#001: a musa do verão ;;
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𝑠𝑡𝑎𝑟𝑡𝑒𝑟 𝑓𝑒𝑐ℎ𝑎𝑑𝑜 — @oliviafb
vivianne possuía a falsa crença de que era adepta à arte do alongamento e da flexibilidade. no início dos seus vinte anos, esgueirava-se por qualquer buraco da cidade para adentrar propriedades privadas. aos vinte e cinco, fazia alongamentos antes de curtas corridas nos parques de veneza. então, não foi surpreendente que, ao descobrir que seu novo alvo praticava yoga, ela pensasse: "moleza!" mas vivianne logo percebeu que a única coisa mole eram suas pernas, após se segurar na posição dhanurasana, a postura do arco, por alguns minutos. os músculos protestavam contra a posição e uma sensação de ardor tomava conta de suas costas. assim que a instrutora liberou os estudantes do alongamento final para completar a aula, vivianne apenas não a beijou de felicidade porque desviou sua atenção, imediatamente, para a morena indo em direção ao bebedouro. após juntar apressadamente seus pertences, deslocou-se para o mesmo local com a garrafinha cheia nas mãos. “uma aula incrível, né?” comentou com olivia boscarino, a mulher que dominaria sua atenção pelos próximos dias. vivianne tentava estabilizar a respiração e esperava não estar corada depois do exercício. “eu particularmente sou uma grande fã da posição montanha, praticava muito na academia de yoga da minha antiga cidade e senti falta aqui, mas já estou contente de ter voltado à prática. depois de toda aula me sinto em sintonia com o mundo e as pessoas ao meu redor.” expressou com o sorriso mais natural que pudesse esboçar, esperando que sua gentileza e abertura sejam recíprocas.
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🍳 para um jantar com @oliviafb
camilo não era exatamente a pessoa mais madura e responsável, mas se havia um local que lhe fazia sentir especialmente de volta à infância, era a casa em que havia crescido. e não de uma forma nostálgica normalmente acalentadora, pelo contrário. podia sentir os músculos tensionando cada vez que pisava mansão adentro, e normalmente fazia questão de comparecer apenas quando sabia que seu pai estava ausente. para sua infelicidade, o convite daquela noite havia sido feito exatamente pelo progenitor, o que queria dizer que ele não escaparia. para além do mais, dada a lista de convidados, sabia exatamente o que possivelmente escutaria a noite inteira. de algum modo, os mais velhos de ambas as famílias ainda agiam como se seus herdeiros fossem se casar, mesmo que discussões sobre o assunto já houvessem mudado bastante nos últimos anos. olivia fizera sua escolha: não queria camilo. e sinceramente, tampouco ele estivera em qualquer momento ansioso pelo casório. fazia tanto tempo que o assunto não ressurgia, que o ricci ingenuamente acreditou ter se livrado daquele problema. não naquela noite. seu pai podia muito bem casar com a mãe de olivia, eles combinavam. controladores e sempre com comentários ácidos, o jantar tinha tudo para ser um show de horrores. ele encarou a enorme porta, flor e vinho em mãos (ah, como era cavalheiro), ponderando suas escolhas. ressentiu olivia mais um pouco, colocando momentaneamente a culpa nela. se ela tivesse simplesmente concordado com aquele arranjo! mas quem queria enganar? camilo sabia que também não teria seguido em frente com qualquer relacionamento sério, mesmo se a outra assim quisesse. antes de tocar a campainha, sentiu o perfume que ele conhecia anunciar a presença da jovem, sabendo que ela estava a seu lado sem nem mesmo virar o rosto. “achei que pelo menos um de nós fingiria uma virose” resmungou, como se ela devesse tê-lo feito. no fundo, nenhum dos dois tinha tanta coragem assim de contrariar seus respectivos parentes. apenas lhe reconfortava que seu pai tendia a ser mais comedido com visitas, e ele dificilmente surtaria na frente de tantos convidados. “olha… se jogarmos as cartas certas, sobrevivemos essa noite. preferencialmente, deixando de fora a sua tara por analfabetos” não perdeu a chance de provocar.
