Tumgik
pepemullins · 2 years
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please don’t hate me
Onde: Nos corredores do colégio
Quando: Quarta-feira (quatro dia após a festa de Christian)
Se o primeiro dia de aula depois da festa havia sido insuportável para Penelope, o segundo e terceiro não foram muito diferentes, especialmente ao notar que sua relação com Rise estava se tornando cada vez mais distante ao ponto de até levantar interrogações no grupo de amigas. As duas sempre estavam juntas (quando Pepe não estava com David, claro) e trocavam mensagens constantemente, no entanto, até seus sorrisos quando se cruzavam pelos corredores não eram tão brilhantes quanto antes. Tudo estava dando errado para as duas e nem mesmo chorar escondido no banheiro estava ajudando a aliviar a dor que sentia no peito, sobretudo quando o cover de Boyfriend fazia moradia em sua mente. As coisas teriam sido diferentes caso não tivesse topado participar da festa, nisso tinha certeza, mas como se arrependeria de uma noite tão boa em que se sentiu tão si mesma? Mullins só queria que as coisas não fossem tão complicadas.
Imaginando que seria mais um dia sem conseguir conversar com a melhor amiga, Penelope foi surpreendida pela professora de música ao ser colocada juntamente com Rise na missão de passar nas demais salas de aula informando sobre o recital que aconteceria na próxima semana. Por mais que não se sentisse confortável em falar em público quando estava tão chateada, a estudante não podia negar quando isso também poderia trazer uma mensagem errada a sua companheira — e a última coisa que queria era transmitir que não queria estar ao lado da Lee-Navarro, porque era o completo contrário. Então, apenas acenou com a cabeça, pegou os panfletos e saiu ao lado da loira para realizar o trabalho. Um silêncio desconcertante pairou entre as duas enquanto andavam pelos corredores após fazer um anúncio energético e sorridente nas primeiras salas de aula, mas a falta de palavras foi quebrada ao serem agressivamente enxotadas de uma das salas assim que abriram a porta educadamente para fazer o que precisavam fazer. — Que filho da puta! — bufou Pepe assim que fechou a porta com velocidade. — O que custa parar de falar por um minutinho? — o Professor Conway era conhecido por ser rude, mas isso não deixava de irritar a estudante. Pegando alguns panfletos que @risenshne carregava, Pepe se agachou para passar alguns debaixo da porta só para dizer que tentaram. — Para onde nós vamos agora?
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pepemullins · 3 years
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wanting you now but that’s wishful thinking
onde: residência dos lee-navarro, pelo colégio quando: final de semana pós-festa do christian, segunda feira pela manhã
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pepemullins · 3 years
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a night you won’t remember (the one you won’t forget)
onde: residência dos lee-navarro, festa na casa de christian quando: sexta-feita, fim da primeira semana do junior year
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pepemullins · 3 years
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first touch // AU
quando: durante o spring break do freshman year onde: casa de veraneio dos Mullins em Laguna Beach
PENELOPE.
Levando em consideração o horário que precisariam acordar na manhã seguinte para seguirem a programação da família, já estava bastante tarde para as duas ainda estarem acordadas e cheias de energia. Talvez era efeito dos vários doces e outras besteiras que comeram escondido mais cedo, mas não podiam fazer nada se o jantar que serviram foi o ensopado nojento de seu padrasto e as guloseimas de emergência precisaram ser devoradas pelo nível de fome que tinham. De qualquer forma, a vontade de dormir era nula e o simples fato de não conseguirem ficar em silêncio ou paradas por muito tempo no quarto evidenciavam isso, pois sempre conseguiam arranjar algum assunto para conversar ou alguma brincadeira boba para rirem.
Dividindo a mesma cama, o que começou com um cutuque na cintura de Rise rapidamente se transformou numa batalha de cócegas e, depois, numa lutinha. Não era a primeira ou a segunda vez que isso acontecia e Penelope já estava bastante frustrada de normalmente ser a perdedora nessas brincadeiras, então estava com sangue nos olhos para imobilizar a amiga e fazê-la se render. Não querendo acordar seus pais ou seu irmão reclamão, o rosto feminino estava vermelho de tanto segurar as próprias risadas e da força que fazia, porque Lee-Navarro era incrivelmente forte e tentar ficar sobre ela estava exigindo muito esforço de sua parte. Todavia, também era inevitável sentir seu coração bater mais forte e sua respiração falhar brevemente com a proximidade de seus corpos — e as vezes em que alguma das pernas dela ficava entre as suas. Em outras circunstâncias, esses acidentes não lhe causariam alarde, afinal, estavam apenas brincando, mas Rise não era apenas a sua melhor amiga, ela também era sua crush secreta e já havia protagonizado alguns dos sonhos que não ousaria externar. Quando Penelope finalmente conseguiu imobilizar as mãos delas com as suas, encontrar a amiga com o pijama todo bagunçado sobre si acordou uma parte sua que preferia manter apagada, pois não se orgulhava dela e que poderia causar problemas às duas. — Eu venci! — comemorou baixinho com um sorriso e, para evitar a facilitação de uma inversão de posicionamentos, a morena nem sequer se deu o trabalho de levantar a alça da blusa que vestia como pijama. — Só vou te soltar quando você aceitar isso. — anunciou tentando se manter divertida quando a sua atenção queria ir para outro lugar. Os lábios que sentiam saudades… o que a camiseta feminina, que já se encontrava com um botão desabotoado, tentava esconder… Não, não, não! Isso talvez seria demais. — E ai? — esforçava-se para manter seus olhos nos dela, embora vacilasse um segundo ou outro.
RISE.
se rise soubesse melhor das coisas, ela saberia muito bem que a sua relutância para dormir tinha pouco a ver com os doces que haviam consumido e muito mais da sua vontade de não perder cada instante com pepe, pois sentia-se aflita se não conversassem por muito tempo, sua mente insistido que hora ou outra penelope iria descobrir os verdadeiros sentimentos de rise e isso as fariam se afastar. se elas conversassem ou brincassem como sempre faziam, talvez a melhor amiga não fosse perceber que o olhar de rise se tornava mais brilhante sempre que se pegava olhando-a, ou como sempre abusava de toda oportunidade que tinha para tocá-la ou ser tocada, pois essas coisas ela tentava esconder, quem sabe até dela mesma que tinha dificuldades em aceitar a sua vontade de arruinar aquela amizade que significava tanto para si. às vezes ela pegava se consolando pelo fato de ser algo natural, afinal pepe crescia e ficava ainda mais bonita a cada dia e rise já tinha a mais plena noção de que era atraída por garotas, era melhor pensar que era só o apelo da imagem, ainda mais quando se encontravam sob o mesmo teto que uma parte dos mullins, pois ter aqueles pensamentos impróprios perto de pessoas tão religiosas era estranhamente desconfortante, quase como se eles tivessem a capacidade de ler seus pensamentos e a julgavam por tudo que passava em sua cabeça.
entretanto, ao mesmo tempo que era fácil se perder nesses surtos, pepe sempre soube apertar os botões certos da menor de forma com que se esquecer de tudo aquilo e simplesmente desempenhar seu papel de melhor amiga vinha com incrível facilidade, tanto que quando começaram com as brincadeirinhas mais estúpidas, tudo que rise fazia era se controlar para não rir. não era competitiva como seus pais e irmão, mas era sempre gratificante se mostrar a mais forte quando pepe era claramente maior que ela, por isso lutava afinco, desligando a parte de sua cabeça que fazia-a surgir com sons extremamente manhosos toda vez que se tocavam sem querer em algum dos lugares proibidos, fingindo que todas as suas reações eram parte da brincadeira e não resultados do estranho formigamento que já sentia entre as suas pernas desde os primeiros deslizes e só se agravou quando pepe finalmente conseguiu imobilizá-la. — não venceu ainda. — disse entre risinhos, se debatendo entre a cama e o corpo de pepe, não havia muita vontade por trás de suas ações porque cada movimentação sua resultava nela encostando na perna de penelope de uma forma que ela não conseguia decifrar se era boa ou ruim, só era diferente. finalmente relaxando seu corpo sobre o colchão, rise bufou em uma falsa irritação, seu rosto virado no travesseiro para que não olhasse no rosto de pepe quando admitisse sua derrota, mas ainda não, — ‘tá doendo… — disse manhosa, seus olhos se fechando ao plantou seus pés na cama para poder elevar um pouquinho seu quadril, movendo-se deliberadamente contra a coxa de pepe. com os olhos fechados acreditava que não causaria nenhum estrago, afinal, o que os olhos não veem o coração não sente, só não contava que outra parte de si definitivamente sentiria, e era intenso.
PENELOPE.
Penelope não era competitiva, mas sempre se enfiar numa brincadeira em que sairia como perdedora não tinha a menor graça, então via a sua determinação em sair por cima como uma forma de tornar as coisas mais divertidas e mostrar que não é tão fraca quanto parecia ser. Entretanto, em momento algum imaginou que ter aquela visão da amiga a afetaria tanto e a sua mente só conseguia pensar sobre o que passava na cabeça de Rise quando ela era quem ficava por cima. Será que ela se sentia diferente da mesma forma? Por mais inútil que fosse refletir sobre o assunto, afinal, tentava ignorar os próprios sentimentos a respeito da amiga para não ser descoberta, Penelope ficava chateada em se imaginar totalmente sozinha com tais desejos — mesmo que não fosse uma surpresa. Por mais que havia se tornado mais vaidosa com a própria aparência e seu corpo se desenvolveu da maneira oposta ao imaginado, a garota ainda se sentia a mesma de antes: feia e sem graça; então era natural pensar que Lee-Navarro nunca teria olhos para si e estava presa no que chamavam de friendzone, porque existiam garotas muito mais bonitas e interessantes no colégio. Amélia, que podia ostentar o título de primeiro beijo com garotas da Rise, era definitivamente uma delas e era doloroso vê-las juntas se dando tão bem. Perfeitas uma para outra.
Todavia, ao que tentava conter a amiga para se manter no posto de vencedora, Penelope foi surpreendida pela movimentação feminina contra sua perna, que arrancou o ar de seus pulmões completamente. Seu corpo estava um pouco mais quente que o normal graças à brincadeira e o formigamento por entre suas pernas passou a incomodá-la, porque já havia se sentido daquela forma antes quando assistiu aos vídeos proibidos escondida e era inevitável afastar aquelas imagens da mente quando existiam tantas semelhanças. Sentia-se errada, porque era óbvio que Rise não estava se sentindo do mesmo jeito já que se movimentava tão deliberadamente contra si. —Desculpa. — falou baixo desconcertada com a maneira diferente que seu corpo respondia às reações dela, mas desejando permanecer de tal forma. O que deveria fazer? Com a perna presa, Mullins decidiu fazê-la parar deitando seu corpo sobre o dela, até porque não existia tanto espaço no colchão para simplesmente se jogar ao lado feminino. — Mas eu venci. — riu baixo próximo ao ouvido dela, apesar de sua respiração estar levemente alterada por aquelas sensações esquisitas e seu coração, acelerado. Não duvidava que ela conseguiria sentir seus batimentos daquela forma. Finalmente soltando os pulsos dela, a morena tentou agir naturalmente com reações mais naturais de sua parte, então alcançou uma das mãos dela para depositar um beijo carinhoso onde havia a segurado. — Um beijinho para sarar porque eu não sou um monstro como você. — disse dramaticamente. — Que sempre faz isso comigo e fica nem aí. — era exagero de sua parte, claro, porque nunca doeu quando era ela por baixo. — Mas eu te machuquei mesmo?
RISE.
rise não sabia como se sentir quando pepe desabou sobre si, desapontada por ter perdido aquele tão breve estímulo e sem saber o que fazer agora que a tinha ainda mais próximo de seu corpo. não era segredo para ninguém que pepe era bem mais desenvolvida que rise, magra e franzina, enquanto a maioria de suas amigas já estavam trocando de sutiãs, ela ainda usava o infantil que sempre usou desde que havia se tornado mocinha, como sua avó embaraçosamente colocava, mas pepe era diferente, o volume de seus seios noticiável e rise podia senti-la com clareza contra seu próprio peito, era tão diferente, ela se perguntava se seriam macios e ansiava por tocar a amiga, mas aquilo era tão errado que seu cérebro nem a deixava terminar de processar aquele pensamento antes de ocupar a sua mente com outra coisa, qualquer coisa que fosse. porém aquela se mostrou uma batalha perdida antes mesmo de ter começado, porque a respiração de rise ficou presa em sua garganta quando a amiga riu próximo a sua audição, arrepios percorrendo todo o seu corpo com aquele doce som tão perto de si e, o melhor, só pra ela.
não admitiria que ela havia vencido, porque não gostava de dar o braço a torcer assim tão fácil quando se tratava de sua força, uma das únicas coisas que podia dizer que era superior do que penelope e carregava isso com orgulho, mas se derretia cada vez mais com cada movimento da mullins, o beijo carinhoso fazendo-a suspirar pois atos como aqueles onde podia sentir o carinho da amiga sempre mexiam muito com ela. — eu sou um monstro então? — questionou baixo com um biquinho, finalmente tomando coragem para fitar o rosto de pepe e notar que a respiração dela estava descompassa assim como a sua a fez engolir em seco ao que levava timidamente suas mãos aos ombros da outra, uma de suas pernas subindo também acanhada até que conseguisse encaixá-la na lateral do quadril de penelope e então puxar a amiga para um abraço apertado ao que escondia seu rosto na curva do pescoço feminino, um leve soluço escapando de seus lábios ao que sabia que estava cometendo um erro, mas não queria parar. — não foi ali que doeu. — apertou-a ainda mais em seus braços, tentando subir mais a perna na lateral do corpo dela em busca de qualquer tipo de contato que pudesse conseguir. — dói como a sophie disse pra gente que doeu quando ela se tocou. — sussurrou, mesmo que amedrontada do que pepe pudesse pensar, escolheu ser honesta com ela, afrouxando assim seu aperto para que a garota se afastasse dela, sentia-se nojenta por querer impor mais um de seus primeiros para cima da amiga, era tão egoísta dela.
PENELOPE.
Com a imagem feminina e a sensação de tê-la em sua coxa presas em sua mente em replay, Penelope tentava se agarrar a qualquer conversa ou sinal que a fizesse retornar à personagem de melhor amiga, porque não parecia correto nutrir pensamentos tão impuras quando esses pareciam ser unilaterais, além de estarem sob o teto da mulher que condenava tais práticas. Por mais curiosa que estivesse em sentir os seios femininos, que quase foram revelados momentos atrás, em tocar em suas pernas macias e em ouvir novamente os sons manhosos que a escaparam, Rise era a sua melhor amiga e, diferentemente do primeiro beijo trocado, a morena tinha consciência que o que desejava não era algo comum entre amigos. Ou, pelo menos, era o que acreditava. — Só um pouquinho. — brincou no esforço de se desligar da sua parte proibida, porém o rosto feminino virando em sua direção a pegou de surpresa, pois estavam ridicularmente próximas e conseguia sentir a respiração descompassada dela soprar seu rosto com suavidade. A primeira e última vez em que estiveram tão próximas uma da outra foi exatamente na noite em que se beijaram pela primeira vez e retornar àquela lembrança era suficiente para que seu rosto se tornasse rubro e seus olhos buscassem os lábios dela involuntariamente. Mesmo que tentasse relacionar o ritmo respiratório dela ao esforço físico da brincadeira, Penelope definitivamente não conseguia parar de pensar na possibilidade dela estar se sentindo da mesma forma que si.
