#Bibliotecas do Recife
Explore tagged Tumblr posts
Text
Biblioteca Popular de Casa Amarela (construção projetada, no estilo da arquitetura moderna, pelo arquiteto Heitor Maia Neto e com painel de azulejos de Hélio Feijó) - Bairro de Casa Amarela, Recife Em 1955.
Photo Marcel Gautherot.
#Biblioteca Popular de Casa Amarela#Biblioteca Popular#Bibliotecas do Recife#Recife#Recife PE#Recife City#Recife Antigamente#Circa 1955#1950s#pernambuco#nordeste#photography#photo#vintage#vintage photography#1950s history#Old Photo#Old Photography#Efemérides#Antigamente#Fotografias#Foto Antiga#Fotografia#Fotografia Antiga
9 notes
·
View notes
Text
Você vai deixando rastros pela casa.
Tem uma foto nossa na minha carteira
e na parede do meu quarto.
Tem um girassol na varanda, que está vivo há 15 dias e insiste em não morrer.
Tem um bonequinho que você trouxe de Recife pra mim na minha biblioteca.
Meu cachorro está andando pela casa com a pulseira que estava no seu braço hoje.
Às vezes o medo de paralisa, porque sei que é você.
E, se não for, também sei:
Vai ser o pior término da minha vida.
(Iraque)
4 notes
·
View notes
Text
youtube
A Princesa do Catete (Euclides Fonseca) - Recife/PE, ago-set/2024
Opereta cômica brasileira de 1883: link1 ou link2. Acompanhe o texto pelo libreto: páginas 92 a 116 desta Tese de Doutorado. V Festival de Ópera de Pernambuco no Teatro de Santa Isabel.
Obra em 3 atos de Euclides Fonseca (1853-1929), primeiro compositor pernambucano a compor ópera, com libreto de Carneiro Vilela (1846-1913).
Transmite uma mensagem crítica de linguagem satírica. Aborda fatos reais como a presença de imigrantes chineses trabalhadores do plantio de chá e arroz no Brasil. E temas em voga no Brasil da virada do século XIX para o século XX (Belle Époque brasileira), como a febre amarela e a crítica à utilização desenfreada de injeções para cura de doenças, atingindo todas as classes sociais do Rio de Janeiro. Nesse contexto se encontram duas jovens e nobres princesas, personagens fictícios que disputam o coração de um príncipe, sempre sob o olhar de um jornalista manipulador, que intenciona se eleger deputado. O reino fictício do Catete pode ser idealizado na região do atual bairro do Catete, Rio de Janeiro, com a presença do Palácio do Catete.
Enredo: A Princesa do Botafogo possui um romance secreto com o Príncipe Narciso e o convida para encontrá-la, sigilosamente, no Reino do Catete, onde estará de passagem. O Príncipe, por sua vez, ao chegar ao local combinado, se encanta e corteja outra princesa, a anfitriã desse Palácio, a Princesa do Catete, que, igualmente, passa a se interessar pela figura do belo príncipe galã. Em sequência, a Princesa do Catete surpreende o Príncipe Narciso com a Princesa do Botafogo, e, exaltada, propõe um duelo contra sua mais nova rival, que, também exaltada, aceita a disputa. Apesar do duelo não chegar a se concretizar entre as princesas, ele se torna palco para disputas de poder paralelo, envolvendo o tutor da Princesa do Catete, o Marquês do Flamengo, e outros personagens, esses secundários, interessados em casamentos vantajosos, como o Duque do Boqueirão e o candidato a deputado e demagogo, Dr. Raio Vulcão. O enredo também foca questões sociais como a febre amarela, grande preocupação social à época, a imigração chinesa e a transição entre a monarquia e a república no Brasil.
Personagens principais: - Príncipe Narciso: galã - Dr. Raio Vulcão: jornalista manipulador e astucioso. Tribuno demagogo, que tudo realiza para estar sempre ao lado do poder. Candidato a deputado. - Princesa do Catete: prometida ao Duque do Boqueirão. - Princesa do Botafogo: tem romance secreto com o Príncipe Narciso. - Marquesa do Flamengo - Marquês do Flamengo: tutor da Princesa do Catete. - Duque do Boqueirão
Sinopse: Era uma vez… o lendário Reino do Catete. Esse Reino não tão distante estava sendo invadido por uma onda de febre amarela, de imigração de chineses e por cientistas que mais pareciam curandeiros loucos. O reino será palco dos golpes do espertalhão Dr. Raio Vulcão, das engraçadas intervenções do Frei Sarrabulho, das conveniências do Marquês do Flamengo e do Duque do Boqueirão e, claro, da História de Amor entre a Princesa do Botafogo e o Príncipe Narciso, que seriam mais facilmente felizes se o Príncipe não fosse cobiçado pela assanhada Princesa do Catete! Chá chinês, café brasileiro, unguentos indígenas, remédios europeus, valsas vienenses, tangos argentinos, boleros latinos, beijos ardentes, amores proibidos e até um duelo mortal temperam este verdadeiro Carnaval que é a cara do Brasil.
Reportagem
Tese de Doutorado UFMG 2023
Artigo "A opereta A Princesa do Catete"
Artigo "Também tive um sonho, ária"
Obras de Euclides Fonseca | Musica Brasilis
Instituto Ricardo Brennand: local atual da partitura.
Hemeroteca Digital Brasileira da Biblioteca Nacional
0 notes
Text
Em comemoração à Semana Nacional das Comunicações, a secretária Nacional da Juventude do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, Emily Coelho, falou hoje (7) sobre o projeto Horizontes, que leva internet e tecnologia a jovens de áreas carentes. Assista na íntegra: *Matéria em atualização. Veja também: EBC inaugura banda estendida FM e estreia programação em 5 capitais A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) estreia hoje (7), em cinco capitais brasileiras, na chamada banda estendida FM. A nova frequência de transmissão é a 87.1 FM. Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Recife já podem sintonizar na nova frequência. » Leia mais Programa conserta e doa computadores a escolas e bibliotecas Computadores que não servem mais para o uso em repartições públicas, mas que podem ser de grande valia para quem não tem acesso a essa tecnologia, estão sendo reaproveitados em escolas e bibliotecas. » Leia mais
0 notes
Text
Animador cultural Marcelo Bonfim comanda programação gratuita para crianças em Fernando de Noronha
Evento vai acontecer no sábado (20), em frente à Biblioteca Pública Distrital Heleno Armando, a partir das 16h, na Praça da Vila do Trinta. Criançada de Fernando de Noronha tem programação de férias Uma programação especial de férias gratuita vai ser realizada para as crianças de Fernando de Noronha no sábado (20). O animador cultural Marcelo Bonfim, que é do Recife, comanda o evento do projeto…
View On WordPress
0 notes
Text
