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Entregadores: veja dicas para evitar acidente de moto em época de covid-19
Isolamento gera aumento na demanda de pedidos nos aplicativos de delivery
Em época de quarentena, para combater a disseminação do coronavírus, lojas, shopping centers e restaurantes estão fechados. Com grande parte da população em suas casas, a demanda nos aplicativos de delivery está crescendo. Seja para pedir um remédio de uso contínuo, uma pizza ou um prato de comida, muitos têm recorrido aos motoboys, que estão trabalhando, para receber em casa seus pedidos.
Se você é um desses profissionais que está trabalhando com a sua moto nesses tempos de covid-19, uma dica: evite de todas as formas se arriscar nas ruas e sofrer um acidente, afinal não queremos sobrecarregar os hospitais em um momento tão grave como este que vivemos.
Mesmo com as ruas vazias, a atenção na pilotagem e o cuidado com a sua motocicleta não podem ser negligenciados. Por isso, pensando em na sua segurança, elaboramos algumas dicas para você pilotar com segurança em meio a essa pandemia. Confira.
1 – Pilote sempre equipadoQuando for sair com sua moto para fazer entregas, use o equipamento de proteção completo. ele não vai evitar acidentes, mas pode evitar que um tombo “bobo” tenha maiores consequências e você tenha de ir ao hospital, e se exponha ainda mais. Use capacete integral, dentro do prazo de validade, e afivelado ao pescoço. Vista jaqueta de motociclismo, com proteções, luvas, calça de tecido resistente e um calçado de cano alto e fechado, alerta Gutenberg Santos Silva, instrutor de pilotagem do Centro Educacional de Trânsito Honda, em Recife (PE).
2 – Mantenha sua moto em ordemNa correria desses dias, com muitos pedidos e a chance de faturar uma grana extra, muitos entregadores podem deixar de lado a manutenção da moto. Não faça isso. Lembre-se de calibrar os pneus, pelo menos, uma vez por semana. Ao dar partida na moto, aproveite para verificar o funcionamento de farol, lanterna, luz de freio e piscas. Fique atento também ao intervalo para trocar o óleo do motor e confira o funcionamento dos freios, antes de partir para mais um dia de trabalho.
3 – Tenha uma postura defensiva no trânsitoAo rodar, respeite as leis de trânsito e os limites de velocidade das vias, afinal as ruas estão mais vazias, mas os radares ainda estão operantes. Além disso, quanto maior a velocidade, maior o risco e menor o tempo de reação no caso de uma emergência. Por isso, mesmo com menos veículos nas ruas, assuma uma postura defensiva. Como não há engarrafamentos nas cidades, não é preciso rodar no corredor entre os carros. “Fique no centro da faixa de rolagem e mantenha distância segura dos outros veículos”, ensina Gutenberg. Atenção também aos veículos de grande porte, como caminhões e ônibus que ainda circulam nas ruas.
4 – Semáforo não é corridaCom menos carros e pessoas nas ruas, às vezes, o entregador pode se sentir tentado a furar o semáforo. Jamais passe na luz vermelha. Além de ser uma infração de trânsito grave, pode acabar em um acidente grave. E, lembre-se, é preciso evitar acidentes durante essa pandemia do novo coronavírus para aliviar os hospitais, e deixá-los livres para atender os infectados pela covid-19. O instrutor de pilotagem da Honda ainda deixa uma dica importante: “não saia do semáforo como se estivesse em uma corrida. Não tenha pressa, pois muitos acidentes acontecem quando um dos veículos tenta aproveitar a luz amarela”.
5 – Veja e seja vistoO trabalho dos entregadores intensifica-se à noite, com o pedido de pizzas e outras refeições, por isso é importante redobrar a atenção na pilotagem noturna. Afinal, tanto a sua visibilidade como a de outros motoristas e condutores fica prejudicada. Por isso é importante manter o sistema de iluminação da sua moto em ordem, trocando lâmpadas queimadas. Escolha jaquetas que tenham tecido refletivo para ser visto pelos outros motoristas. “Reduza também a velocidade, pois a percepção dos obstáculos à frente fica prejudicada”, conclui o intrutor de pilotagem Gutenberg. (por Arthur Caldeira)
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BMW Harley e Yamaha param fábricas; 96% da produção de motos está suspensa
BMW suspendeu a produção de carros em Araquari (SC) a partir de hoje; planta de motos em Manaus (AM) para em 30 de março
Depois da Honda, BMW, Harley-Davidson e Yamaha também anunciaram a suspensão da produção de motocicletas em suas fábricas, todas localizadas no Polo Industrial de Manaus, capital do Amazonas. Juntas, as quatro marcas representam 96% do mercado brasileiro de duas rodas, que produziu 194.734 unidades até fevereiro de 2020. Volume é 5,1% superior ao fabricado no mesmo período do ano passado.
A BMW paralisar sua planta temporariamente a partir de 30 de março, com retorno previsto para 23 de abril – a marca alemã também vem reduzindo as operações na fábrica de automóveis na em Araquari (SC) e irá suspender a produção a partir de hoje, 26 de março. “Nosso foco agora é proteger nossos colaboradores, manter todos em segurança e com saúde, e nos preparar para o que virá, com a retomada das atividades e do mercado”, afirma Jefferson Dias, Diretor da Fábrica de produção de motocicletas do BMW Group em Manaus. “Ao adotar esta medida preventiva, acreditamos reduzir a circulação dos nossos funcionários e, como consequência, a redução das chances de um eventual contágio”, reforça o executivo.Yamaha, segunda maior fábrica de motos do Brasil, vai suspender produção entre 31 de março e 19 de abril de 2020
A Yamaha também adota medidas para proteger a saúde dos colaboradores e de seus familiares em todo o país. Na sede administrativa, que fica em Guarulhos (SP), foi implantado trabalho remoto, as reuniões internas e com fornecedores são realizadas por videoconferências, além da suspensão de viagens pelo país e ao exterior e do cancelamento de todos os eventos e ações internas e externas. A planta de Manaus, a segunda maior do setor de duas rodas em volume, vai ter suas atividades fabris suspensas em 31 de março -“… regressando às atividades no dia 20 de abril de 2020.”, segundo comunicado da empresa.
A Harley-Davidson reuniu-se ontem, 25 de março, por videoconferência com a matriz norte-americana, durante o dia e decidiu parar a fábrica até 12 de abril, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das autoridades locais de saúde. “Desde o final de janeiro, a Harley-Davidson do Brasil avalia a situação do Coronavírus (COVID-19) e toma medidas proativas no interesse da saúde e segurança de nossos colaboradores, concessionários e clientes.”, afirmou em comunicado. (Por Arthur Caldeira)
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Ducati fará lançamento da nova Streetfighter V4 por streaming
Mostrada no Salão de Milão 2019, moto naked com motor de quatro cilindros em “V” será lançada hoje nos canais online da Ducati
Embora tenha suspendido a produção em sua fábrica, na Itália, em função da pandemia de covid-19, a Ducati manteve a programação do seu principal lançamento deste ano. A nova Streetfighter V4 será apresentada hoje (25/3), porém por streaming. Às 14:30, horário de Brasília (DF), a marca irá fazer uma transmissão ao vivo no seu canal no YouTube e também em seu website.
Durante a apresentação, o designer da Ducati, Jeremy Faraud, mostrará aos espectadores os conceitos de estilo que deram vida à Ducati Streetfighter V4. Depois dele, Alessandro Valia, piloto oficial de testes da marca, explicará os detalhes técnicos do modelo.Eleita a moto mais bonita do EICMA 2019, Streetfighter V4 tem motor de 1.103 cc e 208 hp de potência máxima
Eleita a moto mais bonita do Salão de Milão 2019, onde foi apresentada ao público, a Streetfighter V4 é uma super naked equipada com o motor Desmosedici Stradale, um V4 de 1.103 cc com 208 hp, asas na carenagem e um pacote eletrônico de última geração.
Os espectadores podem postar suas perguntas no vídeo no YouTube ou no Facebook. Os engenheiros da Ducati responderão nos próximos dias. (Por Arthur Caldeira)
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Honda vai parar produção de motos em Manaus em função da pandemia
Atividades na unidade fabril serão suspensas em 27 de março; retorno é previsto para 13 de abril
A Honda anunciou hoje que irá suspender as atividades produtivas em sua fábrica de motocicletas, localizada em Manaus (AM), a partir de 27 de março, em função dos impactos da pandemia do Covid-19. O retorno é previsto para 13 de abril, podendo ser postergado para 20 de abril. A decisão, segundo a empresa, prioriza a segurança e saúde das pessoas.
Líder der mercado no Brasil, com cerca de 80% do mercado, a fábrica da Honda foi inaugurada em 1976 e já produziu mais de 25 milhões de motos.
Em comunicado, a Honda afirmou que os colaboradores diretamente envolvidos no processo produtivo entrarão em férias coletivas a partir de 30 de março. Entre os dias 27 e 30, a empresa irá compensar as jornadas com a utilização do banco de horas.
Os profissionais da área administrativa serão direcionados para férias coletivas ou regime de Home Office. Já as atividades imprescindíveis, que não podem ser realizadas a distância, contará com um contingente mínimo de colaboradores, respeitando as medidas de prevenção recomendadas pelas autoridades para proteger as pessoas e conter a disseminação do vírus.
