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#𝟎𝟑. development ﹂ a friend to all is a friend to none.
kerimboz · 1 month
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                         — 𝐼 𝑤𝑎𝑠 𝑓𝑜𝑟𝑔𝑒𝑑 𝑖𝑛 𝑠𝑡𝑒𝑒𝑙.                   𝐵𝑢𝑡 𝒚𝒐𝒖 𝑚𝑎𝑑𝑒 𝑚𝑒 𝑓𝑙𝑒𝑠ℎ 𝑎𝑛𝑑 𝑏𝑙𝑜𝑜𝑑.
𝑃𝑙𝑜𝑡 𝑑𝑟𝑜𝑝: 𝑓𝑒𝑐ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑒𝑛𝑑𝑎. _ 𝑡ℎ𝑖𝑠 𝑖𝑠 𝑎 𝒑𝒐𝒊𝒏𝒕 𝒐𝒇 𝒗𝒊𝒆𝒘! @silencehq @hefestotv
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O corpo ainda sentia o peso de instantes atrás, cansaço, dor, alguns machucados durante o processo. Ele tentava limpar o pouco de sangue que havia na testa, enquanto a contagem era feita. A torneira da pia aberta, escorria água sem parar, enquanto as mãos estáticas só ficavam ali, sentindo o poder da corrente morna como um carinho no tecido machucado dos dedos. A coloração rosada da água descendo pelo ralo e sua mente ainda estava em flash's de tudo que tinha acontecido. Recortes desordenados da chegada, ao momento que o chão começou a estremecer sob seus pés. Recortes dos olhares trocados com Kit e Kaito. Kerim já esteve em muitas missões, sabia reconhecer a inquietação do âmago, o gosto amargo na boca, a tensão sobre os ombros e toda a atmosfera que se transformava numa possível última batalha. Respirava profundamente, olhando para o lado. Ela era tudo que mais importava. Seria por ela que tentaria manter aquele lugar de pé, que encararia mais uma batalha, tentando e esperando ficar vivo, para que ao final, pudesse descansar nos braços dela.
Suspirou, fechando o registro da pia e voltando para junto dos irmãos, apenas para que os olhares e cochichos estranhos. O que tinha acontecido? Quanto tempo tinha levado ao tentar limpar-se de vestígios do próprio sangue? Dizem que noticias ruins chegam rápido, e essa não foi diferente. O burburinho deixou claro a falta de alguns semideuses e isso foi o suficiente para que seu coração apertasse. A mente buscava pelas lembranças, buscava as imagens dela, mas só se recordava do início enquanto estavam lado a lado. Não poderia ser. Se dizia internamente enquanto driblava os obstáculos no caminho do chalé nove até o trinta e um. Os olhares dos filhos de Quione na fachada já diziam tudo, ainda assim, ele os ignorou e invadiu o lugar como um furacão, sabendo exatamente para onde ir: o quarto da conselheira.
Nossa própria mente, pode ser algo traiçoeiro. E se Kerim conhecesse a sua, não teria entrado naquele quarto.
Aviso: o conteúdo protegido por read more vai abordar o seguinte tópico: automutilação, com: laceração muscular; quebra de ossos; ruptura de veias e sangue. Desestimula-se a leitura em casos de desconforto com o tema abordado. Boa leitura!
Os olhos percorreram o espaço para constar o óbvio do vazio. Naquele instante, seu coração ficou mais pesado dentro do peito, a respiração descompassada e as mãos tremulas. Piscava e sua mente o traia, trazendo flashs de Aurora naquele mesmo lugar, não muito tempo atrás, rindo de algo estúpido que ele tinha acabado de dizer. O som da sua risada ecoava na cabeça do filho de Hefesto, apertando o nó que se formava em sua garganta. Não podia ser. Continuava repetindo internamente, buscando respirar fundo, sacudindo a cabeça para os lados, buscando por um resquício de sanidade, mas não o encontrava. Sua sanidade não estava ali. Precisava encontrá-la! Na mesma fúria que invadiu o dormitório, se retirou, atraindo os olhares de estranhamento daqueles com quem cruzou no caminho, sem se importar com o que passava em suas mentes. Correu com toda a força que tinha, voltando para o cenário de batalha, para o lugar onde tudo aconteceu. Os olhos procuravam por todas as partes, o corpo que girava em trezentos e sessenta, encontrava apenas o vazio e os resquícios do que tinha ficado.
