#Autor Independente
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Oi oi, booklovers!
E vamos de mais livrinhos nacionais pq não são só os gringos que escrevem, né?
Hj nós vamos falar dos contos da Renata Lustosa, mas antes, pra dar uma leve contextualizada, eu gostaria de lembrar pra vcs que a Rê tem três livros: Confissões de uma Terapeuta, Confissões de uma Ex-Namorada e Em Busca do Par Perfeito, esse último tendo todos os contos que eu vou mencionar nesse post.
~ aliás, vcs poderiam por favorzinho dar uma olhada no Um livro, um filme? Postei errado - ainda não tô 100% acostumada com o Tumblr, bati o dedo onde não queria e n tinha como reverter 🥲
💐| Cale-se para Sempre
• Págs: 53
"Seu sonho é ter um casamento feliz. O meu é torná-lo realidade!"
Olívia é dona de uma empresa de organização de casamentos e, depois de um dos clientes dar em cima dela, fica sem saber se deve contar à noiva ou seguir com os preparativos como se nada tivesse acontecido e ganhar seu precioso dinheiro.
🍫| Amor na Loja de Chocolates
• Págs: 66
Sofia é uma viciada em trabalho que mal tem tempo de se divertir pq não consegue deixar sua loja sozinha. Isso até um famoso aparecer por lá, com uma multidão de fãs e a chamar para um encontro do nada.
📚| Um Romance para Chamar de Meu
• Págs: 86
“Sou uma escritora de romances que sonha em encontrar o príncipe encantado, casar, ter filhos e finalmente conseguir o seu próprio final feliz.”
Maitê é uma escritora com um problema sério: não conseguir escrever! Suas amigas do clube do livro resolvem que a única solução para ela é ir em um encontro - o que envolve criar um perfil num app de namoro, coisa que Maitê definitivamente não quer fazer. Mas ela acaba fazendo.
🎄| Contrato de Natal
• Págs: 64
Emília está naquele velho clichê: trinta anos nas costas e totalmente solteira. Com todo mundo enchendo a paciência dela para arranjar um relacionamento duradouro, ela resolve ir na ceia de Natal da família com seu amigo, que aceitou ser seu namorado por um dia.
☂️| Maldito Beijo
• Págs: 38
"— Você é uma boa pessoa, Sam. Burra, mas uma boa pessoa. E qualquer cara teria sorte em ter você — Laura acrescenta, irônica. — Como namorada, e não como conselheira de relacionamentos. Para o caso de não ter ficado claro pra você, sua esquisitona."
Sam não consegue entender pq todo homem que ela beija volta com a namorada no dia seguinte. Para descobrir se carrega ou não algum tipo de maldição esquisita, ela acaba pedindo para sua amiga ir com ela em um de seus encontros. Mas talvez ela descubra algo mais que o motivo de seus relacionamentos fracassados.
💐•🍫•📚•🎄•☂️•💐•🍫•📚•🎄•☂️•💐•🍫•📚•
De todos esses, o único que ainda não li foi Contrato de Natal, mas todos os contos da Rê têm aquela boa dose de humor e é claro, o romance fofinho e clichê que nós amamos ;)
A escrita dela é muito boa, vale a pena dar uma lida! Todos estão disponíveis na Amazon como e-book e no K.U. - Em Busca do Par Perfeito é o único físico, impresso sob demanda.
📚| Já leram alguma coisa da Rê?
Bjs e boas leituras <3
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Lembrança do dia de lançamento do meu livro de poemas Gaguejo Sílabas.
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À todos os nikolas ferreiras(minúsculo mesmo) do Brasil
Eu poderia começar falando o que é uma pessoas trans mas todos já sabem. A questão é o caráter ou a falta dele em ignorar o assunto. Mas para quem não sabe ou não quer procurar, ou apenas finge, como é o caso dos Nikolas da vida:
Uma pessoa trans é uma pessoa cuja identidade de gênero é diferente do sexo atribuído a ela ao nascer. Em outras palavras, uma pessoa trans se identifica com um gênero diferente daquele que lhe foi atribuído com base em sua anatomia física (genitália e características sexuais secundárias). No Brasil, as pessoas trans enfrentam diversos desafios e violências por causa da transfobia, que é o preconceito e a discriminação contra quem não se enquadra nas normas de gênero.
Segundo uma pesquisa inédita realizada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) em parceria com a Fundação Seade em 2022, existem 869 pessoas trans nos presídios paulistas. A maioria delas são mulheres jovens, pretas e pardas, e preferem ficar em unidades prisionais masculinas. Essa realidade revela a vulnerabilidade social e a exclusão que as pessoas trans sofrem na sociedade brasileira.
