#⠀ ⠀ ❛ ⠀ ⠀ 𝒚𝒐𝒖 𝒅𝒂𝒓𝒆 𝒔𝒑𝒆𝒂𝒌 𝒕𝒐 𝒕𝒉𝒊𝒔 𝒔𝒐-𝒄𝒂𝒍𝒍𝒆𝒅 𝒃𝒆𝒂𝒔𝒕?⠀ ⠀ ╱ ⠀ ⠀ open starter.
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mctej · 4 days ago
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☠️ – ❛ 𝒐𝒑𝒆𝒏 𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕𝒆𝒓. (0/5)
tw: sangue.
os últimos dias haviam sido uma caixinha de surpresa para matej. ouvia sussurros, mais do que o comum, onde quer que fosse. como se a luz cheia passada não fosse o suficiente, ecos de cantigas ressoavam em sua mente. o teleportava para momentos desgostosos, dias de prisão frios, pintados em vermelho. conseguia ouvir as vozes das bruxas, os murmúrios enquanto as vigiavam das sombras. mas elas não estavam mais lá. ele não havia se livrado de todas elas? sentia o peito arder, o tempo já não era fluido. tinha lapsos de minutos, horas, que desapareciam com o início dessas ilusões. e agora acordava, recoberto em pequenos machucados que cicatrizavam, e sangue que não era seu. era incapaz de dizer o que acontecia, e não faltava muito para concluir que entrara em um portal direto para o inferno ou alucinava após uma lesão cerebral. "você. sabe dizer que horas são? de qual dia. e o mês, por garantia."
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sovcreign · 3 days ago
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☠️ – ❛ 𝒐𝒑𝒆𝒏 𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕𝒆𝒓. (3/5)
tw: sangue.
os últimos dias haviam sido uma caixinha de surpresa para matej. ouvia sussurros, mais do que o comum, onde quer que fosse. como se a luz cheia passada não fosse o suficiente, ecos de cantigas ressoavam em sua mente. o teleportava para momentos desgostosos, dias de prisão frios, pintados em vermelho. conseguia ouvir as vozes das bruxas, os murmúrios enquanto as vigiavam das sombras. mas elas não estavam mais lá. ele não havia se livrado de todas elas? sentia o peito arder, o tempo já não era fluido. tinha lapsos de minutos, horas, que desapareciam com o início dessas ilusões. e agora acordava, recoberto em pequenos machucados que cicatrizavam, e sangue que não era seu. era incapaz de dizer o que acontecia, e não faltava muito para concluir que entrara em um portal direto para o inferno ou alucinava após uma lesão cerebral. "você. sabe dizer que horas são? de qual dia. e o mês, por garantia."
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mctej · 26 days ago
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☠️ – ❛ 𝖘𝖕𝖊𝖈𝖎𝖆𝖑 𝖊𝖉𝖎𝖙𝖎𝖔𝖓: 𝖋𝖆𝖒𝖎𝖑𝖞 𝖒𝖊𝖊𝖙𝖎𝖓𝖌 @calymuses
matej não se lembrava exatamente como havia parado ali. era algo que acontecia desde que se fragmentara, nos anos de maldição, e que perdurava até aquele dia. costumava ser menos frequente; ele estava certo de que a autonomia de si estava retornando. a chegada em arcanum provara que não. acordara, por assim dizer, em meio o que reconhecera ser a floresta das almas perdidas. já havia estado ali algumas vezes nas últimas semanas. mas aquela era a primeira vez que capturara traços de cheiro distinto. que não pensava que capturaria ali. lhe remetia algo antigo, uma memória distante, difícil de ser alcançada. quando conseguira discernir parte, estava parado do lado de fora do que parecia ser a habitação de alguém. outro híbrido?