“A Moto Honda seguirá acompanhando o cenário, bem como as orientações governamentais, unindo-se aos esforços coletivos para conter os avanços do Covid-19. Dessa forma, contribui para que as condições de vida e da indústria de motocicletas, que vem registrando crescimento e investimentos, retornem com êxito à normalidade no menor tempo possível.”, encerrou a empresa em comunicado. (Por Arthur Caldeira)
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Pandemia fecha fábricas e concessionárias de motos no Brasil e no mundo
Fábrica da Ducati, na Itália, um dos países mais atingidos pelo coronavírus, está fechada desde 13 de março
A pandemia de coronavírus já paralisou a Europa e confinou milhares em suas casas. Na Itália, um dos países mais atingidos pela doença, a Ducati inicialmente suspendeu a produção de motos em Borgo Panigale até 18 de março, para implementar uma série de obras e ações nas linhas de produção, aumentar ainda mais o nível de segurança dos trabalhadores e introduzir um programa de trabalho com vários turnos para reduzir pela metade o número de pessoas na linha de montagem ao mesmo tempo. Mas acabou adiando a reabertura da fábrica para 25 de março, para atender o cumprimento das novas diretrizes do governo italiano, que exigirão mais alguns dias de trabalho e modificações nas estruturas.
A Yamaha Motor Europe anunciou que a produção em duas instalações na Itália e na França foi temporariamente suspensa em resposta à pandemia de coronavírus Covid-19 em andamento.Yamaha paralisou a produção em suas plantas na Itália e na França
A produção na fábrica de motores Motori Minarelli em Calderara di Reno, Itália, e na fábrica de montagem da MBK Industrie em Saint-Quentin, na França, foram interrompidas. Ambas as instalações permanecerão fechadas até 22 de março, após o que a situação será revisada semanalmente – mas tudo indica que a pralisação deve continuar. A marca japonesa também cancelou dois eventos de pilotagem com a superesportiva Yamaha YZF-R1, que aconteceriam no circuito de Misano, na Itália, entre 20 e 21 de abril, e outro em Le Mans, na França, entre 25 e 26 de junho.
BrasilHonda parou as fábricas de automóveis no Estado de São Paulo, mas mantém produção de motos em Manaus (AM)
Aqui no Brasil, a Honda afirmou que, a partir do dia 25 de março, as atividades produtivas em Sumaré e Itirapina (SP) passarão por ajustes devido ao impacto da pandemia do Covid-19. Vai suspender a produção por 20 dias, com retorno previsto para 14 de abril, podendo ser postergado para 27 de abril.
A retomada da produção dependerá das orientações dos governos federal e estadual, das condições de segurança dos colaboradores e dos impactos da pandemia no mercado de automóveis, informa a empresa em comunicado.
Durante esse período, os envolvidos no processo produtivo entrarão em férias coletivas e os colaboradores que desempenham atividades administrativas estão em regime de Home Office.
Em relação à planta de motocicletas, localizada em Manaus (AM), no momento, as atividades produtivas seguem operando, com medidas adicionais de prevenção. A parada da produção é uma alternativa em avaliação, em resposta ao provável avanço na disseminação do vírus no estado do Amazonas.
“A Honda está, a cada momento, revisando as contramedidas em resposta aos desafios impostos pelo avanço do Covid-19, priorizando a segurança e saúde das pessoas, a conformidade às diretrizes governamentais para conter o avanço da pandemia e a sustentabilidade dos negócios”, encerra o comunicado.
A Harley-Davidson suspendeu uma campanha promocional que aconteceria neste final de semana. Mas manteve o atendimento em suas concessionárias.
Em algumas cidades do país, entretanto, concessionárias irão fechar, atendendo a orientação e decretos dos governos municipais. Competições, como o Superbike Brasil, que começaria neste final de semana, no autódromo de Interlagos em São Paulo, também foi suspensa. Diversos encontros de motociclistas foram cancelados no país afora. Tudo para evitar aglomerações e a propagação do coronavírus. (Por Arthur Caldeira)
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Motociclistas dormem na estrada e são escoltados pela polícia argentina
André Luiz dos Santos e os amigos tiveram de se proteger do sol escaldante da região do chaco argentino debaixo de caminhões
“A gente veio atrás de aventura e desta vez acho que a gente conseguiu. Teremos muita história para contar”, assim o dentista André Luiz dos Santos, 42 anos, encerra o relato da saga do grupo de seis amigos motociclistas brasileiros para deixar a Argentina em meio a pandemia de coronavírus. A viagem de moto pelo país vizinho começou em 7 de março, mas acabou com eles tendo que “sair correndo de lá”. Foram surpreendidos pelo fechamento das fronteiras argentinas, em 16 de maio, ordenado pelo presidente Alberto Férnandez para conter a propagação da doença. No caminho de volta enfrentaram hostilidade por parte da polícia e da população local para retornar ao Brasil.
Decidiram voltar quando estavam em Cafayate, norte da Argentina, na última quarta-feira (18/3). Na estrada encararam dezenas de bloqueios policias até Termas do Rio Hondo, onde é realizado o GP da Argentina de MotoGP (cancelado neste ano), e encontraram a cidade fechada. “A polícia nos proibiu de entrar na cidade. Nos conduziram com duas motos na frente e um carro atrás e nem deixou que parássemos para abastecer as motos”, conta André.
Essa situação se repetiu em outros lugares. “Tentávamos entrar na cidade, vinham os batedores e nos expulsavam”, relata. “Até mesmo nas cidadezinhas pequenas estava tudo trancado. Ou tinha carro na polícia ou cancelas que impediam a passagem”.André em um dos muitos bloqueios nas estradas argentinas; ele e seu companheiros rodaram mais de 2.100 km, durante um dia e meio sem dormir, antes de voltar ao Brasil
Nos poucos postos, o grupo tentava parar para abastecer e logo aparecia uma polícia para escorraçá-los. “Mas quando digo escorraçando, eu digo escorraçando mesmo, com agressividade”, explica o motociclista.
Todo lugar onde chegavam aparecia a polícia. Até mesmo para tomar um café. Segundo André, a impressão era de que os moradores foram orientados a chamar as autoridades ao ver um estrangeiro parado em algum lugar. E foi assim o dia inteiro. Até chegarem à região do chaco argentino, onde faz muito calor, e havia um bloqueio. Ficaram mais de quatro horas parados. Para se proteger do sol escaldante da região, entraram embaixo dos caminhões, também parados na estrada, por mais de quatro horas.
Depois de muita confusão, conseguiram passar, por outro bloqueio. Rodaram durante a madrugada até a cidade de Resistência, ainda na Argentina, onde chegaram por volta das 2 h da manhã. A cidade também estava fechada. “Então veio um coronel dando duro na gente por estarmos rodando. Explicamos que estávamos tentando voltar para o Brasil”, diz. A escolta, mais agressiva, novamente não permitiu que abastecem as motos. “Paramos em outro posto, mais à frente, pois quase nenhum mais tem gasolina. A mesma coisa. Insultos. Diziam ‘vai embora, volta para sua casa'”, relembra ele.
Celeiro como hotel
Depois de rodar quase o dia e a noite inteiros, mortos de sono, às 5h da manhã de quinta (19/3), os seis motociclistas pararam em um local isolado, com quatro casinhas, onde um senhor os ofereceu o celeiro para dormir. “Tinha uma cadela com 13 filhotes fazendo barulho e alguns ratos”, lembra. Mas o sono foi interrompido, mais uma vez, pela chegada dos policiais. “Acredito que algum dos vizinhos dedurou e fomos expulsos”, afirma.
Quando estavam quase chegando próximos à fronteira com o Brasil, ainda na cidade argentina de Misiones, estava tudo bloqueado. “Aí bateu o desespero. Não tem hotel, não tem o que comer, não tem nada para fazer, as pessoas não permitem nossa presença e não deixam a gente ir embora. Bati boca com a polícia, perdi a linha. Os policiais apontaram armas para as nossas cabeças e queriam nos prender. Deu um rolo enorme.” conta o dentista. Conclusão: não conseguiram seguir viagem.
Decidiram, então, seguir rumo ao sul, e tentar entrar no Brasil pela cidade gaúcha de São Borja. A esta altura, o grupo já tinha perdido a compostura. “A todo lugar que a gente ia, discutíamos com os guardas”, revela André.
Finalmente, depois de mais de um dia e meio de viagem de moto na estrada, 2.100 km percorridos e três horas de sono, conseguiram atravessar a fronteira. “Quem me mandou mensagem, me desculpa eu não vou responder. Tomei um banho gostoso, e vou dormir aqui no hotel em São Borja, onde ainda não há nenhum caso confirmado da doença”, encerrou a mensagem, enviada para um grupo de motociclistas no WhatsApp, na última quinta-feira, 19 de março, às 17h, já em solo brasileiro.
