#Cariniana legalis
Explore tagged Tumblr posts
aire1111 · 4 months ago
Text
Tumblr media
Jequitiba (Cariniana legalis, 1000 years old), Caminho do Ouro, RJ, Brazil
7 notes · View notes
jardimbrblogspotcom · 7 months ago
Text
Lista de 100 Espécies de Árvores Nativas Brasileiras para Reflorestamento
rientações sobre Plantio e Adubação para um Crescimento Saudável
Tumblr media
Segue uma lista de 100 espécies de árvores nativas do Brasil, adequadas para projetos de reflorestamento, juntamente com orientações detalhadas sobre como plantar e adubar para garantir um crescimento saudável.
*Contato:
-Telefone: [Paulo ]
- E-mail: [[email protected]]
- Endereço:[Limeira/SP]
Lista de Mudas de Árvores Nativas e Urbanas para Reflorestamento
Ipê Amarelo (Handroanthus albus)
Araucária (Araucaria angustifolia)
Jequitibá-Rosa (Cariniana legalis)
Pau-Brasil (Paubrasilia echinata)
Pitangueira (Eugenia uniflora)
Jabuticabeira (Plinia cauliflora)
Aroeira (Schinus terebinthifolia)
Embaúba (Cecropia pachystachya)
Sibipiruna (Caesalpinia peltophoroides)
Pata-de-Vaca (Bauhinia forficata)
Como Plantar e Adubar
Preparação do Solo
Escolha do Local: Selecione um local que receba luz solar adequada e que tenha espaço suficiente para o crescimento da árvore.
Preparo do Solo: Faça uma cova de aproximadamente 60x60x60 cm. Misture o solo retirado com adubo orgânico (composto ou esterco bem curtido).
Plantio
Retire a Muda do Saco Plástico: Com cuidado, retire a muda do saco plástico ou do recipiente em que veio, preservando o torrão de terra ao redor das raízes.
Posicione a Muda na Cova: Coloque a muda na cova de forma que o colo (junção entre o caule e as raízes) fique nivelado com a superfície do solo.
Preencha a Cova: Complete a cova com a mistura de solo e adubo, pressionando levemente para eliminar bolsas de ar.
Adubação
Adubação de Plantio: Utilize cerca de 10-20 litros de esterco bem curtido ou composto orgânico por cova, misturando bem com o solo.
Adubação de Manutenção: A cada seis meses, aplique uma adubação de cobertura com matéria orgânica (esterco curtido ou composto) ou com adubo químico, de acordo com a necessidade específica da espécie.
Cuidados Pós-Plantio
Rega: Regue a muda imediatamente após o plantio e mantenha o solo úmido, principalmente nos primeiros meses. Em regiões secas, regue 2 a 3 vezes por semana.
Proteção: Proteja a muda contra ventos fortes e animais, utilizando estacas ou cercas de proteção.
Podas: Realize podas de formação e limpeza, removendo ramos secos, doentes ou mal posicionados.
Dicas Gerais para Crescimento Saudável
Mulching: Aplique uma camada de mulch (palha, folhas secas) ao redor da base da árvore para manter a umidade do solo e controlar ervas daninhas.
Controle de Pragas e Doenças: Inspecione regularmente as árvores e trate prontamente qualquer infestação ou doença.
Acompanhamento: Acompanhe o desenvolvimento das árvores e ajuste as práticas de manejo conforme necessário para garantir um crescimento saudável.
Essas orientações básicas ajudarão a garantir que suas mudas de árvores nativas e urbanas cresçam saudáveis e contribuam efetivamente para o reflorestamento e a arborização urbana.
Angico Branco (Anadenanthera colubrina)
Angico Vermelho (Parapiptadenia rigida)
Aroeira Pimenteira (Schinus molle)
Aroeira Salsa (Schinus terebinthifolius)
Aroeira-do-Sertão (Myracrodruon urundeuva)
Araribá (Centrolobium tomentosum)
Araucária (Araucaria angustifolia)
Bacupari (Garcinia gardneriana)
Balsa (Ochroma pyramidale)
Baru (Dipteryx alata)
Biru (Nectandra megapotamica)
Cagaita (Eugenia dysenterica)
Caliandra (Calliandra dysantha)
Camboatá (Cupania vernalis)
Cambuci (Campomanesia phaea)
Canela (Ocotea pulchella)
Canela Amarela (Nectandra lanceolata)
Canela de Ema (Vochysia bifalcata)
Canela Sassafrás (Ocotea odorifera)
Canjerana (Cabralea canjerana)
Capixingui (Croton floribundus)
Caroba (Jacaranda macrantha)
Caroba da Mata (Jacaranda caroba)
Carobinha (Jacaranda puberula)
Cássia-rosa (Cassia grandis)
Cedro Rosa (Cedrela fissilis)
Cerejeira do Rio Grande (Eugenia involucrata)
Copaíba (Copaifera langsdorffii)
Embaúba (Cecropia pachystachya)
Figueira (Ficus insipida)
Garapa (Apuleia leiocarpa)
Goiabeira (Psidium guajava)
Grumixama (Eugenia brasiliensis)
Guabiroba (Campomanesia xanthocarpa)
Guapuruvu (Schizolobium parahyba)
Imbuia (Ocotea porosa)
Ipê Amarelo (Handroanthus albus)
Ipê Branco (Tabebuia roseoalba)
Ipê Rosa (Handroanthus impetiginosus)
Ipê Roxo (Handroanthus heptaphyllus)
Jacarandá Bico-de-pato (Machaerium villosum)
Jacarandá Mimoso (Jacaranda mimosifolia)
Jequitibá Branco (Cariniana estrellensis)
Jequitibá Rosa (Cariniana legalis)
Jabuticabeira (Plinia cauliflora)
Jatobá (Hymenaea courbaril)
Louro Pardo (Cordia trichotoma)
Manacá da Serra (Tibouchina mutabilis)
Manduvi (Sterculia striata)
Mogno Brasileiro (Swietenia macrophylla)
Monjoleiro (Acacia polyphylla)
Murici (Byrsonima crassifolia)
Oiti (Licania tomentosa)
Olho-de-Cabra (Ormosia arborea)
Palmeira Juçara (Euterpe edulis)
Palmeira Real (Archontophoenix cunninghamiana)
Pau-Brasil (Paubrasilia echinata)
Pau Ferro (Caesalpinia ferrea)
Pau Formiga (Triplaris americana)
Pau Jangada (Riedelia sp.)
Pau Mulato (Calycophyllum spruceanum)
Pau Preto (Nectandra oppositifolia)
Pitangueira (Eugenia uniflora)
Pindaíba (Xylopia brasiliensis)
Piquiá (Caryocar villosum)
Pitomba (Talisia esculenta)
Piqui (Caryocar brasiliense)
Pitangueira (Eugenia uniflora)
Pitangueira-da-Mata (Eugenia blastantha)
Quaresmeira (Tibouchina granulosa)
Sapucaia (Lecythis pisonis)
Sibipiruna (Caesalpinia peltophoroides)
Sucupira (Bowdichia virgilioides)
Tarumã (Vitex montevidensis)
Timburi (Enterolobium contortisiliquum)
Tingui (Magonia pubescens)
Ubaia (Eugenia patrisii)
Umbu (Spondias tuberosa)
Uvaia (Eugenia pyriformis)
Uva-do-Japão (Hovenia dulcis)
Vinhático (Plathymenia reticulata)
Ypê-amarelo-do-cerrado (Tabebuia ochracea)
Ypê-branco (Tabebuia roseoalba)
Ypê-roxo (Tabebuia heptaphylla)
Ypê-tabaco (Handroanthus serratifolius)
Zabumba (Parkia multijuga)
Zezinho (Pterogyne nitens)
Ingá (Inga edulis)
Pau-formiga (Triplaris americana)
Pau-de-óleo (Copaifera langsdorffii)
Pau-Jacaré (Piptadenia gonoacantha)
Pau-Rosa (Aniba rosaeodora)
Pereiro (Aspidosperma pyrifolium)
Pequi (Caryocar brasiliense)
Peroba-rosa (Aspidosperma polyneuron)
Pimenta-de-macaco (Xylopia aromatica)
Pitomba (Talisia esculenta)
Quaresmeira-roxa (Tibouchina granulosa)
Roxinho (Peltogyne confertiflora)
Sucupira-branca (Pterodon emarginatus)
Plantio e Adubação para Crescimento Saudável
Plantio
Escolha o Local: Local ensolarado, espaçamento adequado (mínimo de 3-4 metros entre as mudas).
Preparo da Cova: 60x60x60 cm. Misture o solo com adubo orgânico (esterco ou composto).
Plantio da Muda: Coloque a muda no centro da cova e complete com a mistura de solo e adubo. Pressione levemente ao redor da muda para fixar bem.
Adubação
Adubação Inicial: Misture 10-20 litros de esterco bem curtido ou composto orgânico no solo de plantio.
Adubação de Manutenção: Semestralmente, aplique adubo orgânico ao redor da árvore, sem tocar o tronco. Utilize esterco bem curtido ou composto.
Cuidados Pós-Plantio
Rega: Rega regular, especialmente nos primeiros meses. Manter o solo úmido, mas não encharcado.
Proteção: Proteger a muda de ventos fortes e animais.
Podas: Realize podas de formação e limpeza para remover ramos secos ou doentes.
Seguindo essas orientações, você poderá garantir o crescimento saudável das árvores e contribuir de forma significativa para o reflorestamento.
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
1 note · View note
peraltaleo · 4 years ago
Photo
Tumblr media
【Cachaça & Madeiras】 Pinga, mé, branquinha ou marvada, muitos são os nomes da nossa cachaça, que hoje já é produzida por mais de 4.000 alambiques em todo o Brasil. Nessa nossa pequena viagem por esse rico destilado, vamos ver agora imensa variação de madeiras para seu envelhecimento. Então pra você que gosta de desfrutar o sabor da madeira na boca, sua hora de brilhar! O envelhecimento de bebidas, é praticado a mais de 2.000 anos, no começo barris e dor as eram usados apenas para envase e transporte, mas logo percebeu-se que fermentados e destilados ganhavam distintas propriedades de sabor e aroma com tal prática, tornando-a cada vez mais popular. Hoje um destilado envelhecido, pode ter até mais que 65% de suas características sensoriais vindas do barril. 【Armazenada✖️Envelhecida】 •£• As ditas armazenadas, são cachaças misturadas em barris de qualquer volume, geralmente grandes (10.000L ou mais). Feitos de madeiras nativas e pouco porosas, diminuindo a taxa de evaporação e com impacto na cor e sabores da cachaça. • Envelhecidas por lei, devem ter 50% de seu volume envelhecido por um ano em tonéis de no máximo 700L. • Além dos Carvalhos europeu e americano, a carcaça destaca-se por poder passar por mais de 40 tipos de madeiras nativas, como: • - Amendoim (Pterogyne nitens Tul) - Grápia - Jatobá - Freijó - Canela-sassafrás - AMBURANA (AMBURANA CEARENSES) - BÁLSAMO (MYROCARPUS FRONDOSUS) - JEQUITIBÁ-ROSA (CARINIANA LEGALIS) - ARIRIBÁ (CENTROLOBIUM TOMENTOSUM) - AMBURANA (AMBURANA ACREANA): - CASTANHEIRA (BERTHOLLETIA EXCELSA) - CUMARU (DIPTERYX ODORATA) - EUCALIPTO (EUCALYPTO SPP) - IPÊ (HANDROANTHUS SP.) - JAQUEIRA (ARTOCARPUS HETEROPHYLLUS) - JEQUITIBÁ (CARINIANA MICRANTHA) ••• 🔞 apreciem com moderação e sem direção. ••• Excelentes fontes: @mapadacachaca @diffordsguidebrasil @devotosdacachaca • #bar #bartender #cachaça #Brasil #culturaetilica #valoresnacionais #peralta (em Brother's Gastropub e Hamburgueria) https://www.instagram.com/p/CF-za9KFdQr/?igshid=6p0pdpo9dpno
1 note · View note
caneladeemaposts · 5 years ago
Text
Armazenar cachaça em barris de madeira modifica as propriedades organolépticas deste destilado. Estas propriedades dependem de fatores determinantes como, a qualidade da cachaça a ser estocada para envelhecimento, o seu teor alcoólico, o tamanho do barril, o tipo de madeira do barril e seu estado de conservação, o período de estocagem, se o barril passou ou não por tosta e, até mesmo, as condições ambientais da adega.