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mctej · 26 days ago
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(  masculino  •  ele/dele  •  ∞sexual ) — Não é nenhuma surpresa ver ZALMOXES (Ζάλμοξες) MATEJ “MATTHIAS” CORVINUS andando pelas ruas de Arcanum, afinal, O HÍBRIDO LOBISOMEM/VAMPIRO precisa ganhar dinheiro como NOVO DONO DA TABERNA SANGUE FRIO. Mesmo não tendo me convidado para sua festa de SEISCENTOS E CINQUENTA E UM ANOS (1373), ainda lhe acho METÓDICO e CORTÊS, mas entendo quem lhe vê apenas como IMPASSÍVEL e MELINDROSO. Vivendo na cidade há UM MÊS, MATEJ cansa de ouvir que se parece com AARON TAYLOR JOHNSON.
𝖙𝖔 𝖘𝖚𝖒 𝖚𝖕 𝖙𝖍𝖊 𝖙𝖗𝖚𝖙𝖍
tw: morte.
matej/matthias é um híbrido bem velhinho, que nasceu de uma linhagem de lobisomens bem antiga. ele iniciou sua vida como um guarda, e ascendeu lentamente pelos títulos até uma fatídica guerra. nessa ele foi transformado para que não perdesse a vida, e após habilitado, retornou para sua antiga cidade. foi tido como um herói pela sua sobrevivência e atos em guerra, mas com o passar dos anos, percebiam que ele não envelhecia. foi quando mudou para eslováquia, conheceu elizabeth de celje e assumiu uma outra identidade para se casar com ela. passou então a ser o príncipe matthias corvinus, que após um incidente, tornou-se rei de regiões da hungria, croácia e áustria. mas entedidado da vida real, forjou sua morte e decidiu conhecer o mundo. acabou sendo capturado por descendentes de seu lado materno da família, bruxos, que abominavam sua natureza como híbrido. por conta disso, foi amaldiçoado para que permanecesse em sua forma de lobo por um século. a ideia era que ele não conseguisse escapar dessa prisão após esse período, mas superando todas expectativas, ele não ficou satisfeito em fazer apenas isso como também se livrar de todos os corvinus de sangue bruxo. eventualmente, passou a se livrar de todos os bruxos, e consumido pelo ódio e pelo instinto, todas as formas de vida que via pela frente. foi uma longa reabilitação, e que engraçado, quando pensava que tinha acabado de sair dela, caminhou para outra prisão.
𝖙𝖍𝖊 𝖍𝖎𝖘𝖙𝖔𝖗𝖞, 𝖙𝖍𝖊 𝖒𝖎𝖘𝖙𝖊𝖗𝖞, 𝖙𝖍𝖊 𝖙𝖗𝖆𝖌𝖊𝖉𝖞
tw: sangue, morte.
zalmoxes, embora ele vá preferir que o chame simplesmente de matej ou matthias, nasceu em meio a região antes conhecida como kolozsvár (romenia), numa família sem prestígio. com ou sem prestígio, os corvinus eram elementalmente estabelecidos na cidade, todos os conheciam. frequentemente ocupavam os trabalhos braçais que todos se recusavam a fazer, poderiam ter sido historicamente marcados como o mais antigo registro de faz-tudos. mas havia algo muito mais complexo e interessante naquela família que apenas muitos músculos no corpo. ninguém conhecia muito sobre eles, eles não eram exatamente falantes, ou sequer carismáticos. todos parecendo um punhado de carne movida à ódio e força bruta, o que fazia jus à natureza que maioria desconhecia. mais que uma família, eram uma das matilhas mais antigas da região croata e húngara. antes de carlos magno, eles já estavam lá, extremamente bem estabelecidos. ninguém os conhecia profundamente, mas para eles, era benéfico passar despercebido nos olhos dos humanos.
matej em específico era filho de tisza e mikail. como se não bastasse ser filho do alfa, sua mãe ocupava função estratégica, dada sua herança como metade bruxa, metade lobisomem. era esperado que esses poderes fossem passados para a criança, e essa que seria responsável por trazer honra à família. em seu nascimento, foi performado um ritual para a divindade que lhe conferiu o nome; zalmoxes era de simbolismo próximo para os corvinus, deus a quem era atribuída a duração do nome por tantos séculos. todas as forças foram depositadas na criança que nascia. e é fácil de entender como isso pode ter ido miseravelmente errado.
