#Caligrafia para relaxar
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Comprinhas e novidade vindo por ai
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Por que estou constantemente pedindo que você escreva algo à mão? • em primeiro lugar, é assim que você desenvolve seu pensamento. Afinal, antes de escrever uma frase, você claramente a formula em sua cabeça. Já o texto digitado no aparelho pode ser alterado a qualquer momento sem “sujeira” desnecessária, o que certamente nos relaxa. Também é um bom exercício para a imaginação. • em segundo lugar, o que está escrito é mais fácil de lembrar. Isso é especialmente importante quando peço que você anote seus desejos, motivações ou medos. • Terceiro, a caligrafia alivia o estresse e ajuda a relaxar. Você notou como você rabiscava enquanto falava? • em quarto lugar, não é em vão que dizem "o que está escrito com caneta não pode ser cortado com machado". Quando você escreve um plano de ação à mão, ou seus desejos, você meio que conclui um contrato consigo mesmo e trata o que foi escrito com mais responsabilidade. #pnlbrasil (em São Paulo) https://www.instagram.com/p/COiDOpyn5sH/?igshid=lu5vsc2d3c0p
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Olá pessoal :) tudo bem? Hoje vim compartilhar um exercício experimental que sempre gostei de praticar nesses 10 anos de caligrafia ✍🏽 . Ele não tem regras, nem certo e errado, é totalmente livre. Diferente da caligrafia em si que possui orientações concretas para um trabalho bem feito ✨ . Ele funciona até como uma maneira de relaxar, curtir o momento, sem se preocupar com linhas guias, legibilidades e etc 💙 . Se vc nunca fez isso recomendo e se acha que algum amigo iria gostar marca ele aqui 🤗 . Ótimas letras e bom final de semana :) . #calligraphy #abstractart #almacalma #dailyinspiration #tipocali #handmade #calligrapher #dailylettering #abstractcalligraphy #letteringbrasil (em São Paulo, Brazil) https://www.instagram.com/p/CCd_VmNJw9z/?igshid=8vs2aayd9m43
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𝗧𝗔𝗦𝗞 𝗜, 𝗣𝗔𝗥𝗧 𝗜𝗜 • 𝚒𝚗𝚟𝚒𝚝𝚎𝚍 { a pov about a turning point }
I hear a voice calling, calling out for me. these shackles I've made in an attempt to be free. be it for reason, be it for love, I won't take the easy road.
Havia sido um dia cansativo. Não que seus outros dias fossem tranquilos, mas aquela terça-feira tinha exaurido Bastian mais do que o normal. Por um momento, considerou a possibilidade de tomar outro banho — sua rotina comum envolvia um banho rápido após a prática de natação, mas a água quente definitivamente seria bem-vinda naquele momento para relaxar seus músculos. O dia não tinha acabado, todavia, e ele não podia se dar ao luxo de perder esse tempo. Adentrou seu quarto com passos lentos, observando o lugar onde estivera morando pelos últimos meses. A melhor palavra que achara para descrevê-lo era adorável. Menor que todos seus outros quartos, com uma cama de solteiro que ele havia estranhado no início — afinal, não dormia em uma desde que fizera seus 15 anos e ganhara de seu pai uma cama de casal para “se divertir com responsabilidade”. Ria sempre que se lembrava daquilo. O homem nunca tivera problemas com seu filho trazendo garotas para casa, e até mesmo valorizava tal coisa de um jeito que Bastian havia reconhecido só anos depois como machismo. Achava que essa era uma parte de si que decepcionava o pai: não era muito de seu interesse casos de uma noite e geralmente não tinha tempo para namorar. Tinha até tentado, na faculdade, mas havia sido uma experiência pouco impactante. Pegou-se pensando se a Academia reservava algo novo para si nesse quesito, mas logo parou seu próprio cérebro. Não tinha tempo para aquilo agora. Ainda tinha muito o que estudar antes de ir dormir.
Bastian sentou na beirada de sua cama e chutou seus sapatos para longe, encarando a parede a sua frente. Deixava um grande calendário pendurado nela, ao lado de uma lousa branca que havia posto ali no dia que chegara. Não era muito adepto a decorações sentimentais, mas tudo que o ajudasse a se organizar melhor era bem-vindo. Era uma pessoa muito visual em seu aprendizado. Lembrava-se de seu quarto em Geórgia, com várias fotos na parede, de sua família e amigos, post-its deixados por colegas. Tinha saudades daquilo, e até mesmo havia trazido as fotos para Arkadak, apesar de não gostar de admitir aquilo. Elas estavam bem guardadas em uma caixa embaixo de sua cama. Depois da situação com Fien piorar, Bastian decidira que as fotos eram só mais uma distração. Precisava ficar focado. Passou os olhos para a janela aberta acima de sua mesa, que permitiam que a luz do luar e a brisa noturna preenchessem seu quarto, e sentiu frio por baixo do suéter preto que usava. Levantou-se para fechar as janelas, então, e estava pronto para fazê-lo quando algo chamou sua atenção.
Em cima de sua escrivaninha meticulosamente organizada, ao lado da caneca que carregava suas canetas e de um livro sobre Catarina, a Grande, que estava lendo, havia uma carta selada. Bastian franziu o cenho. Tinha certeza que a carta não estava ali de manhã. Pegou-a com cuidado, observando o envelope com seu nome e sobrenome escritos com uma caligrafia delicada. Outro pensamento rapidamente tomou conta de Bast, e ele tirou seu chaveiro do bolso, procurando a pequena chave que abria uma das gavetas de sua mesa. Achar a chave ainda com ele deu-lhe um certo alívio, e ao abrir a gaveta, pôde ver seus bens preciosos aparentemente intocados: o diário, o passaporte, o dinheiro, alguns objetos que apesar de não terem grande valor material, não poderiam ser perdidos, outros que possuíam mais valor material que todo o resto de seu quarto. Respirou, mais confortável, ao checar pela segunda vez e garantir que estava tudo em ordem, então trancou a gaveta novamente. Alguém havia entrado em seu quarto somente para deixar aquela carta? De fato, todo o resto do cômodo parecia intocado, exatamente como Bastian havia deixado de manhã. Franziu o cenho.