Ou talvez estava apenas projetando seus desejos na amiga. Engolindo em seco à medida que seu corpo era pressionado contra o de Rise no abraço apertado que lhe recheava de arrepios, afinal, toda aquela interação estimulava cada vez mais os seus pensamentos lascivos e o tentativo formigamento em sua intimidade, a respiração de Penelope cessou brevemente com o sussurro feminino final. Havia ouvido corretamente? Em silêncio, a garota precisou piscar algumas vezes e era difícil identificar se era por alívio ou surpresa. Não fazia muito tempo desde o assunto masturbação foi incluído nas conversas do seu grupinho, esse sendo um dos motivos para ter tentado experimentar o que suas outras amigas experimentaram ao procurar vídeos pornôs na internet e esperar aquela dor. A sensação que crescia em seu corpo ao assistir tais vídeos era muito parecido com o que possuía seu corpo pouco a pouco com os toques acidentais da perna de Lee-Navarro por entre as suas e a visão privilegiada que teve dela sobre si, porém com uma única diferença: o que sentia no momento era muito mais intenso. A dor era muito maior. Apesar de ter se sentido diferente em tal tentativa, Mullins não permitiu que sua mão invadisse a própria calcinha, no máximo, cruzou as pernas para criar uma pressão na área e conter aqueles formigamentos, porém estando ali com a melhor amiga, não tinha como utilizar daquele método. Deveria revelar que se sentia da mesma forma? Não parecia justo a Rise ser a única honesta. Ao ter o abraço afrouxado e com a liberdade para apoiar suas mãos no colchão mais uma vez, a garota retornou à posição de antes para que pudesse encará-la e ter certeza de que não passava de uma alucinação. — Também dói em mim. — soltou receosa, mas não conseguindo controlar seus olhos de vagarem pelo corpo feminino sob si. — Eu nunca me toquei… você sabe como faz?
RISE.
não existia melhor lugar para se esconder do que na curva do pescoço de penelope, mesmo que o perfume da melhor amiga que antes era sinônimo de calma, agora trazia um furacão em seu estômago, pois as borboletas que sempre sentia ali já haviam destroçadas com a força dos sentimentos que lhe consumiam. não queria se afastar dela, muito pelo contrário, queria cada vez mais que ficassem juntas daquela forma, rise sentindo coisas que nunca havia sido capaz de sentir antes, porque apesar da curiosidade atiçada por todas as histórias das amigas e os contos dos vídeos eróticos que todas saíam dizendo que assistiram, ela sempre teve medo de fazer aquilo sozinha. no fundo sabia que os vídeos que elas assistiam não fariam absolutamente nada para ela que sempre preferiu as curvas delicadas e peles macias ao toque das garotas, procurar por esses vídeos parecia como um pecado ainda maior quando sabia muito bem que a imagem que teria em sua cabeça não seria de uma moça aleatória e sim de pepe, sua melhor amiga, porque toda vez que havia se sentido quente daquela forma havia sido por causa dela, sempre fazendo as coisas mais mundanos do mundo, mas que sempre pegavam rise de jeito e não foi diferente quando a outra passou a encará-la quando rise já estava pronta para se lamentar sobre ela ter se afastado.
num primeiro momento ela estava com muito medo de devolver o olhar de pepe pois não sabia o que encontraria ali e se a amiga tivesse qualquer reação negativa, rise se remoeria sobre mais essa idiotice sua para sempre, pois não era boba o suficiente para acreditar que aquele era um errinho comum, porque sabia que era algo que tinha a capacidade de abalar toda a amizade delas. era difícil explicar o que sentiu quando pegou os olhos de pepe instantes antes de notá-los mudarem de foco e saber que ela era o foco era bem diferente, sem contar saber que estavam na mesma situação, pois para isso a garota não tinha nem palavras, escolhendo levar suas mãos à cintura de pepe em um leve aperto ao que se via hipnotizada pelo semblante da outra, seu lábio inferior preso entre seus dentes ao que derretia-se em suspiros de antecipação conforme negava com a cabeça diante da pergunta dela. — eu tive medo, — confessou em um sussurro, — não queria fazer sozinha. — ofereceu-a um pequeno sorriso tremido, sua destra deslizando desastradamente sobre seu corpo até que alcançasse o meio de suas pernas, sobre o tecido de seu shorts e calcinha, o toque parecia bobo, mas fez rise fechar os olhos imediatamente em uma arfada diante daquele primeiro toque real, a mão que ainda mantinha na cintura de pepe apertando-a ainda mais. mas assim como a onda de prazer que sentiu, também veio a vergonha, pois fechou suas pernas imediatamente e empurrou a amiga para que ela voltasse a se deitar ao seu lado no colchão, não conseguiria fazer aquilo se ela continuasse a olhando daquela forma, sua mente fantasiosa atribuindo outros significados aos olhares de penelope. — a gente podia tentar. não precisamos se tocar… se não quisermos… só ver o que parece certo. — explicou timidamente, na verdade ardia para que se tocassem, mas pepe não precisava saber daquilo e rise se contentaria com o que pudesse ter, porque já era mais do que ela imaginava. — posso tirar meu shorts?
PENELOPE.
Penelope não era tão inocente quanto costumava ser há alguns anos, tendo consciência de que os sentimentos que nutria pela Rise não eram apenas ligados à amizade, então a ideia de se deixar perder pela própria curiosidade carregava muito mais intenções e esperanças do que quando decidiu genuinamente perder seu BV com a garota. E isso era errado. Sua família nunca aprovaria um relacionamento entre as duas e sentia que conseguiriam permanecer juntas por muito mais tempo se mantivessem a amizade, pois não existia “felizes para sempre” e relacionamentos românticos não garantia durabilidade. Não queria cometer algum erro e perdê-la. Entretanto, como poderia agir racionalmente quando seu corpo queria tanto continuar naquela corda bamba? O aperto feminino em sua cintura e a maneira tão manhosa como ela agia eram seus pontos fracos. As entrelinhas presentes na resposta de Lee-Navarro fizeram com que a respiração da maior se tornasse mais descompassa, seus olhos não conseguindo evitar de acompanhar o trajeto que a mão da amiga fazia até o meio das pernas e a reação dela ao próprio toque refletido em sua cintura tornaram toda a situação ainda mais complicada de se escapar, porque Penelope não queria escapar. — Você teve medo de que? — questionou engolindo em seco. Queria permanecer ali e explorar quaisquer primeiras vezes que conseguisse na desculpa de que se confiavam demais e no desejo de que fosse especial, mas quem cairia nesse papo? Ninguém fazia isso!
Talvez o importante fosse só as duas se enganarem e acreditarem. Com o repentino fechar de pernas da Rise, Mullins levou um pequeno susto ao ser empurrada para o lado da cama e sua cabeça se embaralhou por completo. Será que ela mudou de ideia? Conseguia até mesmo sentir seu corpo implorar para que a resposta fosse “não”, afinal, aquela seria uma oportunidade única e por mais receosa que estivesse com as consequências, Penelope queria aproveitar e deixar o futuro no futuro. Ainda tentando digerir o que estava prestes a acontecer, a garota não conseguiu prestar atenção em todas as palavras seguintes da amiga, sua audição muito mais concentrada em como a voz dela soava do que com o conteúdo, e sua mente só retornou à realidade quando a pergunta final escapou dos lábios femininos. Não deveria deixar isso acontecer… o que Ele pensaria? — Pode. — respondeu baixinho e trêmula de ansiedade, porém, antes que a outra removesse a peça, a morena fez o mesmo deixando os shorts jogado sobre a cama de qualquer forma. O colchão não era tão espaçoso quanto suas camas, então era inevitável que suas pernas se encostassem mesmo que abertas minimamente. O desejo de se tocar se tornava infernal com todo o erotismo presente na ideia de fazê-lo juntamente com a pessoa mais que amava, mas também não conseguia se desconectar por completo do quanto considerava isso uma loucura. Foda-se, não tinha como voltar atrás. — Eu vi um vídeo esses dias… — sussurrou enquanto sua mão invadia a própria calcinha vagarosamente, o primeiro contato trazendo um incrível alívio e a primeira movimentação desajeitada causando-lhe arrepios. Não tinha muita ideia de como fazer, mas sabia de uma coisa ou outra graças aos vídeos que assistiu. — Se quiser a minha ajuda… eu posso te tocar também. — soltou num suspiro pesado, seu rosto virando na direção da Rise para observar suas reações e iniciativas, além de apoiar sua mão livre sobre a coxa dela. Poderia considerar aquilo um sinal de força, mas, na verdade, Mullins precisaria daquele contato para ter a certeza de que não estava dentro de uma das suas fantasias.
RISE.
era difícil para rise explicar direito o que tanto a amedrontava, a questão de pepe a deixando quietinha por alguns instantes. por mais que já soubesse muito bem de sua preferência, sempre que conversava com suas amigas normais, ela não podia deixar de considerar de que talvez existisse alguma coisa errada com ela, todas as garotas olhavam para garotos, até mesmo amelia que dizia gostar de rise mesmo ela sendo uma garota, então porque com ela era tão diferente, garotos eram completamente indiferentes em sua vida e eles sempre desempenhavam um papel tão grandioso na vida sexual das garotas que quando via vídeos de casais, rise não conseguia simplesmente ignorar o sentimento de que talvez estivesse quebrada. — de não conseguir. — respondeu vagamente, seu olhar desviando do rosto de pepe para qualquer canto que pudesse enxergar na meia luz, não queria que a amiga soubesse daquelas coisas, porque sabia que ela não entenderia.
a permissão de pepe foi tudo que rise precisou para se livrar da peça irritante de seu short, o tecido sendo abaixado por suas coxas e rapidamente chutados para fora da cama em súbita pressa da parte da menor, aquilo estava acontecendo, era real e pepe estava com ela. com um suspiro, rise seguiu atentamente o trajeto que a mão de pepe fez até entrar em sua própria calcinha, a visão fazendo-a perder algumas batidas de seu coração ao que agarrava discretamente o lençol ao seu lado em um pane que a impedia de se mover, seu olhar correndo de volta ao rosto da amiga quando sentiu o olhar dela em si, um pequeno sorriso delineando seus lábios, queria tanto dizer alguma coisa à pepe, mas a única forma que conseguiu se expressar foi aproximando seu rosto do dela e selando seis lábios inocentemente, um ponto de conforto para o turbilhão que tomava conta de si, nesse mesmo instante imitando o que havia visto a amiga fazer antes, a umidade em sua calcinha assustando-a em um primeiro momento porque nunca havia chego aquele ponto, mas a facilidade com que conseguia deslizar seus dedos de uma maneira prazerosa em sua intimidade fez com que a garota soltasse um gemido contra a boca de pepe, a qual não conseguia se afastar por muito tempo sem surtar, a ideia da amiga tocando-a era demais para ela aguentar naquele primeiro momento. — espera um pouquinho… — disse em um suspiro quando seus dedos encontraram um ponto particularmente prazeroso para acariciar, seus movimentos eram desajeitados, mas se via sempre procurando por mais, mais atrito, mais velocidade em seus dedos. — pepe… — gemeu baixinho, o aperto em sua perna sendo o incentivo que precisava para colocar a sua perna sobre a de pepe, assim podendo abri-las um pouco mais do que o pouco espaço na cama permiti, sua mão livre buscando a de pepe em sua perna para poder entrelaçar seus dedos, apertando-a com força a cada movimento de seus dígitos, ela queria tanto perguntar se penelope estava tão molhado quanto ela, mas não conseguiu encontrar as palavras, optando por soltar as suas mãos e deslizar a sua palma lentamente pelo interior da coxa da amiga, tentativamente para dá-la a oportunidade de recusar o toque que buscava.
PENELOPE.
A mãe de Penelope não se orgulharia nenhum pouco do histórico de pesquisas da filha, porque a garota não possuía muitos filtros ou receios na hora de procurar saber de algum assunto por mais proibido que pudesse ser, porém a mulher não era uma expert em tecnologia para descobrir onde ver a verdade por trás do rosto angelical da mais nova, que também era bastante cuidadosa utilizando navegações anônimas. Quando suas amigas começaram a conversar sobre masturbação, a Mullins já havia experimentado se tocar, mas nunca insistiu até o fim para ver o que acontecia pelo medo de ser descoberta de alguma forma, então foi natural da sua parte pesquisar para saber exatamente o que acontecia ao se permitir fazê-lo por mais tempo e confirmar se o que as outras falavam era verdade. Textos, vídeos e fotografias. Por mais inexperiente que fosse, a morena sabia de uma coisa ou outra graças à internet. — Eu vi que não é tão fácil conseguir nas primeiras vezes. — disse em busca de confortá-la, mas não tinha certeza sobre como fazer aquilo se tornar fácil. Lembrava-se vagamente de ter lido sobre precisar resgatar os pensamentos corretos e relaxar, mas como saberia que um pensamento é correto ou não? Era muito vago. — Mas vamos tentar juntas… — completou baixinho umedecendo os lábios ansiosa. Talvez aquela fosse uma loucura que valesse a pena.
Ao topar a proposta que definitivamente seria um forte segredo entre ambas, Penelope não fazia ideia de como as coisas se desenrolariam e nem como deveriam começar. Poderia tocá-la nas pernas ou seria estranho? Deveria encará-la ou olhar para o teto sem graça do quarto? Era para falar alguma coisa? Nunca havia assistido algum vídeo que não fosse solo, então ter aquele momento com outra pessoa era um terreno duas vezes mais desconhecido para a garota. Dessa forma, deixou que sua mão deslizasse por dentro da própria calcinha a fim de reproduzir o pouco que sabia mesmo sem saber exatamente onde concentrar os movimentos. Tocar-se sozinha já havia sido uma breve experiência bastante estranha, porque não parecia correto de acordo com seus ensinamentos, mas, ao mesmo tempo, ninguém da sua família falava sobre esse tipo de assunto, então se permitir aproveitar o momento solitário em seu quarto era complicado com tantos questionamentos, porém estar ali com Rise era diferente. Claro que ainda estranhava a posição de seu corpo e o quão exposta estava à melhor amiga, mas o fato de não estar sozinha e ainda na companhia da pessoa que fazia seu corpo esquentar com tanta facilidade era especial. Os primeiros suspiros de Penelope escapavam quando foi surpreendida pela delicada união de seus lábios, seus batimentos cardíacos enlouquecendo com o beijo, que reapareceu em sua vida logo num momento em que mais parecia estar num sonho. Por mais que desejasse enxergar a menor imitar o trajeto da mão até a calcinha, era impossível para Mullins não se perder na união de suas bocas e buscar por mais ao passar a língua no lábio inferior feminino enquanto suas arfadas escapavam mais frequentemente — havia encontrado onde os estímulos eram mais gostosos. Sua boceta ficava cada vez mais molhada, seus dígitos deslizando com mais facilidade, e os arrepios que percorriam seu corpo mostravam que existia mais do que aquelas primeiras gotas de prazer. E Penelope queria alcançar esse mais.