Parado sobre onde deveria estar o centro da maldita fenda, seus joelhos cederam. Estava muito cansado e o corpo cobrava o preço do esforço. As mãos apoiaram na grama. Estava tudo tão recente que ainda pairava no ar o cheiro de batalha. Os olhos se apertaram, fechando com força ao que os flash's voltaram, mas não eram de minutos ou instantes atrás, mas de dias antes. "Tente não ficar longe do meu campo de visão também.", a própria voz vinha a mente, o pedido inocente sendo feito no cenário do terraço de Circe ao luar e na companhia da filha de Quione, tendia a não se limitar apenas ao momento que partilhavam, mas a todo o resto. Na mente, buscava o último instante, o último vislumbre que tivera dela, mas isso seguia nublado. Sua mente se recusava a liberar o acontecido, como se simplesmente preferisse bloquear. A primeira lágrima rolou em seu rosto, caindo sobre a destra. Os olhos se abriram outra vez, encontrando o chão a sua frente, em suas mãos. "Não posso perder você.", murmurou, a voz embargada falhava ao anunciar o que seria uma avalanche emocional. "Eu nunca me apaixonei assim antes.", sua voz ecoou na mente outra vez, arrancando de Kerim um soluçar ao que o coração parecia esmagar-se dentro do peito. Apertando os olhos outra vez, podia vê-la na sua frente, o olhar terno e surpreso, o sorriso largo; podia sentir as mãos tocando seu rosto, enquanto pedia "Say that again...", e ele soube que diria, diria quantas vezes ela quisesse ouvir, sempre que quisesse ouvir.
Tomado numa avalanche de angustia, o rosto ergueu-se para o céu, e ao mesmo tempo que buscava por ar, gritava com tudo que tinha nos pulmões, como se aquilo fosse diminuir alguma coisa. Não adiantou de nada. As mãos apertaram a grama entre os dedos, terra misturando-se as folhas, terra entrando nas unhas. As mãos fecharam-se em punhos. O primeiro soco que deu no solo foi inconsciente, involuntário, uma atitude desesperada de quem não sabia o que fazer, mas de quem tentaria tudo. "Não posso perder você.", repetiu ao desferir o segundo soco, mais forte e concentrado do que o primeiro. O segundo, foi planejado, intencional. Reabriria aquela maldita fenda nem que fosse na força! Ao início do processo, o poder foi reativado, os punhos em aço teriam mais efeito no solo, era o que ele pensava. E Kerim continuou socando e suplicando. Perdera as contas de quantos socos já tinha dado, quantas lágrimas já tinha caído, quantos campistas se acumulavam ao seu redor, com olhares que vagavam entre preocupação e empatia.
Estava esgotando suas energias, sentia cada fibra do seu corpo prestes a ceder, mas não conseguia parar, não podia parar. Ao encontrar do punho outra vez com o solo, num soco mais carregado, o poder desativou e nem isso o impediu de continuar. Ele tinha caído num espiral de coisas que não queria pensar: a tinha perdido? estava viva? estava bem? Só a mínima possibilidade de algo acontecer com Aurora o deixava mais cego. Mais alguns socos, até que sentisse as juntas dos dedos cortarem a carne, misturando sangue em terra, e ele não parava. Mais alguns socos, até que os primeiros ossos da mão estralaram ao se quebrar. E mesmo assim, ele continuou. Observou quando Kit pareceu tentar se aproximar, o rosto virando na direção do irmão, completamente vermelho e molhado pelas lágrimas, pedindo silenciosamente que o deixasse continuar, pois os irmãos tinha aquela conexão. Quando o viu parar, voltou o foco, mais e mais socos. A dor que se espalhava pelos braços era excruciante, mas não pior do que a dor da incerteza. Chorava, soluçava, suplicava e gritava entre um soco e outro. Mais um e a musculatura do antebraço direito foi a primeira se romper. A laceração queimava como algo que o filho de Hefesto desconhecia. Ele cedeu, retardando o soco seguinte, que apenas fez o mesmo acontecer com ao antebraço esquerdo.
Seus braços pesavam, não tinham mais força para continuar e mesmo assim... Cada novo soco agravava o estado de Kerim, o sangue era tanto que uma poça se formava onde suas mãos acertavam, a dor era agonizante, mas a terra em nada parecia se mover. Ao estourar de duas das veias, ele se viu derrotado, sem força para erguer o braços e continuar naquele processo massacrante onde ele estava derrotado desde o início. Os braços caíram ao lado do corpo e seu choro se fez mais forte. Ninguém tinha ousado se aproximar do semideus que estava irreconhecível. Os cochichos aumentavam entre aqueles que assistiam o sofrimento de Kerim: ele é sempre tão sereno e centrado, por qual motivo está assim? E ninguém entenderia, como poderiam entender? Aos olhos dos outros, Aurora e ele eram amigos, treinavam juntos as vezes, interagiam em algumas outras. Sempre tão discretos desde o início, que o desenrolar daquela relação para algo além se fez da mesma forma. Não era escondido, mas também não era exposto, pelo menos não até aquele momento. Pois de agora em diante, todos iriam saber o que ela realmente representava para ele: senin hayatın.*
Entre o choro e os soluções, uma sombra se fez presente sobre Kerim. Arrastando-se da enfermaria até ele, incapaz de vê-lo despedaçado daquela maneira. O toque suave sobre o ombro direito foi o bastante para fazê-lo virar o rosto em sua direção. Precisou piscar algumas vezes, para que as lágrimas abandonassem seus olhos e pudesse finalmente reconhecer o olhar doce e acolhedor de Pietra. Uma parte dele queria fugir do toque e do carinho que ela tentava lhe dar, queria odiar a filha de Hecate pelos crimes de sua mãe. Mas ao abaixar-se para ficar na altura dele e o envolver por um dos braços, ela baixou todas as barreiras do filho de Hefesto. Apoiando a cabeça no ombro da mais nova, desatou-se em mais lágrimas enquanto confessava: "eu não vou conseguir ficar aqui sem ela.".