Várias madeiras brasileiras se mostraram ideais para armazenamento, graças as suas resistências, baixa porosidade (reduzindo evaporação) e baixa capacidade de interferir sensorialmente na bebida, mantendo as principais características da cachaça pura.
Para a cachaça ser considerada envelhecida, 50% do seu volume engarrafado deve maturar por pelo menos um ano em barril de, no máximo, 700 litros. A maioria das cachaças envelhecidas passam por carvalho americano ou europeu, anteriormente utilizados para o processo de envelhecimento de uísques.
As madeiras brasileiras contribuem em menor proporção em blends com carvalho, entre elas temos, principalmente, a amburana e o bálsamo. É tradicional de algumas regiões o envelhecimento de cachaça somente em madeiras nativas, como o bálsamo em Salinas, no norte de Minas Gerais.
Barris e dornas de cachaça
De acordo com o tempo de maturação em barris e dornas de madeira, o volume de cachaça envelhecida no produto Final, e o volume do recipiente de envelhecimento é que classificamos a cachaça como prata, ouro, premium, extra-premium ou reserva especial.
Durante a maturação, o álcool extrai compostos da madeira e o oxigênio, que circula pelas porosidades do barril, contribuem para a formação de ácidos, ésteres e aldeídos que modificam a bebida.
Enquanto outros destilados são envelhecidos em barris de carvalho, europeu ou americano, a cachaça se diferencia porque pode passar por esse processo em mais de quarenta espécies de madeiras nacionais, tais como Jequitibá-rosa, Jequitibá-branco, Bálsamo, Amendoim, Ipê̂, Amburana, Grápia, Ariribá, Jatobá́, Freijó e Canela-sassafrás, o que traz identidade e autenticidade ao destilado nacional.
Amburana
Ou umburana, cerejeira, cumaru-do-ceará, amburana-de-cheiro, cumaru-de-cheiro
Nome científico: Amburana Cearenses
Árvore de Amburana Nome científico: Amburana Cearenses
Folha da Amburana
Ocorrência: Encontrada no nordeste, centro-oeste e sudeste do Brasil.
Cor da cachaça: Âmbar cristalino em tonéis de baixo volume (200 litros), mas em dorna de grande volume, amarelo-pálido.
Aroma e sabor da cachaça: Levemente adocicado, baunilha, frutado, cravo, canela e sabores e aromas de outras especiarias são desenvolvidos. Essa madeira diminui consideravelmente a acidez e o teor alcoólico da cachaça nela armazenada.
BÁLSAMO 
ou pau-de-óleo ou cabriúva ou cabriúna-preta, ou pau-bálsamo
Nome científico: Myrocarpus Frondosus
Árvore Bálsamo
Fruto do Bálsamo
folhas típicas do Bálsamo Nome científico: Myrocarpus Frondosus
Ocorrência: Sul da Bahia até o Rio Grande do Sul.
Cor da Cachaça: Em barris novos, tons âmbar-avermelhados, se envelhecida por muitos anos em tonéis antigos e de grande volume, a cachaça ganha uma cor dourada com tons esverdeados.
Aroma e Sabor: Em barris novos, sabores amadeirado e vegetal. Se envelhecida por muitos anos em tonéis antigos e de grande volume, ganha aromas intensos, trazendo notas herbáceas, ameixa seca e de especiarias, como anis, cravo e erva-doce, e a sensação de picância e adstringência ao destilado.
JEQUITIBÁ-ROSA
ou jequitibá- vermelho, jequitibá- cedro, estopa, jequitibá- grande, pau-caixão, pau-carga, congolo-de-porco e caixão.
Nome científico: Cariniana legalis, há outras espécies, – cariniana estrellensis – jequitibá-branco ou somente jequitibá, cariniana rubra – jequitibá-vermelho, cariniana parvifolia – jequitibá-cravinho.
  Jequitibá Rosa
Folhas e fruto do Jequitibá Rosa
Ocorrência: Acre, Centro-Oeste, Sul da Bahia e Sul do país. Árvore símbolo dos estados de São Paulo e Espírito Santo, em extinção.
Cor da cachaça: Quase não altera a coloração da cachaça, oscilando entre o vermelho-claro ao rosa de brilho moderado. Em barris de pequeno porte, dourado pronunciado. Para o Jequitibá-branco, como o nome sugere, a cor não é intensa, em especial em tonéis de grande porte, indo do amarelo-pálido ao palha.
Aroma e sabor: Aromas e sabores pronunciados e agradáveis se o destilado foi envelhecido em barris de pequeno porte. Pela presença de vanilina, que agrega notas de baunilha à cachaça, é considerada a madeira nacional que mais se assemelha ao carvalho americano. Cheiro imperceptível; textura macia. O juquitibá-branco, como o nome sugere, não confere aromas ou sabores pronunciados ao destilado, sendo pouco usado em barris para envelhecimento de cachaça e, às vezes, usado como dorna de armazenamento para posterior envelhecimento em outras madeiras como amburana e carvalho.
Obs.: O Jequitibá-Rosa, no envelhecimento da cachaça, é tão nobre quanto o amendoim, – Elimina o leve gosto de bagaço de cana, reduz a acidez da aguardente, amacia, preserva o aroma e sabor original e mantém a cor da cachaça quase original, bem clara.
ARIRIBÁ
Ou araribá-vermelha, araribá-rosa, araruva, potumuju
Nome científico: Centrolobium Tomentosum
Árvore de Arariba
Ocorrência: Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Os produtores de cachaça do interior do Paraná utilizam bastante o cultivo da Araruva.
Cor da cachaça: Amarelo-pálido e maior oleosidade na bebida.
Aroma e sabor da cachaça: leve buquê de flores e vegetal, se tostada, a madeira traz aromas de frutas vermelhas como o morango.
Obs.: É uma das madeiras que mais confere oleosidade ao destilado por ser rica em glicerol, componente natural desejável.
CARVALHO EUROPEU
Ou carvalho-alvo ou carvalho-branco
Nome científico: Quercus Petraea
Árvore de carvalho europeu
Folha do carvalho europeu
Ocorrência: Europa
Cor da cachaça: âmbar ou amarelo-pálido ao castanho-avermelhado.
Aroma e sabor da cachaça: sutil, temperado, lembrando amêndoa, e adocicados, contribuindo com textura e adstringência, ao paladar pode apresentar notas de baunilha, figo e mel e ainda sabores frutados e alcoólicos.
Obs: O carvalho europeu é a madeira mais usada no envelhecimento de cachaça e é diferente do carvalho americano (Quercus alba).
CARVALHO AMERICANO
ou carvalho branco
Nome científico: Quercus alba
Árvore de carvalho americano
Carvalho americano folha e fruto
Ocorrência: América do Norte
Cor da cachaça: Coloração dourada
Aroma e sabor: Intensos e adocicados, baunilha, côco, mel e frutas secas.
Obs.: o carvalho americano tem capacidade de produzir cachaças tais como a Cambéba 12 anos que mais se assemelha a um uísque do que a uma cachaça propriamente dita.
Jacarandá
Ou amendoim-bravo, uruvalheira, ipê-branco, jacarandá e jacarandá-branco.
Nome científico: Platypodium elegans
Árvore de Jacarandá
Ocorrência: Cerrado brasileiro
Cor da cachaça: Amarelado suave
Aroma e sabor da cachaça: Sabor adstringente e menos ácido.
Obs.: Essa madeira também propõe um melhor cultivo do sabor da cachaça branca, destilado muito usado para o preparo de drinques que acompanham em sua receita sabores cítricos, como a caipirinha.
aMENDOIM
Ou amendoim bravo, guarucaia, pau-amendoim, óleo branco, amendoim-falso, madeira nova, viraró, pau de fava, carne de vaca, bálsamo, bassourinha, sucupira, vilão, angico-bravo, canafístula, ibirapiutá, tamboril-bravo, amendoim do campo.
Ocorrência: Mata atlântica, cerrado, caatinga
Nome científico: Pterogyne Nitens Tul
Árvore de Amendoim
Cor da cachaça: castanho-rosado ou amarelo-claro, suaves, quase imperceptível, densidade alta; textura grossa.
Aroma e sabor da cachaça: Cheiro e gosto imperceptíveis, preserva o sabor e aroma da cana, mantendo o caráter e a integridade da bebida. Baixa um pouco a acidez e o teor alcoólico.
Obs.: Uma das mais nobres para o envelhecimento de cachaça. Essa madeira alcança um patamar dificilmente alcançado por outras, pois ela consegue preservar o que existe de melhor na cachaça como o sabor e aroma da cana, acentuando essas virtudes e ainda diminuindo sua acidez e seu teor alcoólico, mas sem alterar seus sabores. Madeira raríssima, em extinção, de extração proibida ou controlada em lei, encontrada geralmente em reservas ou parques florestais.
ANGELIM-ARAROBA
Ou amargoso, angelim, fava, fava-amarela, faveira, fava-amargosa, faveira-amarela, faveira-bolacha, faveira-de-impigem, faveira-grande-do-igapó.
Nome científico: Vataireopsis araroba
Árvore angelim-araroba
Árvore angelim-araroba
Ocorrência: Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Cor da cachaça: sem referência.
Aroma e sabor da cachaça: sem referência.
Obs.: Madeira naturalmente de alta resistência ao apodrecimento e à ação de cupins de madeira seca, mas susceptível ao ataque de brocas e organismos marinhos.
ARAUCÁRIA
Ou pinheiro-brasileiro, pinheiro-do-paraná, pinho e curi.
Nome científico: Araucária angustifólia
Árvore de araucária
Ocorrência: Sul do Brasil, no leste e sul do estado de São Paulo, sul do estado de Minas Gerais, principalmente na Serra da Mantiqueira, na Região Serrana do Rio de Janeiro.
Cor da cachaça: Baixa alteração da cor original da cachaça.
Aroma e sabor: Cheiro e gosto pouco acentuados, característicos de resina, agradável; densidade baixa, entretanto altera pouco o aroma e o sabor original da cachaça.
Obs.: Baixa resistência ao apodrecimento e ao ataque de cupins-de-madeira-seca, susceptível aos fungos causadores da mancha azul e perfuradores marinhos. Apesar de ser um Símbolo do Estado do Paraná e protegida por lei, a Araucária está em extinção. A espécie é sempre estudada para descobrir suas propriedades científicas, preservar e assegurar a sobrevivência desta espécie sensível e única.