Viajante solitárioDécio também enfrentou problemas para voltar do Chile, atravessando a Argentina para chegar ao Brasil
O motociclista Décio Macedo, 51 anos, também enfrentou essa epopeia, porém sozinho. Em 7 de março, o administrador de empresas de Jundiaí (SP), entrou no Chile, em direção ao deserto do Atacama. Desceu até Copiapó, de onde atravessaria o Paso de San Francisco, a 4.700 m de altitude, de volta à Argentina, quando soube do fechamento das fronteiras. Mesmo assim, decidiu seguir viagem. “Passei todos meus dados aos oficiais da fronteira e as informações de onde ficaria hospedado”, conta ele. Meia hora após chegar ao albergue, um agente sanitário e um policial foram procurá-lo. “Eles fotografaram meus documentos e me orientaram que eu teria de ficar 14 dias naquele hostel com todas as despesas sendo pagas por mim. Tanto eu como a dona do local”, contou ele em relato à Infomoto.
Autorizado pela diretora de um hospital a seguir viagem. Saiu no dia seguinte (15/3), às 8h da manhã, também escoltado pela polícia. Décio acabou encontrando outros motociclistas brasileiros e enfrentaram os mesmo problemas. Recorreram até ao consulado brasileiro na Argentina para poder seguir viagem.Na fronteira, oficiais argentinos verificam os documentos de luvas e máscara
Passaram pela mesma região de André e seus amigos e foram autorizados a seguir, mas sem parar. Apenas para abastecer. “Um policial me abordou em um posto e me ordenou a voltar para o Brasil o mais rápido possível”, conta.
Foram proibidos de pernoitar no hotel em Corrientes e até mesmo de entrar em uma loja para compara água. Em resumo, entraram no Brasil por São Borja (RS). “Mas há ainda muitos viajantes de toda parte do mundo que estão presos nos hotéis. Têm dificuldade para se manter por 14 dias, não previstos, no mesmo lugar, arcando com hospedagem e alimentação. Meu conselho é tentar voltar rápido ao Brasil, procurar orientação do consulado. A situação na Argentina está bem complicada, com diversas restrições”, finaliza. (Texto Arthur Caldeira/ Fotos Arquivo pessoal)
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Muito além do bluetooth: veja sete motos conectadas ao smartphone
Smartphones da Samsung funcionam até como espelhos retrovisores na elétrica Energica Bolid-e
Todo mundo usa o smartphone hoje para fazer quase tudo. Dá para pedir comida, agendar consulta, pagar contas, enfim… Inúmeras utilidades além de ouvir música, mandar mensagens e o antiquado ato de fazer uma ligação e “falar ao telefone”.
Por isso, cada vez mais, os fabricantes estão investindo em tecnologias que permitem conectar seu celular a sua moto. Mas não apenas por bluetooth para ouvir música. As funcionalidades hoje vão muito além disso. É possível encontrar o melhor caminho, gravar um passeio por uma estrada nova, fazer acertos na moto e no motor… Enfim, conheça alguns modelos de motos conectados de verdade ao smartphone.
KTM 390 DukePraticamente todo line-up da KTM tem conexão Bluetooth e app que conversa com a moto
Praticamente todo o line-up da KTM se conecta ao smartphone. Da naked 390 Duke aos modelos bigtrail da marca austríaca, todos contam com conexão bluetooth ao painel digital com tela TFT e têm um aplicativo dedicado, chamado de “my Ride”. Na 390 Duke, o app tem funções mais limitadas do que nas motos maiores, que têm sistema de navegação e permite fazer ajuste nas configurações da moto. Mas, ainda assim, é possível saber o nível de bateria do celular, controlar as músicas ou receber ou recusar chamadas.KTM 390 Duke é naked compacta, mas que já conta com conexão
Para navegar existe uma espécie de joystick no punho esquerdo, que é fácil de usar e ainda é retro iluminado, isto é, tem uma luz interna que facilita a visualização mesmo à noite. Entretanto, para ouvir sua playlist preferida será preciso ter um intercomunicador Bluetooth com fones no capacete.
Kawasaki Z 900Mostrada no SDR 2019, nova geração da naked de quatro cilindros ganhou conectividade
Um dos modelos de maior sucesso da Kawasaki no Brasil, a Z 900 ganhou em sua nova geração mais conectividade. A naked de quatro cilindros, que chega ao mercado só no final deste ano, ganhou um novo painel digital com tela colorida de 4,3″ TFT, que tem cor de fundo selecionável e brilho da tela variável, para se adequar à luz ambiente.
Por meio do bluetooth, o condutor conecta o celular à motocicleta. Usando o app “Rideology”, da própria Kawasaki, várias funções do painel podem ser acessadas, como dados de funcionamento da moto, registro de pilotagem, e depois que as informações da motocicleta forem carregadas no aplicativo, elas poderão ser visualizadas no smartphone.Cor de fundo pode ser escolhida e brilho adapta-se às condições de luz do ambiente
Enquanto a moto é guiada, o aplicativo rastreia a velocidade do veículo, rpm, posição de marcha, quilometragem atual e temperatura do líquido de arrefecimento. Uma vez que o registro de pilotagem tenha sido salvo, o piloto pode revisar esses itens em uma exibição de estilo gráfico em qualquer ponto ao longo da rota. O aplicativo também pode exibir um resumo do percurso.
Energica Bolid-EConceito de moto elétrica controlada por smartphone foi desenvolvido em parceria com a Samsung
Com base em suas motos elétricas de alto desempenho, a italiana Energica criou uma moto praticamente controlada pelo smartphone e pelo smartwatch. A Bolid-e, desenvolvida em parceria com a Samsung, traz além da conexão Bluetooth, conectividade NFC entre a moto e o Samsung Galaxy Watch. O relógio funciona como uma espécie de dispositivo de desbloqueio inteligente, mais ou menos como uma chave de presença. Além do relógio do proprietário, que pode ser usado para desbloquear e ligar a moto, as permissões podem ser concedidas a outros relógios. Seria como emprestar as chaves da sua moto a um amigo. O Galaxy Watch também pode localizar a Bolid-E em um estacionamento.
No lugar dos espelhos retrovisores, há câmeras de alta definição integradas na parte dianteira e traseira da Bolid-E. A visualização ao vivo é então mostrada em dois dispositivos Samsung Galaxy da linha A, montados como “espelhos inteligentes”. Além de mostrar a visão traseira em tempo real, os monitores duplos também funcionarão como um dispositivo HUD. Usando a câmera frontal, eles poderão analisar e destacar obstáculos e perigos na estrada à frente do condutor. E ainda permitem gravar filmes dos passeios de moto.
Honda GL 1800 Gold Wing Tour
Além do bom desempenho do motor boxer de seis cilindros opostos e o conforto do câmbio automático DCT de sete marchas, a Honda GL 1800 Gold Wing Tour foi a primeira moto equipada com Apple Car Play, que permite espelhar o iPhone na tela colorida TFT de sete polegadas, mas só permite conexão Bluetooth para dispositivos Android. o Apple Car Play agora também equipa as motos da família touring da Harley Davidson. Na Honda Gold Wing, a tela do iPhone ‘aparece’ no painel TFT de 7 polegadas
O som das quatro caixas tem boa qualidade, e a navegação do sistema é intuitiva por meio de botões no punho esquerdo. Há também uma infinidade de informações sobre consumo, distância percorrida, autonomia e até a pressão dos pneus, mas ainda ficou devendo um bom sistema de navegação para quem não tem o smartphone da Apple. Nos exterior, a Gold Wing tem rádio via satélite e um navegador próprio.
BMW R 1250 GSAté a bigtrail R 1250 GS rendeu-se à conectividade dos smartphones
A BMW também desenvolveu um aplicativo para conectar suas motos, como a R 1250 GS, aos celulares dos seus proprietários. Com o BMW Motorrad Connected instalado no smartphone e conectado por meio do bluetooth ao painel TFT com tela de 6,5 polegadas, o condutor pode navegar por meio de um multicontrolador no punho esquerdo da moto. Há um navegador simplificado, que facilita a visualização enquanto se pilota a bigtrail e presta atenção aos perigos da via. O aplicativo também memoriza informações sobre a moto, como consumo, acerto das suspensões, modo de pilotagem, etc…BMW Motorrad Connected mostra informações claras na tela, para não tirar o foco da pilotagem
O sistema ainda permite ouvir música, atender ou realizar chamadas, mas para isso é preciso ter um intercomunicador, também bluetooth, instalado no capacete. Não traz nada de muito inovador e o emparelhamento do celular, app e painel não é dos mais simples. Contudo, é interessante a ideia da BMW de integrar tecnologia sem tirar o foco do condutor na pilotagem, por meio de informações mais claras e controles nos punhos.
Yamaha YZF-R1MYamaha YZF-R1M tem ‘telemetria’ digna da MotoGP
A superesportiva Yamaha YZF-R1M, de mais de 200 cv, sai de fábrica com um antena GPS e conexão wi-fi para transmitir todos os dados de uma sessão na pista para um aplicativo dedicado, que funciona praticamente como uma telemetria da MotoGP. Por wi-fi, o piloto descarrega os dados de desempenho e informações, em um tablet, como o melhor tempo, a velocidade máxima, a inclinação nas curvas e até mesmo a atuação dos controles eletrônicos está ali na tela a sua frente.Antena GPS na traseira colhe as informações como tempo de volta, aceleração, inclinação nas curvas…
Com motor de mais de 200 cv e peso, em ordem de marcha, de 199 kg, a R1M foi feita para rodar na pista. O aplicativo permite também ajustar as suspensões e configurações do motor ainda nos boxes, assim que é feito o upload para a moto, as regulagens passam a valer. Tudo num passe de mágica, graças à tecnologia.
