#Casa de Arcade
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drasgondigger · 2 years ago
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Bruce Lee no fliperama.
Quem nunca quis quebrar a máquina?😂
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geniousbh · 6 months ago
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⸻ 𝒍𝒔𝒅𝒍𝒏 𝒄𝒂𝒔𝒕 𝒂𝒔 𝒎𝒖́𝒔𝒊𝒄𝒂𝒔 𝒅𝒐 𝒍𝒖𝒂𝒏 𝒔𝒂𝒏𝒕𝒂𝒏𝒂 🎤🎹
(pardella, simón, matías, pipe, enzo) 𝅃 f.reader
obs.: não sei explicar o que foi isso aqui vidocas, sei que assisti um tiktok republicado de "você gosta de luan santana e eu vou te provar" e eu me peguei gostando de quase tudo mesmo! é o que dizem cada país tem o harry styles que merece🎉🥳 enfimmm!!! tenho alguns avisos antes de lerem: não foi dessa vez que eu escrevi o simón decente😁👌, e o enzo nessa birutice tá novinho, casa dos 20 (engual na foto)! no mais, espero que vocês gostem, é bem fofinho e funsies nada demais pois meu cérebro capenga tem sido capaz de produzir só isso mesmo!
tw.: fluff/smut, menção implícita e explícita de atividades sexuais🤓☝️ (o do matías é o mais pesadinho ok), linguagem chula (um tiquito só), homens doidinhos de amor, manipulação (adivinhem no de quem), beach sex, e não lembro de mais nada. mdni
𝒂𝒈𝒖𝒔𝒕𝒊𝒏 𝒑𝒂𝒓𝒅𝒆𝒍𝒍𝒂 - 𝒄𝒉𝒖𝒗𝒂𝒔 𝒅𝒆 𝒂𝒓𝒓𝒐𝒛
vai ser nossa cidade, nosso telefone / nosso endereço, nosso apartamento / sabe aquela igreja? tô aqui na frente / imaginando chuvas de arroz na gente
o rapaz nunca escondeu o interesse por você. o colegial inteiro tinha sido recebendo declarações escrachadas, no meio do pátio, nos intervalos e nas festinhas juninas quando agustin pedia licença pra usar o microfone do bingo e te pedir em namoro mais uma vez, o qual você negava com a mesma expressão envergonhada. e não porquê não gostava do argentino, e sim porque precisava focar em passar no vestibular e dar conta de todas as outras coisas. os comentários nas suas fotos no instagram elogiando horrores e as mensagens que as vezes trocavam quando se sentia pra baixo e incapaz e só ele conseguia te reafirmar sem dizer que era frescura, mexiam contigo. entretanto, depois do terceirão, você mudava de estado pra cursar sua faculdade dos sonhos e pardella ficava, se mantendo a fiel promessa de que um dia você veria sim que era ele; sempre tinha sido. "agustin? esquece, ele tem dona faz tempo", é o que os amigos falavam quando alguma cocotinha pedia mais informações sobre o garoto, "mas ele não namora ué", "é, mas ele é apaixonado numa ai". e ele até ficava com algumas gurias insistentes, o difícil era conseguir contato depois; já que as necessidades dele como homem eram mais difíceis de suprir seria injusto ele só se privar de fodas casuais, mas não fossem os hormônios, teria sido celibato total. até que você voltasse, e quando acontece... por deus, esse homem recebe a notícia saindo de um botequim com os colegas - que ainda são os mesmos do ensino médio - e sai voado, pega a moto e vai pro endereço que ele tem cravado na memória; por vezes tinha ido visitar sua mãe, e a mesma ficava bobinha de ouvir ele falar sobre ti, super apoia o relacionamento. quando chega, descabelado, com o coração na boca, toca a campainha e quase cai de joelhos quando você abre o portão. e você sorri, porque, era a visita que tava esperando, era o rosto que te faltava ver pra se sentir em casa mesmo. agustin tinha te mostrado um amor que ultrapassava muitas barreiras e te fizera ser mais confiante com o tempo. "te fiz esperar muito?", perguntava com um sorrisinho bobo e ele espelhava o gesto de forma sopradinha, "se for você, nenhuma espera é espera demais". e a partir daqui é coisa de cinema, começam a namorar, ele te leva nos dates que sempre sonhou em ter, inclusive os mais bobinhos - cinema, piquenique, arcade -, vão se conhecendo e ficando perdidamente apaixonados um no outro. a primeira vez de vocês é no quarto dele, e o after care é cheio de beijinhos, com ele selando seu rostinho e te deixando deitar no braço dele, olhando o teto. "vou casar contigo", ele sopra simples. "vai, é?", "vou, vai ser lá na igrejinha que você fez crisma". e de fato todas essas coisas acontecem. não só isso como, pardella é um homem com H, comprou casa, carro, te dá todo o conforto possível e diz que só te larga morrendo ou se o mundo acabar. 
𝒔𝒊𝒎𝒐́𝒏 𝒉𝒆𝒎𝒑𝒆 - 𝒆𝒔𝒄𝒓𝒆𝒗𝒆 𝒂𝒊́
talvez você tenha deixado eu ir / pra ter o gosto de me ver aqui / fraco demais pra continuar / juntando forças pra poder falar / que eu volto
o relacionamento de vocês já virou conversa em roda de bar há tempos. parece até que vocês gostam de se machucar, simón e você só combinam debaixo dos lençóis. você é controladora e ele um espírito livre. em outras palavras, você é dependente emocional e ele pensa mais com o pinto do que com o cérebro. "você sabia meu jeito antes e mesmo assim quis", ele te diz pela sabe-se lá qual vez, discutindo contigo na calçada de casa, "sabia o quê? que você não ia me achar suficiente e em qualquer oportunidade ia sair flertando com alguma puta?", questionando brava antes de empurrar ele com força. quer saber? pra mim deu foi a última coisa que o hempe disse, te largando ali antes de entrar no carro e ir embora. nas primeiras semanas você ficava um caco, chorando pelos cantos, tendo que ir no banheiro da faculdade no meio das aulas quando o "fotos" do celular te mandava alguma memória com o moreno ordinário, enquanto ele tava na gandaia, ficando com várias, indo pra praia e o escambau. era só depois de dois meses que você se via superada. em contrapartida, é no segundo mês que a ficha cai pro rapaz, chegando de um bar totalmente transtornado porque uma das meninas que ele ficou tinha seu perfume; recebendo uma onda de memórias indesejáveis. e era incrível como uma coisa puxava a outra, primeiro o perfume, depois ele tropeçando na caixinha de presentinhos feitos a mão que ele tinha recebido de ti no primeiro ano de namoro - puxando pro colo e chorando igual criança quando achava o potinho com frases bonitas que 'cê tinha dado -, o facebook atualizando e perguntando se simón hempe ainda estava num relacionamento sério com (s/n s/s). porra, ele tinha certeza que não ligava mais, mas o que era aquilo? tentava tomar banho frio e nada, enchia a cara e piorava; a mente o atormentava com imagens suas, seu sorriso, sua voz, seus gemidos que deixavam ele sem pose enquanto te comia num papai-mamãe bem gostosinho que ele só sabia fazer contigo. nenhuma daquelas garotas se comparava, nenhuma era inteligente, nenhuma o conhecia, nenhuma entenderia que ele tinha momentos de introversão e de ficar sem conversar, embora gostasse de ficar junto sem fazer nada, nenhuma se daria tão bem com a família dele - que aliás o excomunga desde o dia do término -, nenhuma era você. e no ápice da coragem, ele aparecia na porta da faculdade, ainda sabendo todos os seus horários já que antes era acostumado a te buscar, esperando te ver e caminhando diretamente, sem vacilar. não tem tempo de oi, de abraço, nem nada, o hempe te puxa pra um beijo afastando todas as suas colegas, e o peito que tava acelerado antes se alivia quando você corresponde o carinho, segurando suas bochechas com ambas as mãos e se afastando breve. "eu não consigo mais. é tortura ficar sem você, eu tô ficando maluco", "você foi embora porque quis, simón...", sua voz sai branda embora o beijo tenha sido um baque e esteja com um chorinho entalado na garganta, "mas eu volto, se você quiser, e por favor queira, porque eu tô desesperado, e eu sei que eu fui um merda, mas eu preciso de você". e é óbvio que você aceita, e nesse mesmo dia vocês fazem um amorzinho bem lentinho no banco de trás do carro dele depois de terem parado numa rua sem saída, ambos cheios de saudade, prometendo mil e uma coisas que nunca vão ser cumpridas.
𝒎𝒂𝒕𝒊́𝒂𝒔 𝒓𝒆𝒄𝒂𝒍𝒕 - 𝒂𝒄𝒐𝒓𝒅𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒐 𝒑𝒓𝒆́𝒅𝒊𝒐
já são quatro da manhã / daqui a pouco liga o síndico / será que tem como a moça gritar baixinho? / sei que tá bom, mas as paredes tem ouvido / e era pra ser escondido
o narigudinho atentado sempre foi melhor amigo do seu irmão, desde que você se entende por gente, e era uma regra entre ambos "não pegar nenhum parente" o que matías seguia fielmente, mesmo te comendo com os olhos e trocando dms muito sugestivas contigo. isso é... até a tensão ficar demais e vocês acabarem fodendo numa festa que seu irmão tinha dado quando seus pais foram viajar, se atracando no closet do seu quartinho rosa; ele te prensando na parede e te segurando pela bunda enquanto olhava para baixo assistindo sua buceta o engolir. e o relacionamento de vocês era assim, ficar às escondidas, trocar nudes bem explícitos, se atiçar e ficar imaginando como seria quando tivessem as bolas pra poder enfrentar seu irmão mais velho e enfim poderem sair publicamente. acontece que, desde que o mais velho e matías tinham começado a faculdade estavam morando no mesmo prédio de dormitórios, dividindo um apartamento, tornando sua vida mais complicada ainda para ver o argentino. faziam malabarismos pra que você o visitasse sem que seu irmão soubesse, o que no quinto mês já estava ficando insustentável. "cara, porra, o quê é que cê anda fazendo? outra multa por ultrapassar limite de som?", seu irmão aparecia no quarto do recalt segurando o papel em mãos antes de jogar sobre a mesinha onde o computador do garoto ficava, "fora que mencionaram o nosso apartamento na reunião de condomínio, ent assim...", e o moreno sorria de canto, mordendo o lábio e se perdendo totalmente do que o roommate falava lembrando do exato motivo da mais nova advertência... você estava prensadinha contra a porta de correr da sacada, totalmente nua e com o quadril empinado enquanto matías estava agachado atrás de ti, segurando seus glúteos e afastando as bandinhas te lambendo da buceta até o cuzinho que piscava sem parar, com o rosto enfiado ali. já tinham trepado no sofá e você já tinha deixado ele foder sua boquinha na cozinha, então agora ele chuparia bem seus dois buraquinhos antes de escolher um deles para meter outra vez. já tinha perdido a conta de quantas vezes tinha te estapeado a bunda pedindo que gemesse baixo e não igual puta, mas você estava sensível e cheia de tesão, "não dá... eu fiquei com saudades... é tão bom, matí", soprando acabadinha contra o vidro e revirando os olhos quando o garoto enfiava o polegar na sua entradinha traseira, tirando e pondo de novos enquanto que com a outra mão dedava seu pontinho teso em círculos. "eu sei, princesinha, mas", e o interfone tocava fazendo ele cortar a frase no meio e te puxar com ele para ir atender. "matías, aqui é o wilson da portaria, olha, já é a quarta reclamação da noite, caso você não diminua o barulho eu vou ser obrigado a reportar pro sínd-", desligava antes de ouvir mais qualquer coisa. "ouviu, perrita? cê tá gemendo tanto que os vizinhos tão incomodados", ele falava te colocando apoiada de quatro na mesa de jantar, puxando seus fios pra trás só pra sussurrar no teu ouvido, "e isso porque eu ainda nem comi esse rabinho gostoso", ele se divertia com suas carinhas, tava tão burra que nem devia ligar. "tá me ouvindo, caralho? porra, recalt! tô falando sério, dá um jeito de pagar isso", o argentino despertava da lembrança e engolia seco soprando um tá, tá. 
