#Dor/Conforto
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leiabomsenso · 11 months ago
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Num mundo onde a verdade às vezes dói, muitos preferem o conforto das mentiras.
Jorge Luis Borges
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poesiasderua · 1 year ago
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todas as vezes que passo por um período de grandes decepções, é muito difícil para eu conseguir me recompor depois. quer dizer, eu caio e obviamente levanto, com o joelho ralado, braço machucado, mas sempre me levanto. só que o processo para essa ferida curar, me mata por dentro primeiro. sou o tipo de pessoa que passa tempo demais me culpando por atitudes que definitivamente nunca foram minha culpa. eu não deveria ser tão dura comigo. porém, o arrependimento é algo que me persegue. me arrependo muito de ter conhecido algumas pessoas, de ter deixado elas fazerem parte do meu dia, de ter me permitido ser vulnerável na presença delas. mas esse é o melhor de mim. é literalmente tudo o que tenho a oferecer a qualquer pessoa que cruza a porta do meu coração. é quando a culpa chega. por que tenho que ser TANTO para os outros, enquanto eles não se preocupam se quer em sair da própria zona de conforto por mim? por que eles saem tão ilesos da minha vida, depois de recarregarem suas próprias baterias com a energia que eu doei, com o tempo que eu disponibilizei, enquanto eu fico arrasada e procurando algo para conseguir me apoiar? por que demoro tanto tempo na vida dessa gente? são as perguntas que martelam minha cabeça, a ponto de causar dor. é cansativo ser uma colecionadora de feridas emocionais tão grandes. é cansativo carregar fardos tão pesados.
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interlagosgrl · 1 month ago
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🎃 kinktober - day seven: bondage com agustín della corte.
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— aviso: linguagem imprópria, menção à sexo, sexo desprotegido, creampie, bondage, fem!sub.
— word count: 2,6k.
— nota: AI QUE DELÍCIA AGUSTÍN DELLA CORTE VC PODE ME NINAR NOS SEUS BRAÇOS CABELUDOS.
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seis meses. você e Agustín estavam namorando há seis meses e em todo esse tempo ele nunca tinha transado com você da maneira que gostaria. você sabia que ele estava sempre tomando cuidado para não te machucar e as coisas sempre eram mais delicadas do que você gostaria que fossem.
Agustín não transava mal. pelo contrário, era tão bom de cama que você normalmente não conseguia resistir quando ele te puxava para uma das sessões intermináveis de sexo que duravam por toda noite. ele gostava quando você ficava por cima, já que você tinha a liberdade de determinar a velocidade e a força. mas, você sabia que ele adorava te comer de quatro, embora sempre se podasse para não passar dos limites.
vez ou outra Della Corte se empolgava, segurando o seu quadril com força, sem se importar com as marcas que apareceriam no seu corpo mais tarde. aumentava a velocidade e se afundava dentro de si, mas não durava muito. ele sempre voltava ao normal e lhe pedia desculpas pelo descuido.
já tinha argumentado milhões de vezes que não se importava. que sentia a dor, mas em minutos ela se desvanecia e só restava o prazer. Agustín argumentava de volta que diversas mulheres já haviam dito o mesmo, mas, na verdade, estavam apenas o agradando e convivendo com diversos machucados que ele não fazia nem mesmo ideia. prometeu que não te machucaria de tal forma, não importa o quanto você pedisse. alegava estar muito satisfeito com a vida sexual de vocês dois.
no aniversário de seis meses, você decidiu alugar uma pequena cabana em Bariloche para que vocês passassem o fim de semana. ele adorava esquiar e, embora você odiasse, sempre se divertia quando estava com ele.
a cabana era um pouco remota, rodeada apenas por árvores e penhascos. ninguém os incomodaria ou os ouviria caso vocês desejassem fazer qualquer coisa imprópria para os ouvidos alheios e isso te agradava imensamente. significava poder acender a lareira, colocar alguma música para tocar e transar com Agustín até o sol nascer.
"eu ainda não acredito que você fez isso." ele passou as mãos nos cabelos cacheadinhos, os bagunçando enquanto mirava a pequena cabana. "e eu só comprei uma bolsa pra você. 'tô me sentindo péssimo."
"a comemoração de um ano fica na sua conta." você brincou, puxando uma das malas do táxi. Agustín se certificou de que você largasse a mala e ele levasse tudo para dentro, como um bom cavalheiro.
o interior era ainda mais bonito que o exterior. a sala era pequena e aconchegante, com uma lareira deliciosa e uma janela enorme que exibia a vista da montanha. o quarto possuía uma cama enorme, cheia de travesseiros macios cheirando à lavanderia. uma porta dupla levava à área externa, que contava com uma fogueira portátil e um ofurô.
"o que você achou?" não pôde evitar de questionar. gostava de agradá-lo e sentia-se recompensada quando acertava nas surpresas.
"eu achei maravilhoso. obrigado, meu amor." ele sorriu, desviando os olhos da paisagem para deixar um selar demorado nos seus lábios. "o que acha da gente ir esquiar e depois fazer um jantar?"
você concordou, embora não quisesse sair do conforto da cabana. tinha planos para o fim de semana e tudo envolvia deixar Agustín com o melhor humor possível para que ele concordasse com as suas loucuras. não queria manipulá-lo, mas um pouco de descontração seria bom na hora de tomar a decisão.
vestiram as roupas pesadas de esqui e andaram pela montanha até encontrarem a estação. Agus estava fora de si de felicidade, como uma criança. brincava com a neve e conversava animadamente, gargalhando alto das suas brincadeiras.
alugaram os esquis na estação e ao subirem a montanha, Della Corte deixou um beijo molhado nos seus lábios no teleférico. a boca dele estava tão gelada quanto a sua, mas o beijo ainda tinha sido um dos mais gostosos que vocês dois compartilharam naqueles seis meses.
"eu te amo, nena. obrigado por esse presente e pelos seis meses mágicos." ele beijou o seu nariz gelado e você não conteve o sorriso enorme que lhe tomou a face. estar apaixonada por Agustín era tão fácil, tão gostoso.
tinham se conhecido em um jogo de rugby. Uruguai x Argentina. você tinha ido à convite dos seus amigos que, por algum motivo que lhe fugia a mente, ganharam entradas gratuitas para a partida. Agustín era um dos jogadores da seleção uruguaia. tinha te visto na arquibancada - o que não era muito difícil, já que jogos de rugby não contavam com a presença de um grande grupo de pessoas, como jogos de futebol - e desde então se declarou apaixonado por você.
não tinha como negar que Agustín era um ótimo partido. alto, gostoso, lindo, inteligente... faltavam palavras para descrevê-lo. você conseguia passar horas pensando no corpo escultural: o tronco grande, as coxas fartas, as mãos enormes. ou horas pensando nas palavras lindas que saíam da boca dele toda vez que você estavam juntos. as juras de amor, promessas de um futuro entre vocês, confissões sussurradas. tudo com ele era demais.
vê-lo tão feliz trazia a sensação de dever cumprido. as semanas repletas de ligações intermináveis para reservar a cabana e as passagens tinham valido a pena ao ver o sorriso de orelha a orelha que ele exibia.
passaram toda a tarde esquiando. Agustín era cavalheiro o suficiente para segurar as suas mãos e te ajudar a descer a montanha sem que você se quebrasse por inteiro. ele era muito mais atlético e talentoso que você, não tinha dificuldades para se manter em pé em cima dos esquis. com muitas palavras de incentivo e uma paciência inabalável de Della Corte, vocês esquiaram até o pôr do sol.
de volta na cabine, Agustín te puxou para o banheiro com ele. retiraram as roupas pesadas no quarto, abandonando-as lá antes de seguirem para o banheiro pequeno.
o box era enxuto, mas perfeito para os dois. vocês ficavam agarradinhos debaixo da água quente e você podia sentir cada músculo do namorado em contato com os seus. ele lavou os seus cabelos com cuidado, limpando a água suja da neve que tinha grudado ali. lavou cada pedaço da sua pele e te beijou debaixo da água quente com vontade, segurando sua cintura com força para que você permanecesse parada. sabia que vocês dois não transariam ali (ele tinha medo de te machucar ainda mais no chuveiro, onde os movimentos exigiam um pouco mais de força), mas não evitou de acariciar o membro grosso com paixão. ele fechou os olhos momentaneamente, aproveitando da sensação antes de afastar a sua mão.
"ei, sem começar o que não podemos terminar." ele sussurrou, dando um tapinha fraco na sua bunda. apesar de te repreender, estava duro como nunca. você assentiu, compreensiva, ganhando um beijinho na testa pela paciência.
quando voltaram ao quarto, Agustín colocou uma calça de moletom e nada além disso. era possível ver o membro marcando através do tecido e as coxas fartas sendo apertadas quando ele se movimentava demais. as costas largas ainda exibiam alguns arranhados seus e você não conseguia evitar de sorrir, orgulhosa pelo trabalho.
colocou um vestido de lã, aproveitando do ambiente quentinho para que pudesse andar descalça até a cozinha, onde Agustín separava as compras que vocês tinham trazido da cidade. ele optou por fazer o único prato que ele sabia cozinhar: carbonara. e você ficou responsável por assisti-lo, além de cuidar da playlist.
deixou que as músicas de Maná dançassem pela casa enquanto observava o namorado tão focado na sua tarefa. os bíceps contraíam enquanto ele cortava os pedaços de bacon, os olhos sérios e atentos para que ele não se machucasse com a faca. as mãos grandes manuseavam o macarrão habilmente, temperando-o com sabedoria. tinha aberto um vinho para que vocês dois pudessem beber com tanta facilidade que você se perguntou se a garrafa não era de brinquedo.
"você é gostoso pra caramba, sabia?" você comentou enquanto bebericava o vinho tinto. as bochechas já queimavam com o álcool.
"algum motivo especial pra essa confissão?" ele riu.
"só estou apreciando meu namorado." como uma gata, você pulou do banquinho que ficava ao lado do balcão, rumando para o outro lado, onde ele se encontrava. "sabe, Agustín, eu ando pensando muito..."
"que perigo." ele brincou, embora te encarasse com os olhos repletos de seriedade.
"e eu quero que esse fim de semana a gente tente. quero que você me foda do jeito que quiser." num primeiro momento, o homem negou de imediato com um simples aceno de cabeça. quando suas mãos se pousaram no peito dele, ele a encarou novamente, resistindo ao impulso de aceitar a proposta. "se doer, eu vou falar. e aí nós podemos voltar a transar como transamos. mas, a gente nunca vai saber se não tentar, meu amor."
"eu não quero te machucar." foi tudo o que ele disse. o tom de voz estava baixo, irredutível.
"você não vai. eu sei que nós podemos fazer isso de uma maneira que vai ser gostoso para os dois." você o acariciou, deslizando a ponta das unhas pela pele alva. "eu nem mesmo sei quais são suas fantasias, seus desejos... você sempre está focado em me agradar. nós nunca falamos sobre você."
"minha fantasia é te dar prazer." ele segurou o seu rosto, deixando um selar demorado nos seus lábios.
"não tem mais nada que você tenha vontade?"
um relance de desejo atravessou os olhos dele e você foi esperta o suficiente para perceber. Agustín tentou desviar o olhar, mas você já tinha visto e não descansaria até descobrir qual era o desejo que residia na sua mente.
"o que é? me diz." você insistiu.
"não é nada." ele tinha desligado a panela fervente, enchendo a própria taça de vinho enquanto seguia para a sala de jantar, impossibilitado de cozinhar naquelas condições.
"eu sei que tem algo. e a gente não vai sair dessa cabana até você me contar o que é." você cruzou os braços, se sentando ao lado dele no sofá.