O acadêmico, diplomata, poeta, ensaísta, memorialista e historiador Alberto Costa e Silva morreu na madrugada deste domingo (26), em casa, de causas naturais, aos 92 anos. De acordo com a Academia Brasileira de Letras (ABL), não haverá velório, e o corpo será cremado amanhã em cerimônia restrita à família. Especialista na cultura e na história da África, Costa e Silva foi embaixador do Brasil na Nigéria e no Benin, e é considerado um dos mais importantes intelectuais brasileiros. “Sua obra é fundamental para o desenvolvimento dos estudos e do ensino da história do continente africano. Escreveu mais de 40 livros, entre poesia, ensaio, história, infantojuvenil, memória, antologia, versão e adaptação”, diz a ABL em nota sobre a morte do acadêmico. Eleito para a ABL em 2000, foi o quarto ocupante da cadeira nº 9, na sucessão de Carlos Chagas Filho. Alberto Costa e Silva foi presidente da Academia no biênio 2002-2003 e ocupou os cargos de secretário-geral em 2001, primeiro secretário em 2008-2009 e diretor das Bibliotecas em 2010-15. Era também sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Portuguesa da História. A diplomação no Instituto Rio Branco ocorreu em 1957. O acadêmico nasceu no dia 12 de maio de 1931, em São Paulo, e fez os estudos primários e o curso secundário foram em Fortaleza. Em 1943, mudou-se para o Rio de Janeiro. No discurso de posse na ABL, destacou a sua brasilidade. “Carlos Chagas Filho desejou para esta cadeira que fosse uma 'cadeira cativa' carioca. Não o desapontará de todo estar eu aqui. Meu pai era de Amarante, no Piauí, de mãe maranhense, e estudou no Recife; minha mãe era de Camocim, no Ceará, criada em Manaus; tive um irmão carioca e dois mineiros, um deles educado em São Luís do Maranhão; de minhas irmãs, uma nasceu no Amazonas e a outra no Rio; deixei de ser gaúcho por três meses e fui nascer em São Paulo. Se me considero piauiense de coração, ancorado, pela infância, em Fortaleza, acabo de esboçar a ficha pessoal e familiar de um verdadeiro cidadão do Rio de Janeiro, cujas velhas ruas mais de uma vez percorri na companhia de um dos mais fraternos de meus amigos, Herberto Sales, e de um de seus amigos mais fraternos, Marques Rebelo.” África O interesse de Costa e Silva pela história da África foi despertado pelos livros Os Africanos no Brasil, de Nina Rodrigues, e Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre. No início da carreira diplomática, fez a primeira viagem à África, como integrante da comitiva do então ministro das Relações Exteriores, Negrão de Lima, representante do Brasil nas cerimônias de independência da Nigéria, em 1960. “Desde então seu interesse pelo continente, conhecido pelos que com ele conviviam, fez com que fosse designado para missões na África”, disse a historiadora Marina de Mello e Souza. Condecorações Entre as condecorações que recebeu no Brasil estão a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco; Grande Oficial da Ordem do Mérito Militar; Grande Oficial da Ordem do Mérito Aeronáutico; Comendador da Ordem do Mérito Naval e Comendador da Ordem do Mérito Cultural. Fora do país, entre outras, recebeu em Portugal a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo; Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago da Espada; Grã-Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique; na Colômbia, Grã-Cruz de Boyacá; comendador da Ordem de San Carlos; na Espanha, comendador com placa da Ordem de Isabel, a Católica; e, na Itália, Grande Oficial da Ordem do Mérito. Lula e imortais Em mensagem na rede X (antigo Twitter), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou pesar com o falecimento do diplomata, ensaísta, historiador e um dos mais importantes conhecedores da África no Brasil, Alberto Costa e Silva."Membro da Academia Brasileira de Letras, teve um papel fundamental na necessária aproximação entre o Brasil e o continente africano, de onde nutrimos nossas origens e em cuja ancestralidade alimentamos os nossos saberes. Sobre o rio chamado Atlântico, que Alberto identificou, seguiremos construindo as pontes que ele sonhou", escreveu o presidente.
"Meu abraço solidário aos filhos, netos e todos os familiares de um dos mais importantes intelectuais brasileiros no século XX." Para o presidente da ABL, Merval Pereira, a morte de Alberto Costa e Silva tem efeitos múltiplos, todos negativos para a cultura brasileira, que perde um dos seus maiores intelectuais de todos os tempos.“Para o estudo da África, Alberto foi um dos maiores, senão o maior africanólogo brasileiro. Tinha uma dimensão histórica e política sobre nossas relações com a África, e dava a importância que ela sempre teve, mas nunca foi devidamente enaltecida como ele fez em seus livros. Ganhou o Prêmio Camões, o maior prêmio da língua portuguesa por esta especificação da importância da África no desenvolvimento brasileiro. Era um grande poeta, grande intelectual, grande diplomata. Internamente, nós, da ABL, perdemos uma de nossas bússolas. Alberto dava a direção e a solução correta quando tínhamos dúvidas. É uma perda que tem consequências graves para a ABL, para a cultura brasileira e para o Brasil como um todo”, afirmou o jornalista. João Almino também lamentou a morte do amigo. “Uma inestimável perda para a ABL e o Brasil do grande homem que foi Alberto Costa e Silva, como diplomata e como intelectual, historiador e africanista, reconhecido dentro e fora do Brasil, com uma obra sólida na ficção, na poesia e no ensaio. Presença marcante nas reuniões da ABL enquanto sua saúde permitiu, sempre guardaremos as melhores recordações de sua vasta cultura e de seu humor”, disse. O acadêmico Arnaldo Niskier destacou a atuação impecável de Alberto Costa e Silva na ABL. “Sua presidência na Casa de Machado de Assis foi simplesmente histórica! Estivemos com ele ao lado de sua querida Vera na Embaixada do Brasil guardando até hoje esses momentos felizes. Como historiador e africanista, deixou um excelente trabalho. Sentiremos muito a sua falta.”A escritora Ana Maria Machado disse que, apesar de saber que o colega vinha enfrentando problemas graves de saúde e se apagando aos poucos, a morte do amigo representa para ela uma tristeza imensa. “Eu gostava imensamente dele, foi um privilégio ter convivido de perto com Alberto durante anos, um dos responsáveis diretos por minha entrada para a ABL.” Segundo a acadêmica, além do historiador e africanólogo “incomparável e exemplar”, a quem o mundo tanto deve, e o Brasil nunca louvará suficientemente, Alberto Costa e Silva foi bom poeta e excelente memorialista. “Capaz de abrir mão de vaidades individuais em seus escritos e evocar com acuidade e precisão ambientes, costumes e pessoas do passado, personalidades importantes com quem conviveu, detalhes preciosos dos bastidores do poder.” Para Cacá Diegues, o colega foi um irrepreensível membro da academia. “Sua morte deixa um imenso vazio no espírito da ABL, é uma ausência grave entre nossos especialistas: ninguém no Brasil possui o conhecimento da África como ele o possu��a, ninguém sabia mais sobre a história e a economia daquele continente, ninguém era tão íntimo da cultura popular africana como ele. Vamos levar muitos anos, quem sabe, décadas, para formar um outro especialista em África como Alberto Costa e Silva! O luto da ABL é total e irreparável. E o do Brasil também”, completou. Itamaraty Em nota, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou, com grande pesar, o falecimento do embaixador Alberto Costa e Silva. “Como diplomata, ocupou relevantes funções em Brasília, entre elas a de chefe do Departamento Cultural (1983-1984), a de subsecretário geral de Administração (1984-86) e a de Inspetor do Serviço Exterior (1995-98). Ao longo de uma carreira destacada, no exterior, serviu inicialmente nas embaixadas em Lisboa, Washington, Caracas, Madri e Roma, antes de ser embaixador na Nigéria (1979-83) e cumulativamente em Cotonu, Benin (1981-1983), em Portugal (1986-90), na Colômbia (1990-93) e no Paraguai (1993-95). Sua valiosa e extensa contribuição diplomática o tornou um dos artífices da política externa brasileira para a África”, diz o texto.
