#@bolladonnas005
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@bolladonnas chose: ❛ an eternity with you would never satisfy me. ❜ onde: jardins
Belladonna sempre foi especialista em despertar sensações divergentes em Verena, por vezes a amizade a arrastava para uma zona confortável de futilidades e conversas triviais, onde a loira sentia-se segura para ser a princesa mimada que sempre foi a vida inteira; noutras, sentia como se pudessem ir além, desenvolver algo mais que não precisaria ser rotulado, tampouco limitado. O fator comum a esses dois momentos, era como ela se sentia no presente momento após ouvir aquelas palavras da Grimhilde, pois se ela oferecia o conforto do céu, ela também oferecia a dor do inferno. "claro que não, para isso você precisaria permitir que alguém entrasse alguma vez, Bella.", do contrário seguiria vazia e insatisfeita com tudo literalmente. Verena tinha outros planos para noite, algo mais leve e divertido, julgava que os momentos de atrito para com a mais velha tinham ficado no passado, mas pelo gosto amargo que sentia em sua boca, isso só era mais um engano em sua vida. "se quiser, você pode começar a desaparecer agora mesmo Belladonna. Pois eu não sei qual bicho a mordeu dessa vez, mas não serei seu saco de pancadas.".
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Arkyn nunca foi bom em se entregar plenamente ao que desejava, sempre mantendo amarras e contenções as suas vontades, fosse sobre algo profundo como sua vontade de explorar o mal dentro de si, ou fosse sobre algo simples como o desejo por outro corpo. Estranhamente, tinha decidido abrir mão dos dois limites quando beijou novamente a Grimhilde, afastando qualquer amarra que o impedisse de se entregar aos desejos que tinha sobre outrem. Não pretendia afastar-se outra vez, e deixava claro ao pressionar a cintura da mais nova contra a sua, os lábios encaixando-se mais aos dela, a língua que se enroscava e explorava a sua, mostrando que estava certo naquele primeiro contato, ela tinha gosto de whisky, forte, inebriante e marcante. Quanto mais a língua se engatava a dela, mais queria fazê-lo. Orientado pelos passos dela, deixou-se guiar pela sala até o apoio mais próximo, o corpo de Belladonna preso entre o seu e o maquinário, lhe fez buscar o encaixe perfeito, movendo o corpo contra o menor para senti-la um pouco mais, os relevos, as curvas, tudo. Podia sentir o calor e desejo que desciam pelo corpo, alojando-se no baixo ventre. Ele arfou contra os lábios alheios, protestando por ainda não ser o bastante, por querer ainda mais dela. Nunca imaginou que a fosse desejar daquela forma, mas ali estava, descendo a mão da sua cintura para a coxa, os dedos invadindo a fenda da saía e bendita fosse a De Vill por aquela fenda. Os dedos cavavam o caminho em busca da pele de Belladonna, apertando-a com força, deixando a marca momentânea de seus dedos nela, antes de trazê-la para cima, forçando-a a colocar a perna em volta de sua cintura, limitando qualquer resquício que pudesse ter de espaço entre eles.
antes do caos.
o silêncio que se fez no âmbito estava deixando nervosa, porque parecia haver algo que ambos gostariam de dizer ou fazer, mas não conseguiam; e fazendo uma alusão a isso, arkyn moveu-se, ela observou como as mãos estavam ainda estendidas, como ele caminhava em sua direção e não moveu-se, esperou. Ignorou a maneira como o corpo reagiu, com ansiedade, quase uma imaturidade provinda do âmago, analisando como ele se comportava. ‘ bom. queria questionar no quê exatamente ele estava pensando naquele momento, mas as mãos firmes em torno da cintura a respondia, não poderia fazer-se de boba, não era. afastava-se os sentimentos que se misturavam, que a deixavam pesada; era estranheza com vontade, receio com o pensamento voltando-se ao futuro, como se aquele momento pudesse de alguma maneira, definir quem era, quem de fato se mostrava. mas não, compreendia que beijá-lo outra vez não faria dela um alguém divergente, o contrário disso, poderia usá-lo para seguir influenciando seus anseios. umedeceu os lábios enquanto o sentia tocar-lhe o pescoço, o contato a provocando arrepios. entreabriu os lábios para recebê-lo com vontade, a respiração mais profunda como se o ar tivesse ficado escasso, mas era apenas a extensão corpórea reagindo. a língua buscou pelo gosto dele, para conhecê-lo melhor; a sensação agora era diferente de minutos atrás, como se anteriormente, tivessem feito da maneira errada. as mãos repousaram na lateral do rosto do haddock, agora o mantendo firme no lugar, demonstrando que não queria que houvesse distância entre eles novamente. o puxou consigo enquanto andava de ré, o corpo encostando-se em um dos maquinários, oportunidade para senti-lo melhor enquanto os lábios seguiam-se colados.