Agustín riu, desacreditado. sua teimosia era tanta que fazia o sangue dele ferver. tinha tomado cuidado com a sua segurança durante todo esse tempo e, agora, você vinha pedir por livre arbítrio que ele ignorasse tudo o que ele já tinha feito por você.
em um lapso de raiva, ele se levantou e foi até a despensa da casa. encontrou o objeto lá, como pensou que encontraria. não era comum, mas estavam nas montanhas, então com certeza a casa teria em algum lugar.
quando voltou com a corda na mão, você ergueu uma das sobrancelhas, surpresa.
"tira a roupa." ele ordenou. embora tivesse insistido para que ele fizesse o que quiser com você, não julgou que seria tão rápido.
aos tropeços, se levantou do sofá e retirou o vestido de lã que usava. em seguida, o sutiã e a calcinha de renda encontraram o chão. Agustín assistia seus movimentos, dividido entre a vontade de fazer o que realmente queria e de dar meia volta e acabar com a brincadeira. você permaneceu quieta, evitando qualquer movimento brusco para que ele não mudasse de ideia.
"de joelhos no sofá." ele guiou, novamente. você se ajoelhou no sofá, encarando a cozinha americana enquanto ele se colocava atrás de você. as mãos agarraram seus braços com força, os puxando para trás. quando ele enrolou a corda pelos seus pulsos, você sabia que ele a imobilizaria por completo.
dito e feito, Della Corte amarrou os seus braços com um aperto firme, levando o tempo necessário para que fizesse de modo perfeito. àquela altura, seu rosto estava escorado no estofado enquanto sua bunda se empinava para ele. passou a corda, também, pelos seus tornozelos, deixando você imóvel.
"agora, eu vou te foder do jeito que eu quiser." você teve dificuldades para olhar por cima do ombro, mas pôde ver o namorado retirando a calça que usava. estava tão duro que você poderia jurar ser capaz de ver o desconforto no rosto dele. o membro extremamente grande e grosso pingava em excitaç��o. "sem dó, sem piedade. já que você quer ser tratada como uma vagabunda, vou te dar o que você quer."
a destra acariciou o próprio membro, indo e vindo com precisão. ele não se demorou nos movimentos, pois queria se guardar inteiramente para si.
"como eu não sou um selvagem como você, se você quiser parar é só me pedir." ele acrescentou, deixando um tapa estralado em uma das suas nádegas ao se aproximar. "se você não dizer nada, vou considerar que você está aguentando."
você aquiesceu, consciente das regras proferidas. voltou à encarar o outro lado da sala quando o sentiu se posicionar entre as suas pernas. a cabecinha roçou por entre seus lábios, entrando e saindo do seu buraco apertado, compartilhando ambas as lubrificações por alguns segundos.
quando ele posicionou ambas as mãos na sua bunda, você fechou os olhos. Agustín se forçou para dentro de si sem maiores gentilezas. a única coisa que impedia o avanço dele eram suas paredes apertadas. você gemeu baixinho, sentindo a queimação no meio das pernas.
ele não esperou que você se ajustasse ao tamanho. deu início aos movimentos de vaivém quando se sentiu confortável. sua bunda batia contra a pelve do namorado, enchendo a sala com um barulho obsceno, registrando a velocidade com que ele saía e entrava de dentro de você. a queimação há muito se tornara confortável. o que a tirava do sério era o tamanho, que alcançava o colo do útero e causava a costumeira dor agridoce, o prazer misturado com pontadas de agonia.
ele não se conteve com os tapas. desferiu uma sequência em suas nádegas, marcando a pele com uma vontade insaciável de te fazer lembrar que ele ainda mandava em você, e não o contrário.
a sensação de ser mantida imóvel era inédita. você se sentia como uma presa, incapaz de fugir da dor e do prazer que lhes eram dados. a excitação era ainda maior justamente por isso. o interesse residia em ser dominada, em não pode fazer nada para se proteger. em ser utilizada apenas para dar prazer.
e como era satisfatório ouvir Agustín gemer enquanto te fodia. xingava baixinho, puxava os seus braços com força, socava tudo dentro de você até que você arquejasse de dor, tudo por puro prazer. você estava adorando proporcionar aquilo para ele.
“você é uma cachorra tão gostosa que aguenta tudo sem reclamar.” ele elogiou, puxando seu corpo contra o dele. naquela posição, ele ainda mais fundo. você conseguia sentir a sua entrada formigando, abrigando ele tão naturalmente que já perdia a sensibilidade prévia. “é por isso que eu amo você.”
os movimentos tornavam-se mais escorregadios, mais desleixados. Agustín lutava contra a vontade de se derramar dentro de você, mas era quase impossível. havia passado muito tempo transando com cuidado, com segurança, nunca verdadeiramente saciado. era difícil durar muito quando todas as suas vontades estavam sendo atendidas tão maravilhosamente.
te ver amarrada e refém era como um prêmio para ele. por muito tempo, tinha refreado os seus desejos por, quase sempre, machucar alguém. mas, no fundo, amava a submissão. amava ver como você era pequena comparada à ele, como sua bucetinha pequena se apertava ao redor dele, como seus braços ficavam imóveis apertados com tão pouca força. e acima de tudo, como você o aguentava tão bem.
Della Corte mordeu o seu pescoço, deixando um gemido arrastado escapar dos seus lábios. quando você menos percebeu, sentiu o nó sendo desatado no baixo ventre, o corpo ser tomado pela rigidez antes de relaxar em um espasmo violento. o namorado notou, e como se fosse uma permissão, se desfez dentro de você.
com cuidado, Agustín desamarrou a corda e te pegou no colo, deitando-se com você no sofá. as mãos trémulas acariciavam os fios do seu cabelo, os lábios deixavam selares sobre a sua testa.
“satisfeita?” ele indagou, um pouco carrancudo. por dentro, estava radiante como estivera mais cedo ao esquiar.
“muito.” você deixou um selar nos lábios dele. “onde eu te levo da próxima vez pra transar assim de novo? Maldivas?”
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interpretame · 2 months ago
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Por tanto tempo, achei que minhas palavras poderiam ser a ponte para aliviar a dor de alguém, trazer algum conforto ou até mesmo fazer um coração sorrir de novo. Achei que o simples ato de me oferecer para escutar, para dizer algo que acreditava ser bonito ou reconfortante, seria suficiente. Mas aí me dei conta, que, por mais bem-intencionadas que fossem, as minhas palavras não tinham o impacto que eu esperava. Não porque faltasse sinceridade ou vontade de ajudar, mas porque, na maioria das vezes, é o que elas querem ouvir, mas, de outra pessoa. De alguém que faz o coração delas bater mais forte, de quem ela carrega no peito com carinho, de quem ela confia sem medidas, ou simplesmente de quem ela busca validação incessantemente. Por mais que a gente queira tanto ser útil, ser aquela mão amiga, a voz que consola, no fim das contas, o consolo não é uma questão de palavras certas, mas de quem as diz. É um tipo de cura que só se alcança quando vem da pessoa de quem elas esperam. Foi libertador, de certa forma até um alívio, entender que, nem sempre cabe a mim preencher vazios.
interpreta-me.
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naahdyer · 6 months ago
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Apenas vivendo no meio das decep��ões, procurando um conforto nos braços de alguém que me queira bem. Tentando não pensar na dor que talvez seja eu mesma a culpada, e me perguntando aonde eu errei.
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hsballerina · 19 days ago
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nepente solace.
nepente — originária da mitologia grega, o nepente era uma substância lendária, frequentemente descrita como uma bebida, capaz de aliviar a dor, a tristeza e a melancolia. Era como uma poção mágica do esquecimento, capaz de fazer com que as pessoas se esquecessem de suas preocupações e sofrimentos. Em essência, o nepente representava um escape momentâneo da realidade, uma fuga para um estado de serenidade e paz interior.
solace — do inglês, "solace" significa conforto, alívio ou consolação. É algo que acalma a mente e o coração, especialmente em momentos de tristeza ou sofrimento.
— Nepente: Uma poção mágica que oferece um esquecimento temporário da dor e da tristeza.
— Solace: Um conforto duradouro, um apoio emocional que ajuda a lidar com as dificuldades.
Um contraste interessante:
Enquanto o nepente representa uma fuga da realidade, o solace busca uma forma de lidar com ela. Ambos, no entanto, compartilham o mesmo objetivo: trazer paz e tranquilidade para a alma.
não há smut.
Na calmaria da manhã dourada, os raios de sol invadiam a cozinha pelas janelas, preenchendo o espaço com um calor suave e acolhedor. Harry, grávido de oito meses, estava junto ao fogão, vestido com uma camisola confortável, um robe macio e pantufas de pelúcia. Mexia lentamente uma panela de ovos, enquanto o aroma de pão torrado e panquecas recém-feitas pairava no ar. Seus movimentos eram ponderados, ajustados ao peso da barriga proeminente, mas isso não o impedia de seguir com sua rotina matinal, preparando o café para sua família. Ele se inclinou um pouco para regular a chama, sorrindo ao ver a massa dourando na frigideira.
Ao lado, o prato já estava coberto com várias panquecas, mas Harry adorava fazer mais, especialmente para Luna, que era simplesmente apaixonada por elas.
O aroma de bolo de banana com as fatias da fruta caramelizadas no açúcar, o suco de morango fresco e o chá de hortelã perfumava a cozinha. A mesa já estava posta com pães frescos, mel orgânico, café forte e uma salada de frutas colorida, com uvas, kiwis, cerejas, morangos, maçãs, mamão, manga, banana e amora, todos cuidadosamente cortados em cubinhos perfeitos. No centro, um jarro de flores amarelas, rosas, lavandas e folhagens verdes trazia um toque delicado, combinando perfeitamente com o clima da estação.
Louis entrou na cozinha, ainda com o cabelo bagunçado de sono e esfregando os olhos. Quando viu Harry de pé, ele franziu a testa e foi direto até ele, o envolvendo pela cintura.
— Harry, você devia estar descansando — Disse Louis, com a voz suave, beijando o pescoço de Harry e passando a mão gentilmente na barriga redonda da esposa. — Eu posso terminar o café.
Harry sorriu, olhando carinhosamente para ele.
— Estou bem, Lou. Só queria fazer algo especial pra vocês hoje — Disse Harry, se virando ligeiramente para dar um selo rápido em Louis. — E você sabe que eu adoro cozinhar.
Louis suspirou, mas manteve o sorriso terno.
— Eu sei, mas não precisa exagerar. Ela já está te dando trabalho o bastante, não acha? — Ele brincou, acariciando com carinho a barriga proeminente. Harli, a filha caçula, já mostrava ser bem agitada. Em algumas noites, não deixava a mamãe dormir, inquieta e sapeca, se mexendo sem parar dentro do ventre.
Do outro lado da mesa, Luna, a filha adolescente de 16 anos, já estava sentada, distraída mexendo no celular, mas ergueu os olhos com um sorriso divertido.
— Vocês dois são tão melosos de manhã — Ela disse rindo.
Harry soltou uma risada divertida enquanto se virava para colocar os ovos no prato, caminhando até a mesa com um toque teatral.
— Ah, meloso eu? — Ele disse fingindo indignação, arqueando uma sobrancelha de forma dramática. — E quem é que resiste a panquecas no café da manhã, hein, mocinha, hum? — Harry disse, passando delicadamente o dedo pelo nariz da filha, a fazendo enrugar o rosto e soltar uma risada. — Bom dia, aliás!
Luna riu, se levantando para se servir de panquecas, enquanto Louis apenas observava a cena com um sorriso no rosto.
— Bom dia, mamãe — Respondeu ela, com um brilho de travessura nos olhos. — Ok, eu admito... panquecas são meu ponto fraco. — Ela revirou os olhos, divertida, enquanto enchia o prato com uma pilha generosa de panquecas, mel e algumas frutinhas frescas. — Obrigada, mamãe. Você sabe que é a melhor!
— Sabia que eu não podia errar com panquecas — Harry respondeu sorrindo ao ver a filha se servir, com uma satisfação orgulhosa estampada no rosto.
Louis se sentou ao lado de Luna, pegando um pedaço do bolo de banana enquanto olhava para a filha.