De acordo com o ministério, Alberto Costa e Silva deixa sete netos, uma bisneta recém-nascida e três filhos, todos vinculados ao Itamaraty: a embaixatriz Elza Maria e os embaixadores Antônio Francisco e Pedro Miguel. "O Ministério das Relações Exteriores expressa à família, aos amigos e aos discípulos do embaixador Alberto da Costa e Silva as mais sentidas condolências”, conclui a nota. Texto ampliado às 13h37 para inclusão de mensagem de pesar do presidente Lula pela morte do acadêmico Com informações da Agência Brasil
0 notes
Text
Bologna: Museo internazionale e biblioteca della musica, presenta la dodicesima edizione di (s)Nodi festival di musiche inconsuete
Bologna: Museo internazionale e biblioteca della musica, presenta la dodicesima edizione di (s)Nodi festival di musiche inconsuete. Il Museo internazionale e biblioteca della musica del Settore Musei Civici Bologna presenta la dodicesima edizione di (s)Nodi - festival di musiche inconsuete in programma ogni martedì sera dal 25 luglio al 12 settembre 2023, dedicato a tutti coloro che vogliono vivere l'estate ascoltando musica dal vivo. Apprezzato da un pubblico appassionato di esperienze sonore originali, il festival propone un nuovo giro musicale intorno al mondo in otto tappe per conoscere e raccontare alcune fra le più interessanti declinazioni della musica etnica e popolare contemporanea, oltre i confini geografici e di genere. A fare da da filo conduttore nel cartellone delle proposte selezionate sarà ancora una volta l'attenzione verso il talento e l'originalità nella capacità di contaminare linguaggi musicali differenti. Si debutta il 25 luglio con Cucòma Combo la creatura musicale di Marco Zanotti, fondatore e direttore della Classica Orchestra Afrobeat, che da anni raccoglie diversi tipi di "aromi" musicali in giro per il mondo sotto forma di strumenti, ritmi, voci. Carimbò, afrobeat, soukuss, mbira, gaita, danmoi, Colombia, Zimbabwe, Capo Verde: la matrice delle composizioni è nera come il caffè e si rivela nella fitta tessitura di voci tribali e nel ritmo incalzante dei brani. Una mistura eccitante tra sperimentazione e tradizione, avant-garde e world music che parte dalle diversità per celebrare l'uguaglianza, la tolleranza e il desiderio per una super band dal vivo esprime al massimo l'immagine della caffettiera (cucòma in romagnolo) in ebollizione! L'1 agosto la voce di Saba Anglana, cantante e autrice italo-etiope nata in Somalia, scava come una radice nel terreno della memoria, si allea alla natura e ai suoi elementi, al vento, alla foresta, all'acqua, alle montagne e ai deserti, cercando il loro comune denominatore in un fitto intreccio di canto e parola, musica e narrazione. Accompagnata dalle incursioni pianistiche di Fabio Barovero sulle traiettorie di una musica che migra tra i continenti e feconda i generi, un concerto che è una vera e propria mappa del tesoro lungo le tracce della sua avventurosa geografia, dal blues del Corno d'Africa, ai ritmi del versante occidentale, dalle corde mistiche dei cantastorie alle composizioni etiopi di derivazione copta ortodossa. L'8 agosto lasciamo le forme occidentali per immergerci nel continuum sonoro di Kalasciò, il duo costituito da Massimiliano di Carlo e Valentina Bellanova ispirato ai codici improvvisativi ancora attivi nell'Appennino centrale e nell'Adriatico (terre di provenienza di Massimiliano) e nella tradizione turco/greca (di cui Valentina è una delle migliori interpreti europee). Un flusso dove la musica fluisce attraverso improvvisazioni modali, secondo una vera e propria ritualità sonora che libera lo spazio percettivo dell'ascoltatore per attendere sensazioni corporee, intuizioni introspettive, visioni creative. Il 15 agosto si festeggia Ferragosto con il trio di Flaira Ferro. Cantautrice e danzatrice nata a Recife (in pieno Carnevale!), la sua formazione come allieva del leggendario maestro Nascimento do Passo è fortemente legata alla cultura popolare del Pernambuco. Il suo è uno spettacolo a tutto tondo in cui, accompagnata nella tappa bolognese del suo tour europeo dal polistrumentista Lucas Dan e dal percussionista Philipp Bernhardt, mescola in maniera originalissima elementi tradizionali dei ritmi del frevo, del forró, del caboclinho e del maracatu - tipici della cultura popolare del nordest brasiliano - con rock, pop, funk ed elettronica, trascinandoci nel vortice del suo travolgente linguaggio ibrido e tropicale. (s)Nodi continua il suo viaggio il 22 agosto con Perija: dalla Macedonia del Nord, per la prima volta in Italia la band dark-folk definita l'ultima incarnazione della trance psichedelica neo-hippie-folk-postpunk. I loro temi (cantati nelle diverse lingue dei Balcani) spaziano dalle antiche ballate di paese (da loro riscoperte e raccolte sul campo) fino ad importanti questioni sociali del presente, in un'interpretazione unica, influenzata dalle sonorità delle scale maqam mediorientali e dai ritmi irregolari nordafricani, fino al blues, al post-punk, all'atonale e al jazz. A seguire, il 29 agosto, Ipek Yolu (nome turco della Via della Seta), quartetto estremamente dinamico, il cui fulcro è costituito dal groove delle ardenti melodie del saz di Orhan Özgur, a cui si sono recentemente aggiunti il beat del pluripremiato batterista jazz/hip-hop Frederik Bülow e gli assoli di sintetizzatore di Malthe Jepsen, uno dei tastieristi più tecnici della scena musicale europea. Il tutto a realizzare un set contagioso, tra folk psichedelico turco, ritmi di ispirazione africana e sudamericana e un leggero tocco di hip-hop e jazz fusion in grado di offrire un'esperienza musicale diversa da qualsiasi altra. Il 5 settembre arriva da Seoul arriva per la prima volta in Italia il minimalismo raffinato e paziente di Dal:um, Due musiciste e due antichi e pesanti strumenti acustici con corde di seta che vengono pizzicate e sono in grado di emettere sia tonalità melodiche che risonanze percussive. Un dialogo continuo tra pratiche tradizionali e sperimentali, che sfida i limiti e le potenzialità dei più noti strumenti tradizionali della Corea (il gayageum e il geomungo), creando un avvincente mondo sonoro bilanciato ed espansivo che fa tesoro delle dinamiche delicate e dello spazio tra le note. La rassegna si conclude il 12 settembre con tellKujira: nell'autunno 2020 nasce come quartetto da camera imperfetto con due chitarre elettriche al posto dei violini. La sua musica stilisticamente apolide, flessibile e aperta alla contaminazione si muove tra contemporanea, elettronica, art rock e free jazz, attraverso paesaggi sonori astratti, ambient, poliritmici, industriali che, durante le esibizioni live, cambiano in maniera sorprendente, sfociando gradualmente in una full immersion collettiva di infinite possibilità sonore. (s)Nodi - festival di musiche inconsuete fa parte di Bologna Estate 2023, il cartellone di attività promosso da Comune di Bologna e Città metropolitana di Bologna - Territorio Turistico Bologna-Modena. Programma: Martedì 25 luglio ore 21.00 > Cucòma Combo Marco Zanotti batteria, percussioni, voce Martina Fadda voce solista, percussioni, synth Daniel Corbelli chitarra, percussioni, voce Andrea Taravelli basso, voce Fabio Mina flauti, sax tenore, colombian gaita, danmoi, electronics, kalimba Marcello Jandu Detti trombone, bombardino, tromba, shells, voce Martedì 1 agosto ore 21.00 > La mia geografia Saba Anglana voce e testi Fabio Barovero pianoforte e incursioni elettroniche Martedì 8 agosto ore 21.00 > Kalasciò Massimiliano Di Carlo voce, calascione, zampogna zoppa, tromba, flauto armonico, tamburello, scacciapensieri Valentina Bellanova flauti, cornamusa, ciaramella, ney, voce, tamburo Martedì 15 agosto ore 21.00 > Flaira Ferro Flaira Ferro voce Lucas Dan fisarmonica Philipp Bernhardt percussioni Martedì 22 agosto ore 21.00 > Perija Lea Milinovikj oud, tambura, cumbuş saz, percussioni Dea Delina Plevneš percussioni, voce Katerina Dimitrovska voce, tambura, kemane, percussioni, yaylı tambur Ognen Zlatanov cumbuş saz, oud, yaylı tambur, tambura, voce Martedì 29 agosto ore 21.00 > Ipek Yolu Orhan Özgur saz, voce Olaf Brinch basso Frederik Bülow batteria Malthe Jepsen tastiere Martedì 5 settembre ore 21.00 > Dal:um Ha Suyean gayageum Hwang Hyeyoung geomungo Martedì 12 settembre ore 21.00 > tellKujira Ambra Chiara Michelangeli viola/fx Francesco Diodati chitarra/fx Francesco Guerri violoncello Stefano Calderano chitarra/fx Biglietti intero € 10 | ridotto € 8 (studenti universitari con tesserino, minori di 18 anni, possessori Card Cultura) L'ingresso è consentito fino ad esaurimento posti. È possibile acquistare i biglietti in prevendita: • presso il bookshop del Museo della Musica in orario di apertura (da martedì a giovedì 11.00-13.30 / 14.30–18.30 | venerdì 10.00-13.00 / 14.30–19 | sabato, domenica, festivi h 10-19) e nel giorno del concerto a partire dalle ore 20.00 • online (con una maggiorazione di € 1) sul sito http://www.museibologna.it/musica oppure sul sito https://www.midaticket.it/eventi/snodi-festival-di-musiche-inconsuete. I biglietti non sono rimborsabili. Informazioni Museo internazionale e biblioteca della musica Strada Maggiore 34 | 40125 Bologna Tel. +39 051 2757711 ... #notizie #news #breakingnews #cronaca #politica #eventi #sport #moda Read the full article
