sempre que abro meu coração, de dentro dele sai poesia 〰 júlia, 2000, CE
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Você não se acostumaria com minha intensidade. Com a inconstância das minhas vontades. Eu não vou ser a mulher que você imaginou aos vinte e poucos, não me leve a mal, mas eu não sou aquela pessoa que vai correr pra pegar um buquê, planejar um casamento comum de vestido branco numa igreja e seguir o rito. Se eu souber que é você, eu vou acordar numa manhã de sol, te chamar pra ir na praia e te falar que é você o que eu quero pro resto da vida. Isso pra mim é compromisso. Eu vou te escrever poemas e letras de músicas e te imaginar comigo por todos os domingos. Eu vou querer declarações inesperadas, que você bata na minha porta de madrugada porque deu saudade, vou querer rasgar o peito. Vou te querer por perto. Vou sonhar com nós dois fazendo um mochilão na África, atravessando a Ásia de trailer, indo pra Tailândia e pra Indonésia. Isso pra mim é amor. Só não me coloque nas caixinhas que você imaginou. Minha alma nasceu livre e vai sempre ser assim. Sou uma festa num pub, olhos hipnotizantes, batom vermelho, beijo intenso, riso solto, com aquela dançadinha sexy ao som de rock, alta noite, cabelo de lado. Eu não vou dançar mais devagar pra te acompanhar. Eu nunca vou ser a mulher da sua vida, porque eu já sou a mulher da minha.
Rascunh-ar, Júlia Loiola
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"Mas você não é rota principal. E toda estrada tem final." A luz neon do refletor do palco. Meu vestido vermelho. O cheiro de vinho. As pessoas ao redor. Enquanto ouvia essa música, meu coração já sabia: tinha te deixado. E já faz um ano desde aquele dia, quando você não estava comigo na praça. Desisti de nós. E isso foi a melhor coisa que poderia ter feito por mim. Porque as coisas não iam mudar, você sabe tanto quanto eu.
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Hoje é um daqueles dias escuros, em que o céu fica carregado e a gente espera a chuva vir e ela não vem. E eu tenho me sentido meio perdida, meio oca por dentro. Procurando alguma coisa que eu ainda não sei qual é.
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Nosso amor foi arrebatador. Soube disso no momento que te encontrei pela primeira vez. Lembro como se fosse hoje daquela noite em que entrei no seu carro e, desde então, minha vida virou do avesso. Completamente. Nunca tinha sentido nada parecido antes, era como se meu corpo inteiro vibrasse na sua presença, como se cada átomo meu quisesse, incansavelmente, estar com você. Virávamos madrugadas conversando e compartilhávamos cada detalhe do nosso dia. Eu podia passar a vida inteira naquele janeiro de 2018. Talvez você nunca tenha acreditado muito bem no que eu sentia, mas ali eu já sabia que te amava. E você? Bom, você... Talvez você nunca tenha tido a mesma certeza. E lamento muito por isso, hoje lamento. Lamento nós dois. Lamento ter pensado, por pelo menos uma vez, que conseguiria — sozinha — ajeitar nossa bagunça, nossa pequenez perto de um orgulho arrebatador. Lamento você nunca ter me escolhido inteira e isso ter nos despedaçado. Quando eu imagino o amor, eu imagino ele alegre, como um pôr do sol laranja na praia e muita, muita gargalhada. Mas nosso céu se acinzentou. Eu peguei sua mão e quis te oferecer tudo, mas isso não foi o bastante. Nem nunca será. E eu lamento por você.
Rascunh-ar, Júlia Loiola
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E quando tudo é vazio? Tudo é oco? Tudo é tempestade, tudo é caos, tudo é nevoeiro? O que você faz com os dias cinzas amedrontadores? Quando tem que olhar no espelho e encarar quem você era, quem se tornou, seus erros, seus fantasmas, seus medos e o que eles fizeram com você? Talvez eu não tenha crescido o suficiente pra isso. Pelo menos não ainda. Uma vez li que o preço de ser feliz é ter coragem. E eu ainda não tenho. Ainda sou aquela criança medrosa fugindo apavorada do novo, do desconhecido, do "e se"... não estou sabendo ser gentil comigo mesma.