semideuses citados: @kitdeferramentas; @kaitoflames; @pips-plants e obviamente @stcnecoldd
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kenanboz · 1 year
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tag drop. ~
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kerimboz · 2 months
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝕜𝕖𝕣𝕚𝕞 𝕘𝕒𝕝𝕝𝕖𝕣𝕪 𝕥𝕠𝕦𝕣
Kerim não é muito de redes sociais, sendo o instagram um verdadeiro museu com publicações antigas, fotos dos instrumentos nas forjas, paisagens dentro do acampamento e coisas relacionadas. A galeria do celular é o contrário, tem fotos recentes tiradas por ele, ou recebidas em chats. Imagens de apego são revistas durante a noite, pouco antes de dormir.
Na galeria temos:
foto 1 e 6: recebidas nos chats com @stcnecoldd
foto 2: tirada por uma terceira pessoa com os irmãos @kaitoflames & @kitdeferramentas
foto 4: também tirada por terceiros com @pips-plants
foto 8: self no espelho com @opiummist
fotos 3 e 9: selfs
fotos 5 e 7: tiradas por @stcnecoldd (sim, ela meteu a mão no celular dele pra tirar)
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kerimboz · 2 months
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         ⠀⠀⠀⠀  — 𝘛𝘰 𝒍𝒊𝒗𝒆 𝒇𝒐𝒓 𝘵𝘩𝘦 𝒉𝒐𝒑𝒆 𝑜𝑓 𝑖𝑡 𝑎𝑙𝑙.
𝑃𝑙𝑜𝑡 𝑑𝑟𝑜𝑝: 𝑡𝑎𝑠𝑘 003 (𝑡𝑟𝑎𝑖𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑚𝑎𝑔𝑖𝑎) _ 𝑡ℎ𝑖𝑠 𝑖𝑠 𝑎 𝒑𝒐𝒊𝒏𝒕 𝒐𝒇 𝒗𝒊𝒆𝒘! @silencehq
O remexer do corpo do semideus era incomodo até para o mesmo. Virando-se de um lado para o outro no colchão, incapaz até mesmo de manter as cobertas no lugar. Já tinha desforrado e forrado a cama mais vezes do que conseguia contar. Suspirou, sentando-se sobre o colchão, mirando o outro lado do quarto e a cama vazia de Kit. Esperava que ele estivesse bem, e sendo confortado onde estivesse. Foi tudo o que conseguiu pensar antes do soar do alarme que acelerou seu coração. De novo não! Num sobressalto, Kerim colocou-se de pé, dispensando a busca pelas vestes, não havia tempo para isso e não era tão importante assim, já que o poder gerava sua armadura. A porta do chalé já estava aberta, sinalizando que os irmãos já tinha atendido ao chamado de alguma forma. Melhor assim, pensou enquanto atravessava a porta. O corpo reluzia ao lugar, a fisionomia em aço orgânico, era coberta apenas pela calça moletom que usava para dormir.
Kerim não teve tempo de se afastar o suficiente do chalé, chegando no máximo até o coreto de Afrodite, antes que caísse de joelhos no chão úmido.
Atenção: o texto protegido por read more contém relatos de incêndio, destruição e a perda de entes queridos (incluindo crianças). Evite continuar em caso de desconforto. Boa leitura.
O cenário mudou abruptamente diante de seus olhos. O corpo não era mais a armadura que tinha ao sair do chalé, e nem mesmo poderia pensar que estava no acampamento meio-sangue. Diante dele, tinha o vislumbre de algo que sempre sonhou, a praia onde ele cresceu na Turquia, seus tios montando a grande mesa do almoço, seus primos de primeiro e segundo grau. Kerim fechou seus olhos, pensando que aquilo poderia ser um sonho, mas ao abri-los outra vez, o cenário continuava lá. Ele avançou, caminhando com os pés na areia, quando foi notado pela criança. "Baba!", gritou, correndo em sua direção. Os cabelos claros ao vento e o sorriso sapeca, ao se lançar nos braços de Kerim. "Minha vida.", ele a respondeu, apertando em seus braços antes de cobrir-lhe o rosto de beijos. "Hayır baba! Sua barba espeta.", respondeu-lhe a criança com o ar risonho, arrastando os dedos entre os fios da barba do pai.