0 notes
Photo
- Estamos iniciando a nossa campanha para conclusão da obra das salas de cursos, formação e atividades sociais onde funciona a Biblioteca Comunitária Educ Guri, o valor arrecadado será aplicado na reforma integralmente e pedimos aos nossos Amigos e Amigas que participem e divulguem com os familiares e amigos. O valor do bilhete custa RS 10,00 e aceitamos o pagamento também via PIX. 🍀🍀 - Serão sorteados 5 prêmios, pela Loteria Federal do 1º ao 5º prêmio no dia 13/05/2023: 1º - uma Piscina Bestway Steel Pro 6,473L (para uso doméstico). 2º - um Combo com 12 Cursos na área de Tecnologia, da Pernambuco Cursos. 3º - um Liquidificador Turbo Mondial 4º - um Caixa de Som BT 5º - um Ferro a Vapor Mallory - A entrega será na sede da Biblioteca Educ Guri Rua: Mandari, 209 – Bairro: Mangueira – Recife/PE. (em Mangueira) https://www.instagram.com/p/CpTcTg2rlsz/?igshid=NGJjMDIxMWI=
0 notes
Photo
*23 de janeiro de 1637 - Há 386 anos João Maurício de Nassau chegava ao Recife* Johann Mauritis Von Nassau-Siegen nasceu na Alemanha, em 17 de junho de 1604. Filho de uma das família nobres mais importantes da Europa, estudou em Genebra, Herbon e Basileia. Com formação Calvinista, ingressou na carreira militar em 1621, durante a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), alcançando o posto de alferes de cavalaria. Promovido a capitão em 1626, três anos mais tarde assumiu o posto de coronel. Aos 33 anos de idade, recebeu o convite para trabalhar na Companhia das Índias Ocidentais, onde foi destacado para administração dos domínios holandeses no Brasil, para onde partiu em 25 de outubro de 1636 trazendo na tripulação cientistas, arquitetos e engenheiros. No dia 23 de janeiro de 1637, sua esquadra chegou ao Recife, cidade escolhida para ser a capital do Brasil holandês. Em sua comitiva, havia pintores, como Frans Post e Albert Eckhout, escultores, astrônomos, arquitetos e outros cientistas. O mapa “Perfect Caerte der Gelegen theyt van Olinda de Pharnambuco Maurits-stadt ende t’Reciffo”, disponibilizado pela Fundação Biblioteca Nacional é considerada uma das melhores plantas do período do domínio holandês, tanto na representação cartográfica quanto na riqueza de informações. Fonte: Blog da Biblioteca Nacional https://blogdabn.wordpress.com/2017/01/23/fbn-23-de-janeiro-de-1637-chegada-de-mauricio-de-nassau-ao-recife/ (em Forte do Brum) https://www.instagram.com/p/CnxiB6jvNqI/?igshid=NGJjMDIxMWI=
0 notes
Text
Glorinha,
Desculpe a pressa. Meus dedos estão engordurados, é porque a janta está no fogão. Vamos, iríamos, quero dizer, irei comer macarrão com salsichas e batata cozida. Não é nada saudável, eu sei, porém, talvez isso seja o pior, é muito fácil de fazer! A praticidade é uma das coisas mais bonitas nessa vida. A vida hoje está cheia de coisas fáceis, fuja delas na possibilidade e na imanência desses fenômenos (viu só? que palavra chique: f-e-n-ô-m-e-n-o. tô treinando a escrita, graças a ti), exceto para jantas, que aí tá liberado mesmo. Esses dias eu derrubei água no computador, acho que entrou em curto-circuito (outra palavra engraçada kkk). É que eu ando desastrado como sempre, sem foco, sabe? Meio com pressa de viver as coisas, engraçado, pois é quase simultâneo, que eu consigo focar em algo por muito tempo, daí atrasando as coisas que paralelamente devemos fazer, por exemplo, estou de olho n’água da batata, quase pronta, e escrevo aqui para você. Na verdade, tenho escrito esta carta mentalmente faz tanto tempo que nem lembro mais.
Escrevo para mesurar a saudade, mensurar a maldade e censurar a proibição. Escrevo porque quero. Ainda não sou inteligente, como você, sabiamente, recomendou que eu fosse. Cito: "Você é um menino muito inteligente, mas seja inteligente no total, não só em certos aspectos da sua vida”. A batata está pronta, só falta a salsicha, farei uma pausa para comer, mas eu já volto. Adultos voltam sim, aprendi isso com o Daniel, o Tigre. Acho engraçado o nome dele acompanhar um artigo masculino. Uma vez, também sabiamente, até então somente minha severa professora de matemática, mas de bom coração, daqueles bem molinho, disse para mim: você pensa mais rápido do que sua mão (a capacidade de escrever). Um ano depois eu fui levado para a diretoria pois, você deve saber, acabei rabiscando a prova de avaliação da educação no estado de São Paulo, forçando a professora a me tirar da sala, algo que era meu objetivo desde o começo. Lá, com dona Alessandra ao meu lado, o diretor disse para consultar um psiquiatra, ou um psicólogo, à preferência da mãe. Eu já te disse que penso muito rápido, ou às vezes penso muito lento, mas de forma detalhada ao extremo, e repeditamente?
Entendi algo precioso nesses anos em que a nossa comunicação não existiu. Aquilo que digo sobre os outros, diz muito mais sobre mim do que deles. É como se o defeito que vejo dos outros de certa forma dialoga com os problemas que eu carrego, sendo analogias internas, numa conversa introspectiva, onde só eu poderia resolvê-los. Quem ficou louco fui eu, não você. Nunca você. Eu, sempre.
Você não é egoísta.
Esses dias estava com a Manu, lá em Santos. E todo santo dia ela ficava até de madrugada conversando com a namoradinha on-line dela, desculpa o diminutivo, é que elas são crianças, 14 e 15 anos? Nem sabem o que amor, eu tenho 25 e ainda não sei o que ele é. Mas lembro de ter sentido. Contigo, com ela, com outras, com outros, de mim mesmo, dos meus irmãos. Tem dia que eu sinto que entrarei em curto-circuito, feito meu computador, é aquela sensação de que a vida vai passar num sopro, como que se só por capricho dos Deuses minha vida fosse tirada daqui e levada para o mundo do acolá, o grande Desconhecido. Memento Mori, era disso do que eles falavam? Dessa sensação de que tudo vai acabar a qualquer instante, quando até o vento, um canto desafinado do vizinho ao tomar banho, enchem meu coração de felicidade. Nesses momentos, críticos e delicados, minha mente sensibiliza os mínimos detalhes. Olhar nos olhos do cara que vende pão pode ser algo complicado, ou muito lindo. Então, você lembra? Das ligações, as madrugadas... Lembra? Se eu fechar os olhos e pensar muito forte eu acho que consigo sentir a mesma felicidade que esses dias trouxeram para mim. Pausa, hora da janta. Foi você que mandou aquele celular para mim? Acho que não. O que tinha tecladinho e tinha um touch screen horrível. Eu sabia entrar nas músicas sem olhar para o celular, de tão íntimo que fiquei do aparelho e, consequentemente, de você. Isso eu sei que não te contei mesmo, mas quando morei aí nas suas terras, no coração da Av. Conde da Boa Vista, prédio Módulo, às vezes o elevador quebrava e tinha que subir uns tantos décimos andares. Alan tinha alugado um novo apartamento, dois quartos, hipoteticamente melhoraria nossa convivência. Durante a mudança, totalmente embriagado de cannabis, escutando uma música altíssima, um rapaz viu que era fácil como tirar doce de criança. Puxou a mochila, aconselhando que se eu o desse, sem violência, poderia ir em paz. Perdi toda minha biblioteca de músicas especiais, foi um dia triste. Eu até acho que ele morava ali em volta, e dias depois ficou me seguindo. Eu sou meio paranoico mesmo, desculpa. Nem a Larissa conseguiu me aguentar, morar junto. Eu fico imaginando como a história da Manu acabará. Será que muita história vai rolar pelos olhos dela? Uma coisa que nunca admiti para ninguém é: eu fui pra Recife na esperança de encontrar você, ou qualquer outra coisa que substituísse um vazio incômodo, que com você, às vezes, não parecia existir.
