#. ✴︎ 𝙗𝙚𝙝𝙤𝙡𝙙 𝙩𝙝𝙚 𝙨𝙪𝙣𝙨𝙝𝙞𝙣𝙚 : aishwarya & gale.
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──── ⠀. ✹ 𝒔𝐭𝐚𝐫𝐭𝐞𝐫 𝐩𝐚𝐫𝐚 @harmonicabreeze 𝘦𝘮 𝖡𝖺𝗅𝖽𝗐𝗂𝗇’𝗌 𝖦𝖾𝗇𝖾𝗋𝖺𝗅 𝖶𝖺𝗋𝖾𝗌
𝐔m enorme chapéu, escandalosamente decorado com pedrinhas de valor duvidoso, foi enfiado sobre a cabeça de Arya, ocultando-lhe parte das mechas escuras e boa quantia do semblante, deixando à mostra apenas o sorriso franco que logo se desdobrou em uma gargalhada, duas ou três oitavas acima do habitual, ao fitar brevemente o próprio reflexo em uma das janelas modestas.
“Uma verdadeira dama da capital do império.” Com as mãos firmes nos quadris, ela desfilou com ar de solenidade e o nariz empinado, embora a pose não durasse mais que três segundos antes de disparar o olhar ao amigo, com bochechas inflando-se em diversão. “Não pense que esqueci o motivo de estarmos aqui: prometeu que encontraríamos rasgulla e boas tintas.” Retirando o chapéu, empoleirou-o sem brusquidão sobre a cabeça dele, revelando um sorriso traquina no movimento.
Desde o calamitoso sucedido de outrora — não bastasse a vida com tantos tropeços terríveis —, o corpo de Aishwarya parecia quase carente e falho de uma engrenagem essencial, devido a ausência do costumeiro ritual, e Gale a encontrou exatamente assim, vagando pelos corredores como um cachorrinho abandonado à beira da estrada.
Após tantos anos de amizade — quase suficientes para contar nos dedinhos das mãos — ambos conheciam muito bem as forças e fraquezas um do outro, para o bem e para o mal, e como se nada fosse, ele logo buscou animá-la com a promessa de materiais para seu hobby e um banquete de rasgullas, que tratam-se de bolinhos esféricos de chenna cozidos em calda doce, tão suculentos que o néctar infiltrava-se até o coração da massa. E céus, Aishwarya não poderia fazer algo que não sucumbir às tentações de doces e guloseimas, como girassol que remexe inconsciente as pétalas seguindo a luz solar.
“Aliás, com toda essa tensão, talvez seja sensato não voltarmos muito tard-” Olhinhos brilharam e a fala abruptamente interrompeu-se quando, do outro lado da sala, avistou um colar; como um peixe fisgado por um anzol bem firme, ela foi levada pelo movimento da linha invisível.
Num piscar de olhos, ela atravessou a distância, examinando o acessório mais de perto. O colar tinha uma corrente delicada, de elos finos, levemente fosca, conferindo-lhe um aspecto sutilmente envelhecido. No centro, pendia uma pequena âncora de metal polido, com detalhes gravados que lembravam suaves arabescos, emoldurando o desenho com uma elegância artesanal. O corpo da âncora era compacto e refinado, mas robusto o suficiente para sugerir um peso simbólico — como um amuleto de proteção. Na parte superior, um laço entrelaçado a prendia à corrente, e, na base, um minúsculo cristal azul, brilhando com a luz ao menor movimento, trazia um toque de cor, imitando as profundezas do oceano. “Isso ficará perfeito em você, veja só!” E, sem hesitar, já se dirigia ao balcão, pronta para pagar pelo presente inesperado e absolutamente não requisitado.
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𝐓ombou suavemente a cabeça para o lado, deixando escapar um riso mudo com o dizer, falhando em alimentar e suster de mesma forma o capricho divertido. A gravidade, diligente em sua tarefa inescapável, apressou-se a reclamar um punhado generoso de fios soltos durante o movimento, que escorreram com naturalidade, cobrindo as bochechas. "Se houver amarelo, azul e vermelho já será de grande auxílio! Posso me virar temporariamente com estas!"