Em seus braços, Kerim tinha tudo o que poderia desejar. Nem mesmo se recordava da existência dos deuses, dos monstros, ou qualquer outra coisa referente a esses. Sua vida parecia comum e mortal, como sempre desejou. Ele seguiu, com a criança serelepe em seu colo, enquanto era recebido pela tia. "Oğlum. Você demorou, onde estava? Esta aqui não deixava de perguntar por você.", comentou a mulher, cutucando a criança com os indicadores, fazendo-lhe cocegas. E todos riram ao que ela se contorcia nos braços de Kerim, tentando desviar-se dos dedos rápidos daquela que conhecia como avó. "E-eu. Eu estava...", ele simplesmente não conseguia lembrar-se onde estava antes dali. Seu cenho franziu-se por alguns segundos, enquanto a filha pulava de seus braços para juntar-se aos primos que corriam e brincavam de pega pela praia. "Esqueça, filho. Venha, vamos comer.", replicou a mulher, puxando-o pela mão em direção a mesa. Os olhos de Kerim desviaram-se para o contato nesse instante, curioso e intrigado. Ele não sentia o toque em sua pele, apesar de reconhecer que os dedos estavam envolta de sua mão, e que algo o puxava para seguir. Era estranho, tudo ali estava muito estranho.
A sensação se arrastou ao longo do dia, enquanto eles comiam, conversavam e riam. Logo, o sol já tinha se posto e todos voltavam para a cabana a beira-mar. Lá dentro, o tio de Kerim acendeu a lareira e todos seguiram conversando, até que finalmente as crianças adormeceram, talvez por exaustão de um logo dia correndo na areia. Kerim pegou sua criança e a colocou no seu antigo quarto, tudo parecia tão igual ao que era na sua infância. Quantos anos não ia até lá? E onde exatamente ele estava para não ter voltado? "Baba, seni seviyorum.", a doce voz se fez presente, sonolenta, manhosa, virando-se para agarrar sua pelúcia. E Kerim sorriu, acariciando seu pequeno rosto antes de beijar-lhe a testa. "Também amo você, minha vida.", respondeu ao despedir-se, voltando a sala. Enquanto descia as escadas, pode sentir o odor inconfundível de enxofre. "Mas que merda é ess...", não tivera tempo de completar sua frase. As paredes pareciam arder em chamas que subiam até o teto. Seu olhar acompanhou as labaredas e só uma coisa lhe veio a mente: onde estavam todos? Provavelmente do lado de fora, ele torcia. Voltou correndo as escadas até o antigo quarto, o mesmo tinha deixado a filha instantes atrás. Ao abrir, deparou-se com o lugar vazio. "Baba!", o grito veio do outro lado da casa.
Kerim tossia pela fumaça que já invadia seus pulmões, o braço era usado para cobrir porcamente as narinas enquanto ele tentava fazer seu caminho até a criança. As vigas começaram a despencar, a casa estava cedendo, mas ele não poderia desistir, jamais se perdoaria por não conseguir salvá-la. No entanto, quanto mais avançava, mais distante os gritos pareciam ficar. Ela continuava a chamá-lo, e junto a sua voz, vieram a de todos os outros. Os tios chamando pelo filho, os primos pelo irmão, tio e assim por diante. Kerim não conseguia alcançar nenhum deles e seu corpo já demonstrava debilitado o bastante. Os joelhos cederam e ele despencou ajoelho, ambas as mãos no piso quente, quando passos calmos saíram do fogo em sua direção. "You can't have it both ways!". Aquela voz, ele conhecia aquela voz, mas de onde? Seu rosto se ergueu, avistando a figura de Hefesto diante de si. Existia fúria na expressão do deus, seus olhos pareciam duas fendas em chamas. Por mais complicada que fosse a relação dele com o parente divino, jamais encarou que se encontrariam naquele ponto. "Eles vão morrer de qualquer jeito, filho.". O indicador do deus apontou para o lado.
Ao virar o rosto, Kerim se deparou com todos os seus entes queridos enfileirados, corpos desfalecidos e chamuscados pelas chamas. Uma corda parecia apertar seu coração no momento em que avistou a criança, e o choro foi instantâneo. "Por favor, por favor, traga-os de volta. Por favor.", implorava, as mãos tentando alcançar os pés de Hefesto que se afastou do contato. "Essa vida não é sua, garoto. E você vai morrer se continuar desejando por ela.", foi o mesmo alerta que Kerim recebeu dele anos atrás, quando decidiu afastar-se do acampamento e do mundo dos deuses. "Você não nasceu para isso.", completou, distanciando-se cada vez mais dentro do fogo, enquanto observava a teimosia de Kerim em se reerguer e avançar na direção de sua família que ficava cada vez mais longe. O corpo não aguentava mais o calor, as chamas e a fumaça. Foi, instantes antes de finalmente ceder, que ele conseguiu agarrar o frágil corpo de sua filha já sem vida. Ele pereceu abraçado a ela, e todos foram tomados por chamas.