— Então, algum plano pra hoje, Lua? — Ele perguntou casualmente.
Luna deu de ombros enquanto pegava um gole do suco de morango.
— Na verdade papai, eu queria passar um tempo com a mamãe na estufa depois do café. Ajudar com as plantas, sabe?
Harry olhou surpreso e sorridente.
— Que bom, Luna! Vai ser ótimo ter sua a ajuda, filha. As framboesas estão precisando mesmo de uma poda, e acho que podemos colher alguns morangos também.
Luna assentiu, sorrindo.
— Tem mais uma coisa... — Ela começou um pouco hesitante, enquanto enrolava distraidamente uma mecha do seu cabelo longo solto. O cabelo de Luna era uma mistura de loiro e castanho, caía em cachos suaves, que às vezes se alisavam entre seus dedos. Sob a luz do sol, o tom dourado do loiro se destacava ainda mais, a fazendo literalmente brilhar.
Louis ergueu uma sobrancelha, percebendo o tom da filha.
— Ah, tem? — Ele disse curioso. — O que é, filha?
Luna corou levemente e desviou o olhar para o prato.
— Tem um garoto... Na escola. Eu meio que... Gosto dele — Ela confessou rapidamente.
Harry e Louis trocaram um olhar surpreso, mas logo Harry sorriu com ternura.
— Ah, então finalmente tem alguém especial? — Harry disse se sentando cuidadosamente ao lado de Louis, enquanto colocava uma mão sobre a barriga. — Quem é ele?
Luna suspirou, ainda envergonhada.
— O nome dele é Alex, mamãe. Ele está na minha turma de biologia. É super inteligente, engraçado, e… bem, eu acho que gosto dele.
Louis tentou esconder o sorriso ao ver o embaraço da filha.
— Alex, hein? E ele já sabe disso?
— Não! — Luna disse rapidamente, arregalando os olhos. — Quer dizer, eu acho que ele pode suspeitar… mas eu ainda não falei nada.
Harry riu, com os olhos brilhando de orgulho e carinho.
— Bem, quando você sentir que é o momento certo, tenho certeza que será lindo. E se você quiser, podemos convidá-lo para jantar qualquer dia desses, o que acha?
Luna pareceu considerar a ideia, e então sorriu timidamente. — Vou pensar nisso, mamãe. Obrigada.
— Sabe que sempre estamos aqui, né? Qualquer coisa, só nos falar. — Louis passou o braço pelos ombros de Luna, a puxando para um abraço rápido.
Luna sorriu, abraçando o pai de volta.
— Eu sei, papai. Vocês são incríveis. Mesmo sendo tão melosos — Ela brincou revirando os olhos e os pais riram.
Harry seguia observava Louis e Luna com olhos ternos, o coração transbordando de amor. Ele adorava esses momentos simples — a rotina diária que, para ele, era repleta de significados. Ele levou um pedaço de fruta à boca e, enquanto mastigava devagar, olhou para Luna com curiosidade.
— E como ele é? — Perguntou Harry, voltando ao assunto de Alex com um sorriso interessado. — O Alex, quero dizer. Além de inteligente e engraçado, o que mais você gosta nele?
Luna, ainda com as bochechas coradas, deu um pequeno sorriso, desta vez mais confortável ao falar sobre o garoto para os seus pais.
— Bem, ele é muito gentil, sabe? Não tenta ser popular ou algo assim. Ele trata todo mundo com respeito, e... ele é super bom em biologia. A gente faz projetos juntos e ele sempre me explica as coisas com paciência. E... — Ela deu de ombros, mordendo um pedaço de panqueca para disfarçar o sorriso antes de acrescentar — Ele tem um sorriso bonito.
Louis fez um som baixo, como se estivesse processando a informação. Ele não conseguiu evitar um olhar protetor para Luna, apesar de estar claramente orgulhoso do crescimento da filha.
— Hum... Bom, um sorriso bonito é importante, acho. — Ele tentou parecer casual, mas Harry não pôde deixar de rir da tentativa falha do marido de parecer relaxado.
— Louis, pare com isso — Disse Harry sorrindo. — Deixa a Luna respirar. Ela tem bom gosto, confia nela, amor.
— Ei, eu só estou perguntando, nada de mais! Quero conhecer esse Alex, é só isso. — Louis ergueu as mãos em rendição.
Luna revirou os olhos, rindo.
— Papai, relaxa. Nem sei se ele gosta de mim desse jeito ainda.
— Ah, ele gosta sim — Disse Harry com um olhar experiente, erguendo uma sobrancelha para Luna. — Eu aposto que sim. Se vocês estão fazendo projetos juntos, ele já está interessado. Eu me lembro de quando Louis e eu começamos a fazer coisas juntos. Ele me ajudava com pequenos trabalhos, e eu sabia que tinha algo ali desde o começo.
Louis soltou uma risada suave.
— Sim, porque eu estava completamente apaixonado por você desde o início, só não sabia como te dizer.
Luna riu, se inclinando sobre a mesa com os cotovelos apoiados.
— Ugh, vocês são tão fofos. Mas eu acho que Alex ainda não me vê assim… a gente só conversa sobre coisas da escola.
— Isso pode mudar mais rápido do que você imagina. Mas vá com calma, aproveite cada etapa. E não se esqueça de se divertir, Luna. Você merece alguém que te faça sentir especial. — Harry balançou a cabeça, sorrindo.
— É, acho que sim. Obrigada, mamãe. Eu vou ver como as coisas acontecem. — Luna pareceu ponderar isso por um momento e então deu um sorriso genuíno.
Louis estendeu a mão e bagunçou os cabelos de Luna de leve, provocando uma risada dela.
— Isso aí. E quando ele for te levar ao baile ou coisa assim, eu estarei lá, de olho. — Ele deu uma piscadela.
Luna revirou os olhos novamente, mas estava claramente gostando da conversa.
— Papai, você é tão exagerado. Eu nem sei se quero ir a esses bailes ainda.
Harry observou a troca entre eles com um sorriso largo e satisfeito, apoiando a mão em sua barriga. Sentia Harli, a bebê se mexer levemente, como se estivesse reagindo à alegria ao redor.
— Nossa pequena está animada hoje — Comentou Harry, olhando para Louis com um brilho nos olhos.
Louis colocou a mão sobre a barriga de Harry, sentindo o movimento.
— Ela deve estar curtindo a conversa. Mal posso esperar para conhecê-la, sabia?
— Eu também. Está quase na hora. — Harry suspirou feliz.
Luna olhou para os pais, seus olhos suavizando ao ver o carinho entre eles.
— E eu mal posso esperar para ser a irmã mais velha. — Ela sorriu. — Já estou fazendo planos de como vou mimá-la.
— Só não deixa ela ficar mal acostumada, hein? Uma irmã mimada pode dar muito trabalho. — Louis riu, pegando mais um pedaço de bolo.
— Ah, papai, eu vou ser ótima! — Luna brincou, cruzando os braços. — Eu vou ser a melhor irmã do mundo, só espera pra ver.
— Tenho certeza de que você será, Luna. Você já é incrível agora. — Harry riu para a filha.
Após o café da manhã, enquanto Louis lavava as louças, Luna e Harry, de galochas, vestido e macacão, seguiram em direção à estufa, um dos lugares favoritos de Harry na casa. Ali, ele sempre encontrava paz, rodeado pelas plantas que cultivara com tanto carinho ao longo dos anos. A estufa era espaçosa, com fileiras organizadas de plantas, desde pequenas mudas de ervas aromáticas até arbustos frutíferos, como morangos e framboesas. O cheiro da terra misturado ao suave perfume das flores preenchia o ar, criando uma atmosfera calma e serena.
Luna abriu a porta de vidro, deixando a brisa leve e fresca entrar.
— Eu adoro esse lugar, mamãe, tudo aqui é sempre tão bonito — Ela disse inspirando fundo o cheiro das plantas, flores e frutas. — Me faz lembrar de quando eu era pequena e você me ensinava a plantar as minhas primeiras flores.
Harry sorriu, colocando a mão na barriga enquanto caminhava devagar até as prateleiras de vasos. — Eu lembro bem. Você sempre foi curiosa com as plantas, Luna. Acho que herdou isso de mim — Ele disse com um tom orgulhoso, pegando um regador. — Vem, podemos começar podando as framboesas, depois vamos colher alguns manjericão para o molho que vamos fazer mais tarde.
Luna assentiu e pegou uma pequena tesoura de poda, se aproximando do arbusto carregado de frutinhas vermelhas. As folhas verdes brilhavam com o sol que entrava pelos vidros da estufa. Ela começou a cortar com cuidado os galhos secos, enquanto Harry supervisionava, regando outras plantas.
— Então, sobre o Alex... — Harry começou, olhando para Luna com um sorriso travesso. — Você já pensou em como vai falar com ele? Talvez dar um sinal mais claro?
Luna ficou um pouco envergonhada, mas respondeu com sinceridade.
— Ai, mamãe, você não vai parar com isso, né? — Ela disse sem tirar os olhos da planta.
Harry deu de ombros, ainda sorrindo.
— Só estou curioso. Quero ajudar, sabe? Além do mais, acho que essas coisas são sempre mais fáceis quando conversamos. Eu e seu pai tivemos um começo meio desajeitado também, você sabia? — Luna o olhou surpresa.
— Sério? Vocês parecem tão... naturais juntos.
Harry riu, ajustando o regador enquanto começava a plantar algumas novas mudas de tomate.
— Ah, hoje parece fácil, mas no começo, eu não sabia como falar com Louis. Ele era tão confiante, e eu me sentia meio atrapalhado. Mas uma vez que conversamos honestamente, tudo fluiu. Às vezes, é só dar o primeiro passo — Harry contou olhando para Luna com um sorriso encorajador.
Luna se juntou a ele, dessa vez agora usando a pá pequena para fazer buracos na terra macia, mas parou por um momento, considerando as palavras de Harry enquanto olhava para o arbusto à sua frente.
— Eu acho que tenho medo de estragar tudo, sabe? — Ela disse mordendo o lábio inferior. — Se eu falar e ele não sentir o mesmo, vai ser estranho. E se a gente parar de ser amigos?
Harry suspirou suavemente, se aproximando de Luna, tirando a luva de jardinagem e colocando a mão no ombro dela.
— Eu entendo, querida. É normal ter medo. Mas às vezes vale a pena arriscar. Se ele for uma pessoa boa, ele vai te respeitar, independentemente de como se sente. E quem sabe? Pode ser que ele esteja esperando o mesmo sinal de você.
Luna ficou quieta por um momento, os olhos focados no chão coberto de terra.
— É, talvez... — Ela murmurou, como se estivesse pensando alto. — Vou tentar não ficar tão nervosa com isso.
Harry sorriu, orgulhoso da maturidade da filha.
— Isso mesmo. Você tem todo o tempo do mundo para descobrir essas coisas. E não importa o que aconteça, sempre pode contar comigo e com seu pai.
— Eu sei, mamãe. Obrigada por sempre ouvir — Disse Luna, com um sorriso sincero. Ela colocou a pá de lado e se inclinou para pegar um punhado de framboesas maduras no cesto.
— Sempre, meu amor — Harry respondeu com um olhar terno, enquanto observava Luna saborear as frutinhas.
— Quer algumas? — Ela perguntou, segurando as frutinhas vermelhas e suculentas com um sorriso.
Harry riu, se sentando em um banquinho de madeira próximo.
— Claro, mas só um pouquinho. Ultimamente, estou comendo por dois, mas tenho que me segurar pra não exagerar — Ele brincou, acariciando a barriga com uma expressão divertida.
Luna ofereceu as framboesas a Harry, que pegou algumas e saboreou lentamente, a explosão de sabor trazendo um sorriso ao seu rosto.
— Deliciosas! Você fez um ótimo trabalho cuidando das plantas, Lu. Acredito que suas habilidades de jardinagem estão melhores do que as minhas — Ele disse piscando. — Agora venha cá, deixa eu fazer uma trança no seu cabelo — A mãe de Luna disse sorrindo enquanto a convidava a se aproximar.