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o sorriso contido se tornou um pouco mais largo nos lábios de Haddock, tudo graças aquele simples assentir. Em qualquer outro momento, veria a concordância de Donna, como sinal de que pouco importava para ela. Mas naquele, ele se sentia grato em passar como algo irrelevante, odiaria se fosse o oposto, se ela colocasse demasiada atenção em suas revelações, se cutucasse suas feridas até extrair sangue. Coisa que ele sabia que ela era capaz, jamais duvidaria disso, mas ainda assim aproveitava as pequenas conquistas como a de não ser empurrado contra sua dor. "não? e como foi exatamente, do jeito convencional?", alimentou a conversa sobre amenidades, afinal pareciam ter o efeito de fazê-lo desviar de como se sentia, prendendo-se em qualquer outra coisa como se fosse uma questão relevante e de extrema importância. Queria mesmo saber sobre Belladonna, ou precisava saber qualquer coisa que fosse para não se afundar em desespero? Era um questionamento que ele voltaria a se fazer depois, quando os pés tocassem a areia da praia mais uma vez. Arkyn suspirou diante das palavras seguintes de Belladonna, o olhar percorrendo o submarino, constatava que realmente não tinha muito a ser feito no lugar além de apreciar a vista até o fim do passeio. "você 'tá fazendo o suficiente, Donna, me distraindo como pode. Por isso, já estou grato.", o que era uma verdade, jamais se imaginou naquele cenário com ela, onde realmente precisasse de Belladonna num nível que fosse dentro do normal, não para transformá-lo, não para convencê-lo, mas para ajudar em algo tão delicado para ele. Acolheu a mão de Belladonna em seu braço, a sensação estranha do toque em sua pele causava pequenos formigamentos, irradiando pela extensão do braço, ombro e descendo pela espinha. Era estranho e confortável ao mesmo tempo, como se o simples toque o colocasse em alerta para algo além de seu desespero inicial. "são incríveis, não são? Digo, os tubar��es. Mal parecem fazer esforço para nadar, comer, ou qualquer outra coisa que seja.".
‘ tudo bem, uma de cada vez. assentiu em concordância, sem querer enfim, demonstrar-se apressada quando não havia interesse algum acerca; na realidade, belladonna pegava-se em dualidade com outrem: não queria muitas informações a respeito dele, por ainda haver o sentimento de que não poderiam ser amigos; mas também, havia curiosidade em como a relação estava se construindo, em algum momento ela se dedicaria a desmanchar aqueles nós. diante do comentário, os ombros balançaram, a fazendo pensar que ele tinha razão. ela não pensou nas consequências quando adentrou no submarino, sem que reconhecesse em si mesma aquele desconforto, a possibilidade de sentir-se sem ar; sem querer, a sensação assemelhava-se a angustia que a tomava nas últimas semanas em relação as paredes do quarto, em como elas pareciam querer esmaga-la enquanto dormia. ‘ curiosidade talvez? não tinha muita certeza a respeito e sem tom de voz denunciava isso. ‘ o mais perto que cheguei de conhecer um oceano, nem se aproximava disso. a experiência de estar em um navio em nada poderia ser comparada com estar imersa na água, com as possibilidade de ver criaturas desconhecidas em seu habitat natural; apegava-se a isso, a uma possibilidade de nova descoberta, mesmo que algo no âmago se agitasse. ‘ podemos tentar, se ficar ruim, vemos outra coisa, mas....não há muito para onde ir enquanto o passeio durar. o máximo que posso conseguir, é nos colocar em um lugar menos cheio. pensou em usar de seu sobrenome para algo, certamente a tripulação não a negaria um pedido bem-feito. aproximou-se mais de outrem, uma das mãos o envolvendo pelo braço, para que o guiasse em direção a janela mais vazia, o vidro se estendendo na diagonal dando uma ampla visão da água, alguns peixes e um tubarão branco mais distante, parecendo disperso; por um momento, a vontade que tivera era a de bater no vidro e chamar a atenção do animal.
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Arkyn sentia a palma das mãos suarem, o ar estava mais denso ou seu pulmão começava a falhar? Era difícil saber. Odiava lugares fechados, por sempre considerar que o oxigênio ali não duraria o suficiente, que eventualmente morreria sufocado ou algo do tipo. Quando a porta foi trancada e ele olhou a sua volta, começou a contar as cabeças, mais gente do que gostaria num cubículo. Ótimo. Desespero começava a circular pelo seu corpo, e não adiantava fechar os olhos, respirar fundo ou contar, a sensação angustiante não passava. Precisava de algo para se distrair, precisava de alguém. Os olhos procuraram entre os rostos, até conseguir distinguir a Grimhilde no canto, a nova proximidade entre eles tornava a outra alguém em potencial para o que ele queria. Os pés se guiaram sozinhos até ela, assim como as palavras lhe escaparam da boca, declarando o conforto nítido de vê-la ali. Se não estivesse tão tenso, poderia ter notado o olhar da outra, mas não o fez, apenas sorriu de volta ao cumprimento. "não do oceano exatamente", declarou desviando o olhar para os próprios pés, os dedos pareciam suar mais do que o normal no chinelo. "odeio lugares fechados, odeio me sentir preso, sem ter para onde correr.", era uma conclusão e tanto, em lugares assim, Arkyn tinha que enfrentar seus demônios, não podia desviar deles, não tinha para onde ir, e isso era apavorante.