Ao despertar, o semideus não estava mais em seu estava mais em seu estado de aço, era carne e ossos. Suor se misturava com as lágrimas em seu rosto, enquanto ele apoiava-se no chão, fraco demais para levantar-se. A grama era apertada entre os dedos, fechando-se em punho, até que um último grito de agonia rompeu seus lábios, findando-se num soluço.
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kerimboz · 2 months
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                                     — 𝐼 𝑔𝑎𝑣𝑒 𝑦𝑜𝑢 𝑎𝑙𝑙 𝑚𝑦 𝑏𝑒𝑠𝑡 𝑚𝑒'𝑠          𝐴𝑛𝑑 𝒂𝒍𝒍 𝒊 𝒅𝒊𝒅 𝒘𝒂𝒔 𝒃𝒍𝒆𝒆𝒅 𝑎𝑠 𝐼 𝑡𝑟𝑖𝑒𝑑 𝑡𝑜 𝑏𝑒 𝑡ℎ𝑒 𝑏𝑟𝑎𝑣𝑒𝑠𝑡 𝑠𝑜𝑙𝑑𝑖𝑒𝑟.
𝐹𝑙𝑎𝑠ℎ𝑏𝑎𝑐𝑘 : 4 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠, 𝑏𝑒𝑚 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝐾𝑒𝑟𝑖𝑚 _ 𝑡ℎ𝑖𝑠 𝑖𝑠 𝑎 𝒑𝒐𝒊𝒏𝒕 𝒐𝒇 𝒗𝒊𝒆𝒘!
— eu odeio você! — ele vibrou a plenos pulmões, gesticulando com as mãos no ar, para dar ênfase a suas palavras. O rosto vermelho, as narinas dilatadas e as lágrimas de raiva que insistiam em escorrer pela sua face, deixavam claro o quanto ele estava cansado de esconder aquele sentimento. E mesmo assim, Hefesto não expressava nada, sua expressão impassível apenas realçavam a diferença gritante entre eles. Kerim sempre seria metade mortal, inclinado a sentir coisas: revolta, dor, amor, solidão, dentre tantas outras; Hefesto por outro lado, desconhecia qualquer sensação que fosse, mas olhava com curiosidade para a figura do filho a sua frente. Filho, até o termo lhe era estranho apesar do conceito óbvio da coisa.
AVISO: o texto seguinte contem abuso psicológico e a leitura não é recomendada em caso de desconforto.
— odeia? — indagava com um pequeno sorriso irônico aparecendo no canto dos seus lábios. Desde quando ele conhecia Kerim? Desde que ele deu seu primeiro respiro, e em todos os dias que se passaram, o olhar do garoto para ele não era de ódio, nunca foi, nem mesmo quando Hefesto o levava ao limite, quando esgotava suas forças e saia como se não significasse nada. — você não me odeia, garoto. Entendo que pensar assim pode ser mais fácil, mas convenhamos, você nem sabe o que é me odiar. — completava em toda sua prepotência, sério e confiante de que suas palavras fariam sentido na mente de Kerim, e que inferno, elas realmente faziam.
os lábios de Kerim se torciam, formando uma linha fina enquanto ele lutava para não ceder, não expressar mais nada, falhando, pois aquela era uma batalha perdida desde seu início. O amargo daquelas palavras se acumulava em seu paladar, enquanto ele se recusava a engolir a verdade daquilo. Ele piscou um par de vezes, deixando que mais lágrimas atrevidas caíssem de seus olhos vermelhos. Mas não era tristeza que ele sentia, apenas raiva. — pra mim já deu! Você e eu, nós acabamos aqui! — gritava, despreocupado com quem pudesse ouvi-los, aquela colina sempre ficava vazia quando seu pai aparecia. — não vou mais ser seu garoto de recados, não vou mais lutar por você, não vou mais me esforçar para ter qualquer coisa de você. — e nas entrelinhas de suas palavras, ficava claro o que queria dizer: chega de se humilhar pelo afeto dele, jamais o iria ter mesmo.
o sorriso de Hefesto se tornou mais largo e, nesse momento, em seus passos calculados, ele se aproximou o suficiente de Kerim para provocar-lhe arrepios. — não garoto, não acabou. Pois quem manda na merda da sua vida, sou eu. — suas mãos repousavam sobre os ombros do filho, como forma de mostrar-lhe que era mais forte que ele, maior que ele e que sim, Kerim deveria sempre temer ele. A sensação que percorria Kerim ao toque era repulsa, o corpo tensionou ao contato, fazendo-o sentir-se pequeno, preso e frágil. Kerim engoliu seco e seu olhar desviou do pai por segundos, já que este não permitiu que se prolongasse muito, buscando manter-se no campo de visão de Kerim para que sua mensagem continuasse clara. — isso aqui, você e eu — ele livrou uma das mãos, para gesticular entre eles, apontando para si e depois o filho, — só acaba com um de nós dois mortos, garoto. — concluiu, soltando-o.