Gale portava, sem dúvidas, o talento especial de sempre fazê-la sentir-se para além das nuvens e muito bem com o mundo inteiro, mesmo que, sob o céu límpido, se desenrolasse a mais feroz das tormentas. Com ele, Arya encontrava-se sem dificuldade alguma em uma bolha de coisas boas e bonitas; Gale era lembrete constante e vivo do que verdadeiramente importava. Mais do que isso, era a prova viva de que um dia sem risos não passava de um desperdício irreparável. E, sendo uma mulher de sorriso tão solto, amar aqueles que lhe arrancavam gargalhadas parecia inevitável, e talvez fosse por este aspecto que amá-lo mais e mais todos os dias parecia tão natural quanto respirar.
Com braços em gancho, seguiram juntos, como se fossem personagens de um cotidiano quase banal, apenas envoltos de carinho mútuo e uma encenação de sofisticada descontração. A mão que poderia permanecer inerte ao lado do corpo repousou, ainda que por um breve momento, sobre a outra, que se apoiava suavemente no cotovelo do jovem — até, como uma lufada intensa mas rápida,ela despontar para o rumo desejado, sem sequer dar atenção ao final do discurso que ele entoava.
“Claro que adorou! É evidente que isso foi feito para você. É destino, pura predestinação! Não acha, senhor?” Indagou, alternando olhares cúmplices entre o vendedor, que, embalado pelo bom humor de ambos, coçou a barba volumosa, tentando conter um riso discreto, antes de assentir. Embora ansioso por concluir a venda, o comerciante parecia compartilhar, em silêncio, do julgamento da moça sobre o presente.
No remato dos trâmites de pagamento, ela prontamente providenciou o pagamento, contando as moedas de prata com uma destreza prática e acrescentando uma extra, como demonstração de generosidade e apreço pelo atendimento impecável do homem. Para quem dispunha de tantos recursos, um gesto como aquele era insignificante, mas ela sabia bem que tal atitude certamente despertaria o desagrado de sua mãe, caso esta presenciasse a cena — uma desarmonia que, curiosamente, nunca encontrava eco nas reações de seu pai, que, embora não incentivasse, tampouco a censurava.
Ao ouvir seu nome despontar completo e proferido em uma voz profunda, ela virou-se prontamente, como se cada sílaba a puxasse pela cintura. Os amigos sempre respeitavam sua predileção pelo apelido, fosse pela praticidade ou pela linha sutil que traçava entre Aishwarya, a khajol, filha do Marquês — símbolo de elegância e tradição —, e Arya, uma alma inquieta, curiosa além do aceitável, desejosa apenas de saborear as doçuras que a vida ainda guardava antes que o amargor a inundasse e lambuzasse o sentidos. Por isso, seu corpo, quase instintivamente, gelou no curto intervalo de tempo. No entanto, ao captar a suavidade subjacente no timbre e na expressão que o acompanhava, seus ombros relaxaram, permitindo que o ar escapasse em um pequeno alívio. Quando ele finalizou a sentença, virando-se para exibir as costas, um sorriso se formou nela, brilhante e natural, exibindo a fileira de dentes alinhados.
"Com todo prazer!" Com delicadeza, ela segurou o pequeno objeto entre os dedos em pinça, apertando os olhos para focar no fecho do colar. Um gesto meticuloso, mas preciso, que, em instantes, trouxe sucesso à tarefa. Quando o olhou novamente, não pôde conter uma tentativa de assobio, orgulhosa da própria escolha. "Acho que agora terá uma inevitável fila de pretendentes te batendo à porta." Mesmo que ainda estivesse
"Oooooh!" Ela se pôs na pontinha dos pés, como se o gesto pudesse magicamente conceder-lhe mais altura, inclinando-se sutilmente para espiar por sobre os ombros de Gale enquanto ele dispunha os objetos sobre o balcão. Apoiada em suas costas, em vez de simplesmente contornar sua figura — o que seria a escolha mais prática —, optou pela diversão do momento. “Certamente, mas sua presença constante já é, por si só, um presente diário e grande demais.” Recobrando uma postura mais alinhada, deslizou os dedos delicadamente pela mão do amigo, deixou que os dedos roçassem suavemente pela mão do amigo, apertando-a com leve firmeza, como se buscasse imprimir maior gravidade às palavras que proferia. Embora a leveza de seu tom pudesse sugerir mero gracejo, havia uma sinceridade latente que não se podia ignorar.
Intentou por manter, à princípio, ares mais despreocupados, mas o brilho ansioso em seus olhos a denunciava. A expectativa pelo que estava por vir parecia insuportável, pois presentear e ser presenteada era, para ela, uma forma inegável de traduzir o afeto que muitas vezes não se expressava em palavras.