Interrompendo as lambidas e selares que depositava sobre os lábios alheios, a respiração de Penelope falhou ao ter a perna de Rise apoiada sobre a sua e a visão que tinha da abertura feminina e dos movimentos escondidos pelo fino tecido da calcinha dela tornaram o formigamento de sua intimidade ainda mais intenso, o aperto na coxa da outra aumentando assim como a pressão de seus dígitos em seu clitóris. A falta de espaço podia ser vista como um ponto negativo por limitar a mobilidade de sua mão, a Mullins precisando dobrar uma de suas pernas para encostá-la contra a parede que estava ao seu lado, mas estava longe de se incomodar com algo tão trivial quando podia sentir o calor da pele feminina contra a sua. Sentia-se impura em permanecer encarando a outra com afinco, seus olhos cheios de devassidão, porém a imagem dela havia sido o combustível de seus gemidos constantes. A caçula dos Lee-Navarro era linda de todas as formas, seu sorriso sendo capaz de abraçar calorosamente a alma da morena e seus toques inocentes de causar estática, porém vê-la bagunçada gemendo seu nome se tornou o seu lado favorito. A mente da maior estava embaralhada o suficiente para não se importar tanto com a separação de seus dedos entrelaçados, embora fosse um novo ponto de conexão que sentiria falta, porém sentir os dedos dela deslizarem por sua coxa foi o atentado que precisou para começar a perder o controle. — Me toca, Rise. — pediu por entre os próprios gemido e respiração descompassa. Alcançando a mão dela novamente, Pepe queria acompanhar o caminho dela até sua calcinha para que o convite fosse tão explícito quanto suas palavras. — Por favor…
RISE.
estar junta de pepe nunca foi um problema para rise, muito pelo contrário, sempre buscou a presença da outra com uma certa necessidade que havia desenvolvido com o passar dos anos, porque mesmo tendo uma legião de colegas, rise a tinha como sua única melhor amiga, elas faziam tudo juntas e a menor nunca foi capaz de sentir sequer uma emoção ou sentimento negativo quando se tratava da mullins. a vida havia as colocado uma no caminho da outra de forma inesperada e rise agradecia sempre que se lembrava que, se não tivesse mais chego na sala do coral aquele dia, provavelmente não conheceria a garota tão especial que com uma enorme rapidez entrou para a sua bastante reservada lista de melhores pessoas. dividir todos aqueles primeiros com ela era o suficiente para que rise mergulhasse em uma fantasia onde vivia em um mundo ideal - onde no dia seguinte não teriam que jogar o que houve naquela noite em uma caixa escura junto com as memórias dos beijos que trocaram há tanto tempo, mas, acima de tudo, nesse mundo ideal, penelope sentia por rise, a mesma coisa que a lee-navarro sentia pela mullins. ela queria jogar tudo para cima e se entregar ao beijo que fantasiava que a garota queria tanto quanto ela, a língua de pepe em seu lábio fazendo-a entreabri-los e chupar com delicadeza a ponta da língua da garota, sua língua encontrando a dela timidamente em um primeiro momento, porque estava sendo inundada por memórias do quão agradável aquela dança que faziam uma na boca da outra havia sido quando se beijaram pela primeira vez e teria sido muito melhor reviver aquele momento agora que tinham mais experiência com bocas alheias, mas não foi naquele instante que rise conseguiu se entregar por completo aos lábios doces de pepe, a mão em sua calcinha tirando toda a sua concentração toda vez que tinha que entreabrir ainda mais seus lábios para gemer assim tão pertinho da amiga, já havia se sentido bastante excitada antes, mas nada se comparava com o calor que subia por suas pernas e se concentrava cada vez mais quente entre as suas pernas.
ela nunca havia imagino que doeria assim tão gostoso conforme seus dedos curiosos deslizavam sobre si em busca de onde lhe dava mais prazer, suas costas saindo do colchão sutilmente quando encontrou um ponto que lhe causou reações mais fortes, as pontas de seus dedos dos pés se curvando contra o colchão ao que contorcia-se em prazer. tudo era tão quente, rise queimava intensamente ao lado da amiga e, acima de tudo, queimava por ela. respirar já era um problema desde que começaram com aquela conversa, sem contar que perder o ar por causa de pepe não era nada novo para rise, a novidade estava apenas na intensidade quando as palavras que tanto queria ouvir saíram da boca da amiga, queria tocá-la para saber se a amiga estava tão molhada quanto ela, ser a causa dos gemidos dela que soavam como música para seus ouvidos, então ter a sua mão guiada pela a da outra garota até a calcinha dela era algo que parecia ter saído direto de uma das fantasias que rise nunca se deixaria pensar muito. entretanto, naquele momento era diferente, rise se permitiu, estava tudo bem ser um pouco egoísta por uma noite para criar aquela memória que provavelmente nunca abandonaria. ela amava pepe e se isso fosse tudo que ela pudesse ter da amiga, ela aceitaria sem reclamar, porque era melhor do que nada. seus dedos adentraram a calcinha dela sem muita calma, pois já havia passado desse ponto há um bom tempo e finalmente sentí-la tão molhada dela contra seus dígitos era muito mais do que o suficiente para expulsar qualquer outro pensamento de sua mente que não fosse relacionado a pepe. seus dedos acompanharam os movimentos que a amiga fazia em si mesma por alguns instantes, logo então tomando a liberdade de fazer com ela o que vinha fazendo consigo mesma, seu indicador e dedo médio percorrendo lentamente a boceta da amiga em busca de onde estava mais molhada, a umidade tornando seus movimentos incertos melhores do que provavelmente eram, a lubrificação deixando os movimentos circulares que passou a fazer no clitóris dela muito mais fluídos e prazerosos, pois imitava em si o mesmo que fazia com pepe e seus gemidos estavam bem perto de se tornarem perigosos. — você quer… — interrompeu-se com um suspiro pesado e um gemido reprimido por uma mordida em seu lábio inferior ao que sentia-se cada vez mais afetada por tudo que acontecia, seu tom era fraco e sua respiração falha quando aproximou como pode seu rosto ainda mais do da morena, — me toca… também. — reformulou apesar da sua clara dificuldade em apenas dizer o que queria. tinha medo de dar uma escolha para pepe e nesse meio tempo soar como se não quisesse ser tocada por ela, o que definitivamente queria, suas pernas cada vez mais abertas em convite ao que a ideia de tê-la lhe tocando fez seus movimentos na amiga falharem antes de então voltarem mais precisos e rápidos.
PENELOPE.
No segundo em que deslizou a mão para dentro da própria calcinha e passou a se tocar com anseio e curiosidade, Penelope já não reconhecia mais a garota que costumava ser há alguns minutos. Sexo era um tabu em sua família e sempre classificado como “algo a se fazer só depois do casamento”, então tudo o que aprendeu sobre relações foi através das aulas de educação sexual na escola ou de conversas com seus amigos. Como Mullins sempre gostou do sabor de tudo o que lhe era proibido, não lhe faltaram pesquisas e estímulos visuais com as fotos e os vídeos pornográficos, mas isso não significa dizer que suas atitudes com intenções mais rebeldes carregavam confiança, pois mesmo que masturbação soasse errado de acordo com seus ensinamentos e queria experimentá-lo desde que se tornou assunto na sua roda de amigas, a morena não conseguia. Possivelmente, sentia-se julgada por Deus por ser algo tão explícito e difícil de esconder quando comparado ao consumo de pornôs, além do medo irracional que a diferente dor gatilhava toda vez que se encontrava inundada por pensamentos e desejos impuros. Medo do que aconteceria com seu corpo e de ser descoberta de alguma forma por sua família ou igreja.
Entretanto, estar ao lado de Rise e assistir o corpo feminino reagir de modo tão semelhante ao seu diante dos toques censurados por suas calcinhas foi o que Penelope precisou para esquecer completamente de suas usuais preocupações pela primeira vez.
Com os olhos presos nos da amiga, a urgência em que os dedos dela invadiram a fina peça e a tocou diretamente fez o corpo feminino estremecer juntamente com uma arfada pesada. Cada toque exploratório de Rise em si era responsável por um novo arrepio e seus dedos se contorciam constantemente diante da imprevisibilidade de ter outra pessoa em busca do seu próprio prazer, logo, os movimentos que insistia em fazer em si mesma ficavam cada vez mais em segundo plano até que cessaram completamente para dar espaço à amiga. A mão que antes guiava a dela retornou à coxa feminina enquanto a que se tocava foi aos lençóis da cama, todos os seus dígitos pesados buscavam alívio por efeito das sensações que borbulhavam em seu interior a partir do momento em que Lee-Navarro alcançou o ponto certeiro de seu prazer. Mesmo que se esforçasse para se manter no momento apertando seus dedos na perna alheia e apertando a manta do colchão num punho, parecia impossível retornar a ter total controle sobre si e a sensação de perder pouco a pouco a cabeça era diferente. Talvez esse fosse o medo que sentia sempre que a dor a queimava por entre as pernas, mas não conseguia ficar assustada quando estava na companhia da pessoa que mais confiava em todo mundo e a tinha como ditadora de suas reações. Quanto mais os dedos delicados da amiga circulavam seu clitóris, mais seu corpo queria que continuasse e foi inevitável movimentar seu quadril suavemente contra a mão dela num silencioso pedido por mais. Mais pressão, mais velocidade, mais… mais… Mais! Todavia, seu estado hipnótico de egoísmo se quebrou quando ouviu o pedido de Rise.
Com a boca entreaberta em razão dos gemidos, Penelope estava com a cabeça bagunçada o suficiente para questionar se havia a ouvido corretamente, mas, felizmente, o olhar que Rise a lançava já era capaz de a certificar de absolutamente tudo e mais um pouco. Deslizando a mão com a urgência retribuída, Pepe desejava absurdamente sentir e ser capaz de recompensar todas as reações que a amiga lhe presenteava com aqueles toques mais precisos, além de carregar a especial missão de quebrar o medo dela de não conseguir — e ela iria conseguir nem que Mullins precisasse ultrapassar alguns limites próprios para isso. Ao ter o primeiro contato com a intimidade da Lee-Navarro, a morena arfou pesadamente mais uma vez ao sentir o quão molhada estava e por mais que desejasse masturbá-la com a mesma intensidade em que era masturbada, sentiu-se na necessidade de explorá-la e conhecê-la por completo ao deslizar seus dígitos por toda a extensão da boceta dela, afinal, aquela também era a primeira vez que tocava numa diferente da sua e estava curiosa sobre suas diferenças. Já havia visto Rise nua diversas vezes enquanto se banhavam, então a maneira diferente como seus corpos se desenvolveram não era uma novidade, porém tê-la sob seu toque era uma experiência totalmente ímpar. Achando graça na forma como seus dedos se molharam ao percorrer por entre a vulva da melhor amiga, Mullins retirou a mão da calcinha alheia para observar de perto a viscosidade que lubrificava seus dígitos com um leve sorriso maravilhado. — Você ‘tá tão molhada…— comentou unindo e afastando seus dedos polegar e indicador para mostrá-la as finas linhas de fluído que se formavam por entre eles — Mas acho que posso te fazer ficar mais. — concluiu atrevidamente antes de retornar sua mão ao corpo feminino para finalmente masturbá-la. Os movimentos circulares que reproduzia eram desajeitados e foram necessários poucos segundos para que encontrasse o ponto em que deveria concentrar os estímulos, que se tornaram mais firmes e tão rápidos quanto o que recebia. Precisava que Rise se sentisse bem e gostasse do que fazia, porque faria de tudo para ouvi-la gemer e chamar por seu nome mais vezes.
RISE.
rise não se recordava de um dia ter tido seus batimentos tão acelerados daquela maneira, pois era capaz de sentir a ressonância das batidas em todos os lugares de seu corpo e não sabia exatamente quais eram todas as sensações que sentia pois estavam todas misturadas, mas tinha a mais plena certeza de que medo estava por ali e este era responsável pelos tremores menos prazerosos da garota. carregar o peso de sua sexualidade desde tão cedo certamente a marcou, que por mais que fosse entendida dos mais diversos assuntos, até aqueles que na sua idade ela nem deveria saber, seu desejo mais carnal sempre foi colocado mais em segundo plano, porque não bastava se sentir diferente das outras garotas de sua idade, ela tinha isso esfregado em seu rosto a todo momento em que suas amigas falavam de garotos e a incrível descoberta do sexo, algo que aos poucos foi se tornando um dos únicos assuntos que era incapaz de despertar a sua curiosidade porque não se identificava com nenhuma das histórias que ouvia ou dos vídeos que viu de relance uma vez ou outra. se permitir levar pelos desejos ao lado de pepe era uma abertura que rise nunca havia se permitido antes e falava muito da confiança e amor que sentia pela outra, claro que ainda havia o medo de ser julgada, mas até ela mesmo achava um medo bobo, pois pepe era a sua pessoa e não havia julgamentos entre elas, no final do dia ambas podiam jogar a culpa na autodescoberta e enterrarem o assunto como fizeram com seu primeiro beijo, não importava se para rise era algo mais significativo quando estava fazendo aquilo com a pessoa que ela tinha quase certeza que amava de uma forma que fugia do platônico, pois se tratava de algo que pepe nunca precisaria saber.      
ou era o que ela esperava pelo bem da amizade deles, esperava que pepe fosse cega o suficiente para não enxergar como seu olhar transbordava todo o sentimento que escondia por ela quando fitava-a, maior do que os estímulos que causava em si mesma foram aqueles que vieram do visual de pepe estremecendo sob seu toque quando ele ainda era tão tímido, seu olhar não vacilando em momento algum e seus olhos cada vez mais inundados de uma sensação completamente nova, pois já havia se sentido atraída por outras garotas, mas era a melhor amiga que despertava os seus desejos mais intensos, então ver nos olhos da amiga que ela também estava desejosa era algo que mexia demais com a menor, afinal, a fantasia de ter aquele poder na ponta de seus dedos a deixava cega e sedenta por mais, queria que a amiga entoasse seu nome da mesma forma descontrolada que seu corpo parecia reagir aos estímulos criados por rise, ter o poder de fazer penelope se sentir daquela forma fazia a sua cabeça girar com a responsabilidade de fazer com que ela se sentisse bem e o senso de orgulho que tudo isso vinha de seus toques. fazia na amiga o mesmo que fazia em si e parecia ser prazeroso, mas ao mesmo tempo queria dar muito mais a pepe, o único problema era que não fazia isso ideia de como fazer isso além de se concentrar para que os movimentos de seus dois dedos fossem precisos e os círculos que fazia com eles cada vez mais rápidos, queria vê-la inundada de prazer e estava hipnotizada pela forma como ela se movia contra a sua mão em busca da própria satisfação, ela era tão linda daquele jeito que era quase um pecado interromper aquele momento, mas vê-la tão absorta no que sentia fazia rise ansiar por aquele tipo de prazer também.