Outro levantamento feito pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) em 2021 mostrou que apenas 59% das pessoas trans exerciam uma função remunerada durante o período das entrevistas. A maior parte delas trabalhava no mercado informal ou na prostituição, enfrentando condições precárias e riscos de violência. Além disso, muitas pessoas trans têm dificuldade de acesso à educação, à saúde e à documentação civil adequada ao seu nome social.
A violência contra as pessoas trans é um problema grave no Brasil. De acordo com a Antra, o país é o líder mundial em assassinatos motivados por transfobia. Em 2019, foram registrados 124 homicídios de pessoas trans no território nacional, sendo 121 travestis e mulheres trans e 3 homens trans. A maioria das vítimas era preta ou parda (80%) e tinha entre 15 e 29 anos (58%).
No entanto, esses dados podem estar subnotificados, pois nem todos os países possuem sistemas confiáveis de coleta de informações sobre a violência contra pessoas trans. Além disso, muitos casos podem ser registrados como homofobia ou feminicídio, sem levar em conta a identidade de gênero das vítimas. Por isso, é importante que haja mais pesquisas e políticas públicas voltadas para essa população.
Por outro lado, há também avanços e conquistas das pessoas trans no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022 foram divulgados os primeiros dados sobre a população LGBT+ no país. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), cerca de 2% dos brasileiros adultos se declaram lésbicas, gays ou bissexuais, sendo que esse número pode ser maior considerando as pessoas que não responderam ou não sabiam sua orientação sexual.
Além disso, há cada vez mais visibilidade e representatividade das pessoas trans na mídia, na cultura, na política e nos movimentos sociais. Elas lutam por seus direitos, sua dignidade e sua cidadania. Elas mostram que são diversas, resilientes e orgulhosas de quem são.
E para finalizar sobre o que a Nikole falou, pessoas trans não tomam lugar de outras mulheres. Esse é um argumento raso de puro ódio contra pessoas trans e como exemplificado acima essas pessoas são as mais marginalizadas no mercado de trabalho. Recomendo à Nicole se informar mais ou a ter mais caráter.
Fontes:
exame.com
cnnbrasil.com.br
www1.folha.uol.com.br
gazetadopovo.com.br
epocanegocios.globo.com
agenciabrasil.ebc.com.br
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Estou fazendo uma campanha de publicidade dos meus livros, eles estão sendo vendidos de forma gratuita durante 1 semana. Vocês podem dar uma olhada e adquirir as suas cópias aqui https://www.amazon.com/s?i=digital-text&rh=p_27%3AJonas+Coutinho+Gon%C3%A7alves&s=relevancerank&language=pt&text=Jonas+Coutinho+Gon%C3%A7alves
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Resenha: "Eu Só Existo às Terças-feiras"
“Eu Só Existo às Terças-feiras”, o livro de Rodrigo Goldacker é uma ficção psicológica, e uma boa surpresa entre os livros independentes. #RodrigoGoldacker #EuSóExistoàsTerçasfeiras
“Eu Só Existo às Terças-feiras”, o livro de Rodrigo Goldacker é uma ficção psicológica, e uma boa surpresa entre os livros independentes. Um daqueles livros intrigantes que pouco a pouco vão entregando sua premissa, sem parar de surpreender. Narrando a adolescência e saúde mental de maneira fluida, fazendo o leitor querer ir página após página para desvendar os mistérios apresentados. Em sua…
#autor independente#eu só existo às terças-feiras#ficção psicológica#Literatura nacional#rodrigo goldacker
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Desbravando Novos Horizontes: Renda Extra com E-Books
Desbravando Novos Horizontes: Renda Extra com E-Books No cenário contemporâneo, a busca por fontes adicionais de renda tornou-se uma realidade para muitos indivíduos. Nesse contexto, os E-Books emergem como uma ferramenta promissora para aqueles que buscam diversificar seus ganhos financeiros. Seja você um escritor aspirante ou alguém que simplesmente deseja explorar oportunidades no mundo…
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As Curvas da Estrada do Mar Sem Fim - Helena Augusto
#book blog#ebook#ebooklovers#free ebooks#contemporary literature#literature#literatura#independent author#autor independente#realismo mágico
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Contrato de Casamento
Sinopse:
Olivia Sartori e Sebastian Ferrante são o pesadelo um do outro.
Nas palavras dela, ele é um irresponsável idiota.