𝒇𝒆𝒍𝒊𝒑𝒆 𝒐𝒕𝒂𝒏̃𝒐 - 𝒔𝒊𝒏𝒂𝒊𝒔
virei um louco. meio obcecado / pra te encontrar em algum lugar do mundo / e mesmo sem nunca ter te tocado / me pertencia, bem lá no fundo
você e pipe mantinham um relacionamento a distância. se conheceram num curso de inglês, durante a pandemia, e acabaram se tornando amigos. no começo eram só chamadas de vídeo e callzinhas pra trocar experiência e ficar falando na língua que tentavam ficar fluentes, mas depois de semanas os dois se viam completamente encantados, querendo conhecer mais e passar mais tempo juntos; apesar de serem completos opostos, um gostava de futebol, a outra gostava de filmes e livros, um preferia salgado, a outra doce, etc. felipe até mesmo tinha te mostrado para a mãe algumas vezes quando esta entrava no quarto para ver se ele estava bem ou pra perguntar algo. apesar disso, a vida continuava, tinham que estudar e trabalhar. quando se falavam sempre ressaltavam que estavam guardando dinheiro para poderem se ver num futuro breve e mesmo com toda a distância ele conseguia te fazer sentir amada e desejada. por vezes trocavam algumas fotos mais comprometedoras, mas ambos não eram tão abusados a ponto de engajar em nada sexual, ficava só nas entrelinhas, apesar de não serem santinhos. não tinham uma previsão de se encontrarem, você era estagiária ainda e ele tinha se formado fazia pouquíssimo tempo, então ver o otaño na porta do seu apartamento - segurando a mala numa mão e um buque de rosas na outra - tinha sido absolutamente chocante. ele era ainda mais lindo pessoalmente, o cabelo castanho claro sedoso e os olhos azuis, além do bigodinho ralo em cima da boca que se alargava num sorrisinho enquanto ele abria os braços. "oi", soprava com o sotaquezinho puxado, te recebendo em seguida num abraço que durava minutos com você dizendo várias coisas que ele não entendia a metade "caralho, não acredito, não acredito! pipe!", você apertava o rostinho dele nas mãos pequenas e se colocava na ponta dos pés pra beijar o namoradinho. mais tarde descobria que ele tinha combinado com seus pais e que ficaria no quarto de hóspedes; tudo arquitetado sem você saber. tinha feito todo um itinerário pra vocês irem pra praia e conhecer restaurantes novos; até alugar um carro tinha alugado. e pessoalmente era tão diferente, ele era tão maior e tão real, a voz também não tinha nenhuma interferência e o microfone não estourava quando ele gargalhava; e como era gostosa a risada dele... demorava pelo menos dois dias pra se soltarem mais um com o outro, mas quando acontecia se tornavam inseparáveis. iam pra praia de manhãzinha e ele te deixava passar protetor nele, sentindo seu toque e fazendo um carinho na sua cintura em troca. te ensinava várias palavras em espanhol e aprendia expressões importantes em português, principalmente pra economizar com os ambulantes. quando a noite caía estavam bem molinhos, mas sem qualquer vontade de deixar a praia ainda. "queria que esse momento agora durasse pra sempre", você dizia baixinho, deitada sobre o maior, se rastejando sobre ele e se encaixando sobre o colo do garoto, "quando você tiver que voltar, vai acabar levando um pedaço de mim", formava um beicinho. "creo que entiendo... pero, me llevo un pedacito y un pedacito te dejé a ti, hm?" ele percorria o seu quadril, te prendendo ali. e era tão natural quando puxavam a canga por cima dos corpos e ele afastava sua peça inferior para encaixar o membro tesinho, te sentindo rebolando e roçando as púbis juntinhas, gemendo um na boquinha do outro, fodendo na praia deserta, ouvindo as ondas quebrando na areia e soprando várias melosidades.
𝒆𝒏𝒛𝒐 𝒗𝒐𝒈𝒓𝒊𝒏𝒄𝒊𝒄 - 𝒎𝒐𝒓𝒆𝒏𝒂
me diz o que eu posso fazer se ela rouba a cena? / se até deitado no colo da loira, eu lembro da morena
"chega, para", enzo pedia, se afastando do beijo e tirando a mulher de cima do colo, se levantando e passando a mão pelos fios para ajeitar, um pouco desnorteado e nauseado, ao passo que procurava a camisa e o cinto que haviam sido tirados pela outra. "como assim? é a segunda vez que você faz isso, me chama pra sair, fala que vai me comer, e ai quando a gente tá aqui desiste, tá com algum problema? não sente tesão em mim, é isso?", a loira perguntava, emburrada, ainda sentada no sofá sem fazer qualquer menção de buscar o vestido que estava jogado longe, perto de uma poltrona. "não, não tem nada a ver contigo, desculpa, só... não tô conseguindo. a gente se fala outra hora", o uruguaio se apressava em responder, vestindo a blusa e deixando os botões por fechar antes de sair pela porta da frente e caminhar para o elevador ouvindo um "não vai ter outra hora!" bem enfezado vindo do apartamento que acabara de sair; pouco importava. puta merda, o que ele tava fazendo? não tinha combinado contigo que havia sido uma coisa de uma noite? que eram colegas de trabalho e que não podiam se deixar envolver mais do que já tinham feito? aliás, você nem fazia tanto o tipo dele - morena, cheia de curvas -, então por quê toda vez que ele tomava banho a memória de te foder em frente ao espelho, segurando seu pescocinho e sibilando as maiores putarias no seu ouvido, o atribulava? a sensação dos seus lábios em volta do membro pulsante, e como seus seios eram macios no contato contra a pele pela manhã; tudo isso forçando ele se aliviar na própria mão depois de mais uma transa frustrada com a loira que tinha conhecido num aplicativo de date. "vai ser só essa vez", você tinha acordado, embora ele ainda notasse seus olhares sobre a tela do notebook quando estavam no mesmo escritório, "continuamos colegas", "isso, só colegas". então por que ele te devorava com as irides castanhas assim que te via usando a saia lápis e o modelo de óculos retinho? por que ele se sentia incomodado quando seu parceiro de setor, esteban se oferecia pra te levar pra almoçar ou de te dar carona pra casa? o vogrincic se sentia doente pensando tanto assim, perdendo noites e mais noites de sono, sabendo que claramente era impossível continuar se enganando. mas, a corda só arrebentava quando assistia você e o mais alto trocando algumas palavras perto da máquina de café, a mão dele se aproximando da sua cintura para pedir uma licença afim de jogar o copinho plástico no lixo e todos os trejeitos de alguém que é desajeitado pra flertar. "posso falar contigo?", aparecia por ali de súbito com um falso sorriso nos lábios, "a sós", acrescentava sem olhar para o kukuriczka que no entanto entendia rapidamente. te arrastava até a salinha de arquivos e não tinha dúvidas em te beijar fervoroso - ainda mais afoito do que como tinha sido a primeira vez -, sentindo suas mãos o apertarem os ombros. "enlouqueceu?", "acho que sim", "porra enzo, e o nosso acordo?" indagava vendo o mais velho negar e suspirar, "que este trato se vaya al infierno" responderia e te pegaria bem forte ali mesmo, atrás de uma pilha de pastas, te dando apertões e subindo o joelho por entre suas coxas só pra te fazer pressão na bucetinha coberta e te deixar na vontade, combinando de se encontrarem depois do expediente.
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rogerriddle · 9 months ago
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Albert Racinet's "Polychrome Ornament," 1869 PLATE VIII. GRECO- ROMAN ANTIQUITIES. POMPEIAN STYLE. DECORATIVE ARCHITECTURE.
THE purely decorative architecture, which we find represented on the inner walls of the apartments in Herculaneum and Pompeii, seems to belong less to the domain of reality than to that of fancy. Tradition attributes to the painter Lidius, in the time of Augustus, the invention of these architectural compositions, so elegant though so fantastic; and they are frequently intermingled with maritime scenes and landscapes, or animated by various figures. Executed by Greek artists, or by Etruscans working under their influence, they were highly appreciated by the Romans, who found in them the elegance and poetry of Greek art, in place of their own stereotyped forms of architecture, of which vaulted ceilings and arcades were the most striking characteristics. The principal subject of the plate is a painted wall from the Casa delle Suonatrici, taken from the great work of Zahn: Les plus beau, ornaments et les tableaux les plus remarquables de Pompei, d' Herculanum et de Stabice; Berlin, 1828-30. It is considered one of the finest of its kind. The two single figures have been added to the design; they do not exist in the original. One of them, that of the dancing girl, on the dark ground, was discovered in the Torre dell' Annunziata. It is the finest of the twelve figures which were found in the same apartment, and is similar to those which Pliny calls Libiclines. The little winged genius, with Bacchic attributes, which occupies the upper medallion, was found in the excavations at Civita. These two figures are taken from the great work of Mazois: Les ruines de Pompei ( 4 vols folio; Firmin Didot).
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tinyznnie · 1 year ago
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N-U-M-A-B-O-A - l.j.
Jeno x leitora gênero: sad mas com final feliz wc: 1.0k parte da série Jota25
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2016
Você e Jeno caminhavam para fora dos portões da escola em direção a sorveteria que ficava na pracinha, onde sempre iam quando tinham algo para comemorar ou algo para conversar, porque, de acordo com o coreano, tudo ficava melhor com sorvete. 
Jeno havia se declarado pra você há cerca de 7 meses, e vocês namoravam desde então. Não foi algo muito grande, afinal, ele era um garoto de dezesseis anos que não tinha emprego, dependia totalmente dos pais, que se dividiam em dar atenção a ele e a irmã mais velha de dezoito anos, que tinha acabado de sair do ensino médio. E desde a declaração, tudo eram flores. Vocês eram O casal da escola, todos achavam incrível como vocês tinham química e diziam que vocês pareciam ter saído diretamente de uma comédia romântica. Jeno te levava para casa depois das aulas, e às vezes, vocês até conseguiam ir ao cinema ou ao arcade que tinha no shopping. Era algo doce, inocente, e você se sentia nas nuvens quando estava com ele. 
Ele pediu seu sorvete favorito, de flocos, e o dele, de chocolate meio amargo, e vocês começaram a comer em silêncio, o que era bastante incomum porque, apesar de ser introvertido, Jeno costumava falar muito enquanto estavam juntos. 
“Neno, tá tudo bem?” você perguntou depois de ele só brincar com o sorvete por 10 minutos sem dizer uma única palavra. 
“Temosqueterminar.” ele falou tão rápido que você mal entendeu qualquer palavra daquela frase. 
“O que? Não entendi.” sua expressão era confusa, e Jeno suspirou pesado, segurando suas mãos por cima da mesa antes de repetir. 
“Temos que terminar.” ele foi claro dessa vez e a expressão em seu rosto não era das melhores. 
“Como assim temos que terminar?” isso não fazia o menor sentido na sua cabeça. Vocês estavam felizes, certo? Não tinha o menor motivo pra isso. 
“Você sabe como meus avós moram na Coreia, certo?” você assentiu antes de ele continuar. “Bom, o meu avô está doente e ele quer passar a empresa da família pro meu pai, e pra isso, vamos precisar estar lá. E-eu me mudo no fim do mês, assim que acabarem as aulas.” ele concluiu, fazendo carinho no dorso de sua mão. “Jagi, me desculpe por isso.”
“Não tem outra opção, não é?” você perguntou, mesmo que já soubesse a resposta. 
“Infelizmente não, meu amor. Mas o que me conforta é saber que, por mais que doa, estou tomando a melhor decisão por nós dois, por você. E nós temos tanta vida pela frente, afinal, só temos 16 anos, né? Um dia eu posso encontrar você, andando por aí.” ele tentou te animar. Na verdade, Jeno queria se esconder e chorar, porque na mente dele, de garoto de 16 anos, você era a maior e única paixão que ele teria na vida, a única chance que ele teria de experimentar o amor. Mas ele precisava ser forte, pra que você não sofresse tanto com a partida por tempo indeterminado dele. 
“É, você tem razão.” você limpou rapidamente as lágrimas com o dorso da mão, tentando evitar o choro. “Somos jovens.”
2023
Os anos se passaram, e você não teve mais qualquer notícia de Lee. Nos primeiros dois meses, vocês ainda se falavam e trocavam mensagens, e você fazia o esforço de ficar acordada em horários estranhos para que Jeno tivesse mais facilidade em falar com você. Mas aí veio a preparação para faculdade, tanto sua quanto dele, as conversas foram ficando escassas até que eventualmente, elas pararam de vez. Você parou de acompanhar a vida de Jeno, era doloroso ver que ele estava tão bem sem você. 
Jeno por outro lado só parecia bem naquela época. Ele sentia sua falta, sentia falta da expressão confusa que você sempre fazia na aula de matemática, e de como você sempre vinha com fofocas novas nos fins de semana. Além disso, ele sentia falta do Brasil, de falar português e de comer açaí no Parque Ibirapuera. Mas ele se forçava a seguir em frente, afinal, não estava sob seu controle. 
7 anos depois, numa sexta-feira qualquer, sua mãe avisou que alguém iria se mudar pra casa de frente a sua, depois que os últimos inquilinos tiveram que sair porque não pagavam o aluguel e as contas, ou pelo menos eram o que diziam as más línguas do bairro. Você não ligou muito, afinal, era irrelevante quem seriam seus novos vizinhos, já que você era introvertida ao extremo. 
Coincidentemente, era o aniversário do fatídico dia em que Jeno foi embora para Coreia, levando seu coração junto com ele. Você nunca havia esquecido, e chorava agarrada ao ursinho que ele te deu de presente antes de partir. Para todos que te conheciam há mais tempo, era como se fosse o aniversário da morte de alguém, já que você se isolava, comendo potes de sorvete e se enchendo de porcarias, e eventualmente, com álcool, depois da sua maioridade. 