Ducati MTS 1260Ducati tem aplicativo com informações de desempenho, ajustes e estatísticas de uso da moto
A Ducati também criou sua aplicativo Link para ampliar a conexão entre moto e celular. Com uma conta, o proprietário de modelos, como a aventureira Multistrada 1260S, entra para uma espécie de comunidade de marca, na qual pode compartilhar rotas de passeios e acessar a de outros usuários.App Ducati Link funciona como espécie de telemetria da moto, com informações sobre rotação do motor, marcha engatada e até inclinação nas curvas
O app também funciona como uma espécie de telemetria. Conectado ao painel da moto, armazena informações de desempenho, como a velocidade máxima, a potência máxima atingida e a inclinação nas curvas. Mas também é possível ajustar as suspensões, modos de pilotagem, entre outros, antes de sair de casa e depois só “sincronizar” à moto. Há ainda estatísticas, como os giros do motor e a marcha engatada em cada trecho do percurso, grças ao GPS do smartphone. O condutor ainda consegue controlar a manutenção de sua Ducati, por meio do aplicativo. (Por Arthur Caldeira)
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Nova moto BMW de 1.800 cc para brigar com a Harley será mostrada em abril
Em novembro passado, marca mostrou conceito R 18/2 que dava pistas de como será a nova cruiser alemã
Finalmente, a aguardada cruiser da BMW, equipada com o motor de dois cilindros opostos (boxer), com refrigeração a ar, e 1.800 cc, já tem data oficial de lançamento: no próximo dia 3 de abril, a R 18 finalmente será apresentada ao público. O modelo cruiser chega como uma arma para incomodar a rival Harley-Davidson no segmento de motos premium.Cruiser deve ter duas versões: uma com carenagem e malas para viajar, como mostra o registro no Inpi
E, para brigar com a Harley, a BMW apostou na conhecida receita da marca norte-americana: propulsor de grande capacidade cúbica, o maior boxer jamais fabricado pela marca alemã, e arrefecimento a ar. O design final ainda não foi revelado, embora a marca já tenha mostrado dois conceitos a R 18 e a R 18/2 que lembram os modelos cruiser norte-americanos.Assento solo e pequena carenagem cobrindo o farol chamaram a atenção no conceito R 18/2
Recentemente, a BMW também registrou a patente de duas versões da R 18 no Instituo Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). Uma delas nos moldes da H-D Street Glide, com uma carenagem frontal, sistema multimídia e outros itens de conforto para quem vai pegar a estrada; e outra cruiser mais moderna e jovial, com um grande farol redondo.Outra versão é mais urbana e jovial, e deve aceitar bem customizações
Os fãs mais puristas da BMW e de sua linha GS podem até torcer o nariz para essas motos da marca alemã, mas a empresa está confiando que os modelos vão ajudar nas vendas, principalmente no mercado norte-americano. “Todos nós da BMW Motorrad estamos ansiosos pelo destaque absoluto do ano para nós – a estréia mundial da BMW R 18”, disse o Dr. Markus Schramm, diretor mundial da BMW Motorrad.Primeiro conceito, R 18, mostrado em maio de 2019, se assemelha muito ao design patenteado pela BMW
Segundo Schramm, a nova R 18 e a entrada no segmento cruiser deve contribuir para manter as boas vendas da marca em todo o mundo – em 2019, a cifra de 175.162 motos vendidas foi recorde pelo nono ano consecutivo – e ajudar a BMW a liderar o segmento de motos premium. Ainda não há confirmação se as novas BMW cruiser serão vendidas no Brasil. (Por Arthur Caldeira)
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Nova Dafra Citycom HD 300 quer brigar com Honda SH 300 e Yamaha XMax 250
Scooter será vendida nas cores preta e cinza, ambas foscas, por R$ 21.490
A nova Dafra Citycom HD 300 chega em março ao mercado com preço sugerido de R$ 21.490 e um objetivo bem claro. “Em modelos até R$ 20 mil, o Citycom S 300i vai bem, mas gostaríamos de ampliar nossa participação no segmento de scooters entre R$ 20 mil e R$ 25 mil”, revela o gerente nacional de marcas da Dafra, José Ricardo Siqueira. Nessa faixa de preço, os principais concorrentes são a Honda SH 300i (R$ 20.990) e a recém-lançada Yamaha XMax 250 (R$ 21.990). Quadro, rodas e motor são os mesmos da Citycom S 300i
Para crescer entre os scooters mais caros, a Dafra apostou em uma fórmula já conhecida e bem sucedida. Embora visualmente o novo HD 300 seja bem diferente do Citycom S 300, quadro, motor e rodas são os mesmos. O conjunto é fruto da parceria com a taiwanesa SYM. Lançada no Brasil em 2010, a Citycom reinou sozinha por muito tempo nessa faixa de cilindrada, até a chegada da SH 300 em 2016, e vende bem até hoje, com predomínio da versão com freios combinados que é mais barata: R$ 18.490.Condutor vai mais “sentado” na nova HD 300
A nova HD 300 tem praticamente o mesmo porte da S 300, mas parece menor. Seu design lembra as scooters europeias, com farol de LED no guidão e um escudo frontal mais compacto. A posição de pilotagem também muda, mas a altura do assento é a mesma (800 mm). O condutor vai sentado, com os joelhos flexionados a 90° e há um pequeno espaço para os pés, em função do túnel central onde fica o bocal do tanque – na S 300i a plataforma é um pouco maior. E, claro, não há o grande para-brisa.
A vantagem é que a HD 300 ficou mais leve, marcando 166,2 kg na balança. Segundo a Dafra, 13 kg a menos do que a S 300i. Além disso, ganhou algumas características muito úteis para quem anda de scooter. O compartimento sob o assento ficou maior – 38 litros – e leva tranquilamente dois capacetes grandes. A abertura é feita com a chave de ignição, que também destrava o bocal do tanque. Dimensões são as mesmas do Citycom S 300i, mas peso é 13 kg menor
A Dafra equipou a HD 300 com um bagageiro, que permite instalar um baú facilmente e aumentar ainda mais a capacidade de carga. Na parte de trás do escudo dianteiro há um porta-luvas com tomada 12V para carregar o celular e um gancho para sacolas.Painel mostra diversas informações; tela digital tem hodômetros, voltímetro, termômetro e relógio
O painel ficou menor, mas mostra muitas informações. Velocímetro, conta-giros, e marcador de combustível são de leitura analógica. Há uma pequena tela de LCD ao centro com hodômetros, carga da bateria, temperatura e relógio digitais.
Como andaHD 300 é mais leve e ágil que a Citycom S 300i
As primeiras voltas com o HD 300 aconteceu no Kartódromo da Granja Viana, na Grande São Paulo, durante evento de lançamento da scooter para a imprensa. Embora não seja o ambiente ideal para testar uma scooter, já deu para perceber que as mudanças deixaram a HD 300 mais ágil.
Além do peso menor, a posição de pilotagem mais à frente faz com que a nova scooter pareça mais leve de conduzir do que a antiga Citycom S 300i. As rodas de liga leve aro 16 são calçadas com os bons pneus Metzeler Fell Free, nas medidas 110/70, na dianteira, e 130/70, na traseira e ajudaram a contornar curvas no limite, raspando o cavalete central (de série) no asfalto.Rodas de liga-leve aro 16 usam pneus sem câmara; freios a disco têm ABS
Os freios a disco nas duas rodas têm sistema ABS, São suficientes para parar a HD 300, mas poderiam ser melhores. Sua “mordida” parecia meio lenta, demorando a funcionar – o que pode acontecer em função de serem unidades zero km, com as pastilhas ainda não assentadas aos discos.
O motor de um cilindro tem refrigeração líquida, quatro válvulas, 278,3 cm³ e produz bons 27,6 cv a 8.000 rpm. O câmbio CVT aproveita bem o torque de 2,6 kgf.m a 6.000 giros e seu consumo é razoável – 24 km/litro na cidade e 27 km/l na estrada, medidos em nosso último teste com a Citycom S 300i. Ao final da curta reta chegava aos 90 km/h, mas na estrada atinge 140 km/h no painel
Menos “equipado”
Ciclística e motor da nova scooter de 300cc da Dafra tem bom desempenho nas curvas
O conjunto da nova Citycom HD 300 agrada. Motor e ciclística já foram testados e aprimorados pela Dafra ao longo de dez anos, na versão S 300. O modelo é uma boa opção para quem quer uma scooter para a cidade, mas gosta de mais motor. O preço de R$ 21.490 que o modelo chega às lojas agora, nas cores preta e cinza, ambas foscas, é competitivo, mas a lista de equipamentos do HD 300 é inferior a dos concorrentes. HD 300 tem porta-luvas com tomada 12V, mas não oferece chave presencial como as concorrentes
A SH 300 da Honda conta ainda com Smart Key, mas perde em espaço sob o assento e está sendo vendida por R$ 20.990. A nova Yamaha XMax 250, outra novidade, tem controle de tração, além da chave de presença e do espaço sob o banco, por R$ 21.990. Isso sem falar no próprio S 300i da família Citycom que teve seu preço reduzido para R$ 19.990 na versão com freios ABS e continua sendo uma boa escolha. (Texto Arthur Caldeira/ Fotos Divulgação Dafra)
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Instrutora de moto escola supera assédio e preconceito e vence concurso
Regiane Marangne exerce a profissão há dez anos e já foi vítima de preconceito até de outras mulheres
O trabalho da instrutora de trânsito Regiane Marangne, 34 anos, começa às sete da manhã com aulas práticas de moto ou carro. Seus alunos não têm padrão de idade, escolaridade, sexo ou classe social. Em comum apenas a ansiedade de conseguir a sonhada “carta” ou CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Mas, para isso, dependem da instrutora, também formada em psicologia, para conhecer e dominar o veículo, treinar e passar no exame prático. “Sempre gostei de ensinar, quando me tornei instrutora foi uma grande realização”, afirma a moradora de Jundiaí (SP) que exerce a profissão há dez anos e venceu concurso “Instrutora Nota 10”, promovido pela revista Moto Escola, com apoio da Honda e do Sindicato das autoescolas e CFCs do Estado de São Paulo.