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do lado de dentro da casa, enquanto absorviam tantas faces conhecidas e sons diversos, a provocação característica de ambos ficou em standby momentaneamente. ele até tinha pensado em alguma frase engraçadinha sobre como a justificativa alheia era só uma quantidade enorme de palavras pra justificar "superficial", mas já havia se distraído com a festa, e principalmente, com o anfitrião. era exaustivo estar diante de seu pai, sempre com a guarda erguida, como quem caminha em uma ponte velha que pode se desfazer sob seus pés a qualquer momento. era muito pior quando estava sozinho com ele, mas ainda precisava ser cauteloso, pois não havia quantidade suficiente de público que impedisse vicenzo de humilhar o filho caso quisesse. ao menos a probabilidade de ser ferido fisicamente diminuía drasticamente aos olhos de companhia, mas nunca realmente confiou que aquela era completamente impossível. seu pai podia ser imprevisível, e acima de tudo, impetuoso.
observá-lo tão próximo de olivia o deixava desconfortável. imaginava que até mesmo alguém como vicenzo teria limites naquele cenário, mas não conseguia se desprender da sensação de que a mais nova estava perigosamente perto de uma bomba relógio. como se a visse fazer carinho em um animal selvagem, que poderia simplesmente atacar em instinto quando menos se esperava. 'a senhorita está linda, como sempre.' os nós dos dedos de camilo estavam brancos tamanha a força no punho fechado, e ele só percebeu que havia segurado a respiração quando o pulmão insistiu pelo devido funcionamento. o tom de voz da garota era um misto de polidez e atrevimento. talvez fosse coisa de sua cabeça, ou ele apenas a conhecia bem o suficiente para notar. fato era que o ricci mais velho a encarou com um sorriso traiçoeiro, ambas as mãos juntando-se atrás do corpo. 'fico feliz que tenha gostado. não é sempre que os jovens apreciam os esforços dos mais velhos.' houve uma pequena pausa em sua frase para direcionar o olhar à camilo, antes de retornar à morena. 'seria, de fato, uma pena. mas gosto de acreditar que a senhorita não permitiria que os objetivos de uma noite como essa fossem preteridos por capricho.' havia um quê de aviso em suas palavras. em um movimento inconsciente, camilo colocou a mão no final das costas de olivia, protetoramente, e forçou a si mesmo a esboçar um sorriso na direção do pai, que ergueu uma sobrancelha diante de seu movimento. o sorriso de vicenzo não se desfez, embora os olhos estivessem escurecidos. 'bem, aproveitem. ainda preciso cumprimentar algumas pessoas, mas nos falaremos mais tarde novamente' ele finalmente se retirou, ao contrário da mão de camilo, que se manteve no lugar - talvez não fosse o jeito mais inteligente de lutar contra a esperança de todos os que queriam que eles formassem finalmente um casal. "álcool?" ofereceu, apontando para a mesa onde haviam algumas taças de champanhe, mas não esperou a resposta para guiá-la até lá.
apenas se tornou consciente do toque no corpo alheio quando precisou afastar a mão dali para pegar duas taças, mas antes que pudesse fazer algum comentário provocativo sobre, foi a vez da mãe da garota se aproximar. camilo não gostava da mulher, mas sabia usar o próprio charme a seu favor. "senhora boscarino! a senhora está deslumbrante. como vai?"
[ F L A S H B A C K : antes dos encontros ]
Poderia ter recuado quando sentiu o cheiro forte de madeira envelhecida e tabaco que sempre parecia cercar Camilo, mas, em vez disso, permaneceu imóvel, deixando que suas palavras a atingissem como uma chuva fina que só molha a superfície. Com um sorriso que era tão meticulosamente construído quanto cada aspecto de sua aparência, Olivia ajustou o ombro, como se livrasse de um peso invisível, e respondeu com a voz baixa, como um golpe planejado com precisão: “ Ah, então ainda tem algo funcionando nessa cabeça, Camilo. Fico feliz em saber que seu talento para dramatizar continua intacto. ”
O som do riso dele, um sopro quase imperceptível, fez com que ela erguesse uma sobrancelha. Era quase irritante como ele parecia tirar prazer de cada interação ácida que tinham. Mas Olivia conhecia bem aquele jogo e, mais ainda, sabia jogá-lo como ninguém. Ele tentou provocá-la sobre sua obsessão com a aparência, e Olivia se limitou a um olhar breve, deixando que suas palavras pairassem no ar antes de devolver o golpe. “ Se preocupar com a aparência é um luxo que alguns de nós podem bancar. Outros preferem fingir que não se importam para disfarçar o fato de que nunca vão alcançar o padrão. ” As palavras exatas de sua mãe. Já não sabia mais dizer se apenas as repetia ou pensava mesmo daquela forma.