CASTANHEIRA
Ou Castanheira do Pará, amendoeira-da-américa, castanha, castanha-do-brasil, castanha-do-maranhão, castanha-do-pará, castanha-verdadeira, castanheira-rosa, castanheiro, noz-do-brasil, castanha-da-amazônia, castanha-do-acre, noz amazônica, noz boliviana, tocari ou tururi.
Nome científico: Bertholletia Excelsa
Árvore da castanheira
Árvore da castanheira
Ocorrência: Nativa da Amazônia, encontrada em florestas às margens de grandes rios, como o Amazonas, o Negro, o Orinoco e o Araguaia, mas está ameaçada de extinção.
Cor da cachaça: Com propriedades semelhantes ao Carvalho Europeu, transmite à bebida uma cor amarelada, suavidade.
Aroma e sabor da cachaça: Um leve gosto adocicado, aroma e sabor característico do próprio fruto da castanheira.
Obs.: Durabilidade natural, madeira resistente ao ataque de fungos e insetos.
EUCALIPTO
Nome científico: Eucalyptus
Árvore de eucalipto
Ocorrência: Austrália, mas adaptou-se muito bem ao clima e às terras do Brasil.
Cor da cachaça: Praticamente inalterada, observado para a variedade de eucalipto “Lima”, uma especie rara no Brasil.
Aroma e sabor da cachaça: Próximos do carvalho europeu para o eucalipto Lima, inclusive no envelhecimento acelerado*, dulçor elevado e equilíbrio entre frutado, castanhas e especiarias.
Obs.: Durabilidade natural com moderada resistência aos fungos apodrecedores e cupins e com baixa durabilidade aos fungos de podridão mole e cupins-de-solo. É objeto de estudos das universidades e instituições de pesquisa sobre o aproveitamento de madeiras adaptadas às condições brasileiras. As primeiras pesquisas com diversos tipos de eucalipto indicaram resultados na cachaça semelhantes ao carvalho, restando ainda o aprofundamento nas análises químicas e sensoriais. É madeira de reflorestamento e apropriado para barris de envelhecimento. A espécie eucalipto lima, ainda é rara no Brasil.
*A prática de envelhecimento acelerado consiste em colocar pedaços de madeiras infusionados na bebida alcoólica podendo, em um curto período, trazer resultados semelhantes ao armazenamento por meses ou anos em dornas e barris.
No entanto, nada se compara ao envelhecimento natural da bebida em barris ou dornas – existe uma relação entre tempo e interação da bebida com a madeira e o oxigênio que é particular do processo de interação em barris, tonéis, paióis e dornas.
FREIJÓ
Ou frei-jorge, freijó-branco, freijó-preto, freijó-rajado, louro-freijó, freijó-verdadeiro. É encontrado no Amazônia, Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia.
Nome científico: Cordia Goeldiana
Árvore de freijó
Ocorrência: Na Guiana Francesa e no Brasil, na floresta amazônica, em regiões de matas altas de terra firme, com maior ocorrência no estado do Pará. Encontra-se também nos estados do Acre, do Amapá, de Rondônia, do Maranhão, do Tocantins e do Mato Grosso.
Cor da cachaça: Cor amarelada
Aroma e sabor da cachaça: Levemente amarga e baixa acidez
Obs.: Durabilidade natural moderada ao ataque de fungos e insetos e baixa resistência ao ataque de cupins. A madeira se bem seca, curtida ou adequadamente tratada, equipara-se ao amendoim e ao jequitibá-rosa.
GRAPA
Ou Grappia, garapa-amarelinho, barajuba, garapa, garapeira, gema-de-ovo, grápia, jataí-amarelo, muirajuba, muiratuá, grapiapúnha.
Nome científico: Apuleia leiocarpa
Árvore de grapa
Ocorrência: Amazônia, Mata Atlântica, Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo.
Cor da cachaça: Amarelo pálido, altera muito pouco a cor da cachaça.
Aroma e sabor: Baixa acidez e teor alcóolico da cachaça, deixando-a suave e macia, levemente amadeirada, semelhante àquela armazenada no carvalho curtido.
Obs.: Resistência moderada ao ataque de fungos apodrecedores e alta resistência ao cupim-de-madeira-seca.
IPÊ-AMARELO
Ou pau d’arco e peúva, aipê, peroba-de-campos, ipê-caboclo (Tabebuia insignis), ipê-mamono (Tabebuia Alba), ipê-branco, ipê-mandioca, ipê-ouro, ipê-pardo, ipê-vacariano, ipê-tabaco, ipê-do-cerrado, ipê-dourado, ipê-da-serra, ipezeiro, pau-d’arco-amarelo, taipoca. Considerada árvore nacional de importância simbólica equivalente ao pau-brasil.
Nome científico: Handroanthus Albus 
Árvore de ipê-amarelo
Ocorrência: Encontrado em todo Brasil em plantio isolado, natural da Floresta Amazônica, Cerrado e Rio de Janeiro.
Cor da cachaça: Madeira que transforma muito a cachaça e recebe tom alaranjado.
Aroma e sabor: Forte e maciez acentuada.
Obs.: Durabilidade natural muitíssimo resistente à putrefação.
JATOBÁ
Ou copal, courbaril, jataí, jataíba, jatobá-curuba, jatobazinho, jutaí-açu, jutaí-do-igapó, jutaí-grande, jutaí-mirim, jutaí-vermelho e quebra machado.
Nome científico: Hymenaea Courbaril
Árvore de jatobá
Ocorrência: É encontrado em quase todas as matas nativas do Brasil. É encontrado desde o sul do México e Antilhas até grande parte da América do Sul, é encontrada em altitudes superiores a 700 metros acima do nível do mar
Cor da cachaça: Praticamente inalterada
Aroma e sabor: Reduz a acidez, deixando-a macia, levemente adocicada, com cheiro e sabor próprios. Aproxima-se do carvalho europeu.
Obs: Durabilidade alta? altamente resistente às térmitas e fungos de podridão branca e parda, mas susceptível aos perfuradores marinhos. O tronco produz um óleo tido pelo povo como medicinal.
SASSAFRÁS
Nome popular de várias espécies do género Sassafrás e de outras plantas da família das lauráceas, entre as quais: Canela sassafrás, sassafrás amarelo, ou ainda sassafrás-do-paraná, sassafrás-de-Guiana e sassafrás-do-rio.
Nome científico do sassafrás brasileiro: Ocotea odorífera
Árvore de sassafrás brasileiro
Ocorrência: O Sassafrás brasileiro é nativo desde Santa Catarina até a Bahia.
Cor da cachaça: Tom amarronzado
Aroma e sabor cachaça: Forte sabor, agressiva, bastante amadeirado que descaracteriza a bebida.
Obs.: Durabilidade natural muito resistente. As árvores nativas estão extintas. Somente em reflorestamento.
JAQUEIRA
Ou fruta pão
Nome científico: Artocarpus Heterophyllus
Árvore de jaqueira
Cor da cachaça: amarelo pálido ou âmbar.
Aroma e sabor da cachaça: Doçura intensa acompanhada de especiarias.
Ocorrência: A árvore da jaqueira é comum no Brasil, mas sua origem é do sul da Ásia, provavelmente da Índia.
Obs.: Usada para fazer doces, compotas, geleias, mais recentemente vem sendo usada para produção de barris para envelhecer bebidas, especialmente cachaça.
CUMARU
Ou cumaru-ferro, cumbaru, cumburu, paru, cumaru-verdadeiro, cumaru-amarelo, cumaru-do-amazonas e curumazeiro.
Nome Científico: Dipteryx Odorata
árvore de cumaru
Ocorrência: Nativo do Brasil, Colômbia, Guiana Francesa, Guiana, Peru, Ilhas Seychelles e Suriname.
Cor da cachaça: sem referência
Aroma e sabor da cachaça: sem referência
Obs.: O Cumaru é rico em cumarina, matabólito encontrado em diversas plantas como a erva-doce e guaco. O seu aroma remete a baunilha, com bastante intensidade. A cumarina é amplamente usada na indústria de cosméticos e aromatizantes. O cumaru é de dulçor elevado e resinosidade mediana. A amburana também é rica em cumarina, sendo muito mais popular na tanoaria brasileira para envelhecer bebidas do que o próprio cumaru. De acordo com uma pesquisa da Universidade Federal do Pará, de resultado revelado pela Agência Pará, uma substância presente no cumaru, ao ser aplicada de forma intravenosa, induz as células-tronco, responsáveis pela produção de neurônios, a formarem novos neurônios.
VINHÁTICO
Ou acende-candeia, amarelinho, amarelo, candeia, vinhático-do-campo, oiteiro, paricazinho, pau-candeia, pau-de-candeia.
Nome Científico:Plathymenia foliolosa ou Plathymenia reticulata
Árvore de vinhático
Ocorrência: Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
Cor da cachaça: Amarelo ouro
Aroma e sabor da cachaça: Gosto acentuado, próximo ao da própria madeira.
Obs.: Durabilidade natural, Madeira leve, mole, fácil de ser trabalhada, com resistência duradoura, pois é também muito usada na construção civil e naval.
PEREIRA
Ou Acarirana, Pau-Pereira, Pau-Forquilha, Quinarana. Árvore da família das apocináceas de flores pequeninas.
Nome científico: Geissospermum sericeum e Geissospermum laeve
Desenho da árvore pereira
Desenho da árvore pereira
Ocorrência: América do sul
Cor da cachaça: sem referência
Aroma e sabor: sem referência
Obs.: Durabilidade natural, madeira sem préstimo para a marcenaria ou mesmo a carpintaria. Mole de fácil apodrecimento, não resistente a fungos. Casca amarga, usada como medicamento contra febres. Viagra da boemia carioca do século passado.
A cachaça não envelhecida em madeira é incolor, enquanto as que passam por madeira apresentam uma diversidade de cores. As principais cores são definidas como: âmbar-escuro, âmbar, caramelo, dourado, palha, amarelo-pálido. Outras nuances de cor, intermediárias dessas propostas, também podem ser observadas.
Para observar a cor, cada cachaça deve ser servida em taça transparente apropriada e em local bem iluminado. Para a melhor avaliação, é sugerido o uso de um papel branco, que, posicionado atrás do recipiente, permite visualizar a tonalidade do líquido sem a interferência de objetos que possam estar no ambiente.
Abaixo uma sequência de copos de cachaça, copos do tipo shot, com várias colorações, do Incolor ao âmbar-escuro.
Copos tipo shot com cachaça branca e envelhecidas
Algumas cachaças, mesmo tendo sido reservadas na madeira, também podem ser incolores, em decorrência de filtragem ou número de filtragem.
As cachaças que passam por barris de jequitibá́-branco, freijó e amendoim transferem pouca ou nenhuma coloração para a cachaça, mesmo em barris de 200 L, 250 L e 700 L por 1 ano continuam incolor.
O jatobá, assim como a grápia, são madeiras com maior potencial de coloração quando usadas para envelhecimento de cachaça, no entanto, no mercado encontramos disponíveis versões com coloração menos intensa.
No caso das cachaças armazenadas em barris exauridos e de grande volume de jequitibá́-rosa, carvalho ou até mesmo amburana podem ser incolores ou aportar pouca coloração.
