serdebarro - Tumblr blog

[serdebarro]

uma carta ao meu eu do futuro

oi, quanto tempo? como estão as coisas? você ainda continua aquele ser cheio de sonhos? lembro do quanto isso te motivava. de todas as vezes que você pensou em desistir, mas, quando parava para lembrar de onde queria chegar, limpava as lágrimas do rosto, erguia a cabeça e seguia.

sei que você passou por momentos difíceis. perdeu o amor mais verdadeiro que existia, de sua mãe. mas sei que ela hoje tem muito orgulho de ti e cuida de você sempre que te vê desemparado pela vida. ainda, teve que sair do lugar que era seu lar para seguir atrás de encontrar a si mesmo em outros espaços. não foi fácil, pois você sentiu que estava, mais uma vez, sozinho.

contudo, sempre foi você por você e tudo bem. você conseguiu permear por essa vida clandestina.

no percurso, encontrou pessoas que te fizeram sentir novamente a sensação do que é ter uma família. ainda, depois de todas as decepções amorosas, depois de todos os corpos e sentimentos que passaram por ti, conseguiu encontrar alguém que te abraçou da forma como você é e te amou. muito. e ele sempre deixou isso explícito em todas as coisas que fazia. espero que tenha valorizado essa relação durante o passar do tempo.

sei também que você sente muita falta dos seus. não viu o crescimento dos seus sobrinhos e isso te machucou muito. pois sempre bateu o medo de que eles o esquecesse. mesmo que depois da partida da sua mãe, eles tenham se tornado sua motivação diária para continuar pavimentando uma história linda e cheia de realizações.

também tivemos algumas dúvidas no meio do percurso. será se esse é o caminho ideal? será se o ponto final é realmente o que você queria lá atrás? será se um dia você iria, finalmente, ter um lar e morar com uma pessoa que te entenderia até mesmo quando não precisasse falar uma palavra sequer?

mas eu acredito que você está sim indo no sentido correto. ainda haverão alguns obstáculos, mas você vai cruzá-los e, no fim do dia, mesmo que não tenha o sol de 40 graus do rio de janeiro, você saberá está sendo iluminado e que a vida transborda do teu peito, gigante, que cabe tanta dor e tanto amor. pois você, meu querido, é infinito.

sou um ser feito de barro, apenas.

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“desacelere. pare um pouco para respirar. você fez tudo o que queria fazer no dia de hoje? ou nem teve tempo de planejar? você lembra com quantas pessoas conversou hoje além de um simples “oi, como vai?” - sem nem esperar a resposta da pergunta? você lembra a última vez que saiu com seus amigos e não ficaram apenas falando de assuntos de faculdade ou trabalho? você ainda escreve seus sonhos no diário guardado na ultima gaveta do seu criado-mudo? e o quanto você atropela seus sonhos para seguir uma rotina exaustiva? nós estamos tão presos a esse sistema que esquecemos que temos um presente repleto de possibilidades. estamos tão presos a essa rotina que esquecemos que os sonhos que tínhamos anotado durante a infância, naquele mesmo diário que nem pegamos mais, estão acontecendo ou poderiam estar… e estamos deixando passar… esquecemos até notar ser tarde demais. então, pare… respire… desacelere. perceba tudo que está a sua volta. se permita sentir, porque às vezes até os sonhos mais lindos se perdem com o pôr do Sol.”

— Sou um ser feito de barro, apenas.

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nós temos mania de controle.

definimos a profissão que provavelmente nos fornecerá uma vida mais estável. escolhemos um lugar para morar, planejamos a viagem das férias, guardamos dinheiro em uma reserva financeira.

mas nada é mais estúpido do que tentar controlar o futuro.

não sabemos onde estaremos, nem amanhã, nem daqui a um ano. apenas temos o desejo, mas caminhos que se entrelaçam na teia do destino.

contudo, ainda podemos controlar as pessoas que escolhemos.

sejam elas para compartilhar a vida, um momento específico, uma amizade inteira. uma vida. duas. infinitas.

escolher quem queremos em nossas vidas é o mais perto que chegamos de definir nosso destino. e, se escolhermos corretamente, mesmo que tudo mude em algum momento, essas pessoas continuarão as mesmas.

elas continuarão conosco nos momentos bons e ruins. continuarão sendo suporte e referência.

seja apenas por um dia, por um ano ou pelo resto de nossas vidas.

sou um ser feito de barro, apenas.