A verdade é: prioridades. Você nunca foi a minha, talvez em alguns momentos, confesso, mas quando houve realmente a minha oportunidade, eu sei que fui distante. Menti. Acho inteligentíssimo da sua parte afastar-se de mim, bloquear nas redes sociais, eu realmente sou tóxico. Você conhece o dilema do porco-espinho?
O dilema do porco-espinho é uma metáfora criada pelo filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) para ilustrar o problema da convivência humana. Schopenhauer expôs esse conceito em forma de parábola na sua obra Parerga und Paralipomena, publicada em 1851, onde reuniu várias de suas polêmicas anotações filosóficas.
O porco-espinho, quando frio o suficiente para congelar uma vida, reúne-se com os outros pares da espécie para o aquecimento coletivo. Porém, quando perto demais, acabam machucando uns aos outros, obrigando novamente a se afastarem. O frio não desiste e faz eles lembrarem que devem ficar juntinhos, caso queiram o calor necessário, e os espinhos voltam a furar o próximo. Nesse vai-e-vem, o que tiro da parábola é: O quanto mais eu quero magoar alguém, quanto mais fundo desejo colocar o espinho da dor num outro ser humano, mais e igual é a ferida que abriu (ou abrirá) em mim, pelo espinho do outro. Seja lá por qual iniciativa, minha ou a dele. Concluo. Quando eu quis te magoar (conscientemente), a ferida que havia em mim estava sendo feita, ou já havia sido, por mim. Entende? É meio confuso. O problema não era você e suas atitudes, ou o simples transar com o querido Olmir, Netinho para os íntimos, mas não é aquele di Paula. O que doía em mim vinha de mim. Da raiva que eu sentia do mundo, esse desejo de explodir, a masculinidade tóxica, pronta para devorar o primeiro ser vivo que passar na frente e, assim, proteger sua prole. Um instinto de proteção, mas se proteger do que? Da fragilidade? De saber que ela pode ser dele, e não minha, que ela nunca será “minha”, que eu não sou unanimidade? Medo do quê? Será que sou gay? Sério, já me perguntei isso. Eu beijei uns rapazes, e não é isso. Eu já pensei tanto... Ainda não sei sobre o porquê deste medo. Sei é da reação que tenho dele. Um jeito de não enfiar espinhos em alguém é, olha só que fórmula mágica, em 1, 2 e 3: ficar sozinho. Dói ficar sozinho. Têm dias que eu acordo chorando, sem nem saber o porquê... Outros dias, já disse, meu coração sorri ao primeiro soprar da brisa sulina, balançando os versos de meu cabelo no ar. Você consegue ver como eles dançam?
Antes de ir embora, eu queria te contar uma história nada a ver, kkkkkkkkkkkk. Ah, antes da história, eu adoro isso, chamo funções recursivas, é algo que você consegue usar para criar infinitas coisas serializadas, tipo, antes da história, que fica antes de eu ir embora. Outro tipo de função recursiva é a do “sucessor”. Sucessor de zero, um. Aplica de novo, você tem o dois, repete e continua, parabéns, você construiu o conjunto dos números naturais! Tá. Me empolguei, desculpa. Pode pular essa parte (vou corrigir isso e colocar o aviso antes). Antes da história: já faz três anos que estou em Florianópolis. Curso Filosofia, bacharel e licenciatura, mas gosto mesmo é da lógica. Antes da matrícula presencial, descobri que aquela casinha que você foi me visitar, fora vendida num leilão, fruto da inadimplência (olha só, outra palavra chique). Estávamos sem casa. Lari debandou num apto com o Wahiderson, perto do Zahir falamos Washington, mas eu acho que ele é malandro e saca que estamos falando do pai dele. Mamãe foi pra PG com o Jairão. Eu peguei uma bicicleta, meu violão e vim para a Ilha da Magia, que de mágica não tem nada. Eu já havia tentado Geografia, Matemática, só trabalhar e Conservatório. Nada deu certo. Dessa vez tinha que fluir, não é? Chegando aqui acabei sendo acolhido pelo programa do PAEP (Programa de Apoio Emergencial de Permanência). Acabei conseguindo a Bolsa Estudantil de Permanência, depois a vaga para a Moradia fixa saiu, e daí eu vi que as coisas encaixariam. De lá pra cá, afundei a cara nos livros, usei pouquíssimas drogas, acredita? Mas, usei, não nego! Hahaha, só que eu percebi, não ia mais em festas, bem diferente do Enxada Rio Claro (os meninos da rep até ficam de cara quando digo que me dei bem na faculdade, que estudei etc.), ficar em casa é mais divertido, melhor para a alma, sabe? Os dias que não quero me sentir tão sozinho, faço que nem sua amiga, a solidão é menor na multidão. Quando cheguei nesse quarto, onde escrevo esta cartinha, que é mais terapia do que carta, fui depressa dar uma cara minha para o lugar. Coloquei fotos na parede, desenhos, colagens, mensagens aleatórias e fórmulas de lógica na parede, para quando entrarem, falarem: Nossa, quem que mora aqui? É como se eu registrasse um pouco de mim no mundo, mesmo que a resposta da pergunta seja: não sei, ainda a pessoa sabe que o fator desconhecido veio de algum lugar, e não importa que esse lugar seja eu para ela, mas importa para mim. Entende? O que eu queria dizer chegou exatamente agora.
Dentre as fotos, algumas da minha infância, da coleção de Mamãe Album and Photos, uma do meu pai e minha mãe casando-se, os dois bonitões, pela foto, eu suponho, mamãe parece ligeiramente mais feliz do que o Anderson, o Monumento. Há três por quatro de quase todo mundo: Manuela, tentando segurar um sorriso espontâneo. Larissa, recordação anual da escola, feita para gerar lucro, onde certamente o fotógrafo pediu “Um sorrisão bem bonito, vai”. Eu, com um sorriso forçado e bangela, os dois decorridos pela decadente infância. Eu, de novo, normal, tirando por obrigação, já que a UNESP pedia na matrícula. Adriano, o sorriso é de confiança, ele usa um terno que a organização séria de música exigia para o registro oficial de músicas, com direitos a royaltes e essas coisas burocráticas, foto tirada para o grupo musical que iríamos formar, “Som Sudeste”. KKKKKKKKKKKKKK. O Gabriel, pequeno, a foto está muito descolorida, então, não consigo ver se ele está feliz de verdade. Júlia, ex-namorada, ser humana antes de tudo, e passível de amor como qualquer coisa no universo, sorriso tímido, boca fechada. Sobraram três fotos. Tá quase acabando, tô chegando lá. Eu e Adriano, o violão do Davi em minhas mãos, um anel de coco no dedo mínimo, o pulso carrega uma pulseira, era sua? Você tinha escrito alguma coisa nela, agora não me vem na cabeça o que é... Era “paciência”? Depois me diga, por favor. Faz tempo que não tenho notícias detalhadas sobre você. O Adriano me olha meio relaxado, ainda que rígido geometricamente, vestindo a famosa calça de capoeira e a boina chique. Esse dia tocamos juntos, os três, às vezes era algo bonito de ouvir. A segunda, e penúltima foto, por ordem de apresentação, não de importância, acho que nem é possível compará-las, estou beijando a Dona G. O rosto dela não aparece, nem o meu. A curva do meu cabelo se confunde com o lábio dela sorrindo, o que indica que nossos lábios estavam longe, na hora do clique. O que sobra é uma sugestão do rosto dela, um cigarro em meus dedos e o colar de pedra azul-sei-lá-o-que, sou péssimo com categorias. Colar que acabei doando para uma garota que trabalhava numa lanchonete, que ficava em frente à loja de celulares, daquele vizinho do Mal, o Washington, marido da Rô, pai do João, Murilo e Melissa. Você chegou a conhecê-los? A casa deles ficava logo depois da nossa, nossa porque também foi tua, enquanto esteve lá. Trabalhei lá uns meses e num dia aleatório quando fui comprar um lanche, tentei puxar papo, eu já estava meio embriagado de formosura, e ela comentou, claro, que estava com problemas de relacionamento, e pediu que aquela coisa passasse logo (outra engraçada, passasse kkkkkk) e etc. Eu, na minha ingenuidade, aconselhado por Dona G “esta pedra ajuda na resolução dos amores e etc”, doei o colar para a formosa flor. No outro dia, até me mostrou a própria trança que havia feito no colar, personalizando o novo artefato, exibido entre os ombros e na altura da gola do uniforme capitalista. Espero que realmente tenha funcionado, que ela esteja em paz com o amor dela. Pois viver só é difícil. Repito. Você precisa viver com alguém, racional, vivo ou estático. Humano, sensível ou palpável. Um amigo, um cachorro, ou uma pedra. Uma mina, uma gata, ou a água. Um universo, uma águia, ou o ar. Uma vida, uma vida, ou a vida.