a antecipação foi o que tornou o toque direto de pepe ainda melhor do que ela imaginava, rise institivamente segurando o pulso da amiga quando a mão da amiga invadiu a sua calcinha, o ar deixando seus pulmões de uma só vez com as novas sensações despertadas pelo toque exploratório da melhor amiga que só alimentava a chama que vinha a consumindo desde que começaram com suas brincadeiras e toques acidentais, não importava que pepe parecia errar de proposito o local onde rise mais sentia prazer, porque quando o toque era tão imprevisível daquela forma, o prazer estava em cada deslizar dos dedos da outra em sua intimidade e por alguns instantes rise até perdeu o ritmo que mantinha em pepe, os movimentos de seus dedos falhando ao que precisaram ser desacelerados para que assim ela se acostumasse com os novos estímulos. estava tão perdida nas sensações que ter a mão de pepe deixando a sua calcinha foi o suficiente para que ela reclamasse manhosa, suas pernas se fechando em busca de algum estimulo agora que estava sem nenhum pois a sua mão se agarrava ao braço dela enquanto encarava-a com um bico característico nos lábios. — o que você tá fazendo? — indagou mortificada ao entender o que a amiga queria demonstrar com seus atos, seu rosto esquentando em vergonha ao que tentava esconder seu rosto no travesseiro, tentando não demonstrar o quão afetada havia ficado com aquelas palavras finais da amiga, mas ficando bem claro na forma como suas pernas se abriram para recebe-la novamente, seus lábios já entreabertos ao que soltava o ar de forma pesada, seu peito subindo e descendo com rapidez diante do esforço que precisava fazer para não perder totalmente o folego conforme pepe ia concentrando seus toques e acelerando-os. era complicado se concentrar no que recebia e no que fazia quando suas costas deixavam o colchão sutilmente e seus olhos se fechavam conforme o prazer tomava conta de si, mas se esforçou para retomar os estímulos em pepe, lentos de propósito ao que abria um sorriso travesso em punição pela vergonha que havia feito a amiga passar poucos instantes antes.
PENELOPE.
Com os olhos admirados presos na figura da Rise, Penelope se encontrava hipnotizada pelo poder que tinha em mãos em arrancar reações tão sujas e igualmente tão bonitas da melhor amiga e, mesmo que a consequência da precisão de seus movimentos fosse a falta de intensidade nos estímulos que recebia, não conseguia vacilar, pois desejava ouvir todos os sons que a outra conseguiria emitir e acompanhar cada pequeno balanço do corpo feminino. Ainda que se tocasse durante o banho ou quando estava curiosa, Mullins nunca o fez com a mesma intensidade que fazia naquele instante e era curioso ver em terceira pessoa seus efeitos, o que aumentava ainda mais seu interesse exploratório e a sua vontade de experimentá-la de outras maneiras como nos vídeos que já assistiu em sites proibidos, mas talvez fosse demais. Da boca feminina entreaberta, escapavam gemidos e arfadas suaves mais em resposta da visão inebriante que possuía do que da masturbação oferecida por Rise, porém ser colocada em segundo plano estava começando a se tornar doloroso visto que o formigamento por entre suas pernas não conseguia ser aliviado pelo ritmo lento e foi necessário voltar a movimentar o quadril em busca de mais enquanto diminuía a movimentação de seus dígitos de propósito ao perceber o teor do sorriso alheio. — Sunny… — chamou-a pelo apelido arrastado, mas sua intenção de repreendê-la se perdendo pelo seu tom manhoso. — Se você parar, eu também vou parar. — avisou-a, mas logo rindo. — E minha mão ‘tá cansando. — talvez sua movimentação rápida passou um pouco do ponto e seria necessário intercalar entre lento e veloz para satisfazê-la sem que sofresse de alguma câimbra. Inclinando-se para alcançar os lábios da Lee-Navarro, Pepe beijou-a sem pressa enquanto voltava a masturbá-la no mesmo ritmo.
RISE.
sua brincadeira tomou proporções catastróficas quando resultou também na desaceleração dos estímulos que recebia da amiga, algo entre em um gemido e um protesto manhoso deixando seus lábios de forma automática como resposta para pepe quando ela a chamou daquela forma tão arrastada, todo o contexto do momento fazendo a cabeça de rise girar. por mais que não fosse admitir por medo de perder o toques de pepe, a maneira como a outra garota passou a se mover contra seus dedos foi hipnotizante e rise continuaria com seus movimentos lentos só para provocar aquela reação dela se o aviso da amiga não tivesse feito ela negar rapidamente com a cabeça, suas pernas se fechando ao que segurava o pulso de pepe para tentar impedir que a garota tirasse a mão de sua calcinha, até arriscando movimentar o seu quadril como ela havia feito, seu olhar passando para o rosto de penelope em atenção, curiosa se sua movimentação teria algum efeito nela como havia tido em si. — desculpa. — choramingou, tentando em vão regular a sua respiração descompassa, pois logo em seguida ela já se viu novamente colocando em segundo plano a sua necessidade de ar para priorizar os lábios da amiga contra os seus, aproveitando-se dos movimentos mais lentos em si para acelerar os que fazia em pepe, um gemido mais alto escapando em meio ao beijo, mais pela forma como pepe se encontrava tão molhada contra seus dedos do que o estímulo que recebia, pois os movimentos lentos serviam para mantê-la excitada, mas não ofereciam muito alívio, fazendo com que ela entendesse com mais clareza de onde vinham os protestos anteriores da amiga. o beijo beirava o sujo com toda saliva e língua envolvida que rise estava longe de reclamar, a sensação de suas línguas interagindo de forma tão explicita só potencializando todo o prazer que ela sentia e suas arfadas se tornavam mais frequentes. a mão que segurava o pulso da amiga até pouco tempo seguiu ao pescoço dela, indo suavemente até o ombro de pepe conforme se afastava de seus lábios para poder criar um contato visual enquanto deslizava lentamente a alça de seu pijama, sua palma mais tímida quando ameaçou abaixar o tecido mais um pouco, aproveitando para tocar tentativamente o seio dela ainda coberto para somar aos estímulos de seus dois dedos que desde a repreensão dela não vacilaram muito.
PENELOPE.
Ao repreender Rise por seus movimentos lentos, Pepe buscava não só um estimulo maior e mais intenso, mas também brincar e ver que tipo de reação arrancaria da amiga com aquelas palavras ameaçadoras; porém, vê-la prender sua mão e reproduzir as movimentação do quadril que fazia até poucos instantes foram demais para processar e a maior engoliu em seco com olhos brilhares e lascivos diante da bela cena. Desde o segundo em que começaram com a brincadeirinha, Penelope não sabia mais o que era respirar corretamente e o beijo inicialmente inocente que se tornou sujo e extremamente molhado foi o necessário para que seu corpo ficasse com ainda menos oxigênio, talvez sendo até motivo para se encontrar levemente tonta e flutuante. Todavia, não ousaria de forma alguma interromper a maneira como suas línguas deslizavam e brincavam com a outra, além de ousar experimentar outras formas de provocá-la ao chupá-la e mordiscar o lábio inferior feminino. Com a mente perdida na troca de saliva e o calor que crescia em seu corpo, a garota estremeceu com a aceleração dos movimentos da amiga, a surpresa fazendo-a arfar e gemer controladamente contra a boca alheia enquanto seus pés e mão livre se contorciam e tentava manter o ritmo da masturbação que oferecia. Aquela troca de papéis havia sido muito bem vista pela Mullins, mas o excesso de estímulos fazia a dor se tornar prazer e vice-versa de uma forma difícil de explicar e era igualmente complicado lidar com as reações tão automáticas do seu corpo, o beijo sendo seu ponto de segurança. Assim, no instante em que Rise o interrompeu, foi inevitável não buscar os lábios dela mais uma vez em busca de manter aquele contato mais seguro e previsível, mas o intenso olhar feminino sobre si foi responsável para que aceitasse manter aquela distância mínima de seus rostos. Tentando falhamente manter sua respiração regulada para se concentrar na movimentação da mão da amiga que agora repousava em seu ombro, não foi complicado entender o que ela queria ao ter a alça de seu pijama deslizado e a sua curiosidade gritou o bastante para movimentar o ombro em busca de ajudá-la. Não só desejava, mas enxergava que necessitava ser tocada de outras formas pela melhor amiga e sentir o calor dos dígitos dela sobre sua pele. Abrindo um leve sorriso quando seu seio se tornou alvo do tímido carinho, Pepe levou sua mão livre à blusa para terminar de deslizar a alça e revelá-lo desajeitadamente para que a outra o tocasse mais diretamente, mas, antes de guiá-la até a área, segurou a mão dela para depositar um leve selar sobre seus delicados dedos. — Eles não são grande coisa. — murmurou risonha referindo-se ao seus peitos.
RISE.
penelope era tão linda que chegava a ser difícil para rise prestar atenção em qualquer outra coisa que não fosse a amiga tão desejosa e perdida no prazer que recebia, assim como rise também se encontrava literalmente dançando no dedos na mão de pepe em busca de senti-la cada vez mais, mais rápido, mais firme, gemidos que tentava controlar em vão sempre clamando por esse mais quando ela não conseguia colocar em palavras o que realmente queria, se era mais estímulo ou se era só mais da melhor amiga, então afastar-se do beijo foi doloroso, mas a visão era compensadora e ela julgou necessário se quisesse apreciar tudo que lhe era ofertado. as expressões positivas de pepe eram incentivos para que rise tomasse mais coragem em sua acanhada busca por permissão para tocá-la em outros lugares, seria uma mentira dizer que nunca havia parado para reparar em como a amiga havia se desenvolvido e sempre tentou se convencer que era por uma pequena inveja que sentia do corpo de pepe, pois era mais fácil pensar assim do que admitir que a desejava, pois ficava cada vez mais claro que era isso que enchia seus olhos quando tomavam banho juntas e seu corpo passava a reagir de uma forma que até então lhe parecia tão estranha. de tudo que acontecia, o que fez a menor corar foi o tão singelo beijo em seus dedos, a garota se demorando nos lábios alheios com um leve percorrer de seu indicador, maravilhada como eles ainda estava um pouco úmidos do beijo que haviam trocado há pouco. o que lhe veio a calhar quando envolveu o seio de pepe, seus dígitos úmidos deslizando com mais facilidade sobre seu ponto mais sensível, os toque de rise curiosos no mamilo da amiga, maravilhada diante da maneira que eles iam se tornando mais rijos sobre seus leves toques. — melhores que os meus. — disse manhosa, um bico em seus lábios conforme passava agora a apalpá-la com uma maior pressão. ministrar os movimentos de suas duas mãos somado ao fogo que tomava conta de si graças aos estímulos contínuos que recebia não era uma tarefa fácil, em momentos em que os toques de pepe acertavam pontos certeiros que fazia sua mente ficar em branco por alguns instantes ela acabava por vacilar em seus toques em penelope, mas a garota dava o seu melhor para movimentar seus dedos de forma constante, ia descobrindo que boa parte de seu prazer também vinha da forma como conseguia afetar e tirar reações da outra.
PENELOPE.
No instante em que a mão quente da amiga alcançou seu seio, um prazeroso arrepio percorreu o corpo de Penelope e se converteu num suspiro que escapou por seus lábios, pois senti-la de outras formas era incrível e estaria mentindo caso afirmasse que nunca pensou em tê-la de tal maneira, afinal, Rise sempre esteve em seus pensamentos até mesmo ao assistir escondido aos vídeos inapropriados da internet. Hipnotizada pela imagem da Lee-Navarro brincando com seu mamilo, que se tornava rijo com facilidade diante do estímulo, a união dos toques certeiros dela tornava uma missão impossível não soltar baixos gemidos ao mesmo tempo que seus músculos tremiam involuntariamente, porque todas as sensações que carregava se tornavam grandiosas demais e toda aquela interação lasciva era uma novidade para saber como lidar. Tentando manter seus toques constantes na menor, Pepe levou sua mão livre à boca, mordendo seus dedos fechados em punho a fim de conter os sons que escapavam de si cada vez mais altos, porque ainda precisava ter em mente que sua família inteira estava dormindo e que não podia confiar na espessura daquelas paredes. A fala manhosa seguida do apalpe arrancou uma risadinha da Mullins, porque realmente possuía seios relativamente mais fartos do que os da amiga, mas, ironicamente, não via tal detalhe como um defeito nela, muito pelo contrário, considerava a garota perfeita. Uma boneca de tão linda, apesar de seus traços delicados contrastarem tanto com sua personalidade caótica. Levando os dedos que antes mordia ao rosto feminino, Pepe passeou com seus dígitos pelo rosto feminino, delineando cada detalhe com carinho: sua sobrancelha, seu nariz, seus lábios úmidos… Tais toques foram descendo até alcançarem o segundo botão do pijama feminino, visto que o primeiro já se encontrava desabotoado. — Eu gosto deles em você. — falou baixinho encarando-a com espero e desejo. Atenta às reações da amiga, pois qualquer sinal negativo a faria recuar com sua atitude, a morena desfez o segundo botão do pijama feminino com um pouco de dificuldade por usar uma mão só, sendo até motivo para rir divertidamente por um breve momento, e, ao conseguir, afastou timidamente o tecido da peça para ser capaz de ver o seio feminino. Como havia gostado dos toques molhados, Pepe lambeu o próprio dedo para repetir o estímulo recebido no mamilo da Rise — e entendendo muito bem o prazer em vê-lo enrijecendo sob seus toques; e achando injusto o desequilíbrio da balança, a Mullins precisou ultrapassar os obstáculos oferecidos pelo próprio prazer para acelerar os toques circulares que deixava onde a amiga estava mais molhada. Era bastante difícil receber e dar, além da coordenação motora para manter os estímulos de ambas as mãos constantes, mas da mesma forma como seu corpo estremecia e gemia, Pepe desejava ver a Rise da mesma forma… senão pior.