@arkynhaddock digitou : ❛ oh, good, you're here too. ❜ + submarino.
quem a visse de longe com a postura altiva e uma taça em mãos, nem conseguia imaginar o que se passava em sua cabeça, seus anseios e receios de que aquela porcaria explodisse com ela dentro. não tinha problema algum com o mar, o respeitava acima disso, mas as criaturas que habitavam nele…se havia um monstro dentro do lago noch, o qual nem faria questão de chegar perto, o que poderia haver naquela imensidão? se encontrava distante das paredes metálicas, distante também da agitação que se formava enquanto o submarino mergulhava, atenta a como todos pareciam eufóricos até que a voz masculina soou próxima, fazendo-se girar nos calcanhares para encontrá-lo. interessante. não estava o esperando de maneira tão despojada e pegou-se o encarando por mais tempo que o necessário, sorrindo quando percebeu o que fazia. ‘ ei, haddock. o cumprimentou por fim, sem entender o que ele queria dizer com tais palavras. estava aliviado de ter companhia? ‘ não muito satisfeita, mas sim. assentiu brevemente, colocando-se ao lado dele, a pouca diferença de altura a permitindo fitá-lo de soslaio por cima dos ombros. ‘ tem medo do oceano? o questionou em provocação.
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não estava pronto para a sensação vazia que se instalou com a distância da Grimhilde. O toque abandonando sua face, seus dedos arrastando-se para longe do corpo alheio quando dava os passos para trás. Sua expressão provavelmente era de estranheza, o cenho franzido, o olhar um tanto apertado. Deveria sentir-se assim por ela simplesmente agir como se nada tivesse acontecido? Pior, deveria querer seus lábios outra vez, considerando tudo que já foram e são? Ela era melhor amiga da mulher por quem ele estava apaixonado, e aquela que causou o acidente terrível da sua ex namorada. Ainda sim, os lábios formigavam na ausência vazia dos dela, o corpo se movia em sua direção, as mãos ainda na mesma altura de sua cintura para que lhe alcançassem mais rápido e a trouxessem de volta. Sentia-se tenso, ansioso, mas completamente diferente de como estava segundos atrás. Completou o caminho que os afastava, as mãos voltando a cintura, o rosto mais próximo ao dela. Assentiu as palavras num movimento de cabeça. "Ótimo! Não estou pensando mais nele.", o que não deixava de ser uma verdade, Belladonna tinha apagado o submarino, a pane e o caos com aquele beijo. "tem razão, seria melhor.", mas seus atos não estavam de acordo com suas palavras. "então, não faz mal perder uns minutos aqui.", completou. Um inclinar na cabeça, e os lábios se arrastavam pelo maxilar alheio, descendo beijos pelo seu pescoço, provando da textura e da pele dela, antes de voltar pelo mesmo caminho e lhe tomar os lábios com a urgência que tinha de explorar seu gosto.
antes do caos.
não sabia o que esperar do contato; a sensação de que estava beijando uma pedra dissolveu-se no instante em que arkyn reconheceu seu gesto, a permitindo beijá-lo; belladonna ignorava a consciência e como os pensamentos a julgavam, a diziam que errado, mesmo que tivesse tomado a iniciativa para ajuda-lo, para livrá-lo da crise de pânico. e bem, não poderia negar a curiosidade que a percorria a respeito do gosto que ele tinha, se tinha o toque firme como imaginava pelo tamanho das mãos e braços; apegava-se naquele momento a detalhes que outrora, havia fingido não perceber e como pudera, eram inimigos declarados, odiavam-se e havia pouco tempo que as coisas entre eles pareciam mudar, que se prontificou a ajuda-lo. cedo demais sentiu que o haddock se afastava, um pouco de confusão a tomando no semblante, sem conseguir disfarçar que detinha outras expectativas. ao menos, ele parecia melhor enquanto falava, a permitindo dar dois passos para trás, esforçando-se em controlar o turbilhão que preenchia o âmago. não estava acostumada com recusas, um fato e o gesto de outrem, a indicava que ele não havia gostado, que talvez, não a visse daquela maneira. quando pensou em responde-lo, as luzes acenderam-se novamente, o submarino parecia agora movimentar-se e do lado de fora, as pessoas comemoravam. ‘ parece que o submarino voltou a funcionar. pontuou o óbvio. ‘ acho melhor retornarmos pro salão, você já me parece bem pra isso. embora quisesse agir com um pouco mais de maturidade, o ego a impedia. ‘ não devemos demorar a chegar na superfície.