Você assistia Para Todos os Garotos que já Amei pela enésima vez, afogando as mágoas em sorvete de flocos, quando, infelizmente, seu pote acabou. Você até tentou choramingar para sua mãe ir até o mercadinho comprar mais, mas ela não cedeu às suas lamentações e disse para ir você mesma. Você resmungou, mas calçou seus chinelos e pegou as chaves de casa, saindo em direção ao mercado, e vendo o caminhão de mudanças enorme parado do outro lado da rua. Deu de ombros e seguiu seu rumo, comprando um pote de dois litros que pretendia comer sozinha, e depois voltou para casa. A distração de olhar curiosamente o caminhão a fim de identificar que tipo de família iria se mudar para a casa fez com que você esbarrasse em alguém bem de frente.  
“Meu Deus, me desculpe mesmo, eu não tava olhando por onde ia.” você falou prontamente, para não dar tempo da pessoa ficar com raiva de você. 
“Tá tudo bem. E eu disse que um dia ia encontrar você andando por aí.” Jeno falou com um sorriso, e ele jura que a expressão que ele viu no seu rosto quando se virou foi simplesmente a melhor coisa que ele já viu na vida. Afinal, ele tinha voltado pra você e agora estava tudo numa boa.
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diceriadelluntore · 7 months ago
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Storia Di Musica #320 - Arcade Fire, Funeral, 2004
La caratteristica comune dei dischi di Aprile è arrivata per caso, e mi ha fatto scoprire delle cose bellissime che non conoscevo. Sono per questo molto felice di presentarvi le mie scelte ma stavolta la caratteristica comune la tengo segreta per questo primo appuntamento, si capirà in seguito e vi invito anzi, per giocare insieme, a ipotizzare quale sia. Inizio raccontandovi di una band, e un disco, che hanno davvero segnato la storia della musica indipendente internazionale, facendo il successo di una formazione di rock canadese che nel corso degli anni ha continuato a stupire. Il nucleo originale del gruppo prende vita a Boston, dove si conoscono Win Butler e Josh Deu, che formano gli Arcade Fire. Passano poche settimane e si trasferiscono nel paese natio, precisamente a Montreal, dove fanno i primi concerti in piccole location, a feste private e persino nelle gallerie d'arte. A Montreal Win Butler incontra Régine Chassagne, che prima diventerà cantante e poi futura sua sposa, per un motivo che sta scritto nel libretto del disco di oggi:"il caldo costrinse i due a sposarsi". Registrano le prime canzoni con questa formazione: Chassagne-Butler, Josh Deu, il bassista Mules Broscoe, il chitarrista Dane Mills e a Brendan Reed alla batteria. Il primo EP esce a nome Arcade Fire nel 2002, ma fu l’inizio di un rinnovamento traumatico della formazione: Broscoe si chiama fuori dalla band, Mills abbandona nel modo più spettacolare, lasciando nel bel mezzo di un concerto alla Casa del Popolo di Montréal. In sostituzione dei due ex-membri subentrano il fratello di Win, William Butler, e Tim Kingsbury, e con questa formazione pubblicano un secondo EP, Us Kids Now. Prima della fine del primo anno di promozione, la band ottiene un contratto con l'etichetta indipendente Merge Records, che in quegli anni e in quelli a venire sfornerà gioielli musicali in serie, con la quale continua tuttora a pubblicare album. Entra in formazione Howard Bilerman alla batteria.
Nel 2004 la quasi sconosciuta formazione canadese dà alle stampe un album, Funeral (che si intitola così perchè durante la registrazione morirono parenti dei componenti della band) che nel giro di poche settimane fa gridare al miracolo. Gli Arcade Fire diventano la band più ammirata dai critici, che inseriscono Funeral nei primi posti delle classifiche non solo del 2004 ma del decennio, degli ultimi 25 anni, di sempre. Nasce una band di culto. Il loro suono è barocco, gioioso, ricco di sfumature con una sezione di archi dolente e armoniosa, la doppia voce Butler \ Chassange ad alternarsi, facendo un album che per meriti loro, per momento storico e per magia complessiva sembra perfetto. Il gruppo ha ben in mente da cosa partire: ci sono echi Bowie nella stupenda Rebellion (Lies) (che in Italia è famosa come sigla di Otto E Mezzo, il programma de La7 di Lilli Gruber), la linea di basso e il suono alla The Edge della chitarra, i New Order in tutta la serie di Neighborhood in 4 parti, denominate Tunnels, Laika, come la cagnetta che andò nello spazio, Power Out e 7 Kettles. Crown Of Love è magnifica e finisce in stile epico, Wake Up che è spectoresca nell’arrangiamento e nel finale stile U2 (Bono diventerà un grande ammiratore, e apriranno molti concerti del Vertigo Tour del 2005 della band irlandese, e la parte iniziale di Wake Up fu usata come intro a City Of Blinding Lights); Haiti, che è placida e sofisticata, mostra le loro qualità nelle ballate. Une Année Sans Lumière cambia il cantato dall’inglese al francese, ed è davvero ballabile e dolcissima. In The Backseat con la voce della Chassagne che sembra alzarsi all’infinito rispetto alla musica, è un crescendo emozionale da ricordare, con intermezzo di archi. Nonostante le evidenti ispirazioni tutto l’album è una continua sorpresa eccitante, tra le pieghe degli arrangiamenti, tra i piccoli assoli di strumenti inusuali (farfisa, xilofono, gli archi, un corno francese), tra la voce sincopata e trascinante di Butler e quella morbida e vellutata della Chassagne. Funeral fa rimanere basiti per come tutto l’insieme funzioni in armonia e con un gusto che manca a tante band di oggi.
Il disco vende già molto bene, ma è con Neon Bible (2007) che il successo diventerà internazionale: un disco più sofisticato, e anche più arrabbiato e teso, ammirato per canzoni come Keep The Car Running, No Cars Go e la splendida e dolente My Body Is A Cage, che verrà ripresa da Peter Gabriel in Scratch My Back del 2010, versione che fa da colonna sonora ad una delle puntate più intese della serie Tv culto House M.D. La triade iniziale trova il culmine con The Suburbs, del 2010, che debutta in vetta alla classifica di Billboard e vince il premio Grammy per il miglior disco dell’anno, primo lavoro di una casa discografica indipendente ad ottenerlo. Dello stesso disco, fu fatto una sorta di video documentario diretto da Spike Jones che verrà presentato a numerosi festival cinematografici internazionali: la band collaborerà alla colonna sonora del film Lei (Her) scritto e diretto da Spike Jonze che vede Joaquin Phoenix come protagonista, e alcuni dei brani per il film troveranno posto in Reflektor, altro disco grandioso, del 2013. Se non ho capito male, ritorneranno presto anche in Italia per dei concerti questa estate, sarebbe l’occasione migliore per scoprire una band dalle caratteristiche uniche e dalla musica speciale, che è stata protagonista influente e simpatica della musica degli ultimi 20 anni in maniera anche inaspettata.
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boroughshq · 5 months ago
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Greetings, loves! I'm popping in with a tiny announcement about a new page update. The page in question is our locations page! The page itself has the exact same layout, the only difference is an additional 30 locations have been added to the page! Hope that adds a bit more variety for our members and their threads and character careers. The specific locations are listed below by borough for convenience!
Manhattan:
Bluebirds - brunch resturaunt
Bark Park - membership dog park
Pegasus - gay club
Muse - lounge
Luxury Nails - nail salon
Zenith - rooftop bar
Toastery - bread bakery
Brooklyn:
Brownstone Books - bookstore
Diva Diner & Drag Show - drag restaurant
Vault - upscale bar
Sappho's - women's cafe
Gilded Gallery - sculpture gallery
Etoile - ballet studio
The Bronx:
Vino e Cucina - italian restaurant
Santiago's - bodega
Riot House - concert hall
Bronx Dog Park - public dog park
The She Shed - lesbian bar
Queens:
Inkwells - writer's cafe
Sugar & Spice - lesbian club
Flushing Subs - sandwich shop
Casa de Tacos - taco shop
The Blue Note - jazz club
Antiques -antique store
Staten Island:
The Well - dive bar
The Snug Mug - cafe
Tailgaters - sports bar & grill
Bit Bar - arcade bar
The Tool Shed - gay bar
Crab Cabana - seafood shack
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thepartyanimalkalman · 8 months ago
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Task 2: Show Me What You Made Of Tw: Menção de suicídio, Menção de abuso de drogas N/A: Esse POV também explica porque ela não estava presente na hora da invasão do Jawie e nem do anúncio do reitor e o que aconteceria se o Jacob for salvo (Sim, é possível salvar o Jacob).
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Fazia muito tempo que não pisava em Heavenly Ponds. Ela descobriu aquele lugar eventualmente, mas quando ouviu alguns dos garotos da rua comentando sobre um lago onde se dava pra ver estrelas bem perto do chão, ainda chamavam de Poço dos Vagalumes. Não sabia direito como havia parado ali, já que quando saiu da casa dos Parton por mais que seu cérebro dissesse para voltar ao dormitório na UCLA, de alguma forma suas pernas a levaram para outro lugar e não ajudava que a residência em questão era no mesmo bairro onde havia morado um dia. A conversa que tivera mais cedo com Jawie com certeza acabou levando-a para um lugar que há muito tempo não pensava, tanto figurativamente quanto literalmente.
Sentada ali na grama, com o vento batendo e o cheiro de orvalho da manhã subindo enquanto sentia a sobriedade voltando, era impossível não sentir o pouco do vazio que se esforçava pra esconder todos dias da melhor forma possível, lá estava ele, dando um tchauzinho como um passageiro escondido no fundo do ônibus para dar um calote na passagem. Riley vinha ali em todas as vezes em que se sentia assim e a festa de Cora a fez pensar nele pela primeira vez desde que voltara a 2013.
Era um ritual próprio entre eles dois e que ela sabia que, se fosse o contrário, ele também faria o mesmo. Os dedos brincavam com as cordas do violão que pegara no quarto do irmão de Cora. Estava desafinado, indicando que fazia muito tempo desde que fora usado, Riley podia se lembrar de como Samuel, seu tio por parte do pai, tentou ensiná-la a tocar o instrumento, mas nunca tivera muito afinidade com ele como tinha com o piano.
Ainda sim, tio Sammy conseguiu lhe ensinar alguns acordes no dia em que pediu para ele a levar no Poço dos Vagalumes a primeira vez. Foram semanas até vencê-lo pelo cansaço e o homem concordar em levá-la, mesmo com uma asma infernal que o fazia parar um ou duas vezes durante a extensa caminhada para usar a bombinha de Aerolin. A pequena estava animada e orgulhosa de sua primeira aventura, não que seus pais fossem impedi-la de fazer algo assim, algumas vezes até acreditava que eles poderiam incentivá-la a simplesmente desaparecer em algum lugar e nunca mais voltar. Parte dela, algumas vezes também queria sumir e nunca mais botar o olho naquele casal que parecia qualquer outra coisa, menos pais de verdade. A única coisa que evitava de algo assim acontecer era o Tio Sammy, que a contra gosto de sua mãe, morava na casa da piscina da grande residência em Hollywood Hills (Que Riley odiava, diga-se de passagem. Ainda sentia falta da casa no subúrbio em Pasadena) e que a esperava todos os dias depois da escola com uma pilha de panquecas e ficavam assistindo desenhos até tarde da noite ou que a levava para futebol ou para o arcade, onde ele a ensinou a trapacear para conseguir mais fichas nas máquinas de brinde. Sammy era seu melhor amigo, e algumas vezes até desejava que ele fosse seu pai de verdade, porque ele fazia com ela coisas que os pais das outras crianças faziam também.
À sombra de algumas árvores, uma grama baixinha e o vento sussurrando com um céu tingido de amarelo, azul e algumas gotas do preto da noite se aproximando enquanto Sammy montava uma barraca para que eles acampassem ali. A água do lago sereno repousa, refletindo o céu começando a ser tomado por pontos brancos como um espelho líquido. As águas tranquilas acolhem os últimos raios do sol, criando um jogo de luz e sombra dançante.O murmúrio suave da água se mistura com o canto dos pássaros, e o balançar das cordas do violão com os acordes de uma melodia que Sammy tocava enquanto o fogo crepitava, criando uma sinfonia natural que acalma os sentidos. Ela lembrava ainda de como seu tio ficava feliz quando eles iam até o Poço dos Vagalumes, e de como aquele havia virado um lugar de fuga para os dois, era como se a expressão triste taciturna que estava sempre no rosto dele quando ele achava que ninguém estava olhando não existia. Parecia que sempre havia algo o corroendo por dentro, algo que ele não podia explicar o que era, mas que estava sempre ali para assombrá-lo, e que quando perguntava para ele o que era, ele apenas respondia "quando você for mais velha eu te conto, raincloud" com um sorriso meio triste e encontrando uma forma de mudar de assunto. Hoje Riley entendia bem o que era aquilo sem que Samuel tivesse lhe explicado, algumas vezes sentia até o mesmo semblante formando na própria cara.