RISE.
rise gostava de quase tudo sobre si mesma, tendo crescido em um ambiente extremamente propício para cultivar seu amor próprio e por mais que nunca deixasse suas verdadeiras inseguranças a mostra, a fala da amiga ainda assim a acertou em cheio pois era um de seus pontos fracos e com toda certeza ajudou a reforçar os rubores que já havia aceitado que faziam parte de suas expressões tão cheias de querer. — eu gosto de tudo em você. — disse baixinho antes mesmo de conseguir controlar a sua língua, seus olhos levemente arregalados presos nos de pepe, sua sinceridade sendo pega com tudo em sua impulsividade. sabia que não era a hora de deixar transparecer o quanto gostava da amiga, como mais do que amiga, mas como podia se segurar quando a garota parecia divina em sua frente, desfrutando de suas carícias e também a presenteando com aquelas sensações celestiais que rise nem conseguia nomear direito por ser algo totalmente novo para si. a garota mal conseguiu rir junto com pepe diante da dificuldade dela de desabotoar a sua blusa, pois seu corpo queimava cada vez mais em antecipação do toque da amiga. tudo que a morena fazia era atraente, mas algo sobre ela lambendo o próprio dedo fez com que a respiração de rise falhasse - o que poderia ter sido momentaneamente, mas a sensação do dígito úmido em seu seio a fez se arrepiar por completo e deixasse com que lamentos ficassem presos em seus lábios, pois sabia que não podia fazer muito barulho e também por medo de estourar a bolha perfeita que se encontravam. suas reações em momento algum deixaram de serem manhosas, aquele novo ponto de estímulo intensificando as ondas de prazer que corriam por seu corpo e se tornavam cada vez mais intensas. buscar os lábios da amiga era a decisão mais sábia e o leve selar de seus lábios era ótimo, mas rise ainda tinha outras curiosidades (sem contar que coordenar os movimentos de suas duas mãos estava se tornando cansativo), o toque molhado em seu seio era tão gostoso, o que a levou a pensar de maneira diferente ao que se inclinou na direção do peito da amiga para deixar uma leve lambida em seu seio antes de envolver o mamilo com seus lábios. a beijar ali era… diferente, mas um diferente bom e rise se via cada vez mais obcecada por todas aquelas novas formas de prazer que ia descobrindo. com a sua mão livre novamente foi mais fácil acelerar os movimentos de sua outra mão sem se preocupar em coordená-los e também permitiu que a garota se agarrasse ao braço de pepe enquanto movia seu quadril quase que inconscientemente.
PENELOPE.
Distribuir elogios sempre foi uma dinâmica comum na amizade delas — claro que em outros contextos —, porém a fala de Rise a pegou desprevenida e suas bochechas rapidamente ganharam uma nova coloração quando sequer imaginava ser capaz de ficar ainda mais sem jeito. Penelope até poderia interpretar tais palavras de modo mais amigável, como sempre tentava fazer, mas o que faziam escondidas na escuridão do quarto estava longe de ser normal em amizades e os olhos arregalados femininos só aceleraram ainda mais seus batimentos, porque se existia uma coisa que a garota tinha certeza era de que também gostava de absolutamente tudo na Lee-Navarro e que estava aliviada de ter aquele primeiro contato sexual com ela. — Eu gosto de você. — revelou de imediato com a mesma velocidade de alguém que arrancava um band-aid e sabia que sua fala poderia acarretar consequências graves na relação das duas, além de tornar sua vida familiar um verdadeiro caos, mas não era como se existissem muitas rotas depois dessa noite e Pepe também não queria em pensar em nada além da melhor amiga e da forma como ela se encontrava molhada sob seus dedos. Após sua objetiva declaração, a morena poderia deixar um beijo apaixonado na amiga para sentir o calor de suas línguas e selar a veracidade de seus sentimentos, mas seu corpo queimava em desejo de distribuir toques em diferentes partes do corpo feminino e a forma como seus olhos ganharam um diferente brilho diante das novas reações que arrancava da menor deveria ser considerada prova suficiente de que o que sentia por ela estava longe de ser apenas amizade. Sua cabeça girava sem parar com a linha tênue entre dor e prazer, pois os deliciosos arrepios e sensações eram novas e intensas demais para que conseguisse lidar, então, ao notar a aproximação do rosto feminino em sua direção, a sua reação automática foi oferecer seus lábios para um beijo, mas o alvo da boca dela foi outro e por pouco Penelope não vocalizou um gemido mais alto com a primeira lambida em seu mamilo e se tornou ainda mais difícil se controlar quando beijos e chupadas se estabeleceram ali — em momento algum acreditando que seria capaz de experienciar algo tão gostoso e ardente na área. A reação de seu corpo diante ao novo estímulo foi fisgar o mamilo feminino com a ponta dos dedos e, depois de se acostumar com as novas sensações que a afogavam, passou a contorcê-lo suavemente. A excessiva aproximação da Rise dificultava Mullins de dar a devida atenção aos seus seios desnudos, além da posição desconfortável de seu braço para conseguir tocá-la ali, então não demorou muito para desistir e deixar que sua mão deslizasse à nuca feminina. Claro que não estava feliz em dar um prazer a menos à melhor amiga, principalmente por ter em mente o medo feminino de não conseguir chegar lá, porém uma mão livre também era sinônimo de menos problemas de coordenação, logo, seu objetivo se tornou focar onde mais poderia a oferecer deleite e tornou seus movimentos mais rápidos e precisos, quase como se competisse consigo mesma para ter orgasmo dela como prêmio. E a imobilização do seu braço para que continuasse dentro da calcinha da Lee-Navarro e os rebolados femininos por seus dígitos serviram de grande incentivo ao seu goal. Entretanto, da mesma forma como Pepe estava concentrada em masturbá-la, o seu corpo ardia em chamas e o controle que tinha sobre suas próprias reações ia se perdendo cada vez mais: os gemidos que escapavam de sua garganta se tornavam perigosamente mais altos e seus músculos tremiam vez ou outra diante da nova onda de arrepios. Era complicado ler o que estava acontecendo consigo quando tudo era tão novo, mas tinha que admitir que estava com medo naquele ponto quando se encontrava tão fora de si. — S-Sun-Sunny… — a morena tentava verbalizar, mas nada com muito sentido parecia sair da sua boca depois do chamado desesperado. Até que seus dedos se fecharam em punho e puxaram involuntariamente os cabelos da nuca da Rise ao passo que uma onda de sensações indescritivelmente boas varreram seu corpo como um verdadeiro tsunami enquanto um gemido mais prolongado foi arrancado de sua garganta. Seus músculos se tornaram tensos por alguns segundos antes de relaxarem com suaves tremidas e sua mente pareceu encontrar as estrelas… o que era isso? Todavia, mesmo com tais reações, Pepe se esforçou ao máximo para não vacilar quanto seu principal objetivo.
RISE.
a última coisa que rise esperava como resposta de sua impulsividade era uma confissão vinda de pepe, não por ser algo difícil de assimilar naquele momento em que estava sendo atacada em todos os seus sentidos com a presença da amiga, mas mesmo que a declaração tivesse vindo em um momento de calmaria a menor conseguiria processar aquilo com rapidez. ela queria chorar, saltitar, correr, beijá-la, gritar, tudo ao mesmo tempo, entretanto, tudo que conseguiu foi deixar com que um suspiro sofrido escapasse por seus lábios entreabertos de prazer. — é você… — murmurou em uma súbita falta de ar - sufocada por seus sentimentos, seu prazer, medo do que parecia tão desconhecido, mas ao mesmo tempo tão familiar quando se via guiada pelas mãos da melhor amiga que tanto amava, — é você, desde que eu te conheci. — conseguiu terminar a frase de forma amena entre lambidas e mordidas no seio feminino, sua devoção exposta em suas feições e na forma como assistia de camarote as reações dela com as carícias que deixava por ali, seus olhos brilhando com cada som que a outra deixava escapar, levando aquilo como incentivo para continuar se deliciando com a sensação gostosa que era ter seus lábios percorrendo a pele quente dela. sem saber direito o que fazer, se guiar pelo que a outra parecia sentir foi a solução que acabou criando, o único problema? não queria parar tão cedo, queria mais de daquela penelope e queria que fosse tudo por causa de seus lábios nela. a retaliação automática da outra teria tirado um pequeno riso de rise, mas esse mal conseguiu se formar antes de ser substituído por um gemido um tanto mais alto, mas que por sorte acabou sendo abafado contra o seio da amiga, os estímulos menos gentis que passou a receber acabou sendo o que a menor precisava para começar a sentir o seu calor cada vez mais intenso, os formigamentos praticamente tomando conta de seu corpo todo ao que os movimentos de seus quadris contra os dedos de pepe iam se tornando mais bagunçados junto com os movimentos de seus dedos na amiga que iam perdendo o ritmo tão calculado que havia adotado aquele momento, a mão que se agarrava ao braço da amiga estava completamente dividida entre a segurar ali para garantir mais estímulos ou afastá-la quando tudo parecia demais. ouvir os clamores trêmulos de seu apelido especial acabaram com todas as chances dela de resistir, seus lábios se viam inúteis contra o seio da amiga já que naquele ponto só conseguia mantê-los entreabertos contra ela enquanto respirava pesado e gemia, portanto logo buscou a curva do pescoço de penelope para poder esconder seu rosto ao que este contorcia-se em prazer quando cada pequena parte de si parecia sobrecarregada de energia, a mistura de todas as sensações que mal conseguia identificar tornando o seu ápice uma experiência catastroficamente intensa e confusa, o movimento caótico de seu quadril vacilando conforme apertava o pulso de pepe, tomando a coragem de afastar seu rosto para buscar o olhar da amiga em dúvida do que havia acontecido. será que ela havia se sentido daquela forma também? seus dígitos haviam praticamente perdido todo o ritmo nela, percorrendo sua intimidade com toque suaves enquanto tinha seus olhos nos dela apenas para absorver qualquer reação que a amiga pudesse ter e ao mesmo tempo que não queria parar o que fazia com calma naquele momento, queria uma prova visual da excitação da amiga, então repetir o que ela havia feito consigo quando evidenciou o quanto estava molhada pareceu ser a sua carta trunfo, seu indicador e dedo médio cobertos pelos fluídos da amiga posicionados entre os rostos delas enquanto um sorriso um tanto lascivo tomava conta da expressão até pouco pacífica de rise. — tão molhada. — disse baixinho, mas não menos maravilhada ao afastar seus dedos vagarosamente. quando buscou o olhar da amiga, foi para manter aquele contato enquanto levava os dedos até os seus lábios. não saberia explicar de onde havia surgido o impulso de fazer aquilo, mas não se arrependia de poder ter sentido o gosto da amiga em seus dígitos, seus olhos entreabertos conforme limpava-os e pequenos gemidos ficavam presos ao redor de seus dedos.
PENELOPE.
Penelope nunca havia experienciado algo semelhante à diferente onda de sensações que tomou conta de suas reações, tornando-as mais exageradas e desesperadas, e, por um breve segundo, esqueceu de absolutamente tudo o que existia ao seu redor, reconquistando seus sentidos aos poucos conforme sua respiração se tornava menos descompassa e sua mente, menos poluída. Infelizmente, estivera tão atenta em controlar seu corpo do desconhecido surto que não foi capaz de acompanhar as reações da Rise da forma como realmente queria, porém o olhar confuso e cheio de expectativas dela falava bastante de que também compartilhou daquele prazeroso mix de sensações e Penelope não conseguia responder à silenciosa notícia de outra forma que não fosse unindo seus lábios mais uma vez enquanto continuavam a se estimular com calmaria. Ter sua mão posicionada dentro da calcinha alheia, aproveitando para sentir o quão molhada estava após todos os movimentos caóticos da masturbação, era um incrível privilégio que a morena não gostaria de perder tão cedo, então faria de tudo para estender aquele contato ao máximo e explorá-la enquanto ainda tinha a oportunidade. Deslizando seus dígitos e sentindo os dela em si da mesma forma, Mullins beijava-a com todos os sentimentos que ainda estavam entalados em sua garganta, porque mesmo tendo se declarado com palavras eufêmicas, a resposta emotiva que Rise proclamou enquanto deliciava-se com seu seio mexeu completamente com seu interior, afinal, todos aqueles sentimentos eram recíprocos. Precisando quebrar profundo e molhado beijo para respirar, a maior não foi capaz de afastar seus rostos quando seu peito doía com tantas coisas que desejava falar e não conseguia, pois sua mente ainda se encontrava em completo caos para formular frases complexas e delicadas. — Também é você desde que te conheci. — foi o que conseguiu dizer mesmo que estivesse se apropriando da fala anterior dela para expressar seus sentimentos mais profundos. Deslizando sua mão que antes acariciava os fios da nuca feminina ao rosto dela, Pepe depositou novos carinhosos beijos por suas bochechas e não resistiu a tentação de roçar seus narizes suavemente antes de sorrir desacreditada não só por terem se tocado intimamente como revelado seus verdadeiros sentimentos.
Seu sorriso se desfez com um manhoso resmungo ao ter a mão feminina removida de sua calcinha, todavia, um arrepio tomou conta de si com a atitude tão pervertida de Rise em reproduzir exatamente o que fizera antes de toda aquela bagunça em que se encontravam, agora entendendo muito bem a vergonha de ver de perto o seu estado. — Você é ridícula. — murmurou com uma risadinha enquanto seu rosto esquentava, mas nada disso se comparava à surpresa seguinte. Com os olhos arregalados e sua respiração falha, Pepe se encontrou totalmente hipnotizada pela forma como a boca feminina contornava os próprios dedos em busca de saborear sua intimidade indiretamente, os gemidos da outra tornando sua excitação ainda mais prolongada e latente. Por mais que absurda que aquela ideia poderia ser caso a cogitasse em outro momento, Penelope engoliu em seco e se deixou vencer pela tentação de fazer exatamente a mesma coisa, porque estava curiosa demais para descobrir o sabor de seu primeiro amor e se viu na necessidade de oferecer a mesma visão e, consequentemente, as mesmas sensações a ela numa não muito inocente vingança. Seu coração estava disparado conforme levou seus dedos da intimidade da Lee-Navarro à boca, mordiscando a ponta deles para respirar fundo e manter o contato visual com a garota. — Eu também quero sentir seu gosto. — anunciou baixinho antes de chupar seus dedos sem pressa ou arrependimentos, imitando-a como se fosse sua instrutora e se perdendo conforme agraciava o sabor dela se espalhando por sua língua. Recolhendo seus dedos limpos de qualquer resquício alheio, porém molhados com sua saliva, Penelope riu fraco ao levá-los novamente ao seio descoberto da melhor amiga para acariciá-lo suavemente, afinal, não havia se divertido tanto quanto gostaria com eles graças à atenção dela aos seus. — Eu não quero dormir agora. — comentou baixinho enquanto observava seus dígitos pressionando e contornando o mamilo rijo da Rise. — Vamos ficar assim só mais um pouquinho…  — pediu e, em seguida, olhou-a diretamente nos olhos antes de deixar uma divertida lambida no lábio inferior dela. O desejo de Mullins não era recomeçarem com tudo o que haviam feito, mas simplesmente aproveitar aquela liberdade de explorarem o corpo da outra sem barreiras enquanto o sono não as atingia, porque não fazia a mínima ideia das consequências daquela noite e aproveitar cada segundinho se tornara sua prioridade.