Não era o custo material que a encantava — embora possuísse um gosto inegavelmente refinado —, mas o gesto em si, o cuidado implícito em cada oferta. Adorava ser mimada, era inegável.
Quando seus olhos voltaram a encontrar os de Gale, a contenção evaporou, e um sorriso travesso curvou-lhe os lábios. Ele, que a conhecia tão bem, certamente já antevia a pergunta inevitável.
“O que está pensando? Hein, hein?”
──── ⠀. ✹ 𝒔𝐭𝐚𝐫𝐭𝐞𝐫 𝐩𝐚𝐫𝐚 @harmonicabreeze 𝘦𝘮 𝖡𝖺𝗅𝖽𝗐𝗂𝗇’𝗌 𝖦𝖾𝗇𝖾𝗋𝖺𝗅 𝖶𝖺𝗋𝖾𝗌
𝐔m enorme chapéu, escandalosamente decorado com pedrinhas de valor duvidoso, foi enfiado sobre a cabeça de Arya, ocultando-lhe parte das mechas escuras e boa quantia do semblante, deixando à mostra apenas o sorriso franco que logo se desdobrou em uma gargalhada, duas ou três oitavas acima do habitual, ao fitar brevemente o próprio reflexo em uma das janelas modestas.
“Uma verdadeira dama da capital do império.” Com as mãos firmes nos quadris, ela desfilou com ar de solenidade e o nariz empinado, embora a pose não durasse mais que três segundos antes de disparar o olhar ao amigo, com bochechas inflando-se em diversão. “Não pense que esqueci o motivo de estarmos aqui: prometeu que encontraríamos rasgulla e boas tintas.” Retirando o chapéu, empoleirou-o sem brusquidão sobre a cabeça dele, revelando um sorriso traquina no movimento.
Desde o calamitoso sucedido de outrora — não bastasse a vida com tantos tropeços terríveis —, o corpo de Aishwarya parecia quase carente e falho de uma engrenagem essencial, devido a ausência do costumeiro ritual, e Gale a encontrou exatamente assim, vagando pelos corredores como um cachorrinho abandonado à beira da estrada.
Após tantos anos de amizade — quase suficientes para contar nos dedinhos das mãos — ambos conheciam muito bem as forças e fraquezas um do outro, para o bem e para o mal, e como se nada fosse, ele logo buscou animá-la com a promessa de materiais para seu hobby e um banquete de rasgullas, que tratam-se de bolinhos esféricos de chenna cozidos em calda doce, tão suculentos que o néctar infiltrava-se até o coração da massa. E céus, Aishwarya não poderia fazer algo que não sucumbir às tentações de doces e guloseimas, como girassol que remexe inconsciente as pétalas seguindo a luz solar.
“Aliás, com toda essa tensão, talvez seja sensato não voltarmos muito tard-” Olhinhos brilharam e a fala abruptamente interrompeu-se quando, do outro lado da sala, avistou um colar; como um peixe fisgado por um anzol bem firme, ela foi levada pelo movimento da linha invisível.
Num piscar de olhos, ela atravessou a distância, examinando o acessório mais de perto. O colar tinha uma corrente delicada, de elos finos, levemente fosca, conferindo-lhe um aspecto sutilmente envelhecido. No centro, pendia uma pequena âncora de metal polido, com detalhes gravados que lembravam suaves arabescos, emoldurando o desenho com uma elegância artesanal. O corpo da âncora era compacto e refinado, mas robusto o suficiente para sugerir um peso simbólico — como um amuleto de proteção. Na parte superior, um laço entrelaçado a prendia à corrente, e, na base, um minúsculo cristal azul, brilhando com a luz ao menor movimento, trazia um toque de cor, imitando as profundezas do oceano. “Isso ficará perfeito em você, veja só!” E, sem hesitar, já se dirigia ao balcão, pronta para pagar pelo presente inesperado e absolutamente não requisitado.
#dengo estou fazendo pelo celular pq não tenho como usar o notebook se puder cortar os turnos que não consegui agradeço demais#. ✴︎ 𝙗𝙚𝙝𝙤𝙡𝙙 𝙩𝙝𝙚 𝙨𝙪𝙣𝙨𝙝𝙞𝙣𝙚 : aishwarya & gale.#. ✴︎ 𝙗𝙚𝙝𝙤𝙡𝙙 𝙩𝙝𝙚 𝙨𝙪𝙣𝙨𝙝𝙞𝙣𝙚 : interactions
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