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O que me importa seu carinho agora, se é muito tarde para amar você?
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Quando for a pessoa certa, você vai saber. Simples assim. A pessoa certa vai transformar todos os seus gestos em poesia. Vai prestar atenção nas músicas que você gosta de cantarolar no banho e vai guardar na memória essas pequenas coisas, porque elas lembram você. A pessoa certa vai romantizar todos os gestos banais do dia-a-dia, porque a paixão é bobagem. Vai te dar flores, te fazer sorrir com os olhos. A pessoa certa vai dizer que sente saudades. Que sua vida é preciosa, que o laço de vocês é precioso. A pessoa certa não vai te fazer, por um segundo, duvidar. Ela vai dizer que te ama com todas as letras e você vai, simplesmente, saber. Não vai ser difícil, quando for a pessoa certa, não é.
Rascunh-ar, Júlia Loiola
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Um dia morremos e somos crianças. De repente acordamos presos a um corpo com tantas cicatrizes que nem lembramos como adquirimos, tantas marcas dos pesares que passamos, achando que não iríamos sobreviver. E sobrevivemos. Mas isso é bom ou ruim? Vemos nossos sonhos, antes tão vivos e cheios de cor, sendo reduzidos a aspirações em preto e branco, por vezes tão vazios, nem lembramos o que nos fez percorrer essa jornada incansável pelo que nem mais nos satisfaz.
Rascunh-ar, Júlia Loiola
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A parte mais difícil de deixar ir é perceber que a outra pessoa concorda em perder você.
— Monalisa.
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Eu te prometo que tudo fica bem. Que a poeira densa baixa. Que a maré bruta acalma. Que os dias ficam menos longos e a luz alcança melhor a janela. Eu te prometo. Que tudo vira menos caos, que a página vira, que a semana acaba, que isso também passa. Te prometo que não é para sempre a dor, ou a alegria, ou a pressa, ou o vazio do peito. Te prometo que nada é. Em alguns momentos isso vai te reconfortar, noutros, te desesperar. Eu te prometo que tudo isso vai virar lembrança distante. Esse dia, essa fase, esse texto. E te prometo mais: a vida só se resolve quando ela acaba. Então, aquieta o coração. E respira.
Rascunh-ar, Júlia Loiola
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Quando eu parei de adoçar meu café, saí de três colheres de açúcar para zero. Simples assim. Como quem acorda e decide que não ama mais. E isso não é só sobre café.