THE END.
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pepemullins · 3 years
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i wish it was me
onde: festa de aniversário de um colega de turma, Mike quando: durante o 6th grade (12 anos)
PENELOPE.
Ir à festas de aniversário não eram uma tarefa simples para Penelope, pois sua mãe era protetora demais e ter os números de celular dos responsáveis do aniversariante nunca era o suficiente, também era necessário conhecer e saber se a família era “de bem”. O que isso tinha relação com um parabéns? Nem mesmo a garota sabia dizer, mas como não podia fazer nada sobre isso, precisava aceitar sua condição de nunca estar certa se poderia ou não ir às festinhas, sendo constantemente questionada pelos colegas sobre sua participação só para dizer “eu não sei” e ser recebida por olhares não muito agradáveis. Era um saco. Felizmente, faltando dois dias para o aniversário, Alexis deu sua permissão e até comprou um perfume para que presenteasse Mike, pois, de acordo com ela, ele já era rapazinho demais para ganhar um brinquedo.
Com um copo de refrigerante e um pratinho cheio de salgados em mãos, Penelope assistia de longe a movimentação dos convidados na área de dança e a sua tentação de se juntar era visível à medida que balançava a cabeça e movia os ombros no ritmo da música, porém a falta de coragem era o principal motivo para permanecer sentada — mesmo com as tentativas insistentes de Rise em fazê-la mudar de ideia. Por mais que soubesse dançar, a menina afirmava que não tinha talento e o fato de possuir uma plateia pronta para rir caso fizesse algo estranho também não era atraente, então preferia ficar longe do centro das atenções conversando e aproveitando a música da forma como podia. Entretanto, nenhum de seus amigos permitiu que permanecesse quieta durante toda a festa, logo, quando foi anunciado por cochichos que iria acontecer o jogo da garrafa, Penelope não teve a opção de rejeitar.
Sentada na grande roda de participantes, as mãos de Mullins suavam enquanto observava cada um que estava presente com seus sorrisos e olhares travessos, todos bastante animados em beijar o crush ou simplesmente beijar pela primeira vez. Todavia, a menina não estava nervosa por cair em alguém que não gostava, muito pelo contrário, seu medo tinha um rosto e um nome bastante familiares: Rise. Não que não quisesse ver sua garrafa apontar para a amiga e reviver o primeiro beijo trocado, pois aquela noite ficara presa em sua mente desde então e a sua vontade de sentir mais uma vez os lábios macios femininos ardia em seu peito sempre que ela fazia um de seus biquinhos manhosos, mas todos ainda acreditavam que as duas eram BVs, então beijá-la mesmo que dentro do jogo poderia causar o exato escândalo que queriam evitar ao manter aquele segredo. Sem falar que Penelope tinha medo de que seus pais descobrissem alguma coisa e tentassem afastar a Lee-Navarro de si, porque era o que acreditava que iria acontecer caso soubessem que a pequena era exatamente o que detestavam. E Pepe preferia acompanhá-la até o inferno a dizer “adeus” à sua pessoa favorita. Não era justo.
Mas e se Rise beijasse outra pessoa? Por mais que permaneceria em silêncio, pensar nessa possibilidade também causava um doloroso desconforto. E se ela gostasse do beijo? Bem… talvez era apenas uma preocupação de melhores amigas, afinal, não queria vê-la se relacionando com a pessoa errada mesmo que fosse só um selar. Ou vê-la pegar alguma doença, pois lembrava de ter ouvido falar sobre sapinho. Não era nada demais. Com o coração acelerado sempre que a garrafa girava, Penelope acompanhava o desenrolar do jogo sem soltar muitas palavras, mas tentando se distrair e se divertir com os gritos animados dos seus colegas de colégio. Na verdade, sua verdadeira atenção era sempre voltada na Sunny, mas ainda assim tentava se distrair. Até a garrafa apontar para a amiga pela primeira vez.
Mike, o aniversariante, deveria beijar Rise e o olhar dele denunciava que isso era exatamente o que ele estava querendo, sem falar que os amigos mais próximos dele pareciam comemorar essa aparente conquista. Entretanto, diferente do que calculava, Penelope não se sentiu esquisita e muito menos preocupada com aquele desafio alheio. Estava estranhamente normal e a sua vontade era de simplesmente rir, uma reação que a tranquilizou diante daquele desnecessário mar de adrenalina em que estava mergulhada. E o breve beijo, que causou até mesmo alguns resmungos de frustração da plateia, chegou ao fim sem causar danos da Mullins. Estava tranquila. Era só um jogo. Infelizmente, seu sorriso não durou tantas rodadas assim ao ver a ponta da garrafa apontar na sua própria direção. Não sabia nem o nome do garoto, e ele muito menos o dela, porém a careta que ele fez juntamente com algumas risadas dos outros participantes a trouxeram chateação. Sua vontade era de rejeitá-lo, mas não teve como fazer isso graças à pressão oferecida pelos outros para que “perdesse o BV” e não “amarelasse”. O beijo foi breve, porque quem havia sido rápido na hora de recuar do selinho foi o menino, que soltou algumas piadinhas que nem sequer foi capaz de ouvir pelo barulho que sua mente fazia. O beijo foi péssimo em todos os sentidos possíveis, mas, pelo menos, aquele não havia sido o seu primeiro, porém esse alívio não desfez a mágoa que passou a sentir, especialmente quando a ficha caiu que Rise estava ali assistindo tudo. Por que isso era desconfortável? Nem a Mullins sabia responder. E foi carregando aquele estranho sentimento ruim que voltou a acompanhar o restante do jogo.
Entretanto, se algo já estava ruim, é claro que poderia piorar.
Chegando finalmente a vez da Lee-Navarro de girar, uma tensão resolveu se juntar ao caos que acontecia em seu interior, seus receios hipócritas de antes borbulhando à medida que observava a garrafa de vidro girar em câmera lenta. Cada milisegundo parecia equivaler a uma eternidade e seu coração só faltava explodir num mix de receio e esperança. Se as duas já haviam perdido o BV na visão de todos, então não seria um problema se o beijo delas acontecessem, não? Não era como se fosse acontecer algum surto coletivo quando algumas garotas já haviam se beijado durante a partida. Todavia, se já havia experimentado o beijo dela, por que queria mais? Eram amigas. Amigas. E insistir naquilo era errado, não? Mas não sentia que fosse errado como seus parentes diziam. A mente feminina só faltava entrar em curto-circuito por não saber no que acreditar e no que desejar… até a garrafa finalmente parar e causar um breve silêncio na roda, que se transformou numa nova onda de gritarias ao verem o alvo. Amelia, a garota que todos os meninos almejavam beijar. Diferentemente do que aconteceu no primeiro beijo que assistiu da amiga, seus dedos inquietos passaram a apertar a barra da própria saia enquanto seu peito doía. Por mais que Penelope tentasse ignorar o motivo para aquele caso ser diferente, este era bastante óbvio: Rise iria beijar uma menina. Rise gostava de meninas. Amelia era a menina que todos gostavam… o que impediria Rise de também gostar dela? Ao ver a aproximação das duas, que tinha como trilha sonora as reclamações e risadas, Mullins não conseguiu ter outra reação que não fosse fechar os olhos e virar seu rosto ao chão. E se Rise beijasse Amelia igual à forma como a beijou naquela noite? E se a notasse lançar o seu brilhoso olhar à Amelia? E se ela sorrisse da mesma forma como sorrira para si? Não queria ver. Infelizmente, ainda era capaz de ouvir e perceber que não havia sido um selar tão breve quanto o anterior foi o bastante para uma súbita vontade de chorar crescer em seu interior já fragilizado com aquela brincadeira idiota.
Quando chegou a vez de outra pessoa girar a garrafa, Penelope não conseguiu evitar de levantar e sair do jogo. Claro que havia tentado fazer seu melhor rosto amigável enquanto fingia que precisava atender uma ligação, porque não queria que ninguém corresse em sua direção com preocupação. Muito menos a Rise. Dessa forma, pegando o celular do bolso e colocando contra o ouvido para dar mais veracidade a sua atuação, Mullins correu até o banheiro antes que suas lágrimas escapassem e alguém as avistasse. Por que estava chorando?! Questionava-se irritada enquanto encarava o próprio reflexo no espelho da parede, mas a menina ainda permanecia silenciando teimosamente a verdadeira resposta. Era apenas medo de seus pais descobrirem que Rise gostava de meninas e as afastarem, só isso! Não queria vê-los a odiando, não queria. Penelope chorava ainda mais enquanto tentava se justificar falando baixo sozinha.
Permanecendo no banheiro por alguns minutos até que se acalmasse e conseguisse lavar o rosto para se livrar do inchaço, a menina mandou uma mensagem para que a mãe a buscasse da festa afirmando estar cansada. Não queria mais ficar ali e arrumaria qualquer mentira para não causar suspeitas do seu dilema interior.
RISE.
de tudo que rise se sentia no direito de reclamar, nunca seria da forma como seus pais confiavam nela o suficiente para deixarem ela fazer o que queria, contanto que prometesse se comportar e ter um horário combinado para ligar para eles buscarem-na, sempre havia funcionado assim e rise não podia fazer nada se era relativamente popular com os colegas de escola, pois tinha amigos nas mais diversas turmas e sempre era lembrada na hora das comemorações, seja com um rodada de pizza e um cinema, ou comemorações caseiras. quem era rise também para recusar todos aqueles convites quando ela adorava um fervo, sua energia era sempre o que trazia alegria a muitas das festas, nunca reclamou de ser o centro das atenções, pelo contrário, sempre buscou-o. entretanto, não era egoísta ao ponto de querer os holofotes todos para ela, pois rise fazia questão de tentar arrastar sua pea para todos os lugares que iam, afinal, eram tão grudadas que já eram quase a mesma pessoa, difícil mesmo era ver uma sem a outra e era assim que a garota gostava.
naquele momento, seu objetivo principal era atrair a melhor amiga para a pista de dança, fazendo brincadeirinhas em meio a todo mundo, apontando para ela e fazendo menções de puxá-la, chegando até a dançar para ela, mas a garota tinha que admitir derrota quando via uma, porque mesmo vendo que a amiga queria dançar, de pouco adiantou todas as suas tentativas de trazê-la para si, ao menos conseguiu aproveitar os instantes em que seus olhares se cruzavam e riam uma para a outra, momentos tão delas que era fácil esquecer do restante das crianças que cercavam rise na pista de dança improvisada. todos tão entusiasmados, pois era para muitos a primeira festa sem supervisão dos pais e, bem, aquela era a oportunidade perfeita de fazer o que queriam. a festa de mike havia sido a mais comentada desde o começo das aulas, pois era onde a maioria estava contando que perderiam seus bvs… ah, um objetivo tão bobo para rise, porque ela duvidava que alguém daquela festa teria a mesma sorte do que ela de ter tido um primeiro beijo mágico, com direito a tudo que viam em filmes e com a sua melhor amiga. mas também era um segredo que prometeram que guardariam a sete chaves, então não era como se rise pudesse se gabar por aí, se submetendo a aguentar as incontáveis perguntas de seus colegas sobre quem ela queria beijar, tem que ser alguém especial para o seu primeiro beijo!, lembravam-na, sem nem saber a verdade - havia sido com alguém mais do que especial e naquele momento rise não conseguia tirar seus olhos dela…
quando finalmente chegaram na parte mais esperada do dia, rise se mostrou desapontada quando, ao seguir até a roda que ia se formando caoticamente no chão de mãos dadas com pepe, ninguém quis abrir espaço para que as duas se sentassem juntas, forçando rise a ocupar um lugar do outro lado da roda, seu bico presente e gigantesco toda vez que passava seus olhos pela amiga tão longe de si, entretanto, uma outra pequena parte de si questionava-se se assim a probabilidade de caírem juntas em alguma rodada não era maior, esse pensamento trazendo um sorriso discreto ao rosto da lee-navarro conforme ela encarava fixamente a garrafa, como se tivesse uma séria conversa através do olhar com o objeto, praticamente implorando para que o universo estivesse do seu lado. ela morreria com a dúvida de se o brilho labial da amiga tinha gosto de morango ou de melancia, pois rise estava usando o seu e menta e se perguntava se seria uma mistura gostosa - os lábios de pepe ela tinha certeza que seriam maravilhosos assim como haviam sido naquela noite onde se perderam uma no abraço da outra.
mas não foi daquela vez que o universo a escutou e ela acabou tendo que desperdiçar seu gloss com mike, que por se tratar de ser o aniversariante, a garota até que tentou esconder a sua careta de desgosto ao que esperava com que o animado garoto cruzasse a roda para ajoelhar-se em sua frente, rise só soltava risinhos pela graça da situação de todos alvoraçados por causa daquilo e da esperança que via no olhar do colega que aparentemente estava dando seu primeiro beijo também. pobre garoto, se ele soubesse… ao menos rise tentou, relaxando seus lábios para que não tornasse a experiência ainda mais desagradável, mas havia sido um encaixe tão ruim que nada mudaria aquela situação, a forma afobada como ele tentava enfiar a língua na boca dela foi o que fez rise empurrá-lo sutilmente para longe logo após ele tentar também levar a mão ao pescoço dela. breve e péssima seria como rise descreveria aquela experiência, definitivamente uma nota três em uma escala entre não beijar e beijar sua melhor amiga a noite toda… por deus, tinha que parar de pensar em pepe daquela forma, porque já estava ficando ridículo e a última coisa que queria era afastá-las. mas também foi impossível não buscar o olhar da amiga ao que mike saía de sua frente depois de rise ter depositado alguns tapinhas no ombro do garoto com um sorriso divertido. ver que a amiga estava se divertindo era sempre um bom sinal, mas naquele contexto foi uma sensação agridoce, penelope não ligava de vê-la beijando outras pessoas… quão decepcionante, mas ao mesmo tempo aliviante era saber daquilo, ao menos agora sabia que ela não corria pela mente de pepe como a amiga parecia fazer maratona pela de rise.