Já inquieto demais, o homem abriu a carta, mas seu conteúdo era quase tão misterioso quanto toda a circunstância. Não era exatamente um convite, visto que as palavras escolhidas beiravam a intimação, e também n��o era tão explicativo quanto Bastian gostaria. Mas definitivamente o conteúdo atiçava ainda mais sua curiosidade. Havia instruções sobre como chegar ao porão e era claro que ele deveria estar lá amanhã a noite sem falta: a carta não abria espaço para rejeição. O loiro não gostava de sentir-se “no escuro” daquele jeito. Não tinha muitas informações que o incomodavam. Não sabia como haviam entrado em seu quarto, ou porque estavam chamando ele para aquela reunião ou sequer o que realmente era aquela reunião. Sentia-se em desvantagem, e odiava aquele sentimento. Olhou pela janela, contemplando as árvores que preenchiam o campus, ouvindo a quietude da noite com uma atenção diferente. Sentiu-se subitamente com frio outra vez, como se o vento invadisse seu corpo. Bastian repousou a carta na mesa novamente para fechar as janelas, mas seu pensamento permaneceu no mesmo lugar, intrigado e nervoso, com as instruções da carta ecoando em sua mente. Virou-se para o quarto, apoiando o corpo na mesa e encarando o pequeno espaço, sem conseguir livrar-se da inquietação, desejando poder já estar no dia seguinte, no horário marcado, para logo descobrir do que se tratava tudo aquilo. E apesar das janelas fechadas atrás de si, Bastian não podia evitar sentir que o frio ainda preenchia seus ossos.
#aos 45 do segundo tempo aqui estou euuu#rezando novamente pro tumblr nao zoar a formatação amém#➦ pov ▪°。● 𝙬𝙝𝙖𝙩 𝙞𝙛 𝙄'𝙢 𝙨𝙤𝙢𝙚𝙤𝙣𝙚 𝙄 𝙙𝙤𝙣'𝙩 𝙬𝙖𝙣𝙩 𝙖𝙧𝙤𝙪𝙣𝙙?#task 001.
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Caligrafia para relaxar #5
Caligrafia para relaxar #5
Olá! Tudo bem com você? Espero que sim… Fiquei um tempo longe daqui para poder reduzir minhas atividades e descansar um pouco, já que não tirei férias! E uma das coisas que eu mais fiz nesse período foi lettering, li livros sobre o assunto, assisti vídeos, comecei um curso online… então começo o ano por aqui continuando com a série sobre o livro Caligrafia para relaxar – Amy Latta, Editora…
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#Amy Latta#aprendendo caligrafia#aprendendo lettering#arte como técnica de relaxamento#Caligrafia#Caligrafia para relaxar#como relaxar através da caligrafia#cultivando a calma e a alegria com a arte da escrita a mão#estimulando a criatividade#lettering como técnica de relaxamento#livros que indico
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É com imensa honra que vos apresento, senhoras e senhores, VOSSA ALTEZA REAL FA SEUNG, um PRÍNCIPE de 25 ANOS, vindo de DONGYA para tentar ASSINAR UM NOVO ACORDO COMERCIAL . Apesar de parecer muito com KIM JONG-IN, isso não passa de um mero engano.
♔ Depois de passarem por períodos de muito terror, tendo que lidar com as consequências de uma guerra que havia praticamente aniquilado mais de metade da população mundial os poucos sobreviventes que restaram dessa catástrofe foram aos poucos se concentrando em pequenas áreas. Não havia sido muito surpreendente quando, em meio a toda aquela confusão onde muitos ainda não haviam se recuperado direito para que pudessem decidir que rumo tomar fosse um militar que havia tomado a dianteira em começar a reorganizar as coisas. Bastante presente em praticamente todas as decisões, ajudando e muito na recuperação do país que futuramente se tornaria Dongya havia sido praticamente unanime a decisão da população em nomea-lo como primeiro representante de seu país. E assim surgiu não somente o primeiro monarca do país, mas também o primeiro homem que ficaria a encargo do exército que estava começando a ser formado na época; primeiramente com a intenção de ajudar as famílias a se assentarem e terminarem de resolverem os últimos assuntos para que o país pudesse prosperar. E assim acabou por se tornar uma tradição do país; enquanto o filho mais velho herdava as responsabilidades do pai como monarca seguinte, o irmão mais novo acabava ficando com o encargo de comandante do exército, caso o sucessor anterior não seguisse adiante com sua linhagem, algo que não era muito incomum. Ou seja, a disciplina assim como diversas outras atitudes eram cobradas severamente principalmente dos membros da família real, que passaram a ser observados como o exemplo para o restante.
♔ E muito embora tenha crescido em um ambiente cercado de cobranças de todos os lados, todos com expectativas bem altas com o que se seguiria do sucessor seguinte Seung nunca havia se demonstrado abalado por conta disso. Na verdade, durante seus primeiros anos, ou aqueles dos quais ele ja tinha uma consciência melhor do que se acontecia a seu redor ele não demostrava muita coisa a cerca de si mesmo; se apresentando como uma criança bastante séria e razoavelmente silenciosa. Havia demorado uma quantidade de tempo um pouco maior para que ele pudesse finalmente demonstrar algum interesse em particular do que gostaria de levar como atividade, até mesmo para se distrair e quando o fez foi somente para demonstrar o quão focado estava em se fazer suficiente para a expectativas que todos estavam colocando sobre ele. Claro que, conforme ele foi prosseguindo cada vez mais com suas pesquisas a cercas das tradições antigas ele começou a despertar um interesse maior sobre o assunto; refletindo isso bastante em suas escolhas assim como sua personalidade de um modo geral.