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a pressão parecia aumentar contra o peito de Haddock, impossibilitando cada vez mais a entrada de ar. Seus olhos estáticos, tentavam buscar um ponto fixo para se acalmar, mas era impossível, desviavam-se com frequência pelo piscar das luzes que chamavam sua atenção aos pontos mais diversos. Ele jamais pensou que ficaria assim, medo percorrendo seu corpo daquela maneira, ao ponto de travar. Céus, não tinha ficado assim nem quanto precisou distrair o basilisco, e seu trauma de monstros ainda agitava seu corpo naquela floresta. Nada fazia sentido para ele naquele momento, nem mesmo Belladonna e a forma compreensiva com a qual o tratava. Certo, ele queria aquilo, queria uma aproximação pois começava a se importar com ela, até mais do que imaginava. Mas era surpreendente que existisse uma mínima reciproca. Os sentidos notaram a aproximação alheia, mas o olhar ainda tinha dificuldade em focar na figura dela, perdendo-se entre seu rosto e as imagens ao redor da sala, maquinário que chiava e soltava fumaça em momentos pontuais. Sua atenção apenas conseguiu ser capturada no momento que as mãos lhe tocaram a face, segurando o rosto entre elas, forçando a visão de Arkyn para a mulher a sua frente e nada além. Ele assentiu, os olhos arregalados ainda transpareciam o desespero, "obrigado", os lábios que se moveram, mas o som quase não saiu. Sentia-se tonto e fraco, mas alguma coisa naquele momento, nas mãos de Grimhilde em seu rosto, no calor de seu toque, trazia uma sensação conhecida que irradiava pelas maçãs, arrepiava os fios da face e cabeça. A aproximação inesperada, o teria deixado surpreso, se não fosse algo que correra em sua mente outrora. Os lábios entreabriram devagar, encaixando-se aos da Grimhilde, enquanto suas mãos alcançavam a cintura, trazendo-a mais perto. Ela tinha gosto de whisky, amadeirado e forte, talvez um pouco do que ele imaginou antes. A inspirou, o primeiro respiro profundo depois de sentir-se invadido pela ansiedade que lhe dificultava a passagem do ar. De alguma forma, isso lhe trouxe consciência do que estava acontecendo e Haddock rompera o contato. "desculpe, eu não..", o que lhe diria? que não pretendia? mentira. "é um bom jeito de fazer minha cabeça parar de me sabotar.", brincou, fraco, porém agradecido.
a consciência da grimhilde buscava uma maneira de tirá-los daquela situação, não que fosse a responsável por tal, mas estava menos nervosa que o haddock. em algum momento desde que o submarino havia sofrido a pane, belladonna havia deixado sua angústia e medo para trás, dando prioridade a dele, isso não era algo que costumava fazer. pensava que talvez, fosse o momento de assumir a postura que detinha para com ele, que pudesse estar mesmo se tornando amiga dele e estava tudo bem. estavam fadados a dividir o mesmo conto, a terem funções semelhantes em outra vida. a exclamação de outrem, o pedido sôfrego, não estava esperando; o fitou com atenção, todo o corpo trabalhando no que conseguia reconhecer em outrem naquele momento: pânico, ansiedade...sentimentos que ela sabia a força que tinham, que em algum momento, a deixou paralisada também. aproximou-se novamente, receosa do que poderia fazer para acalmá-lo, pensando que talvez eles pudessem ficar ali por mais tempo até que as coisas normalizassem. ‘ não vou deixa-lo sozinho. disse de frente a ele, os olhos passando a confiança que havia em seu tom de voz. não estava acostumada a lidar com aquelas situações, não quando era tudo muito novo entre eles, mas não hesitou em levar as duas mãos no rosto do mais alto, o segurando para que pudesse fitá-lo diretamente. ‘ está tudo bem. afirmou enquanto os dígitos ousavam em acariciar as bochechas; não havia sentimento algum a percorrendo, havia só a necessidade de fazê-lo calar-se no que aproximou o rosto dele, o tocando nos lábios. o toque lhe era estranho, parecia estar beijando uma pedra, talvez pela forma como o contato acontecia; de todo modo, não se afastou, esperando que ele reagisse, que a afastasse.
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maldito fosse Arkyn por ter se colocado naquela situação. Sim, ele ainda continuava se xingando internamente. Existiam outras atrações, outras formas de desviar-se dos progenitores, não tinha que ser em algo que o apavorava tanto, ainda sim, ao ver os cabelos dourados de Astrid contra o vento da noite, ele sabia que precisava correr dela, e o que achou na sua frente foi o submarino. Claramente não tinha pensado nas consequências, o que era pior? Encarar uma mãe preocupada e raivosa pelas mensagens não respondidas e por não saber como estava o filho? Ou entrar naquela viagem suicida com a pane, as crises de ansiedade e falta de ar? Difícil escolher. Seus olhos desviaram outra vez de Belladonna, varrendo lentamente a sala na qual se encontravam enquanto ele assentia com um movimento de cabeça. Realmente uma sala de máquinas, algo que ele conseguia entender, passou parte da infância criando coisas com Soluço. Mas o nervosismo estava tão grande, que não conseguia lembrar-se de nada útil, apenas sentia a mão suando, o corpo inteiro na verdade. Soltou a da Grimhilde, que nem havia percebido que ainda segurava até esse momento, os passos lentos até a bancada mais próxima, comprovavam que ainda estava abalado. Ele apoiou as mãos sobre a mesa, respirando profundamente, buscando uma estabilidade que correu no sentido contrário quando ela lhe disse que o deixaria ali sozinho. "não!", sua voz declarava o pânico que voltava a queimar dentro de si, o corpo se voltando na direção dela, mas incapaz de mover-se ao seu encontro. "por favor, não me deixe sozinho. Sinto que vou sufocar a qualquer instante, que as paredes vão me esmagar e que...", sua fala se partia, o tom ficava mais nervoso e Arkyn não notou que começava a tremer, inquieto, ansioso, angustiado. Sua mente começava a traí-lo, pois ouvia claramente o ruir das paredes. Fechou os olhos com força, agitando a cabeça para os lados, pois lá no fundo sabia que estava surtando, nada daquilo era real. "por favor, faça parar. Eu não consigo, preciso sair daqui.", puxava o ar, mas o folego não vinha.