Dando alguns passos até a margem do lago, se ajoelhou, fitando a água limpa por um instante. O reflexo era diferente, mas expressão era mesma. Algumas coisas nunca mudam, pensou, erguendo os olhos e vendo aquela árvore bifurcada maldita. Apertava o braço do violão com força, as pegadas marcadas na grama, em linha reta para a coisa que mais odiava naquele lugar maldito. "Sua... filha... da... puta... desgraçada... maldita..." repetia enquanto batia o violão com toda força contra o troco grosso e forte na esperança de que apagasse o maior erro de sua vida de ter trazido seu tio naquele lugar. Podia se lembrar com riqueza de detalhes dos carros de polícia, das sirenes ainda rodando no teto, a fita amarela isolando a área quando chegou ali naquela manhã de 2009, depois de ver Samuel não havia dormido em casa depois de passar o dia inteiro fora e sabia exatamente aonde ele tinha ido. Sentira raiva todo o caminho, oras ele poderia ter esperado para levá-la com ele, mas a raiva virou confusão e depois uma tristeza profunda. "Se tivesse sido em outro lugar, talvez ele tivesse tido uma chance." Ouvi um policial dizer antes do mesmo notar sua presença. Ele ainda tentou esconder o corpo balançando, mas acabou sendo em vão, o estrago já havia sido feito. A única coisa que ele deixou foi uma carta, que até hoje Riley nunca teve coragem de ler.
Todas as vezes que pensava nele, todas essas questões vinham a tona, talvez se nunca tivesse o trazido ali ele teria alguma chance de sobreviver, talvez se nunca tivessem pisado ali ele teria sido encontrado com mais facilidade, ao invés de dias depois, pendurado nessa árvore maldita, talvez se tivesse aprendido a usar essa merda de violão do jeito correto ele tivesse desistido, talvez se não tivesse contado pro seu pai sobre o saquinho estranho cheio de remédio escondido dentro do violão na casa da piscina teria evitado que ele fosse para ali mais uma vez... Talvez... Se.... palavras que a assombram até hoje. Esse maldito condicional voltando eternamente para assombra-la
Jogando o resto do violão nos pés da árvore, decidiu que era hora de enfrentar o que estava evitando desde que aparecera sem calça no John Wooden Center e em 2013. Ainda estava usando o roupão que pegara no closet do sr. Parton, mas a casa de seus pais era a uma quadra dali. A caminhada não era muito longa, mas não estava com pressa em fazê-la, pensava em como explicar aquilo tudo, mas lá no fundo sabendo que teria que enfrentar mais uma vez a decepção na cara da mãe e provavelmente mais um AVC no pai, igual a vez em que o reitor mostrou o vídeo dela fumando um baseado no banheiro e tocando fogo numa lata de lixo sem querer.
Identificar a própria casa sempre fora fácil, era a única com um monte de cacti e areia no lugar de grama, como nas outras casas em volta, mas o pior era saber que teria que fazer a caminhada da vergonha mais uma vez, mas seria a primeira vez que a faria sem o apoio moral de Sammy, ainda mais que o Lexus da mãe e o Cadillac Eldorado do pai estavam parados na garagem.Abriu a porta corrediça do fundo com todo cuidado, sabendo que sempre ficava aberta aquela hora para que os cachorros saíssem para fazerem as necessidades. Caminhou o mais silencioso possível até onde deveria ser seu quarto, se esgueirando longe dos raios de sol que escapavam pela fresta do blackout da janela.
"Você deveria estar na faculdade. "
Riley parou na mesma hora em que pegava uma camiseta franzindo o cenho. Ela conhecia aquela voz, mas devia ser efeito do peiote. É a única explicação para ouvir a voz de uma pessoa que já morreu. Quando a cortina de arreganhou, fazendo a luz do sol entrar com toda força tal qual um canhão de luz da polícia e direto em sua cara, foi que teve certeza que não era alucinações do peiote ou de qualquer uma das drogas que usara na noite anterior.
"Não estou pagando uma faculdade cara dessas pra você ficar dormindo aqui em casa, Raincloud." Samuel havia aberto a cortina e estava com uma expressão severa de quem está se preparando para uma bronca. "O que diabos é isso que está vestindo?"
"Um roupão?" Respondeu. Seu cérebro estava tentando encontrar formas para aquilo ser possível. Quer dizer Sammy havia morrido em 2009, muito antes de 14 de setembro de 2013 como isso era possível? Como alguém conseguiu impedir isso? Tudo que havia aprendido até aqui mostrava que era impossível, para ele estar vivo alguém teria que ter morrido no lugar. Será que foi sua mãe? Ou um dos irmão? Seus neurônios não conseguiam pensar direito. Ela não sabia se abraçava o tio ou se fazia perguntas, mas antes que pudesse se decidir, já estava caída no chão chorando aos pés de Samuel, soltando as lágrimas que deveria ter soltado durante todos esses anos. "Me desculpa, cara. Me desculpa de verdade. Se eu soubesse que você ia fazer aquilo eu nunca tinha te dedado pro meu pai e nem te lavado lá no poço. Me desculpa de verdade. Eu prometo que nunca mais uso nada se você prometer que não vai repetir aquilo"
"Cara, você andou usando aqueles negócios de novo? Quantas vezes sua mãe já não falou que não quer ver você com esses trecos?" Sentiu o homem a levantar e se sentar na cama ao seu lado, com a ruga da testa profundo, e marcas do tempo que não existiam em 2009. "Olha, eu entendo, já tive a sua idade e sei que um baseado e uma bala é bom de vez em quando, mas a morte do seu tio Richard me fez ver que isso não tem futuro e não quero que você seja um Zé droguinha. Você é inteligente demais pra isso." Sammy abraça Riley sem nem fazer ideia de o que acabou de falar fez na cabeça da sobrinha (ou filho? Nem ela entendeu isso direito. O que importava era que ele estava de volta). Mais uma vez a física teórica se mostrando mais prática do que teórica, pensou, enquanto tentava digerir o que acabara de ouvir. "Vamos fazer o seguinte, Você toma um banho, tira esse cheiro de desinfetante barato, troca de roupa e espera aqui. Vou inventar alguma desculpa para sua mãe e te deixo na faculdade. Ela não precisa saber disso e a gente toma café no Randy's, ok."
Apenas assentiu com a cabeça, aproveitando o calor daqueles braços que tanto sentira falta ao longo de todos esses anos. Era algo que guardava na memória e que achava que nunca teria a chance de sentir novamente. Talvez fosse por isso que a escolheram para voltar, essa era tal da segunda chance que falava no sms.
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prettyseriesbrasil · 1 month ago
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Nippon Columbia anuncia o jogo "Himitsu no AiPri: Atsumete! Secret Memories" para Nintendo Switch e tem data confirmada!
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Fontes: Gamebiz, PR Times
A Nippon Columbia revelou que irá lançar o jogo para Nintendo Switch "Himitsu no AiPri: Atsumete! Secret Memories", a data de lançamento está confirmada para o dia 5 de dezembro deste ano!
Esse jogo permitirá aos jogadores reviver os episódios do anime através de mini-histórias, além de poderem jogar minigames baseados em alguns episódios marcantes. Além disso, o "Live Game" do jogo de arcade foi adaptado para o Nintendo Switch, de modo que os jogadores possam se divertir em casa quantas vezes quiserem.
Visão geral: ■ Aproveitando o AiPri no Nintendo Switch! O jogo permite que você aproveite em casa o Live Game com as mesmas músicas do anime e do arcade do Himitsu no AiPri. Além disso, você pode jogar minigames baseados nos episódios do anime, assistir algumas cenas memoráveis, colecionar figurinhas fofas e imagens das cartas.
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■ Jogue lives e minigames para completar o "Caderno Secreto"!
No jogo, ao participar de lives e minigames, você pode aumentar o seu Nível AiPri e desbloquear "Segredos" e "Missões Secretas". O objetivo é coletar as "Peças Secretas" e usá-las para completar os "Segredos" registrados no seu Caderno Secreto.
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■ Jogue as lives do AiPri em casa!
O "Live Game" do arcade de Himitsu no AiPri foi adaptado para o Nintendo Switch, com controles ajustados para essa plataforma. Até quatro pessoas podem jogar juntas, permitindo que você se divirta com a família ou amigos.
As nove músicas disponíveis no jogo são: ・P.O.P.P.Y ・Secret Dream ・Stand Get Up ・Muteki DUO Energy ・Hikari no Kotoba ・We’re The World ・Never Give Up Lover ・GIRA GIRA STAR ・Zenryoku Joshi Kakumei!
Além disso, há o modo "Movie", que permite assistir aos clipes musicais sem precisar jogar. Nele, você pode apreciar as músicas e os vídeos das lives.
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■ Os episódios do anime foram transformados em minigames!
O jogo inclui oito tipos de minigames baseados nos episódios do anime, como jogos de ação, quizzes e jogos de encontrar erros. Todos os minigames podem ser jogados por até quatro pessoas. Há três níveis de dificuldade: fácil, normal e difícil, tornando o jogo acessível para crianças pequenas e iniciantes.
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■ Reviva cenas marcantes do anime!
À medida que você joga as Lives e os minigames, você coleciona "Peças Secretas". Quando você completa um quebra-cabeça com essas peças, imagens icônicas do anime são reveladas. Essas imagens desbloqueiam cenas do anime com áudio, que podem ser assistidas dentro do jogo. Além disso, as imagens completas podem ser jogadas novamente como um quebra-cabeça, para se divertir quantas vezes quiser.
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demonroy · 9 months ago
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⤚ 𝐁𝐄𝐓 𝐘𝐎𝐔 𝐖𝐀𝐍𝐓 𝐓𝐎 𝐆𝐄𝐓 𝐓𝐎 𝐊𝐍𝐎𝐖 𝐌𝐄​ . . .
Caminhando pelas ruas de Nova Iorque, é possível avistar PABLO DE MONROY. Com trinta anos, ele já está deixando sua marca pelas ruas da cidade fazendo o que faz de melhor: produtor musical. Conheça mais sobre ele abaixo do read more.
HISTÓRIA
Quando a família De Monroy decidiu imigrar para os Estados Unidos contavam com um valor seguro na conta bancária, advindo da locação de imóveis e, principalmente, do trabalho de Luis como advogado de figuras relevantes. Estabelecer o escritório de advocacia em Manhattan e criar os filhos com mais oportunidades seria então a concretização dos sonhos da classe média alta uruguaia. Pablo foi o último dos três filhos do casal a nascer, já em solo norte-americano, cresceu na bonança, blindado por um círculo social de privilégios — dos reveses possíveis, a xenofobia de alguns colegas de sua idade se respondia com socos.
O caçula não desenvolveu o mesmo interesse dos irmãos mais velhos pela continuidade dos negócios familiares, em casa passava enfurnado no quarto tocando violão ou ouvindo música. Além disso, desce cedo festas com atrações musicais eram seu habitat natural, por isso não tinha dúvidas quanto ao seu destino. Ainda que contrariados, Luis e Carolina não deixaram de apoiar o filho até que este pudesse trilhar seu caminho por conta própria. Pablo estudou na Berklee, instituição em que também se especializou em composição e produção musical.
Foi apadrinhado por Shane Raven, produtor da Sony, enquanto ainda estudava, aprendendo com ele a prática do mercado musical, momento em que teve participação em canções de artistas como H.E.R. e Arcade Fire. No entanto, Pablo não tinha como intuito ser refém de um conglomerado e por isso rompeu com seu mestre para seguir em uma gravadora independente, em que trabalha até hoje. Familiarizado com o cenário artístico e cultural de Nova Iorque, normalmente está a procura de qualquer promessa de boa música na boêmia nova iorquina ou no SoHo, onde reside. Atualmente produz alguns artistas e bandas de nicho, mas almeja encontrar uma parceria que tenha potencial de indicação para grandes premiações.
TRAÇOS
+ Cordial, persistente e criativo. - Inflexível, agitado e irritadiço.
TRIVIA
— Terminou um relacionamento de quase um ano recentemente; — É escorpiano; — Tem um cachorro da raça malinoi chamado Chet; — Seus estilos musicais favoritos são jazz, r&b e bossa nova.
CONEXÕES ! !
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natavinsmoke06 · 4 months ago
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Wey como amo los juegos de pelea, me puse a pensar y siempre los he jugado, mi madre le reclama a un amigo suyo que los primeros juegos que jugué fueron el mortal Kombat de la Ness pq el me puso a jugarlo, y luego cuando conseguí mi play 3 jugué Street fighter 4 arcade hasta pues hasta que se descompuso, también jugue bastante del chafa de DC vs Mortal Kombat... Y luego Injustice el primer juego de ese es de mis favoritos y lo sigo jugando con cualquiera que venga a mi casa , y cuando conseguimos el Ps4 jugue el Street fighter 5, aunque no me encanto pero luego mi papá compro otra serie de su infancia que era el KOF y ese le eche sus semanas en pandemia, y luego como estaban en oferta me jugué el Mortal Kombat del 9 y 10 , también compramos el Marvel vs Capcom infinite y aunque se que está chafa es un gusto culposo pero luego jugué el 3 y ese me gusta bastante, y aunque no lo tengo personalmente cada que voy a la casa de una amiga nos echamos 4 horas seguidas de Smash Bros, voy a admitir nunca aprendí a jugar Tekken es demasiado para mí, ugh y estoy ahorrando y esperando a que acabe los juegos de Persona para jugar su juego de pelea. Ahh y aún más siempre eh querido jugar Skullgirls y Guilty Gear 😭
Es que los juegos de pelea están literalmente en mi adn de mexicano que me gusten
El punto es... Saquen plan para jugar
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esfiha · 4 months ago
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elevador
Jacqueline guardou seu celular com um certo orgulho quando alcançou as portas do prédio. Sua pontualidade era uma das poucas coisas das quais a detetive se orgulhava. Se orgulhava também de seu recorde na máquina de dança próxima ao arcade de sua casa, que nunca havia sido batido. Mas isso não vem ao caso.