solta rise estava desde o começo da festa, mas agora permitiu-se se emergir mais no jogo, interagindo mais com aqueles que estavam em sua volta agora que se convencia que não precisava se preocupar com pepe, afinal, ela estava se divertindo também! era egoísta de sua parte, mas ela estava estranhamente aliviada que a amiga não havia sido sorteada pela garrafa ainda, uma paz de espírito que ela se recusava a nomear, porque era besteira ficar enciumada por causa da melhor amiga, ainda mais quando era uma puta hipocrisia de sua parte de ter experienciado outro beijo e não desejar que pepe fizesse o mesmo… com esses pensamentos idiotas, rise tinha a sensação de que perderia seu título de melhor amiga por ser uma bela de uma trouxa. distraída com uma pergunta que viera de uma colega sentada a sua direita, rise só percebeu que a amiga havia sido sorteada quando um comentário bastante característico atingiu seus ouvidos, vindo de um grupinho que estava junto a sua esquerda, seus olhos esbugalhados em incredulidade sendo direcionados para a rápida cena que desenrolou em sua frente, as risadinhas do amigos de matteo, um ano mais velhas do que elas, atingiram seus ouvido de forma tão estridente que por pouco não fez a garota tirar a sua plataforma para jogar neles, seu olhar buscando imediatamente os de pepe para tentar descobrir como a amiga estava, se sequer tivesse ouvido o comentário infeliz soltado pelo otário. quando o garoto voltou a ocupar o seu lugar na roda, rise deu o que parecia ser um leve soco no joelho dele para chamar sua atenção para si, mas o golpe havia sido desferido com força deliberada, era para doer mesmo. suas unhas estavam começando a crescer, mas já eram suficiente para cravá-las na coxa do menino ao que aproximava-se dele com um sorriso doce nos lábios e sangue nos olhos. — se você quer se comportar feito um animal, talvez você devesse voltar para o zoológico. filho da puta. — suas palavras eram enunciadas com o maior cuidado do mundo para serem entregues com cada gota de veneno que ela conseguia colocar nelas, violência nem sempre era a resposta, mas qual era mesmo a pergunta? buscando novamente os olhos da amiga, rise tentava desesperadamente ter a atenção da amiga em si em súplicas silenciosas para saber se ela estava bem, rise esperava que ela estivesse, a garota preferia sentir ciúmes do que aquela raiva que derivava de quando alguém dizia aquelas coisas para pepe, pois o ciúmes seria algo que só ela sentiria e ela odiava imaginar que a amiga ainda se deixava levar por aqueles comentários idiotas.
demorou alguns minutos para que rise conseguisse entrar no clima do jogo novamente, quando chegou a sua vez de girar ela já estava animada novamente, mesmo ainda um pouco cautelosa diante de pepe, como queria estar sentada do lado dela… se perder nessas ideias nunca era algo bom, mas logo rise voltou a sua órbita quando o barulho explodiu na rodinha, só então se dando conta de onde sua garrafa havia parado. amelia, uma garota. a loira não era uma estranha para rise, participavam dos mesmos círculos sociais e treinavam juntas também, ames era quase sempre a sua parceira quando a treinadora os colocavam para jogar doubles, e elas funcionavam muito bem juntas, agora só restava saber como beijariam… diferente de sua primeira rodada, rise se colocou de joelhos para poder encontrar amelia no centro do círculo, as duas compartilhando um sorriso travesso antes de rise tomar os lábios femininos nos seus. o encaixe ainda não era perfeito, mas a diferença de estar beijando uma garota estava lá e era incrivelmente nítida. as duas tomaram seu tempo para se afastarem, suas línguas tentativamente provocando uma a outra no que rapidamente entraria para um dos beijos mais intensos do jogo, tanto que quando se afastaram, ambas estavam coradas e riam em direção ao chão enquanto voltavam para seus lugares. notar a amiga se levantando naquele meio tempo foi o que a surpreendeu. rise sentia-se tão alheia ao que acontecia a sua volta, mas aparentemente pepe não pertencia àquele grupo que rise conseguia facilmente ignorar, provavelmente nunca pertenceria, não quando a menor se sentia tão ligada à outra. a pressa da amiga impediu-a de reagir de qualquer outra forma que não fosse seus olhos confusos fitando-a, será que havia acontecido alguma coisa? eram os pais dela? elas haviam combinado de irem embora juntas, será que os planos haviam mudado?
porém, rise não teve muito tempo para refletir sobre aquilo a fundo, porque a garrafa parou nela mais uma vez e antes que pudesse processar já estava aos beijos novamente com amelia, para o delírio da rodinha, ela havia tirado a sorte de ter conseguido tirar rise de volta quando girou a garrafa e por mais que não fosse perfeito, era um beijo bom, definitivamente melhor do que o de mike, mas não melhor do que o de pepe, foi algo que passou pela sua cabeça quando um dos colegas da roda questionaram-nas se havia sido tão bom assim, rise tocando seus lábios com um sorriso bobo graças a comparação que havia feito mentalmente… pepe.
oh, droga, pepe! onde estava a amiga? aproveitando que o jogo começava a morrer, rise saiu da rodinha com rapidez, buscando a amiga pelos cantos caso ela tivesse saído do banheiro sem que a lee-navarro percebesse, mas testar a fechadura e ver que a porta não abria foi o suficiente para fazê-la acreditar que pepe ainda estava lá. limpando a boca com as costas da mão, rise encostou sua cabeça na porta enquanto dava leve batidinhas, por sorte o barulho ali não era tanto, por isso acreditava que penelope conseguiria ouví-la. — sweet pea? — porque rise sentia que havia feito alguma coisa de errado, talvez tivesse falhado como amiga quando se deixou levar pelo jogo e se esqueceu de ir atrás de pepe. — ‘tá aí? ‘tá tudo bem? — com um suspiro, rise deixou mais algumas batidinhas antes de se escorar na parede oposta à porta para então poder deslizar até o chão e abraçar as suas pernas contra o peito, será que tinha chateado ela de alguma forma? talvez a amiga nem estivesse mais ali, mas rise a esperaria mesmo assim, ela podia falhar em alguns momentos, mas ela nunca deixaria pepe para trás.
THE END.
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pepemullins · 3 years
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i kissed her. she kissed back.
onde: residência dos lee-navarro quando: último sleepover antes do começo do 6th grade
RISE.
dizer que rise estava confusa era diminuir toda a situação do turbilhão que se passava pela sua cabeça enquanto ela se arrumava para dormir depois de uma noite cheia de brincadeiras com sua melhor amiga, pepe, além de um filme com uma classificação indicativa bem maior do que a idade que elas tinham que conseguiram assistir escondido em seu quarto depois que sua mãe havia permitido que fechassem a porta. e foi esse filme que a fiz ficar mais quieta do que o normal, sua sorte recaindo no fato de que estava tarde e elas precisavam mesmo serem silenciosas, ao menos para não entregarem que haviam feito algo que não podiam, os risinhos que rise soltava de vez em quando diante da ideia de estar fazendo algo errado logo cessaram ao que ela se perdia em sua cabeça, atenta à tela com seus olhos brilhando enquanto absorvia cada detalhe da interação amorosa. entre duas mulheres. a garota finalmente conseguindo entender qual era o apelo daquele contato, porque até então, sempre que suas amigas conversavam sobre os garotos que elas diziam que iriam beijar naquele verão, rise nunca sentia o mesmo entusiasmo, por algum tempo ela achou ter algo de errado consigo, mas agora ela podia ver a verdade — seu interesse apenas não estava nos garotos, e não parecia ter nada de errado nisso.
quando estivesse mais velha provavelmente apreciaria o humor de estar usando seu pijama de arco-íris, mas como era, apenas jogou os travesseiros extras de cima de sua cama para poder puxar o cobertor e entrar embaixo, um sorriso em seu rosto ao chamar pepe para se deitar também, sua cama era grande o suficiente para as duas. — o que você achou do filme? eu não entendi muito bem… — comentou, deitando-se de lado com as mãos unidas sobre seu rosto. sua cama era grande o suficiente, mas ela não via vantagem em ficar longe da amiga, por isso ocupava a pontinha de seu travesseiro para que então a distância não fosse tão grande e elas pudessem conversar baixinho sem chamar a atenção já que deveriam estar dormindo naquele momento. antes era a luz da televisão que iluminava o quarto, mas assim que se viram no completo escuro, rise ligou o led colorido que ficava atrás da cabeceira de sua cama e proporcionava um brilho roxo ao quarto que sempre ajudava-a a dormir, porque se dormisse logo, pararia de prestar tanta atenção no rosto da amiga, seus olhos presos sem querer nos lábios dela sempre que a garota dizia alguma coisa… que confusão.
PENELOPE.
Penelope nunca entendeu muito bem o sentido das classificações indicativas dos filmes, porque não era como se no futuro não fosse ver as coisas representadas, então do que adiantava impedi-la de ver agora? Infelizmente, não existia brechas em sua casa para consumir conteúdos para pessoas mais velhas, porque seus pais diziam que não tinha idade suficiente para ter um computador ou notebook próprio e a televisão de seu quarto tinha grande parte dos canais bloqueados, além do acesso restrito nos programas de streaming. A garota não fazia tanta questão para tentar burlar o sistema de alguma forma, mas tinha que admitir que toda essa proteção que seus pais ofereciam também a deixavam ainda mais curiosa. O que exatamente as pessoas faziam que ela não podia ver? Que pecados são esses que seus pais e o pastor citam com tanta frequência? Claro que uma coisa ou outra a menina sabia porque alguns de seus colegas de classe comentavam de assuntos proibidos de vez em quando, mas como era? Talvez foi por suas interrogações que Mullins se empolgou com a ideia de assistir um filme com classificação bem maior do que deveriam e, agarrada aos lençóis da cama enquanto seus olhos brilhavam em curiosidade, suas falas cada vez mais silenciosas para prestar atenção no máximo de detalhes possível. Podia até mesmo sentir seu coração acelerar em animação! Todavia, mesmo com seu foco totalmente voltado ao filme, Penelope não conseguia compreender os acontecimentos e muitas das falas enigmáticas, então eram apenas cenas e mais cenas confusas na tela até que algo em específico arrancou todas as perguntas que soltava vez ou outra à amiga. Lembrava de ter ouvido escondido seus pais comentando na sala de televisão que era errado homem namorar com homem e mulher namorar com mulher, mas se isso fosse verdade, por que as moças do filme eram tão bonitas e as palavras de amor eram tão verdadeiras? Não fazia sentido. E a maneira como as personagens se tocavam e se beijavam ficaram presas em sua mente.
Acostumada a dividir o colchão com Rise sempre que faziam festinhas do pijama, Penelope pulou na cama sorridente assim que o convite da amiga para se deitar foi feito. Entretanto, após aquele filme, sua mente ficou bastante embaralhada e alguns pequenos detalhes que já estava habituada soavam levemente estranhos. Estar tão próxima da outra definitivamente estava nessa lista, mas não era como se desejasse se afastar, pois sempre gostou de quando ficavam daquela forma e era difícil se imaginar tão à vontade com outra pessoa. E foi com essa ideia de sempre estar tão confortável com a Navarro que a pequena Mullins deixava escapar seu pequeno interesse de perder uma curiosidade ao encarar os lábios da amiga com mais frequência. — Eu não entendi nada. — confessou soltando uma risada, mas precisando cobrir a boca com a palma só para evitar fazer barulhos altos e acordar a família da outra. — Uma hora o cara queria ficar com uma menina, depois queria a outra, mas aí as duas fugiram… — simplesmente não compreendeu a motivação para nenhum dos acontecimentos do filme, mas a partir do momento em que as meninas ficaram juntas, não foi necessário prestar tanto atenção no enredo. — Eu não esperava que elas fossem se beijar e fazer aquelas coisas. — comentou ainda mais baixo. Depois de alguns segundos silenciosos com a boca levemente contorcida e uma estranha ansiedade tomando conta de si, Penelope decidiu questionar. — Você beijaria uma garota?
RISE.
a confissão da amiga também lhe tirou um risinho, esse bem mais contido ao que ela também se limitou a apenas assentir diante do que penelope dizia para mostrar que também compartilhava daquelas dúvidas, mas também porque tinha medo de dizer a coisa errada ou mostrar que seu coração, mesmo sem entender muita coisa, ficou feliz com final, as personagens pareciam tão felizes, então o que era que tinha de errado naquilo? mesmo não ouvindo essas palavras de dentro de casa, ela não precisava ir muito longe para ouvir alguém pregando o quão errado era gostar de alguém que se parecesse com você, o quão proibido era. tão proibido que até então rise nunca havia visto mulheres daquela forma, não explicitamente, era como descobrir um novo mundo onde andar de mãos dadas não era símbolo de amizade como ela costumava pensar quando caminhava pelos corredores dessa forma com pepe, era algo mais. e era lindo, ver as personagens se gostando tão livremente a fazia se questionar se algum dia ela teria aquilo, porque ela tinha cada vez mais certeza de que era o que ela queria. entretanto, o novo comentário de pepe fez com que as palavras que iam surgindo ficassem presas em sua garganta, ela tendo que engolir em seco para tentar se livrar do nó que tinha se formado ali, seus lábios comprimidos enquanto corria os olhos pelo rosto da amiga, seus olhos com um brilho diferente quando seus olhares se cruzaram, talvez até um pouco triste. — você acha que é errado? — questionou baixinho, suas palavras apenas soando nítidas pelo visível esforço que fazia para pronunciá-las, um leve medo crescendo no fundo de seu estômago, fazendo-o se revirar todo só de pensar que talvez penelope realmente pensasse daquela forma, o que não era tão difícil, uma vez que os mullins tinha morais muito diferentes dos lee-navarro.
o questionamento seguinte surpreendeu rise que arregalou brevemente seus olhos, uma de suas mãos cobrindo seus próprios lábios ao que se punha a pensar. o toque que mantinha em seus lábios foi se tornando cada vez mais leve, até que era apenas seus dígitos correndo delicadamente por seu lábio inferior, sua mente tentando imaginar como seria matar aquela curiosidade, ter lábios macios contra os seus, até a ideia de se sujar com gloss brilhante soava atraente quando ela tinha seus olhos fechados. — eu beijaria. — confessou, abrindo seus olhos naquele instante para encarar a amiga com apreensão desenhada em todas as suas feições. mordendo os lábios, aproximou a sua mão do rosto da amiga, correndo as costas de seus dígitos com carinho sobre a bochecha dela, algo que havia feito quando se conheceram e desde então se tornou um hábito, logo deslizando os dedos sem pressa até o queixo da garota. — você beijaria? — questionou e por mais que não fosse um desafio, algo sobre a curiosidade no olhar de rise e a proximidade delas podia passar a impressão de que talvez fosse um.
PENELOPE.
Pelos anos que se conheciam, não era uma tarefa difícil para Penelope perceber quando Rise carregava algum sentimento negativo, uma tristeza ou desapontamento, então identificar o diferente brilho no olhar feminino após seu inocente comentário, sem falar do questionamento que já tirava palavras de sua boca, foi uma surpresa. Errado. — Meus pais acham que é. — respondeu brevemente, seus olhos piscando algumas vezes enquanto tentava buscar alguma justificativa para ter a mesma opinião deles, afinal, eram seus pais e eles sabiam de muito mais coisas do que si, mas… como podia dizer o mesmo se achava aquilo normal de certa forma? Fazia sentido duas garotas se apaixonarem assim como uma garota se apaixonava por um garoto ou um garoto por outro… pessoas se apaixonam, não? Amar era uma habilidade que Penelope admirava na humanidade, uma forma que conheceu através das missas de experimentar a bênção divina. Deus é amor. Então não tinha nexo ser contra esse sentimento quando fazia tão bem. — Mas eu não acho que seja. — completou depois de um breve intervalo. Definitivamente perguntaria depois para sua mãe o porquê de pensar daquela forma. — Você acha? — pela diferente sensação que Rise exalava, a Mullins ficou preocupada sobre a opinião da amiga… será que ela pensava da mesma forma que seus progenitores?