Luna se sentou ao lado dela, pronta para o carinho. Enquanto sua mãe, com as mãos habilidosas, trançava seus cabelos loiros com delicadeza, acrescentava e entrelaçava flores coloridas nos fios.
— Elas combinam perfeitamente com você, amor. — A mãe comentou enquanto segurava uma flor rosa, tirada do canteiro atrás delas, junto com outras flores.
— Eu adorei! — Luna respondeu observando as margaridas amarelas e os pequenos cravos do amor brancos sendo incorporados à trança. — As flores estão tão bonitas!
O aroma suave das plantas e o calor acolhedor da estufa tornavam o momento quase mágico. Mas, justo quando Harry estava prestes a responder, um leve zumbido chamou sua atenção.
— Mamãe, olha! — Harry foi surpreendida com Luna apontando com o dedo.
Um beija-flor pequeno e vibrante entrou na estufa e flutuava com leveza entre as flores.
Os olhos de Luna brilharam de empolgação e antes que sua mãe pudesse terminar de amarrar a sua trança, ela se levantou de um salto, os cabelos ainda meio soltos, e começou a seguir o beija-flor, rindo enquanto ele dançava de flor em flor. Sua mãe, com as mãos paradas, observava a filha encantada com a cena, enquanto Harry também ria, maravilhado com a espontaneidade do momento.
— Olha isso! — Luna disse surpresa apontando para o beija-flor enquanto ele pairava em cima de uma flor roxa vibrante.
Harry riu, maravilhado.
— Que lindo! Você sabia que os beija-flores simbolizam alegria e amor?
Luna sorriu, a ansiedade de antes se dissipando com a visão do beija-flor.
— Sério? Isso é incrível, mamãe! — ela respondeu, sem tirar os olhos do beija-flor. E então, em um sussurro suave, Luna o nomeou: — Sorte.
Conforme falavam, o beija-flor se aproximou ainda mais, pairando perto demais de Luna antes de pousar delicadamente em uma flor próxima. Ela ficou paralisada de alegria, sem acreditar que estava tão perto do passarinho.
— Mamãe! — Ela sussurrou, sorrindo amplamente, o olhar encantado.
Harry pegou o celular e rapidamente tirou uma foto.
— Essa vai para o álbum da família! Você está linda com o beija-flor por perto — Ele disse, rindo.
— Eu me sinto como uma princesa! — Luna disse fazendo uma pose divertida enquanto o beija-flor continuava a se deliciar com o néctar e a água doce das flores.
— Olha como ele brilha à luz do sol. — Harry se levantou e se aproximou, tentando capturar o momento.
Enquanto o beija-flor pairava ao redor deles, os dois começaram a rir, e a tensão que antes dominava o ambiente foi completamente substituída pela leveza do momento.
— Você sabe, ás vezes, coisas inesperadas podem ser as melhores — Disse Harry, olhando nos olhos de Luna.
— Como eu falando com o Alex — Refletiu Luna, com um sorriso tímido. — Quem sabe o que pode acontecer se eu me arriscar?
— Exatamente! — Harry respondeu a encorajando. — O que importa é que você está aberta a novas experiências. Seja corajosa, filha. — Ele deu um beijo suave na testa de Luna.
O beija-flor continuava a visitar as flores, criando uma atmosfera leve dentro da estufa. Luna sorriu, olhando para a flor que havia atraído o pássaro.
— Eu acho que vou me lembrar disso toda vez que pensar no Alex — Disse Luna sorrindo para a mãe. — Obrigada, mamãe.
Harry sorriu, seu coração cheio de amor pela filha.
— Você traz tanta luz para a minha vida, querida — Harry disse acariciando as bochechas rosadas da filha, enquanto seus olhos se encontravam com os dela em um momento de ternura. — Agora vem, vamos amarrar essa trança e terminar de cuidar das plantas antes que o papai venha nos procurar para o almoço — Ele falou, se movendo para trás de Luna e trançando seu cabelo com delicadeza. Depois, lavou rapidamente as mãos e pegou a pá de volta, começando a trabalhar ao lado dela.
— Posso ajudar com alguma coisa? — Luna perguntou animada, enquanto observava a mãe.
— Claro! Você pode me passar as mudas que estão ali, bem ao seu lado — Harry respondeu apontando para as pequenas plantas que precisavam ser replantadas.
— Certo! — Luna disse pulando para pegar as mudas. Então, avistou o beija-flor pousando em uma das flores, começando a beber o néctar. — Olha, mamãe, como ele é atrevido! Acho que ele sabe que essa água é especial!
— Com certeza! — Harry disse observando a cena com um sorriso. — Ele adora essa mistura. É como se fosse um lanche delicioso para ele.
Luna se virou para Harry, com um brilho nos olhos.
— Você acha que ele vem aqui só por causa das flores? Ou será que ele também gosta das nossas conversas?
Harry sorriu, pensando.
— Bem, eu espero que ele goste de tudo. O beija-flor parece saber que estamos cuidando dele e das flores, como uma pequena família.
— É como se ele estivesse dizendo “obrigada”!
Harry sorriu, observando a cena com carinho.
— Ele sabe que você cuida bem dele, assim como cuida das plantas. Você é uma verdadeira jardineira, amor!
— Isso é verdade! — Luna respondeu, orgulhosa.
(...)
Era uma noite tranquila na casa dos Styles-Tomlinson, mas Harry simplesmente e literalmente não conseguia dormir. Mesmo estando grávida de 36 semanas ela se remexia na cama inquieta, acariciava sua barriga enquanto sentia pequenos movimentos de Harli. Algo a inquietava, não a deixava confortável, uma sensação, e aperto no peito que não conseguia explicar, e não passava, era como se soubesse, e o seu coração de mãe dissesse e a alertasse que sua filha mais velha, Luna, não estava bem.
Luna andava diferente nas últimas semanas: mais quieta, mais distante, e Harry não conseguia ignorar essa mudança. Preocupada, ele se levantou devagar, sem acordar Louis, que dormia ao seu lado, vestiu o seu robe de algodão macio e as pantufas.
Com uma mão apoiada na barriga pesada, ele seguiu pelo corredor até o quarto dela. À medida que se aproximava, ouviu suaves sons abafados de soluços. Seu coração apertou imediatamente. "Luna..." sussurrou para si mesmo, já confirmando o que suspeitava.
Sem pensar duas vezes, Harry abriu a porta com cuidado e entrou no quarto da filha. Luna estava deitada, encolhida debaixo das cobertas, o rosto escondido no travesseiro, chorando silenciosamente.
Aquilo partiu o coração de Harry.
— Luna? — Chamou com a sua voz suave, mas cheia de preocupação, enquanto se aproximava o mais rápido que podia.
— Mamãe, por favor... vai embora — Luna disse entre soluços, sem sequer levantar a cabeça para olhar para ela.
Harry sentiu o coração apertar ainda mais. Com carinho, ele se acomodou na beira da cama e começou a acariciar os cabelos da filha, movimentos suaves e reconfortantes, como fazia quando Luna era pequena e precisava de conforto.
— Luna, meu amor... o que está acontecendo? — Harry perguntou com doçura e a preocupação torturando o seu peito. — Por que você está chorando, filha? Você sabe que eu estou aqui para você, sempre. O que está te machucando assim, meu amor?
Luna não respondeu de imediato, mas os soluços diminuíram um pouco à medida que a presença reconfortante de sua mãe a acalmava. Harry continuou a acariciar seus cabelos, esperando pacientemente que ela falasse. Finalmente, depois de alguns minutos de silêncio, Luna soltou um suspiro tremido virando de frente a mãe.
O rosto de Luna estava banhado de lágrimas, o nariz vermelho e os olhos azuis, com um aro verde próximo à pupila, também vermelhos. As lágrimas não paravam de escorrer, e cada gota fazia Harry sentir uma dor profunda no coração, como se fosse um aperto que contraia até a alma.
— Alex… ele terminou comigo, mamãe, e agora eu descobri que ele está com a minha amiga — Confessou, com a voz trêmula. — Eu pensei que ele realmente gostasse de mim, mas… ele simplesmente me traiu. E agora… eu me sinto tão horrível. Eu quero me bater, mamãe.
Harry sentiu uma dor profunda ao ouvir aquelas palavras. O coração se partiu ao escutar o que foi dito. Ver sua filha tão machucada por duas pessoas de confiança dela era a pior dor que ele poderia imaginar. Sua filha estava se sentindo abandonada, traída, e isso era a última coisa que ele queria ou desejaria para ela ou alguém naquele momento.
— Oh, minha querida… — Harry sussurou se inclinando um pouco mais para abraçar Luna, acariciando seus cabelos enquanto ela chorava. Os olhos da mãe se encheram de lágrimas também, vendo sua filha naquele estado. — Eu sinto muito que você esteja passando por isso. Eu sei como dói quando alguém que amamos nos machuca, e sinto tanto que você esteja sentindo essa dor agora, amor.
Luna balançou a cabeça, ainda soluçando.
— Eu achei que ele gostasse de mim — Ela continuou com a voz cheia de tristeza. — Mas acho que eu estava tão errada… Eu não sei o que fiz de errado.
Harry suspirou, o coração apertado, e continuou a acariciar os cabelos de Luna com carinho. Com isso, a mãe ergeu o rosto da filha a fazendo olhar pra ele.
— Querida, você não fez nada de errado — Harry disse com firmeza. — Às vezes, as pessoas se afastam, e não é por nossa culpa. O que aconteceu entre você e Alex pode doer muito agora, mas isso não significa que você não seja incrível ou que tenha feito algo de errado. Você é maravilhosa, Luna. Ele não enxergou isso é um problema dele, não seu.
Nesse momento, Louis entrou no quarto, com o rosto preocupado ao perceber que Harry não estava na cama. Ao ver Luna chorando nos braços de Harry que acariciava os cabelos dela, ele rapidamente se juntou a eles, se sentando ao lado da filha.
— O que está acontecendo, meu amor? — Louis perguntou suavemente, enquanto colocava uma mão no ombro de Luna a fazendo chorar mais. — O que aconteceu, Luna?
Luna fungou e se virou para encarar o pai, ainda com os olhos cheios de lágrimas.
— Alex terminou comigo e me traiu, papai… — Ela disse a voz embargada. — E eu sinto como se… como se eu tivesse feito algo errado.
Louis trocou um olhar preocupado com Harry antes de se inclinar para abraçar Luna com cuidado.
— Ah, meu amor... — Louis começou, olhando nos olhos da filha com ternura. — Preste atenção no que eu vou te dizer, sim?
Ele ergueu o olhar dela e afirmou com a cabeça:
— Você não fez nada de errado, querida, nada — Ele disse com convicção, a puxando para mais perto. — As pessoas podem nos decepcionar, amor, e isso é sim doloroso, especialmente quando vem de tão perto. Mas isso não define quem você é. Você é uma pessoa maravilhosa, e isso nunca mudará, independentemente das ações dos outros.
Harry assentiu, enxugando delicadamente as lágrimas que escorriam pelo rosto da filha.
— Eu sei que, neste momento, tudo parece muito difícil e tortuoso, mas o que você está passando não define a sua essência, filha — Harry disse com uma voz firme e amorosa. — Você é forte, inteligente e possui um coração generoso. E quem não consegue ver isso não merece a sua atenção.
Louis sentiu o corpo de Luna tremer enquanto ela chorava em seus braços. Cada lágrima dela apertava ainda mais o coração dele. Harry, ao lado, observava a cena com um olhar carregado de preocupação. Ele trocou um rápido olhar com o marido antes de se aproximar mais da filha. Os três se deitaram juntos na cama grande e espaçosa de Luna, como ela havia pedido quando se mudaram para aquela casa. O silêncio do quarto era quebrado apenas pelos soluços abafados de Luna, que finalmente conseguiu fôlego para falar.