estava distante de ser a persona que demonstrava fragilidade com facilidade, mas as últimas semanas haviam servido para mostra-la que estava fadada a isso, a momentos de crises, de alucinações e pânico; um pânico que ela reconhecia em outrem, que a deixava curiosa para buscar os motivos por detrás daquele momento, mas deixaria para depois. novamente, arkyn lhe ativava uma dualidade: queria continuar o provocando, o deixando ainda mais com medo, com receio porque isso lhe alimentava a maldade, mas na mesma medida, preocupava-se com ele e bem, não poderia negar que por empatia, mas por não saber o que fazer. diante dele, as expressões que detinha naquele momento, belladonna deixava isso bem claro: não sabia o que fazer. eles não tinham proximidade alguma para que se aproximasse, para que o acalmasse de alguma forma; ela não o conhecia para falar sobre coisas que poderiam ajuda-lo a relaxar, então apenas o fitava, atenta aos sinais, agradecendo quando ele falou. ‘ me parece uma sala de máquinas, por enquanto, ficaremos longe da aglomeração lá fora. assentiu, a mente apegando-se ao que deveria ser feito, ao que queria fazer. e pela primeira vez, ela não sabia o que responder a ele, os ombros sendo balançados como se fosse a única resposta possível. ‘ não tenho um plano. admitiu. ‘ pensei em deixa-lo aqui e ir lá fora ver o que está acontecendo, buscar alguém que nos dê um prazo quanto a reestabilização do submarino. assentiu brevemente. ‘ mas se espera que eu consiga nos tirar daqui, isso não vou conseguir.
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seu corpo deveria ser seu lugar de paz, onde se sentiria confortável. Mas naquele instante de pane, Arkyn sentia como se sua pele fosse uma prisão de onde ele precisava sair, iria para qualquer lugar que fosse, contanto que isso significasse respirar tranquilo, sem a sensação constante de estar preso. A medida em que se sentia assim, fechava mais o circulo envolta de Belladonna, e o teria continuado fazendo se ela não o tivesse pego pela mão e guiado dentre os outros corpos até a porta que estava poucos metros de distância deles. Haddock atravessou a porta arrastado, seu andar era mecânico, como se estivesse sonambulo. Ele foi incapaz de responder Belladonna pelos segundos iniciais, que internamente pareceram minutos, seu olhar estático absorvia a mudança de ambiente gradativamente, não que o tom vermelho da sala melhorasse a visibilidade das coisas, mas ainda era melhor do que a penumbra que estava na fora. Agora ele conseguia ver a mulher a sua frente, o olhar desviou a mão que ainda segurava a dela e ele nem tinha notado o contato até então, voltou a fitá-la, piscando repetidamente até que os olhos se acostumassem com o tom, com as formas, com ela ali. Ainda sentindo-se um pouco tremulo, dera um respiro profundo, fechando os olhos por alguns segundos para que se estabilizasse de alguma forma. "estou aqui, agora.", foi o que conseguiu lhe dizer, entregando mais um pedaço de si, como em toda aquela conversa confessava coisas involuntariamente a ela, a ausência de seus sentidos até que estivessem dentro da sala era mais uma coisa. Ao abrir os olhos outra vez, tomou a liberdade de olhar ao redor. "onde estamos? Ainda dentro do submarino? Ou como começarei a chamá-lo, a máquina de matar de Úrsula.", não era momento para brincadeiras, mas precisava distrair a mente com qualquer coisa que fosse. "me diga que tem um plano Grimhilde, minha cabeça está nublada demais para pensar em qualquer coisa além da fragilidade dessa lata de aço, e eu não quero morrer esmagado.".