Era sua primeira semana no novo trabalho. Já tinha se acostumado com o novo ambiente, conhecia bem a planta do lugar, tomava o mesmo caminho todos os dias. Sempre entrava no mesmo vagão do metrô, passava pela mesma porta (haviam três, e ela escolheu a no canto esquerdo). A melhor porta. Só não pegava o mesmo elevador todos os dias pois sua empresa deixava a desejar na manutenção desses aparelhos.
Entretanto, hoje era seu dia de sorte. Seu elevador favorito, o mais próximo à escada de incêndio, estava no térreo. Avistou as portas se abrindo assim que atravessou a catraca (a mesma de sempre) na recepção, vendo também alguém entrar. Preferia quando não havia ninguém no elevador, mas isso não a incomodava o suficiente para pegar o outro.
Acelerou o passo para não perder o elevador, visto que seu outro passageiro já havia embarcado. Tinha vista direta de seu objetivo. Pôde até ver o homem que havia entrado por último que, distraído em seu celular, não percebeu Jacqueline indo em sua direção.
Ele levantou seus olhos quando as portas já começavam a fechar, fazendo breve contato visual com a detetive através de algumas mechas de seu cabelo loiro. Jackie, em resposta, levantou de leve sua mão, um sinal para dizer que iria pegar o mesmo elevador.
O loiro baixou os olhos novamente.
Não fez esforço algum para apertar o botão e aguardar a chegada de Jackie. Que canalha. As pessoas seguram o elevador para as outras, né? Se sentiu um tanto boba pela interação desconfortável. Tentou diminuir o rosado em seu rosto esfregando-o, mas não ajudou muito.
Respirou fundo e chamou o elevador da direita.
A luz vermelha do botão não ligou. Apertou de novo e, novamente, nenhum sinal de vida veio da máquina.
Maravilha. O elevador estava quebrado. De novo.
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Diferente de nossa detetive exemplar, Kurt estava atrasado. Quinze minutos atrasado, para ser exata. O policial sabia que estava atrasado mas continuava olhando seu relógio de tempos em tempos para confirmar que, de fato, haviam se passado quinze minutos desde às 8 da manhã.
Resmungou algo que poderia ser interpretado como um bom dia para a recepcionista enquanto passava seu crachá na catraca com uma certa impaciência. Andou, mas foi parado, surpreso pelo tranco. A catraca não havia o deixado passar.
Passou de novo o cartão, agora com menos paciência ainda, não obtendo resultado diferente.
"Senhor," a recepcionista o chamou calmamente, mas com um certo fundo de medo em sua voz, "você precisa ir com calma, a leitora é fraca..."
Algo na forma na qual a recepcionista pronunciava as palavras, como se Kurt fosse uma criança, alongando as vogais e tendo em sua voz um tom doce, o deixava mais irritado. Ela não via que ele estava com pressa? E é claro que ele sabia como a merda das catracas funcionavam.
Viu seu relógio de novo. Agora estava dezoito minutos atrasado. Apertou a ponte de seu nariz, aproximando o cartão da catraca, que, agora, se abriu, como se tirasse sarro dele.
O policial atravessou a catraca com força. Talvez fosse por pessoas como ele que as catracas sempre quebravam. Apertou o botão do elevador de forma agressiva. Talvez Kurt fosse o motivo de tudo nesse prédio estar desmoronando.
De braços cruzados, aguardou o elevador. Vinte minutos atrasado. Quando as portas se abriram, não hesitou em entrar, sacando novamente seu celular para checar as horas. Como Kurt já tinha confirmado cerca de dez segundos atrás, estava vinte minutos atrasado. O que havia de novo em seu celular era uma mensagem de seu chefe, perguntando onde estava.
Grunhiu, encostando-se contra o vidro e debatendo se responderia a infeliz mensagem. Decidiu que não o daria uma resposta por agora, focando em elaborar uma desculpa para seu atraso. A verdade é que, novamente, o policial havia dormido demais. Saiu às pressas e, por seu descuido ocasionado pelo atraso, a viagem até o prédio havia sido uma catástrofe.
Decidiu que a desculpa da vez seria que ficou preso no trânsito. Sempre funciona. Satisfeito com sua magnífica criatividade, levantou a cabeça, encontrando uma mulher que se aproximava com passos apertados.
Ah. É a esquisita do departamento investigativo. Era a primeira semana de Jacqueline trabalhando ali e ela já havia feito uma impressão e tanto. Talvez fosse por conta de seu cabelo azul-marinho, ou por seu jeito esquisitinho que ninguém conseguia apontar exatamente o que era. Kurt a declarou oficialmente como estranha quando notou os diversos chaveiros pendurados em suas chaves. A maioria era daqueles desenhos japoneses de gente estranha.
E a detetive estava vindo na direção dos elevadores. Pela forma como ela virou o rosto assim que seus olhos se encontraram, Kurt assumiu que o elevador vizinho já havia chegado.
E agora ela acenou para ele. Acenou? Um aceno meio torto e sem jeito, mas pareceu uma saudação. O loiro franziu a sobrancelha perante o gesto.
Foi só quando as portas se fecharam que Kurt se lembrou que o outro elevador estava quebrado e que o aceno era, provavelmente, um sinal para segurar o elevador.
Ops. Pelo menos não ficou mais atrasado por conta da detetive.
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alien-girl-21 · 2 years ago
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Sproier en mce modern au, fuck you
Roier fell first, but spreen fell harder, excepto que los dos son idiotas y no se dan cuenta por demasiado tiempo
Después de sus citas en el restaurante de camarones spreen acompañaba a roier a su motel, los dos caminando extremadamente cerca el uno del otro
La primera vez que se abrazaron fue después de su quinta salida juntos, llegaron al motel de roier y en vez de tener un incómodo “adiós”, “adiós” con un gesto de manos que se podía decir que era una despedida; spreen decidió abrazar a roier
Prácticamente se podía ver los corazones volar alrededor de la cabeza de roier después de eso
Uno de sus últimos días juntos, spreen vio el cuarto de roier y se sintió mal que lo hayan mandado a un motel de cuarta con papel tapiz que se despegaba de la pared y un colchón tan plano como una hoja de papel, así que lo invitó a pasar la noche en su hotel
Durmieron en la misma cama, pero no pasó nada, los dos estaban demasiado nerviosos como para hacer algo más
Roier jamás se calla sobre eso, y mariana ya se sabe de memoria el diálogo que roier va a usar cuando cuenta la historia
Cuando spreen ya vivía con missa, recibió una llamada de roier una noche en la que le explicó, casi en lágrimas, que mariana no le abría la puerta al apartamento y que no tenía otro lugar donde quedarse
Spreen fue a recogerlo y lo metió a ocultas en la casa, ambos volvieron a dormir en la misma cama esa noche, spreen abrazando a roier con la excusa que la cama era muy pequeña y se podía caer (era una cama matrimonial)
Quackity es el único que sabe sobre spreen metiendo a roier a la casa (gracias a la bocota de roier) y muchas veces lo usa como blackmail contra spreen
Roier se vuelve más afectivo físicamente con spreen después de mudarse a la misma ciudad
Spreen hace como si no le importara/le irritara, pero en realidad ama que roier le agarre de la mano, lo abrace o juegue con su cabello
Roier trató de meter a spreen en el plan de matar a xokas, pero spreen solamente le sonrió, pasó una mano por el cabello de roier y le dijo “tal vez otro día”
Muchas veces spreen va al apartamento de mariana y roier con comida, sabe que los dos a veces no comen por días, muy concentrados en cualquier nuevo plan para matar a xokas que puedan pensar, también les ayuda a limpiar el apartamento y les recuerda que tienen que tener higiene personal básica
Mariana y quackity tienen una apuesta de cuando serán una pareja oficialmente, el premio es 200 dólares y una cena en el restaurante más caro que puedan encontrar
Ambos fueron a un arcade una vez, spreen consiguió un peluche de un oso negro de una máquina para roier, y roier consiguió un peluche de spider man con todos los tickets que ganó ese día para spreen
Spreen se pone del lado de la acera que da a la calle cuando los dos caminan juntos
Roier le ha dicho a spreen que la diosa que cuida de él y mariana lo ama, que cuando ella se va dice que va a visitar a spreen
Y aunque sea algo ridículo, spreen cree que es cierto
Roier se ha robado un canguro de spreen, lo usa para dormir
Inspirado por/para @neejo36 que siempre me deja hablar de este au <3
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tinirainboom · 1 year ago
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Sueños de yyh y yo
Buenos días, tardes o noches, si llegaste a esta publicación de este blog ¡bienvenido! En este blog se trata de YYH, dibujos que hago y sobre shifthing (el tratar de llegar a mi rd de yyh y poder contar experiencias de este), ahora sí ¡COMENCEMOS!
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Cada vez que estoy teniendo sueños en el que me vuelvo más consciente y que puedo sentirlo como en la realidad, o sea sueños lucidos. El tema de esto es que... no viaje todavía a mi RD de YYH (yu yu hakusho), a parte no solo lo siento tan real sino que a veces no puedo controlarlo ja ja.
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Muchos de estos sueños que tengo es con el elenco, Yusuke, Kazuma, Hiei y Kurama. Puedo jurar que en la mayoría de veces que soñé con ellos, no solo escuchaba sus voces en doblaje latino sino que pasaba el rato con ellos, riéndome o paseando por ahí.
Se que suena raro e ilógico, pero ya van varias veces que me encuentro números espejos en mi celu, en mi reloj... o esta clase de sueños, principalmente con Hiei (el visitándome a mi casa, que seria la casa Yukimura y pasando el rato con él). Todavía no terminé mi plantilla y espero llegar a mi RD.
¿Será una señal del universo? Pdta.: los gifs pertenecen al Tumblr @genkais-arcade Pdta.2: No viaje a mi rd aún. En mi rd me llamo Reiko Yukimura, soy hermana mayor de Keiko Yukimura. También puse que seria detective espiritual y que estoy en el Team Urameshi. Si quieren saber más solo pregunten que no muerdo :3
~ Reiko Yukimura~
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arthrfrts · 9 months ago
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Minha dieta cultural de janeiro
Eu tô bem contente com esse primeiro mês desde que eu comecei a minha nova “rotina cultural”. Não precisar escolher o que fazer no fim de cada dia liberou muito mais tempo para eu ler, ver e jogar mais. Por exemplo, embora o “dia de ler” seja na terça, o tempo que antes passaria decidindo o que ia fazer na quinta eu acabo usando para ler mais, etc.
Um outro efeito interessante dessa rotina: a pesquisa do filme que eu vou ver, ou do próximo livro que eu vou ler, virou uma diversão. Eu gosto de usar os intervalos do trabalho, ou o meu dia “livre” na sexta, para ler sobre um diretor ou um movimento do cinema que eu quero explorar nas próximas quartas, ou planejar a ida no cinema. É uma empolgaçãozinha que eu não sentia faz tempo. Essa rotina acabou me trazendo aquela curiosidade cultural que eu tinha de volta, e eu tô muito satisfeito com isso.
Enfim. Aí vai um resumo desse início de ano:
Filmes: eu corri atrás de alguns dos filmes do ano passado, como Folhas de Outono, Fale Comigo, Anatomia de uma Queda, a restauração de Tempo de Amar e o meu filme de aniversário (e novo favorito!), Segredos de um Escândalo. 2023 foi um bom ano pra filmes!
Jogos: pouquíssima coisa nova, eu voltei a jogar Breath of the Wild porque eu sou apaixonado pelo silêncio e a solidão desse jogo, algo que eu sinto falta em Tears of the Kingdom. Eu também dei uma explorada no catálogo do Apple Arcade e joguei um bocado de Outlanders e Japanrse Rural Life Adventure. Os dois são joguinhos muito charmosos.
Séries: eu comecei a acompanhar a quarta temporada de True Detective, que arrasa (a única temporada boa da série desde a primeira), reprisei as segundas temporadas de The Bear e Somebody Somewhere, e acompanhei a primeira fase de Renascer. Acho que é a novela mais bonita que eu já vi.
Livros: eu comecei A Casa de Doces, a continuação espiritual do meu livro favorito (A Visita Cruel do Tempo). Os primeiros dois capítulos são frios demais pro meu gosto, mas logo que Sasha reaparece na história, Jennifer Egan dá aquela imensidão de escopo e emoção na história que atravessa décadas e dezenas de vidas. Ela ainda sabe capturar o tempo, e agora com aquele gostinho da tragédia da promessa do digital. Demorei, mas agora por fevereiro eu engatei nessa leitura.