♔ Outra característica que fora bastante trabalhada em Seung, principalmente por não acharem muitas de suas atitudes como adequadas para alguém de sua posição havia sido sua interação com o publico de um modo geral. O treinaram exaustivamente até que finalmente pudesse ser considerado agradável e simpático o suficiente para que pudesse frequentar a eventos públicos com a família; no entanto isso é algo que acaba sendo muito exaustivo. E, por mais que ele na verdade não goste muito de se esforçar tanto assim para manter a imagem que fosse considerada a ideal ele compreendia o bastante a importância disso para que não reclamasse, e simplesmente se esforçasse cada vez mais para continuar com essa imagem nova criada de si. Juntamente com o treinamento que lhe fora imposto Seung foi obrigado, e continua constantemente sendo induzido por pessoas mais próximas a fazer pesquisas para que conseguisse discutir, ou manter uma conversa agradável sobre o mais variado tipo de assunto. Esse, em Seung, por ser uma característica praticamente gritante de tão fora do esperado havia sido trabalhada com bastante cuidado e ainda era visada com bastante frequência.
♔ Ao mesmo tempo que manter a compostura em eventos oficiais, assim como manter a imagem que havia lhe sido estipulada era incrivelmente exaustivo para Seung bastava apenas que passasse um tempo sozinho para que pudesse se sentir mais uma vez revigorado. Suas atividades prediletas inevitavelmente acabaram por se tornar diretamente relacionadas a praticas antigas; como a pratica da caligrafia chinesa, algo que ele gostava de praticar durante horas, assim como falcoaria. Por mais que, como membro de uma família real Seung tivesse maior acesso a diferentes tipos de tecnologia não disponíveis para o restante isso era algo que ele preferia evitar se possível. Seu método de comunicação mais comum, pelo menos a curta distancia costuma ser através de cartas que ele envia pela sua ave de maior confiança, Mushu.
♔ No que diz respeito a Ishtar, assim como suas regras a respeito de tratarem traição como um crime quase que imperdoável Seung tinha uma opinião neutra com relação a isso. Caso fosse alguns séculos antes, quando eles não podiam se dar o luxo de ter muitas escolhas, até mesmo para o bem da própria humanidade ele acreditava que esse tipo de regra poderia não funcionar muito bem. E ainda assim hoje em dia, pelo menos no ponto de vista de Seung ela acabava por ser um tanto quanto contraditória. E, levando em consideração que pela própria regra o príncipe havia sido legitimado ele acredita que ele quem deveria assumir o trono por ser o mais velho.
♔ Depois de exercitar exaustivamente esse seu lado mais sociável, pelo menos enquanto em situações nas quais exija esse tipo de comportamento ele adota uma postura o mais agradável possível; se esforçando ao máximo para puxar os mais variados assuntos para manter uma conversa fluída como havia sido instruído. E enquanto em um ambiente mais publico ele se demonstra assim, quando em um lugar mais reservado ele se permite relaxar um pouco; parecendo até mesmo um pouco distante para quem se acostuma a interagir com ele normalmente. A diferença de posturas chega a ser bastante evidente, embora ele não demonstre esse outro lado para muitas pessoas, apenas em quem confia realmente.
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às sextas, no intervalo do jantar, naeun sempre poderia ser vista do lado de fora da sala de correspondência da morada, impacientemente esperando pelo envelope cor de rosa que chegava para ela toda semana, trazendo dentro de si páginas cheias da caligrafia de sua mãe, com a qual ela narrava todos os acontecimentos acerca da família, lembrava naeun de fazer suas orações e pedia à filha que retornasse ao lar. ler o conteúdo daquelas cartas despertava um sentimento de nostalgia longínqua, como se tudo que envolvesse sua família fizesse parte de um passado distante que ela revisitava como se fossem fragmentos da memória de outra pessoa, ao mesmo tempo em que praticamente podia sentir o aperto das correntes que a prendiam àquela vida. ultimamente, no entanto, naeun tinha reparado que a caligrafia da mãe vinha se tornando trêmula e a escrita mais direta e supérflua, como se tentasse evitar tocar em um assunto específico, o que apenas deixava naeun com a certeza de que algo estava sendo escondido dela; muitas semanas se passaram até que a notícia finalmente veio: o coração de seu pai se recuperava de um infarto e os exames eram preocupantes. no dia seguinte, naeun voltou para casa.
depois de ter conseguido autorização para visitar sua família no primeiro ano, naeun passou à fazê-lo em todos os finais de semana --- ia para casa, para a igreja, e fingia que aquela era a única vida que tinha. conforme o tempo passava e naeun começava a dissociar-se de tudo aquilo, a frequência diminuiu até acabar de vez. nem mesmo a distância fazia sumir o peso da opressão de sua família sobre ela, mas a amainava, e mesmo que a morada não fosse seu lugar preferido no mundo, ainda era melhor do que voltar para casa e ter a certeza de que ela não era nada mais do que um grande desgosto. mesmo assim, era a família dela, seu pai, sua presença era requisitada naquele momento e naeun jamais poderia virar suas costas para eles, mesmo que aquilo lhe custasse o pouco que tinha de paz interior.
