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gato-pescador, também conhecido como prionailurus viverrinus. Na mitologia nórdica, a deusa freyja possui uma carruagem puxada por dois grandes felinos, que representavam as qualidades da deusa: a fertilidade e a ferocidade. esses gatos exibiam as facetas do gato doméstico, ao mesmo tempo afetuosos, ternos e ferozes. Os templos pagãos da região nórdica eram frequentemente adornados com imagens de felinos. Na Finlândia, havia a crença de que as almas dos mortos eram levadas ao além por meio de um trenó puxado por felinos também.
Os pés de Freyja balançavam na água gelada enquanto cantarolava uma canção antiga no nórdico antigo que sempre tivera o costume de ensaiar, especialmente quando os irmãos estavam presentes. Vinha estando cada vez mais solitária e suas visitas à beira dos rios vinham sendo mais quietas, e ao menos a davam o direito de subir em lugares que a levariam para um isolamento maior ainda.
Tinha um tecido em mãos que tentava remendar e nada chamava mais sua atenção, feliz por não estar tendo uma de suas crises outra vez. Teve pouca paz até então. Repentinamente, a audição ficou extremamente sensível e podia ouvir batidas tão rápidas quanto asas de beija-flor, jorrando sangue por um corpo extenso e horizontal. A carne se tornou cheirosa por baixo das escamas e os olhos dela se viraram com as pupilas contraídas, estando em um único filete.
Salivou pelo cardume que passava, o som dos vários coraçõezinhos sendo apetitosos, mas não mais que o gosto da carne. A garganta estava se fechando e, num pulo, se atirou na água, sem consciência exata do que fazia. Nadou na água com seus braços que encurtaram tão rápido quanto podiam, assim como as pernas. Em poucos instantes, tinha pouco mais de um metro de comprimento e presas no lugar dos dentes.
Não conseguia se importar com aquilo, desesperada pelos peixes. Precisava pegá-los, estava caçando. Os instintos eram como faíscas por todo o corpo, desejando ganhar aquela luta, mas os peixes eram rápidos e o focinho curto inalava água vez ou outra. Quando estava prestes a agarrá-los, percebeu as patas com garras pela primeira vez e flutuou contra a corrente da água. Tentou olhar para o próprio corpo e não viu nada, o que a fez procurar o exterior.
Saiu com rapidez e tentou ficar de pé, mas seus novos membros não tinham a capacidade. Rolou no lugar várias vezes, tentando entender o que acontecia. Era um animal, como todos os outros khajols. Correu para longe, escorregando contra as próprias patas diversas vezes, até trombar com um outro gato. Sua cauda ficou arrepiada de imediato e emitiu sons terríveis, assim como o outro. Apesar do corpo, os olhos do outro gato pareciam assustados como os dela. Dois khajols. Não atacou, e nem sabia atacar, apenas encarou o gato em posição de defesa.
Passou pouco quando ela caiu de barriga no chão, de volta à sua forma humana, assim como o colega; era um dos rapazes de sua turma, que estava tão apavorado quanto ela. Se ajudaram a levantar e tatearam um ao outro diversas vezes para garantirem que estavam inteiros. Ela, por sua vez, estava coberta de água. Recebeu o casaco alheio como bondade e o atiçou, o queixo tremendo pelo frio repentino.
"Sabe qual é a parte engraçada?" O colega disse depois de muito tempo. "Achei que você odiava gatos."
"Não." Ela disse com os dentes trincados. "Eu odeio lobos."
GATO-PESCADOR: além de terem uma conexão enorme com a água e peixes, assim como Freyja, são muito simbólicos na mitologia nórdica com cultos, simbolismos e significados, especialmente com a deusa que Freyja homenageia. O gato-pescador se adequa por Freyja ser totalmente ligada ao mar, rios e qualquer tipo de lugar com bastante água, se tornando perfeito para uma sobrevivência animal, além de estar no meio termo de gato doméstico e gato selvagem.
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