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“Meu caro, a vida é assim, uma panela vazia. Pelejamos para preenchê-la. Necessitamos da sensação de sermos completos. Necessitamos de algo que funda-se conosco. Mas o que? Eis a questão. Uma amizade? Amigos sempre transformam nossa vida por meio dos momentos, enchem-na, porém, chegam outros, outros e mais outros, modificando convívios e assim, continua-se no ciclo de entrar e sair. Um amor? Amores são passageiros e o “para sempre” ainda não me convenceu. Pessoas vêm e vão o tempo todo. Somos uma parada repentina no meio de seus caminhos, logo partem. Essa tal panela deve ser preenchida até a tampa. Deve ser fervida e transbordada por tudo aquilo que lhe cabe. Esperemos por algo que nos complete, ou passamos a preencher a nós mesmos? Nunca soube ao certo que caminho seguir. O fato é que todos precisamos de algo que nos faça crer que somos algo além de um espaço nulo. De algo que nos desperte a vida e que nos faça sentir”

— Um Ser Feito de Barro em companhia de Johnatas Brito.

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uma carta ao meu eu do futuro

oi, quanto tempo? como estão as coisas? você ainda continua aquele ser cheio de sonhos? lembro do quanto isso te motivava. de todas as vezes que você pensou em desistir, mas, quando parava para lembrar de onde queria chegar, limpava as lágrimas do rosto, erguia a cabeça e seguia.

sei que você passou por momentos difíceis. perdeu o amor mais verdadeiro que existia, de sua mãe. mas sei que ela hoje tem muito orgulho de ti e cuida de você sempre que te vê desemparado pela vida. ainda, teve que sair do lugar que era seu lar para seguir atrás de encontrar a si mesmo em outros espaços. não foi fácil, pois você sentiu que estava, mais uma vez, sozinho.

contudo, sempre foi você por você e tudo bem. você conseguiu permear por essa vida clandestina.

no percurso, encontrou pessoas que te fizeram sentir novamente a sensação do que é ter uma família. ainda, depois de todas as decepções amorosas, depois de todos os corpos e sentimentos que passaram por ti, conseguiu encontrar alguém que te abraçou da forma como você é e te amou. muito. e ele sempre deixou isso explícito em todas as coisas que fazia. espero que tenha valorizado essa relação durante o passar do tempo.

sei também que você sente muita falta dos seus. não viu o crescimento dos seus sobrinhos e isso te machucou muito. pois sempre bateu o medo de que eles o esquecesse. mesmo que depois da partida da sua mãe, eles tenham se tornado sua motivação diária para continuar pavimentando uma história linda e cheia de realizações.

também tivemos algumas dúvidas no meio do percurso. será se esse é o caminho ideal? será se o ponto final é realmente o que você queria lá atrás? será se um dia você iria, finalmente, ter um lar e morar com uma pessoa que te entenderia até mesmo quando não precisasse falar uma palavra sequer?

mas eu acredito que você está sim indo no sentido correto. ainda haverão alguns obstáculos, mas você vai cruzá-los e, no fim do dia, mesmo que não tenha o sol de 40 graus do rio de janeiro, você saberá está sendo iluminado e que a vida transborda do teu peito, gigante, que cabe tanta dor e tanto amor. pois você, meu querido, é infinito.

sou um ser feito de barro, apenas.

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o que é que a gente perde quando não tem mais nada?

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“Eu queria te dizer que não importa o que aconteça daqui a três semanas, um mês, cinco anos ou mais, só quero que saiba que tempo nenhum vai mudar o que você se tornou pra mim, você foi a coisa mais linda que já me aconteceu. Nunca senti por alguém o que senti por você desde a primeira vez que te vi. Então grava cada palavrinha do que te escrevi aqui. E saiba que eu te amo. Intensamente.”

— Alana Balbino

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todo mundo vai embora. as vezes é o que eu penso depois que você se foi. e talvez eu não encontre, de imediato, uma resposta. talvez a tentativa seja uma maneira de autoengano. talvez as partidas sejam necessárias para o nosso amadurecimento. mas a verdade é que todo mundo vai embora, não importa se a mesa esta posta ou não. não importa se o abraço aquece ou a presença conforta. todos sempre vão embora. e não importa se a distancia é curta ou longa, ou se os dois ainda sentem o mesmo. não importa se as memorias são boas ou ruins. ou se você prometeu que iria ficar…. todo mundo vai embora, contudo, há quem ainda volte nem que seja para pedir perdão, reestabelecer laços, falar das memórias ou apenas contar histórias, mas também há quem vai embora para sempre. você já foi embora. eles já foram embora. a questão é se o “para sempre” não existe por que insistimos em tentar? céu de júpiter e poetologia em: tudo mundo vai embora