Eu não sou racional.
Na última foto, alaranjada pelas luzes do centro, caminho de mãos dadas com você, na hora eu nem lembro se tinha noção de que o Caio estava de paparazzi, e que você devia ter pensado nisso 7 dias, 9 horas, 32 minutos e 57 segundos antes daquilo acontecer, e como você se esforçava para criar coisas. Lembra, no Marco Zero, você me disse que alguém havia dito para você: você é infantil fantasiando essas coisas, como pensar que os peixes num dia de sol são estrelinhas que brilham no céu do mar, literalmente refletindo, feito espelho fiel, o céu azul dos dias ensolarados, que são de costume em Recife, diga-se de passagem. Esta tua capacidade de criar coisas é tua, nunca perca isso. Eu ainda guardo o livro do Elliott, fico vendo as fotos, com muito carinho. Perdi a camisa do Elliott, em algum lugar, infelizmente. O chapéu voou. As tirinhas do Snoopy ficaram coladas na casa leiloada, em forma de protesto contra o capitalismo, aqui viveu alguém que amou. Obrigado por todos os presentes. Alguém me roubou o livro do Vinicius, eu também gostaria que ele fosse nosso, mas, sinto que agora é impossível.
Cariña. Carino. Carina. Ca-ri-na. Teu nome começa com o espanto. Ca. A boca termina aberta, revelando o espanto do ‘a’, acompanhado pelo grandioso meio círculo, o ‘c’. Ri. Alguém leria “ri”, do verbo rir, mas como sei que essas duas letrinhas vêm do teu nome, fica fácil. É o salto da língua, voando para encostar no céu da boca, assim como os pássaros inflam o peito antes de voar, formando o “-ri”, a segunda partícula do hexápode, siri. Assim como Lolita, no ímpeto do ‘-na’, a língua despenca e bate nos dentes, retrocedendo imediatamente, a fim de dar espaço para o som do ‘a’ e concluir o salto performático. Ca. Ri. Na. O asfalto da rua parece dourado. Eu já estava usando a pulseira qual comentei acima, estou usando um short exageradamente caído, meio largadão, os ombros curvos para a frente, denunciam uma futura falha óssea. Devo ser um terrível espetáculo no fim da vida. Meu cabelo estava curto, o seu, nos ombros. Você veste uma bela saia rosa, com rasteiras, viva a praticidade, regata branca e bolsa de couro, estendida sob o ombro esquerdo. Seus pés caminham abertos, como espelhando um arco geométrico, representando a área de possibilidades que a vida tem a oferecer. Eu, caminho com os pés retos, uma linha reta, sempre. Linha. Reta. Toda reta é uma linha, mas nem toda linha é uma reta. Queria ser mais linha e menos reta. Mais sensível e menos racional. Menos homem e mais amigo. Menos comigo e mais contigo. Entende? Pessoas caminham entre as barracas, postes acabam por separar a área delimitada que cada vendedor possui para ganhar o sustento do mês. A multidão se perde até o fim da foto. Outro casal, mais afastado de todos, caminha solitariamente na calçada, nós, selvagens, ficamos na rua, resistindo em pé onde carros desfilam o troféu emborrachado de latas, elástico, borracha e poliéster. Minha camisa é azul, triste, desbotada, puída e sem estampa. Uma senhora, sozinha, com as pernas cruzadas e olhando para baixo, reflete: “será que o ganhei no mês vai dar?”. Dói ficar sozinho. Será que ela tem alguém para dividir essas dores do cotidiano? Dessa incerteza de estar jogando a vida fora por algo que não faz tanto sentido, será que alguém há por ela? A divisão é essencial. Tenho o álbum do Adriano e do Davi, como parte do enfeite, da decoração do quarto. Engraçado, né? Uma foto, cara... Eu lembro quando vi uma foto tua pela primeira vez, foi uma alegria tão estranha. Às vezes releio umas coisas suas e fico dando risada sozinho. Outras vezes lembro de você e fico triste.
Eis a história final, prometo.
Pandemia. Tédio. (Serei rápido, como exige a sociedade líquida). Instalei o Tinder, grande ideia. Match. Onde mora? João Pessoa – PB. Ligação. Risada. Sensação leve. Menina negra, pele preta, dedicada, faculdade pública e bolsista. ‘Gosta de poesia?’ Que coincidência, também gosto. Ah, a aurora de róseos dedos... Hoje entendo melhor o racismo. Por algum motivo aleatório, associei você, ou nem tão aleatório assim. Havia semelhanças superficiais, mas ainda assim são semelhanças. Li em algum lugar sobre a solidão que mulheres negras, em específico, sofrem com a solidão. Eu também, ainda que branco, sou imensamente solitário. Não falo isso pelo cotejo, pela comparação. Ambas as solidões são específicas e particulares, englobadas ou não num certo espectro de avaliação. Pensei em como você deve se sentir só, por essa situação. Minha solidão não advém da cor branca, de uma mulher negra, às vezes, sim, esse é o motivo. No meu caso, nunca é. Minha solidão é diferente. Será que vocês duas compartilham essa solidão? E por algum motivo, isso foi catalisador no sentimento por mim? Não venho com a fraca tese do “palmiteirismo”, qual pessoas negras namoram brancas para amenizar o efeito racista, embora falhem, caso o objetivo realmente seja esse. Por quê? Essas coisas não são mensuráveis, pequeno ou grande, têm o mesmo impacto. Quanto ao teu sentimento, creio isso ser parcela pequena, ou do tamanho que você imaginar. Você me conheceu muito de perto. Viu que não é coisa boa, né? Enfim. Ao associar você com ela, sem compará-las, toda vez que recebia um gesto de carinho, dava o gatilho de lembrar de ti. Isso nunca me aconteceu, geralmente eu consigo sedar as memórias e seguir sem pensar no passado. Mas, você continuava insistente, e volta e meia reaparecia numa outra analogia, metáfora ou sei lá o que. Essa situação acabou por me assustar, e cortei total relação com a moça. Formosíssima. Carinhosa, uma flor tão colorida como você. As pessoas são frias. A Giovanna é fria. Minha mãe é fria. A Larissa é quente, mas é fria. O Alan é frio. Você é quente. A Aiyra é quentinha, o Zahir é brasino, fogoso. (Sabia que a cor da Lalinha se chama brasino(a)?)
Você é uma luz. É clichê dizer isso, mas é a única conclusão possível. Aprendi em lógica que quando as premissas são verdadeiras, a conclusão será por necessidade. Não que a conclusão seja necessária, tipo, tinha que ser assim e acabou, mas ela só segue por necessidade de as premissas serem verdadeiras. Colocando tuas atitudes de premissas, verdadeiras e inegáveis, nem o tempo poderia apagá-las, a conclusão, necessariamente, é que tu és luz. Cálida. Aquilo que vem do vinho, ou de um bom banho quente. Você lembra? Do carinho de pés. Antes de dormir, e logo após acordar, lembra?