Mercado de trabalhoEntre os cinco finalistas do concurso Instrutor Nota 10, Regiane era a única mulher
Os números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que muitas mulheres trabalham “fora”. Em 2019 havia 48 milhões de mulheres exercendo atividades remuneradas contra 58 milhões de homens. Apesar do equilíbrio no cenário nacional, a função de instrutor de trânsito é predominantemente masculina.
“Em Jundiaí existem quase 100 instrutores, mas apenas dez são mulheres”, lembra Regiane que começou a ministrar aulas teóricas aos 24 anos. “Muita gente me achava novinha e duvidava da minha capacidade”. Ela lembra que um grupo de alunos a testava para desafiar sua autoridade e conhecimentos. “Aos poucos fui me impondo”, conta ela.
Assédio na garupa
Outras dificuldades surgiram quando ela começou a dar aulas de moto. “Eu tinha que levar os alunos na garupa e alguns se aproveitam, numa clara atitude de assédio”. O fato a incomodava e fez com que ela quase desistisse. “Hoje, se percebo uma atitude mais ousada, olho feio e peço para o aluno ficar mais distante”, ensina.
O preconceito também era visível entre os colegas de profissão. “Muitos duvidavam que eu soubesse dirigir carros, pilotar motos, ou que pudesse ensinar”, mas, aos poucos, o conceito foi mudando, afirma Regiane.
Preconceito até de mulheres
A desconfiança da capacidade feminina existe até mesmo entre as mulheres. A empresária Adaiane Marangne Pereira da Silva, proprietária do CFC Hortolândia, relata casos de alunas que não querem ter aulas com instrutoras. “Algumas ainda preferem instrutores homens”.
A presença masculina também é marcante na diretoria das auto escolas. “Entre os 28 CFC´s de Jundiaí, apenas quatro pertencem a mulheres”, destaca a empresária.
Na opinião do presidente do Sindautoescola.SP (entidade que reúne os proprietários de auto escolas e CFC´s do Estado de São Paulo), Magnelson Carlos de Souza, esse cenário está mudando. “A mulher vem se destacando e assumindo protagonismo em várias áreas. No setor de autoescolas não é diferente”.
Ele afirma que a participação crescente das mulheres contribui para diversificar e aprimorar a formação dos novos condutores.
Educação que transformaA psicóloga e instrutora acredita que falta educação e respeito às leis para melhorar o trânsito
Mãe de uma menina de seis anos, Regiane fala sem hesitar que o grande problema no nosso trânsito é a falta de educação. Ela é taxativa ao afirmar que sem educação é impossível reverter o quadro atual. “O cidadão não se porta de forma civilizada, não sabe esperar, não respeita as leis. Atitudes assim acabam em acidentes. As crianças deveriam aprender sobre o trânsito ainda na escola, isso salvaria vidas no futuro” conclui Regiane.
Como forma de valorizar esses profissionais, a Revista Moto Escola, com o apoio da Honda e do Sindautoescola.SP, promoveu o Concurso Instrutor Nota 10. Regiane se inscreveu junto com outros 800 colegas de profissão. Eles assistiram vídeos educativos, participaram de um “Quiz” e criaram frases sobre a importância do instrutor para a melhoria do trânsito. Regiane acertou as questões e sua frase foi uma das escolhidas pela Comissão Julgadora para a grande final.Vitória feminina: Regiane sagrou-se o concurso Instrutor Nota 10 e levou para casa uma Honda CG 160 Fan
A prova, que reuniu cinco finalistas, aconteceu no Centro de Educação de Trânsito Honda, em Indaiatuba (SP), em 31 de janeiro. Os candidatos deveriam mostrar conhecimentos teóricos e habilidade de pilotagem. Sob olhares atentos dos instrutores da equipe Honda, Regiane demostrou frieza na prova teórica, equilíbrio e ritmo nos testes práticos de pilotagem. Ela terminou com o menor número de pontos perdidos, ganhou o título de Instrutora Nota 10 e, de quebra, levou para casa uma moto Honda CG 160 Fan “zero km”. Prova de que temos muito a aprender com elas. (Texto Cicero Lima/Fotos Mario Villaescusa e Fabiano Godoy)
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Testamos: Honda CB 500X 2020 quer ser aventureira de entrada por R$ 28.900
Modelo chega às lojas em março com roda aro 19 na dianteira e suspensões de curso mais longo
A Honda adicionou uma pitada de aventura à CB 500X 2020. Entre as principais modificações estão a adoção de uma roda dianteira maior e suspensões com curso mais longo. A nova crossover chega agora em março às lojas com preço sugerido de R$ 28.900, com mais versatilidade em um conjunto acessível, abrindo as portas para quem procura uma aventureira moderada, mas não quer gastar muito.Mudanças no design conferiram personalidade à crossover, que se diferenciou ainda mais da naked CB 500F
Esteticamente, a CB 500X ganhou uma nova roupagem no tanque, aletas do radiador, ficou mais “bicuda” e traz para-brisa maior e ajustável em duas posições. O visual está mais encorpado e conferiu certa personalidade à crossover, diferenciando-a da sua irmã naked, CB 500F. Vale destacar ainda o novo painel de LCD, mais completo agora com indicador de marcha e tela blackout. Farol e lanterna continuam de LED, que também equipa as luzes de direção (setas).Para-brisa ficou mais alto e ganhou regulagem (com auxílio de ferramentas); setas agora são de LED
O econômico bicilíndrico de 471 cm³ recebeu modificações internas para melhorar a entrega de torque em médios regimes, mas manteve a potência máxima de 50,4 cv a 8.000 rpm e torque de 4,55 kgf.m a 6.500 giros. Outra novidade no conjunto motriz é a embreagem deslizante e assistida, que reduziu o esforço de acionamento no manete em cerca de 45%.
Ágil e confortávelCB 500X muda de direção com facilidade e contorna curvas com confiança, apesar da roda maior
Neste primeiro contato com o modelo, na região da Serra da Mantiqueira, entre os Estados de São Paulo e Minas Gerais, o test-ride, de cerca de 80 km, começou no asfalto de Campos do Jordão (SP). Ao montar na CB 500X 2020 já se nota uma certa alteração na ergonomia. O guidão está mais alto e próximo do condutor, enquanto o assento ficou mais estreito junto ao tanque, mas manteve o conforto – a mudança fez com que, embora alto (a 834 mm do solo), ainda permita que pilotos de até 1,70 m apoiem os dois pés no chão com facilidade. Um ponto positivo em uma moto feita para quem está começando no mundo das aventureiras, geralmente altas e pesadas.Curso da suspensão dianteira passou de 140 para 150 mm; na traseira foi de 118 mm para 135 mm
Em uma posição ereta e mais elevada, o piloto tem uma visão privilegiada no trânsito urbano e conforto na estrada – o para-brisa protege bem do vento. Foram precisos poucos quilômetros para que eu me sentisse à vontade ao guidão da nova CB 500X – uma das características das motos Honda é que logo a moto parece “sua”, o que agrada a muitos, mas é vista como falta de personalidade por outros.
Nem mesmo a roda dianteira de 19 polegadas prejudicou a agilidade da crossover nas mudanças de direção: o guidão é “leve” e basta alguma pressão nas pedaleiras ou um pequeno contra-esterço para que a CB 500X ziguezagueie por entre os carros com facilidade ou deite na curva com confiança.Formato do alto assento (83,4 cm do solo) facilita apoiar os pés no chão e pilotar em pé
O pacato motor manteve a entrega linear de torque e potência, mas agora demonstra mais fôlego entre 3 e 7 mil giros, pois, segundo a Honda, a admissão de ar e o ângulo de abertura das válvulas foi melhorado, e a ECU foi reprogramada para gerenciar com mais precisão a alimentação.
Pode não ter um excelente desempenho em altos giros e velocidade mais elevadas, mas o bicilíndrico funciona perfeitamente na cidade e nas estradinhas sinuosas que trafegamos. Mesmo que fosse preciso reduzir as marchas, o manete de embreagem agora está muito macio – um dos mais leves que já usei – e as reduções não fazem a roda traseira derrapar e desestabilizar o conjunto. Tudo graças ao novo sistema deslizante e assistido.Motor de dois cilindros manteve potência de 50,4 cv, mas ganhou fôlego entre 3 e 7 mil giros
Apesar das mudanças, o motor continua econômico: no percurso misto com cidade, estrada de asfalto e caminhos de terra batida, o painel indicou 27,6 km/litro de média no computador de bordo – ou seja, uma autonomia de mais de 450 km com o tanque de 17,7 litros. O painel, de fácil visualização, ganhou um útil indicador de marcha que ajuda a economizar, escolhendo sempre a melhor relação no câmbio de seis velocidades. Impressiona a elasticidade do bicilíndrico: é possível rodar a 50 km/h em quarta marcha com respostas prontas e sem o motor “bater pino”.