em seu quarto de infância naeun foi acometida por um sentimento que era tão familiar quanto aquela casa: solidão. como a filha de uma família extremamente religiosa e antiquada, lhe foi esclarecido, de maneiras tanto sutis quanto diretas, que ela devia se contentar em apenas existir, contando o tempo até conseguir um casamento adequado e ter sua própria família. seu destino estava traçado desde o momento de seu nascimento e permaneceria imutável ao longo de sua vida: haveria um casamento, depois uma casa com quartos para filhos que, claro, eram obrigatórios. ela dedicaria sua vida ao marido, nunca o questionaria ou falaria alto demais em sua presença, traria muito orgulho para os pais e os irmãos que a visitariam aos finais de semana, e ela passaria o resto de seus dias tentando descobrir para onde fora a sua vida. naeun sempre soube que não lutaria contra esse destino, não tinha estômago e nem coragem para fazê-lo, então o que lhe restava era se acostumar. o problema é que mesmo que ela tentasse se convencer de que não se importava com aqueles planos, naeun nunca conseguiu se acostumar com aquele vazio imenso que corroía seu peito. para os pais não lhes importava como a filha se sentia ou o que ela desejava, forçando naeun cada vez mais a fingir ser quem não era, e ela, por sua vez, continuava a se empenhar naquele personagem embora já estivesse cansada dele. trabalhou duro por muitos anos para ser a filha perfeita e ser tão considerada quanto seus irmãos, mas todo aquele esforço foi perdido quando a marca apareceu em sua mão. aquilo cavava um abismo enorme entre ela e sua família e agora toda vez que voltava para casa era recebida com a certeza de que era um grande desgosto. tinha de permanecer de luvas para que ninguém visse a marca e o pai e os irmãos a encaravam o tempo inteiro sem quase nunca lhe dirigir a palavra como se tivessem medo, repulsa e pena, e talvez tivessem mesmo. estar ali a fazia se sentir inquieta e incomodada, sentimentos estes que só piorararam quando os pais insistiram que todos deveriam orar com ela, pedindo misericórdia a deus, que o criado a livrasse daquele mal, daquela marca, sobretudo quando falavam da perversidade dos vampiros bem na mesa de jantar. durante tudo aquilo, ela permaneceu interpretando o papel da boa filha, quieta e condescendente.
aquele domingo amanheceu nublado deixando naeun sem desculpas para faltar a igreja. ali, sentada entre os pais e os irmãos, sentia-se especialmente pequena, insignificante, o teto se erguia de forma opressiva e claustrofóbica sobre a cabeça dela, seus dedos e pernas começavam a se crispar, não importava o quanto tentava relaxar. as palavras do padre retumbavam dentro de seus ouvidos, frases sobre o casamento, o papel da mulher, sobre a eternidade queimando no inferno se fossem contra a palavra de deus, sobre os demônios vampiros que os rondavam e tentavam seduzir os humanos. atrás dela, ela podia sentir os olhares acusatórios e ouvir os cochichos, as especulações sobre a vida dela e os julgamentos. “ você sabe o que deixaria o coração do seu pai muito mais tranquilo, não sabe? seu casamento! ” a mãe dela sussurra quando o padre pausa por um momento. naeun sentia o ar faltar, sentia algo queimando sob sua pele e ao seu lado sua mãe segurava sua mão fortemente. ao final da missa, quando teve de se aproximar do confessionário e dizer “ perdoe-me padre, pois eu pequei ” naeun não sabia pelo o que pedia perdão mas sentia-se imensamente culpada, o choro havia se solidificado em sua garganta e doía mas ela continuava firme.
mais tarde, quando naeun sai do banho e olha para o próprio reflexo no espelho naeun é acometida por um estranho sentimento de distanciamento de si mesma. o aperto cresce em seu peito, o desespero de perceber que não quer ficar em casa mas também não quer ir para a morada. as palavras da mãe, assim como as do padre, ainda ecoam em sua cabeça e sua mente continua a reviver a sensação que os olhares de todos que conheciam lhe causou. ela não se sente aceita em casa por ser uma aberração, e tão pouco se sente aceita na morada por ser o produto perfeito e insuportável da criação de seus pais. os olhos dela já estão cheios de lágrimas enquanto ela se veste, tentando repassar mentalmente tudo o que deveria levar de volta para a morada, tentando ocupar a cabeça com qualquer coisa que não aquela maldita vontade de chorar. uma pontada forte se faz sentir em sua caixa torácica de forma tão arrebatadora que a fez perder o ar enquanto ela se curva. naquela hora ela já não consegue conter as lágrimas, por causa da dor e por causa de algo mais que ela não consegue explicar. ela aperta os lábios, prende a respiração, como se aquilo fosse o suficiente para fazer as lágrimas pararem, para calar os próprios sentimentos que tentavam escapar sem sua permissão. o pai estava morrendo e ela não podia deixar de pensar que a culpa era dela. a existência dela era um erro e não havia nada que pudesse ser feito em relação a isso. em toda sua vida naeun nunca se sentiu tão suja ou desesperada, pois sabia que nunca poderia fugir de si mesma, e aquela certeza conseguia ser mais insuportável do que a dor que ela sentia. naquela hora não havia uma só célula de seu corpo que não desejasse fervorosamente ser normal, mas nem deus e nem as deusas pareciam ouvir. cada vez mais naeun se sentia perdida e tinha a certeza de que estava sozinha, tonta pela dor e completamente desorientada pela tristeza profunda que sentia.
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I enjoy a lot my productive & super busy days, I am the person who is super happy doing lots of things at once. But sometimes our body (and mind), ask for some time and you need to respect it. I used to blame myself so much for “having break times”, even if it was because I chose to take a day off or because I slept a little bit longer, but cmon we need to remember that life is much more than working for paying bills. We deserve and need a time to chill, do nothing or do things easy that make us relaxed. So, today forget a bit about everything you have to do and just take a break to enjoy yourself! ✨ | Eu amo meus dias produtivos e super loucos, eu sou o tipo de pessoa que ama estar fazendo varias coisas ao mesmo tempo. Mas as vezes o nosso corpo (e mente) pedem por um momentinho de descanso, e a gente tem que respeitar isso. Eu sempre me culpei muito por “tá tirando um tempinho pra mim”, seja porque decidi tirar o dia off ou porque dormi mais do que deveria, mas na moral, a gente precisa lembrar que a vida não é só trabalhar para pagar boletos. A gente merece sim um tempo para relaxar, fazer nada — ou fazer algo que nos deixe relaxados. Então hoje, por favor esquece os trabalhos e os compromissos que precisam ser feitos na próxima semana e tire um tempinho para você. Tá? ✨🥰. . . . #lettering #calligraphy #handlettering #typo #typography #caligrafia #tipografia #caligrafiaartistica #typographyinspired #designinspiration #typespire #thedailytype #goodtype #createdrocreate #procreate #typism #FromWhereWeDesign #DesignForAll #procreatelettering #ipadlettering #homwork #thedailytype #letteringdaily #showusyourtype #goodtypetuesday https://www.instagram.com/p/B2ZQcC0oR-z/?igshid=mqqfk5h8nw8o
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Uma atividade agradável e relaxante 💆 Esse livro é muito bom, Caligrafia para relaxar da Amy Letra (Hand Lettering for Relaxation) #handletteringforrelaxation #caligrafiapararelaxar #letteringbrasil #caligrafia #relaxar #caligrafiaartistica #caligraphy https://www.instagram.com/p/BwdVAuhFSVM/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=1ld73t3vctsqm
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Sinfonia de Primavera (One-shot)
Min Yoongi (Suga) Autora: Florence Rivers Gênero: Romance Sinopse: Suas tardes tornam-se mais agradáveis a partir do momento em que um bilhete escorrega por debaixo da porta durante uma de suas práticas de piano, contendo um único pedido que você não tinha como negar. Contagem de palavras: 2.545 Avisos: Especial Min Yoongi. Eu sou a mulher mais apaixonada do Brasil.