Dimensão, idade do barril e tempo de envelhecimento podem influenciar a cor: quanto menor e mais novo, mais intensa é a cor. Barris maiores precisam de um tempo de envelhecimento mais longo para contribuir efetivamente com a coloração da bebida.
A tosta interna do barril é um procedimento comum nas maiores tanoarias do mundo, que utilizam o carvalho para fabricar barris para envelhecer fermentados e destilados. A prática tem o objetivo de degradar compostos indesejáveis da madeira e gerar moléculas aromáticas que agregam qualidade às bebidas, além de “rejuvenescer” barris exauridos após muitos anos de uso. Ainda é pouco comum no envelhecimento de cachaças, mas alguns mestres de adega estão promovendo queima em barris de madeiras nacionais a fim de obter novos aromas e sabores.
Algumas observações para você se atentar enquanto estiver degustando sua cachaça:
A cor da cachaça na garrafa pode ser diferente daquela na taça. O maior volume de líquido na garrafa diminui a passagem da luz e oferece a falsa sensação de cor mais intensa.
Alguns produtores adicionam caramelo, com dosagem prevista em lei, para atribuir a coloração amarelada e padronizar a cor da bebida. O caramelo também contribui artificialmente para o dulçor da bebida. Fique atento, cachaças que se dizem com pouco tempo no barril mas com cor intensa provavelmente tiveram caramelo adicionado.
Desconfie de cachaças que se dizem envelhecidas (geralmente rotuladas como premium ou extrapremium) com preços baixos e cores pouco intensas. Ao passar pelo processo apropriado de envelhecimento a cachaça ganha complexidade sensorial, mas também fica mais cara. O envelhecimento em madeira pode representar mais de 50% do custo de produção da bebida.
A prática do envelhecimento acelerado, com serragem ou similares, adicionados em infusão na cachaça, pode trazer rapidamente cor ao destilado. No entanto, a bebida vai carecer de outras propriedades sensoriais típicas do envelhecimento natural. Elas terão cor intensa, mas serão menos complexas em aroma e sabor.
Cor intensa também pode significar sabores muito intensos. Madeiras com alto potencial de coloração devem ser usadas com cuidado (amburana, bálsamo, jatobá, grápia), já que uma cor bonita pode resultar num sabor intragável.
Adão V. de Faria, Felipe G. J. de Faria e Eduardo F. Junqueira
Dicas sobre Aroma, Cor e Sabor da Cachaça envelhecida em 21 diferentes Tipos de Madeira. Dos destilados a cachaça é sem dúvida a que tem melhor resposta na diversificação do aroma, sabor e a cor quando se usa outras madeiras no seu envelhecimento que não seja o tradicional carvalho. Serão descritos aqui 21 tipos de madeira, mesmo sabendo que existem mais de 30.. Armazenar cachaça em barris de madeira modifica as propriedades organolépticas deste destilado. Estas propriedades dependem de fatores determinantes como, a qualidade da cachaça a ser estocada para envelhecimento, o seu teor alcoólico, …
0 notes
piranot · 6 years ago
Text
Prefeitura de Piracicaba lança concurso para escolher árvore símbolo do Jardim Botânico
A Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria de Defesa do Meio Ambiente (Sedema), lançou o concurso para a escolha da árvore que será símbolo do Jardim Botânico da cidade. Os participantes poderão fazer a escolha votando em cinco espécies. Todas elas são nativas das florestas de Piracicaba.
Foto: Divulgação
Dividido em três áreas distintas – uma anexa ao Parque do Engenho Central; uma no Santa Rita, no entorno da lagoa do bairro, onde já funciona o Viveiro Municipal, e uma no Parque Natural da Cidade, situado em Santa Teresinha (Rodovia SP-304) – o Jardim Botânico terá área de mais de 860 mil metros quadrados.
O objetivo do concurso é envolver o maior número de pessoas no processo de criação do Jardim. A votação para a escolha da árvore ocorrerá de duas formas: pela internet, no link http://bit.ly/EscolhaArvore, que segue até o dia 15 de julho, e em agosto, entre os alunos dos 5º anos das escolas da Rede Municipal. O resultado será divulgado em agosto.
Espécies candidatas
Jequitibá-rosa (Cariniana legalis): árvore símbolo do Estado de São Paulo e uma das maiores árvores do Brasil, podendo atingir até 50 metros de altura. Possui flores brancas com detalhes em vermelho. Algumas árvores desta espécie chegam a 3.000 anos e há majestosos exemplares delas na Estação Ecológica de Ibicatu, unidade de conservação situada no município de Piracicaba.
Foto: Divulgação
Tamboril (Enterolobium contortisiliquum): árvore com flores amarelo-claras e fruto semelhante a uma orelha. A madeira é leve e flutua facilmente, o que fez com que fosse intensamente utilizada para produção de canoas e barcos no passado, inclusive nos estaleiros nos arredores do rio Piracicaba, por isso sua importância histórica para Piracicaba, principalmente no que diz respeito ao início da industrialização.
Foto: Divulgação
Caviúna (Machaerium scleroxylon): A espécie ocorre desde o Nordeste brasileiro até o Paraná. Apresenta tronco cascudo com espinhos e flores roxas. A madeira apresenta longa durabilidade e é uma das mais bonitas da flora brasileira, tendo sido no passado uma das mais utilizadas na fabricação de móveis de luxo, devido à beleza da sua coloração, com tons castanhos e amarelados.
Foto: Divulgação
Pau-marfim (Balfourodendron riedelianum): É uma árvore muito alta, com flores amarelas, que foi intensamente explorada no século XX, no Estado de São Paulo, devido à madeira clara, utilizada em móveis de luxo. A coloração da madeira remete às presas dos elefantes, a partir da qual era produzido o marfim, e por isso a árvore recebeu esse nome. Consta de listas de espécies ameaçadas de extinção.
Foto: Divulgação
Peroba-rosa (Aspidosperma polyneuron): É uma árvore muito robusta, possui flores amarelas e madeira muito densa e durável, o que fez com que fosse intensamente explorada no interior de São Paulo para a produção de móveis, janelas, portas, entre outros. Consta de listas de espécies ameaçadas de extinção.
Foto: Divulgação
O post Prefeitura de Piracicaba lança concurso para escolher árvore símbolo do Jardim Botânico apareceu primeiro em PIRANOT.
0 notes
noticiaspace · 7 years ago
Text
Obras Primas de Deus
youtube
“País Canalha é o que não paga precatórios”
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira
A mais perfeita é, sem dúvida, o ser humano, criado a sua imagem e semelhança.
Apaixonado pela História que sou, não ouso enumerar os homens e mulheres mais ilustres, por medo de cometer injustos esquecimentos.
Vou citar apenas poucos:
Gabriele D'Annunzio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gabriele_d%27Annunzio
Eleonora Duse
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eleonora_Duse
Mozart
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wolfgang_Amadeus_Mozart
O Criador também foi pródigo no reino animal.
O cavalo (equus) atingiu a perfeição com Ribot.
https://www.youtube.com/watch?v=eNp-1dvmp-U
No mundo vegetal temos o jequitibá (Cariniana legalis )
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jequitib%C3%A1
Na ordem mineral temos o diamante e o nióbio.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diamante
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ni%C3%B3bio
Devemos tomar como divisa: Res Non Verba
Neste mundo atual, frenético e arrasador, que não nos falte o encanto da contemplação filosófica. “Pregar há de ser como quem semeia e não como quem ladrilha ou azuleja”.Padre António Vieira, Sermão da Sexagésima
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
0 notes
caneladeemaposts · 5 years ago
Text
Armazenar cachaça em barris de madeira modifica as propriedades organolépticas deste destilado. Estas propriedades dependem de fatores determinantes como, a qualidade da cachaça a ser estocada para envelhecimento, o seu teor alcoólico, o tamanho do barril, o tipo de madeira do barril e seu estado de conservação, o período de estocagem, se o barril passou ou não por tosta e, até mesmo, as condições ambientais da adega.
Várias madeiras brasileiras se mostraram ideais para armazenamento, graças as suas resistências, baixa porosidade (reduzindo evaporação) e baixa capacidade de interferir sensorialmente na bebida, mantendo as principais características da cachaça pura.
Para a cachaça ser considerada envelhecida, 50% do seu volume engarrafado deve maturar por pelo menos um ano em barril de, no máximo, 700 litros. A maioria das cachaças envelhecidas passam por carvalho americano ou europeu, anteriormente utilizados para o processo de envelhecimento de uísques.
As madeiras brasileiras contribuem em menor proporção em blends com carvalho, entre elas temos, principalmente, a amburana e o bálsamo. É tradicional de algumas regiões o envelhecimento de cachaça somente em madeiras nativas, como o bálsamo em Salinas, no norte de Minas Gerais.
Barris e dornas de cachaça
De acordo com o tempo de maturação em barris e dornas de madeira, o volume de cachaça envelhecida no produto Final, e o volume do recipiente de envelhecimento é que classificamos a cachaça como prata, ouro, premium, extra-premium ou reserva especial.
Durante a maturação, o álcool extrai compostos da madeira e o oxigênio, que circula pelas porosidades do barril, contribuem para a formação de ácidos, ésteres e aldeídos que modificam a bebida.
Enquanto outros destilados são envelhecidos em barris de carvalho, europeu ou americano, a cachaça se diferencia porque pode passar por esse processo em mais de quarenta espécies de madeiras nacionais, tais como Jequitibá-rosa, Jequitibá-branco, Bálsamo, Amendoim, Ipê̂, Amburana, Grápia, Ariribá, Jatobá́, Freijó e Canela-sassafrás, o que traz identidade e autenticidade ao destilado nacional.
Amburana
Ou umburana, cerejeira, cumaru-do-ceará, amburana-de-cheiro, cumaru-de-cheiro
Nome científico: Amburana Cearenses
Árvore de Amburana Nome científico: Amburana Cearenses
Folha da Amburana
Ocorrência: Encontrada no nordeste, centro-oeste e sudeste do Brasil.
Cor da cachaça: Âmbar cristalino em tonéis de baixo volume (200 litros), mas em dorna de grande volume, amarelo-pálido.
Aroma e sabor da cachaça: Levemente adocicado, baunilha, frutado, cravo, canela e sabores e aromas de outras especiarias são desenvolvidos. Essa madeira diminui consideravelmente a acidez e o teor alcoólico da cachaça nela armazenada.
BÁLSAMO 
ou pau-de-óleo ou cabriúva ou cabriúna-preta, ou pau-bálsamo
Nome científico: Myrocarpus Frondosus
Árvore Bálsamo
Fruto do Bálsamo
folhas típicas do Bálsamo Nome científico: Myrocarpus Frondosus
Ocorrência: Sul da Bahia até o Rio Grande do Sul.
Cor da Cachaça: Em barris novos, tons âmbar-avermelhados, se envelhecida por muitos anos em tonéis antigos e de grande volume, a cachaça ganha uma cor dourada com tons esverdeados.
Aroma e Sabor: Em barris novos, sabores amadeirado e vegetal. Se envelhecida por muitos anos em tonéis antigos e de grande volume, ganha aromas intensos, trazendo notas herbáceas, ameixa seca e de especiarias, como anis, cravo e erva-doce, e a sensação de picância e adstringência ao destilado.
JEQUITIBÁ-ROSA
ou jequitibá- vermelho, jequitibá- cedro, estopa, jequitibá- grande, pau-caixão, pau-carga, congolo-de-porco e caixão.