Mas é uma aventureira de verdade?Roda maior e novas suspensões aumentaram a versatilidade da CB 500X
Essa é pergunta que todos fazem. Sejam proprietários dos modelos anteriores, com roda aro 17 na dianteira, ou aqueles que procuram sua primeira moto aventureira, todos querem saber se as mudanças ciclísticas fizeram da nova CB 500X uma aventureira de verdade. Muita calma nessa hora.
A roda dianteira agora usa um pneu mais estreito: 110-80/19 contra os 120/70-17 do modelo anterior. Além de maior, com aro 19, o pneu mais fino ajuda a aumentar a confiança em estradas de terra, “cavando” a aderência em meio a pedras soltas e terra batida.Rodas ainda são de liga-leve, mas pneus não usam câmara
As suspensões ganharam maior curso. O garfo dianteiro tem 150 mm (eram 140 mm) e o monoamortecedor traseiro tem 135 mm de curso (contra os 118 mm da antiga) – ambos com regulagem apenas na pré-carga da mola. Também foi alterado o acerto, agora muito mais “macio” e capaz de absorver os impactos de buracos e lombadas, mantendo a estabilidade mesmo em terrenos irregulares. Outra vantagem foi o aumento do vão livre do solo: que passou de 167 para 193 mm.
A nova ciclística ampliou, e muito, a versatilidade da CB 500X. Não se sentem mais as batidas de fim de curso na roda dianteira e o conjunto todo enfrenta mais tranquilamente os caminhos ruins, seja uma via mal asfaltada ou uma estradinha de terra batida, como as que enfrentamos próximo à Pedra do Baú, ponto culminante da região com 1964 metros de altitude.No asfalto, proporciona conforto, economia e boa autonomia: fez 27,6 km/litro e rodaria mais de 450 km
As rodas ainda são de liga-leve (criticaram alguns), o que é uma desvantagem no fora-de-estrada, afinal uma trinca pode acabar de vez com sua viagem. Mas, por outro lado, os pneus sem câmara são mais fáceis de reparar em caso de furo – basta um “macarrão”, algumas ferramentas e uma bomba para encher, ao invés de ter que retirar a roda e remendar a câmara de ar.
A resposta à pergunta é: a nova CB 500X 2020 é sim mais versátil e aventureira que o modelo anterior, com maior distância do solo, suspensões mais apropriadas e uma roda maior. Mas ela ainda não é uma bigtrail puro-sangue, com rodas raiadas e aro 21 na dianteira, ou seja, uma aventureira de verdade, feita para aqueles que gostam de encarar o off-road pesado. Mas poucos são.Painel é de fácil leitura e completo: tem até computador de bordo e um útil indicador de marcha
E nem é essa a proposta do modelo. A CB 500X (e toda a família 500 cc da Honda) foi projetada para ser a porta de entrada no mundo das motos grandes. No caso da crossover, é o ingresso no segmento de aventureiras, que proporcionam versatilidade, conforto e autonomia. E isso ela faz muito bem.
Afinal, os modelos de entrada no segmento de outras marcas, como a BMW F 750 GS ou ainda Triumph Tiger 800 XR, oferecem melhor desempenho, mais tecnologia, com as mesmas limitações ciclísticas, porém com um preço bem superior – em torno de R$ 40 mil.CB 500X encara numa boa o tipo de “aventura” que a maioria dos motociclistas arriscaria com o modelo
Claro que a CB 500X poderia ter rodas raiadas, com aros externos e pneus sem câmara, controle de tração e manoplas aquecidas, mas isso causaria um aumento de preço bem maior do que os 7% do modelo 2020. Entretanto, com preço sugerido de R$ 28.900, o CB 500X 2020 faz todo o sentido e mantém-se como opção de aventureira abaixo de R$ 30 mil.
É uma moto confortável para o dia-a-dia que ficou muito mais próximo do tipo de “aventura” que a maioria dos motociclistas se arriscaria com o modelo, e sem perder seus méritos no asfalto. Fácil de pilotar e acessível para iniciantes, ao mesmo tempo em que pode ser preparada para longas viagens com alguns acessórios, para que pilotos experientes também possam se divertir com a nova CB 500X. (Texto: Arthur Caldeira/ Fotos: Divulgação)
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Moto francesa de quatro rodas usa motor de Yamaha R1 e custa R$ 500 mil
Chassi da Lazareth LM 410 se inclina nas curvas, mas mantém as quatro rodas perpendiculares ao solo
O francês Ludovic Lazareth costuma transformar suas ideias inusitadas em curiosas motocicletas que levam seu sobrenome. O mais recente modelo, a LM 410 da Lazareth Motorcycles, tem quatro rodas, usa motor da superesportiva Yamaha R1 e é chamada pelo seu criador de “moto pendular”. Além de sua proposta, digamos, “revolucionária”, a LM 410 tem um preço exorbitante: custa 110 mil dólares, ou seja, cerca de R$ 500 mil. Motor de quatro cilindros e 1.000 cc é herdado da superesportiva Yamaha R1 e, certamente, tem mais de 200 cv
Apesar das quatro rodas, a LM 410 é considerada tecnicamente uma motocicleta. Ela se inclina nas curvas, porém de um jeito curioso. O chassi é que se move, enquanto as quatro rodas mantêm-se perpendiculares ao chão. Diferentemente de “motos de duas rodas”, nas quais rodas, pneus e quadro se inclinam ao mesmo tempo. E distinto da tecnologia de inclinar as rodas, usada em modelos de três rodas, como a Yamaha Niken. LM 410 é mais uma das criações “malucas” de Ludovic Lazareth
O curioso sistema de contornar curvas e o desenho ousado foram herdados de outra criação insana de Ludovic, a LM 487. O modelo, apresentado em 2016, usava o motor V8 da Maserati de 4,7 litros de capacidade e 476 cv de potência máxima. Mais insano do que sua motorização era o preço de cerca de 220 mil dólares, mais de R$ 1 milhão.Marca francesa também criou a LM 487, com motor Maserati V8 de 476 cv
Mas, segundo Ludovic, a nova LM 410 é uma moto mais leve que qualquer outro modelo já fabricado pela Lazareth, e que poderia levar a marca para um público maior. Mas, por esse preço? (por Arthur Caldeira)
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Chuvas de verão trazem riscos aos motociclistas; confira dicas
Alagamentos, buracos e enxurradas são perigos nessa época do ano
Todo começo de ano é a mesma coisa. O verão traz sol e céu azul, mas junto vêm as chuvas torrenciais, como as que caíram sobre a Grande São Paulo e o interior do Estado na última semana. Mesmo que evite andar de moto nesses dias, inevitavelmente você terá de enfrentar uma tempestade. Além do piso molhado, as chuvas de verão trazem outros riscos para os motociclistas. Confira cinco dicas para evitar problemas para você e para sua moto.
Reduza a velocidadeChuva forte prejudica a visibilidade
Uma dica unânime é que com chuva a velocidade precisa ser reduzida. Quando a chuva começa toda a sujeira do asfalto se mistura com a água, formando uma “pasta” que aumenta o risco de derrapagem. Acelere com cautela e freie suavemente.
Na tempestade pare a moto Quando a chuva vira tempestade, estacione a moto e espere passar. Além de dificultar a visibilidade de todos os motoristas e motociclistas, uma chuva muito forte pode esconder os perigos do asfalto. Uma poça pode ter 7 cm ou 70 cm de profundidade.
Cuidado ao estacionarForça da água pode derrubar sua moto
Evite estacionar em ladeiras, pois a força das enxurradas pode derrubar a moto e arrastá-la causando prejuízos. Não pare embaixo de árvores e nem em locais de risco de alagamento. Na cidade de São Paulo, há sinalização nas áreas que tenham histórico de enchentes.
Não enfrente alagamentos Pior ainda é tentar passar em uma área alagada. Quando o nível da água está alto o piloto pode cair em um buraco ou em um bueiro destampado. Também há o risco de bater com a moto em obstáculos, ou até na calçada, encobertos pela água.
Quando a água subirÁreas alagadas podem esconder bueiros destampados e buracos
O orientação é nunca cruzar áreas alagadas, mas, se for inevitável meça os riscos e o nível da água, que não pode passar do eixo da roda. Acima disso, existe o risco de a moto afogar e morrer, e a água entrar no filtro de ar ou escapamento podendo até estragar o motor.