o moreno de olhos claros nascera sem um pingo de sangue mágico. era puramente um licantropo, que por mais que se destacasse em sua força e agilidade, não era suficiente para cumprir o vazio deixado pela expectativa de uma divindade reencarnada. viver era uma forma de constantemente desapontar seus pais. matej entretanto, cresceu com elevada ambição. não tardou em entrar para a guarda real, distinto dos demais de sua família. os atos em meio conflitos do reino fizeram que com o passar dos anos, fosse ascendendo dentre a camada militar. a inevitável ida e vindas de conflitos fez com que eventualmente o corvinus perdesse sua vida. era o fim? ele imaginara que sim, conforme deixava os olhos pesarem no campo de batalha. 
enquanto ia acordando, entretanto, matej começou a entender que seria um pouco mais difícil para que se livrassem dele. a nova natureza lhe era estranha, havia sido transformado em algo distinto. haviam boatos sobre vampiros desde que era muito novo, em todo lugar da romenia. tão antigos quanto os lobos, mas ele nunca havia visto um. nunca imaginara que se tornaria um. a mulher responsável por transformá-lo, mais que uma curandeira, estabeleceu-se para lhe ensinar os princípios básicos de como se tornar um vampiro. e ele ressurgira, anos depois de seu falecimento. pensavam que havia morrido, e seu retorno lhe rendeu o título de herói, dentre a cidade. o primeiro de seus títulos viera dessa maneira, e fora a maneira como se iniciara a ascenção da família corvinus.
com o passar dos anos, a jovialidade inesgotável do rapaz ia sendo lentamente notada. deveria ter muito mais que seus quarenta anos, cristalizado eternamente na mesma década em que se transformara. barba por fazer e cabelo desgrenhado não conseguiam conferir anos, e nesse momento, o rapaz se retirou para a eslovênia. a tentativa de anonimato foi falha, e pouco depois de instalar-se em celje, conhecera sua única esposa. elizabeth de celje. a conhecera ainda prometida para outro homem, mas mudar o curso da história não parecia fora de seu alcance. para que se casassem, assumira outra identidade. não mais matej, passara a ser matthias corvinus. aparentemente, era o segundo filho de john hunyadi, do qual subitamente todos passaram a se recordar em 1458. 
por infortúnio do destino, eventos com o sequestro do antigo rei levaram à coroação de matthias, inicialmente na hungria e croácia, e posteriormente a região da bohemia e áustria. era engraçado, ainda se colocasse em perspectiva as poucas expectativas que seus pais depositavam sobre ele. mas não lhe servia, não era? a maldita coroa era pesada demais, e em 1490, forjou sua própria morte. deixou a romenia, ansioso por desvendar mais do que o mundo poderia lhe oferecer. este, em retorno, mostrou o quão maldito poderia ser. meio século depois, e cruzara com o coven que descendera da linhagem familiar de sua mãe, os lesovik. a história dele era conhecida, e por muito tempo desprezada pelos seus componentes. acima de tudo, desprezavam vampiros, criaturas ditas como embebidas em magia negra. a força, a agilidade, de nada lhe serviram quando fora surpreendido.
para restaurar a ordem natural das coisas, os corvinus encontraram uma punição adequada. por um século, ele estaria aprisionado em sua forma de lobo. o coven tinha a expectativa de que os anos confinado fossem apagar o homem dentro da besta, e prisão temporária se concretizaria em perpétua. mas não funcionara assim. ao final do século, seu consciente retornara, completamente destroçado. com os anos, os instintos aprenderam a falar mais alto que o raciocínio, e após despertar da maldição, assim fora. o ódio o movia acima de tudo, e a lembrança fizera com que caçasse o coven. matando todas as malditas bruxas da linhagem corvinus que conseguisse encontrar. e então, simplesmente, qualquer bruxa. eram meados de 1600, e ele abrira precedentes para o início dos caçadores de bruxas. as odiava. a sede era tão grande, como se fizesse por compensar os anos sem beber sangue humano. 
o processo de reabilitação fora demorado, quase impossível. todos os quatrocentos anos que se sucederam foram necessários para pouco a pouco devolver o que havia perdido. e logo quando pensou que havia conseguido, acabou em arcanum.
