refeições no hotel, desde o café da manhã até o jantar, para evitar as aglomerações. 

O restaurante do hotel já estava em funcionamento com capacidade reduzida, mas nós optamos por receber todas as refeições no quarto para evitar a exposição sem máscara em locais fechados. Essa opção foi dada pelo hotel sem custo adicional e todos os alimentos que encomendamos foram entregues no quarto de cada um nos horários combinados e embalados em plástico filme. E estava tudo uma delícia! Até a feijoada embalada em plena sexta-feira a gente teve direito.

Infelizmente o plástico filme é um material bem pouco sustentável e acabamos produzindo muito mais lixo do que gostaríamos. Mas ainda assim, foram medidas de higiene que nos fizeram sentir muito mais seguros para consumir todos os alimentos durante a estadia no hotel. 

O Rio de Janeiro na pandemia

Foram dias intensos de trabalho e praticamente não tivemos tempo para relaxar, muito menos para viver as belezas da cidade maravilhosa. Mas confesso que essa mudança de ares foi muito boa depois de tantos meses presa em casa! Fazia já 8 anos que eu não visitava o Rio, então só de olhar pela janela do hotel e ver a baía de Guanabara de um lado e o Cristo Redentor de outro, já me fez um bem danado para a alma!

Na última noite demos uma volta de carro para ver o mar. Durante o dia as praias estavam bem cheias, mas felizmente à noite não tinha quase ninguém. Deu até para molhar os pés, sentir a brisa e o cheiro do mar e caminhar ouvindo o som das ondas. Uma verdadeira terapia para uma paulistana, depois de tantos meses sem ver o mar!

No último dia ainda conseguimos dar uma voltinha de carro pelo centro do Rio, parando em alguns lugares para umas fotos rápidas. Foi um verdadeiro “drive tour” por alguns pontos da história carioca. Paramos pra ver a Pedra do Sal, histórico ponto de encontro dos sambistas cariocas, sempre cheio de gente, mas que devido à pandemia estava vazio. 

Também fizemos uma parada no sítio arqueológico do Cais do Valongo, importante local que conta parte da triste história da escravidão no Brasil. Por fim, demos um oi à Baía de Guanabara, com vistas para o Museu do Amanhã, que apesar de já estar aberto ao público, eu só fotografei de fora mesmo.

O protocolo da volta

Voltamos de carro para São Paulo e, na semana seguinte, toda a equipe repetiu os exames de Covid-19. Felizmente continuamos todos sem infecção pelo coronavírus, o que significa que todos os cuidados e protocolos adotados surtiram efeito.

E assim foi a minha breve passagem pelo Rio de Janeiro, que apesar da pandemia, continua lindo! Por enquanto, vamos vivendo nessa corda bamba, tentando achar o equilíbrio dentro desse tal de novo normal. Mas eu juro que estou contando os dias pra que essa vacina saia e a gente possa voltar a trabalhar e viajar com segurança! ~MV

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Nestlé investe mais de R$ 760 milhões em suas operações no Brasil em 2020

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A Nestlé vai investir R﹩ 762,9 milhões em suas operações no Brasil ao longo de 2020. O valor será destinado a projetos diversos em unidades da companhia em todo o país. Entre os destaques de investimentos estão a inauguração e modernização de linhas nas fábricas de Araçatuba, Araras, Caçapava (SP), Vila Velha (ES), Feira de Santana (BA) e Montes Claros (MG).

“Mantivemos os investimentos previstos para o ano de 2020 em centenas de projetos realizados ao longo do período; especialmente na abertura de linhas de produção, modernização e novas tecnologias nas unidades fabris. Esse é um ano importante para a evolução da indústria 4.0 nas fábricas da Nestlé no Brasil; com modernização do parque, maior automação e uso de robôs de última geração. Estamos vivendo uma jornada de transformação digital que envolve todos os negócios da Nestlé no Brasil e a formação qualificada das nossas equipes, com ganhos relevantes em produtividade e eficiência”, diz Luis Garcia Prieto, vice-presidente técnico e de produção da Nestlé Brasil.