— Eu só... eu realmente pensei que ele se importava comigo — Luna sussurou, a sua voz cheia de dor e confusão. — Mas agora parece que tudo foi uma mentira. Como se eu tivesse sido boba por acreditar...
Louis acariciou as costas da filha com movimentos lentos e reconfortantes, enquanto pensava na melhor forma de aliviar a dor que ela sentia. Ele sabia que as palavras não fariam o sofrimento desaparecer de imediato, mas esperava que, aos poucos, pudessem trazer um pouco de paz ao coração partido de Luna.
— Amor — Louis começou mantendo a voz calma —, não há nada de errado em acreditar no melhor das pessoas. Isso não faz de você uma boba, faz de você alguém com um coração generoso, que confia e ama de verdade. Não deixe que essa dor roube isso de você.
Harry, com os olhos marejados, segurou a mão de Luna com delicadeza, apertando-a levemente.
— Às vezes, quando as coisas não acontecem como esperamos, começamos a duvidar de nós mesmos — Harry disse olhando para a filha com ternura. — Mas, muitas vezes, as escolhas das outras pessoas não têm nada a ver com a gente. O Alex pode estar tomando decisões por razões que você não pode controlar, e isso não é culpa sua. Você fez o seu melhor, e isso é o que importa. Porém, você não deve carregar a culpa pelo que aconteceu. As escolhas dos outros estão além do seu controle. O que você pode fazer agora é focar em se sentir bem consigo mesma, meu amor.
Luna fungou, olhando para os pais com uma expressão confusa, mas sedenta por entender melhor o que sentia.
— Mas então... por que ele terminou? Nós estavamos bem... e, de repente, ele mudou de ideia. O que eu fiz de errado?
Louis suspirou, segurando o rosto de Luna com carinho, forçando-a a olhar nos olhos dele.
— Às vezes, as pessoas não sabem como lidar com seus próprios sentimentos, Luna — Ele disse com a voz carregada de empatia. — O Alex pode estar passando por algo pessoal, algo que ele não soube compartilhar com você, e talvez seja mais fácil para ele se afastar do que lidar com isso. Isso não significa que você fez algo errado. Relacionamentos podem ser complicados, e nem sempre as coisas acontecem da maneira que esperamos. E algumas vezes, essas decepções podem abrir portas para algo ainda melhor.
Luna sentiu uma onda de confusão misturada com tristeza, mas as palavras de seu pai começaram a criar um espaço para reflexão em sua mente.
— Mas... e se eu nunca mais encontrar alguém como ele? — Ela questionou, a insegurança evidente em sua voz.
— Você encontrará, querida — Louis respondeu com um sorriso tranquilo. — E quando encontrar, será com alguém que realmente valoriza quem você é. Alguém que vai te amar da maneira que você merece, sem reservas, sem decepções que te magoem profundamente. Essa experiência pode ser dolorosa, mas ela também é uma lição. Você vai aprender o que realmente deseja em um relacionamento e o que você não aceita mais.
Harry assentiu, enxugando uma nova lágrima que descia pelo rosto da filha.
— Você tem que lembrar que, no amor, nem sempre conseguimos controlar o que o outro sente, querida — Ele continuou. — Às vezes, por mais que tentemos, as coisas simplesmente mudam. Mas isso não significa que você seja menos digna de amor. Pelo contrário, você merece alguém que veja o quão maravilhosa você é e que esteja pronto para estar ao seu lado, não importa o que aconteça.
Luna escutava atentamente, as palavras dos pais começando a penetrar na barreira de tristeza que a envolvia. Ela respirou fundo, tentando processar tudo o que ouvia.
— Mas dói tanto — Ela sussurou com a voz ainda embargada. — Eu não consigo parar de pensar no que eu poderia ter feito diferente.
Louis puxou a filha ainda mais para perto, a envolvendo em um abraço reconfortante, como se quisesse protegê-la de toda a dor que a cercava.
Os pais sentiam o coração apertar ao ouvir Luna expressar aquela dor tão profunda. Ver a filha sofrendo era insuportável, mas sabiam que parte do crescimento envolvia enfrentar essas desilusões e sair mais forte do outro lado. Louis ainda segurava o rosto de Luna entre as mãos, os olhos dela buscando respostas, enquanto Harry se aproximava ainda mais, sentando-se ao lado dela na cama.
— Eu sei, querida — Louis disse com a voz carregada de ternura. — Eu sei que dói. E sei que, agora, parece que essa dor nunca vai passar, que ela está te consumindo por dentro. Mas acredite em mim, com o tempo, essa sensação vai diminuir. Aos poucos, as coisas começam a ficar mais claras e menos dolorosas.
Harry assentiu, pegando a mão de Luna novamente, como se quisesse transmitir o máximo de amor possível através do toque.
— Quando alguém que amamos nos machuca, especialmente de uma maneira tão repentina, é natural nos perguntarmos o que fizemos de errado. Mas, Luna, isso é o que chamamos de ‘culpa do coração’. Você está assumindo a responsabilidade por algo que, na verdade, não está nas suas mãos — Harry disse. — Às vezes, as pessoas saem das nossas vidas por razões que nunca vamos entender completamente, e não importa o quanto pensemos sobre o que poderíamos ter feito diferente, isso não muda o fato de que cada um tem o direito de escolher seu caminho.
Luna, ainda fungando, olhou para Harry com um misto de dor e esperança nos olhos. Ela estava buscando algum consolo, algo que aliviasse aquela sensação de vazio que Alex tinha deixado para trás.
— Mas por que isso aconteceu, mamãe? — Luna perguntou com a sua voz num sussurro quebrado. — Ele parecia tão... tão feliz comigo. Como isso mudou tão rápido?
Harry suspirou, sabendo que essa era uma pergunta difícil de responder. Ela olhou para Louis, que ainda mantinha as mãos nos ombros de Luna, tentando confortá-la.
— O que ele fez foi confuso, eu sei — Louis respondeu calmamente. — E, honestamente, talvez nem ele saiba ao certo por que fez isso. Algumas pessoas têm dificuldade em lidar com os próprios sentimentos e, quando se sentem confusas ou sobrecarregadas, acabam magoando os outros sem perceber o impacto. Não é certo, mas é algo que acontece.
Harry acariciou os cabelos de Luna, seus dedos deslizando suavemente pelas mechas enquanto falava.
— O mais importante agora, Luna, é você lembrar que sua felicidade não depende de outra pessoa. É fácil esquecer isso quando estamos apaixonados, mas o amor verdadeiro — o tipo de amor que realmente importa — nunca vai te fazer sentir assim, Solzinho — Harry disse olhando nos olhos de Luna. — O amor que você merece vai te fazer sentir segura, completa, e vai valorizar cada parte de quem você é. E acredite, ele vai chegar quando você menos esperar.
Luna fungou novamente, seus olhos ainda marejados, mas o peso no peito parecia um pouco mais leve. Mesmo que a dor ainda estivesse lá, a presença calorosa de seus pais a confortava, e as palavras deles estavam começando a penetrar na muralha de tristeza que ela havia erguido ao redor de si.
— Eu só... eu só queria que ele tivesse me explicado, sabe? — Ela disse com a voz tremendo. — Eu queria que ele tivesse me dado uma razão.
Louis suspirou, acariciando as costas de Luna.
— Eu entendo, querida. A falta de respostas é a parte mais difícil. Mas, por mais doloroso que seja, às vezes as pessoas não conseguem nos dar as respostas que precisamos. E mesmo que não seja justo, precisamos encontrar a paz dentro de nós mesmos, sabendo que fizemos o melhor que podíamos.
Harry, ainda segurando a mão de Luna, sorriu suavemente, enxugando mais uma lágrima que descia pelo rosto da filha.
— Se lembre de que você é amada, não só por nós, mas por tantas pessoas ao seu redor. E quem sabe? Talvez, lá na frente, você perceba que essa experiência te ajudou a se conhecer melhor. — Harry disse olhando para ela com ternura. — Isso pode parecer impossível agora, mas esse tipo de dor, por mais cruel que seja, também nos ensina a sermos mais fortes e mais cuidadosos com nossos próprios corações.
Luna permaneceu em silêncio por um momento, ainda digerindo tudo o que seus pais haviam dito. Ela sabia que a dor não iria embora tão rapidamente, mas algo nas palavras deles a fez se sentir um pouco mais ancorada, como se a tempestade que ela estava enfrentando dentro de si não fosse tão impossível de superar.
— Eu só quero que isso pare de doer... — Ela murmurou quase como se falasse consigo mesma.
— É natural sentir essa dor, Luna — Ele disse. — A dor faz parte do processo de cura. Mas se lembre sempre, você não está sozinha. Nunca estará. Estamos aqui com você, e vamos passar por isso juntos.
Harry, sempre atenta, se juntou ao abraço, envolvendo os dois em um caloroso refúgio familiar.
— O que você está sentindo agora é apenas um capítulo da sua história. Não deixe que isso defina sua narrativa. Um dia, você vai olhar para trás e perceber que tudo isso fez parte de um aprendizado que a ajudou a crescer. Você é mais forte do que imagina, e, mesmo que agora pareça difícil, essa fase vai passar.
Luna começou a relaxar um pouco, sentindo a segurança e o amor que seus pais lhe ofereciam. Mesmo que a dor ainda estivesse presente, a ideia de que eles estavam ao seu lado a ajudava a encontrar um pouco de conforto.
— Obrigada por estarem aqui — Ela disse, a voz um pouco mais firme. — Eu realmente não sei o que faria sem vocês.
— Você nunca precisa se preocupar com isso, Luna — Harry respondeu com um sorriso suave iluminando seu rosto. — Sempre estaremos aqui para te apoiar, nos momentos bons e ruins.
— E para te lembrar do quão incrível você é — Louis acrescentou lhe dando um beijo na testa. — Você é a nossa filha, e isso significa que você sempre terá um lugar especial em nossos corações, não importa o que aconteça.
Harry sorriu, puxando Luna para um abraço apertado, enquanto Louis se juntava a eles, formando um círculo caloroso de conforto.
— Estamos sempre aqui para você, não importa o que aconteça — Harry disse sentindo o corpo de Luna relaxar lentamente em seus braços, o choro diminuindo aos poucos.
Luna se aconchegou ainda mais entre os pais, sentindo a ternura de suas mãos acariciando seu rosto, secando suas lágrimas com tanto carinho que seu coração começou a se acalmar mais ainda.
— Papai, mamãe... — Luna sussurou com a voz suave, ainda levemente embargada, mas agora mais tranquila. Harry e Louis se viraram imediatamente para ela, atentos.
— O que foi, querida? — Louis perguntou com uma gentileza que a fez se sentir ainda mais amada.
Luna respirou fundo e, com um pequeno sorriso, pediu: — Podemos assistir ao meu filme favorito? Por favor?
Harry e Louis trocaram olhares ternos, e Harry foi o primeiro a responder com um sorriso doce.
— Claro que sim, meu amor. Tudo o que você quiser — Harry disse enquanto Louis se levantava suavemente da cama para ligar a TV no quarto de Luna. Ele selecionou o filme com cuidado, sabendo exatamente qual era o favorito da filha.
Assim que "Tangled" começou a tocar na tela, uma sensação de familiaridade e segurança encheu o quarto. Luna se ajeitou mais uma vez entre os dois, com a cabeça apoiada no ombro de Louis e a mão de Harry segurando a sua.
— Papai... mamãe... eu ainda sou o bebê de vocês? — Ela sussurrou tão baixinho, como se não quisesse interromper o momento ou assustar os pais, com medo de que eles pudessem saíssem dali.
— Você sempre será o meu bebê, Luna, isso nunca vai mudar — Harry disse lhe dando um longo beijo na testa.
— Sempre, amor, você sempre será o nosso bebê. Eu ainda te vejo como uma recém-nascida. O meu eterno bebê — Louis acrescentou, arrancando um pequeno riso de Luna.
— Papai... — Ela chamou com uma vozinha infantil.