𝖆𝖓𝖉 𝖌𝖎𝖛𝖊 𝖒𝖊 𝖘𝖔𝖒𝖊 𝖉𝖊𝖙𝖆𝖎𝖑𝖘 𝖆𝖇𝖔𝖚𝖙 𝖎𝖙
001. matej é uma pessoa conturbada. sua vida é bem dividida em homem, lobo, e homem. toda a aptidão social e educação dissolvida em décadas na cabeça de uma fera. ainda que tenha passado mais anos como homem que como besta, é difícil de programar corretamente suas ações. os instintos vencem, lhe consomem, e ele cede e se culpa.
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sovcreign · 3 days ago
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☠️ – ❛ 𝒄𝒍𝒐𝒔𝒆𝒅 𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕𝒆𝒓. @saintamberley
era difícil de explicar sua relação com cordelia, como tudo aquilo que tinha demasiado tempo de duração... antes da maldição, antes de ser quebrado, quando não eram mais que rei e súdita, compartilhando o segredo da eternidade em seus sangues. encontros e desencontros os carregaram até aquele ponto em arcanum: conhecidos, mas desconhecidos. ele havia mudado tanto, assim como ela. e em meio seu novo eu, a vergonha do homem quebrado que dera lugar ao rei fazia com que mantivesse uma distância saudável. eram parceiros de negócios, para todos os efeitos. bons, ótimos. o que não explicava o porquê a procurava naquele horário. não era naquela hora que costumavam se ver, muitos séculos atrás? "se estiver ocupada, eu posso retornar em outro momento." anunciou, pouco depois de adentrar o recinto onde ela estava sem emitir um único som.
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sovcreign · 3 days ago
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(  masculino  •  ele/dele  •  ∞sexual ) — Não é nenhuma surpresa ver ZALMOXES (Ζάλμοξες) MATEJ “MATTHIAS” CORVINUS andando pelas ruas de Arcanum, afinal, O HÍBRIDO LOBISOMEM/VAMPIRO precisa ganhar dinheiro como NOVO DONO DA TABERNA SANGUE FRIO. Mesmo não tendo me convidado para sua festa de SEISCENTOS E CINQUENTA E UM ANOS (1373), ainda lhe acho METÓDICO e CORTÊS, mas entendo quem lhe vê apenas como IMPASSÍVEL e MELINDROSO. Vivendo na cidade há DOIS MESES (DEZEMBRO DE 2024), MATEJ cansa de ouvir que se parece com HENRY CAVILL.
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𝖙𝖔 𝖘𝖚𝖒 𝖚𝖕 𝖙𝖍𝖊 𝖙𝖗𝖚𝖙𝖍
tw: morte.
matej/matthias é um híbrido bem velhinho, que nasceu de uma linhagem de lobisomens bem antiga. ele iniciou sua vida como um guarda, e ascendeu lentamente pelos títulos até uma fatídica guerra. nessa ele foi transformado para que não perdesse a vida, e após habilitado, retornou para sua antiga cidade. foi tido como um herói pela sua sobrevivência e atos em guerra, mas com o passar dos anos, percebiam que ele não envelhecia. foi quando mudou para eslováquia, conheceu elizabeth de celje e assumiu uma outra identidade para se casar com ela. passou então a ser o príncipe matthias corvinus, que após um incidente, tornou-se rei de regiões da hungria, croácia e áustria. mas entedidado da vida real, forjou sua morte e decidiu conhecer o mundo. acabou sendo capturado por descendentes de seu lado materno da família, bruxos, que abominavam sua natureza como híbrido. por conta disso, foi amaldiçoado para que permanecesse em sua forma de lobo por um século. a ideia era que ele não conseguisse escapar dessa prisão após esse período, mas superando todas expectativas, ele não ficou satisfeito em fazer apenas isso como também se livrar de todos os corvinus de sangue bruxo. eventualmente, passou a se livrar de todos os bruxos, e consumido pelo ódio e pelo instinto, todas as formas de vida que via pela frente. foi uma longa reabilitação, e que engraçado, quando pensava que tinha acabado de sair dela, caminhou para outra prisão.
