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soumacasavelha · 3 years
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soumacasavelha · 3 years
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soumacasavelha · 3 years
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soumacasavelha · 3 years
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soumacasavelha · 3 years
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soumacasavelha · 3 years
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tenho um medo absoluto de não conseguir, em algum momento do ir e vir, travar do nada sem saber sair, o que fazer, qual emoção expressar. ao redor dessa casa-mente-corpo fui criando uma saída de emergência, poderia não ter domínio de tudo, mas de certo saberia um pouco de cada. isso me rendeu toda essa morada que agora sou. e de acordo com todas as análises, técnicas, organizadas em planilhas numéricas, também encontro o apunhado de defeitos, sejam fraquezas, sejam os ditos medos. sei onde tá essa "caixa de nada" escondo ela atrás daquele móvel antigo da minha consciência, esse mesmo que não tenho dominância, largo lá no fundo com a esperança de que suma junto com o eu-encolhido. lá perdido, este pequeno pedaço do suponho ser parte de minha estrutura, as vezes solta um choro contido. escuto-o atentamente. as outras consciências que se juntaram em parte do quebra-cabeça eu, gritam todas as vezes que escutam o padecido. admitir a si mesmo a próprias falhas é preciso. quanto tempo não escutei meu próprio grito? nem sei mais. já não faz mais sentido organizar estrofes e buscar um eu veredito. porque ser humano tem algo que nem o mais profundo complexo vence o ser vagabundo. ainda tão limitados que abrir os olhos consiste em ver sujeira e é difícil enxergar e não poder delatar. está todo mundo preocupado em dizer que está limpo. é esse o maior medo e defeito do ser: a incapacidade. parte a porta do peito, respira fundo e pensa discretamente "já vai tarde" só pra fingir uma coragem travestida de vaidade. buscar perfeição em cada ato é o mesmo que pedir pra se enganar. de todas as nossas piores decisões, se iludir sozinho é a pior delas. e o pequeno-ser-encolhido sendo ignorado todos seguem uma ditadura de fingir que está muito auto centrado. como pode uma formiga pensar que é grande quando tem todo a terra podendo desmoronar? a qualquer segundo qualquer teto pode cair.
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soumacasavelha · 3 years
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soumacasavelha · 3 years
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há muitos anos atrás, achei brilho em olhos que não me viam. escrevi poesias e romantizei, coisas assim desfrutando do conforto que me iludia. por anos a fio guardei uma cartinha gostava de como via ainda que aquela possibilidade jamais existiria, rs de fato, não há como negar olhos falam e transpassam compreensões que nenhuma das palavras ou redações puderam algum dia descrever. mas acontece que a alma, que grita através dessas janelas estimadas inevitavelmente muda conforme a vida se passa. então perdão se em determinado momento meus olhares puderam te confundir, é que também estava confusa mas nunca me esqueci. de cada lastima que escrevi quando este vidro transbordou os momentos que em silêncio busquei
respostas em palavras incapazes de dizer. chegou então um dia que deixei pra trás o véu que separava o que os olhos contradiziam, a ingenuidade e tudo proveniente daquilo que se passava em torno de um "eu" criado pautado numa alegria - essa tal "felicidade" prometida nunca foi o que ficou calado no baú, aquele largado e empoeirado esperando o dia de ser escancarado. guardar poemas, poesias, estrofes, rimas, desabafos perdidos em cadernos surrados nunca havia feito sentido. escrevia buscando resposta escondidas. como saber a resposta de algo, se você não tem coragem de fazer a pergunta exata sem falha? a gente se ilude mas nunca se perde. no fundo nossa memória nunca esquece de tudo o que juntamos sem significado porque um dia vai precisar entender o porque deixou tudo guardado. minha avó estaria orgulhosa - ela dizia que quem guarda, sempre tem. sempre me terei.
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soumacasavelha · 3 years
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eu odeio a concepção das pessoas
de amar, amor, se dizer te amo
tenho um certo distúrbio
que cada vez que ouço
torço o nariz e peço
não, mais uma vez não
essa ideia amor que me dão
como quem pede emprestado
um esqueiro na Paulista, ou bêbado
em qualquer boteco da Peixoto Gomide
sinceramente não tem espaço
nesse peito mesquinho que se tornou
nossa individual existência
nada vale cada poesia ou suposta
assistência porque mesmo com clareza
ainda não estão entendendo
o que estou dizendo aqui
talvez em algum momento
em que olhar pra cima e para baixo
não faça diferença já que moramos
dentro do próprio peito ou cabeça
e bem, veja bem meu bem, não temos
os melhores corações ou "id"
dê três passos pra trás
nossa egoísmo hoje é grande demais
a sociedade mais produz do que se utiliza
você mais pensa do que agiliza
entre lentes, telas, qual diferença
se ainda não aprendemos a olhar no espelho
enxergando o outro lado
não sei mais escrever
um pingo das minhas lágrimas
perdemos com o tempo a sombra
do efeito das nossas próprias emoções
não somos mais nós mesmos
quando mãos, máquinas
substituem nossas ações
talvez numa evolução muito distante
nessa porra desse mundo que mais parece
um grande umbigo sujo e infeccionado
sejamos capaz de entendermos
que a raíz de todo nosso problema
antecede atitudes de outros
que se quer conhecemos
e respigam como bosta sobre nós
porque tudo isso já tava pronto quando
chegamos aqui e de alguma forma
só de respirar estamos perpetuando
essa doença que é a humanidade.