— e nós dois sabemos o que é mais provável de acontecer. — acrescentou, lançando uma piscadela e um sorriso divertido na direção do filho. — a questão aqui é: você vai dificultar ainda mais o resto da sua vida? — questionou, deixando implícito que não soltaria as rédeas daquela relação tão cedo, que faria da vida de Kerim um inferno, se assim fosse preciso, e o pior era que Kerim entendia exatamente assim. — o que vai ser, garoto? — reforçou diante do silêncio prolongado, e Kerim engoliu a raiva a seco outra vez, mas diferente da primeira, não lhe desviou o olhar, firmou, erguendo o queixo em sua direção e estufando o peito. — então eu vou ter que aprender a como matar você. — concluiu, livrando-se da mão que restava do deus em seu corpo, para dar-lhe as costas sem qualquer temor do que poderia acontecer. O piso tremia sob seus pés, ameaçando ceder e o engolir em magma, e já longe, ouvia os chamados de Hefesto enfurecido com sua afronta. — volte aqui! seu moleque insolente! — mas nada fez, apenas seguiu para longe, até que não o ouvisse mais, até que não visse mais nada.
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kerimboz · 2 months
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                               𝔹𝕠𝕫 𝕒𝕚𝕝𝕖𝕤𝕚𝕪𝕝𝕖 𝕥𝕒𝕟ışı𝕟
Em memória dos pais de Kerim Aldena Boz. Nunca conhecidos e jamais esquecidos.
Cemal Boz e Hatice Boz: os pais de Kerim sempre foram uma frente unida, então não seria justo abordá-los em tópicos separados. Onde o marido estivesse, também estaria sua esposa. Para alguns, eles foram a desonra da família por acreditarem nos deuses, para outros eles foram exemplos a se observar. Para Kerim, eles foram fantasmas, rostos em fotografias que ele jamais conheceu. Ambos faleceram em um acidente quando Kerim era novo demais para lembrar-se de qualquer contato com eles. O garoto acabou aos cuidados dos tios maternos, o irmão de Hatice, e sua esposa.
Menção honrosa aos tios — Kıymet Boz: o tipo sempre foi uma figura autoritária e exigente, tão rígido que as vezes questionavam-se se ele era capaz de amar qualquer um que fosse, além de si próprio. No entanto, tudo mudou quando Kerim chegou aos seus cuidados. O garoto conseguiu despertar um lado gentil e compreensivo do homem, que deixou todos ao seu redor perplexos. A partir desse momento, ele virou o melhor 'pai' que Kerim poderia ter. Infelizmente, sua única falha foi não poder livrar o sobrinho daquele acordo construído por seus cunhados, ele ainda seria criado com a participação de Hefesto.
Nazlı Aldena Boz: a mulher que sempre quis ter filhos, não conseguia concebê-los e caiu numa terrível depressão por anos e mais anos. Quando Kerim chegou aos seus cuidados, tudo que ela mais queria um filho. Por isso, nunca soube exatamente discipliná-lo, tratando-o com todos os mimos que poderia conceber. Kerim vivia sempre dois extremos: na casa dos tios era mimado, adorado, um milagre. Na cabana com Hefesto era disciplinado, cobrado e nunca bom o suficiente.
Fato curioso: os tios de Kerim não acreditam nos deuses gregos, apenas o fizeram quando Hefesto bateu em sua porta reclamando a criança. Mesmo assim, a devoção deles está num único Deus. Dito isso, são uma família muito temente aos costumes turcos. Educaram Kerim para que fosse um homem honroso, respeitoso e obediente.
Cemal faceclaim: Özcan Deniz Hatice faceclaim: Defne Samyeli
obs. Hefesto não será citado, pois a relação com o semideus sempre foi atribulada. Então, sempre que possível, Kerim deixa de lado o vinculo com o divino.