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𝖙𝖍𝖊 𝖍𝖎𝖘𝖙𝖔𝖗𝖞, 𝖙𝖍𝖊 𝖒𝖎𝖘𝖙𝖊𝖗𝖞, 𝖙𝖍𝖊 𝖙𝖗𝖆𝖌𝖊𝖉𝖞
tw: sangue, morte.
zalmoxes, embora ele vá preferir que o chame simplesmente de matej ou matthias, nasceu em meio a região antes conhecida como kolozsvár (romenia), numa família sem prestígio. com ou sem prestígio, os corvinus eram elementalmente estabelecidos na cidade, todos os conheciam. frequentemente ocupavam os trabalhos braçais que todos se recusavam a fazer, poderiam ter sido historicamente marcados como o mais antigo registro de faz-tudos. mas havia algo muito mais complexo e interessante naquela família que apenas muitos músculos no corpo. ninguém conhecia muito sobre eles, eles não eram exatamente falantes, ou sequer carismáticos. todos parecendo um punhado de carne movida à ódio e força bruta, o que fazia jus à natureza que maioria desconhecia. mais que uma família, eram uma das matilhas mais antigas da região croata e húngara. antes de carlos magno, eles já estavam lá, extremamente bem estabelecidos. ninguém os conhecia profundamente, mas para eles, era benéfico passar despercebido nos olhos dos humanos.
matej em específico era filho de tisza e mikail. como se não bastasse ser filho do alfa, sua mãe ocupava função estratégica, dada sua herança como metade bruxa, metade lobisomem. era esperado que esses poderes fossem passados para a criança, e essa que seria responsável por trazer honra à família. em seu nascimento, foi performado um ritual para a divindade que lhe conferiu o nome; zalmoxes era de simbolismo próximo para os corvinus, deus a quem era atribuída a duração do nome por tantos séculos. todas as forças foram depositadas na criança que nascia. e é fácil de entender como isso pode ter ido miseravelmente errado.
o moreno de olhos claros nascera sem um pingo de sangue mágico. era puramente um licantropo, que por mais que se destacasse em sua força e agilidade, não era suficiente para cumprir o vazio deixado pela expectativa de uma divindade reencarnada. viver era uma forma de constantemente desapontar seus pais. matej entretanto, cresceu com elevada ambição. não tardou em entrar para a guarda real, distinto dos demais de sua família. os atos em meio conflitos do reino fizeram que com o passar dos anos, fosse ascendendo dentre a camada militar. a inevitável ida e vindas de conflitos fez com que eventualmente o corvinus perdesse sua vida. era o fim? ele imaginara que sim, conforme deixava os olhos pesarem no campo de batalha. 
enquanto ia acordando, entretanto, matej começou a entender que seria um pouco mais difícil para que se livrassem dele. a nova natureza lhe era estranha, havia sido transformado em algo distinto. haviam boatos sobre vampiros desde que era muito novo, em todo lugar da romenia. tão antigos quanto os lobos, mas ele nunca havia visto um. nunca imaginara que se tornaria um. a mulher responsável por transformá-lo, mais que uma curandeira, estabeleceu-se para lhe ensinar os princípios básicos de como se tornar um vampiro. e ele ressurgira, anos depois de seu falecimento. pensavam que havia morrido, e seu retorno lhe rendeu o título de herói, dentre a cidade. o primeiro de seus títulos viera dessa maneira, e fora a maneira como se iniciara a ascenção da família corvinus.