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elbiotipo · 2 years ago
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Memorias En El Humo
50.000 Gacus. Ese champagne cometario de Fomalhaut resultó buena inversión, al final.
Para un sedentario en un planeta cualquiera, 50 lucas sería suficiente para invertir en remodelar la casa, comprar un virteatro de primera, o capaz unas merecidas vacaciones en algún paraíso orbital. Y sí, incluso para mis estándares caprichosos, tengo que reconocer que fue una buena ganancia.
Pero todos sabemos como es… la Mastropiero se merecía un buen servicio y reparación… el condensador andaba quejandosé con un ruidazo que hasta a Suisni le asustaba. Ahí se me fueron 9 mil gacus. Después, por supuesto, combustible. Ya para asegurarme, tanque lleno, por lo menos para cinco o seis saltos. Ahí le dije chau a 4 mil más. Y no olvidemos que las naves no se manejan solas. 4 mil para Suisni, mi queridísimo y cactáceo ingeniero -Armstrong sabrá en que lo gasta- y 2 mil y algo para los "gastos personales" de Ragua, que técnicamente no tenía un puesto de tripulante pero me costaba plata igual. Por supuesto que había que pagar también el préstamo y las cuotas de la nave, y ni hablemos de como suben los intereses con la inflación. Usada me salía más barato, me dijeron, pero igual ahí se van 8 mil gacus, más o menos, todos los meses… Después la cuota de la Liga Astronáutica, impuestos, la patente, gastos varios, chicha, chicharrón y demases…
Me quedé con 5000 gacus, como mucho. La vida del astronauta será muchas cosas, pero lujosa no es.
Igual, un gustito hay que darse de vez en cuando. Y por más dolores de cabeza que me traiga, quería que Ragua me acompañe esta vez.
Todos los mundos con un espaciopuerto tienen la Calle Del Astronauta. Casi nunca se llama así tal cual (en aquel mundo se llamaba Avenue Gagarin), pero es la misma en todos los planetas. La calle que da directamente a la salida del espaciopuerto, la primera calle que ven los astronautas (y por lo general, la única), el lugar en donde por fin estirás las patas después de días remandolá en el éter.
La Calle Del Astronauta, sea donde sea, se llame como se llame, casi invariablemente es una desfile de bares, tiendas de repuestos, comida callejera, vendedores de naves usadas, hoteles, moteles y hospedajes de bajo presupuesto, bares, comedores, cafés, restaurantes, boliches, arcades, casinos, loterías, bares, tiendas de empeño, bares, masajistas, personas de compañía y otros eufemismos similares, bares, turbias bocas de lobos, bares, y por supuesto, tavernas, pulperías, cantinas, bodegones, osterías, pubs, clubs, y bares.
De todas formas, esas no son las partes realmente peligrosas. No, las partes peligrosas son las calles paralelas a la Calle Del Astronauta. Los Callejones. Si te metés ahí, es porque o no sabés lo que estás buscando, o lo sabés muy bien y estás dispuesto a arriesgarte.
Pero ahí está la mejor comida, también.
Aunque la verdad, de todos los lugares en los que nos habíamos metido, este era uno de los menos riesgosos, el escepticismo de Ragua era entendible. Su escualena cola se movía agitadamente, y sus ojos color noche, siempre alerta, observaban furtivamente las calles llenas de astronautas en varios estados de embriaguez.
-¿A donde me lleva, Capitán? - Me preguntó con ese tonito irónico que siempre le daba a mi rango.
-A comer, ya te dije. Te voy a mostrar lo que es carne de verdad.
-¿…perdón?
-Una parrilla. La mejor de esta constelación. - Presumí, pero con razón. -Estoy seguro que vos también estás podrida de las raciones de la nave.
-Bueno, creo que eso es su responsabilidad, Capitán. Usted es quién las compra. - Me contestó con su filosa sonrisa, aún tratandomé de "Usted, el Capitán". -De todas formas no voy a decir que no, si me invitan. ¿Y por qué no invitó a Suisni?
-Porque él no come. Hace fotosíntesis y nada más. Se pasa todos los aterrizajes en algún asoleadero.
-Suena bastante práctico, no tener que decidir que comer…
-No sé, él vive quejandosé de los espectros y esas cosas…. Pero vos… vos sí comés carne, ¿no? - Le pregunté. Como si esa dentadura suya hubiese evolucionado para abrir cocos.
-Así es. Soy una predadora confirmada. - Me sonrió, y casi me corto de solo ver sus dientes.
-Bien, muy bien. Por fin alguien que puede disfruta de un buen asado. - Suspiré, con una ilusión genuina. -Vení, es por acá. - La princesita me siguió, con entusiasmo. Y yo finalmente feliz de que por fin no iba a comer un asadito solo…
La verdad decir que todos los espaciopuertos son iguales es una sonzera mía, de querer hacerme el que se la sabe todas y vio todo. Pero no es así. Hay un mundo para cada estrella, o así dicen los refranes, y ninguno es igual al otro. Fraternité es un planeta en su mayoría tropical, cubierto de manglares que se funden con el mar, creando puentes naturales sobre los largos ríos dorados que serpentean sus continentes. Un astronauta nunca se apega a un planeta, por supuesto, pero este sí me recordaba a casa. El sol naranja, como en Aerolito, los atardeceres casi eternos, y esas nubes de tormentas en el horizonte que vienen y van, meciendo las palmeras de las avenidas a la costa del río.
Si tuviera que sentar cabeza, dejar atrás la vida del astronauta errante y quedarme bajo un mismo cielo… no sería este, pero sería uno muy parecido.
Los antiquísimos edificios de ladrillo cubiertos de helechos (después de todo, las colonias espaciales tienen que empezar desde cero, y el ladrillo siempre es buen material para empezar) eran solamente reconocibles si levantabas la mirada. Los manglares crecían en toda la ciudad como enredaderas, atajando con sus hojas al anaranjado sol tropical, sin duda cuidadosamente mantenidos por el municipio con ese propósito. Las calles estaban abarrotadas de puestos y mantas con comerciantes. Ropa y textiles de todo tipo y color, comida callejera de mil mundos, trajes espaciales en maniquíes posando heroicamente, diversos aparatos y electro-chucherías, sombreros y lentes para el calor y hasta trajes refrescadores automáticos para ciertas especies, artesanías, recuerditos y chiches "locales" (que la verdad, me di cuenta que son sospechosamente parecidos en todos los mundos, pero eso te permite encontrar lo verdaderamente auténtico más fácil). Acá en Fraternité, la especialidad eran las esculturas realizadas con las raíces de los manglares, retorcidas en formas que a mi no me interesaban, pero que Ragua miraba fascinada. Me pregunté si ella, en años pasados, también habrá visto esculturas como esas, capaz en algún mar muy lejano.
La pequeña -no en edad, sin duda, pero más petisa que yo- princesa de los mil mares parecía más interesada en todo el alboroto de una Calle Del Astronauta, no intimidada, pero sí más bien furtiva, curiosa. Como si nunca hubiese visto algo como esto. A mi parecer, un tanto agrandado por tanto viaje, eso era extraño. Leer de historia me había hecho pensar que calles como estas son eternas, no solamente en espacio sino en tiempo. Habrá habido puertos así cuando los trirremes surcaban el Mediterráneo, cuando los galeones navegaban el Caribe, y cuando los cohetes saltaban de asteroide en asteroide, y no solamente en la historia de la humanidad, sino en la historia de cientos de otras especies. Era inevitable. Si había viajeros, había un puerto, y había una calle como esta.
Pero Ragua venía de una época diferente, por supuesto. ¿Como habrán sido los espléndidos espaciopuertos de los Precursores, que recibían a esos navíos con velas solares doradas cargados de las riquezas del éter? Me costaba creer que no tenían, por lo menos, un puestito de choripanes.
Sea como sea, parecía que para ella era una experiencia nueva. Y sí. Vivió su vida encerrada entre simuladores y juegos, conociendo la galaxia de los antiguos por lo que le contaban por el intergaláctico. No había muchos años luz en su marcador.
¿Condescendiente de mi parte? Sí, capaz. Pero yo también estaba aprendiendo muchas cosas de ella. Por algo me agarró nostalgia por tiempos que nunca viví.
En la esquina de Gagarin y Montgolfier, con aquella réplica de la Torre Eiffel elevándose humilde y sucia por el hollín, se veía de lejos el humo de las parrillas. Distintas especies y sus infinitas culturas han interpretado el concepto de "asar comida" de incontables maneras. Los frutos azucarados de Beta Cancri parecían haber nacido para ser caramelizados, como golosinas que los betacancrianos no apreciaban, pero otros compraban como caramelos, recuerdo tan delicioso de mi niñez. También había un tanque de esos amonites (el nombre verdadero me es impronunciable) de Gamma Hydrae, que se tenían que reventar vivos y cocinar en el acto para que tuvieran el gusto correcto. A mí siempre me dieron cosa. Ragua los miraba fascinada, y hambrienta sin duda.
Siendo un mundo poblado por humanos, acá, sin embargo, nos destacábamos nosotros, de cierta manera. Puestos de medialunas (la especialidad de la zona), de kebab, de tacos, de hot dogs (todo el mundo me regañaba cuando les decía 'panchos'). Pero mi vista estaba fija en uno. Aquella parrilla humeante a un paso de la torre, sin ningún otro establecimiento más que sillas y mesas hechas de tanques de combustible rescatados y un holograma caricaturesco, bien nostálgico, de una vaca mordiendo un girasol. Y, por supuesto, una bandera rioplatense.
Ahí, ahí es.
-¡Fua, mirá! ¡Pero si es el Capitán Beto! - Genaro me saludó. Viejo de miércoles, grandote, con una tonadita francesa y una risa que se escuchaba a diez calles, pálido como astronauta jubilado, y por supuesto, con ropa sudada de tanto asar. Siempre tenía carne barata. Armstrong sabrá de donde la sacaba, o cuantas veces la bromatología de Fraternité le hizo controles (quiero creer que le hicieron uno o dos por lo menos). Pero era carne buena en fin, eso no había duda. ¡Y como desaprovechar un asadito a 100 gacus!. Siempre que aterrizaba acá, era una parada obligada.
-Genaro, chamigo. Menos mal que todavía no te cerraron. -Le cargué. -¿Hay mesa para dos?
-¡Más sí, Capitán! ¿Y quien le acompaña?
-Ragua. Un gusto. - Se presentó en esa voz tan elegante que me daba una cosquilla interna, conociendolá como era todos los días.
-Es una compañera de trabajo. - Aclaré. Los rumores entre los rioplatenses corren más rápidos que la luz, y no tenía ganas de andar explicando.
-Ah, 'tá bien. ¿De donde es usted, señorita? - Genaro la miró de cola a cabeza. Sin duda tratando de reconocer su especie. Había más o menos cuatro mil y algo especies inteligentes en el espacio conocido, así que conocer a una nueva no era sorpresa. Pero sí generaba curiosidad.
-De la constelación de Hydrus. - Ragua dio su respuesta ambigua y genérica, sin mencionar una estrella, mucho menos un planeta o similar.
-…Ah, ya veo. ¿Bueno, que les traigo? - Genaro sonrió amablemente y no hubo más preguntas.
No pareciera, pero era un tipo discreto. Cuando vivís cerca de un espaciopuerto, tenés que saber si algún viajero está escondiendo algo, y cuando no hay que preguntar de más. Para mi suerte, Genaro sabía de esas cosas. Seguro algún rumor iba a dar vueltas, pero detalles no, y eso era lo que me importaba.
No, la verdad lo que me importaba era lo que había en la parrilla.
-Traenos una bandeja, ¿Puede ser? Una tira, por supuesto. Algo de faldita, tripa… un par de chinchulines… ah, ¡un pedacito de riñón! ¡Hace mil que no como riñón!
Ragua me miró inclinando la cabeza, como si estuviese listando un montón de palabras inventadas. En fin, ¿que palabras no son inventadas?. Bueno… "riñón", esperaba que esa entendiera al menos.
-Perfecto, caballero. ¿Y para tomar? - Me preguntó Genaro. Acá no había menú ni nada. Era hablar directo con el parrillero. Mejor imposible.
-Un tinto, por supuesto. ¿Que tenés?
-¿Le traigo uno en caja, capitán? - Me probó. Viejo jodón…
-¡Pero, hombre! - Protesté con una sonrisa. - ¿No ve que me acompaña una dama? Traéme una buena botella. Un Malbec, ese el "Rigel", si lo tenés…
-¡Ajá, es una ocasión especial! ¿No quiere que le traiga uno de Mendoza, directo de la Madre Tierra?
-¡'jate de joder! ¡Mirá que soy de River, pero no soy millonario! - Me reí con él. Pero en serio: uno de esos vinos, acá en la Frontera, valía más que toda la hipoteca de la Mastropiero.
-Como usted diga, Capitán. Ya le traigo su pedido. - Genaro se despidió con una sonrisa, y se fue a atender a otros clientes. Que ganas de hacerme pasar vergüenza. Me senté a calcular, no la cuenta (eso me iba a salir barato), sino hasta donde iban a llegar los rumores de "el Capitán Beto anda con una alienígena media rara"…
Ragua, por supuesto, estaba entretenida con toda la situación.
-Tus conocidos son raros…
-Y sí, si te conozco a vos.