Não precisa orar por mim pois sou um caso perdido, obrigado pela tentativa. Ao invés de orar, vou te proteger. Sem força física, sem ímpeto masculino possessivo, mas com o amor. Uma foto, um ressentimento (res é coisa, coisa de sentimento?). Ressentimento não é coisa ruim. É lição.
Já pensou te encontrar em outra vida? Maluquice.
Você é um dos poucos pleonasmos que existe para o ‘amor’.
Não precisa responder,
Lopes.
6 notes
·
View notes
Text
Sobre o Blog
Aqui vou fazer resenhas sobre livros que já li, filmes que já vi (podem estar associados a livros ou não), talvez falar sobre música, artistas, álbuns, vídeos interessantes do YouTube, fazer citações e tudo o que der na cabeça rs.
Não garanto nada quanto a frequência nos posts, já que a faculdade consome todas as minhas forças, mas quero usar este blog para terapia, falando de tudo o que gosto.
Meu objetivo é, além de me divertir, também é divertir quem está lendo os posts e estar o mais próximo possível de quem está lendo. Porém, também gostaria de unir o útil ao agradável e talvez informar algumas coisas sobre os livros e apps (Amazon, Kindle, etc) incentivar a leitura, já que nós sempre podemos melhorar as taxas de leitura no país.
Sobre mim: sou de Recife-Pe, estudante de biblioteconomia na UFPE (talvez a partir daí faça sentido falar de incentivo à leitura) e sinceramente amo ler, amo livros, bibliotecas, livrarias, tudo que tiver a ver com livros eu amo.
1 note
·
View note
Text
Inauguração da Biblioteca Popular de Casa Amarela, Com a Presença do Governador do Estado o Sr Agamenon Sérgio de Godoy Magalhães - Bairro de Casa Amarela, Recife Em 1952.
#biblioteca popular#Inauguração#Livros#Books#Bibliotecas do Recife#Bairro de Casa Amarela#Casa Amarela Recife#Circa 1952#1950s#Efemérides#Antigamente#Recife PE#Recife Antigamente#Recife City#pernambuco#nordeste#photography#photo#vintage#vintage photography#foto#Photo#Photography#Old Photography#Old Photo#Foto#Fotografia#Fotografias#Museu da Cidade do Recife
4 notes
·
View notes
Text
Entrevista com Yochan Beck, organizador do SLAM do Pedregal
Em entrevista com um dos poetas colaboradores do SLAM do Pedrega, buscamos entender de perto as motivações deste movimento tão crescente entre jovens Brasileiros…Yochan Beck, 31 anos, Natural do Rio de Janeiro, técnico administrativo e estudante de filosofia nos conta um pouco sobre sua experiência:
Yochan Beck na 1º Batalha do Pedregal. Foto: Hellen Ferreira.
CEF: Beck, quando e de que forma você teve o primeiro contato com o SLAM poesia?
Yochan Beck: Meu primeiro contato com o SLAM foi em Recife a partir do SLAM das mina, que no início me deixou bem assustado pelo tom mais hostil e angustiante (foi a primeira vez que me deparei com a manifestação lírica da resistência manifestada pela dor), admito que não consegui ficar tranquilo depois daquela experiência, eu via um novo tipo de texto.
CEF: Como vc começou a participar dos SLAMs? Você compete como poeta, fica na organização? Como é pra você participar desse movimento?
Yochan Beck: Eu participo do slam de todas as maneiras possíveis, mesmo na organização do pedrega, eu procuro sempre contribuir, costumo pensar que somos no mínimo 2, cada pessoa, e portanto é como se eu trabalhasse em equipe comigo mesmo, a parte criativa e lírica da poesia com a parte mais pragmática e assertiva da organização, acho importante participar pelos dois vieses sempre, não pela competição que pra mim é simbólica, mas para demonstrar que sou parte desse organismo artístico que vem fluindo lá.
CEF: Como surgiu a ideia da organização do SLAM do Pedrega?
Yochan Beck: A ideia do SLAM no Pedregal, por outro lado se deu em processos. Assim que cheguei em campina grande vim morar no bairro vizinho, conjunto dos professores. Mas passei a frequentar o pedregal por uma questão de rotina, padaria, farmácia.. aos poucos observei como a comunidade tinha uma atividade comercial mais intensa, sendo que por outro lado não tinha nenhum elemento cultural inserido ali. Você não chega no Pedregal e encontra uma livraria, um teatro ou uma agenda de atividades, vim saber de uma amiga que havia um projeto de criar uma biblioteca, o Muda Pedregal, mas fora isso, não havia mais iniciativas. Foi daí que senti a necessidade de atrelar os interesses, entre o universo cultural que a gente convive na universidade com a comunidade, a ideia a princípio era ligar os pontos, unir os universitários interessados em promover a cultura com a comunidade interessada em receber, mas foi aí que entendi outro conceito da poesia, recente isso, vivendo entre os poetas do pedregal.
CEF: Aproximadamente quantas pessoas colaboram ativamente na realização das atividades no pedregal?
Yochan Beck: Atualmente somos 4, na organização. Claro que temos um suporte ou outro, alguém que oferece recurso, outro que cobre os custos de alguma coisa, mas na prática quem tem agido a esse respeito é o Ismael (Rimael), que é morador do pedrega e tem uma história com a comunidade desde pequeno, a minha esposa, Jéssica, que também é poetisa e alguém bem mais pragmática que eu seria em mil anos, e a Hellen, que colabora na questão fotográfica e pós produção, pois é fundamental para o Slam tanto produzir o efeito imediato, como também registrar esse movimento, isso estimula os poetas, permite que outros sejam alcançados depois e fornece pro evento uma identidade virtual, expandindo os efeitos do movimento.
CEF: Qual a sua perspectiva sobre o crescimento do movimento SLAM em Campina Grande?
Yochan Beck: Sobre o crescimento do slam em Campina Grande.. bem, aqui eu vejo poetas a cada instante, chega ser engraçado, estou indo comprar um café, encontro o rapaz que vende parabrisa para carro e ele me diz "beck, fiz um poema e vou dar pro meu amigo apresentar pra mim, daí eu pergunto porque ele não apresenta, ele diz, não sou poeta, eu digo mas você não fez a poesia? e ele diz que sempre foi assim." o que é ser poeta? o slam me permitiu questionar essa pergunta, sinto um grande potencial em campina grande, e acho que em pouco tempo ela vai ficar pequena.
CEF: Quais SLAMs em Campina Grande você já participou competindo como poeta? E na organização?
Yochan Beck: De outros slams, eu participo da organização do SLAM da Balbúrdia, que rola na UEPB, esse rolé inclusive faz ponte para alguns poetas da comunidade, então digamos que sinto uma proximidade entre todos os movimentos, inclusive o Slam da Balbúrdia também foi um movimento que trouxe muitas "primeiras vezes", foi engraçado, na primeira edição mais do que 50% dos que entraram foram pela primeira vez, sentiram coragem e foram. Isso é bárbaro, por isso acho que só faz crescer. Do SLAM no Prado, que rola na praça ao lado do Luiza Mota no catolé, do SLAM dos Feras (um evento que rola periodicamente na UEPB), do SLAM da Balbúrdia (apesar de recente, esse é mais constante na UEPB) e do SLAM do Pedrega (indo agora pra segunda edição).
CEF: E por fim, como participar desse movimento, tanto enquanto poeta como enquanto organização tem mudado sua vida? O que é mais gratificante pra você?
Yochan Beck: Então, eu sempre vivi em crise, penso assim, perdi minha mãe cedo demais pra violência no rio, de lá eu passei a sentir uma revolta muito grande, ainda de pequeno, na medida que crescia essa revolta só aumentava, mas eu não sentia a necessidade de devolver com ódio o que recebi, mas sentia a necessidade de interagir de alguma forma, vi muitas coisas no RJ, milicianos, bandidos, mafiosos, a porra toda, e era tão impotente, a poesia pra mim era só uma válvula de escape. Mas quando percebi o que o slam permitia, foi como pela se primeira vez eu pudesse colocar pra fora essa dor, ver outros fazerem o mesmo, a gente compartilha a dor e fica mais forte a cada movimento.Isso que rola, eu sinto como se houvesse algo além de mim, algo vivo no espírito das pessoas, que se conecta a mim, a singularidade de cada pessoa, como se dançassem, se acalentasse, se cuidassem.. e fazer parte disso é uma necessidade pra mim.