com o passar dos anos, a jovialidade inesgotável do rapaz ia sendo lentamente notada. deveria ter muito mais que seus quarenta anos, cristalizado eternamente na mesma década em que se transformara. barba por fazer e cabelo desgrenhado não conseguiam conferir anos, e nesse momento, o rapaz se retirou para a eslovênia. a tentativa de anonimato foi falha, e pouco depois de instalar-se em celje, conhecera sua única esposa. elizabeth de celje. a conhecera ainda prometida para outro homem, mas mudar o curso da história não parecia fora de seu alcance. para que se casassem, assumira outra identidade. não mais matej, passara a ser matthias corvinus. aparentemente, era o segundo filho de john hunyadi, do qual subitamente todos passaram a se recordar em 1458. 
por infortúnio do destino, eventos com o sequestro do antigo rei levaram à coroação de matthias, inicialmente na hungria e croácia, e posteriormente a região da bohemia e áustria. era engraçado, ainda se colocasse em perspectiva as poucas expectativas que seus pais depositavam sobre ele. mas não lhe servia, não era? a maldita coroa era pesada demais, e em 1490, forjou sua própria morte. deixou a romenia, ansioso por desvendar mais do que o mundo poderia lhe oferecer. este, em retorno, mostrou o quão maldito poderia ser. meio século depois, e cruzara com o coven que descendera da linhagem familiar de sua mãe, os lesovik. a história dele era conhecida, e por muito tempo desprezada pelos seus componentes. acima de tudo, desprezavam vampiros, criaturas ditas como embebidas em magia negra. a força, a agilidade, de nada lhe serviram quando fora surpreendido.
para restaurar a ordem natural das coisas, os corvinus encontraram uma punição adequada. por um século, ele estaria aprisionado em sua forma de lobo. o coven tinha a expectativa de que os anos confinado fossem apagar o homem dentro da besta, e prisão temporária se concretizaria em perpétua. mas não funcionara assim. ao final do século, seu consciente retornara, completamente destroçado. com os anos, os instintos aprenderam a falar mais alto que o raciocínio, e após despertar da maldição, assim fora. o ódio o movia acima de tudo, e a lembrança fizera com que caçasse o coven. matando todas as malditas bruxas da linhagem corvinus que conseguisse encontrar. e então, simplesmente, qualquer bruxa. eram meados de 1600, e ele abrira precedentes para o início dos caçadores de bruxas. as odiava. a sede era tão grande, como se fizesse por compensar os anos sem beber sangue humano. 
o processo de reabilitação fora demorado, quase impossível. todos os quatrocentos anos que se sucederam foram necessários para pouco a pouco devolver o que havia perdido. e logo quando pensou que havia conseguido, acabou em arcanum.
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𝖆𝖓𝖉 𝖌𝖎𝖛𝖊 𝖒𝖊 𝖘𝖔𝖒𝖊 𝖉𝖊𝖙𝖆𝖎𝖑𝖘 𝖆𝖇𝖔𝖚𝖙 𝖎𝖙
001. matej é uma pessoa conturbada. sua vida é bem dividida em homem, lobo, e homem. toda a aptidão social e educação dissolvida em décadas na cabeça de uma fera. ainda que tenha passado mais anos como homem que como besta, é difícil de programar corretamente suas ações. os instintos vencem, lhe consomem, e ele cede e se culpa.
002. tba;
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sovcreign · 3 days ago
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assentiu, ela estava correta. um dos lenços no bolso foi utilizado para tentar se desfazer de parte do sangue nas mãos, pouco efetivamente. matej tentava recobrar a postura, apresentar algo melhor para sua interlocutora... aquela imagem não era digna de um antigo rei. as vozes pareciam diminuir, até irem sumindo, os murmúrios desparecendo com as lufadas de vento agitadas. "não, não. eu não-..." não faço mais isso, era o que ele queria dizer. mas com as mãos ensanguentadas, não tinha mais certeza. o consciente parecia estar lentamente escorrendo pelas suas mãos, perdendo a batalha conta o inconsciente. ele limpou a garganta, e ajeitou os fios desgrenhados. e fechou os olhos mais uma vez, respirou fundo. ela não parecia que lhe faria mal, os papéis poderiam estar mais invertidos, naquele momento... pois sentia a sede instalando-se na garganta, como um incômodo crescente. "pureplut... não é muito importante no momento. eu não acho que precise de ajuda. não tem como ir muito longe, aqui, não? estamos sempre andando em círculos... eventualmente acabarei na cidade de novo." uma risada baixa, desgostosa ao final. "e todas as bruxas são más, inima." parecia pouco a pouco recobrar a compostura, erguendo os olhos e avaliando evelyn. "mas não, não acho que você me fará mal. o inverso é mais provável... sem a intenção de ofender, claro."