Nas palavras dele, ela é uma rainha megera de coração tão frio quanto o Polo Norte.
Porém, assim como suas funções na empresa em que trabalham são complementares, eles descobrirão que, para manter seus empregos, ambos terão que se juntar para tarefa mais impensável de todas: orquestrar um casamento de mentira.
Quer dizer, isso se eles não se matarem antes.
Bem-vindos à história de Olivia e Sebastian e seu infelizes para sempre.
tropes: rivais para amantes, noivado de mentira, grumpy x sunshine
#contratodecasamento#originais#personagens originais#livros#books#wattpad#indicação#autor nacional#livros nacionais#emmie edwards#comédia romântica#romcom#romance#novel#independent author#autor independente#leitura
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PARADOR -- EXPRESSO
Gosto de dizer que é dentro do ônibus onde desenvolvemos nossa consciência de classe.
Dependendo da linha, as situações mais sórdidas podem acontecer. Água caindo do teto, do ar condicionado, pingando em bancos vazios ou nos artistas que se escondem em meio à multidão. Artista como um sinônimo de trabalhador. Feito de palhaço, mal apreciado e incompreendido perante a raiva exalada do próprio corpo em forma de suor. Quantas vezes não vimos algum surto às sete horas da manhã? Ou quem sabe até mais cedo, despertando com o grito de imploração para parar no próximo ponto. Nessas idas e vindas, aprendemos, por meio dos olhares, da observação, que nosso sonho de conforto está tão distante quanto o ponto final, e em pé, agarrados a qualquer coisa que nos segure em meio a bruscas freadas de um motorista tão cansado quanto nossos ombros, é quando sentimos a conformidade finalmente acordando.
Mas no trem é onde me sinto pertencente à minha classe.
Os sôfregos e desalmados, mas ainda esperançosos pelo dia de amanhã, caminham entre um vagão e outro carregando suas necessidades, seus desencontros, em seus bolsos e mochilas. Logo de manhã, no breve momento que termina a hora azul, eu não consigo fazer jus à minha carteira de sonhador. São tantos no meio do caminho, ocupando o mesmo lugar no espaço, que minha respiração fica pesada. Mas, como largo cedo do trabalho, consigo pegar o trem na hora de retornar à minha casa, sem fazer quase esforço algum em meu psicológico.
No último dia da semana que estive no Méier, por exemplo, passei pela catraca com uma mulher ao seu lado anunciando sua desistência de pegar o trem.
“Passa aqui, menino,” ela disse a mim sem saber que poderíamos ter quase a mesma idade. “Que aí não perde a passagem. Pode passar!” Ela afirma confiante, e eu, renegando os absurdos da tarifa imposta pela empresa que tantos nós, cariocas, odiamos, agradeço à sua bondade.
Desço as escadas rolantes, que não funcionam, e sento em um banco de madeira para aguardar o trem. Há uma leve palpitação em meu peito, mas procuro me distrair com as pessoas do outro lado da estação, grade afora, concentradas em suas próprias vidas. Vejo o ônibus que pego de manhã, na ida ao trabalho, e evito não me arrepender. Penso em coisas boas, como no quão cedo chegarei em casa e conseguirei almoçar com minha esposa. Noto o clima se fechando, o céu começando a ficar nublado, mas pouco deixo me afetar.
Entre uma conversa e outra com mais de uma pessoa em meu celular, vejo o famigerado se aproximando pelos trilhos. Há muitas pessoas no aguardo dele, comigo, mas dessa vez presto a devida atenção nos dizeres do primeiro vagão:
“DEODORO
PARADOR”
Opto por não entrar.
Volto a sentar, mas em outro banco. Um de concreto dessa vez. E nisso penso, que, de acordo com a placa ao meu lado, há a possibilidade de passar o trem para Santa Cruz. Não que esse seja meu destino, mas Deodoro ainda fica duas estações antes da minha. Penso se coloco ou não os fones de ouvido para ouvir música e me acalmar melhor; lidar com a ansiedade dessa maneira sempre foi melhor para mim. Só que é preciso sempre estar com a atenção dobrada na estação de trem. Ou pelo menos foi o que me ensinaram desde criança.
Vejo o segundo trem chegar em menos de meia hora, e acaba sendo o mesmo que o anterior, para meu infortúnio. São duas e meia da tarde. Se eu não entrar nesse, chegarei em casa muito tarde.
Então tomo minha decisão.