Nome científico: Cariniana legalis, há outras espécies, – cariniana estrellensis – jequitibá-branco ou somente jequitibá, cariniana rubra – jequitibá-vermelho, cariniana parvifolia – jequitibá-cravinho.
  Jequitibá Rosa
Folhas e fruto do Jequitibá Rosa
Ocorrência: Acre, Centro-Oeste, Sul da Bahia e Sul do país. Árvore símbolo dos estados de São Paulo e Espírito Santo, em extinção.
Cor da cachaça: Quase não altera a coloração da cachaça, oscilando entre o vermelho-claro ao rosa de brilho moderado. Em barris de pequeno porte, dourado pronunciado. Para o Jequitibá-branco, como o nome sugere, a cor não é intensa, em especial em tonéis de grande porte, indo do amarelo-pálido ao palha.
Aroma e sabor: Aromas e sabores pronunciados e agradáveis se o destilado foi envelhecido em barris de pequeno porte. Pela presença de vanilina, que agrega notas de baunilha à cachaça, é considerada a madeira nacional que mais se assemelha ao carvalho americano. Cheiro imperceptível; textura macia. O juquitibá-branco, como o nome sugere, não confere aromas ou sabores pronunciados ao destilado, sendo pouco usado em barris para envelhecimento de cachaça e, às vezes, usado como dorna de armazenamento para posterior envelhecimento em outras madeiras como amburana e carvalho.
Obs.: O Jequitibá-Rosa, no envelhecimento da cachaça, é tão nobre quanto o amendoim, – Elimina o leve gosto de bagaço de cana, reduz a acidez da aguardente, amacia, preserva o aroma e sabor original e mantém a cor da cachaça quase original, bem clara.
ARIRIBÁ
Ou araribá-vermelha, araribá-rosa, araruva, potumuju
Nome científico: Centrolobium Tomentosum
Árvore de Arariba
Ocorrência: Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Os produtores de cachaça do interior do Paraná utilizam bastante o cultivo da Araruva.
Cor da cachaça: Amarelo-pálido e maior oleosidade na bebida.
Aroma e sabor da cachaça: leve buquê de flores e vegetal, se tostada, a madeira traz aromas de frutas vermelhas como o morango.
Obs.: É uma das madeiras que mais confere oleosidade ao destilado por ser rica em glicerol, componente natural desejável.
CARVALHO EUROPEU
Ou carvalho-alvo ou carvalho-branco
Nome científico: Quercus Petraea
Árvore de carvalho europeu
Folha do carvalho europeu
Ocorrência: Europa
Cor da cachaça: âmbar ou amarelo-pálido ao castanho-avermelhado.
Aroma e sabor da cachaça: sutil, temperado, lembrando amêndoa, e adocicados, contribuindo com textura e adstringência, ao paladar pode apresentar notas de baunilha, figo e mel e ainda sabores frutados e alcoólicos.
Obs: O carvalho europeu é a madeira mais usada no envelhecimento de cachaça e é diferente do carvalho americano (Quercus alba).
CARVALHO AMERICANO
ou carvalho branco
Nome científico: Quercus alba
Árvore de carvalho americano
Carvalho americano folha e fruto
Ocorrência: América do Norte
Cor da cachaça: Coloração dourada
Aroma e sabor: Intensos e adocicados, baunilha, côco, mel e frutas secas.
Obs.: o carvalho americano tem capacidade de produzir cachaças tais como a Cambéba 12 anos que mais se assemelha a um uísque do que a uma cachaça propriamente dita.
Jacarandá
Ou amendoim-bravo, uruvalheira, ipê-branco, jacarandá e jacarandá-branco.
Nome científico: Platypodium elegans
Árvore de Jacarandá
Ocorrência: Cerrado brasileiro
Cor da cachaça: Amarelado suave
Aroma e sabor da cachaça: Sabor adstringente e menos ácido.
Obs.: Essa madeira também propõe um melhor cultivo do sabor da cachaça branca, destilado muito usado para o preparo de drinques que acompanham em sua receita sabores cítricos, como a caipirinha.
aMENDOIM
Ou amendoim bravo, guarucaia, pau-amendoim, óleo branco, amendoim-falso, madeira nova, viraró, pau de fava, carne de vaca, bálsamo, bassourinha, sucupira, vilão, angico-bravo, canafístula, ibirapiutá, tamboril-bravo, amendoim do campo.
Ocorrência: Mata atlântica, cerrado, caatinga
Nome científico: Pterogyne Nitens Tul
Árvore de Amendoim
Cor da cachaça: castanho-rosado ou amarelo-claro, suaves, quase imperceptível, densidade alta; textura grossa.
Aroma e sabor da cachaça: Cheiro e gosto imperceptíveis, preserva o sabor e aroma da cana, mantendo o caráter e a integridade da bebida. Baixa um pouco a acidez e o teor alcoólico.
Obs.: Uma das mais nobres para o envelhecimento de cachaça. Essa madeira alcança um patamar dificilmente alcançado por outras, pois ela consegue preservar o que existe de melhor na cachaça como o sabor e aroma da cana, acentuando essas virtudes e ainda diminuindo sua acidez e seu teor alcoólico, mas sem alterar seus sabores. Madeira raríssima, em extinção, de extração proibida ou controlada em lei, encontrada geralmente em reservas ou parques florestais.
ANGELIM-ARAROBA
Ou amargoso, angelim, fava, fava-amarela, faveira, fava-amargosa, faveira-amarela, faveira-bolacha, faveira-de-impigem, faveira-grande-do-igapó.
Nome científico: Vataireopsis araroba
Árvore angelim-araroba
Árvore angelim-araroba
Ocorrência: Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Cor da cachaça: sem referência.
Aroma e sabor da cachaça: sem referência.
Obs.: Madeira naturalmente de alta resistência ao apodrecimento e à ação de cupins de madeira seca, mas susceptível ao ataque de brocas e organismos marinhos.
ARAUCÁRIA
Ou pinheiro-brasileiro, pinheiro-do-paraná, pinho e curi.
Nome científico: Araucária angustifólia
Árvore de araucária
Ocorrência: Sul do Brasil, no leste e sul do estado de São Paulo, sul do estado de Minas Gerais, principalmente na Serra da Mantiqueira, na Região Serrana do Rio de Janeiro.
Cor da cachaça: Baixa alteração da cor original da cachaça.
Aroma e sabor: Cheiro e gosto pouco acentuados, característicos de resina, agradável; densidade baixa, entretanto altera pouco o aroma e o sabor original da cachaça.
Obs.: Baixa resistência ao apodrecimento e ao ataque de cupins-de-madeira-seca, susceptível aos fungos causadores da mancha azul e perfuradores marinhos. Apesar de ser um Símbolo do Estado do Paraná e protegida por lei, a Araucária está em extinção. A espécie é sempre estudada para descobrir suas propriedades científicas, preservar e assegurar a sobrevivência desta espécie sensível e única.
CASTANHEIRA
Ou Castanheira do Pará, amendoeira-da-américa, castanha, castanha-do-brasil, castanha-do-maranhão, castanha-do-pará, castanha-verdadeira, castanheira-rosa, castanheiro, noz-do-brasil, castanha-da-amazônia, castanha-do-acre, noz amazônica, noz boliviana, tocari ou tururi.
Nome científico: Bertholletia Excelsa
Árvore da castanheira
Árvore da castanheira
Ocorrência: Nativa da Amazônia, encontrada em florestas às margens de grandes rios, como o Amazonas, o Negro, o Orinoco e o Araguaia, mas está ameaçada de extinção.
Cor da cachaça: Com propriedades semelhantes ao Carvalho Europeu, transmite à bebida uma cor amarelada, suavidade.
Aroma e sabor da cachaça: Um leve gosto adocicado, aroma e sabor característico do próprio fruto da castanheira.
Obs.: Durabilidade natural, madeira resistente ao ataque de fungos e insetos.
EUCALIPTO
Nome científico: Eucalyptus
Árvore de eucalipto
Ocorrência: Austrália, mas adaptou-se muito bem ao clima e às terras do Brasil.
Cor da cachaça: Praticamente inalterada, observado para a variedade de eucalipto “Lima”, uma especie rara no Brasil.
Aroma e sabor da cachaça: Próximos do carvalho europeu para o eucalipto Lima, inclusive no envelhecimento acelerado*, dulçor elevado e equilíbrio entre frutado, castanhas e especiarias.
Obs.: Durabilidade natural com moderada resistência aos fungos apodrecedores e cupins e com baixa durabilidade aos fungos de podridão mole e cupins-de-solo. É objeto de estudos das universidades e instituições de pesquisa sobre o aproveitamento de madeiras adaptadas às condições brasileiras. As primeiras pesquisas com diversos tipos de eucalipto indicaram resultados na cachaça semelhantes ao carvalho, restando ainda o aprofundamento nas análises químicas e sensoriais. É madeira de reflorestamento e apropriado para barris de envelhecimento. A espécie eucalipto lima, ainda é rara no Brasil.
*A prática de envelhecimento acelerado consiste em colocar pedaços de madeiras infusionados na bebida alcoólica podendo, em um curto período, trazer resultados semelhantes ao armazenamento por meses ou anos em dornas e barris.
No entanto, nada se compara ao envelhecimento natural da bebida em barris ou dornas – existe uma relação entre tempo e interação da bebida com a madeira e o oxigênio que é particular do processo de interação em barris, tonéis, paióis e dornas.
FREIJÓ
Ou frei-jorge, freijó-branco, freijó-preto, freijó-rajado, louro-freijó, freijó-verdadeiro. É encontrado no Amazônia, Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia.
Nome científico: Cordia Goeldiana
Árvore de freijó
Ocorrência: Na Guiana Francesa e no Brasil, na floresta amazônica, em regiões de matas altas de terra firme, com maior ocorrência no estado do Pará. Encontra-se também nos estados do Acre, do Amapá, de Rondônia, do Maranhão, do Tocantins e do Mato Grosso.
Cor da cachaça: Cor amarelada
Aroma e sabor da cachaça: Levemente amarga e baixa acidez
Obs.: Durabilidade natural moderada ao ataque de fungos e insetos e baixa resistência ao ataque de cupins. A madeira se bem seca, curtida ou adequadamente tratada, equipara-se ao amendoim e ao jequitibá-rosa.
GRAPA
Ou Grappia, garapa-amarelinho, barajuba, garapa, garapeira, gema-de-ovo, grápia, jataí-amarelo, muirajuba, muiratuá, grapiapúnha.
Nome científico: Apuleia leiocarpa
Árvore de grapa
Ocorrência: Amazônia, Mata Atlântica, Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo.
Cor da cachaça: Amarelo pálido, altera muito pouco a cor da cachaça.
Aroma e sabor: Baixa acidez e teor alcóolico da cachaça, deixando-a suave e macia, levemente amadeirada, semelhante àquela armazenada no carvalho curtido.
Obs.: Resistência moderada ao ataque de fungos apodrecedores e alta resistência ao cupim-de-madeira-seca.
IPÊ-AMARELO
Ou pau d’arco e peúva, aipê, peroba-de-campos, ipê-caboclo (Tabebuia insignis), ipê-mamono (Tabebuia Alba), ipê-branco, ipê-mandioca, ipê-ouro, ipê-pardo, ipê-vacariano, ipê-tabaco, ipê-do-cerrado, ipê-dourado, ipê-da-serra, ipezeiro, pau-d’arco-amarelo, taipoca. Considerada árvore nacional de importância simbólica equivalente ao pau-brasil.