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soumacasavelha · 4 years
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Outro dia nasce, embora haja mofo mas paredes. Ainda que o Sol não dê as caras, a infiltração mesmo seca continua sendo uma infiltração. Um rasgo no sistema sempre aparece como um buraco no muro, é impossível não dar uma espiada - mesmo tendo o risco de perfurar seu olho. Fatos são como concreto ou impenetráveis rochas, inalteráveis dado que acontecimentos são irreparáveis também. Como Deus "onisciente, onipotente, onipresente" - ou a água "insípida, incolor e inodora" - os ciclos com "meio, começo e fim". Fatos e atos são facilmente descritos e explicados. Emoções se separam disso então - nos descola do modo automático, nos atrasa no mundo econômico. O ser evoluído não precisa amar - ele precisa armar. Como antigas casas que já foram erguidas, a maldade uma vez inserida não há de ser corrompida - quando o homem chega nesse estágio sabemos que se tornou alienígena. Repita todas as palavras ruins ou benditas, será como falar outro idioma. Parecem ideias simples já que nossa sociedade construiu uma moral - tal moral que não condiz com o que vivemos, mas nos ensina a viver. Sendo assim, ficou mais fácil ainda para demônios caminharem entre humanos, podendo então ser até mesmo aplaudidos. Os pecados que foram decretados são como incentivo para viver.
19/10/2018
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soumacasavelha · 4 years
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e se a nossa história fosse
igual naquela exposição oriental
se lembra? você com aquela bota
bem ornamental, bonita
tirando o cadarço toda confusa
eu te apressando efusa
naquele lugar da cidade
que sempre tinha arte
deitamos naquele futon japonês
no teto passava uma história
com alguma moral importante
e cheia de porquês
mas e se de repente
aquele bambu fosse seu colchão
e a grande tela fosse seu teto
será que ainda teria lembrança
do nosso afeto?
pensei nisso e procurei
qualquer foto, qualquer vídeo
me dei conte que se hoje te perdi
é porque eu realmente não te vi
mesmo você estando ali
parece que sempre soube
tenho um catálogo de lembranças
de um sentimento que nunca me coube
o que nos trasborbou inseguranças
nunca te disse
como adoro seu timbre
prefiro a tua pele sem perfume
do que me embebedar ainda mais
de coisas que nunca me preencheram
você sempre quis pertencer
eu só te liberei
porque sem perceber
estava crescendo e você voando
não podia te parar tão pouco
desistir do meu caminho
espero que algum dia louco
assim como São Paulo
te traga de novo e pode ser
pouco a pouco
da primeira vez foi tão rápido
que nem tive coragem
meus impulsos estúpidos
como todo amor líquido
deixei você escorrer
toda meia volta de poesia
ainda penso em você
naquela velha esquina
com suas estranhas manias
como seu gosto pelo surrealismo
nunca mostrei o rosto ou parte
que pudesse nos tirar do abismo
falei melancolias e dos poucos beijos
salvei poucos vídeos
nesse lado ou do outro
ainda vou perder a vergonha
de te abraçar com vontade
falar que foi meu melhor livro
a melhor melodia
parar de correr
interromper os finais de fuga
espero que te encontrar
vou engolir seco a ansiedade
passei por toda cidade
mesmo que ache o contrário
eu quero dizer bem claro
você foi a melhor coisa
que pode me acontecer
mesmo que seja tarde.
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soumacasavelha · 4 years
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Que olhos negros
E pele pálida
Corpo esguio
Bonito
Que essa moça tem
Perco juízo
Não é o rebolado ou o desdém
Ela tem e não tem
Ela possuí e é possuidora
Silenciosa e matadora
Deu o que você precisava
E isso nem foi sua escolha
Seja caça ou caçadora
O brilho é pequeno
O olhar, sereno
Ninguém entende tamanho veneno
Naquele pequeno frasco
Digo, corpo
Coube o mundo
Não, não se faça de surdo
Pra ela, nem que lhe desse o mundo
Ela não queria tudo
Era a fome da batalha
Da sede que te mata
Da própria saliva que te engasga
Mel da cachaça
Que por suas mãos
Eram feitas de graça
Oh moça, e teus olhos de jabuticaba...
03/01/2018
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soumacasavelha · 4 years
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Te enxergas o outro, com olhos soltos
Ou apenas através do teu espelho?