Tão vazio quanto o futuro do cidadão médio brasileiro, me sento no primeiro lugar que vejo e, apesar de toda a ansiedade tremendo em meu peito devido a anos de abalos psicológicos sobre este transporte em questão, consigo fazer uma viagem tranquila. Estou sentado ao lado de uma janela à minha esquerda. Sinto-me calmo, bem comigo mesmo e com uma certa empolgação por dentro, como se eu tivesse vencido uma batalha importantíssima num front que perdura há 5 anos, mesmo que meu coração esteja acompanhando o barulho dos trilhos. De estação a estação o trem para e recolhe pouquíssimas pessoas. Talvez devido ao horário. Bom, certamente devido ao horário, eu penso procurando agir feito um cidadão comum, mais uma vez. E minha imaginação voa, visto que a mente do ser ansioso não para de trabalhar. Não tenho metáforas adequadas para essa comparação; ou sequer uma inadequada. Mas, talvez você, leitor, possa imaginar–e logo em seguida me perdoar–que devido a tanto trabalho, na hora que eu escrevi essas palavras em uma noite de domingo, minha cabeça já estava tão cheia que tudo o que eu queria era apenas deitar. E não se engane! Eu não quero apenas descansar todos os verbos e advérbios, sujeitos e predicados, períodos e versos, mas também a carcaça que carrega toda essa gramática; meus ombros, sobretudo. Eu quero descansar meus olhos, que veem tantas pessoas todos os dias e ainda não acreditam nos sonhos da madrugada. Eu quero descansar minha garganta; ou melhor, minhas cordas vocais. O ser humano passa dois anos para aprender a falar, e sessenta aprendendo a calar a boca. Isso sim é inacreditável! Eu quero descansar, principalmente, meus ouvidos. São tantas vozes, tantos barulhos confundidos em frequências diferentes, que de vez em quando, mesmo em casa, eu me pego tonto. Pois então, talvez em Bento Ribeiro, eu lembro de avisar à minha esposa que estou a caminho de casa, finalmente.
“Quando o homem não tem nada na vida, ele tem um vazio dentro dele,” as palavras de um ambulante me despertam ao mundo real. “Aí ou ele encontra Deus ou encontra o crack.”
Eu olho ao meu redor, procurando o homem de tais palavras, para então ver um sujeito de cabelos brancos e cego de um olho. Ele carrega seus doces, balas e chocolates em uma dessas coisas que tem vários saquinhos presos e dá para pendurar com um gancho no ferro do teto. Não faço a menor ideia de como isso se chama, e penso até em perguntar. Comento o que está acontecendo com um amigo, mais jovem do que eu, através do WhatsApp, e ele me sugere colocar um fone de ouvido e segurar firme a mochila. Dou uma risada cansada até que o trem chega ao seu destino final e eu desembarco, junto com os poucos comigo e o homem de um olho só.
A linha que procuro fica literalmente do outro lado; ou à minha frente, assim que saio do vagão.
“Boa tarde, amigão,” eu falo para um sujeito próximo a mim. “O Santa Cruz eu pego aqui?” Mesmo sabendo que estou no lugar certo, tenho em mim a necessidade da confirmação pela minha falta de costume.
“Então,” fodeu, eu penso. “Não sei, não,” ele arrasta sua resposta olhando para o sentido oposto. Como assim tu não sabe, caralho? Tá escrito ali. Eu sei que tá escrito ali, aqui, em quase todo lugar nessa porra de estação. Mas essa operadora é maluca. Tem manutenção todo dia, toda hora. Os trens tão tudo caindo aos pedaços. “Mas eu acho que sim. Só sei que tô aqui esperando há um tempão.”
“Valeu. Brigadão,” afasto-me logo em seguida, e, com a mochila à minha frente, subo as escadas para o banheiro.
Sem mais delongas, assim que eu volto às plataformas, o tão esperado Santa Cruz se aproxima. À essa altura do campeonato eu já desisti de contar as horas. Apenas aceito o meu destino. De Deodoro são duas estações.
“Deixai toda a esperança, vós que entrais”, eu consigo ler, nos segundos mais rápidos que consigo contar, ao abrir das portas.
Vejo o sujeito que me aproximei anteriormente, com a necessidade de confirmação de uma dúvida ansiosa, entrando uns vagões à frente daquele meu. Ao contrário do anterior, não há lugar para me sentar. Permaneço, então, em pé em frente às portas. Não irei ficar aqui por muito tempo, tudo bem. São duas e meia da tarde, eu verifico no celular de um senhor ao meu lado. As letras são tão grandes que todos conseguem ler a infidelidade das conversas que ele mantém com uma mulher chamada Lindalva. Mas não noto ninguém tão fofoqueiro quanto eu, mesmo que sem querer. Penso no quão interessante a vida de cada uma dessas pessoas pode ser, mas me permanecendo autoconsciente o suficiente para saber que todos nós estamos apenas buscando sobreviver um dia após o outro.