Nome científico: Handroanthus Albus 
Árvore de ipê-amarelo
Ocorrência: Encontrado em todo Brasil em plantio isolado, natural da Floresta Amazônica, Cerrado e Rio de Janeiro.
Cor da cachaça: Madeira que transforma muito a cachaça e recebe tom alaranjado.
Aroma e sabor: Forte e maciez acentuada.
Obs.: Durabilidade natural muitíssimo resistente à putrefação.
JATOBÁ
Ou copal, courbaril, jataí, jataíba, jatobá-curuba, jatobazinho, jutaí-açu, jutaí-do-igapó, jutaí-grande, jutaí-mirim, jutaí-vermelho e quebra machado.
Nome científico: Hymenaea Courbaril
Árvore de jatobá
Ocorrência: É encontrado em quase todas as matas nativas do Brasil. É encontrado desde o sul do México e Antilhas até grande parte da América do Sul, é encontrada em altitudes superiores a 700 metros acima do nível do mar
Cor da cachaça: Praticamente inalterada
Aroma e sabor: Reduz a acidez, deixando-a macia, levemente adocicada, com cheiro e sabor próprios. Aproxima-se do carvalho europeu.
Obs: Durabilidade alta? altamente resistente às térmitas e fungos de podridão branca e parda, mas susceptível aos perfuradores marinhos. O tronco produz um óleo tido pelo povo como medicinal.
SASSAFRÁS
Nome popular de várias espécies do género Sassafrás e de outras plantas da família das lauráceas, entre as quais: Canela sassafrás, sassafrás amarelo, ou ainda sassafrás-do-paraná, sassafrás-de-Guiana e sassafrás-do-rio.
Nome científico do sassafrás brasileiro: Ocotea odorífera
Árvore de sassafrás brasileiro
Ocorrência: O Sassafrás brasileiro é nativo desde Santa Catarina até a Bahia.
Cor da cachaça: Tom amarronzado
Aroma e sabor cachaça: Forte sabor, agressiva, bastante amadeirado que descaracteriza a bebida.
Obs.: Durabilidade natural muito resistente. As árvores nativas estão extintas. Somente em reflorestamento.
JAQUEIRA
Ou fruta pão
Nome científico: Artocarpus Heterophyllus
Árvore de jaqueira
Cor da cachaça: amarelo pálido ou âmbar.
Aroma e sabor da cachaça: Doçura intensa acompanhada de especiarias.
Ocorrência: A árvore da jaqueira é comum no Brasil, mas sua origem é do sul da Ásia, provavelmente da Índia.
Obs.: Usada para fazer doces, compotas, geleias, mais recentemente vem sendo usada para produção de barris para envelhecer bebidas, especialmente cachaça.
CUMARU
Ou cumaru-ferro, cumbaru, cumburu, paru, cumaru-verdadeiro, cumaru-amarelo, cumaru-do-amazonas e curumazeiro.
Nome Científico: Dipteryx Odorata
árvore de cumaru
Ocorrência: Nativo do Brasil, Colômbia, Guiana Francesa, Guiana, Peru, Ilhas Seychelles e Suriname.
Cor da cachaça: sem referência
Aroma e sabor da cachaça: sem referência
Obs.: O Cumaru é rico em cumarina, matabólito encontrado em diversas plantas como a erva-doce e guaco. O seu aroma remete a baunilha, com bastante intensidade. A cumarina é amplamente usada na indústria de cosméticos e aromatizantes. O cumaru é de dulçor elevado e resinosidade mediana. A amburana também é rica em cumarina, sendo muito mais popular na tanoaria brasileira para envelhecer bebidas do que o próprio cumaru. De acordo com uma pesquisa da Universidade Federal do Pará, de resultado revelado pela Agência Pará, uma substância presente no cumaru, ao ser aplicada de forma intravenosa, induz as células-tronco, responsáveis pela produção de neurônios, a formarem novos neurônios.
VINHÁTICO
Ou acende-candeia, amarelinho, amarelo, candeia, vinhático-do-campo, oiteiro, paricazinho, pau-candeia, pau-de-candeia.
Nome Científico:Plathymenia foliolosa ou Plathymenia reticulata
Árvore de vinhático
Ocorrência: Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
Cor da cachaça: Amarelo ouro
Aroma e sabor da cachaça: Gosto acentuado, próximo ao da própria madeira.
Obs.: Durabilidade natural, Madeira leve, mole, fácil de ser trabalhada, com resistência duradoura, pois é também muito usada na construção civil e naval.
PEREIRA
Ou Acarirana, Pau-Pereira, Pau-Forquilha, Quinarana. Árvore da família das apocináceas de flores pequeninas.
Nome científico: Geissospermum sericeum e Geissospermum laeve
Desenho da árvore pereira
Desenho da árvore pereira
Ocorrência: América do sul
Cor da cachaça: sem referência
Aroma e sabor: sem referência
Obs.: Durabilidade natural, madeira sem préstimo para a marcenaria ou mesmo a carpintaria. Mole de fácil apodrecimento, não resistente a fungos. Casca amarga, usada como medicamento contra febres. Viagra da boemia carioca do século passado.
A cachaça não envelhecida em madeira é incolor, enquanto as que passam por madeira apresentam uma diversidade de cores. As principais cores são definidas como: âmbar-escuro, âmbar, caramelo, dourado, palha, amarelo-pálido. Outras nuances de cor, intermediárias dessas propostas, também podem ser observadas.
Para observar a cor, cada cachaça deve ser servida em taça transparente apropriada e em local bem iluminado. Para a melhor avaliação, é sugerido o uso de um papel branco, que, posicionado atrás do recipiente, permite visualizar a tonalidade do líquido sem a interferência de objetos que possam estar no ambiente.
Abaixo uma sequência de copos de cachaça, copos do tipo shot, com várias colorações, do Incolor ao âmbar-escuro.
Copos tipo shot com cachaça branca e envelhecidas
Algumas cachaças, mesmo tendo sido reservadas na madeira, também podem ser incolores, em decorrência de filtragem ou número de filtragem.
As cachaças que passam por barris de jequitibá́-branco, freijó e amendoim transferem pouca ou nenhuma coloração para a cachaça, mesmo em barris de 200 L, 250 L e 700 L por 1 ano continuam incolor.
O jatobá, assim como a grápia, são madeiras com maior potencial de coloração quando usadas para envelhecimento de cachaça, no entanto, no mercado encontramos disponíveis versões com coloração menos intensa.
No caso das cachaças armazenadas em barris exauridos e de grande volume de jequitibá́-rosa, carvalho ou até mesmo amburana podem ser incolores ou aportar pouca coloração.
Dimensão, idade do barril e tempo de envelhecimento podem influenciar a cor: quanto menor e mais novo, mais intensa é a cor. Barris maiores precisam de um tempo de envelhecimento mais longo para contribuir efetivamente com a coloração da bebida.
A tosta interna do barril é um procedimento comum nas maiores tanoarias do mundo, que utilizam o carvalho para fabricar barris para envelhecer fermentados e destilados. A prática tem o objetivo de degradar compostos indesejáveis da madeira e gerar moléculas aromáticas que agregam qualidade às bebidas, além de “rejuvenescer” barris exauridos após muitos anos de uso. Ainda é pouco comum no envelhecimento de cachaças, mas alguns mestres de adega estão promovendo queima em barris de madeiras nacionais a fim de obter novos aromas e sabores.
Algumas observações para você se atentar enquanto estiver degustando sua cachaça:
A cor da cachaça na garrafa pode ser diferente daquela na taça. O maior volume de líquido na garrafa diminui a passagem da luz e oferece a falsa sensação de cor mais intensa.
Alguns produtores adicionam caramelo, com dosagem prevista em lei, para atribuir a coloração amarelada e padronizar a cor da bebida. O caramelo também contribui artificialmente para o dulçor da bebida. Fique atento, cachaças que se dizem com pouco tempo no barril mas com cor intensa provavelmente tiveram caramelo adicionado.
Desconfie de cachaças que se dizem envelhecidas (geralmente rotuladas como premium ou extrapremium) com preços baixos e cores pouco intensas. Ao passar pelo processo apropriado de envelhecimento a cachaça ganha complexidade sensorial, mas também fica mais cara. O envelhecimento em madeira pode representar mais de 50% do custo de produção da bebida.
A prática do envelhecimento acelerado, com serragem ou similares, adicionados em infusão na cachaça, pode trazer rapidamente cor ao destilado. No entanto, a bebida vai carecer de outras propriedades sensoriais típicas do envelhecimento natural. Elas terão cor intensa, mas serão menos complexas em aroma e sabor.
Cor intensa também pode significar sabores muito intensos. Madeiras com alto potencial de coloração devem ser usadas com cuidado (amburana, bálsamo, jatobá, grápia), já que uma cor bonita pode resultar num sabor intragável.
Adão V. de Faria, Felipe G. J. de Faria e Eduardo F. Junqueira
Dicas sobre Aroma, Cor e Sabor da Cachaça envelhecida em 21 diferentes Tipos de Madeira. Dos destilados a cachaça é sem dúvida a que tem melhor resposta na diversificação do aroma, sabor e a cor quando se usa outras madeiras no seu envelhecimento que não seja o tradicional carvalho. Serão descritos aqui 21 tipos de madeira, mesmo sabendo que existe mais de 30.. Armazenar cachaça em barris de madeira modifica as propriedades organolépticas deste destilado. Estas propriedades dependem de fatores determinantes como, a qualidade da cachaça a ser estocada para envelhecimento, o seu teor alcoólico, …
0 notes
caneladeemaposts · 5 years ago
Text
Armazenar cachaça em barris de madeira modifica as propriedades organolépticas deste destilado. Estas propriedades dependem de fatores determinantes como, a qualidade da cachaça a ser estocada para envelhecimento, o seu teor alcoólico, o tamanho do barril, o tipo de madeira do barril e seu estado de conservação, o período de estocagem, se o barril passou ou não por tosta e, até mesmo, as condições ambientais da adega.
Várias madeiras brasileiras se mostraram ideais para armazenamento, graças as suas resistências, baixa porosidade (reduzindo evaporação) e baixa capacidade de interferir sensorialmente na bebida, mantendo as principais características da cachaça pura.
Para a cachaça ser considerada envelhecida, 50% do seu volume engarrafado deve maturar por pelo menos um ano em barril de, no máximo, 700 litros. A maioria das cachaças envelhecidas passam por carvalho americano ou europeu, anteriormente utilizados para o processo de envelhecimento de uísques.
As madeiras brasileiras contribuem em menor proporção em blends com carvalho, entre elas temos, principalmente, a amburana e o bálsamo. É tradicional de algumas regiões o envelhecimento de cachaça somente em madeiras nativas, como o bálsamo em Salinas, no norte de Minas Gerais.
Barris e dornas de cachaça
De acordo com o tempo de maturação em barris e dornas de madeira, porcentagem de Cachaça envelhecida no produto final e volume do barril é que classificamos a cachaça como: prata, ouro, premium, extra-premium ou reserva especial.
Durante a maturação, o álcool extrai compostos da madeira e o oxigênio, que circula pelas porosidades do barril, contribuem para a formação de ácidos, ésteres e aldeídos que modificam a bebida.