Caso você veja que o alagamento não é tão profundo, mantenha a moto em aceleração constante, usando uma marcha mais reduzida, para evitar que a água entre pelo escapamento. Porém não não vá muito rápido, pois há risco de derrapar e cair. Muitos seguem veículos maiores, como ônibus ou caminhões, para cruzar um ponto de alagamento. Mas existe o perigo de ser derrubado pela onda formada pelo veículo. Portanto, evite. (Texto Arthur Caldeira / fotos Agência INFOMOTO, Tomaz Silva e Fernando Frazão/Agência Brasil)
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Ducati Superleggera V4: moto mais cara do Brasil custa R$ 700 mil; conheça
Superesportiva de 234 cv de potência terá apenas 500 unidades fabricadas e vendidas sob encomenda
“A moto dos sonhos torna-se realidade”. Com esse slogan a Ducati anunciou o lançamento da nova Superleggera V4, um edição exclusiva e limitada da superesportiva Panigale V4. A mais potente e avançada moto já construída pela fábrica italiana será vendida no Brasil sob encomenda por R$ 700 mil. As entregas começam em junho deste ano, mas é preciso um sinal de “apenas” R$ 100 mil para reservar uma das 500 unidades produzidas em todo o mundo.Com o kit de corrida, Superleggera V4 pesa apenas 152,2 kg e tem uma relação peso/potência de 1,54 cv por quilograma
Quadro, subquadro, balança traseira e rodas feitas em fibra de carbono são alguns dos motivos para o preço exorbitante e a incrível relação peso/potência de 1,54 hp/kg, maior até mesmo do que a versão de Superbike, a Panigale V4R. Na configuração racing, com escapamento Akrapovic, o motor de quatro cilindros em V, 998 cm³, produz 234 cv de potência máxima – e excelentes 224 cv com o escapamento homologado para as ruas. O peso do conjunto é de 159 kg – 16 kg a menos do que a Panigale V4 – mas cai para 152,2 kg com o kit de pista.Quadro, subquadro, balança traseira e rodas são feitos em fibra de carbono
Com uma eletrônica reformulada para quem quer acelerar na pista, a Superleggera V4 também conta com as “asas” da Ducati de MotoGP que geram uma downforce de 50 kg a 270 km/h e mantêm a superesportiva no chão.Superesportiva tem asas na carenagem que produzem downforce de 50kg a 270 km/h
Os privilegiados que adquirirem uma das 500 unidades poderão pilotar a Panigale V4 R, que compete no Campeonato Mundial de Superbike , na pista de Mugello. Ainda mais surpreendente, 30 proprietários da Superleggera V4 terão a oportunidade exclusiva de testar a Desmosedici GP20 usado por Andrea Dovizioso e Danilo Petrucci no Mundial de MotoGP, com o apoio dos engenheiros e técnicos da Ducati Corse. (por Arthur Caldeira)
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Testamos: Yamaha XMax muda panorama de simples e baratas das scooters
Yamaha XMax 250: veja em detalhes a scooter
Yamaha XMax 250: veja em detalhes a scooter
Um dos grandes lançamentos do Salão Duas Rodas 2019, e antigo desejo dos consumidores, a Yamaha XMax 250 chega ao Brasil com diversos itens de série para mudar o panorama das scooters, como meio de transporte simples e baratas. Com design moderno, sistema de iluminação de LED, chave de presença, os obrigatórios freios ABS e até controle de tração, a scooter de 250 cc será vendida por “salgados” R$ 21.990 – valor superior até mesmo às motos de 250cc da marca, como Fazer (R$ 16.100) e Lander (R$ 18.000).
Embora só chegue às lojas em abril, tivemos o primeiro contato com o modelo no final de janeiro. Por uma semana, rodamos com a nova scooter de 250 cc pelo trânsito da capital paulista e na Rodovia dos Imigrantes. Confira se vale a pena pagar tudo isso pela nova XMax.
Quase uma maxiscooterCom mais de 2 metros de comprimento e design imponente, XMax parece ser maior do que uma 250cc
O XMax 250 impressiona pelo porte imponente e bom acabamento das peças plásticas. Os faróis em LED e as linhas angulosas da dianteira, complementadas por um para-brisa, são inspiradas no TMax, scooter esportiva que é sucesso de vendas na Europa. A traseira robusta traz uma bela lanterna, também de LEDs, e contribui para que a XMax, embora tenha apenas 250cc, pareça maior, quase uma maxiscooter.
O assento em couro, com costuras aparentes, traz o nome do modelo em baixo relevo. A pintura fosca e a mescla de partes em preto com outras pintadas, como no paralama dianteiro, completam o visual sofisticado da XMax.
Se, por um lado, as dimensões generosas – 2,19 m de comprimento – e as rodas de liga-leve – aro 15, na dianteira, e aro 14, na traseira – fazem do XMax quase uma maxiscooter, também podem dificultar a vida dos mais baixos. O assento fica a 79,5 cm do solo – eu, com 1,71 m, apoiava as pontas do pé no chão. Nada que comprometa o uso por motociclistas mais experientes, mas pode complicar a vida dos iniciantes, principalmente em manobras.
Desempenho e consumoMotor tem 22,8 cv e consumo gira em torno de 29 km/litro, na cidade
Um dos destaques da XMax 250, principalmente para quem procura uma scooter maior, é seu motor. Com um cilindro, 250 cm³ e arrefecimento líquido, produz 22,8 cv de potência máxima a 7.000 rpm, além de um torque máximo de 2,5 kgf.m a 5.500 giros.
Em conjunto com o câmbio CVT (automático) é o suficiente para arrancar na frente até mesmo de motos maiores no semáforo. Rapidamente, atinge-se 80 km/h – o que, em uma cidade como São Paulo (SP), onde os limites são de 60 km/h, exige certo cuidado para não levar multas. Ou seja, o desempenho da XMax 250 “sobra” no trânsito urbano.Botão no punho direito permite “navegar” no painel e desligar o controle de tração
Para evitar derrapagens em pisos de baixa aderência – uma rua de paralelepípedos molhados, por exemplo – a Yamaha equipou o modelo com controle de tração. Apesar de ter entrado em funcionamento apenas em uma situação, é um importante e confortável item de segurança.
Alimentado somente por gasolina, fez uma média de 28,7 km/litro no uso urbano, segundo o computador de bordo que fica na tela de LCD do painel, que ainda informa o consumo instantâneo, carga da bateria, tem dois hodômetros, marcador de combustível e temperatura do motor – e um útil relógio para quem usa a scooter no dia-a-dia.
Na estrada, o desempenho também agrada. A aceleração é vigorosa até os 100 km/h e o motor é capaz de chegar a 145 km/h – mais até do que os modelos de 250cc da marca.
Estável e confortávelAssento amplo e plataforma proporcionam conforto ao motociclista
Mesmo em velocidades mais altas, a nova scooter da Yamaha mantém-se estável e transmite confiança ao piloto. Muito graças às rodas maiores e ao bom conjunto de suspensões. Na traseira, a XMax tem o tradicional sistema bichoque com dois amortecedores, porém na frente, a marca inovou. O garfo telescópico convencional conta com duas mesas – inferior e superior -, como uma moto “de verdade”. Com curso, as suspensões também absorvem muito bem as imperfeições do piso.
Com isso, o piloto tem bastante conforto mesmo nas mal-cuidadas ruas e avenidas da capital paulista, sem sentir que o conjunto de amortecimento chegou ao fim do curso. Em curvas, o trem dianteiro transmite confiança ao condutor – até mesmo no meu caso, que estou mais acostumado a motos do que a scooters.Suspensão dianteira “funciona” como o de uma moto
Vale destacar ainda a boa posição de pilotagem e o amplo assento da XMax. O piloto vai com o tronco bem ereto e a plataforma oferece espaço para mudar os pés de posição, na estrada, por exemplo. O para-brisa, que pode ser ajustado, com auxílio de ferramentas, me protegeu bem do vento e também da chuva, que insiste em cair no úmido verão paulistano.
Para parar com segurança os 179 kg (em ordem de marcha), há discos de freio com sistema ABS em ambas as rodas.
PraticidadeXMax 250 absorve as imperfeições do piso e dá confiança nas curvas
Mas de nada adiantaria a nova Yamaha XMax 250 ter bom desempenho e ciclística, não fossem os itens de praticidade. A começar pela Smart key (chave de presença): basta colocar no bolso, ou na mochila, girar o botão para liberar a ignição, abrir a tampa de combustível e um dos dois porta-luvas ou destravar o assento.Bocal do tanque fica no túnel central
Sob o banco, o espaço disponível (razão de ser de toda scooter) é impressionante. Ali cabem dois capacetes integrais e uma capa de chuva – ou um capacete e uma grande mochila. Em resumo, para meu uso, eu não precisaria comprar um bauleto: o espaço de carga sob o assento é mais que suficiente para o que eu carrego no dia-a-dia. E, de qubra, ainda há uma luz de LED para facilitar encontrar objetos à noite.
Por falar em noite, os bons faróis de LED merecem elogios: tem uma luz branca forte e ampla que ilumina o caminho à frente e deixa a scooter visível aos outros motoristas. Cavalete central e lateral são itens de série.
Mas vale tudo isso?Elegante e prática, XMax 250 veio incomodar a concorrência
Com tantos itens de série e até uma dose de tecnologia embarcada, a XMax 250 não é uma scooter “barata”. Afinal, o preço sugerido é de R$ 21.990, que deve chegar aos R$ 23 mil para o consumidor final. Apesar de alto, o valor é equivalente às concorrentes da categoria, porém com muito mais equipamentos.
A Honda abaixou o preço da sua SH 300i para R$ 20.990, pois sabe que a nova scooter da Yamaha é superior – e deve também lançar a Forza 300 em breve. A Dafra fez o mesmo com a veterana Citycom 300i, que caiu de R$ 19.900 para R$ 17.900. Ou seja, mesmo mais cara a nova scooter da Yamaha chegou para incomodar a concorrência.