Ao meu lado direito vejo a articulação entre os vagões e alguns homens sentados no chão. Em pé, neste mesmo lugar, há uma mulher de pele bronzeada, porém rosto branco, e cabelos loiros. Viro minha cabeça para a esquerda e então vem um, dois, três ambulantes anunciando seus produtos, gritando em nossos ouvidos. Para minha surpresa, um dos vendedores possui um microfone conectado a um pequeno alto-falante preso em sua cintura. Esse sujeito em particular, então, para de frente para a loira.
“É você aquela atriz?” ele pergunta.
Algumas pessoas viram os olhos para a mulher. Eu sou uma delas, tentando entender o que está acontecendo, mas não consigo ouvi-la.
“Daquele filme, pô!”
A mulher balança a cabeça dando um sorriso. Consigo notar que ela está constrangida, o que não é muito difícil visto a quantidade de olhares.
“É tu quem não deu moral pro Ken!” o homem insiste. “Atenção, senhores passageiros, por gentileza!” ele faz seu anúncio. “Olha só quem tá no trem com a gente hoje! Vamos dar uma olhada nessa Barbie aqui, gente! Vamos dar uma salva de palmas pra essa pose toda,” mas ninguém acompanha seu pedido. Confesso que fico um pouco enojado mediante ao assédio e viro minha cabeça para o lado oposto, de novo. O que me faz notar outro homem peculiar. Dessa vez, um sujeito vestido de Michael Jackson, preparando uma caixa de som no chão e ajeitando seu microfone de cabeça. Quando Billie Jean começa a tocar eu custo a acreditar em todo esse caos. À minha frente, finalmente sem outro lugar para olhar, um homem reclama de toda essa palhaçada enquanto um jovem ao seu lado, que eu julgo ter aproximadamente quinze anos, está de pé lendo Triste Fim de Policarpo Quaresma.
O trem pára. Falta uma estação para eu descer.
Lembro de Nelson Rodrigues.
Se a vida é mais profunda depois da praça Saens Peña, se é na zona norte que ainda se morre por amor, então o que sobrou para a zona oeste? Minha pergunta é respondida no momento que piso dentro do vagão.
Veja bem, como posso considerar subúrbio um lugar onde suas cafeterias cobram R$15,00 por um café pequeno e um salgado de queijo com presunto, ambos mornos? Essa foi a profundidade que Nelson encontrou? Cuspir em minha mão e depois lambe-la me deixaria mais acordado e saciado. Além do mais que, meu avô, paulista por si só, teve o mesmo fim teatral após sessenta anos de casado com a mesma mulher, falecida seis meses antes dele, e doze filhos adultos. Creio que o Suicídio de Amor, essa figura personificada, bípede, de dois olhos fundos, nariz, boca e orelhas, se mudou. Talvez seja meu vizinho, ou esteja em situação de rua no calçadão de Campo Grande, pedindo ajuda. Talvez eu o veja todo dia empurrando um carrinho de mão, se desfazendo de móveis antigos da própria casa, ou esteja vendendo toalhas no centro do Rio entre jovens de terno e gravata e crianças vendendo bala. Mas ainda, sobretudo, completamente apaixonado pelo ser humano tal qual aquele que se sacrificou por nós, de acordo com a fé cristã.
As portas se abrem pela segunda vez.
Há pessoas apontando o celular para o cover de Michael Jackson. Sua jaqueta é, de fato, uma cópia daquela icônica preta de detalhes cintilantes. Ele está da cabeça aos pés incorporado no que julgo ser seu músico favorito. Afinal, quem faria uma coisa dessas para um monte de gente, cansada e dilacerada do trabalho, em uma quinta-feira? Ele canta e dança, mas não canta tão bem. Acaba abaixando a voz quando não consegue acompanhar o tom da música, o que não impede seu show. Surpreendo-me com a habilidade em conseguir rodopiar e fazer um moonwalk com o trem em movimento e cheio de pessoas.
As portas se abrem ao meu destino.
Eu saio, ouvindo a música do rei do Pop se afastando à medida que subo as escadas da estação. Não lembro em qual parada meu coração se acalmou, e quando percebo essa tranquilidade já estou olhando para o céu, ainda nublado. Nisso, dou um sorriso.
