Inspirações e aspirações de um jovem metido a astronauta no seu próprio universo...
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Eu queria muito ser mais positivo e otimista em relação a mim mesmo... Queria, de verdade.
Queria muito fingir até que se tornasse real, fingir que nada aconteceu, fingir que superei tudo isso, fingir que sou grato pelo aprendizado, fingir que não há mais dor, fingir que nada daquilo me machucou e causou cicatrizes pra vida toda.
Mas quando olho no espelho, todas as cicatrizes estão bem ali, em meu rosto e em minha mente, me encarando de volta... E elas não vão sumir, mesmo que eu finja não estar vendo, mesmo que eu finja não estar sentindo...
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Eu queria voltar pra maio de 2024, quando eu ainda não tinha te conhecido...
Não que você seja uma pessoa ruim, ou que você tenha me feito algum mal, não, nada disso... Na verdade não é sobre você...
Eu só queria voltar a um passado em que eu não sentia essa expectativa constante, essa angústia, essa ânsia de você...
A uma época em que eu não tinha você permeando cada pensamento meu...
As coisas eram mais simples pra mim antes de te conhecer e, te conhecer me fez lembrar o quão miserável sou...
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Preciso tirar você da minha cabeça...
Não é saudável o quanto tenho pensado em você ultimamente.
Na verdade, estou cansado, estou ficando exausto.
Estou tentando suar essa obsessão pra fora do meu corpo.
Vou suar cada milímetro desse sentimento pra fora dos meus poros e minha mente ficará limpa de você.
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Cantar tem sido uma constante em minha vida.
Muitas coisas em mim mudaram com o passar do tempo.
Comecei a gostar de fazer coisas novas e deixei de fazer coisas que eu antes gostava.
Inclusive a minha voz e o meu jeito de cantar também mudaram, mas continuo cantando.
Eu não canto pra sobreviver, mas talvez eu cante para viver de alguma forma.
Porque cantar tem salvado a minha vida em diversos momentos até aqui.
Cantar me salva da dureza da realidade, me salva dos feitiços do tempo e das peças que a vida prega. Cantar me salva de mim.
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Eu gosto desse tom de verde.
Nunca tinha reparado que eu gostava tanto dessa cor até vê-la em suas camisetas e em seu all star.
Na verdade, acho que eu gostaria de qualquer tom de verde que você usasse. Porque a verdade é que gosto muito de você.
Gosto de como seu rosto cora fácil, especialmente quando você ri.
Gosto de como você fica contando nos dedos, enquanto está conversando, toda vez que vai citar algumas coisas.
Gosto do quanto você, gentilmente, fala tão baixinho quando está muito próximo.
Gosto do jeito que você me olha antes de atravessarmos a rua, se certificando de que eu não vá sair disparado na frente dos carros.
Ah, como eu gosto de você!
E eu digo que gosto muito de você pra não dizer que eu te amo.
E eu não digo que eu te amo porque eu gosto muito de você para estragar o que temos.
Se só o que temos é um fruto verde que nunca vai amadurecer e ser algo além disso, eu acolho de bom grado a conexão que temos agora.
Escolho aproveitar o que temos, do que me afastar, com medo de me machucar, com a ilusão daquilo que eu nunca poderia ter com você, por mais que eu queria muito.
Gosto tanto de você que, escolho continuar por perto mesmo machucado pela ideia da impossibilidade de você ser meu por inteiro.
Escolho ficar, porque eu amo esse tom de verde que você está usando.
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Que Deus esconda entre mim e ele as confissões que faço quando penso sobre o meu futuro, inclusive essa que farei agora...
Eu sinto frio...
Eu não vejo nada além de escuridão...
Eu queria muito poder dizer o contrário, poder dizer que vejo felicidade, mas eu estaria apenas mentindo pra mim mesmo antes de qualquer um...
Não vou negar que existe um filete de esperança e que talvez realmente haja alguma coisa em meu futuro que me faça querer continuar vivo...
Mas, até então, estou me conformando com o pior cenário... Na verdade acho que já tenho feito isso há algum tempo... Estou me despedindo... Silenciosamente... Aos poucos...
Ainda não tive coragem de dizer isso em voz alta e talvez nunca diga...
O que eu sei é que, quando eu der o último adeus, aquele que terminará de levar o último pedaço do meu coração, enfim estarei pronto.
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Terça-feira, 31 de dezembro de 2024, 1:25 da manhã.
Noite chuvosa, chuva mansa, contínua, gentil.
Meus avós dormem em santa paz no quarto ao lado.
Estou grato por estar aqui, estou grato por mais essa volta em torno do Sol.
Sei que nada é como antes. A Terra gira em volta do Sol, o Sol gira em torno do centro de massa da Via Láctea e a galáxia se move pelo universo.
Cada ponto de tempo e espaço pelo qual passamos é inteiramente novo.
Estou grato por estar aqui vendo isso, ouvindo isso, sentindo isso.
Estou grato pela chuva abençoando o último dia do ano.
Estou grato pela saúde dos meus avós e das minhas cachorrinhas.
Estou grato pelos encontros e conexões feitas ao longo do caminho.