— Sim, amor? — Ele respondeu acariciando os cabelos dela e afastando os fios do seu rosto.
— Você pode pegar o meu paninho? — Louis parou por um momento. É claro que ele lembrava do paninho de Luna, aquele cobertor amarelo claro, bordado com o nome dela, recheado de Sol. Luna sempre dormia com ele, até o dia em que decidiu que não precisava mais. Harry o guardara cuidadosamente no armário; eles nunca o jogariam fora, pois era uma lembrança preciosa de quando Luna ainda era apenas um bebê.
Louis parou por um momento. É claro que ele lembrava do paninho de Luna, aquele cobertor amarelo claro, bordado com o nome dela, recheado de Sol. Luna sempre dormia com ele, até o dia em que decidiu que não precisava mais. Harry o guardara cuidadosamente no armário; eles nunca o jogariam fora, pois era uma lembrança preciosa de quando Luna ainda era apenas um bebê.
Louis pegou o paninho assim que Harry indicou onde estava guardado e o trouxe até Luna.
— Obrigada, papai — Ela disse se aconchegando mais perto da mãe, colocando o paninho entre o pescoço enquanto seus olhos permaneciam na tela, onde seu filme favorito passava.
Quando a cena da música "Encanto da Cura" começou, Luna tentou cantar junto, mas logo foi envolvida pelas vozes segura de seus pais. Harry e Louis, mais uma vez, estavam cantando para ela, suas vozes suaves e ternas soando como um abraço acolhedor. As palavras da canção pareciam embalar Luna, afastando qualquer dor ou tristeza que ainda pudesse existir.
— Mamãe e papai amam você, amor! — Harry sussurrou a abraçando mais forte a fim de juntar todos os seus pedacinho e beijou seu cabelo e sua testa.
Antes que a música terminasse, Luna adormeceu nos braços deles, respirando com calma, envolta na segurança e no amor que só eles podiam lhe proporcionar. Harry e Louis continuaram ali, olhando para a filha adormecida, sentindo o alívio de vê-la em paz, sabendo que, apesar das dores que a vida traz, ela sempre teria um porto seguro nos braços deles.
San @ihrryboobies eu não sei mais como agradecer só a você pelo momento que achei que fosse insuperável. E, para mim ainda é um pouco, eu confesso de coração aberto. Eu não sei como explicar que se não fosse por você eu estaria totalmente perdida em minha própria cabeça. Você segurou a minha mão de uma maneira que não largou sob nenhuma hipótese. Não sei como usar as palavras nesse momento para descrever como cada mensagem sua me perguntando como eu estava era importante e necessárias pra mim. A sua e a minha promessa de nunca abandonar uma a outra se fez laço em meu coração. Eu não sei quais são os propósitos de Deus, mas eu só peço que ele te mantenha comigo por tempo, tempo e tempo até que eu já não possa mais contar. Eu não sei mais como te agradecer, simplesmente não sei mais. Deixo aqui todas as minhas palavras singelas de gratidão. Essa é totalmente inspirada na força e na minha visão do que você me trouxe, alívio.
E Liam, meu tão amado anjinho, você é eterno no meu coração, espero que você esteja bem, espero que você encontre toda a paz que tanto merece, que Deus o receba de braços escancarados com todo o amor que há no coração Dele. Aos familiares e amigos, muita fé, força, luz e amor!
Uma boa noite.
Até logo! 🤍
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palavreado · 8 months ago
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carta aberta para quem sabe abraçar
é muito bom ter alguém para conversar, falar sobre qualquer assunto, incluindo aqueles que causam dor. é reconfortante ser acolhido, compreendido sem julgamentos. isso tudo é questão de pertencimento, e pertencer é ter um lar fixo no abraço de alguém, é sentir no calor do ato um esvaziar de todo peso causado pela ansiedade. é incrível encontrar a paz nas palavras de conforto que, mesmo sendo um pouco duras ao conter boas verdades que preciso ouvir, mas que não quero. a empatia está nesses detalhes. uma pessoa empática é aquela que além de se pôr no lugar dos outros; se preocupar e doar o ombro e o peito como escudo; sabe que isso não é motivo para mérito algum, pois é o mínimo de demonstração de humildade. isso é o mínimo que todos deveriam fazer, mas não fazem. infelizmente para alguns o mínimo é um máximo inalcançável.
— cartasnoabismo
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ivanswebb · 18 days ago
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Fui dormi sob o erro, mas estou me curando enquanto os dias passam sem pressa, onde estão os que conheço, para onde foram aqueles que se vestiam iguais a mim? 
A tempestade passou, mas é realmente seguro abrir as janelas agora? Assim como o cheiro de um novo mundo eu também me sinto renovado, é como segurar com força a mão de quem você mais ama, é como sentir a chuva sem medo. Muitas vezes sofro sem cura, minha mente se torna uma sombra sem destino, para ela qualquer coisa serve, perco meu nome e ser, há tanta vida em mim que acabo me perdendo na verdade, caio no falso conforto de uma vida rasa, me perdoo por isso. 
E a vida é mesmo sozinha, cheia de brechas, prefiro estar nesse processo onde olho para frente e enxergo o horizonte nascer, esperarei até que essa dor passe, posso sangrar pelo caminho, que seja.
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leclewi · 3 months ago
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false god — medina.
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warnings ⟅ conotação sexual, palavrão.
WHAT ABOUT?╭ . .⃗ vocês brigam, mas ainda se amam.
MARI’S NOTES! ╭ . .⃗ oi vidocasss, me pediram e eu trouxe mais meu homem. espero que gostem de vdd! se vcs puderem comentar o que acharam, eu aprecio demais! eu não sei se eu gostei desse, relação de amor e ódio. não revisei, perdão por qualquer erro.
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a bateria não foi boa. faltou ondas, atenção, equilíbrio, suporte e cabeça. gabriel não tinha cabeça, desde quando vocês brigaram pela manhã. uma briga sem fundamentos, sem nexos e sentido, mas mesmo assim acontecia.
a prancha logo foi jogada ao chão, a imprensa pedindo por uma palavra, mas ele não tinha alguma. o corpo dele doía, a água gelada secando tornou o traje grudento e desconfortável. o mundo contra medina e, aparentemente você também.
o foco dele era voltar para o hotel, ter o mínimo de conforto que ele podia, merecia, depois dessa prova. mas, a visão do seu rosto absento de um sorriso, fez a frustação vencer a vulnerabilidade. assim como palavras se tornavam armas, o silêncio era um abismo de pena. e era seu mecanismo, ele aprendeu — forçadamente —, mas aprendeu. de certa forma, o acalmava.
o amor não era algo rotulado, um jogo com um manual de instruções, era uma dádiva, concedida pelo seu próprio organismo e lá se sabe quem, se você acreditar. é uma destreza, necessitada de tempo e sofrimento para ser entendida e manejada. e gabriel sabia, que pra te amar, precisava sofrer antes amando as suas imperfeições.
no quarto de hotel, ele foi para o banheiro, ainda quieto. o banho foi demorado, a água quente queimava as tatuagens e ele rogava para que o ressentimento também fosse embora.
“qual foi, s/a?” foram as primeiras palavras que ele direcionou a você, depois desse tempo. “esse silêncio vai te matar antes mesmo que eu te diga desculpas.”
a sua raiva ainda borbulhava por dentro, de forma branda e controlada, mas o suficiente para que você rolasse seus olhos. “como se você fosse capaz.” sua voz sussurrada.
ele resolveu ignorar, o amor em ação era uma coisa horrenda em comparação ao amor dos filmes. a ação de ignorar a alfinetada e a dor que ele sentiu uma prova.
“você não tem ideia.” ele referiu a você de novo, o corpo dele afundando ao seu lado. um suspiro pesado e cheio de cansaço flutuando dos lábios dele. — tão lindos. “foi uma porcaria, eu tô me sentindo mal. e você ainda insiste na ironia. por deus, s/n.”
querendo ou não, te afetou. você causou o cansaço nele, de certa forma, você causou uma infelicidade maior quando negou o que ele queria, o amor e conforto. o silenciou possuiu de novo.
“você me tira do sério.” você admitiu, sua mão acariciando o braço dele antes mesmo de pensar. o erro dele realmente te tirou do sério, você disse coisas que não deveria, assim como ele te disse coisas que não deveriam ter sido nem cogitadas. — mas, ele ainda era aquele gabriel. o que faria de qualquer coisa para redimir seus erros, mesmo que negaria as desculpas.
ele sem pensar te beijou, rolou para o lado e grudou seus lábios. o amor não sobressaia o ressentimento, a dor, mágoa, aquilo era parte do amor de vocês, de qualquer um. a necessidade se sobressaia.
o corpo dele se pressionou contra o seu, te prendendo contra a cama. “você que é maluca.” ele protestou, em um gemido pequeno e quieto, relaxando na sua pele. “sério, ciúmes daquela bruaca loira?”
sua mão puxou alguns fios do cabelo dele, em retaliação, mas falhou quando seu sorrisinho apareceu. “minha culpa se você é educado demais? qual foi, ela ainda fala de você.” a explicação meia boca serviu de nada, além de alimentar o ego dele e apaziguar as sensações ruins.
não importa as condições, vocês ainda se amariam. os lábios dele — constantemente admirados por você. — deixaram um beijo no seu nariz, “você não quis me escutar, s/n. não vem com essa.” um selinho no seus lábios. “é sério. me mata toda vez que você resolve calar a boca e ainda me leva junto nessa porra de silêncio.”
uma das mãos dele guiou sua perna para descansar na cintura dele, obediente seu corpo seguiu. o toque físico era sua melhor forma de reconciliar e foi isso que você fez, beijou ele antes mesmo que ele pudesse te retaliar de novo.
a língua dele era tão familiar que seu coração apertou, um dia e meio era o suficiente para você sentir falta dele. e vice-versa. ele procurava pelo seu corpo, pressionando o quadril dele em meio a suas pernas.
não demorou muito para vocês estarem doendo de desejo. “desculpa.” você tentou e ele não caiu, riu da sua palavra. “mentira, nem vem.”
ele se levantou, ainda no meio das suas pernas, puxando sua saia para baixo sem prolongamento. você desmanchou nas mãos dele, como sempre.
“tá, bobão.” você riu de volta e ele te beijou.
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versografada · 6 months ago
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Se você admite que está quebrado e não faz nada para mudar a situação, então talvez, você não esteja em pedaços, ou se acostumou com o conforto da dor.
– Se curar também é uma escolha.
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mywritingonlyfans · 8 months ago
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Kuku, pai de menina! 🩷🎀 // Esteban Kukuriczka X Fem!Reader
words: 1,4k.
eu percebi que não curtiram mt minha primeira fic, mas infelizmente tenho mais algumas e vou aparecer nas tags, mas vai ser temporário!
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Suas mãos estavam geladas, e você lembrou da sua mãe, sua mente rapidamente recordando a necessidade de curativos em casos de ferimentos quando era criança. No entanto, algo parecia mais sério do que o usual. Quando Esteban ligou, você estava prestes a encerrar uma reunião. Sua voz denotava tremor, e você podia imaginar seus dedos nervosos bagunçando o cabelo. Isso naturalmente te deixou apreensiva, e à medida que você fazia perguntas, ele parecia ficar ainda mais perturbado. Por fim, ficou claro que você precisaria buscá-los no hospital.
 Um nó incontrolável se formou em sua garganta, e a tensão era palpável. A busca por uma vaga no estacionamento parecia levar uma eternidade, e fazer a baliza foi uma das piores experiências de sua vida. Sentindo o quão rígido seu corpo estava, você se reclinou no banco, fechou os olhos e respirou fundo. Sua mente foi desacelerando conforme pensava em como Esteban acalmava ela, seja quando ela sentia dor, nervosismo ou sonolência. Ela segurava o dedo indicador dele em sua mão pequena e repousava o rosto, repleto de sardas, em seu peito, buscando conforto. Ele era habilidoso em fazê-la sentir-se ouvida e especial, e você o amava ainda mais a cada vez que testemunhava essas interações. Esse pensamento momentâneo trouxe algum alívio; afinal, você confiava em seu marido.