Em Caçapava, a Nestlé inaugurou uma nova linha de produção de KitKat e tem a previsão de construir outra até o final do segundo semestre. Por conta do cenário em que se deu a implantação da linha, as instalações mecânicas foram todas realizadas por técnicos locais da Nestlé orientados remotamente e em tempo real por engenheiros da empresa fornecedora de equipamentos. Essa prática de orientação remota para instalação de equipamentos e tecnologias foi utilizada em diversos projetos da companhia no Brasil ao longo de 2020, com direcionamentos fornecidos por parceiros de vários países, como Alemanha, Suíça, França e Dinamarca.

Operação da Nestlé no Brasil

A unidade de Vila Velha recebeu uma linha adicional destinada à produção das famosas caixas de bombons amarelas da marca Garoto e de materiais de exposição de chocolates para pontos de vendas. A implantação da linha contou com uso de tecnologia para guiar as equipes; com escaneamento e realização do projeto com uso de 3D, que possibilitou a verificação e avaliação de todos os detalhes sem necessidade de visita à área. O prédio onde está a nova instalação foi construído com design sustentável e uso de materiais 100% recicláveis.

Na fábrica de Araras, foram realizados upgrades nas linhas de Nescafé, com a instalação de sistemas de extração e torragem mais eficientes e modernos, garantindo maior qualidade a esses processos essenciais para a preservação das qualidades e sabor dos grãos de café, além de uma produção mais sustentável, com controle de emissões de partículas e menor consumo energético. Nesse projeto, também foram utilizadas maquetes virtuais para acompanhamento do processo de implantação, minimizando a presença direta de operadores de máquinas. Em Araçatuba, a companhia inaugurou uma nova linha de fabricação de produtos de nutrição infantil.

Em outra frente, a companhia também tem investido em modernização do parque e de processos, com aquisição e desenvolvimento de tecnologias e projetos de automação em suas unidades, como parte de uma jornada de transformação digital que envolve todos os negócios da Nestlé no Brasil. Com foco na evolução para o conceito de indústria 4.0, os projetos envolvem a aquisição e desenvolvimento de tecnologias de alto nível, além de promover o desenvolvimento e a capacitação dos colaboradores para atuar dentro dessa cultura de transformação digital, o que os prepara para atuarem em funções mais estratégicas e garante maior produtividade.

Iniciativas da companhia

Entre as iniciativas nessa frente estão a ampliação do uso de robôs colaborativos; utilização de impressoras 3D para fabricar peças de reposição, que muitas vezes eram importadas e demoravam a chegar, entre outros usos; tecnologia de realidade aumentada que permite o acompanhamento e a manutenção de linhas de forma remota; uso de voice picking (comando de voz) para deslocamento de cargas, painéis de controle digitais e sensores auto reguláveis.

Como fruto desse investimento, a Nestlé já tem apresentado resultados positivos. De março a maio de 2020, várias unidades da companhia no Brasil atingiram altos níveis de eficiência operacional; redução de paradas não programadas e recordes de produção. A fábrica de Marília, por exemplo, em abril de 2020 atingiu um recorde histórico de eficiência de 96%. Com isto, a unidade apresentou volumes de produção ao menos 4% superior à média entre março e maio de 2020.

Olhando o acumulado do ano de 2020, a fábrica já apresenta uma redução de 32% de paradas não programadas comparado ao ano de 2019. Em Montes Claros, em abril de 2020 nas duas unidades instaladas na planta local houve recorde de produção; tanto na fabricação de cápsulas de Nescafé Dolce Gusto quanto de Leite Moça, com a maior produção mensal dos últimos 5 anos. Na unidade de Moça, a eficiência técnica também foi superior a 96,4% em abril e maio.

Foto: Shutterstock

Fonte: Nestlé

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