Parpadeó un par de veces con una sonrisa pícara. La cuestioné con los ojos.
-Te olvidaste de que no tomo alcohol…
Miré para arriba, con frustración exagerada.
-Será posible…
-No me molesta igual. Puedo pedir otra cosa. De todas formas, hoy no pago…
-No te hagás la viva…
Los dos nos reímos.
De fondo, bastante fuerte, sonaba un chamamé viejísimo, capaz milenario, de Taragüí, que no alcancé a reconocer. El virteatro pasaba un partido de las ligas zodiacales, mucho no me interesaba. Genaro seguía ocupado con otros clientes, muchos ya pasados de copas, así que esperamos nuestro turno con paciencia. Y el humo, el humo estaba en todos lados. Nada que ver con uno de esos restaurantes elegantes en las ecumenópolis de las capitales galácticas.
Miré a Ragua. "Furtiva", siempre describí así su mirada. ¿Porque me recordaba a un depredador de los mares? Millones de años de evolución paralela (sin duda, con algún toque extraño aquí y allá) hacían de nuestras mentes y nuestras expresiones bastantes similares. Al mismo tiempo, sabía bien de nuestras diferencias. La intriga de estar separados por milenios. Si los primeros viajeros casi enloquecieron al conocer almas separadas por el espacio, que quedaba para los pocos que conocíamos aquellas separadas por el tiempo, además…
-¿Y? ¿Que te parece? - Le pregunté. -Puede parecer un lugar barato, pero te juro, mejor carne no hay.
-Asumo que te refieres a carne, o sea… carne. Al menos que "faldita" y "chinchulines" sean código para otra cosa.
-Siempre asumiendo lo peor de mí. Filosa que sos. - Ahí iba mi otro adjetivo. Filosa. Tenía que desprenderme de ellos, pensé.
Pero a ella no parecía molestarle demasiado. Miró a su alrededor. El olor a carne asada nos envolvía, y el calor del verano (o mejor dicho, la estación seca) hacía sudar la camisa de algodón que reservaba para estas ocasiones.
-Esa torre… la vi en una película… - Me dijo, con curiosidad. Me pregunté cual de todas. Ragua vivía mirando películas antiguas.
-Ah. Es la Torre Eiffel. - Contesté. -Es una torre antigua, muy famosa. Bueno, esta es una réplica. La original está en la Tierra, en París.
-¿Es un lugar importante?
-¿París? Dicen qué.
-¿Lo conoces?
-No.
-Me dijiste que estuviste en la Tierra.
-Un par de veces, pero no llegué a ver todo. No porque sea humano sé todo sobre la Tierra.
-Bueno, tú asumes eso de mí. - Me sonrió, cortante.
"Precursores". La palabra acaparó mi mente. El nombre que le dábamos a aquella especie que alguna vez construyó las resplandecientes esferas dyson que hoy eran silenciosas ruinas orbitales, aquellos anónimos arquitectos que quizás, muy posiblemente, hayan tocado los genes de mis ancestros y de tantas otras especies. Leyendas, pero que sabíamos que alguna vez fueron. Ahora ya no existían más, los Precursores. Nadie sabía por qué, pero estaban todos extintos.
Y ahí estaba, una de ellos, en frente mío, a punto de comer un asadito.
Y en mi cabeza, memorias, capaz mías, capaz no, de los mares azules de la Tierra, sus verdes selvas y nubes algodonadas, las calles antiguas de Buenos Aires…
-En… en tu época… ¿Alguna vez visitaste algún mundo como la Tierra? - Le pregunté.
-Ves, lo estás haciendo de vuelta. - Me reprochó, y con toda la razón del mundo.
-Perdón, perdón.
Su mirada pícara se volvió plácida y nostálgica.
Me di cuenta que esos ojos habrán visto muchísimo más de lo que yo podré ver en una vida.
-Es posible. - Finalmente me contestó. -Pero no sabría decirte. No recuerdo mucho. Pasé tantos años dormida. - Su suspiro duró medio segundo, pero lo recuerdo hasta ahora. -¡Hey, no me explicaste! ¿Que son los chinchulines?
Me di cuenta lo rápido que cambió el tema. No fue para nada sutil.
Pero decidí no insistir. Después de todo, ¿Vos confiarías en contarle toda la historia de tu vida, no, de tu cultura y tu civilización, a alguien que conocés hace apenas 2 minutos? Si la memoria de aquellas eras doradas era suya, no se la iba a dar a cualquiera. Y, por más que me doliera, yo era un cualquiera.
Suspiré.
De todas formas, tenía ganas de explicar.
-A ver como te explico. Un chinchulín sería algo como…
Siempre fui carnívoro, no por obligación sino por gusto. La carne siempre ha sido una de las cosas más caras de conseguir en la vida del astronauta. Criar un animal para fanearlo es, por lo demás, una inversión grande de recursos, y mucho más si es una vaca, que necesitaba las extensas pampas que solo pocos mundos podían ofrecer. Y después transportar la carne a donde sea… eso sí era lujo. No por nada muchos astronautas eran vegetarianos. Pero yo no, no podía. Capaz por malcriado; en Aerolito, las tropas de ganado se podían ver desde órbita, pastando en los esteros bajo la suave luz de los anillos. Un asado los domingos no era tal lujo.
Pero otras especies eran carnívoras obligadas. Esas sí que la tenían difícil. Hacer sustitutos para los viajes espaciales era sencillo, pero todas las personas de esas especies con las que hablé estaban de acuerdo en una cosa: no era lo mismo. Los chistes de comida de perro, mejor dejarlos de lado.
Por eso capaz, asumiendo, como siempre, esperaba que Ragua lo esté disfrutando como yo.
Estaba comiendo, sin duda. Pero su mirada parecía distraída. Por lo menos estaba disfrutando del trago de agua salada con ron. Todo un éxito. Gracias, Genaro.
Finalmente me animé a preguntar.
-¿Te gusta?
-¿Que cosa?
-La comida.
-Está rica…
La pausa me dio para pensar.
-…Nunca había probado carne de… ¿como se llama? - Me preguntó.
-Vaca.
-Vaca, sí. No sé como decirlo. Me pareció un poco… ¿como se dice? …grasosa.
Mi orgullo rioplatense me hizo fruncir mi ceño un poco.
Ragua lo notó, sin duda.
-¡No es lo que tu piensas! La comida marina no tiene tanta grasa, es eso.
-Supongo que depende de que mares venga. - Contesté. Recordé una especie de bacalao aceitoso, que comí en una luna donde todos hablaban bengalí.
-No de los míos. En realidad… no es tanto eso. Es que la comida en mi época no era así.
-¿Así como?
-Así, ¿Cocinada? Era más bien… automática. Le decías a los Servidores que querías, y te lo preparaban.
Aquellos Servidores, autómatas enjoyados, eran una constante en las historias de Ragua. Pero yo nunca los vi en persona, ni ningún arqueólogo los mencionaba. A todos nos parecía raro.
-¿Pero, como sabías que era rico o no? - Le pregunté.
-No entiendo.
-Digo, si no sabías como cocinar… ¿Como sabías que te gustaba? - Por alguna razón, el concepto me parecía extraño. ¿Como podría vivir sin las empanadas de champiñones de mi Vieja, o los asados del Abuelo? De ellos aprendí lo que era rico.
-Bueno, es cierto que no sé cocinar… - Ella me dijo con un poquito de verguenza en la voz, quizás. Hice una nota mental de enseñarle a cocinar uno de estos días. No vaya a hacer que nos quedemos varados en algún mundo perdido. A Suisni no le confío con una fogata. - Pero, ¡oye! No hace falta que lo sepa. O sea… Ahora que lo recuerdo… Bueno, había esas personas conocidas en todas las estrellas, con escamas brillantes y esas sonrisas eh… ¿como te gusta decirlo? ¡Sonrisas de campeón, sí!, que promocionaban productos, tú me dijiste que aquí se llaman…
-Influencers…
-Sí, esas. Y ellas te contaban cuales eran las combinaciones más ricas.
Por mi cara, Ragua se dio cuenta que era un poco escéptico de ese sistema. Bueno, yo también, me crié comiendo asado tras asado en las bailantas asteroidales. Le decía a ella "princesita", pero capaz el malcriado era yo.
-¿Eran buenas? -Pregunté.
-¿Las comidas, o las influencers?
-Vos sabés de que estoy hablando. - Le reproché su sonrisa pícara.
-Sí que lo eran. Había unos bocaditos de un… - Me di cuenta que le costaba recordar la palabra exacta. - Creo que lo llamarías camarones… -Su tono de voz cambió de repente, como si estuviese esquivando chocar con algo... -…pero, la verdad… esto está muy rico. En serio... Y, tengo que admitir que esta parte me gusta…
Como demostración, tomó una costillita, ya pelada de carne. Con su típica sonrisa, la puso en su boca y la partió en dos con los dientes, triturandolá sin esfuerzo, para luego comerla con satisfacción.
No sabía bien si era para intimidarme, para impresionarme, o solamente porque así comía siempre. Posiblemente las tres. Pero lo interpreté como buena señal. Y como un recordatorio que, pese a su tamaño, podría hacerme pedazos cuando quiera.
Siempre es bueno recordar eso. Te mantiene humilde, viste. Los humanos a veces nos olvidamos que no estamos al tope de la cadena alimentaria.
-Mmmhmm. - Ragua murmuró con satisfacción, saboreando los pedacitos de hueso.
Le interrogué con la mirada.
-La verdad es que tiene un gusto… a algo, no lo sé… - Me dijo.
-¿Algo como qué? - Le pregunté.
-A humo…
-¿Me estás llamando vende humo? - Sonreí. Siempre amé el ida y vuelta.
Ragua saltó a defenderse.
-No, ¡no dije que sea algo malo! - Ella ya estaba acostumbrada a la jerga de los mercantes. Decirle vende-humo a alguien, sin amistad de por medio, es tremendo insulto entre nosotros -Es un gusto interesante. La verdad, creo que nunca he probado algo así.
-Supongo que sería difícil tener una parrilla bajo el mar.
-Shh. - Me mandó a callar la princesa, a mí, adelantado ignorante. -Deberías saber que no somos marinos, somos anfibios. Conocemos el fuego.
Luego de esa aclaración, vi que su cara se llenó de una melancolía como cuando la vida se pone en pausa y te da un respiro para recordar. Las branquias al costado de su pecho se mecían de una manera tranquila, como buscando aliento.
-Hace mucho que no comía nada cocinado al fuego. - Murmuró.
Dejó de mirarme, y sus ojos se perdieron en las brasas de la parrilla. Muy parecidos eran los dos.
Sabía que 'hace mucho' significaba 'hace milenios'.
Sabía que cuando decía 'no somos' significaba 'no soy'.
Hasta donde sabíamos, ella era la única, la última, de toda una civilización.
El piso tembló un poco mientras comíamos, interrumpiendo nuestro silencio. Otra nave despegando, uno de esos inmensos transgalácticos llenos de turistas, haciéndose un hilo plateado en el cielo.
-Espero que te haya gustado de todas formas. No te invité solamente para presumir la comida. Quería que la pases bien, además. - Le dije, bien sincero, como me enseñaron mis viejos.
Ragua sonrió.
-Por supuesto que la pasé bien. En verdad… gracias por invitarme. Sé que estás ocupado trabajando, y comer carne no es barato…
-Nah, ni te preocupes. Justamente vinimos acá porque es barato.
-Tacaño.
-Shh.
Nos reímos un poco.
-¿Acaso no eres tú el que siempre dice "cada minuto que la nave no vuela mi plata sí"? - La señorita me cuestionó.
Era cierto.
-Es cierto. Pero… 'cuchame. Esto es mi trabajo, pero… ¿Vos pensás que valdría la pena sí no parara a disfrutar los mundos que visito? Es lo más lindo de todo. Disfrutar la comida, los paisajes, hacer amigos, como el boludo de Genaro… - lo dije amistosamente, pero Ragua igual sonrió. -…eso es lo que vale la pena de todo este laburo.
La chica quedó en silencio un momento, creo yo, complacida.
-¿Siempre quisiste trabajar de esto?
Lo pensé.
-No sé. Desde chico que lo hago… es como que… es lo único que sé hacer. Pero… sí, lo disfruto. Yo creo que muchos le han perdido el gusto a viajar por el espacio. Es un trabajo más para ellos. Pero yo todavía lo veo un poco como cuando era chico y leía sobre los primeros astronautas. Es como que estoy haciendo el trabajo que siempre quise de chico. El capitán en su traje espacial, en la cabina, partiendo a descubrir nuevos mundos…
Ragua sonrió, seguramente encontrándolo tan infantil como la forma que lo dije. Sí. Me gusta ser "capitán", ¿y qué?
-Les tienes mucho aprecio, ¿No?
-No sé si aprecio, pero son nombres dignos de recordar. Gagarin, Armstrong, Xia, Hachimaki… Bueno, también está Laika…
-Ah, ¡a ella la conozco! - Nos reímos. Debe haber millones de perritas llamadas Laika a lo largo y ancho de la galaxia.
-Era tan linda. Y bueno, nosotros los rioplatenses lo tenemos a Martínez…
-¿El de la estampita en la cabina?