Enquanto outros destilados são envelhecidos em barris de carvalho, europeu ou americano, a cachaça se diferencia porque pode passar por esse processo em mais de quarenta espécies de madeiras nacionais, tais como Jequitibá-rosa, Jequitibá-branco, Bálsamo, Amendoim, Ipê̂, Amburana, Grápia, Ariribá, Jatobá́, Freijó e Canela-sassafrás, o que traz identidade e autenticidade ao destilado nacional.
AMBURANA
Ou umburana, cerejeira, cumaru-do-ceará, amburana-de-cheiro, cumaru-de-cheiro
Nome científico: Amburana Cearenses
Árvore de Amburana Nome científico: Amburana Cearenses
Folha da Amburana
Ocorrência: Encontrada no nordeste, centro-oeste e sudeste do Brasil. Cor da cachaça: Âmbar cristalino em tonéis de baixo volume (200 litros), mas em dorna de grande volume, amarelo-pálido. Aroma e sabor da cachaça: Levemente adocicado, baunilha, frutado, cravo, canela e sabores e aromas de outras especiarias são desenvolvidos. Essa madeira diminui consideravelmente a acidez e o teor alcoólico da cachaça nela armazenada.
BÁLSAMO
ou pau-de-óleo ou cabriúva ou cabriúna-preta, ou pau-bálsamo
Nome científico: Myrocarpus Frondosus
Árvore Bálsamo
Fruto do Bálsamo
folhas típicas do Bálsamo Nome científico: Myrocarpus Frondosus
Ocorrência: Sul da Bahia até o Rio Grande do Sul. Cor da Cachaça: Em barris novos, tons âmbar-avermelhados, se envelhecida por muitos anos em tonéis antigos e de grande volume, a cachaça ganha uma cor dourada com tons esverdeados. Aroma e Sabor: Em barris novos, sabores amadeirado e vegetal. Se envelhecida por muitos anos em tonéis antigos e de grande volume, ganha aromas intensos, trazendo notas herbáceas, ameixa seca e de especiarias, como anis, cravo e erva-doce, e a sensação de picância e adstringência ao destilado.
JEQUITIBÁ-ROSA
ou jequitibá- vermelho, jequitibá- cedro, estopa, jequitibá- grande, pau-caixão, pau-carga, congolo-de-porco e caixão.
Nome científico: Cariniana legalis, há outras espécies, – cariniana estrellensis – jequitibá-branco ou somente jequitibá, cariniana rubra – jequitibá-vermelho, cariniana parvifolia – jequitibá-cravinho.
Jequitibá Rosa
Folhas e fruto do Jequitibá Rosa
Ocorrência: Acre, Centro-Oeste, Sul da Bahia e Sul do país. Árvore símbolo dos estados de São Paulo e Espírito Santo, em extinção. Cor da cachaça: Quase não altera a coloração da cachaça, oscilando entre o vermelho–claro ao rosa de brilho moderado. Em barris de pequeno porte, dourado pronunciado. Para o Jequitibá-branco, como o nome sugere, a cor não é intensa, em especial em tonéis de grande porte, indo do amarelo-pálido ao palha. Aroma e sabor: Aromas e sabores pronunciados e agradáveis se o destilado foi envelhecido em barris de pequeno porte. Pela presença de vanilina, que agrega notas de baunilha à cachaça, é considerada a madeira nacional que mais se assemelha ao carvalho americano. Cheiro imperceptível; textura macia. O juquitibá-branco, como o nome sugere, não confere aromas ou sabores pronunciados ao destilado, sendo pouco usado em barris para envelhecimento de cachaça e, às vezes, usado como dorna de armazenamento para posterior envelhecimento em outras madeiras como amburana e carvalho. Obs.: O Jequitibá-Rosa, no envelhecimento da cachaça, é tão nobre quanto o amendoim, – Elimina o leve gosto de bagaço de cana, reduz a acidez da aguardente, amacia, preserva o aroma e sabor original e mantém a cor da cachaça quase original, bem clara. ARIRIBÁ Ou araribá-vermelha, araribá-rosa, araruva, potumuju Nome científico:Centrolobium Tomentosum
Árvore de Arariba
Ocorrência: Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Os produtores de cachaça do interior do Paraná utilizam bastante o cultivo da Araruva. Cor da cachaça: Amarelo-pálido e maior oleosidade na bebida. Aroma e sabor da cachaça: leve buquê de flores e vegetal, se tostada, a madeira traz aromas de frutas vermelhas como o morango. Obs.: É uma das madeiras que mais confere oleosidade ao destilado por ser rica em glicerol, componente natural desejável.
CARVALHO EUROPEU
Ou carvalho-alvo ou carvalho-branco
Nome científico: Quercus Petraea
Árvore de carvalho europeu
Folha do carvalho europeu
Ocorrência: Europa Cor da cachaça: âmbar ou amarelo-pálido ao castanho-avermelhado Aroma e sabor: sutil, temperado, lembrando amêndoa, e adocicados, contribuindo com textura e adstringência, ao paladar pode apresentar notas de baunilha, figo e mel e ainda sabores frutados e alcoólicos. Obs: O carvalho europeu é a madeira mais usada no envelhecimento de cachaça e é diferente do carvalho americano (Quercus alba).
CARVALHO AMERICANO
ou carvalho branco Nome científico: Quercus alba
Árvore de carvalho americano
Carvalho americano folha e fruto
Ocorrência: América do Norte Cor da cachaça: Coloração dourada Aroma e sabor: Intensos e adocicados, baunilha, côco, mel e frutas secas. Obs.: o carvalho americano tem capacidade de produzir cachaças tais como a Cambéba 12 anos que mais se assemelha a um uísque do que a uma cachaça propriamente dita.
Jacarandá
Ou amendoim-bravo, uruvalheira, ipê-branco, jacarandá e jacarandá-branco Nome científico: Platypodium elegans
Árvore de Jacarandá
Ocorrência: Cerrado brasileiro Cor da cachaça: Amarelado suave Aroma e sabor da cachaça: Sabor adstringente e menos ácido. Obs.: Essa madeira também propõe um melhor cultivo do sabor da cachaça branca, destilado muito usado para o preparo de drinques que acompanham em sua receita sabores cítricos, como a caipirinha.
Amendoim
Ou amendoim bravo, guarucaia, pau-amendoim, óleo branco, amendoim-falso, madeira nova, viraró, pau de fava, carne de vaca, bálsamo, bassourinha, sucupira, vilão, angico-bravo, canafístula, ibirapiutá, tamboril-bravo, amendoim do campo Ocorrência: Mata atlântica, cerrado, caatinga Nome científico: Pterogyne Nitens Tul
Árvore de Amendoim
Cor da cachaça: castanho-rosado ou amarelo-claro, suaves, quase imperceptível, densidade alta; textura grossa. Aroma e sabor da cachaça: Cheiro e gosto imperceptíveis, preserva o sabor e aroma da cana, mantendo o caráter e a integridade da bebida. Baixa um pouco a acidez e o teor alcoólico. Obs.: Uma das mais nobres para o envelhecimento de cachaça. Essa madeira alcança um patamar dificilmente alcançado por outras, pois ela consegue preservar o que existe de melhor na cachaça como o sabor e aroma da cana, acentuando essas virtudes e ainda diminuindo sua acidez e seu teor alcoólico, mas sem alterar seus sabores. Madeira raríssima, em extinção, de extração proibida ou controlada em lei, encontrada geralmente em reservas ou parques florestais.
Angelim-araroba
Ou amargoso, angelim, fava, fava-amarela, faveira, fava-amargosa, faveira-amarela, faveira-bolacha, faveira-de-impigem, faveira-grande-do-igapó.
Nome científico: Vataireopsis araroba
Árvore angelim-araroba
Árvore angelim-araroba
Ocorrência: Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Cor da cachaça: sem referência
Aroma e sabor da cachaça: sem referência
Obs.: Madeira naturalmente de alta resistência ao apodrecimento e à ação de cupins de madeira seca, mas susceptível ao ataque de brocas e organismos marinhos.
Araucária
Ou pinheiro-brasileiro, pinheiro-do-paraná, pinho e curi.
Nome científico: Araucária angustifólia
Árvore de araucária
Ocorrência: Sul do Brasil, no leste e sul do estado de São Paulo, sul do estado de Minas Gerais, principalmente na Serra da Mantiqueira, na Região Serrana do Rio de Janeiro.
Cor da cachaça: Baixa alteração da cor original da cachaça.
Aroma e sabor: Cheiro e gosto pouco acentuados, característicos de resina, agradável; densidade baixa, entretanto altera pouco o aroma e o sabor original da cachaça.
Obs.: Baixa resistência ao apodrecimento e ao ataque de cupins-de-madeira-seca, susceptível aos fungos causadores da mancha azul e perfuradores marinhos. Apesar de ser um Símbolo do Estado do Paraná e protegida por lei, a Araucária está em extinção. A espécie é sempre estudada para descobrir suas propriedades científicas, preservar e assegurar a sobrevivência desta espécie sensível e única.
Castanheira
Ou Castanheira do Pará, amendoeira-da-américa, castanha, castanha-do-brasil, castanha-do-maranhão, castanha-do-pará, castanha-verdadeira, castanheira-rosa, castanheiro, noz-do-brasil, castanha-da-amazônia, castanha-do-acre, noz amazônica, noz boliviana, tocari ou tururi.
Nome científico: Bertholletia Excelsa
Árvore da castanheira
Árvore da castanheira
Ocorrência: Nativa da Amazônia, encontrada em florestas às margens de grandes rios, como o Amazonas, o Negro, o Orinoco e o Araguaia, mas está ameaçada de extinção.
Cor da cachaça: Com propriedades semelhantes ao Carvalho Europeu, transmite à bebida uma cor amarelada, suavidade.
Aroma e sabor da cachaça: Um leve gosto adocicado, aroma e sabor característico do próprio fruto da castanheira.
Obs.: Durabilidade natural, madeira resistente ao ataque de fungos e insetos.
Eucalípto
Nome científico: Eucalyptus
Árvore de eucalipto
Ocorrência: Austrália, mas adaptou-se muito bem ao clima e às terras do Brasil.
Cor da cachaça: Praticamente inalterada, observado para a variedade de eucalipto “Lima”, uma especie rara no Brasil.
Aroma e sabor da cachaça: Próximos do carvalho europeu para o eucalipto Lima, inclusive no envelhecimento acelerado*, dulçor elevado e equilíbrio entre frutado, castanhas e especiarias.
Obs.: Durabilidade natural com moderada resistência aos fungos apodrecedores e cupins e com baixa durabilidade aos fungos de podridão mole e cupins-de-solo. É objeto de estudos das universidades e instituições de pesquisa sobre o aproveitamento de madeiras adaptadas às condições brasileiras. As primeiras pesquisas com diversos tipos de eucalipto indicaram resultados na cachaça semelhantes ao carvalho, restando ainda o aprofundamento nas análises químicas e sensoriais. É madeira de reflorestamento e apropriado para barris de envelhecimento. A espécie eucalipto lima, ainda é rara no Brasil.
*A prática de envelhecimento acelerado consiste em colocar pedaços de madeiras infusionados na bebida alcoólica podendo, em um curto período, trazer resultados semelhantes ao armazenamento por meses ou anos em dornas e barris.