Cleber Junior
#crônica#crônicas#literatura nacional#literaturanacional#literatura#pequenosescritores#meusescritos#liberdadeliteraria#arquivopoetico#autoria#escrita criativa#autores brasileiros#autores independentes
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(sem título).
eu sou esse sabor de capim-limão e mel,
a visão obscurecida pelos óculos que te escondem,
o mar em tempo que enfeita o céu,
a lua que anda lentamente para não te perder.
a pressa dos dias que correm,
sou a rede que dança e canta pela casa,
um abraço de fim de noite após o contato
com o corpo de desconhecidos no trem lotado.
você me alisa as pernas,
quer saber de onde vim.
te demoro, onde é tão limitante.
eu sou um monte que anda o bastante.
desespero esse teu ar de desejo
de calcular o açúcar do café,
de duvidar se é o único em mim.
sou mel que escorrega rapidamente.
eu te respondo em linhas confusas,
deixo cartas em seu rosto marcadas
com vermelho que contorna minha boca.
te prefiro, chá que refresca.
lisonjeado, se pergunta o porquê
do asfalto nascer algo
e ainda assim, alguém desejar colher.
te digo, tenho verdade em vez de olhos.
o que somos, amor,
tudo isso é pouco e imensurável.
nos deitamos com nossas mentiras
e as sujeiras dos pés revelam o passado.
esquente água, coe o café, sirva-me,
na bandeja que me leva à cama
revele o frio e o vazio de ser tanto
e não ser nada além de amante.
23 de junho de 2023.
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Oi oi oiii, booklovers!
E vamos de mais livrinhos nacionais - dessa vez de autoras independentes (apesar de q a Thaís entrou pra Verus essa semana) -, até pq se a gnt não botar a nossa literatura pra frente, ngm bota.
Músicas, Acordos e Outros Clichês é uma duologia escrita por duas autoras incríveis: Thaís Dourado e N.S Park.
💜✨🩷✨💜✨🩷✨💜✨🩷✨💜✨🩷✨💜✨🩷
• Título: Tem um Idol no Meu Sofá // Oppa, foi Mal
• Autor: Thaís Dourado // N.S Park
• Págs: 206 // 336
• Classificação: + 13 // + 16
🩷" — Você é uma inconstância no meu mundo padrão, Helena— murmurei de volta, conseguindo sentir, de alguma forma, o olhar dela recair sobre mim.— Estava tudo parado demais antes de você quebrar aquela câmera e agora... é bom não saber o que vai acontecer a seguir."💜 (OFM)
Por ordem cronológica, o primeiro é Tem um Idol no Meu Sofá, da Thaís Dourado, que conta a história da Maitê, que mora com o irmão nos EUA.
Ela era uma universitária bem normal até o dia que praticamente atropelou um cara aleatório no meio da rua. Acontece que ela não sabia que aquele estranho na verdade era um cantor famoso.
Já em Oppa, foi Mal, temos a Helena - bff da Maitê - na Coréia. Lena tem um crush no vizinho, Son Ho mas, por causa das circunstâncias, acaba tendo que fingir um namoro com Jun Woo, um cara que ela acabou de conhecer.
(Oppa, foi Mal contém temas como relacionamento tóxico, abuso psicológico, traumas sexuais e luto)
~ ambos os livros possuem playlist no Spotify ~
💜✨🩷✨💜✨🩷✨💜✨🩷✨💜✨🩷✨💜✨🩷
Em minha humilde opinião, gostei mais de OFM (até li primeiro,sem querer) pq, em questão de personalidade, a Lena é mil vezes mais doida que a Maitê, inclusive o Erick é tão golden boy q eu cheguei a achar insuportável. Pra vcs terem noção, o cara age como uma criança de 3 anos de idade, mesmo tendo 30.
Jun Woo e Helena, por outro lado, tem mto mais química. O Jun é o maior fofo, dá bons conselhos, é engraçado e faz cada elogio...apaixonada kkkkk
Tem um Idol no meu Sofá não é ruim, a minha personalidade que não bateu com a dos personagens 🤡👍🏻
✨ | Vc já leu alguma coisa dessas autoras? Se sim, qual seu livro preferido delas?
Bjs e boas leituras!
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resenha #4 ︱até que eu te mate e nos separe
"Ich liebe dich."
avaliação: ★★★★☆ ︱contém spoilers!
Lovely Loser, autora independente e best-seller da Amazon múltiplas vezes, lançou este ano o primeiro livro de sua mais nova trilogia de romance "Os Diamonds". A autora é mais conhecida por sua primeira trilogia, "Heartbreakers", que incluí os livros Bad For You, Die For You e Lie For You. Além de seus outros livros solos, Poeira Interestelar, Mine e Breathe.