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kerimboz · 9 months
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Kerim é bissexual e birrômantico, então as conexões não vão ter indicações de gêneros. Deixarei uma lista bastante genérica, pois vou focar mais no desenvolvimento de acordo com as interações dos nossos chars e em preencher as conexões existentes dos outros players.
friends;
beatrice — é alguém com quem ele se sente bastante à vontade para conversar sobre tudo. Os dois são amigos de longas datas, vê nela seu ponto de apoio e segurança. Além da família, bee é a uma das poucas pessoas que conhece o Kerim de verdade. (closed)
christie — Kerim recepcionou christie no acampamento, cuidou em lhe mostrar tudo e ajudar na adaptação. Algo que criou uma ligação entre eles. Não importa quanto tempo passe, Ken ainda vê o outro como une irmãe mais nove, como algo frágil e precioso a ser protegido. E ele geralmente não faz o tipo protetor, chato, que fica em cima. Mas com muse b, as coisas são um tanto diferentes, como se ele não conseguisse controlar. (closed)
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família (exclusivo filhos de: Hefesto);
TBA
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inimizades;
MUSE D — eram amigos desde que conseguiam se lembrar, inseparáveis a todos os momentos. Quer dizer, isso antes de Kerim decidir levar uma vida comum e mortal, saindo do acampamento sem olhar para trás. Não respondia as mensagens ou ligações de MUSE D, pois queria esquecer essa parte da sua vida. Agora que voltou ao camp e se reencontraram, tudo voltou a tona e ele esta tentando reparar as coisas, sente-se pesado por ter ignorado MUSE D, não foi nada bacana. (open)
MUSE E — a semelhança entre eles é notória para todos, menos para eles, que sempre usam de algo na personalidade alheia (que têm em comum) para destacar o quanto odeiam o outro, e o quanto eles não poderiam ser amigos. Kerim não sabe ao certo o motivo de simplesmente detestar outrem, parece algo de energia ou pessoal, não importa, ele simplesmente não gosta e não faz questão de esconder. (open)
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românticas;
obs: vejo a necessidade de deixar claro que nenhuma cnn é garantia/obrigatoriamente um ship. não fecho conexões de ship sem desenvolvimento de dash, com isso digo: jogos onde seja possível ver a dinâmica dos chars, hc's, dentre outros.
Juno — Os dois são como polos de um imã, se atraem e repelem ao mesmo nível. Juno consegue tirar o homem do sério, só de mudar a forma como respira e isso é um tanto incomodo para Kerim. Ao mesmo tempo, elu tem sido uma das pessoas que desperta seu lado mais solto, íntimo e romântico. (closed)
MUSE G — algo mais simples e puramente físico, quem iria contestar? O que Kerim sabe é que gosta da companhia de outrem um pouco além do que aparentam socialmente e muito mais do que deveria, visto que não deseja se apegar a alguém novamente. ( open )
MUSE H — o primeiro relacionamento sério a gente nunca esquece. Mas Ken poderia chamar o que teve com muse H de relacionamento? Tantos anos depois e ele ainda não saberia responder isso, o que sabe é que passaram da amizade para o algo mais, para ele um namoro, para muse H algo que nunca foi verbalizado. Agora nada disso importava realmente, passaram três anos longe e o retorno apesar de abalar algumas estruturas, ainda parece manter o termino como algo solido. (open)
Isabella — a atração que existe entre ambos é inegável, ainda assim, insistem em negar que algo possa acontecer. São pessoas que tendem a se compreender e completar em quase todos os sentidos: empatia, respeito, confiança, carinho... tudo parece existir entre elus, mas algo falta e Ken sabe bem o que é, ele não consegue mergulhar de cabeça nisso, pois teme amar e perder outra vez, então mantém uma distancia de Izzy, pensando que assim pode evitar o florescer de sentimentos ainda mais confusos. (closed)
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Genéricas:
melhores amigos;
parceiros de bebida;
pessoa aleatória que sempre que encontra se diverte;
amigos que viraram inimigos;
inimigos;
rivais;
ex’s;
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kerimboz · 6 months
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                      ৻ 𝐼 𝑔𝑎𝑣𝑒 𝑚𝑦 𝑏𝑙𝑜𝑜𝑑, 𝑠𝑤𝑒𝑎𝑡, 𝑎𝑛𝑑 𝑡𝑒𝑎𝑟𝑠 𝑓𝑜𝑟 𝑡ℎ𝑖𝑠 [...]                             𝒲ℎ𝑦'𝑑 𝑦𝑜𝑢 ℎ𝑎𝑣𝑒 𝑡𝑜 𝑔𝑖𝑣𝑒 𝑚𝑒 𝐧𝐨𝐭𝐡𝐢𝐧𝐠 𝑏𝑎𝑐𝑘?
𝐹𝑙𝑎𝑠ℎ𝑏𝑎𝑐𝑘 : 𝐹𝑒𝑡ℎ𝑖𝑦𝑒, 𝑇𝑢𝑟𝑘𝑖𝑦𝑒 _ 𝑡ℎ𝑖𝑠 𝑖𝑠 𝑎 𝒑𝒐𝒊𝒏𝒕 𝒐𝒇 𝒗𝒊𝒆𝒘!