definitivamente, não estava contando com uma pane naquele submarino, não naquele momento; o coração acelerou dentro do peito, as pontas dos dedos tornaram-se frias e ela aproveitou a escuridão para tirar os olhos do oceano, para fitar o que imaginava serem seus pés. a sensação de estar no meio do nada era quase sufocante, parecia que a qualquer momento um daqueles tubarão avançariam na direção do vidro, os quebrando e deixando que a água invadisse o ambiente, os matando; se não morressem antes sem oxigênio. contudo, não estava esperando servir de apoio emocional a arkyn, mas a maneira como a mão a soltou para segurá-la pela cintura, a mostrou que ele estava com medo. mais um ponto de novidade e a maldade no âmago remexeu-se, queria vê-lo assustado, como era, como ficava; mas um sentimento diferente cobriu aquela necessidade, a fazendo preocupar-se com ele, desejar ajuda-lo de alguma forma. a canhota desceu pela linha da própria cintura, buscando o ephone que estava guardado em um bolso disfarçado na roupa (agradeceria a derin por pensar em tudo) e mesmo que não tivesse sinal, a lanterna funcionava e ansiava por ela. ‘ vamos dar um jeito. disse de maneira concentrada, buscando soluções enquanto a luz do celular a ajudava a encontrar uma solução no meio do caos. não demorou para que mais lanternas fossem ligadas, a mostrando um caminho, ao menos, até que a confusão fosse controlada. ‘ vem comigo. soltou-se do braço que a mantinha presa, voltando a segurá-lo pela mão, empurrando as pessoas que estavam no caminho. cortou o salão com rapidez, uma porta com aviso claro de ‘somente pessoal autorizado’ sendo aberta, ignorando as consequências de seus atos. os colocou para dentro, percebendo que estavam em uma sala de máquinas, uma luz vermelha preenchendo o ambiente; possivelmente uma luz de emergência. a luz do ephone apagou-se, o guardando novamente, os olhos recaindo sobre a figura de outrem, aproximando-se para certificar-se que ele não teria uma crise de pânico. seria terrível. ‘ fala comigo, haddock.
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as sobrancelhas de Arkyn se arquearam com o comentário, por mais que ela tivesse soado de forma divertida, ele absorveu como seu desafio pessoal conhecer Belladonna além do que já sabia. O desejo fora do comum, como tudo que os cercava ultimamente, parecia ser nutrido desde aquela conversa no bar, alimentando-se de pequenos sinais, palavras soltas e comportamentos inesperados. Nem em mil vidas pensou que se importaria com ela, que iria querer saber, conhecer o que tinha atrás da mascara que ela vestia, mas lá estava ele, olhando-a com olhos curiosos, sentindo-se instigado por ela. "sinto que resolveremos isso em algum momento.", tentou não soar tão ansioso para conhecer o muito ao qual ela se referia, ao mesmo tempo que tentava parecer aberto a mutualidade da coisa. Se mostraria a ela, todas as nuances de Haddock, se Belladonna fizesse a mesma cortesia com ele. Ele assentiu a resposta sucinta que ela dera, pronto para cutucar um pouco mais, para fazê-la soltar algo além, mas felizmente ou infelizmente, ele não precisou, ela estava prestes a completar quando tudo se fez escuro. Malditos fossem! Arkyn xingou em pensamento, o braço que servia de apoio a mão de Belladonna, já se encontrava envolto na cintura da mulher, puxando-a para mais perto em seu desespero. Sua respiração entrecortava em nervoso e seus batimentos aceleravam a cada puxada de ar que ele tentava estabilizar. "talvez eu não tenha dito antes, mas a segunda coisa que eu mais odeio é o escuro. Não o total, total escuro, mas esse que são sombras e reflexos, onde eu não consigo distinguir absolutamente nada.", a fala era nervosa e rápida, como se precisasse colocar aquilo para fora, pois se percebesse que o fazia, provavelmente pararia no tempo. Apertou-a mais em braço, sentindo o tremor irradiar pelo corpo. "céus, que ideia idiota de entrar aqui.".
‘ há muito sobre mim que desconhece, haddock. comentou de maneira divertida mas trazendo aquele assunto novamente entre eles; já havia mencionado sobre outrora, quando ainda não havia aquele clima tranquilo entre eles, mas de fato, muito ainda mantinha longe daquela realidade deles dois, muito tinha receio de se fazer presente. assim como, imaginava que havia um lado dele que não conhecia, um pouco da visão turva se desfazendo enquanto o encarava com medo do submarino, de algo que certamente, ela desconhecia e que lhe soava como um gatilho. e por mais que não quisesse admitir, estava gostando de ir explorando aquelas camadas, a mesma que a deixou sem jeito enquanto o ouvia, a fala dele a fazendo fita-lo de soslaio, as palavras ecoando por sua consciência. belladonna compreendia que haviam sim algumas semelhanças entre eles, mas voltava a acreditar, que muito ela ainda estava escondendo e talvez, aquela porcentagem fosse o bastante para fazê-lo entrar em contradição, para mostra-lo que estava enganado e que não eram tão semelhantes quanto imaginava. ‘ sim. o respondeu com um certo peso na voz, a postura também relevou um pouco daquele sentimento, mas lhe era difícil admitir tais palavras, admitir que eram tão parecidos que chegava a incomodar, mas ao mesmo tempo, fazê-la questionar até onde eles poderiam percorrer pensando daquela maneira. ‘ mas-----. a fala foi interrompida no instante em que o submarino pareceu bater em algo, o corpo balançando com o movimento brusco, as luzes apagadas. ‘ não brinca. olhar pela janela era assustador, as criaturas pareciam ficar mais terríveis, o tubarão maior e mais propicio a lanchá-los. não havia motivo para pânico, ela sabia; mas o cenário se tornava ainda mais caótico enquanto as pessoas começavam a falar mais alto, a se esbarrarem na tentativa de encontrar a seus companheiros.