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“eu sempre tive medo de te perder. evitava pensar na possibilidade de acordar de manhã e não sentir o cheiro do teu café forte emanando da cozinha. de não ouvir sua voz doce e suave me desejando bom dia antes de ir ao trabalho. de não ter mais a sensação do teu abraço quente, demorado e aconchegante; abraço esse que era capaz de derrubar todos os muros existente em meu interior e de trazer calmaria para meu eu inteiro. nunca cogitei ir à praia, sentar na areia, escutar o barulho das ondas e saber que suas mãos não estariam mais tocando as minhas. a sua partida abriu as rachaduras do meu ser e as lágrimas que eram de escoar por minha superfície agora adentram por meu corpo inundando minha alma. espero que quando vierem a transbordar, levem toda a dor e angústia que a sua ausência causara. perder alguém que a gente ama é como levar um soco no estômago e ele atravessar todas as camadas do nosso corpo até atingir nosso espírito e nos fazer provocar todos os medos e inseguranças que anteriormente eram amenizados por todo o amor e cuidado daquela pessoa. perder alguém que amamos é como ver uma parte da gente também se esvaindo. é como se, nesse momento, fosse a vida dizendo que um dia não sobrará mais nenhuma partícula da matéria da qual somos formados. o que nos resta, no final das contas, é nos apegarmos às memórias deixadas no lugar mais sagrado da nossa mente, que ao se conectar com o coração, nos faz transbordar e lavar toda essa sensação de sufoco, deixada pelo vazio do espaço que um dia aquela pessoa ocupou em nossa vida. é pedir ao universo que um dia nossas almas possam se reencontrarem e, assim, termos as linhas temporais de nossa existência novamente conectadas. enquanto isso não acontece, ficamos aqui tentando amenizar o espaço que ficou de quando nossos corpos se entrelaçavam no abraço mais terno que já existiu no cosmos.”

— sou um ser feito de barro, apenas. e agora da ausência que você deixou em mim, mãe. te amo eternamente!

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se eu me acostumar com a tua ausência, o que vai ser dos planos que planejei contigo? se teu número virar apenas mais um esquecido na minha agenda, pra quem eu vou contar sobre as minhas gargalhadas no meio do dia? tua falta tomou teu espaço, e agora onde tu preenchias existe um vazio me olhando de lado. tantas cartas trocadas, mensagens na madrugada agora se perdem entre papéis quaisquer e um backup que eu já não sei se salvou ou não, porque eu apaguei. os dias marcados deram espaço para a agenda agora livre, e eu me pergunto: será que um dia, de fato, tivemos chances de existir além disso? se eu me acostumar com a tua ausência, para onde vão os sonhos que sonhamos juntos? hoje lembro do teu abraço, mas não consigo mais reconhecer teu cheiro, parece que aos poucos tua falta vai preenchendo as lembranças de nós dois. e se eu esquecer tua voz, será que um áudio de aplicativo qualquer vai me relembrar? não sei, eu apaguei. e se eu não reconhecer seus olhos, será que entre as fotos eles ainda vão estar sorrindo pra mim? não sei, eu também apaguei. se eu me acostumar com a tua ausência, será que um dia vai parecer que o que a gente teve foi só um enredo de cinema e nada mais? será que a tua ausência vai apagar de vez a chama do meu peito que só incendeia por ti? não sei, porque eu apaguei.

voarias

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“Apaixone-se por alguém que te ame, que te assuma, te compreenda mesmo na loucura. Apaixone-se por alguém que te ajude, que te guie, que seja teu apoio, teu sonho bom. Que diga “eu te amo” com atitudes e não apenas com palavras. Apaixone-se por alguém que converse depois de uma briga, reconhecendo o erro e pedindo desculpas com o coração. Apaixone-se por alguém que sinta sua falta e precise de você sorrindo.”

— Desconhecido.  

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Saturn appearing from behind the Moon

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o que acontece quando a dor é maior que a gente?

o dia amanhece, passamos o café quente, o sol ilumina nossa pele pelas frestas da janela da cozinha e temos que começar mais uma rotina. mais uma semana existindo. sobrevivendo.

a cada novo amanhecer, temos que pegar o que nos fere, guardar dentro do peito, e levantar. seja a dor da perda de uma mãe, a saudade da família que mora a mais de dois mil quilômetros de distância, a quebra de elo com uma amizade que durou anos, o amor da nossa vida que ficou pra trás... a solidão amargando.

a gente levanta e vai, com a cara a tapa, para mais um dia em que não sabemos quais amarguras nos esperam. mas, no fim do dia, o peso bate. os ombros caem, os olhos fecham, a lágrima escorre.

relutamos.

porém, quando chega o fim do dia, não tem pra onde escapar. a solidão é a única disposta a nos abraçar. e, percebendo nossa fragilidade, ela nos cobre com algo maior que a gente.

a dor vem junto.

a dor do que a gente esconde vem a tona e a nos diminui. a dor do dia, da semana, da vida, se torna maior e a gente não consegue respirar.

a vida para. por um segundo.

até que a gente lembra... lembra do porquê estamos ali. e, procura, mesmo na escuridão da noite, nos escombros do nosso corpo desabando, uma ponta de esperança. e, como criança perdida, nos agarramos a ela esperando que o vento sopre novamente ao nosso favor pelo menos mais uma vez.

sou um ser feito de barro, apenas.