In a letter to Wilhelm Taubert, Schumann wrote:
Could you breathe a little of the longing for spring into your orchestra as they play? That was what was most in my mind when I wrote [the symphony] in January 1841. I should like the very first trumpet entrance to sound as if it came from on high, like a summons to awakening. Further on in the introduction, I would like the music to suggest the world’s turning green, perhaps with a butterfly hovering in the air, and then, in the Allegro, to show how everything to do with spring is coming alive...
Suspiro audivelmente, girando os ombros doloridos para trás e flexionando os dedos das mãos repetidas vezes, em uma tentativa de amenizar o cansaço de meus músculos e articulações. Tento relaxar os braços, inclinando a cabeça para o lado esquerdo e direito, para então ajustar a postura, endireitando a coluna e alinhando os quadris.
Quando tenho certeza de que estou pronta para outra tentativa, forço um sussurro de minha garganta rouca pela falta de uso:
— Mais uma vez. — afirmo a mim mesma, tentando soar autoconfiante. — Você consegue.
Fixo os olhos cansados na partitura apoiada no suporte do piano enquanto pouso as mãos delicadamente sobre o teclado a minha frente, absorvendo o caos de claves, figuras de som, ligaduras, ritornelos e quiálteras por alguns segundos. Fecho os olhos, resgatando a melodia em minha memória, e então deixo que meus dedos passem a pressionar as teclas corretas, seus movimentos fluídos e certeiros.
Tudo ocorre dentro do esperado, os trechos sendo executados com precisão considerável, até que uma passagem particularmente difícil faz com que eu dobre meus esforços, praguejando mentalmente Johann Sebastian Bach por ter composições tão complexas — e simultaneamente agradecendo-o por tê-las feito. Quando sou capaz de finalizar pela primeira vez a prática da página da sarabanda em questão sem cometer erros, deixo meu corpo relaxar sobre o banco de madeira, exalando todo o ar de meus pulmões de uma só vez, aliviada.
E havia me custado apenas nove tentativas, constato.
Minha atenção é roubada, contudo, ao que ouço um pequeno ruído produzido na porta de entrada, observando com o cenho franzido quando um pedaço de papel desliza através da pequena abertura que separa-a do piso de madeira. Tendo como reação inicial conferir as horas no relógio para garantir que eu não estava quebrando a Lei do Silêncio — e confirmando que minha prática ocorria, sim, dentro do horário permitido —, me arrasto para fora do assento, parando em frente à porta e me abaixando para alcançar a pequena folha.
— Espero que não seja mais uma advertência. — resmungo, em voz alta, desdobrando a folha de caderno enquanto simulo possíveis justificativas para a reclamação, planejando uma visita ao apartamento do síndico para revelar o provável bilhete ofensivo.
Mas, para minha surpresa, a caligrafia inclinada e que aparentava ter sido feita às pressas continha apenas duas frases:
“Um humilde pedido para a pianista:
Liebestraum N. 3 em Lá Maior”
São precisos alguns segundos para que eu seja capaz de absorver totalmente a implicação daquelas palavras, e quando finalmente o faço, meu rosto se contorce no mais genuíno sorriso e sinto meu peito se encher de determinação; eu tinha um ouvinte.
Minhas sandálias derrapam através do chão de madeira quando saio em disparada até meu quarto, partindo em busca de minhas antigas pastas de partitura, com a certeza de que ao menos uma delas estava recheada de obras de Franz Liszt. E quando a encontro, a composição em questão passando a ser reproduzida mentalmente ao que deslizo os olhos através dos compassos, corro novamente até a sala, meus dedos inquietos com o entusiasmo.
Antes de me acomodar novamente em frente ao piano, faço questão de abrir as enormes janelas de vidro que davam acesso à sacada, sendo recebida pela brisa primaveril do fim de tarde e simultaneamente garantindo que a melodia fosse capaz de alcançar com clareza meu mais novo espectador.
E então eu fecho os olhos, acalmando minha súbita agitação, me concentrando em fazer uma execução impecável da canção. Ao que dou início, as primeiras notas preenchendo todo o ambiente e flutuando através das janelas escancaradas, me encontro imersa na melodia harmoniosa, apenas retomando os sentidos quando finalizo com um acorde que vibra por alguns segundos no ar ao meu redor, para então dar lugar ao silêncio.
Retraio as mãos das teclas, incerta sobre a execução de certos trechos — talvez eu houvesse sido lenta demais durante os compassos que deveriam ser tocados em poco allegro —, repassando mentalmente possíveis erros, quando um som característico interrompe meu trem de pensamentos.
Palmas.
Elas soam altas e claras, e eu, hesitante, vou até a sacada em busca da origem delas, apenas para constatar que vinham de algum andar superior ao meu. A distância impossibilitava que eu identificasse a pessoa bem-intencionada que havia decidido tirar alguns minutos de seu dia para prestar atenção na minha usual prática, mas eu faço questão de gritar um tímido “Obrigada!” em direção ao nada antes de entrar e fechar as janelas.