Entrevista: Hellen Ferreira
1 note
·
View note
Photo
Saudações literárias! Bora de clássico? O Retrato de Dorian Gray é uma daquelas obras que marcam a história da literatura. O enredo, que aborda temas como a imortalidade, perfeição e moralidade causou polêmica antes mesmo de sua publicação. Foi considerado imoral pela sociedade da época, carregada de puritanismo e apegada a valores rígidos. A história centra-se em Dorian Gray, um homem jovem e muito belo, que é retratado pelo artista Basil Hallard. Ao contrário de muitas histórias do período, aqui temos um livro escrito no século XIX com uma premissa simples, direta, de fácil entendimento e com uma narrativa que flui sem maiores percalços. A força do livro está em seus personagens, na exploração de fatores psicológicos e no aprofundamento de suas personalidades. Dorian Gray, por exemplo, é um protagonista mesquinho, egoísta, que não percebe a influência e o fascínio que gera em outras pessoas. A princípio, ele se projeta como um rapaz profundo, apaixonado pela arte e pela vida, porém ao primeiro sinal de contrariedade, a frustração o faz se revelar de forma impiedosa. E é através dessa forma de comportamento que vemos o desdobramento da trama. Para mim, foi uma leitura muito rápida, mesmo que eu não tenha conseguido me apegar aos personagens. Li com certa distância e na maior parte do tempo a obra me despertou raiva. E isso é bom. Livros que são capazes de despertar os nossos sentimentos mais primitivos são aqueles que conseguem nos alcançar de forma verdadeira. Ouso dizer que talvez seja justamente por explorar tão bem o aspecto humano que Oscar Wilde tenha tornado sua obra atemporal. Considerado “indecente” em 1980, tendo sido editado para se adequar melhor à sociedade, O Retrato de Dorian Gray sobreviveu ao crivo do tempo e se tornou um clássico. Mais do que recomendo. Creio que seja uma obra que deva fazer parte de toda biblioteca pessoal e que todo leitor, uma vez na vida, deva mergulhar nessa história que, mesmo com mais de um século, aborda aspectos da humanidade que continuam, e continuarão, atuais. Você já leu O retrato de Dorian Gray? Qual edição? Gostou? Se ainda não leu, pretende ler? (em Recife, Brazil) https://www.instagram.com/p/Ck9qh58LFPQ/?igshid=NGJjMDIxMWI=
0 notes
Text
Clarice Lispector
Clarice Lispector nasceu em 10 de dezembro de 1920 em Chechelnyk, na Ucrânia. Sua família tinha origem judaica e emigraram para o Brasil em março de 1922, fixando-se na cidade de Maceió, Alagoas. Por iniciativa de seu pai, todos da família mudam de nome e Chaya então passou a se chamar Clarice.
Em 1925, a família muda-se para a cidade do Recife.
Clarice cresceu ouvindo iídiche, o idioma dos seus pais. Também estudou inglês, francês e aprendeu a ler e escrever com muita facilidade.
Com nove anos ficou órfã de mãe e em 1931 ingressou no Ginásio Pernambucano, considerado na época o melhor colégio público da cidade.
Em 1937 sua família muda-se para o Rio de Janeiro, no Bairro da Tijuca. Ingressou no Colégio Sílvio Leite e se tornou frequentadora assídua da biblioteca. Cursando Direito, com apenas 19 anos publicou “Triunfo”, seu primeiro conto; no semanário “Pan”.
Em 1943, formou-se em Direito e casou-se com o amigo de turma Maury Gurgel Valente. No mesmo ano, estreia na carreira literária com o romance "Perto do Coração Selvagem". A obra agradou a crítica e conquistou o Prêmio Graça Aranha.
O marido de Clarice era diplomata do Ministério das Relações Exteriores e ela o acompanhava nas constantes viagens. Assim conheceu Itália, Inglaterra, Estados Unidos e Suíça. Em 1959, Clarice se separa do marido e retorna ao Rio de Janeiro.
Começou a trabalhar no Jornal “Correio da Manhã”, escrevendo a coluna Correio Feminino. Em 1960 trabalhou no Diário da Noite, sendo responsável pela coluna Só Para Mulheres e também lançou "Laços de Família", um livro de contos que recebeu o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro.
Em 1961 publicou "A Maçã no Escuro", conquistando o prêmio de melhor livro do ano em 1962.
Em 1966, a autora dormiu com um cigarro aceso e sofreu várias queimaduras no corpo. Depois de várias cirurgias, opta pelo isolamento e dedica sua vida a escrever.
No ano seguinte publicou crônicas no “Jornal do Brasil” e lançou "O Mistério do Coelho Pensante". Tornou-se integrante do Conselho Consultivo do Instituto Nacional do Livro.
Em 1969 recebeu o prêmio do X Concurso Literário Nacional de Brasília.
Em 1977 lançou "A Hora da Estrela", o seu último romance publicado em vida. A obra ganhou adaptação audiovisual e foi premiada no festival de cinema de Brasília em 1985. No ano seguinte, conquistou o Urso de Prata em Berlim.
Clarice Lispector morreu no Rio de Janeiro, no dia 9 de dezembro de 1977. Seu sepultamento foi realizado no cemitério Israelita do Caju, zona norte da cidade.
Prêmios:
Prêmio Graça Aranha (1943)
Prêmio Carmem Dolores Barbosa (1961)
Prêmio Jabuti (1961 1978)
Ordem do Mérito Cultural (2011)
Algumas obras:
Perto do Coração Selvagem, 1944
O Lustre, 1946
A Cidade Sitiada, 1949
Alguns Contos, 1952
Laços de Família, 1960
A Maçã no Escuro, 1961
A Paixão Segundo G.H., 1961
A Legião Estrangeira, 1964
O Mistério do Coelho Pensante, 1967
A Mulher Que Matou os Peixes, 1969
Uma Aprendizagem ou Livro dos Prazeres, 1969
Felicidade de Clandestina, 1971
Água Viva, 1973
Imitação da Rosa, 1973
A Via Crucis do Corpo, 1974
A Vida Íntima de Laura, 1974
A Hora da Estrela, 1977
0 notes
Text
Biblioteca da Lagoa de Santa Tereza
Situado à beira da Lagoa de Santa Tereza, próximo ao Centro Histórico de Olinda e à comunidade de V8, o projeto tomou tais lugares como ponto de partida, tentando transformá-los e ressignificá-los na paisagem como elementos conectores. O entorno da Lagoa foi estudado com a intenção de requalificar o espaço, trazendo melhores condições de mobilidade, além de mais atividades que promovam um espaço saudável e propício à utilização coletiva, como hortas e parques arborizados.
Com proósito maior de conectar a Lagoa à paisagem afetiva e cultural da região, a Biblioteca situa-se à sua margem, tendo o Centro Histórico como guia de tal conexão. O edifício é cortado por uma linha de força que surge da Rua Pedro de Souza Lopes, paralela à Rua da Boa Hora, que levam, ambas ao Centro Histórico de Olinda, cortando a comunidade V8, gerando o corte que atravessa o edifício. O volume inicial surgiu de um elemento puro, prismático, que sofreu deformações em prol de gerar grandes espaços e áreas de conexão. A partir dessa intenção, tem-se o pátio interno do edifício, que abre uma grande janela para a lagoa e busca atrair as pessoas da região.
A intenção de trazer a água da lagoa à vista tanto para a rua quanto para os espaçs da bibilioteca surge como uma forma de tentar estimular o desenvolvimento da memória afetiva de um espaço antes inativo, porém de enorme potencial. Dois importantes elementos da espacialidade do projeto são o auditório e o café, que quase flutuam sobre a água da lagoa, e abrem suas vistas para ela, criando um espaço de transição entre a terra e a água, proporcionando a sensação de imersão - transformando tal paisagem ainda mais indispensável para a relação das pessoas com o lugar em que vivem.
Projeto arquitetônico desenvolvido para a disciplina de Atelier de Projeto V, na Universidade Católica de Pernambuco. Recife, Brasil. Dezembro de 2019.
0 notes