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Obviamente ela mantinha uma distancia de segurança do homem, não conhecia suas origens mas de uma forma ou outra sabia que estaria segura. Um demônio não gastaria tempo em matá-la sem motivo, um lobo poderia ser parado e a poção correndo em seu sangue impossibilitava ser drenada por um vampiro..."E você tá um caco.... O que? Não era para falar o que é obvio?" perguntou na lata com um sorrisinho discreto nos lábios. Os ferimentos em sua pele podiam estar cicatrizando, mas a confusão ainda não parecia ter passado "Se for para me matar eu digo que estão na clareira, se for só para saber e quiser aceitar ajuda de uma bruxa eu posso estar só" ela deu um suspiro longo olhando em volta antes de o mirar. Não precisava de muito para saber que metade daquela cidade tinha algo contra bruxas, mas ainda assim ela ainda estava disposta a ajudar "Olha, não sei quem é preplut ou sei lá, mas posso tentar te ajudar. Quer, não sei, ajuda para voltar para cidade? Meu nome é Evelyn e não sou aquelas bruxas más ou sei lá o que que deve tar pensando"
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sovcreign · 3 days ago
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poucos segundos, e o aroma do sangue alheio foi interceptado pelo seu olfato. sangue distinto, não se lembrava de já haver sentido algo assim. ou pelo menos, não por muitos séculos. seus sentidos lhe confundiam, e não parecia ser capaz de determinar se de fato era um humano. mas era atrativo, implicando em um nó em sua garganta... o lado vampírico sempre o irritava, a sede de tudo. séculos e ainda não havia se acostumado. de qualquer forma, a dupla de escangalhados se encarava, de uma maneira que parecia denunciar que nenhum deles estava em sua melhor oferta de sanidade. matej até pensava se ele quem deveria oferecer ajuda. "eu acho que já estive aqui antes. a floresta de alguma coisa, tenho acabado aqui com frequência..." a segunda frase não saia em tom muito claro, era uma anedota mais pessoal rica em sotaque romeno. as vozes em sua cabeça decidiam lhe dar um mínimo de sossego, agora iam cessando. os murmúrios agora não eram nada mais que o soprar dos ventos sobre a copa das árvores, mas a aflição não passara. "um pouco egocêntrico, mas pensei que a cidade só fazia isso comigo. acredito que se formos por aqui, eventualmente chegamos em algum lugar. mas, ..." ele não recomendaria sua própria companhia, em nenhuma situação. e especialmente naquela, onde o sague que coloria suas mãos e vestes não parecia ter sido suficiente para saciar sua sede, seja lá de onde tivesse advindo.
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Bruno havia, com algum esforço, retomado parte de sua sanidade após andar em círculos pela cidade, sua memória se esvaindo de tempos em tempos de forma que não fosse capaz de reconhecer nada ao seu redor. Odiava a sensação de estar perdido, odiava sentir como se a cidade que havia aprendido a chamar de lar nos últimos três anos se tornava completamente estranha novamente. Nem percebeu quando o sangue começou a sair de seus olhos como lágrimas, se assustando com os pingos vermelhos aos seus pés e limpando o rosto com a manga da blusa. Teve um sobressalto com a intimação alheia, piscando algumas vezes antes de ser capaz de responder. "...me desculpe, não sou a melhor pessoa para te ajudar nesse momento. Eu acho que...", murmurou antes de olhar para o relógio. "São três e meia da tarde. Não tenho muita certeza do dia. A bem da verdade, nem sei direito onde estou."