-Sí, pero no es un santo oficial. Le rezamos igual…
-Todavía no entiendo eso.
-No te preocupes. Pero… - Mi curiosidad no pudo más… -¿Ustedes no recuerdan a los suyos? ¿A sus primeros astronautas?
Ragua no se podía sonrojar en verdad, pero con el tiempo, aprendí a asociar ciertas caras de ellas con eso. Esta era una ocasión.
-Sí. O sea, sí, creo que aprendí de ellos cuando era pequeña. Creo. Pero… Nunca presté atención. - Hizo una pausa. - No… me acuerdo mucho de ellos.
Una melancolía indescriptible.
-Ojalá recordara.
Los borrachines en la parrilla gritaron un gol, que nosotros ignoramos. Quise decir algo, pero ella me interrumpió.
-Que tristeza, ¿No? Tú siempre me cuentas historias. Sabes tanto, has visto de todo, y… ¡te da tanto orgullo contarlas!. Y cuando es mi turno… no te puedo contar nada. No, no sé los nombres de los primeros astronautas… la verdad no me acuerdo. No me acuerdo nada de historia, de astrografía, de ciencia… Bueno, mejor lo dejo ahí…
-Pero sabés muchas otras cosas…
-Lore de videojuegos, supongo.
Bueno, sí.
-Bueno, sí, pero también otras cosas. Todo lo que sabés es importante. No sé si te das cuenta. Pero sos la última d-
-Sí. Me doy cuenta. - me interrumpió con una firmeza en su voz. -Por eso me gustaría recordar más.
Me miró con ojos amargos. Yo miré para otro lado, no pude aguantar.
Ragua tenía que cargar con todo eso sola.
Cuando contaba mis historias, hacía algún chiste, tarareaba una canción, en el mero acto de hablar mi idioma, estaba compartiendo algo que compartía con los millones de rioplatenses descendientes de la nave-civilización Esperanza que partió de la Madre Tierra hace siglos; pero no solo con ellos, sino también portaba dentro de mi alma milenios de historia humana, y ya no solamente humana, sino de las miles de especies que formaban la civilización galáctica actual.
Ragua estaba totalmente sola, desarraigada en una campo de estrellas irreconocibles. De quien sabe cuantos miles de millones de Precursores, de maravillosas y complejas civilizaciones y especies, ella era la última. Detrás de ella, ruinas y silencio.
-Sabés mucho más de lo que pensás. Viste cosas que yo ni imagino, conociste la galaxia en su esplendor. - Le dije.
-Digamos que sí.
-Pero lo que me contás es siempre impresionante. Hasta los pequeños detalles. Las canciones, las tramas de tus series, la ropa, todo, todo…
-No las siento así. Pero… gracias. - Dijo, con la boca casi cerrada.
Suspiré.
-Todo lo que sabes importa. A mí me interesa escucharlo. En serio. Y… no hace falta que me cuentes todo. Pero… aprecio que lo hagas.
Ragua asintió lentamente con la cabeza, como agradecimiento y miró al cielo, capaz tratando de encontrar el transgaláctico que ya se había perdido, dejando una estela plateada en la noche.
La capital de Fraternité no era muy grande, pero incluso en una ciudad así, con sus luces era difícil ver las estrellas. Tan solo algunas, las más brillantes, en constelaciones que no reconocía, se animaban a presentarse entre los faroles y anuncios de neón.
Creo que Ragua se dio cuenta que estaba mirándolas también.
-Una vez, Mamá me llevó a la casa de mis abuelos, cerca de un arrecife en medio de la nada. - Empezó a hablarme, su cola agitándose a medida que recordaba. - Ahí si se veían todas las estrellas, no como aquí. Y mis abuelos, bueno, ellos no tenían Servidores. No los soportaban. Ellos hacían todo… ¿como lo dirías?
-¿...Casero?
-Casero. - Sonrío. -Bonita palabra. Yo me aburría mucho en la casa de mis abuelos. No tenían ni conexión al intergaláctico. Pero… Había unas cositas redondas. Eran… sé que te puede parecer raro, pero pequeños huevos de coral. Había unos… camarones. Ellos tomaban esos huevitos y los escondían en una esponja, para alimentar a sus... ¿larvas, creo que es la palabra?. Y mis abuelos tenían un jardín de esas esponjas en su casa…
Me costaba imaginar lo que Ragua me estaba contando. Pero me di cuenta que a ella también le estaba costando encontrar las palabras en rioplatense.
-…Bueno. Mis abuelos cuidaban de esos camarones. Hasta le ponían nombres. Nunca supe el nombre de todos, porque eran demasiados. Pero cada uno tenía un color diferente, y hacían cosas distintas. Algo así como… ¿Como se llama eso? ¿Cuando hay criaturas que hacen cosas diferentes? -Me dijo de una forma vaga, pero sorprendentemente comprensible.
-Colmena…
-¡Colmena, sí! Pero no los comíamos. Comíamos los huevos que recolectaban. El abuelo me decía que mientras más felices eran, más huevos recolectaban para nosotros.
-¿Y como lo cocinabas?
-¡No, no los cocinaban! Los ponían en una especie de frasco, y los mezclaban con unas plantas que no recuerdo. Y los dejaban que.. ¿Como se dice?
-¿Fermenten? ¿Como el vino?
-Sí, supongo que sí. - Me dijo, más entusiasmada, como que ahora entendía lo que estaba hablando. -Y quedaba una cosa… rica. ¡Bien rica! ¿Y sabes lo que es lo más loco?
-¿Qué? - Le pregunté, entusiasmado.
-No tenía gusto salado.
Mi boca se abrió en sorpresa. Exagerada, capaz, pero con razón.
-O sea, ¡Todo en el mar tiene gusto salado! ¡Pero esto no! Es…-
Ragua pausó, su cola dejó de moverse, mientras pensaba.
-Una vez quisiste describirme lo que era dulce… - Me dijo, con brillo en sus ojos.
-…Pero me dijiste que no podías sentir ese gusto.
-Creo que esto sería lo más parecido. Arcorur. - Me dijo, finalmente en su lenguaje, un poco como un rugido, no con una 'r' humana, sino más gutural. -Lo ponías en otra comida, ¡y era como que… se pegaba al gusto de todo lo demás!
-Como la miel…
-¡Exacto! ¡Me recuerda a eso!
Ragua me siguió describiendo como pudo, mezclando el rioplatense con el estándar y con su propia lengua, un montón de comidas con arcorur. Y por un momento, por un ratito, en esa parrilla, entre el humo y el aire tropical de un mundo distante, su civilización revivió, y sus abuelos estaban comiendo acá con nosotros.
Sonreí.
Quería saber más.
Quería que me cuente como sentía vivir en su tiempo. Que me explique lo inexplicable.
Pero inevitablemente…
-Me gustaría poder contarte más. - Ragua cortó la conversación. - Pero… No hay forma de que los puedas probar. - Me dijo, cortando la conversación.
Comí otro pedazo de costilla, pensando en que responder.
-No necesariamente. Hay millones de mares entre las estrellas. Esos camarones pueden estar en alguno de ellos.
Ragua asintió con un suspiro. Como diciendo, "Sí, pero mis abuelos no."
Miré para otro lado.
-Hay muchas comidas para probar. -Traté de seguir la conversación. Creo que ella lo notó, y regresó su sonrisa.
-Sí vos pagás, por mí espectacular. - Ragua me contestó en un rioplatense perfecto.
-No. - Contesté con una seriedad exagerada.
Ragua se rió. Sus dientes brillaron bajo las guirnaldas de focos y las brasas de la parrilla.
-Bueno. Al fin tengo una compañera para los asados. Así que sí, capaz podemos darnos un gustito de vez en cuando… -Admití, siguiendo ese ida y vuelta que tanto me encantaba.
-No me convence demasiado. -Replicó.
-Todo depende de como salga el siguiente negocio.
-No empieces.
Por una vez, ese tambor que retumbaba constantemente en mi cabeza, de números en rojo y en negro, decidió obedecer y callarse. Hoy no, no iba a empezar. Hoy, por lo menos.
-Bueno, comé tranquila. Hoy festejamos. Mañana despegamos.
-¿Y esa coplita de donde la sacaste? - Me ironizó.
Me di cuenta, con una sonrisa, que poco a poco, se le iba pegando mi tonada.
Lo que no me daba cuenta en ese momento es que algo de ella también se me estaba pegando.
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youngbloodhqs · 2 years ago
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EVENTO 1 - VALENTINE'S DAY @ THE BAMFORD'S
santa monica é uma cidade conhecida por muitas coisas, mas não é lá um lugar exatamente romântico. não tem a pont des arts como em paris e muito menos as fotos de casal nos pontos turísticos em nova york. além disso, as pessoas só se lembram que é valentine’s day na última hora, deixando as lojas, bares e restaurantes lotados.
por isso tudo que alexander bamford, o fearless leader desse grupo de ajustados e desajustados queria, era uma noite tranquila no anexo de sua casa com uma pequena confraternização. o anexo, por muitos anos, havia sido o lugar mais frequentado pelo grupo. tinha algo na mesa de ping-pong, no aparelho de arcade e na mesa de sinuca que tornavam o ambiente simplesmente… aconchegante. sofás eram distribuídos por todo o espaço, e um belo aparelho de som fazia sucesso com os melhores hits através dos anos. havia sempre uma tv enorme de última geração, trocada constantemente, e nela assistiram muitos filmes, esportes e qualquer besteira que os entretivesse. e é claro que não podia faltar a cozinha americana, com armários estocados pela sra. bamford, geladeira, pia e microondas.
os dezesseis compraram docinhos decorados, um barril de cerveja gelada e os melhores petiscos… e a temática? nada mais justo do que i hate valentine’s day, para um grupo que só tinha um casal de verdade (que ia muito bem, obrigado). o que xander e os outros não imaginavam era que de alguma forma, a notícia ia se espalhar e mais de cinquenta pessoas iriam aparecer, todos os estudantes da área, desesperados com a proibição de festas nos campi das universidades. e além de tudo isso, entre os convidados que não haviam sido convidados, estava a famosa dona anônima (ou o famoso dono anônimo?) do perfil santa monica secrets, fazendo reports sobre tudo da festa.
pra melhorar, a equipe de líderes de torcida da universidade da california, grande fã de xander, resolveu passar na festa. aproveitando a data, para arrecadar uma grana para uniformes, as garotas decidiram fazer um correio elegante. pode ser uma piada, pode ser para infernizar a vida de alguém, ou pode ser uma declaração de verdade para um amor ou amizade. o que importa é que essas garotas são insistentes, e elas vão te infernizar até você pagar dois dólares (sim, tudo isso!) e enviar um correio.
enfim… você está pronto pro valentine’s day nos bamford? eu certamente não estou!
INFORMAÇÕES OOC
oi, pessoal! obrigada por lerem até aqui, e sejam bem vindos ao primeiro evento do youngblood. algumas informações: 
a duração do evento será de amanhã, 19/02, até 27/02. não sei se uma extensão será necessária, mas se for, é só me falarem que eu articulo isso. se preferirem encerrar o evento antes, também é super tranquilo pra mim! o importante é vocês estarem confortáveis. 
estou postando o evento com algumas horas de antecedência pra vocês começarem a se preparar, usando as horas de hoje para papearem em ic sobre a festa e etc. 
o evento vai começar direto na festa, a partir da 00h01 do dia 19/02 (virada do dia 18/02 para o dia 19/02, caso tenha ficado confuso). será por volta de 21h00 em santa monica (de verdade? não, na cabeça da mod mesmo). então a partir da virada do dia, vocês podem interagir sobre a quantidade de pessoas que os personagens estão vendo chegar, alguma preocupação sobre isso. ou talvez eles curtindo muito a multidão de gente depois do ban de festas que eles estão passando. podem também fazer interações deles tentando encontrar a pessoa por trás da santa monica secrets, e claro, não esqueçam do correio elegante.
e falando nele, as mensagens do correio elegante devem ser enviadas no blog de extras, via ask. se for um correio anônimo, manda no anon. se for correio com identificação, pode mandar fora do anon. porque serão publicados no formato de ask mesmo, e aí eu vou marcar o @ do tumblr de quem está recebendo. 
ainda sobre o correio, quando imaginarem seu personagem recebendo, pensem numa pessoa mesmo do squad de líderes de torcida dando risadinhas e levando um papelzinho em forma de coração, bem bonitinho assim! também né, dois dólares o negócio, tem que ser assim mesmo. tentem mandar pra várias pessoas, mesmo que seja só algo bobinho!
lembrando que, apesar de serem um lindo grupinho meio co-dependente e grudado, nem sempre eles estarão 100% juntos na festa, então usem e abusem de chats privados ou dos group chats. 
atenção (com voz do boninho no bbb): nesse evento, vocês não precisam parar as interações antigas. podem continuar respondendo, não tem problema. mas se quiserem pausar e continuar depois do evento, também podem.
ufa! por fim, sigam o blog da santa monica secrets também, porque vai ser estreado durante o evento. 
qualquer dúvida, já sabem, chefia! ask, chat, servidor ou me chamar direto no disc… pode tudo. divirtam-se!
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