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"Mmm-uhnn", assentiu a resposta um tanto curta que a outra lhe dera, buscando não atiçar muito sua curiosidade para que lhe fizesse novas perguntas. Donna deveria ter seus motivos para ser sucinta e talvez fosse melhor assim. Ele mesmo não costumava pensar muito no mundo antes de Tremerra, pois lhe parecia um misto de coisas, era frustração com liberdade, queria ter a sua vida de antes mais do que qualquer outra coisa, apesar das dores e de como as configurações mudaram, fazendo de Bark magnifica para algo decadente, ainda assim era seu lar e ele queria passar o resto da vida naquela ilha. Não, não tocaria nas feridas de Belladonna, pois evitava tocar nas próprias. Pensar no passado nunca fez muito por ele antes, não começaria a fazer agora. O comentário seguinte lhe arrancou um riso divertido, quase beirando o nervoso. Também nunca imaginou que um dia, ele e Grimhilde estariam no mesmo barco, no sentido de equidade da coisa, mas lá estavam. Ele assumira seu medo para ela de modo confortável, e recebeu o inesperado apoio e segurança, tão estranho que quase fazia algo se remexer em seu estomago. "não sabia que seu senso de humor era tão bom assim, Belladonna. Gosto dele.", gosto de você, ele poderia ter dito, pois tinha o mesmo sentido. Ele gostava da Belladonna que estava conhecendo, aquela que não tinha nada em comum com a imagem que tentava vender, que era vulnerável, angustiada, perdida e tão solitária quanto todos eles. No fim das contas, ela era humana e isso o fazia vê-la com outros olhos. Quem sabe poderia realmente ser amigo de Belladonna Grimhilde. Era estranho só de pensar, mais estranho ainda era como ela parecia ter lido seu pensamento naquele instante, pois falara algo próximo disso. Seu rosto virou na direção dela, as sobrancelhas franzidas demonstravam sua confusão inicial enquanto absorvia a frase e as informações, suavizando por fim. "sim, é estranho não é? Ainda assim aqui estamos, sempre nos encontrando em situações que nos colocam de frente ao outro, e eu consigo me ver em você, como um espelho só que melhor, mais nítido. Consegue se ver em mim também, Bella?".
o questionamento dele a trouxe boas lembranças, de um tempo onde não havia maldição, não havia academia ou a possibilidade de viver uma outra vida no futuro, o sentimento de nostalgia a incomodando enquanto afastava-se das recordações. ‘ sim, na terra do nunca. uma expedição com a tripulação do barba negra. comentou de maneira vazia, uma preocupação estranha a percorrendo sobre o lar dos vilões. a lembrança de que estavam de lado opostos a preenchendo, a fazendo pensar novamente, naquela dualidade; em como ela e arkyn pareciam tão opostos, mas na mesma medida, conseguiam ser tão igualitários. aquelas questões transbordavam o âmago, a deixando inquieta; na realidade, questionava-se os motivos que a deixavam mais amena diante dele, se era mesmo pela vontade de coloca-lo no caminho do caos ou havia algo mais. e não parecia muito disposta a procurar por respostas, ainda que estivesse lhe fazendo pequenas gentilezas como aquela. ‘ não precisa agradecer, não quando estamos no mesmo submarino. permitiu-se realizar um pequeno trocadilho, segurando-se para não rir diante da bobagem. mas era um fato: estava o ajudando enquanto se distraía também, sem querer pensar nas sensações ruins que a tomava diante da estrutura de ferro, da ideia de acabarem esmagados. contemplava o horizonte, ignorando a estranheza de estar entrelaçada a ele lhe parecer tão natural, o fitando de soslaio quando o ouviu. ‘ sim, mas são assustadores também. não que eu tenha medo deles. apressou-se em corrigir-se. ‘ mas são uma das criaturas mais temidas do oceano, mas se pensar, eles estão apenas vivendo...fazendo o que nasceram pra fazer. a perspectiva a lembrava um pouco de si. ‘ não tem como se imaginar um tubarão comendo vegetais, brincando com focas ou peixes menores. assim como, é estranho a possibilidade de uma grimhilde amiga de um haddock.
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um breve arquear de sobrancelhas se fez presente na expressão de Westergaard que fitava Belladonna de canto, incerta se deveria mesmo ceder aos caprichos como sempre fizera, influencia pelo tom de voz ameno, o olhar compassivo e aquela aproximação que, mesmo de longe, fazia os pelos do corpo eriçarem suavemente. Suspirou por fim, constatando que amoleceria de qualquer forma diante da amiga, nunca foi da persona de Verena ser resistente aquilo que queria e que, de alguma forma, a fazia bem. "tem razão, mas eu culpo suas palavras evasivas por isso.", replicou com resquícios de rispidez, que logo se diluíram ao abrir um sorriso na direção da mais velha, estendendo a mão para que agarrasse o pulso alheio e a puxasse para mais perto. "se bem me lembro, seus sumiços nos colocaram em bastante conflito antes, então não, não quero que desapareça, Belladonna.", já havia deixado isso claro antes, deixaria quantas vezes achasse necessário até que ela entendesse que era parte significativa na vida da Westergaard. Ela se desviou, alcançando a bebida que instantes atrás estava em sua pose e ofereceu para Grimhilde, só tinha tomado um gole para constatar que não era nenhuma das loucuras de Wonderland. "prometo que não vai sair congelando tudo, ou soltando fogo pela boca, apesar de achar que eu quase estava fazendo isso instantes atrás.".