Quando ele mencionou Maquiavel, Olivia riu, mas não de verdade – uma risada curta, o tipo de som que carrega tanto desprezo quanto desinteresse. Ela cruzou os braços, inclinando levemente o corpo, como quem avaliava um competidor que já havia derrotado antes mesmo de entrar no ringue. Com os lábios entreabertos, não teve tempo de responder ao ouvir a porta se abrindo. Francesco os cumprimentou, e Olivia sorriu para o velho homem com a mesma elegância ensaiada de sempre, murmurando um cumprimento educado antes de entrar, seguindo Camilo.
Olivia manteve a compostura impecável, mas não deixou de notar o contraste gritante entre a leveza de Camilo ao lidar com o empregado e a tensão quase tangível que surgiu quando Vicenzo Ricci apareceu. Era como se todo o charme de Camilo se dissipasse, substituído por uma rigidez que ela conhecia bem demais, porque agia exatamente igual perto da própria mãe.
Dentro da mansão, Olivia deslizou pelo ambiente como se fosse um palco, cumprimentando conhecidos com acenos suaves e um sorriso que nunca alcançava seus olhos. Mas foi quando Vicenzo se aproximou que o desconforto realmente se instalou. O beijo na mão dela foi polido, e Olivia sustentou o olhar dele com a mesma frieza cortante que costumava guardar para situações em que estava em desvantagem, mesmo que nunca admitisse.
“ Senhor Ricci. ” ela disse com uma voz suave e controlada, retirando a mão com um gesto fluido, sem transparecer incômodo algum. Seus olhos, no entanto, sempre muito atentos, notavam cada reação de Camilo. O maxilar travado, os punhos cerrados. Por mais que ele tentasse esconder, Olivia costumava ser boa em ler emoções, especialmente aquelas que lhes pareciam tão familiares. Ela inclinou levemente a cabeça para Vicenzo, seu sorriso tão polido quanto um diamante falso. “ O evento está muito bonito. Espero que esteja à altura das suas expectativas. Seria uma pena se alguém não aproveitasse todo o esforço colocado aqui. ” Era um elogio disfarçado, claro, mas também um lembrete de que ela estava ali, observando cada movimento. Afinal, era assim que ela sobrevivia: não apenas se movendo pelo tabuleiro, mas estudando cada peça antes de fazer sua jogada.
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o riso que escapou na forma de um pouco de ar deixando suas narinas tinha um quê de deboche, muito embora ela não estivesse errada. a memória olfativa de camilo era bastante afiada, e aromas costumavam ser muito bem notados pelo homem. considerando que a fragrância que exalava da pele da mais nova era exatamente a mesma que permeava suas interações tantos anos atrás, foi suficiente para saber de quem se tratava. “na verdade, foi a nuvem escura que acabou de passar aqui, anunciando um mau presságio. tinha de ser você” respondeu, com a ironia costumeiramente presente na dinâmica entre ambos. “só porque eu não gasto oitenta por cento do meu dia obcecado com a minha aparência como você, não quer dizer que eu não me cuide, piccola.” talvez um golpe baixo, mas o fez mesmo assim. de qualquer modo, não era também a maior mentira. isto é: à parte do álcool, das drogas, e do sono irregular, camilo se exercitava com frequência (toda vez que não estava com ressaca demais), e sua alimentação não era das piores. com o valor que pagava aos cozinheiros particulares, era bom mesmo que se alimentasse bem. e quando não estava nadando em sua piscina ou levantando pesos na academia particular, os esforços físicos aplicados na fazenda certamente contavam como treino. mas ela estava certa: entre o estilo de vida de ambos, o dele era com toda certeza o que mais oferecia riscos à saúde. por mais que o amargor da traição (ah, sim! ele considerava o feito alheio uma traição) sempre estivesse presente nas interações com olivia, nunca deixava de notar o quão esperta ela era. não era por menos que havia há muito tempo atrás considerado estar ao lado dela de forma menos… informal. as conversas eram boas, sempre foram. mesmo agora, repletas de provocação e indelicadeza. “quase. só coube maquiavel” não que milo houvesse dedicado qualquer real tempo de sua vida estudando profundamente qualquer filósofo que não a voz da sua própria consciência debilitada — mas sempre fora mestre na arte de conhecer suficientemente de diversos assuntos a ponto de não transparecer o completo imbecil que podia ser. assentiu, concordando com as palavras da jovem: álcool e mentiras era mesmo a base da família tradicional. girou o tronco para finalmente olhá-la nos olhos, e quase se arrependeu. ela parecia dolorosamente mais bonita ao vivo que em sua memória - e isso sob a luz baixa do lado de fora. que seu ressentimento fosse forte o suficiente para não permitir se distrair no momento em que a luz da mansão iluminasse melhor cada traço alheio. “logo você, falando sobre companhia? se bem que, pode ter certeza, eu aprendi a…” não cometer os erros do passado, era o que diria, em uma dramatização descabida, se não fosse pela porta que abria e os interrompia.
