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Votamos por amor ou egoísmo?
Qual será o nosso sistema de votação? Sim, sabemos que é o voto único e secreto pelo escrutínio do sistema eletrônico. Mas qual é o sistema real que mobiliza as pessoas a votarem neste ou naquele candidato? Será um sistema de convicções em que as pessoas votam nos mais alinhados as suas ansias? Será um sistema carismático em que votamos naquele que mais nos encanta? Será um sistema de interresses em que votamos naquele que nos oferecer o melhor benefício pessoal? Ou será um sistema de poder em que o mais imponente se sobressai?
Acontece que não há um sistema único de motivação para o voto, esta é uma questão moral e cada pessoa define o valor do seu voto. A decisão individual também não se limita a um só valor, pode-se haver, por exemplo, votos alinhados com convicções e benefícios pessoais.
Esses sistemas difusos de valores nos demonstra a grande dicotomia que existe na representação política no Brasil. Hoje há um presidente de esquerda enquanto temos um Congresso majoritáriamente conservador. Colocamos muita importância na presidência e votamos naquele representante que nos encanta e é mais alinhado às nossas convicções. E aí acabamos esquecendo dos legisladores, que geralmente são escolhidos pelos sistemas de interesses e de poder. Votamos naquele que nos trará um benefício pessoal ou que trará recursos para nossa região. Votamos naqueles que mais estão em evidência, que possuem tamanho poder aquisitivo para se auto divulgarem que implantam os seus nomes em nossas cabeças.
A verdade é que a democracia é uma loucura e nem sempre reflete o clamor da sociedade, mas é o mais o processo mais justo de se chegar a uma representação. A escolha política é um fator moral. Por isso devemos cada vez mais trabalhar a ética na sociedade, para que possamos valorizar mais a nossas convicções e escolhermos representações que mais nos identifiquem.
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Evoluímos tanto mas ao mesmo tempo não evoluímos nada. Em um mundo em que a internete coexiste com o racismo, não podemos chamá-lo de desenvolvido. Avançamos na tecnologia e perpetuamos a desumanidade, construindo casas em cima de um fosso.
Os que dizem que hoje não há mais racismo, são os mesmos olhos a desconfiarem ao ver uma pele escura. Olhos que não veem um jogador, enchergam um macaco, uma outra espécie.
O caso do jogador Vinícios Jr. mostra que o racismo não é uma questão meramente econômica, como muitos tratam por aí, mas sim uma questão de humanidade. Um jogador expetacular, no auge da sua carreira, a ganhar os seus milhões, ainda é desmerecido pela sua cor de pele.
Na terra da tecnologia parece não haver espaço para a empatia. Estamos tão obcecados em criar coisas que esquecemos das pessoas. Antes de pensarmos em inteligência artificial, precisamos derrubar essa estrutura racista e criar uma base social sólida. Não se constrói casas em um fosso, também não o tapa com omissões ou notas de repúdio, precisamos agir e punir àqueles que nadam contra a humanidade.
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O monstro do Marketing
A comunicação é a ação mais importante desenvolvida pelo ser humano, é com ela que conseguimos construir sociedades. Ela é o maior instrumento que se tem para conseguir algo. Ganha-se uma guerra se comunicando e obtendo melhores informações. Consegue-se poder convencendo pessoas a votarem em você. Aufere-se mais dinheiro se você negociar bem. A publicidade sempre foi a alma do negócio, mas agora com o avanço da tecnologia, e com as técnicas que hoje chamamos de marketing digital, a comunicação virou um monstro do capitalismo.
No mercado não se vende mais objetos ou serviços, são vendidos sonhos e desejos. Uma influenciadora de rede social te convence que se você comprar o pacote de férias que ela fez você será feliz igual a ela. Um vendedor te faz acreditar que um utensílio de cozinha irá mudar a sua vida. Um "professor" lhe oferta um curso que lhe fará o maior investidor do mercado financeiro.
Além disso, as técnicas de convencimento estão cada vez mais sofisticadas. Elas começam com algo inocente, ofertam uma ajuda a você. Então você vai se utilizando dessa ajuda e entrando cada vez mais nesse funil. Até que chega a hora do cheque-mate, você deve comprar o produto. Isso mesmo! Você não precisa, você deve comprar o produto. O sentimento nesse momento não é de um desejo de ter algo, mas sim de que se eu não comprar aquilo eu estarei me prejudicando. Vou dar um exemplo, eu realizo um curso de marketing gratuíto fornecido por um site. Esse curso é bem superficial, mas me ajudou muito a compreender a área. No final do curso o professor me faz a proposta de comprar o curso completo deles, fazendo as seguintes indagações: Quanto custa o seu futuro? Você está disposto a perder essa oportunidade de melhorar de vida?