aproximar-se de verena naquela noite parecia ser a única coisa correta que fazia, porque o universo estava mesmo dedicado a banhar-lhe com o puro suco de desgraça e desavenças; e com base na amizade que detinham, belladonna queria muito apegar-se aos sentimentos bons que eram despertados, mas havia escolhido as palavras erradas ao se aproximar, aparentemente. porque estava mesmo esperando um ambiente de pequenas provocações, de risos e futilidades, poderia falar como gostaria de passar um tempo com a loira mas a resposta dela a surpreendeu. ‘ outch. foi a única reação que conseguiu ter, completamente desprevenida e ciente de que verena tinha razão; belladonna precisava abaixar a sua guarda, precisava muito deixar as pessoas entrarem mas quando seria compreendida, que detinha dificuldade nesse quesito? o que alguém como ela tinha a oferecer? nada além de dor e desgraça. tentou manter o choque distante, as expressões tranquilas porque não queria mesmo ser grossa com outrem, seria como um caminho sem volta e não queria percorrê-lo novamente. ‘ eu não vou desaparecer, a menos que você queira. e bom, só estou vendo alguém batendo aqui e não sou eu. disse enquanto dava de ombros, mas as mãos se ergueram em um gesto de paz.
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a nova dinâmica entre eles realmente tinha tomado conta da postura de Arkyn diante Belladonna. Outrora, ele seguiria firme com o seu queixo erguido e o olhar distante, fingiria que nem a tinha percebi ali no canto, ou se tivesse, diria que estava adorando o passeio. 'Quantas belezas o oceano, não?' Falaria algo assim e se manteria firme sobre seus pés. Mas agora? Assumia uma de suas maiores fraquezas, a angustia instalada em seu peito desde o momento que adentrou ao submarino e pra quê? Nem conseguia se lembrar se fora evitando um de seus fantasmas, ou puro impulso. Suspirou, assentindo e tentando não se deixar impactar pela surpresa alheia. "se surpreenderia com a vasta lista de coisas. Mas uma de cada vez, sim?", já não conseguia administrar bem o fato de estar num local fechado, quem dirá fazer-se pensar sobre as outras coisas que o apavoravam. Ele suspirou outra vez, trazendo o olhar para cima, a tempo de fitar Belladonna encostando a taça sobre o que deveria ser uma mesa de canto. Como cabia algo assim no submarino? Questionamentos paralelos e sem importância, regressou sua atenção a outra. "essa sim é nova, você admitindo que não se sente confortável com algo. O que a fez entrar aqui então?", ousou perguntar, sem conseguir conter a curiosidade que vinha a superfície. Provavelmente lhe diria que estava entediada, ou algo parecido, mas Arkyn tinha ainda aquela tola esperança de conhecer uma camada além de Belladonna, algo por baixo do que ela sempre mostrava. E por falar em mostrar, ele se lembrara do último encontro, os efeitos do veneno ainda nela e não conseguira evitar o investigar. Os olhos correndo o corpo feminino até o local da mordida, a intenção inicial era verificar se estava cicatrizando bem, mas enquanto varria a superfície se deixou perder no quão bonita ela estava. "sim?", voltou a atenção, não respondendo exatamente a pergunta, mas demonstrando presença. "não sei, não cheguei a tentar. Gosto do mar, morei numa ilha metade da minha vida. Mas nunca fiquei assim nele.", num submarino ele queria dizer.
estava distante de ser uma persona empática; não era, definitivamente. na lista de prioridades era sempre: eu, eu, eu, eu... e até que se cansasse de si mesma seguiria daquela forma. e haviam exceções é claro, seus amigos e a vontade que detinha para com protege-los e brigar por eles, mas ainda sim, existia uma limitação naquela via de mão dupla. no entanto, apegou-se a postura que o haddock mantinha, em como os olhos desviaram para os pés, os ombros pareciam tensos e confirmando o que estava pensando, a fala dele indicava que estava desconfortável no interior do submarino. em outro momento, haveria uma belladonna que se sentiria bem em provoca-lo, em deixa-lo ainda mais desconfortável enquanto ignorava o que poderia ser gatilho para ele; mas aquela donna, a que aos poucos criava um laço de amizade com arkyn, preocupou-se. ‘ certo, essa é nova pra mim, algo que você tenha receio. comentou sem pensar em como ele encararia o fato, mas estava tão acostumada com um arkyn durão, envolto de certezas, ainda que ignorasse o fato da escuridão que o rondava. ‘ mas veja, você não está sozinho. podemos ver alguma coisa, também não me sinto muito confortável, mas podemos nos ajudar. assentiu abandonando a taça, disposta a buscar uma alternativa para eles. ‘ acha que se aproximar das janelas te incomodaria mais?
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