Em "Antes que eu te mate e nos separe", acompanhamos Gina, uma garçonete que sonha em se tornar escritora, porém com um pai doente e um irmão mais novo para cuidar, as circunstâncias não estão exatamente ao seu favor. Já Bastian, um herdeiro bilionário mimado que afundou o barco dos pais na Califórnia, agora tem de trabalhar em uma cafeteria como punição.
"Eu te daria tudo. Eu te daria diamantes. Cavalos. Impérios. Tudo o que você quisesse. O sol e as estrelas, o meu coração..."
Começamos o livro com um casamento falso entre duas pessoas que se odeiam. Esse é o ponto do livro. Bastian e Gina acabam se casando em uma noite, inconscientes sob o efeito do álcool, após ela concordar com o seguinte plano: fingir ser a esposa falsa de Bastian para que seus pais não o casem com outra mulher e, em troca, ele fechará um contrato para ela com a maior editora do país.
Como ela recusaria uma oferta dessas, podendo finalmente ajudar a família?
A partir disso, a encenação começa. Jantares em família, viagens para conhecer parentes, repórteres, paparazzi e muitos gestos de amor falsos (ou nem tanto assim).
"Olá, esposa."
Por onde eu começo falando sobre esse livro? Não é exatamente o estilo de livro que eu busco trazer para cá, mas ao mesmo tempo tudo que eu quero é poder falar sobre os livros que eu amo, e esse é um deles. Li ele por inteiro em dois ou três dias, devorei cada página e chorei ao fim pensando que nunca, nem em outro mundo, eu vou ter a chance de viver o que o Bash e a Gina viveram nessa história.
Sei que as opiniões acerca do livro são bem diferenciadas; tem gente que amou, tem gente que amou a premissa, mas achou o enredo em si raso, e tem gente que odiou tudo sobre. Vou dizer que a minha própria opinião é um pouco complexa e, por mais que seja um desses romances conforto, teve sim seus defeitos e pontos que me desprenderam.
Mas vamos começar pelo bom, né?
Os personagens foram muito bem feitos. Como uma escritora de dramas que geralmente tem como foco principal os próprios personagens e suas vidas, adoro livros onde eles são detalhados: manias, coisas favoritas, descrição minuciosa de aparência, um passado que interfere na história etc. Dado a personalidade de criança privilegiada de Bastian, que sabe cinco idiomas, pratica sete esportes, toca seis instrumentos, pinta, cozinha e faz cinco artes marciais, podemos dizer que o livro entregou isso de um jeito bom.
Bash e Gina foram dois personagens que pude me conectar em um nível absurdo e me derreter todinha no papel a cada interação. A vida "imaculada" do Bastian e como ter sido essa criança e crescido nesse ambiente, na mira da imprensa, a fama, a riqueza, o título impactaram sua vida, principalmente por o impedir de fazer o que realmente ama, foi muito bem planejado. Gina também tem uma história de vida complicada. A mãe morreu anos atrás e o pai machucou a perna em campo. Desde então, ela tem se encarregado de evitar que tudo colapse na vida da família, cuidando do pai e do irmão mais novo mesmo que custe sua felicidade. Por conta disso, ela ter uma personalidade extremamente forte.
O Bastian é o homem perfeito para ela. Gente, ele fez tanta coisa por essa mulher nesse livro, ele literalmente comprou quinhentos exemplares do livro dela para a editora não quebrar o contrato e depois:
Leu ele quinze vezes em dois meses (grifando todas as cenas que ele gostou).
Fez uma área enorme na biblioteca de casa só para os exemplares dela.
Comprou a maior editora do país e publicou todos os livros que ela já tinha escrito porque eles achavam os livros dela "ruins".
Literalmente coisa de livro que nem dá pra imaginar acontecendo na vida real, ele é perfeito.
Mas uma coisa que eu não gostei, e foi provavelmente a única, é a quebra de tempo de alguns anos deles separados. Esse é o meu segundo livro da Lovely, e não é a primeira vez que ela coloca essas quebras de tempo enormes entre eles. Não foi mal executado, só é uma coisa que eu, particularmente, odeio em livros.
Mas, de qualquer forma, ainda foi uma leitura memorável. É absolutamente maravilhoso, queria poder tirar ele da minha cabeça e ler tudo de novo pela primeira vez. não vejo a hora de outubro chegar e poder ler o segundo livro em torno do Liam, irmão de Bastian.