Crescer na praia deveria ser o sonho de toda criança. Acordar com o barulho das ondas, o cheiro de maresia e o sol na janela. Simplesmente poder correr pela areia ao encontro do mar, deveria ser algo bom, mas não era, ao menos não para Kerim. A casa vazia, contava com uma mobília minimalista, apenas o essencial: geladeira, fogão, cama e alguns itens menores, sem televisão, ou qualquer tecnologia que fosse, nada disso interessava ao ser que visitava os Boz pontualmente às quartas e sextas pela manhã. O despertador tocava no quarto do garoto de apenas seis anos, antes mesmo que o sol nascesse, para que tivesse tempo de tomar seu café e ficar a postos na praia, esperando a chega daquele que o colocou no mundo. E ele odiava quando Kerim se atrasava.
"Olá, papai!", disse o pequeno todo serelepe ao avistar o deus saindo dos mares, como quem flutuava sobre as ondas sem o menor esforço. E os olhos de Kerim brilhavam em pura admiração do celestial, almejando ser igual a ele quando crescesse, digno o suficiente para que pudesse alcançar o Olimpo, ou algo próximo talvez. "Garoto, está com a postura errada, endireite-se!", respondeu Poseidon completamente indiferente a admiração estampada na feição da criança. Era sempre assim, quando Kerim se demonstrava, era podado para que entendesse que a relação entre eles estava longe de ser fraternal, Kerim tinha parte do seu sangue, mas estava longe de ser seu filho favorito.
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O garoto ajustou a postura, ombros para trás, peito estufado, barriga para dentro e pés próximos um do outro. O queixo deveria estar sempre erguido e o olhar no horizonte, jamais deveria ousar encarar Poseidon ou qualquer outro deus, pois isso seria lido como sinal de afronta e desrespeito. O deus rondou a criança, observando milimetricamente a sua postura, fazendo os ajustes necessários com toques de água. Bastava um movimento da mão, para que um fio se prendesse do mar e acertasse o ponto em que o garoto estava errando, como uma régua que o batia nem de leve e nem com tanta força, afinal ainda era uma criança. E isso se repetia todas as quartas e sextas, até que Kerim finalmente aprendesse a postura adequada.
"Agora está mais apropriado.", proferiu Poseidon, finalmente parando diante a criança para que pudessem começar o treinamento, nada muito extravagante, apenas resistência. "Dizem que todos os meus filhos têm afinidade com o mar.", comentou, soprando um riso divertido no ar, "bobagem! A afinidade é minha e eu a concedo de acordo com o que quero. É claro que não vou maltratá-los a troco de nada, por isso podem ir e vir como quiserem.", explicou, apontando com a cabeça na direção do oceano, para que Kerim o acompanhasse, e assim o garoto o fez, sempre dois passos atrás do pai. "No entanto, hoje você ira aprender a lidar com o mar sem a minha permissão ou proteção. Afinal não sabemos quanto tempo ainda tenho aqui, posso ser aprisionado, e mesmo que o oceano seja leal aos seus, muito pode mudar.", era uma preocupação que carregava desde sempre, seus irmãos sempre foram instáveis e uma guerra poderia acontecer a qualquer momento. Foi por isso que concebeu Kerim, para ser seu soldado como Teseu antes dele.
Ao final do discurso, Poseidon colocou-se atrás do garoto e o empurrou em direção ao mar que repentinamente ficou agressivo e turvo. As ondas o abraçaram com violência, jogando o pequeno corpo de volta para a areia, sem muito esforço. "De novo, garoto!", ordenou, empurrando-o uma segunda vez. E isso se repetiu por mais dez, ou quinze vezes depois. "Vamos fazer isso até que você consiga ficar lá dentro. De novo, garoto!". Depois de tantos caldos, os músculos de Kerim já estavam esgotados, ele tossia e cuspia água cada vez que se levantava na areia, e apesar disso, seguia obedecendo as ordens do pai, encarando a fúria dos mares de novo, de novo e de novo. Já não tinha mais controle de quantas vezes se reergueu, apenas o seguia fazendo de forma mecânica até que não conseguisse mais se levantar.
As mãos se apoiavam na areia, tentando erguer o corpo, mas os braços tremiam tanto que de nada ajudavam e Kerim caia outra vez sobre a areia úmida da beira-mar. Poseidon se aproximou do menino, mas não lhe ofereceu ajuda ou afago algum, apenas o olhos com despeito e decepção. "Talvez eu tenha errado com você, garoto. Não vai me ter serventia alguma, pelo visto.", proferiu antes de erguer novamente a cabeça e desaparecer mar a dentro. Kerim estava cansado demais para qualquer outra coisa além de chorar, seu rosto escondeu-se entre os braços e a areia, e enquanto choromingava baixo, ele repetia: "desculpa papai, desculpa, desculpa...".
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