quanto tempo estiveram ali, provocando um ao outro? não chegou a notar, mas certamente deveriam ter tocado a campainha há algum tempo. o empregado que abriu a porta curvou a cabeça em cumprimento. ‘senhor ricci. senhorita boscarino. sejam bem vindos’ o herdeiro da casa sorriu de maneira leve, abrindo os braços e dando um breve abraço no funcionário que beirava seus setenta anos. o ato não veio como surpresa, embora fosse recebido com a habitual resistência de alguém desacostumado com informalidades. “francesco. como está, amigo?” a resposta foi breve, mas recebeu um sorriso que demonstrava que o mais velho estava feliz em rever o ricci mais novo. camilo gesticulou para que olivia passasse em sua frente (sabia ser cavalheiro afinal), e seguiu atrás dela evento adentro. o local já contava com um certo número de pessoas, algumas que o cumprimentavam de longe, outras que se aproximavam e falavam brevemente com ambos os herdeiros. toda a leveza e tranquilidade foi prontamente substituída por um enrijecer de músculos assim que vicenzo ricci caminhou na direção dos dois. sentiu a mandíbula doer pela força com que a fechava, mas ajustou a postura. “pai.” cumprimentou, seco e distante. como se, de todos ali, o único com o qual compartilhava seu sangue fosse o menos familiar. vicenzo parecia descontente com algo, mas não saberia nem mesmo presumir o que. seria por ter se atrasado? por aparecer ainda sem um anel de compromisso para a boscarino? não precisaria tentar adivinhar, no entanto, sabia que a resposta eventualmente chegaria. quando o mais velho se virou para olivia, no entanto, desfez a expressão dura e lhe ofereceu um sorriso quase que charmoso, buscando pela mão da mais nova e deixando um beijo ali. milo fechou a mão em punho dentro do bolso da calça, a fim de segurar o impulso de afastá-la daquele homem. por que camilo acreditaria na maldição, se sabia que a raiz de todos os seus problemas estava ali, na sua frente?
Olivia poderia ter ficado afastada. Cumprimentaria à distância, seria discreta, educada, polida, e sobreviveria àquela noite sem nenhum inconveniente. Mas não resistiu quando o viu sozinho, e caminhou com passos firmes no salto alto e a postura impecável que lhe custou tanto conseguir. Mesmo sem olhar diretamente para ele, ela conseguia sentir a combinação de sarcasmo e irritação que sempre permeava as interações entre os dois. Quando ele finalmente falou, ela virou o rosto lentamente, um sorriso calculadamente neutro nos lábios. “ Me reconheceu pelos meus passos? Ou foi o meu perfume, que fez questão de decorar? ” Provocou, inclinando levemente a cabeça. “ Poderia ter sido você, então. Eu sou saudável, atlética, bem cuidada. Você vive dormindo com qualquer um, está sempre naquele lugar insalubre que chama de bar. Está mais propício a pegar uma virose. ” Retrucou, ajustando a bolsa de mão com um gesto fluido. Sua voz estava carregada de um humor seco, mas havia algo mais nos olhos dela, um misto de exasperação e resignação. Quando Camilo fez o comentário sobre “analfabetos”, Olivia soltou uma risada curta e um revirar de olhos, que soou mais como uma declaração de desprezo. “ Ah, claro. Porque você é o epítome do intelectual sofisticado, não é mesmo, Camilo? Deixe - me adivinhar, trouxe Nietzsche na bolsa junto com as flores e vinho? ” Ela sorriu, o tom sarcástico tão afiado quanto o salto de seu sapato. Virou-se para ficar de frente a ele, o olhar de quem analisava o que via. “ Mas relaxa, Ricci. Vamos sobreviver a esta noite do mesmo jeito que sempre sobrevivemos a tudo relacionado a eles: com muita falsidade e álcool suficiente para anestesias qualquer ressentimento. ” Olivia olhou de lado para ele, um brilho zombeteiro nos olhos. “ E quem sabe, com sorte, você aprende uma ou duas coisas sobre boas escolhas de companhia. ”
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