Estou grato porque finalmente sinto que estou começando a me amar, a me perdoar, a me apoiar e a me admirar.
Estou grato pois estou cuidando de mim com mais carinho.
E sob essa chuva mansa que nesse momento agracia minha madrugada, eu manisfesto essa gratidão, manifesto fertilidade e abundância de tudo o que há de bom.
Que essa chuva também lave e leve embora as coisas que pesam e tudo aquilo que obstrui os fluxos.
Que a energia flua! Flua livremente!
Que a vida floresça e frutifique, ao som e ao frescor dessa chuva...
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Sou o Fogo e nesse momento estou consumindo a lenha e os arbustos reunidos para que eles fiquem à minha volta.
Sou chama trepidando noite adentro, enquanto eles cantam e tocam violão.
Há luz, calor e música ao meu redor.
Enquanto me observam, posso ver meu reflexo em seus olhos.
Me lembro como se fosse hoje, do momento em que eles aprenderam a me manusear...
Era tudo sobre sobrevivência, afastar predadores, caçar durante a noite e se aquecer em época de frio.
Hoje em dia, ao olhar para mim, eles sonham.
É como se, ao manter seus olhos fixos em mim, eles criassem um ponto de convergência entre ancestralidade e aspirações futuras.
É como se, perdidos em meio aos seus pensamentos e devaneios, eles encontrassem na luz que de mim irradia, um fio de esperança para achar o caminho de volta.
Há escuridão dentro deles, mas também há fogo.
Mas será que eles já aprenderam a manuseá-lo também?
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Coisas que você aprende sendo um homem gay:
1. Você nunca terá um melhor amigo hétero, porque eles sempre vão se preocupar com o que os outros vão pensar deles sendo próximos a você;
2. As mulheres sempre serão mais acolhedoras e suas amizades mais genuínas e altruístas serão com elas;
3. Você quase sempre será resumido ao alívio cômico do ambiente;
4. Você sempre terá tendências quase que inconscientes a se doar, a servir e a tentar agradar, por medo da rejeição.
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Não procuro por magias que a mim te tragam, tampouco rezas bravas que a mim te atraiam.
Eu queria que você me amasse como essa brisa suave que agora toca o meu corpo, a qual não persegui e da qual eu não fugi: ela só veio até a mim e eu a percebi e senti, porque sim.
Se você não me ama espontânea e naturalmente, simplesmente porque sim, então te deixo ir, deixo o fluxo do tempo livremente seguir, deixo a brisa do meu amor fluir.
Eu jamais poderia fazer-te me amar de qualquer outra forma, então prefiro que não me ames de volta.
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Às vezes, quando estou confuso com as minhas emoções e pensamentos terrenos, eu olho pro céu estrelado e me permito contemplar o universo, em sua grandeza.
Fazer isso me faz sentir pequeno demais e isso é reconfortante. Mas ao mesmo tempo, minha mente parece se expandir para além dos limites do planeta, como se eu me tornasse um ser cósmico, vendo tudo do lado de fora.
É como se eu pudesse ouvir a risada dos mais antigos corpos celestes, enquanto vêem um cisco que por pouco nem notam, chorar de coração partido.
E, por um momento, a dor, o medo, a ansiedade, a alegria, a ambição e o amor, todos eles ficam pequenos demais e, como se, em um relance de uma paz avassaladora, eles desaparecessem na imensidão do espaço.
A sensação é de frio, de silêncio, de vazio e contentamento.
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Oi, Dezembro!
Você veio de novo.
Fico feliz em revê-lo!
Fomos apresentados em um sábado de manhã, em seu nono dia. Era um verão chuvoso do ano de 1995.
Desde então, toda vez que você volta, você aguça a minha percepção sobre o tempo. É como se eu sentisse ele passar como um fluido palpável me envolvendo.
E é engraçado que, quando criança, a sensação que eu tinha era de que você demorava muito para chegar...
Agora, sinto como se fosse ontem, desde que nos vimos pela última vez.
Mas enfim, Dezembro, tudo isso só pra te desejar boas vindas e pedir sua benção, para que você me encontre cada vez mais feliz, toda vez que nos reencontrarmos.
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Tenho encarnado o velho arquétipo do cavaleiro solitário.
Sigo amputando o sentimento com uma lâmina cega.
Escondo feridas inflamadas por debaixo da minha armadura de vidro.
Sou o cavaleiro, o cavalo, o adversário.
Sou o caminho, o campo de batalha, o chão onde sangro e deixo o rastro.
Sou o pássaro de canto triste que assombra o cavaleiro à noite.
A flecha traspassada em meu peito não pode ser removida sem que leve junto o meu coração.
Lavo minhas chagas em um rio de lágrimas sob a luz do luar.
O chão sob meus pés é gélido.
Uma lamparina acesa se tornou o meu amuleto.
De madrugada posso ouvir meus medos, dançando em volta de uma fogueira.
Sou o cavaleiro solitário, o centauro ferido.
Me tornei um caçador de recompensas.
Tenho travado guerras pela minha paz.
Tenho matado amores para me manter lúcido.
Sigo solitário pois tenho medo de amar.
Sigo solitário pois tenho medo de ser amado.
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