Algumas vendas realmente são verdadeiras, mas muitas tratam-se apenas de ilusões bem formuladas. Um exemplo bem escrachante é o livro dez leis para a felicidade. Com um pouco de visualização das pessoas que estão ao nosso redor, percebemos que, se fosse tão fácil, todos seriamos felizes. Mas o marketing nos coloca antolhos para que possamos enchergar só a felicidade nos acometendo após a leitura daquele livro.
O marketing impregna na sociedade o consumismo. Precisamos consumir constantemente. A essência da vida não é mais pensar, e sim consumir. Fazendo uma adaptação de uma frase de Descartes para a nossa realidade: consumo, logo existo. Para eu me divertir preciso ir ao shopping comprar algum adereço. Para eu amar preciso comprar um curso de técnicas de relacionamento amoroso. Para eu me sentir feliz preciso trocar o meu carro.
A comunicação é oque constrói uma sociedade, mas também pode destruí-la. Se continuarmos nesse processo de objetificação dos sentimentos, dos desejos e da vida; poderemos chegar num momento em que as coisas valerão mais que as pessoas. Precisamos parar o consumo. Precisamos parar o monstro do marketing.
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Discussão Vazia de Significados
A discussão é condição necessária para a vida humana. É a partir do convivio e do diálogo que construimos a sociedade. Cada um de nós é possuidor de crenças, criadas a partir de nossa educação, cultura, conhecimento e de tudo o que nos cerca.
Discutir é o embate de argumentos para validar as nossas crenças em um contexto social. Mas esse processo deve ser pautado na racionalidade, pois é a razão quem dá espaço para mudarmos de opnião quando refutados, ou melhorarmos nossos argumentos quando bem questionados.
Acontece que muitas vezes a razão é esvaziada do discurso. As crenças são absolutas e os argumentos são minuciosamente criados, falseados ou descontextualizados para corroborar a ideia acreditada ser iluminada.
Quando houve o ataque aos três poderes, no dia 08/01/2023, em Brasília, muitos ficaram assustados com o acontecimento. Mas bastou passar 24 horas para criarem, falsearem ou descontextualizarem argumentos. Bom, "a esquerda também fazia isso", "estamos lutando pelo nosso país", "somos todos cidadãos de bem".
Mesmo que o lider deles tenha os abandonado, com o Bolsonaro viajando para os EUA, mesmo que os atos cometidos sejam aquilo eles mais odeiam, a depredação de patrimonio público, eles ainda são o lado do bem.
E o problema está ai, porque não há bem ou mal, há uma luta de interesses de classes, uns buscam a manutenção de privilégios da classe média e alta, e outros lutam por igualdade de condições para os mais pobres.
Quando as crenças se tornam iluminadas a discussão fica vazia. Não adianta mais argumentar, pois as crenças superam o campo lógico, e oque resta é a discussão ironica, cômica e a arte.
Só a cultura pode nos salvar!
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Ataque à Democracia
Toda a sociedade deve repudiar os atos terroristas ocorridos ontem, dia 08 de janeiro de 2023, em Brasília.Jamais se viu na história da república ações tão violentas ao regime democrático. Não podemos chamar esses ataques de manifestações. Eu, como sindicalista, já participei e organizei manifestações, mas todas movidas por reivindicações que visam a conquista de direitos para os trabalhadores. Ações que objetivam apenas subverter o sistema democrático e depredar patrimônio público não podem ser aceitas.
Esse intentado golpista reafirma a lesividade das ações da extrema direita quando não são reprimidas pelo Estado e pela sociedade. Durante quatro anos essas pessoas foram infladas com sentimentos de ódio e preconceito por um desgoverno que nunca escondeu os seus interesses antidemocráticos. A punição, não só dos terroristas, mas também das autoridades que foram coniventes com o show de horrores em Brasília, deve ser célere e severa, para que isso nunca mais aconteça em nosso país. A democracia não é só um direito, mas também é um dever. Todos e todas temos o dever de defendê-la quando ameaçada.
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