E desde então, meus estudos de piano durante algumas das tardes da semana haviam tornado-se definitivamente mais agradáveis.
Os bilhetes continuavam chegando, a mesma caligrafia corrida acompanhada de pedidos de várias de minhas composições preferidas, entre Noturnos de Chopin, Concertos de Tchaikovsky e Mozart e Prelúdios de Debussy; todas as vezes complementados por pequenas observações ao final, com comentários de incentivo e elogios discretos a respeito das execuções.
O meu preferido em particular era um que dizia, com letras que pareciam sutilmente mais caprichadas:
“Talvez uma performance do Noturno Op. 9 N. 2 de Chopin hoje?
PS: Não consigo parar de pensar na sua execução de Tchaikovsky na semana passada.”
E eu o havia apertado contra o peito, guardando-o como meu bem mais precioso junto à pilha de partituras que se formava na estante ao lado do piano.
Mas em uma das tardes banais preenchidas por horas a fio de prática, entre uma obra e outra, faço questão de manter o olhar ansioso na pequena fresta da porta de entrada, até que identifico uma sombra se aproximando e logo em seguida o aguardado bilhete sendo escorregado para dentro. Me movimento silenciosamente em sua direção, apressada, e o seguro entre os dedos, franzindo o cenho ao ler seu conteúdo, sendo minha reação imediata a de abrir a porta de súbito.
Eu sigo com rapidez até o corredor, encontrando uma figura congelada ao fim dele, ainda de costas para mim e parecendo surpreso com minha atitude inesperada. A presença, então, gira sobre seus calcanhares, enfim nos deixando frente à frente, e eu inspiro o ar com força, tentando ignorar a ansiedade em meu peito por finalmente descobrir quem estava mandando todos aqueles bilhetes durante as últimas semanas.
Seu rosto parecia surpreendentemente familiar — talvez houvéssemos nos esbarrado pelos corredores ou escadarias do edifício —; a pele pálida, os olhos castanhos levemente arregalados e os pequenos lábios rosados entreabertos. Ele parece desnorteado, sua rotina que envolvia passar despercebido em frente à minha porta sendo interrompida sem qualquer aviso, e sua boca se move algumas vezes, em uma tentativa de fornecer alguma explicação, mas é em vão.
Notando seu desconforto e ignorando o esquentar discreto de meu próprio rosto — eu definitivamente não esperava que meu admirador fosse alguém tão atraente —, levanto o pequeno pedaço de papel no ar, antes de explicar:
— Como você espera que eu toque essa Sonata de Beethoven? — questiono, minha voz ofegante devido ao nervosismo. — Eu não acho que tenho capacidade suficiente pra isso.
— Oh. — ele murmura, arqueando as sobrancelhas. — Tenho certeza que você consegue com um pouco de prática.
— E como você tem tanta certeza?
— Se eu consegui, você também consegue. — seu tom de voz é grave e arrastado, a pronúncia preguiçosa combinando com seus olhos sonolentos. — E você é muito melhor que eu.
— Então me ensine.
Os palavras escapam de minha boca sem permissão, o pedido parecendo atrevido demais por conta da pouca — praticamente mínima — interação entre nós, ainda que nosso contato indireto já viesse acontecendo há semanas.
Parecendo desconcertado com minha súplica, o garoto se cala, parecendo pesar os prós e contras durante alguns segundos, e ainda que eu sinta um certo arrependimento borbulhar em meu subconsciente após vocalizar meu desejo impulsivo, sou invadida por uma onda de alívio ao que sua voz corta o silêncio novamente:
— Tudo bem. — ele suspira, dando de ombros. — Não acredito que eu seja de grande ajuda, mas posso tentar te ensinar.
— Ótimo. — sorrio, trocando o peso de meu corpo de um pé para o outro, tímida. — Seria realmente ótimo.
— Se você quiser, eu tenho a partitura dela em casa. — seu tom é casual, e ele faz sinal com a mão para indicar o andar superior, mas sua expressão muda para uma de puro pavor quando ele ouve sua própria frase em voz alta. — Eu juro que essa não é uma péssima desculpa pra te convencer a entrar no meu apartamento.
— Sem problemas. — rio discretamente, fechando minha própria porta e passando a seguí-lo na subida dos degraus em direção ao andar superior. — E se fosse, seria uma ótima desculpa, na verdade. Não é todo dia que caras te oferecem partituras da Sonata ao Luar de Beethoven.
Ele parece relaxar com meu tom divertido, deixando que uma risada silenciosa chacoalhe seus ombros levemente, antes de estender uma de suas mãos à minha frente ao que alcançamos a porta de seu apartamento — que, curiosamente, ficava exatamente acima do meu:
— Meu nome é Yoongi, por sinal. — eu envolvo sua mão com a minha de imediato, seus dedos parecendo ásperos em contraste com os meus. — Você precisa pelo menos saber o meu nome antes de ir pra casa comigo.
Replico com um riso comedido, murmurando meu nome em resposta, e ele o repete em voz alta, a palavra soando melódica ao deixar seus lábios, antes de entrarmos em seu apartamento, abandonando os sapatos na entrada.
Ele parte em procura da partitura, sumindo em meio ao corredor ao que perambulo, hesitante, em sua sala de estar, meu corpo sendo atraído imediatamente pela presença de um piano vertical próximo à sacada. Deslizo os dedos pelas letras douradas da marca Steinway & Sons, sentindo o relevo das palavras e a textura da madeira escorregar sob minhas mãos, momentaneamente deslumbrada por sua aparência grandiosa.
— Encontrei. — Yoongi retorna com uma pasta em mãos, balançando-a no ar, antes que seu semblante assuma um ar afetuoso ao notar minha presença ao lado do piano. — Ah, você já conheceu meu bem mais precioso.
— Sim. — afirmo, desviando meu olhar do instrumento para seu rosto. — É incrível.
— Quer tocar nele? — sua pergunta é incerta, os olhos apreensivos estudando minha reação, como se aquela não fosse uma oportunidade comum a todos os seus visitantes.