Mas vale a pena pagar tudo isso por uma scooter? A resposta vai depender do seu uso. Se você usa a scooter apenas na cidade e não liga tanto para o desempenho, modelos com a Honda PCX 150 ou a Yamaha NMax 160 são suficientes – e até mais econômicas.
Mas se você não tem outra moto, ou carro, a moderna scooter da Yamaha pode ser uma boa opção. Elegante, prática no dia-a-dia e com fôlego para pegar a estrada, a XMax 250 eleva o patamar da categoria. (texto Arthur Caldeira / fotos Renato Durães)
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Em Aves de Rapina Caçadora acelera nova Triumph Street Triple RS
Naked inglesa de 123 cv tem o mesmo motor de três cilindros e 765 cm³ do Campeonato Mundial de Moto2
O grupo de vigilantes de Gotham City “Aves de Rapina” é velho conhecido dos fãs de quadrinhos da DC Comics. Mas chega hoje (6 de fevereiro) aos cinemas em uma nova versão contada pela personagem Arlequina, protagonizada por Margot Robbie, liderando a equipe. No longa“Aves de Rapina – Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa”, o grupo formado apenas por mulheres ainda conta com Jurnet Smollet-Bell no papel da Canário Negro, Rosie Perez como Renee Montoya, Ella Jay Basco na pela de Cassandra Cain e Mary Elizabeth Winstead, vivendo a Caçadora. Gangue de vigilantes, liderada pela Arlequina (ao centro), estreia hoje nos cinemas
A nova geração da Triumph Street Triple RS, mostrada no Salão Duas Rodas 2019 é destaque no filme, pilotada pela misteriosa especialista em bestas, a personagem Caçadora, que une forças com Arlequina, Canário Negro, Renee Montoya e Cassandra Cain para formar uma gangue de garotas vigilantes.Personagem Caçadora é vivida pela atriz Mary Elizabeth Winstead
No filme “Aves de Rapina – Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa”, a Caçadora utiliza a Triumph Street Triple RS em busca de vingança contra aqueles que prejudicaram sua família. Como um bom longa de ação, não faltam cenas com performances explosivas de moto, acrobacias e pilotagem dinâmica.
Motor de “pista”
Além de potente, Street Triple RS tem ciclística precisa e muita eletrônica embarcada
A naked Street Triple RS foi lançada em 2017 com o novo motor de três cilindros e 765 cm³ da Triumph – o mesmo que equipa as motos do Campeonato Mundial de Moto2. Leve, com 166 kg a seco, e potente, com 123 cv, a naked tem ainda ciclística precisa e um bom pacote eletrônico.Belo painel com tela colorida de TFT é um dos destaques da moto naked
Destaque para o belo painel de TFT com tela colorida de 5” e seis modos de exibição. Cinco modos de pilotagem, controle de tração, freios ABS e quickshifter fazem da Street Triple Rs uma naked esportiva e devoradora de curvas. A nova geração não tem data definida para chegar ao Brasil, mas isso deve acontecer ainda neste ano. A marca comercializa por aqui o modelo 2019 por R$ 51.000. (texto Arthur Caldeira / fotos Divulgação)
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Nada de mais humilde: 7 motos que têm tecnologia de carrões de luxo
Modelos luxuosos, como a Honda Gold Wing Tour, contam com itens de conforto e segurança de fazer inveja a muito automóvel
Pode parecer incrível, mas no início dos anos 2000, ainda eram raras as motos que tinham injeção eletrônica de combustível! Porém, esse cenário mudou muito. Hoje a tecnologia de ponta invadiu de vez o mundo das duas rodas. Aceleradores eletrônicos (ride-by-wire), freios ABS, controle de tração, diferentes modos de pilotagem, central multimídia… Enfim, dispositivos antes encontrados apenas em carrões de luxo agora também equipam as motos. O que deixa os veículos de duas rodas não somente mais rápidos e modernos, mas também mais seguros. Conheça algumas das tecnologias existentes em veículos de quatro e duas rodas.
Start & Stop
Em tempos em que o litro da gasolina custa R$ 5,00 e precisamos diminuir a emissão de poluentes, alguns automóveis de luxo saem de fábrica com o sistema Start&Stop, que desliga o motor quando o carro fica parado por um determinado tempo em um semáforo, por exemplo, ou ainda nos congestionamentos cada vez maiores em muitas cidades do mundo.
Nas motos essa tecnologia não é comum, talvez porque fiquem menos tempo paradas no trânsito ou porque já são econômicas. Mas há um modelo, à venda no Brasil, que traz essa tecnologia: o scooter PCX 150 da Honda. Apesar de a marca japonesa chamar de sistema Idiling Stop, o funcionamento é o mesmo: desliga o motor em paradas mais longas (acima de 3 segundos) e o religa em uma fração de segundo assim que o piloto volta a acelerar.
Modos de pilotagemMais conhecido como modo de condução nos carros, mas chamado de modo de pilotagem (riding mode) nas motos, o sistema permite alterar diversos controles eletrônicos de uma só vez, adequando o veículo para o tipo de uso. Comum em muitos modelos, um bom exemplo do que os modos de pilotagem pdoem fazer é a aventureira Ducati Multistrada 1260S, que é praticamente 4 motos em 1. Cada um deles muda os parâmetros do controle de tração, dos freios ABS, do controle de empinada e das suspensões semi-ativas.
Essa tecnologia, também existe nos carros. Está presente em modelos top de linha como a perua Audi RS4 Avant. O Audi Drive Select oferece três modos de condução – Conforto, Automático e Dinâmico –, que alteram não só a resposta do acelerador, mas também a configuração da direção e do câmbio. O sistema ainda faz variar o som do escapamento, no modo Dinâmico.
Câmbio de dupla embreagem Já há alguns anos, carros mais sofisticados, como o Audi A8, por exemplo, trazem o câmbio automático com dupla embreagem. Uma tecnologia que chegou há pouco tempo nas motos. Atualmente, apenas a Honda utiliza câmbio com duas embreagens, e a scooter X-Adv 750 é, por enquanto, o único modelo à venda no Brasil equipado com a tecnologia.
O câmbio DCT (Dual Clutch Transmission) é semelhante ao utilizado no Honda NSX, esportivo da marca japonesa. A transmissão tem como principal característica duas embreagens: uma delas aciona as marchas ímpares (1ª, 3ª e 5ª) e a outra as marchas pares (2ª, 4ª e 6ª) independentemente. As duas embreagens operam alternadamente para agilizar as mudanças de marchas. Por exemplo, ao trocar de primeira para segunda marcha, a central eletrônica detecta a subida de marcha e engata a segunda e, só então, desengata a primeira marcha para oferecer uma troca quase que imperceptível
Suspensão semiativa A tecnologia já chegou também às suspensões das motocicletas. A BMW S 1000 RR, por exemplo, tem suspensões que, além de um ajuste eletrônico da compressão, do retorno e da pré-carga da mola, conta ainda com sensores que “leem” as condições do pavimento, regulando as suspensões de acordo com o piso em que a moto está rodando e a forma como o motociclista está pilotando.
A tecnologia nasceu nas pistas, mas a eletrônica também ajuda os motociclistas nas estradas. Tanto que muitos modelos bigtrail também contam com suspensões semi-ativas para absorver melhor as imperfeições do piso.
Central MultimídiaEmbora a Honda Gold Wing tenha sido a primeira motocicleta do mundo a incorporar o CarPlay, sistema da Apple para espelhar o iPhone em centrais multimídias de veículos, atualmente outros modelos da marca japonesa, como a nova Africa Twin 1100, e as motos da Harley-Davidson também têm modernas centrais multimídias de fazer inveja a muito carro básico por aí.
Com o CarPlay é possível controlar as funções do smartphone diretamente pelos controles físicos da moto. A tela do iPhone é reproduzida na tela de 7 polegadas colorida e sensível ao toque da central multimídia da Gold Wing. O potente sistema de som da grã-turismo reproduz as músicas da sua playlist e as chamadas podem ser atendidas pelo intercomunicador no capacete.
Faróis direcionaisFeita para viajar, a Kawasaki Versys 1000 têm diversos dos itens de conforto e segurança citados acima, mas também conta com faróis direcionais, de LED, que ficam na carenagem lateral e acendem conforme a moto se inclina nas curvas.
Um item presente em muitos carrões que ajuda a iluminar a parte interna da curva à noite e chega para aumentar a segurança do motociclista.
SuperchargerEmbora o turbo compressor seja mais comum nos automóveis, o princípio do supercharger, tecnologia exclusiva da Kawasaki, usada em modelos como a Ninja H2 SX, é o mesmo. “Empurrar” mais ar para o motor e otimizar a mistura ar combustível para gerar mais potência.
A diferença é que o compressor da Kawasaki não utiliza o ar quente obtido na explosão dentro do cilindro para girar como uma turbina. Ligada ao virabrequim a peça trabalha com a força gerada pelo próprio motor. O compressor, cuja rotação fica na casa das 130.000 rpm, ajuda a atingir números de desempenho impressionantes, como os 326 cv, como na H2R, versão de pista do modelo. (Por Arthur Caldeira)
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