Deixa de lado teu instinto velho
Ou apenas refaz a tua visão
Por cima da sua convicção?
Será tão capaz de perceber
Que colocamos tudo de nós
Até no nosso saber
Portanto, qual limite
Do seu conhecer?
Se não for você
Podemos ser
Mil e uma versões
De nós mesmos
Quando observamos outro viver
Mas será mesmo essa
A melhor forma de entender?
Talvez, mas só talvez
Colocar nossa bagagem
Na frente do que é novo
É altamente perigoso
Estar aberto não é só receber
Novas visitas e perspectivas
Mas também ignorar
Não será absurda a prerrogativa?
Como resumir tantas vidas
Ao que acredita?
Estar aberto é também
Estar a beira
Um penhasco enorme
Ao abandonar estranhas impressões
Estaremos agindo conforme
Nossas intenções
Porque ao estar genuinamente presente
É tão necessário
Esquecer um pouco da gente
Para poder se ressignificar
Incluir novos sabores no nosso paladar
Seria impossível
Reconhecer uma nova cor
Se não estivéssemos atentos
Ao notar as demais
Caso não se abandone
Por um minuto que seja
Nunca poderá alcançar conhecimentos
Que almeja
Porque ter a visão clara
E nitida, depende de atitudes
Tão raras?
Parece óbvio
Mas temos os vícios
De enxergar mais a si
Para gerar fatos fictícios
Que façam algum sentido
Baseando-se apenas
No egoísmo narcisista do ser
Que sabe tudo, enxerga tudo que pode ver
Sente tudo que pode tocar
Mas vê através do espelho
E carregar isso tudo por aí
Não deixas sair do lugar
Deslocado, nunca
Sempre confortável
O suficiente para agir de forma amigável
Até onde lhe convém
Porque ver o outro
Diz mais sobre abandonar
O interno
Do que tentar compreender o externo?
Será mesmo este o jeito certo?
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soumacasavelha · 4 years
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observei atentamente todos os passos
refiz um por um, tentei entender onde
em qual das escolhas, virei uma esquina
na qual eu não poderia ser mais vista
conversei com meus dedos,
pedi ao meu nariz que trouxesse o cheiro
para saciar o que minha boca tanto pedia
procurava, mas ninguém me via
em qual parte da história "o tal"
dos nossos fios fios vermelhos
foram se desfazendo até mudar de cor
procurei alguma dor que não fosse minha
cansada de ser sozinha, não sei em que rua virei
puxei ali das entranhas como quem
tira as próprias tripas para fora
queria buscar ali alguma parte
que desse uma resposta
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soumacasavelha · 4 years
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queria que me olhasse por dentro
entre todas as minhas hemácias
tudo que ocorreu e que corre aqui
queria que compreendesse quando digo
que sou um sofá de casa bem desgastado
forma teu corpo e se encaixa como
o quebra cabeça e seu dono
queria que escutasse os meus gritos
porque as vezes soam tão baixos
você não ouve e grito infinitos
talvez seja síndrome ou gosto
de ser alguém aflito
queria tirar o sabor da minha saliva
cansada mas tão persistente
buscando ser ardente enquanto
sangra chupando todo medo
como se fosse a última gota
queria ainda que em meio a tanta
coisa que está clara porém sugestiva
perceber o quanto luto para manter viva
a existência e minha coragem de continuar
embora tudo me faça querer voltar
queria saber pra onde voltar
já que sou um lar ainda busco lote
e mesmo que procure ainda há muita terra
que precisa ser trocada já que os solos
já estão todos podres
queria ser mesmo lar onde teu peito
não seja minha geolocalização
onde não precise tantos rodeios
para abrir tão fundo meu coração
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soumacasavelha · 4 years
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Sou um casarão antigo
Acho que minha admiração por casas antigas
é porque talvez meu coração seja uma sala de estar
e todos os sentimentos que não sei explicar
estão no meu ateliê
não sou a melhor pessoa de se entender
como aquela roupa que você tenta organizar
antes de estender porque camisetas e pijamas
não estão no mesmo contexto, e quem ama
não foge na manhã seguinte
por mais que aqui dentro more um lixão
de um grandioso casarão que foi explodido
fedorento, empoeirado e destruído
uma vez que erguido
jamais volta as estruturas originais
antes que esse espelho sujo e mofado
possa refletir alguma luz, eu estarei intacto
no mesmo lugar, como um imóvel parado
irei dizer todas as coisas que casas com memórias
nos convence a esquecer
perguntarei de uma vez ''no que você crê?''
espero ouvir o que sempre pensei em dizer
''não sabia para onde ir, nem o que envolver''
sua ausência pode ser inexplicavel tão quanto
pudesse ter esperado
nenhuma alma que faleceu neste lar
pode ousar dizer que não houve conforto
por dentro de todos os confrontos
sempre agi pelo o que queria dizer
enquanto você, pelas frestas dessa casa velha
teve a audácia de se esconder
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