Rascunh-ar, Júlia Loiola
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Lembro do quanto você adorava filmes. Sempre que víamos algum você ficava umas duas horas comentando do roteiro, da direção e do que você achava sobre isso e aquilo... essas coisas de cinema que você sempre amou. Acho que se nossa história fosse um filme, seria algo do tipo "500 dias com ela", onde os protagonistas não terminam juntos. Ou talvez um da trilogia de "Antes do Amanhecer", ou "Closer" (nossa, como você AMAVA esse filme!), ou até "Brilho Eterno De Uma Mente sem Lembranças" com aquele final meio inexplicado. Reticências. Não fomos um filme de final feliz como "De repente é Amor (o meu preferido da vida), "Questão de Tempo" (que você também ADORAVA... por Deus, você só falava nesse filme!), ou "Cartas Para Julieta". Na verdade, comecei esse texto há anos atrás e nunca conseguia terminar, mas estive pensando ultimamente o quanto éramos compatíveis e apaixonados e, ainda assim, não demos certo. E por mais que o nosso "felizes para sempre" não tenha durado, não necessariamente nós não tivemos um final feliz. Eu diria que nosso final foi agridoce. Uma sensação de precisar partir mas querer ficar, mesmo sabendo que não era pra ser... algo como seu time ganhar um campeonato no mesmo dia em que você foi demitido, ou ser promovido no trabalho quando sua vida amorosa está um fiasco, ou comer algo muito, muito bom mas morder a língua e aquilo doer tanto. Fui pesquisar no google o significado de agridoce e encontrei: "um sabor que é acre e doce ao mesmo tempo, usado para descrever uma coisa que tem em simultâneo sabor amargo e doce". É isso. Uma história agridoce. Um compilado de cenas extremamente felizes das manhãs em que eu me arrumava pra ir pro trabalho e você fazia graça no sofá, dos dias que íamos ao supermercado e eu não alcançava as prateleiras de cima e você ia lá pegar pra mim o que eu queria, só porque minha altura batia mais ou menos no seu sovaco. Esses eram os momentos doces. A gente pedia comida saldável num dia e secávamos uma garrafa de vinho rose no outro. Fazíamos uma playlist conjunta enquanto nos balançávamos na rede. Mas depois vieram os momentos amargos. Quando eu fui embora. Quando eu te olhava e não tinha certeza de que era você. E a gente sempre sabe quando temos certeza ou não. Aquilo deve ter parecido um soco no seu estômago, eu sei. Sei como você se sentiu... "o nosso amor de alguns dias só precisaria de uma gaveta". Sei o que você escreveu todo esse tempo e li tudo. Soube no momento em que você havia me superado e fiquei feliz por você. E eu estou te escrevendo por isso, mesmo sabendo que talvez você nunca leia, pois provavelmente tenha perdido o hábito de ler o que eu escrevo, afinal, já faz tanto tempo. Enfim, só quero que saiba que eu gosto do nosso final agridoce. O amargor dos nossos últimos dias nunca me tirou a lembrança do doce de quando escrevíamos juntos, do quanto era divertido estar com você, do quanto eu podia contar com você, o quanto podia ser eu mesma e você me adorava! Nossa história, mesmo breve, nunca foi curta. Ela foi linda, linda demais e, na história da minha vida, você nunca foi só uma página. Você é um livro inteiro de memórias boas. E um final agridoce. Mas ainda doce. Te desejo tanta, tanta sorte e que seja sempre feliz.
Rascunh-ar, Júlia Loiola
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Me leve de volta a noite em que nos conhecemos. Aquela em que ficamos a madruga inteira falando sobre a vida toda, por horas, até amanhecer, sem perceber que o tempo passava e ainda parecíamos ter tanto em comum. Hoje parece que não temos nada. Eu tinha tudo e depois quase tudo de você. E agora nada. Me leve de volta a noite em que ainda não tínhamos sequer nos tocado e tudo ainda parecia tão simples e tão ingênuo. E nós éramos tão felizes. Me leve de volta a noite em que nos conhecemos.
Rascunh-ar, Júlia Loiola
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Uma vez vi num filme algo do tipo "eu te amo, mas não gosto mais de você." E como eu posso explicar? Amar uma pessoa, mas não gostar mais do que ela se tornou. Ou do que ela já era, mas você nunca tinha notado. Alguém com quem você não combina mais, não se encaixa, não se sente em casa. Cada nova briga é como um sufoco, uma asfixia, um desconforto áspero, digno de um domingo a noite. Um estranho antes tão conhecido, como isso aconteceu? Não dá pra saber. A única coisa de que se pode recordar é que, em algum momento, você se despediu dele, e de si mesmo, mas não sabe onde. E o amor perdeu forma, começaram a se desconectar, já não dividiam as alegrias, as tristezas. Eu te amo, mas não gosto mais de você.
Rascunh-ar, Júlia Loiola
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Eu não sou coadjuvante da sua vida, sou protagonista da minha
Rascunh-ar, Júlia Loiola
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