"Meine perle."
informações do livro:
Editora: independente.
Páginas: 369
Gênero Literário: romance.
Autor(a): Lovely Loser.
Classificação indicativa: +16
Data de publicação: 20 de abril de 2023.
sinopse adicional:
"Bastian L. Diamond é um herdeiro bilionário mimado. Após afundar um dos navios de seus pais na California num dia fatídico de sua vida luxuosa, ele é obrigado a trabalhar em uma cafeteria em forma de punição.
Gina é uma das garçonetes e o oposto de Diamond. Criada num lar simples e tendo que batalhar por tudo, eles instantaneamente se detestam.
Em meio a alfinetadas e olhares de ódio, eles acabam em um acordo após uma noite bêbados em uma confraternização da cafeteria: um casamento falso com benefícios.
Ele precisa de uma noiva e a promete a realização de seu maior sonho.
Diante da oportunidade de alavancar sua carreira e ajudar sua família, Gina cede, mas logo é abatida pela realidade paralela.
Obrigada a conviver com Diamond e ser inserida em seu mundo esfuziante a deixa perplexa, mas o verdadeiro desafio é não sufocar o cara que ela considera o maior idiota mimado do planeta.
No entanto, o amor e o ódio sempre estiveram lado a lado."
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Cartas de um sobrevivente-1
Beca, esta noite sonhei com ele, e ele era como da primeira vez. Ele sorria, um sorriso vazio e triste, a expressão em seu rosto não deixava dúvidas, era ele. Mesmo assim eu demorei a reconhecê-lo, tinha algo errado com sua aparência já naturalmente perturbadora, como se milhares de anjos tivessem recortado-o em incontáveis pedaços e milhares de demônios tivessem costurado seus retalhos de volta no lugar, mas dessa vez, embaralhados.
No meu sonho, eu tinha voltado a aquele lugar, o mesmo lugar de anos atrás, e encarava ele, com o mesmo medo da primeira vez. Dessa vez, depois de tantos encontros, ele não exita em se aproximar, sabe que não conseguiria correr, e não o fiz. Eu não me movi, congelei assim que seus olhos encontraram os meus. Ouvi seus passos ecoando no espaço vazio, e senti sua mão gelada tocar meu ombro, a ardência se espalhou pela minha pele. Sua boca se aproxima de meu ouvido e ele sussurra a palavra "temporário".
Mesmo depois de tanto tempo sua voz ainda machuca até minhas mais antigas esperanças.
Hoje eu confirmo, ele sabe onde estou, e venho por meio desta carta, Beca, te dar meu mais valioso conselho: Se esconda. Ele vai te encontrar.
Queria que após tanto tempo, as circunstâncias presentes fossem mais agradáveis que o traumático evento 17 de outubro.
Entretanto, eu espero que você possa encontrar um pouco de paz. Creio que para mim, é impossível a este ponto.
Com carinho, T.
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PRÉ-VENDA: eBook + brindes - O livro das histórias perdidas
Sinopse: Tudo começa com portas mágicas, mundos fantásticos e chaves que o levarão para uma nova aventura. Um mundo onde as palavras se tornam uma paleta de cores únicas, capazes de ganhar vida em nossas melhores histórias, sonhos e pesadelos. O livro das histórias perdidas é uma coletânea de três contos Em “A loja mágica” Jean está atrasado, com raiva e molhado. Quando em seu caminho, ele se…
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Submerso é o álbum que lancei em Maio de 2021 e que foi inteiramente composto, arranjado, gravado, editado, mixado e masterizado por mim.
Nele toquei guitarra (arriscando até uma afinação nova para mim - Drop C), violão, baixo, teclado (instrumentos MIDI), além de cantar.
Apesar de três das quatro músicas com letra terem sido compostas antes de 2021, elas foram rearranjadas durante o processo de gravação, que durou de Fevereiro a Abril.
Todas as gravações foram feitas na mesa da cozinha usando uma interface de áudio de dois canais da Focusrite e o Logic Pro como DAW.
Uma curiosidade é que esse álbum é meu primeiro registro cantando a voz principal de minhas próprias canções. Antes disso, eu era um baixista fazendo backing vocal.
Embora eu tenha aprendido muito nos meses que investi no álbum, me aceitar como vocalista foi uma das partes mais complexas de todo o processo.
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Aquele poema...
Aguardando autorização de entrada Minha faca está afiada Olhando essa bela vista A pista deve estar molhada -- Claudio Roterto de Oliveira Filho @baixotu
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