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sovcreign · 3 days ago
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"porta do guarda-roupa?" a referência demorou um tempo para ser discernida, ainda não havia se acostumado com obras do último século com perfeição. assentiu, confuso, antes do cenho franzido vagar por tymotheos. piscou algumas vezes, achando que seus olhos pregavam algum tipo de pegadinha. ele parecia com um de seus irmãos. pior, a memória ainda recobrava para seu filho, numa das poucas ocasiões em que o vira depois de adulto. mas não era seu filho. sabia que ele havia morrido. quando a expressão não poderia ficar mais séria, ele balançou a cabeça duas vezes e riu, seco, sarcástico, pois tinha quase certeza do que se tratava. "qual o seu nome? porque se meu olfato não falha, você cheira como um maldito corvinus. qual a probabilidade?" o sotaque era tão forte que era quase difícil de discernir, matej sentia um conflito de emoções que extravasavam pela fala.
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O café forte demais esfriava na caneca de melhor pai do mundo de Tymotheos, que segurava com firmeza na porta da garagem aberta. Filhos? Não que soubesse, mas a caneca chamava atenção pelo seu tamanho avantajado, combinando com o conjunto de músculos e estatura que o híbrido era. Só mais um dia. Lembrava ao se esticar na calçada, pernas para fora e tronco encostado na traseira da caminhonete. Um dia simples e tranquilo, nada mais. Porém, Arcanum não estava exatamente de bons termos com a paz e serenidade. O olfato captou o cheiro similar antes da visão e foi pela distração que não associou dois aromas particularmente familiares. "Perdido, meu chapa? Acabou de passar pela porta do guarda-roupa?" Nunca o tinha visto antes então, por consequência, já atribuía aos visitantes sugados pela magia do lugar. "Se seguir por aqui, vai dar na Pousada da Chama Eterna. Lá não vão mexer com você." Olhar para ele era perturbador, seu olhar tão desconcertante quanto olhar no espelho e não se reconhecer.
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mctej · 4 days ago
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e então, o cheiro se fez reconhecível. era uma bruxa. as visões que os atormentavam se tornando realidade? não. parecia jocosa, e estranhamente preocupada. o interior debatia se trataria de uma ilusão tentando o enganar, ou da realidade sendo oclusa pelo mundo das ilusões. arcanum tinha um efeito terrível em matej, e não poderia ser mais amargo: escapara de uma prisão para cair diretamente em outra. um grunhir baixo, levou a mão aos olhos. "você é uma bruxa..." constatou, apesar de ciente de que ela deveria conhecer sua própria natureza. "... de volta para o futuro. acho que assisti esse." um murmúrio, enquanto ele fazia sentido das palavras. ele ergueu o olhar, agora a encarava direto nos olhos. "dez de janeiro, isso significa... dois dias? por pereplut, que diabos. esse lugar é uma maldita prisão... outra. não chegue perto. eu não tenho certeza do que ocorreu... onde estão as outras bruxas? você é a única?"
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Apesar de estar mais cuidadosa por entre a cidade, os olhares e comentários ferinos tentavam entrar sob sua pele a todo custo, Evelyn não era uma pessoa que conseguia ficar inerte quando via alguém visivelmente precisando de ajuda. Estava em um passeio pelo limite da floresta quando viu o homem recoberto de machucados e com uma cara de quem não sabia para onde ventava o vento, obvio que temeu, não tinha como saber de quem era aquela quantidade de sangue, porém todos os feitiços ecoavam em sua mente enquanto seu rosto demonstrava apenas preocupação com o quadro "Dez de janeiro... Deve ser umas... Meio dia? E para titulo de conversa estamos em 2025, não sei o que aconteceu mas de volta pro futuro me ensinou algumas coisas." ela o olhou de cima embaixo e naquele pequeno segundo se permitiu decidir se o apagava de novo e seguia o seu caminho ou tentava ajudar "Você tá bem? Eu iria perguntar o que aconteceu, mas duvido que você saiba"
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