A cena que você observava naquele momento era familiar: Mia, com o rosto corado como o de Esteban, segurava firmemente a camiseta do pai, enquanto seus olhos pequenos demonstravam preocupação. A sala, decorada em tons de azul claro, exibia alguns desenhos de bichinhos nas paredes, e na mesa havia agulhas e linhas grossas esterilizadas. Esteban parecia ainda mais apreensivo do que Mia.
"Olhe para mim, está tudo bem, baixinha," ele sussurrou suavemente, segurando-a e tentando acalmá-la da melhor maneira possível. Seus olhos estavam inchados, e lágrimas inundaram-nos assim que ele encontrou o olhar doloroso dela. 
Ela entrelaçou os dedos na camiseta dele e fechou os olhos; a voz dele ainda era suave, assim como a mão que estava carinhosamente em seu ombro. "Você é muito corajosa", ele disse. Aquilo fez você sorrir levemente. Conforme o médico se afastava, Mia notou você ali. "Mamãe?!" Esteban olhou para você mais relaxado, e você assentiu para ele antes de ir beijar sua pequena. Ela estava com os olhos miúdos, claramente cansada, e você a deixou se aninhar em seus braços. "Como está se sentindo?", você perguntou. A bochecha dela encostou em seu ombro, evitando que o curativo tocasse algo, e ela balançou a cabeça. "Bem, eu chorei bastante, mas papai estava certo, não doeu tanto, e me sinto melhor agora que já passou", ela disse em pequenas pausas e com as mesmas escolhas de palavras do pai; você achava aquilo tão fofo. Kuku costumava rir disso, mas ainda falhava em esconder a preocupação.
"Eu quero ir para casa, por favor?" Mia choramingou. Assim que a pergunta veio, você olhou para Esteban, e ele concordou, pedindo para você ir indo para o carro enquanto ele pegaria os medicamentos que ela precisaria. A fala breve e os olhos baixos mostravam que ele se sentia culpado, e por isso você concordou em esperar por ele.
Você ficou ao lado dela, segurando-a pela cadeira e colocando seu casaco para apoiar sua cabeça e evitar que ela balançasse demais. "Quer que eu dirija, vida?" Você acariciou os ombros dele, e mesmo distraído, ele virou o rosto para receber um beijo seu. "Ela está bem", você disse assim que ele afirmou não ver problema. Ele suspirou pesadamente, como se estivesse prestes a dizer "Mas, e se..." em protesto, mas desistiu.
O caminho foi rápido, e às vezes ele olhava para vocês pelo retrovisor. Ele não podia negar que ser contemplado com seu doce sorriso o fazia se sentir mais seguro. Ao entrarem em casa, com Mia nos braços, ele finalmente desabafou: "Eu a deixei cair do brinquedo", ele olhou para ela com pesar, uma pausa amarga em seu peito. "Eu estava de olho, sabe? Pensei que seria bom dar autonomia a ela, mas continuei por perto. Tentei ajudá-la antes que caísse, mas não deu muito certo." Você o ouviu atentamente; ele estava ofegante e você entendia sua aflição.
Ele a colocou na cama, soltando aos poucos a mão dela que se enroscava em sua camiseta. "Não poderemos protegê-la para sempre, Kuku. É importante que ela também entenda isso", você disse, criando uma barreira com lençóis ao redor da cama para evitar que ela se machucasse enquanto descansava. Ela estava tranquila, o cabelo bagunçado como o do pai, assim como os olhos um pouco inchados de chorar. Você sorriu para si mesma.
“Tenho medo de que ela pense que não poderei ajudá-la quando precisar, que não confie em mim. Não gosto da sensação de não ter evitado que algo ruim acontecesse com ela", ele disse em um choro baixo, e você sentiu o nó em sua garganta.
"Não fale assim", você negou, indo até ele, ficando nas pontas dos pés enquanto usava seus dedos para afastar as lágrimas. "Você tem noção de que sua preocupação sobre isso te faz ser o melhor pai do mundo?”
“Você está chateada?" A ponta do nariz dele tocou o seu, os fios de cabelo dele te fazendo cócegas. Ele era um bobo que se preocupava demais.
"Óbvio que não, não teria tido uma filha com você caso não te achasse capaz." Ele riu, permitindo que você o abraçasse.
"Eu não gosto de vê-la machucada ou saber que está com medo, mas não é como se eu achasse que foi sua culpa, sei que não foi. Crianças são imprevisíveis, e ela confia tanto em você, isso não vai mudar agora. Dentro da salinha, ela estava tão concentrada em você, na sua voz e calma - que eu sei que você estava atuando - fazendo ela saber que tudo ia ficar bem." Ele não havia refletido sobre isso, mas percebeu que era verdade.
Ele tinha medo de Mia estar chateada com ele de alguma forma, mas tudo, como você disse, indicava que não. "Mas você pode conversar com ela amanhã, o que acha? Pode falar o que sente, e deixar ela saber que pode contar com você quando precisar porque você vai estar lá por ela." Ele assentiu, parecia uma boa ideia.
O nariz dele roçou em seu pescoço e ele beijou o local, seguido por seu rosto. Você o abraçou mais forte, "eu te amo, muito." Ele suspirou, e você pôde sentir que ele estava menos preocupado. "Eu também, te amo tanto." Os lábios dele tocaram os seus e ele riu levemente do gosto salgado.
“Quer comer alguma coisa? O que almoçou?" Você tentou quebrar o ar melancólico. "Não cheguei a almoçar, embora tenha feito Mia comer na espera do hospital e ela tenha me obrigado a comer pedaços dos sanduíches que fiz pra ela." Ele te viu morder os lábios e houve uma comunicação entre olhares que fez ele não precisar acrescentar o quão parecida com a mãe ela era.
"Tá bom, a gente vai comer agora, antes que você fique louco sem nutrientes no corpo." A risada dele foi descontraída e te fez bem vê-lo bem.
Na manhã seguinte, ainda sonolenta, evitando ao máximo ter que se levantar, você ouviu a voz de Mia, falando baixo com ele. Ao abrir os olhos, você viu os dois ao seu lado, as mãos pequenas nas bochechas de Esteban, apalpando a barba dele que segurava um sorriso.
"Tudo bem, eu insisti para ir no escorrega sozinha, mas mesmo assim você estava lá comigo." Ela descansou o rosto no peito dele e ele beijou a cabeça dela em múltiplos estalos. Ela esticou a mão ao te ver acordada, segurando a sua. "Bom dia, mamãe." Ver ela feliz também te deixava contente.
Era tão bom ter os dois. O corretivo da vez era rosa, e você se amaldiçoou um pouco por ter perdido a interação de Kuku com ela enquanto trocava. Ela pulou em você, te abraçando forte, e ele te olhou com os olhos brilhando e um semblante que te dizia silenciosamente "você estava certa e eu estava hiper preocupado à toa".
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quebraram · 3 days ago
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Amar alguém é, acima de tudo, ter coragem. Coragem de aceitar que a pessoa que você ama carrega uma bagagem que não pode simplesmente ser abandonada. É saber que, por mais que a gente deseje, não podemos fazer todo o caos desaparecer, nem livrar quem amamos de todos os dias difíceis que irão existir, nem fazer todos os seus traumas, dores e cicatrizes sumirem, mas ainda assim escolher estar ao lado. Porque amar também é um ato de entrega e eu escolhi entregar a você tudo o que tenho de mais bonito. Quando penso no que quero para nós, não imagino um caminho fácil, sem tropeços ou desafios, mas tenho esperança de que mesmo passando por tudo isso conseguiremos vencer, porque o nosso sentimento é forte e verdadeiro. Eu não vejo que o nosso amor é um amor que chega para apagar o passado, mas um que sabe o acolher respeitando as marcas que se formaram. Eu sou a sua casa agora e mesmo que o mundo desabe ao seu redor, o meu colo e o meu abraço sempre estarão disponíveis para você. Amor não é apenas alegria ou romantismo, pelo contrário, ele se mostra, de fato, nas horas de dor e tristeza quando somos testados. É estar ali quando você menos espera, quando o dia parece mais sombrio e a alma mais cansada. Amar é oferecer um refúgio nos dias de tempestade, um lugar seguro onde você pode se encontrar e se permitir ser vulnerável, ser você mesmo sem máscaras e sem julgamentos. Porque é isso que se faz quando se ama... A gente cuida do outro, acolhe os piores momentos e busca proporcionar os melhores. Eu quero que meu amor seja um remédio suave, que não pressiona a cura, mas que oferece um descanso, uma trégua, um amparo, um amor que não força, mas inspira a sarar. Porque a cura não é a ausência de dor, mas pode vir um alívio com a presença de alguém que caminha ao seu lado, que sustenta e acolhe, que te faz lembrar a cada dia que você não precisa enfrentar tudo tão só. E eu quero ser esse alguém, porque acredito que o amor cura e eu espero que o meu amor possa, aos poucos, ser parte do que vai te ajudar a encontrar paz e conforto. É por isso que escolho a cada dia ser essa presença constante, que não desiste, que não se abala, que permanece mesmo quando tudo ao redor parece desmoronar. Todos os dias eu escolho amar você na sua totalidade, com cada pedaço da sua história e cada traço da sua essência. Eu escolho segurar a sua mão e em silêncio prometer que jamais soltarei, seja qual for a tempestade que venha. E que o nosso amor seja sempre esse porto seguro, essa chama que não se apaga, essa coragem de sermos inteiros, imperfeitos, mas juntos. Porque juntos somos mais fortes, juntos somos a cura que o tempo, com gentileza e paciência vai nos oferecendo.
— Diego em Girassóis de Vênus. Quebraram.
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projetovelhopoema · 5 months ago
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Frieza /ê/
1. Figurado: atitude de reserva em relação a pessoas, acontecimentos, ausência de envolvimento diante do que se passa em torno, distanciamento. 2. Estado daquilo que é desprovido de calor, frialdade, friúme, friúra.
Frieza. Essa palavra ecoa como uma canção em minha mente definindo cada fibra do meu ser. Sou fria, calculista, esculpida por traumas profundos e situações que me marcaram de maneira indelével. Desde que me conheço por gente minha vida tem sido uma sucessão de invernos, cada um mais rigoroso que o anterior, moldando uma armadura de gelo em torno do meu coração. Se é que posso dizer que possuo um.
Um dia, ousei amar, abri meu coração, acreditando na promessa de calor e conforto, mas esse amor se revelou uma miragem cruel. Fui tocada pela traição mais fria, onde as minhas vulnerabilidades foram exploradas, onde a minha confiança foi usada como uma lâmina afiada. A quem amei um dia, transformou minha fraqueza em uma arma, deixando cicatrizes que o tempo não consegue apagar.
Então, não me julgue por cada movimento que é calculado, cada emoção cuidadosamente contida. Sou uma estrategista das emoções, planejando cada passo em um campo de batalha invisível. A dor do passado forjou uma muralha inquebrável, um escudo gelado que me protege do caos e das incertezas do mundo.
Minha frieza é uma dança meticulosa entre a autoproteção e a sobrevivência. É minha resposta à vulnerabilidade, minha defesa contra um mundo que tantas vezes me deixou à mercê de tempestades emocionais. Nesse estado de eterna vigília, encontrei uma espécie de paz. A frieza não é apenas uma característica, é a poesia sombria dos traumas que me definem, a melodia silenciosa da minha resiliência.
— Caroline Missio em Relicário dos poetas.
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okeutocalma · 5 months ago
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Omega Sukuna Ryomen × Jujutsu Sorcerer Reader.
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Maldições só poderiam ter filhos com seu par predestinado, isso era óbvio para todos, tanto feiticeiros quanto para as maldições.