— Tem certeza? — questiono, a boca entreaberta, incapaz de suprimir minha surpresa. — Quer dizer, eu adoraria, mas tem certeza?
Sua boca se curva em um sorriso e ele balança a cabeça positivamente, puxando o banco de madeira para que eu possa me acomodar, em seguida levantando a tampa que cobre as 88 teclas de marfim. Ele faz questão de dispor a pasta aberta nas páginas da partitura da Sonata ao Luar no suporte, observando curiosamente enquanto me ajusto no assento.
Ele faz pequenas observações, demonstrando movimentos simultâneos na mão esquerda e direita, e os relacionando com notações na partitura que dizem respeito ao andamento. Suas explicações são calmas, pacientes, e ele parece satisfeito ao que eu demonstro compreender com rapidez a forma com que ele faz suas observações.
Quando decido arriscar uma primeira interpretação, suspiro profundamente algumas vezes, meus dedos trêmulos tocando o teclado com delicadeza, quase pairando sobre ele, e eu fito a expressão entusiasmada de Yoongi uma última vez — enquanto ele balança a cabeça positivamente, em um incentivo silencioso — antes de dar início à melodia lenta e soturna.
Minutos se passam ao que continuo compenetrada na execução, cometendo ocasionais erros e tropeços no andamento, sem interromper a canção, ao que o garoto permanece ao meu lado, a proximidade de seu corpo reconfortante. Ele vira as páginas da partitura para que eu não precise preocupar-me com elas, e quando finalmente chego ao fim do primeiro movimento, um adagio sostenuto, minha reação imediata é a de voltar a observar Yoongi, esperando por algum tipo de feedback.
Eu o encontro com uma fisionomia aveludada, gentil, e ele parece verdadeiramente movido ao que desliza no assento, se acomodando ao meu lado, suas íris escuras encontrando as minhas em um olhar de pura adoração:
— Isso foi incrível. — ele expira o ar, desacreditado. — Você é incrível.
— Sério? — mio, minha voz enterrada em meu retraimento. — Isso é muito gentil da sua parte, mas eu…
— Não, é sério. — sua voz é insistente ao notar minha insegurança. — Eu poderia ouvir você tocar pro resto da minha vida.
Sua revelação é sincera — ainda que ele pareça se arrepender levemente dela, denunciado pelo leve ruborizar de suas bochechas usualmente pálidas —, e eu deixo uma risada nervosa escapar, minhas mãos cruzando e descruzando-se sobre meu colo, incertas.
— Eu adoraria te ouvir tocar também. — sussurro, acanhada com a súbita tensão na atmosfera que nos permeia
— Certo. — ele pigarreia, pescando a pasta e folheando em busca de alguma canção de seu agrado. — O que você acha de Schumann?
— Acho perfeito. — concordo, confirmando com a cabeça e fazendo menção de levantar do banco para que ele tivesse mais espaço, mas sua mão envolve meu pulso e faz com que eu interrompa meus movimentos.
— Fique. — pede, sutil, e eu retorno à minha posição de imediato, sem contestar.
Minha cabeça gira enquanto prendo a respiração, o nervosismo causado por sua presença e toda a intimidade da situação fazendo com que eu me perdesse em pensamentos desconexos, e sou retirada deles apenas quando sua voz soa ao meu lado:
— Qual? — ele folheia algumas páginas ilustradas por diversas obras de Schumann, indeciso, até que eu aponto para uma delas antes que ele pudesse passá-la para trás. — Noite de Primavera? — questiona, e eu murmuro em confirmação. — É uma das minhas preferidas dele.
Ele sorri, momentaneamente concentrado em absorver as informações contidas na partitura, testando um ou dois acordes, antes de discursar, ainda imerso em explorar o teclado:
— Schumann disse que o objetivo dele era que a Sinfonia de Primavera sugerisse que o mundo estivesse tornando-se verde, com borboletas flutuando no ar, e que a parte do Allegro servisse pra mostrar como tudo relacionado à primavera ganha vida. — explica, finalmente posicionando as mãos de forma a indicar que ele, enfim, começaria sua execução. — E ainda que tenha sido uma composição feita pra uma orquestra sinfônica, espero que eu consiga transmitir a mesma sensação com o piano.
E então seus dedos finos pressionam as primeiras teclas, as notas passando a ocupar todo o ambiente ao nosso redor, a adaptação da obra para o instrumento feita por Liszt soando surpreendentemente harmoniosa. Ele fecha os olhos, entregue à canção, e me encontro dividida entre apreciar a melodia suave que reverbera através do cômodo ou fitar seu rosto contorcido em uma expressão devota.
Ao que a música termina, os olhos contentes de Yoongi buscando os meus, me pergunto se o florescer de uma sensação reconfortante no peito e as borboletas que agora flutuavam em meu estômago estavam apenas relacionadas à perfeita execução da obra.
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Para quem é a SEMANA DA CALIGRAFIA? Essa pergunta é importante destacar aqui ☺️ 1. Você que está começando do zero nesse mundo das letras mas se sente PERDIDO pois tá cheio de informação e não sabe um lugar seguro para buscar uma informação de confiança e possa te acompanhar neste processo, se você se sente assim, a semana da caligrafia acredito que é para você ;) 2. Você que AMA arte, design, decoração, moda, artesanato, criatividade, ou seja, todo esse mundo mágico artístico que atrai só de olhar a simples curva de uma caligrafia bem feita, ou que se apaixona pela cor da tinta, a textura do papel, ou seja, se vc é essa pessoa, a semana da caligrafia é pra você :) 3. Você que está buscando um tempo só pra você, para descansar, se reconectar, relaxar, aproveitar bem o tempo fazendo algo gostoso e prazeroso, se você for essa pessoa, a semana da caligrafia também é para você O evento é gratuito e on-line, o link está na minha bio e as pessoas já estão amando a AULA 1 que saiu hoje ✍🏽 Vamos juntos transformar sua letra em arte e descobrir todas as possibilidades que a caligrafia pode ter na sua vida 📝 #semanadacaligrafia #almacalma (em São Paulo, Brazil) https://www.instagram.com/p/CRhDcYANrv7/?utm_medium=tumblr
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24 de Outubro, 1998.