No entanto, nada se compara ao envelhecimento natural da bebida em barris ou dornas – existe uma relação entre tempo e interação da bebida com a madeira e o oxigênio que é particular do processo de interação em barris, tonéis, paióis e dornas.
Freijó
Ou frei-jorge, freijó-branco, freijó-preto, freijó-rajado, louro-freijó, freijó-verdadeiro. É encontrado no Amazônia, Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia.
Nome científico: Cordia Goeldiana
Árvore de freijó
Ocorrência: Na Guiana Francesa e no Brasil, na floresta amazônica, em regiões de matas altas de terra firme, com maior ocorrência no estado do Pará. Encontra-se também nos estados do Acre, do Amapá, de Rondônia, do Maranhão, do Tocantins e do Mato Grosso.
Cor da cachaça: Cor amarelada
Aroma e sabor da cachaça: Levemente amarga e baixa acidez
Obs.: Durabilidade natural moderada ao ataque de fungos e insetos e baixa resistência ao ataque de cupins. A madeira se bem seca, curtida ou adequadamente tratada, equipara-se ao amendoim e ao jequitibá-rosa.
Grapa
Ou Grappia, garapa-amarelinho, barajuba, garapa, garapeira, gema-de-ovo, grápia, jataí-amarelo, muirajuba, muiratuá, grapiapúnha.
Nome científico: Apuleia leiocarpa
Árvore de grapa
Ocorrência: Amazônia, Mata Atlântica, Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo.
Cor da cachaça: Amarelo pálido, altera muito pouco a cor da cachaça
Aroma e sabor: Baixa acidez e teor alcóolico da cachaça, deixando-a suave e macia, levemente amadeirada, semelhante àquela armazenada no carvalho curtido.
Obs.: Resistência moderada ao ataque de fungos apodrecedores e alta resistência ao cupim-de-madeira-seca.
Ipê Amarelo
Ou pau d’arco e peúva, aipê, peroba-de-campos, ipê-caboclo (Tabebuia insignis), ipê-mamono (Tabebuia Alba), ipê-branco, ipê-mandioca, ipê-ouro, ipê-pardo, ipê-vacariano, ipê-tabaco, ipê-do-cerrado, ipê-dourado, ipê-da-serra, ipezeiro, pau-d’arco-amarelo, taipoca. Considerada árvore nacional de importância simbólica equivalente ao pau-brasil.
Nome científico: Handroanthus Albus
Árvore de ipê-amarelo
Ocorrência: Encontrado em todo Brasil em plantio isolado, natural da Floresta Amazônica, Cerrado e Rio de Janeiro.
Cor da cachaça: Madeira que transforma muito a cachaça e recebe tom alaranjado.
Aroma e sabor: Forte e maciez acentuada.
Obs.: Durabilidade natural muitíssimo resistente à putrefação.
Jatobá
Ou copal, courbaril, jataí, jataíba, jatobá-curuba, jatobazinho, jutaí-açu, jutaí-do-igapó, jutaí-grande, jutaí-mirim, jutaí-vermelho e quebra machado.
Nome científico: Hymenaea Courbaril
Árvore de jatobá
Ocorrência: É encontrado em quase todas as matas nativas do Brasil. É encontrado desde o sul do México e Antilhas até grande parte da América do Sul, é encontrada em altitudes superiores a 700 metros acima do nível do mar
Cor da cachaça: Praticamente inalterada
Aroma e sabor: Reduz a acidez, deixando-a macia, levemente adocicada, com cheiro e sabor próprios. Aproxima-se do carvalho europeu.
Obs: Durabilidade alta? altamente resistente às térmitas e fungos de podridão branca e parda, mas susceptível aos perfuradores marinhos. O tronco produz um óleo tido pelo povo como medicinal.
Sassafrás
Nome popular de várias espécies do género Sassafrás e de outras plantas da família das lauráceas, entre as quais: Canela sassafrás, sassafrás amarelo, ou ainda sassafrás-do-paraná, sassafrás-de-Guiana e sassafrás-do-rio.
Nome científico do sassafrás brasileiro: Ocotea odorífera
Árvore de sassafrás brasileiro
Ocorrência: O Sassafrás brasileiro é nativo desde Santa Catarina até a Bahia.
Cor da cachaça: Tom amarronzado
Aroma e sabor cachaça: Forte sabor, agressiva, bastante amadeirado que descaracteriza a bebida.
Obs.: Durabilidade natural muito resistente. As árvores nativas estão extintas. Somente em reflorestamento.
Jaqueira
Ou fruta pão
Nome científico: Artocarpus Heterophyllus
Árvore de jaqueira
Cor da cachaça: amarelo pálido ou âmbar
Aroma e sabor da cachaça: Doçura intensa acompanhada de especiarias.
Ocorrência: A árvore da jaqueira é comum no Brasil, mas sua origem é do sul da Ásia, provavelmente da Índia.
Obs.: Usada para fazer doces, compotas, geleias, mais recentemente vem sendo usada para produção de barris para envelhecer bebidas, especialmente cachaça.
Cumaru
Ou cumaru-ferro, cumbaru, cumburu, paru, cumaru-verdadeiro, cumaru-amarelo, cumaru-do-amazonas e curumazeiro.
Nome Científico: Dipteryx Odorata
árvore de cumaru
Ocorrência: Nativo do Brasil, Colômbia, Guiana Francesa, Guiana, Peru, Ilhas Seychelles e Suriname.
Cor da cachaça: sem referência
Aroma e sabor da cachaça: sem referência
Obs.: O Cumaru é rico em cumarina, matabólito encontrado em diversas plantas como a erva-doce e guaco. O seu aroma remete a baunilha, com bastante intensidade. A cumarina é amplamente usada na indústria de cosméticos e aromatizantes. O cumaru é de dulçor elevado e resinosidade mediana. A amburana também é rica em cumarina, sendo muito mais popular na tanoaria brasileira para envelhecer bebidas do que o próprio cumaru. De acordo com uma pesquisa da Universidade Federal do Pará, de resultado revelado pela Agência Pará, uma substância presente no cumaru, ao ser aplicada de forma intravenosa, induz as células-tronco, responsáveis pela produção de neurônios, a formarem novos neurônios.
Vinhático
Ou acende-candeia, amarelinho, amarelo, candeia, vinhático-do-campo, oiteiro, paricazinho, pau-candeia, pau-de-candeia.
Nome Científico:Plathymenia foliolosa ou Plathymenia reticulata
Árvore de vinhático
Ocorrência: Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
Cor da cachaça: Amarelo ouro
Aroma e sabor da cachaça: Gosto acentuado, próximo ao da própria madeira.
Obs.: Durabilidade natural, Madeira leve, mole, fácil de ser trabalhada, com resistência duradoura, pois é também muito usada na construção civil e naval.
Pereira
Ou Acarirana, Pau-Pereira, Pau-Forquilha, Quinarana. Árvore da família das apocináceas de flores pequeninas.
Nome científico: Geissospermum sericeum e Geissospermum laeve
Desenho da árvore pereira
Desenho da árvore pereira
Ocorrência: América do sul
Cor da cachaça: sem referência
Aroma e sabor: sem referência
Obs.: Durabilidade natural, madeira sem préstimo para a marcenaria ou mesmo a carpintaria. Mole de fácil apodrecimento, não resistente a fungos. Casca amarga, usada como medicamento contra febres. Viagra da boemia carioca do século passado.
A cachaça não envelhecida em madeira é incolor, enquanto as que passam por madeira apresentam uma diversidade de cores. As principais cores são definidas como: âmbar-escuro, âmbar, caramelo, dourado, palha, amarelo-pálido. Outras nuances de cor, intermediárias dessas propostas, também podem ser observadas.
Para observar a cor, cada cachaça deve ser servida em taça transparente apropriada e em local bem iluminado. Para a melhor avaliação, é sugerido o uso de um papel branco, que, posicionado atrás do recipiente, permite visualizar a tonalidade do líquido sem a interferência de objetos que possam estar no ambiente.
Abaixo uma sequência de copos de cachaça, copos do tipo shot, com várias colorações, do Incolor ao âmbar-escuro.
Copos tipo shot com cachaça branca e envelhecidas
Algumas cachaças, mesmo tendo sido reservadas na madeira, também podem ser incolores, em decorrência de filtragem ou número de filtragem.
As cachaças que passam por barris de jequitibá́-branco, freijó e amendoim transferem pouca ou nenhuma coloração para a cachaça, mesmo em barris de 200 L, 250 L e 700 L por 1 ano continuam incolor.
O jatobá, assim como a grápia, são madeiras com maior potencial de coloração quando usadas para envelhecimento de cachaça, no entanto, no mercado encontramos disponíveis versões com coloração menos intensa.
No caso das cachaças armazenadas em barris exauridos e de grande volume de jequitibá́-rosa, carvalho ou até mesmo amburana podem ser incolores ou aportar pouca coloração.
Dimensão, idade do barril e tempo de envelhecimento podem influenciar a cor: quanto menor e mais novo, mais intensa é a cor. Barris maiores precisam de um tempo de envelhecimento mais longo para contribuir efetivamente com a coloração da bebida.
A tosta interna do barril é um procedimento comum nas maiores tanoarias do mundo, que utilizam o carvalho para fabricar barris para envelhecer fermentados e destilados. A prática tem o objetivo de degradar compostos indesejáveis da madeira e gerar moléculas aromáticas que agregam qualidade às bebidas, além de “rejuvenescer” barris exauridos após muitos anos de uso. Ainda é pouco comum no envelhecimento de cachaças, mas alguns mestres de adega estão promovendo queima em barris de madeiras nacionais a fim de obter novos aromas e sabores.
Algumas observações para você se atentar enquanto estiver degustando sua cachaça:
A cor da cachaça na garrafa pode ser diferente daquela na taça. O maior volume de líquido na garrafa diminui a passagem da luz e oferece a falsa sensação de cor mais intensa.
Alguns produtores adicionam caramelo, com dosagem prevista em lei, para atribuir a coloração amarelada e padronizar a cor da bebida. O caramelo também contribui artificialmente para o dulçor da bebida. Fique atento, cachaças que se dizem com pouco tempo no barril mas com cor intensa provavelmente tiveram caramelo adicionado.
Desconfie de cachaças que se dizem envelhecidas (geralmente rotuladas como premium ou extrapremium) com preços baixos e cores pouco intensas. Ao passar pelo processo apropriado de envelhecimento a cachaça ganha complexidade sensorial, mas também fica mais cara. O envelhecimento em madeira pode representar mais de 50% do custo de produção da bebida.
A prática do envelhecimento acelerado, com serragem ou similares, adicionados em infusão na cachaça, pode trazer rapidamente cor ao destilado. No entanto, a bebida vai carecer de outras propriedades sensoriais típicas do envelhecimento natural. Elas terão cor intensa, mas serão menos complexas em aroma e sabor.
Cor intensa também pode significar sabores muito intensos. Madeiras com alto potencial de coloração devem ser usadas com cuidado (amburana, bálsamo, jatobá, grápia), já que uma cor bonita pode resultar num sabor intragável.
Adão V. de Faria, Felipe G. J. de Faria e Eduardo F. Junqueira
Cachaça, Cores e Sabores Armazenar cachaça em barris de madeira modifica as propriedades organolépticas deste destilado. Estas propriedades dependem de fatores determinantes como, a qualidade da cachaça a ser estocada para envelhecimento, o seu teor alcoólico, …
0 notes