Foi uma surpresa para ele, que então, quando seu corpo finalmente teve um cio, e Sukuna, que durante o cio transou com o novo feiticeiro sem usar nenhum preservativo e, até então, engravidou. Depois de anos transando, não tomando chás, misturas e até então conhecido controle de natalidade.
Quais eram as chances de ele engravidar quando inúmeras nunca existiram? Quando tentou desde a época que era um humano?
Então ele acordou algumas semanas depois, com o corpo ainda dolorido por ter montado aquele pau grosso por uma semana seguida e ontem à noite, apenas para sair correndo do conforto de seu ninho e vomitar em uma lixeira. [Nome] ficou tão preocupado que o levou diretamente para Shoko, carregando-o como uma princesa.
Com o quão horrível seu estômago estava embrulhado, e o Ryomen não tinha uma única gota de vontade de ir lá.
— Parabéns — anunciou a mulher após ter medido seus sinais vitais — Você está com cerca de 9 semanas agora.
O cheiro de alfa angustiado desapareceu rapidamente sem deixar vestígios, apenas para ser substituído por choque e pura felicidade. O lindo rosto de [Nome] se contraiu enquanto lágrimas perfeitas, estilo daqueles desenhos que o mesmo vê, caíam de seus olhos.
Ah, bem... a história deles estava apenas começando.
Se ele já havia sido mimado como um gato doméstico antes, era agradável desde que saiu do corpo de Itadori. Agora estava sendo mimado como um imperador, tendo mimos e agrados de como os tempos sombrios a qual reinava.
Sukuna raramente andava - [Nome] certificava-se de que seus pés nunca tocassem o chão e o carregava para qualquer lugar, usando sua nuvem dourada e até mesmo aquele tapete feupudo grande que aparentava ter humor próprio.
Quando seu pobre estômago ansiava por algo que ele não conseguia mais colocar em suas mãos, o dono de cabelos [claros/escuros] ficou furioso tentando recriar o que o rosado descreveria ansiosamente. As leves lágrimas em seus olhos motivaram ainda mais o homem até que ele finalmente criasse a receita perfeita, mas definitivamente não conseguiria.
O balde de frango frito do KFC, agora estavam nas mãos de Ryomen, e se tornaram tão populares entre as pessoas comuns que até apareceram em vários filmes e a popularidade aumentou ao saber que vários ômegas grávidos tinham desejo.
E o pior da gravidez, além dos desejos esquisitos era os hormônios a flor da pele, qualquer coisinha o deixando exitado. Isso o irritou profundamente, qualquer coisinha que [Nome] fazia, o homem poderia estar apenas cozinhando e automaticamente iria reparar nas costas largas, no corpo e logo sentiria a lubrificação natural descer como uma cachoeira.
Foi ainda pior quando seu peito começou a doer até que um dia o líquido começou a vazar e manchar suas vestes. A única maneira de ele se livrar da dor era que o que fez ficar dessa maneira, sugasse seus mamilos até ficar sem leite.
Era humilhante demais usar aquelas maquininhas estranha desse novo século, mas mesmo assim o feiticeiro o fazia usar. Sukuna tinha muito leite, leite de mais para o início de uma gestação, então era entregue para Shoko e a mulher entregava os litros e mais litros de leite a maternidades após fazer uma inspeção.
Nesse momento.
— Belos seios, amor.  — A voz saiu arrastada e logo as mãos em seus seios começaram a massageá-los suavemente.
O rosto do ômega corou e ele soltou um suspiro trêmulo. 
— O que aconteceu com 'Olá'? 'Como vai você'? — Ele virou a cabeça para olhar para seu marido, meio envergonhado com a questão de ser tocado de tal maneira em um momento aleatório.
[Nome] riu e deu um beijo na bochecha do rosado. — Desculpe, é difícil pensar em outra coisa quando vejo suas enormes tetas, estão belos Sukuna, tão cheios. 
O rosto do temível rei das maldições ficou mais vermelho quando ele disse isso. Tetas? Ele não é uma vaca! Essa foi uma das coisas estranhas do marido? O que ele estava insinuando?
— Tetas?
Os movimentos do homem de fios [claros/escuros] pararam. Ele olhou para o amado com um sorriso safado. 
— Sim. — Ele fez uma pausa, como se estivesse debatendo se deveria continuar. — Na verdade, aposto que poderia ordenhar você ~
A respiração do Imprevisível engatou. Ordenhar ele? Como uma vaca? Ele está insinuando que deseja que ele amamente? Como seria possível?
— O quê? Isso é... estranho. — Ryomen desviou o olhar de [Nome], esse que fez um beicinho e deixou suas mãos caírem até a cintura do rosado. 
— Vamos, querido! Tenho certeza que vai ser bom~ — Ele girou Sukuna para encará-lo, um sorriso malicioso descansando em seu rosto. O Ryomen  mordeu o lábio, contemplando as palavras de seu marido. Isso seria realmente viável para ele? E se o que você queria não fosse possível para ele e ele o decepcionasse?
Ele olhou para você. [Nome] ficaria desapontado? Tecnicamente, não seria culpa dele se ele não conseguisse amamentar por agora… Não, ele conseguiria, já fizeram isso tantas vezes e todas as vezes ele realmente parecia uma vaca, considerando a quantidade de leite que saía.
— Ok, só não morda meus mamilos. — Sukuna disse vendo um pequeno sorriso nascer em seu rosto. 
 — Então vamos levar você para algum lugar mais confortável, amor. 
Ryomen riu e agarrou a mão do dono de fios [claros/escuros], levando-o para o quarto. O quarto estava escuro, mal iluminado por uma luz noturna. O ômega sentiu um frio na barriga, provavelmente apenas nervosismo, eles já haviam feito tal coisa antes. 
O rosado sentou-se na cama, tentando acalmar os nervos. Foi como se fosse a primeira vez que eles fizeram sexo. Ele se sentiu como um adolescente estúpido em seu primeiro encontro, exceto que estava prestes a ser... ordenhado.
— Não se preocupe, querido, eu prometo que vai ser bom. — O feiticeiro falou em meio a risadas, ele se abaixou e beijou os lábios do marido. Suas mãos foram até a camisa e começaram a desabotoá-la. 
Você tirou a camisa e jogou-a para o lado, logo empurrou-o suavemente Sukuna para a cama. [Nome] ficou em cima dele e começou a dar beijos calmos no queixo e pescoço do amado, descendo até chegar naqueles peitorais enormes. 
A maldição não negaria que mordeu o lábio inferior na tentativa de suprimir um gemido. O toque suave de seu marido em seu corpo enviou sensações eletrificadas por todo o corpo. Ele sentiu suas calças ficarem mais apertadas conforme sua ereção se formava.
Senhor, se o alfa idiota não se apressasse, ele iria perder o controle.
[Nome] sorriu antes de dar uma longa lambida no mamilo inchado, causando estremecimento no ômega que estava prestes a amaldiçoar o homem a qual se casou. O feiticeiro deu mais uma lambida no mamilo antes de segurá-lo, o dono de olhos [claros/escuros] começou a chupá-lo enquanto massageava suavemente o local cheio, foi assim até o leite jorrar, dando goles profundos pela forma como sua garganta balançava proeminentemente. 
Ryomen teve que puxar o cabelo do alfa para longe, atitude aparentemente recatada, mas aqueles olhos escuros sempre permaneciam abertos, suas habituais estrelas brilhantes em nenhum lugar à vista. Com uma luz divertida, mas tortuosa, em seus olhos, ele passava a língua contra seu mamilo duro e agarrava sua cintura, massageando sua pele e deixando rastros quentes em seu rastro.
— Porra. 
Como ele já estava com alguns meses de gravidez, o máximo que eles faziam eram punhetas patéticas e alguns dedilhados lamentáveis, já que o feiticeiro não queria machucá-lo. Ele tinha libido alta e isso não diminuiu com a gravidez, e aparentemente seu homem não estava tão disposto a alivia-lo.
[Nome] tem mãos bonitas, com dedos grossos e hábeis que sabiam como provocar seus pontos sensíveis, às vezes esfregando-os até que ele gozasse sozinho. Mas por que diabos alguns dedos seriam suficientes depois de tomar aquele Pilar Celestial inúmeras vezes?! Seu corpo se acostumou a ficar cheio, seu buraco se esticando para ser a manga perfeita para seu nó gigantesco, e ele acha que os dedos são SUFICIENTES?!
Agora ele continuava acordando no meio da noite cercado pelo cheiro suave e calor de seu marido, um braço forte agarrando-o e seus mamilos doendo por causa de todo o leite que estava produzindo agora, totalmente excitado, mas sem esperança de fazer algo substancial a respeito. 
A menos que--
— Amor?
Você se mexeu, acordado pela inquietação de Sukuna. Fumaça e sangue inundaram seu nariz, com uma forte dose de açúcar quente e a mais nova adição, leite cremoso. De repente, ele percebeu como o rosado se movia, esfregando seu pau que endureceu rapidamente.
— Sukuna!
— Calma e seja bonzinho, alfa idiota! — ele retrucou. Com força desumana, [Nome] foi empurrado de costas, o Ryomen montou nele imediatamente, bamboleando um pouco para atingir seu objetivo. Apesar de suas preocupações, o dono de cabelos [claros/escuros] agarrou seus quadris automaticamente, estabilizando-o enquanto ele cambaleava levemente antes de se acomodar adequadamente.
A gravidez, com todas as suas complicações e o esforço constante do corpo, deu ao ômega um brilho diferente de qualquer outro. Ele sempre foi elegante, mesmo quando o ameaçava e quase arrancava o pau, mas agora parecia um gato manhoso.
Seu apelo cresceu quando seu perfume assumiu um tom cremoso, ficando ainda mais profundo sempre que seu peito estava cheio de leite. Doce e inebriante, permaneceu na língua do feiticeiro horas depois de ter sido extraído diretamente da fonte.
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interpretame · 2 months ago
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Por tanto tempo, achei que minhas palavras poderiam ser a ponte para aliviar a dor de alguém, trazer algum conforto ou até mesmo fazer um coração sorrir de novo. Achei que o simples ato de me oferecer para escutar, para dizer algo que acreditava ser bonito ou reconfortante, seria suficiente. Mas aí me dei conta, que, por mais bem-intencionadas que fossem, as minhas palavras não tinham o impacto que eu esperava. Não porque faltasse sinceridade ou vontade de ajudar, mas porque, na maioria das vezes, é o que elas querem ouvir, mas, de outra pessoa. De alguém que faz o coração delas bater mais forte, de quem ela carrega no peito com carinho, de quem ela confia sem medidas, ou simplesmente de quem ela busca validação incessantemente. Por mais que a gente queira tanto ser útil, ser aquela mão amiga, a voz que consola, no fim das contas, o consolo não é uma questão de palavras certas, mas de quem as diz. É um tipo de cura que só se alcança quando vem da pessoa de quem elas esperam. Foi libertador, de certa forma até um alívio, entender que, nem sempre cabe a mim preencher vazios.
interpretame.
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precipitacoes · 26 days ago
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em meio a águas turbulentas, sinto como se estivesse à deriva, presa em um barco familiar, mas rodeada por uma tripulação estranha.
a solidão pesa em mim, e a busca por um lar, por alguém que traga conforto, se torna cada vez mais desesperada.
as memórias de momentos felizes ecoam na minha mente, quando dançávamos ao som de uma música que parecia nos unir.
agora, tudo isso parece perdido em um abismo de saudade.
clamo por um eco, um sinal de que ainda há esperança,
mas temo que essa conexão tenha se apagado.
cada tentativa de alcançar você me lembra da distância que se formou entre nós.
a dor de não poder te deixar para trás se transforma em um fardo que carrego, e mesmo assim, a esperança persiste, embora tenuemente.
é uma queda longa e profunda, das promessas que não se cumpriram às lembranças que vão se apagando.
continuo buscando por você, mesmo que a resposta pareça sempre fora de alcance,
como um sonho que não consigo mais tocar
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