Era época de inverno, não se escutava o som dos passarinhos ao amanhecer, provavelmente estavam todos em seus ninhos. Pequenos flertes de luz solar fizeram-me levantar de minha cama, um novo dia acabará de começar e eu me perguntava secretamente se estaria pronta para isto. Oras, claro que estava. Isso é o que eu sempre dizia para eu mesma e todos em minha volta, deveria manter as aparência e minha reputação, eu jamais abaixaria minha cabeça diante de qualquer coisa. Fui até a janela mais próxima de meus aposentos, observando o jardim em construção infestado de neve e sorrindo com aquela visão, minha sobrinha Grace sempre foi tão apaixonada pelo inverno e aquele jardim seria dedicado a sua primeira cria. Sua barriga já apresentava um volume grande, quem sabe mais uma criança poderia trazer uma luz para estas paredes. Minha criada Jeanine preparou minhas vestimentas e um banho de espumas, com aroma de Jasmine, ótimo para relaxar. Vesti um vestido verde água, minha postura permanecia ereta enquanto meus saltos faziam barulho no pisto de mármore do Palácio. Após um café da manhã silencioso, passei o resto do dia no Centro, as pessoas precisavam de sua Princesa firme e forte e eu seria assim. Todos me olhavam maravilhados e espantados, provavelmente se perguntando como eu conseguia manter-me de pé sendo que nem sua mais nova Rainha havia aparecido ultimamente. Esconder sentimentos sempre foi um de meus diversos talentos e eu gostava de me vangloriar disto. Fui provar alguns vinhos que chegaram no Porto, vindos de Foxeville. Depois dessa longa tarde de negócios, voltei para o Palácio onde encontrei um bilhete perfumado e de uma caligrafia elegante. Minha cunhada trouxe o que finalmente precisava. Charlene é a viúva de meu irmão Albert, ela é como uma confidente em minha vida, a única que conhece minha maior fraqueza, a perda de meu irmão. Meu Albert, é incontável as noites que acordo transpirando por pesadelos envolvendo meu irmão, sinto falta da época em que bastava o seu abraço e todo aquele caos passaria. Entretanto, eu nunca mais teria isso e tentava aceitar ao máximo. Desci até o porão, onde Charlene já me esperava. Ela conseguiu despistar minha sobrinha, dizendo que iria enviar uma carta para as costureiras do enxoval do bebê. Alguns apostavam em um garoto, mas sinceramente, eu apostava em uma menina. As garrafas já estavam ali, esse, era aquele momento único onde eu me permitia cair sobre minhas feridas e toda minha dor. Aquele era o momento em que o líquido descia sobre minha garganta, em uma tentativa inútil de aliviar toda minha dor.
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Aqui estão as suas perguntas de desafio: Dia 1: Tire uma foto/print de seu horário de estudos Dia 2: Uma foto de seu espaço estudo Dia 3: Suas favoritas citações Dia 4: Uma foto de seu resumo mais recente Dia 5: Uma foto de seu favorito livro Day 6: Uma foto que mostre o que você faz no tempo livre Dia 7: O melhor conselho que alguém já te deu Dia 8: Uma foto de sua lista de afazeres Dia 9: Uma foto de sua mesa em uso Dia 10: Quem é seu professor / professor de favorito e porque? Dia 11: A photoset detalhando sua rotina para o dia Dia 12: Uma foto do seu favorito lanche Dia 13: Uma foto de seu livros didáticos Dia 14: Uma frase motivacional Dia 15: Uma foto de sua caligrafia Dia 16: Que música você gosta de ouvir enquanto estuda? Se você não ouvir música enquanto trabalha, o que você faz? Dia 17: Uma foto de seus materiais Dia 18: Uma foto de sua caneta favorita (s) para usar Dia 19: Uma foto de seu espaço de trabalho com um copo de água. (É super importante para se manter hidratado enquanto estuda!) Dia 20: Fale sobre o seu favorito personagem fictício Dia 21: Uma foto de seu diário / planejador / journal Dia 22: Uma foto de sua escola de sonho / universidade Dia 23: Uma foto de seu personagem favorito de TV (porque é importante para relaxar por vezes demasiado) Dia 24: escrever a frase "Eu posso fazer qualquer coisa contanto que eu colocar minha mente para ele." em todas as línguas que você fala e tirar uma foto. Diga a si mesmo que todos os dias! Dia 25: Uma foto da obra / notas que você está mais orgulhoso de Dia 26: Experimente fazer um mapa mental e fotografar o resultado final Dia 27: Experimente fazer uma ficha resumo e tire uma foto dele em uso Dia 28: Poste dicas de estudos Dia 29: Descreva a sua técnica de estudo. É diferente para diferentes assuntos? Dia 30: Você fez isso! Recompense-se fazendo uma de suas coisas favoritas para fazer e tirar uma foto!
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Fofurice do dia: trecho final de meu poema "insana" (Livro da Tribo 2019) em formato de lettering. Se eu amei? 🥰💕 💖💖💖💖💖💖💖💖 Reposted from @arwenlettering Do livro: Caligrafia para relaxar #handlettering #lettering #letteringbrasil https://www.instagram.com/p/CMLEyGHnMwb/?utm_medium=tumblr
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Caligrafia para relaxar #3
Caligrafia para relaxar #3
Olá!!! Hoje vou continuar mostrando as atividades do livro Caligrafia para Relaxar: cultivando a calma e a alegria com a arte da escrita à mão, da autora Amy Latta, editora Sextante. Nos posts anteriores falei sobre a falsa caligrafia e sobre as lições dos capítulos 2 a 4, hoje vou falar sobre as lições dos capítulos 5 a 11.
Para essas atividades são indicados os seguintes materiais:
lápis HB
láp…
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