Com os olhos atentos às reações de Lee-Navarro, Penelope sentia seu próprio coração acelerar cada vez mais em expectativa sobre a resposta que viria, pois aquela talvez fosse a oportunidade única de matar a própria curiosidade sem tanto receio e as duas já estavam acostumadas a soltar sugestões esquisitas sobre o que fazer — eram melhores amigas de todos os tempos, então não existiam riscos de julgamento ou conflito. Se os olhos femininos estivessem abertos, Rise com certeza encontraria a amiga encarando seus lábios, atenta à maneira como seus dedos deslizavam pelo lábio inferior como se imaginasse estar em tal situação. O interesse e curiosidade de Penelope explícitos na forma como umedecia os próprios lábios, porém notar esses detalhes em si mesma foram um choque ao ouvir a resposta positiva da outra. Com a garganta travada, a menina apreciava o carinho em seu rosto que, por mais familiar que fosse, era igualmente novo depois da nova perspectiva oferecida pelo filme assistido. Assemelhava-se bastante ao modo que as duas amantes se tocavam. Quando a pergunta foi lançada para si, Mullins abriu um tímido sorriso unido a uma breve risadinha desconsertada. — Eu nunca beijei ninguém. — não que fosse um segredo, porque Rise deveria saber dessa informação, mas talvez isso explicitasse que era difícil falar sobre gostos quando nunca experimentou. Será que ela acharia estranho? Levando seus dígitos aos da amiga que deixavam-lhe carícias e aproximando seu rosto do dela o suficiente para sentir a pontinha dos seus narizes se tocando, a garota tentou controlar a própria respiração para não evidenciar o quão nervosa estava diante da sugestão que precisava fazer. — Quer testar? — seus olhos procuravam os dela com o brilho da curiosidade. Com quem mais teria a chance de experimentar o sabor de um beijo entre garotas? Absolutamente ninguém, além de que se desejassem que fosse um segredo, existia um pacto de confiança entre as duas. — Você iria tirar meu BV, mas nós somos amigas, então acho que não teria problema, né?
RISE.
a primeira parte da resposta de pepe era até previsível, mas mesmo assim rise não pode deixar de se sentir desapontada, pois era só um lembrete de que pessoas que desaprovavam aquilo existiam em todo lugar, até mesmo tão perto dela e ser lembrada disso era uma péssima sensação. entretanto, a segunda parte veio para complicar a sua respiração e acelerar seu coração, o questionamento voltado para si fazendo com que a garota arregalasse os olhos e negasse imediatamente com a cabeça, odiava só imaginar que havia passado aquela imagem, será que ela estava assim tão nervosa? suas palmas que começava a suar um pouquinho eram a sua resposta quando tentou secá-las discretamente sobre o lençol antes de apoiar-se em suas mãos para que pudesse se aproximar de pepe e sussurrar em seu ouvido a sua primeira confissão. — eu acho que sou assim. — por pouco sua voz falhou e rise escolheu manter seus olhos fechados quando voltou a deitar a cabeça na ponta de seu travesseiro, não queria ver a reação de penelope, era a primeira vez que ousava dizer aquilo em voz alta e não queria se arrepender assim tão rápido desse seu pico de coragem, por alguns instantes escolheu ficar daquela forma, positivamente ignorante ao que o mundo talvez tivesse a dizer sobre ela.
era um jogo arriscado aquele que estavam jogando, e se colocasse a amizade que tinham em risco? havia muito que podia dar errado, mas o pior de tudo era que rise queria, queria beijar e queria que fosse com pepe, aquela realização caindo como uma luva para explicar seu nervosismo e ainda trazendo uma onde de calor para suas bochechas que naquele ponto já deviam estar adotando aquela coloração rosada que rise tanto odiava, ela era orgulhosa demais para sentir vergonha daquela forma, mas existiam momentos em que era inevitável, e aquele era um deles. se rise já tivesse beijado alguém, pepe com toda certeza seria a primeira pessoa para quem ela contaria, então seu silêncio falava muito sobre a sua situação também depois que a amiga havia exposto a dela. —eu quero… — sua resposta veio supreendentemente fácil, não precisou nem pensar muito e essa irracionalidade talvez tivesse ajudado. — mas eu não sei fazer aquelas coisas que elas fizeram. — revelou baixinho, porque parecia ter muito mais coisas envolvidas do que um simples tocar de lábios, havia língua e sons que ela não se esqueceria tão cedo, e se ela tentasse e acabasse sendo estranho para elas, um bico manhoso surgiu em seus lábios com essa noção. o que, francamente, veio bastante a calhar uma vez que rise agiu impulsivamente ao inclinar seu rosto e roubar um selinho de pepe, rápido, mas foi o suficiente para acelerar ainda mais seu coração que já não batia nos conformes desde que haviam se deitado para supostamente dormir. se afastou minimamente, só para poder ter uma visão do rosto da amiga, suas mãos nervosas buscando as dela para que pudesse uni-las no espaço que as separavam na cama. — nós somos melhores amigas. —  declarou brandamente, abrindo um pequeno sorriso. e agora? o que deveria fazer?
PENELOPE.
A aproximação repentina de Rise pegou-a desprevenida, seu cenho arqueando por não entender exatamente o que a amiga desejava fazer, porém a revelação arrancou qualquer questionamento que Penelope planejava fazer. — Você gosta de meninas? — perguntou para se certificar que havia entendido corretamente, porque não queria tirar conclusões equivocadas. A garota não sabia exatamente como se sentir sobre aquela informação, porque, por mais nova e até mesmo chocante que fosse essa reflexão, Rise continuava sendo a Rise que sempre gostou — e, posteriormente, viria a descobrir que compartilhava do mesmo sentimento. Sem falar que com certeza havia ouvido errado sobre seus pais não gostarem da ideia de pessoas iguais namorando, afinal, eles gostavam da Rise e sabia que eles gostariam de vê-la feliz com alguém também… Talvez era só um mal entendido. — Eu acho que você está certa, sabe? — começou a falar com um tom mais divertido ao perceber a tensão que a amiga exalava. — Os meninos são um saco! — abriu um sutil sorriso reconfortante no fim. Mesmo que estivesse brincando, sua opinião era exatamente aquela e pensar numa vida podendo namorar e casar com outras garotas parecia bem mais divertido, pois entender as garotas sendo uma garota era bem mais fácil e os meninos eram bobos demais.
Estava bastante nervosa com a própria sugestão, mas não era como se fosse capaz de voltar atrás agora que havia jogado na roda, então o jeito era respirar fundo para enfrentar aquela possível loucura, pois o máximo que poderia acontecer era ser rejeitada ou acharem estranho. Se apaixonar? Penelope nem ousava em pensar sobre isso, porém estava mais relacionado ao costume de ignorar as borboletinhas no próprio estômago que surgiam às vezes quando estava sozinha com Rise do que qualquer outra coisa. Melhores amigas. Antes que desistisse da própria ideia, ouvir a resposta positiva da garota foi o suficiente para que seu rosto esquentasse e seu coração perdesse algumas batidas. Estava assim porque não seria apenas a sua primeira vez beijando, também seria sua primeira vez beijando uma garota, então devia ser comum suas mãos suarem tanto, certo? De qualquer forma, pensar em seu primeiro beijo pertencer a Rise carregava uma sensação doce e especial. Será que ela também gostava da ideia de perder o BV consigo? — Eu também não sei. — o que não era difícil de prever já que nunca havia encostado em outra boca antes ou sequer praticado como algumas de suas amigas comentavam nas rodas do recreio. Todavia, o selar em seus lábios veio rápido demais para a menina se preparar psicologicamente ou sentir alguma coisa, muito se assemelhou com quando sua mãe arrancou seu dente de leite ou o band-aid de uma ferida. Com os olhos arregalados em surpresa, Mullins nem conseguia processar que aquilo havia acontecido… Deveria pedir para que repetisse? Em outras circunstâncias, até se questionaria se beijos eram daquela forma, mas a resposta estava na memória do filme. — Não foi assim que elas fizeram. — riu baixinho devido ao próprio nervosismo, mas não conseguindo evitar de se derreter com o semblante tão ameno da amiga. — Nós somos melhores amigas. — repetiu, porém com um complemento. — Se ficar estranho, nós paramos. Okay? — perguntou antes de soltar a mão feminina para tocar no rosto dela com delicadeza. Era tão fofinha e podia sentir que as bochechas dela estavam tão quentes quanto as suas. E imitando o biquinho feito pela outra, Penelope zerou mais uma vez a distância entre ambas para que seus lábios se encontrassem num selar mais demorado que o primeiro. Agora sim podia sentir alguma coisa… seu corpo entrando pouco a pouco num estado de euforia, dançando e pulando ao sentir a maciez dos lábios da melhor amiga. Não queria se afastar, mas precisou por talvez estar sendo esquisito para Rise — Foi estranho? — será que deveria ser estranho para Penelope o fato de não ser estranho?
RISE.
rise apenas assentiu como resposta, porque ainda não sabia onde aquilo as levaria e isso a deixava inquieta, com medo de ter ultrapassado uma linha que talvez não fosse assim tão aceitável. — sim, eu acho que sempre gostei. — conseguiu dizer apenas depois de respirar fundo algumas vezes, podia ser nova demais para saber dessas coisas, afinal nem tinha experimentado tudo que podia, mas era uma parte inegável de si que mesmo inconscientemente, ela sempre soube - suas histórias de amor com suas bonecas nunca envolviam um ken e as barbies sempre tinham seus finais felizes com suas teresas, e era assim que ela se sentia bem, só era diferente finalmente dizer aquilo para alguém, colocar tudo no aberto onde poderia ser julgada. entretanto, por mais temerosa que pudesse estar, sabia que aquele julgamento não viria de penelope, sua melhor amiga, um dos melhores presente que já havia ganho em sua vida… e as brincadeiras dela cumpriram seu papel com maestria, até trazendo novamente o sorriso para o rosto de rise, todo o carinho que sentia pela amiga exposto pelo brilho em seus olhos quando finalmente teve a coragem de olhá-la, agora com o coração mais leve. — ew, garotos são os piores. — brincou também, fazendo uma careta de nojo antes de cobrir a sua boca com as mãos ao que finalmente sentia-se leve o suficiente para rir.
depois do rápido e impulsivo selar, rise encarou pepe com grandes olhos curiosos, havia tanta coisa correndo por sua mente que ela mal pôde aproveitar os breves instantes que seus lábios se tocaram, mas tinha tinha certeza de que podia sentir pequenas descargas elétricas com aquele contato tão inocente que não durou nem perto de ser o suficiente, a mão que cobriu sua boca por alguns instantes era para tentar esconder o sorriso bobo que se formava em seus lábios. — eu sei, — disse manhosa, o som abafado por trás de sua mão até ela desistir de tentar esconder aquele pequeno vestígio de felicidade que passara a sentir, — eu te disse que não sabia fazer o que fizeram. — se soava mais acanhada era porque estava realmente envergonhada de ter proporcionado um primeiro beijo tão medíocre para elas, era para ter sido especial, mas aparentemente só ela devia ter se sentido daquela maneira. e foi com esse pensamento que houve um pouco de relutância de sua parte em soltar as mãos de pepe, deixando um leve aperto nelas antes de finalmente ceder, isso significava que ela queria mais? umedecendo os lábios, assentiu rapidamente diante da pergunta dela, não hesitaria um instante sequer se a amiga quisesse parar. o toque em seu rosto foi responsável pelo novo turbilhão de sensações diferentes que corriam por todo seu corpo, era como se as borboletas tivesse escapado de seu estômago e faziam uma festa dentro de si, ela podia sentir as asas delicadas batendo contra cada ponto de contato da palma da garota com o seu rosto e até mesmo na ponto de seus dedos quando levou a sua mão até a de pepe, deixando leves carinhos sobre o dorso desta enquanto olhava-a nos olhos. era injusto ter pepe como o seu acordar para aqueles novos sentimentos, mas não podia fazer nada se a amiga era uma das pessoas mais bonitas que conhecia e a sua beleza estava por dentro e por fora, ela especial daquele jeito. preparou-se do jeito que pode quando sentiu a aproximação da amiga, seus olhos se fechando ao que se entregava a sensação boa da maciez contra seus lábios, sua mão que antes estava sobre a de pepe descendo para o pulso feminino, onde acariciava-a com leveza. rise comtemplava se devia tentar fazer mais alguma coisa, porque no filme as coisas não eram paradas daquela forma e pepe claramente queria o que tinham visto, e rise queria dar isso para ela, porém mal teve tempo quando a outra se afastou, o rosto de rise instintivamente seguindo o dela na sede de ter mais daquele contato tão doce e esperado que pareceu tirar todo o ar de seus pulmões, se os seus suspiros fossem alguma indicação de que já nem respirava direito mais. — não foi. foi pra você? — apesar da curiosidade para ouvir a resposta dela, rise foi egoísta ao logo selar seus lábios novamente depois de umedecê-los, o deslizar tão mais fácil agora que ela atreveu a se mover. não sabia o que mais poderia fazer e nem se fazia direito, mas pareceu certo quando entreabriu seus lábios para capturar os de pepe nos seus, sua língua timidamente correndo sobre o lábio inferior da amiga, porque era como havia visto no filme.  
PENELOPE.
A curiosidade matou o gato era um ditado que se encaixava muito bem com a personalidade da Penelope, que se deixava vencer por seus próprios interesses e interrogações com facilidade. Por possuir uma conduta tão certinha na frente de figuras de autoridade, como um professor ou seus pais, ninguém acreditaria no quão impulsiva e inconsequente conseguia ser, nem mesmo nos diversos atos de rebeldia singelos que se enfiava juntamente com Rise. Sempre a Rise. As duas possuíam pouca idade, mas já colecionavam diversas aventuras como algumas fugas durante as aulas para comer besteira no banheiro feminino, mentirinhas para saírem para brincar num fliperama mais afastado de casa, a tentativa de construírem uma casa na árvore, o dia em que se perderam na trilha de um acampamento… Estavam sempre juntas com seus dedos entrelaçados e roupas sujas de terra ou suor, além de largos sorrisos animados e risadas altas. Oscilando entre serem uma boa e má influência para outra dependendo da situação, a mãe da Penelope gostava da energia da menor e do quão positivamente a presença dela impactou na personalidade da filha, que se tornou mais extrovertida e comunicativa, mas será que ela aprovaria o que estavam fazendo escondidas por baixo das cobertas?
Por mais imóvel que tivesse sido o selar deixado na boca da Rise, respirar e beijar era difícil quando não desejava estragar a experiência expirando forte com o nariz na cara da amiga, então quando afastou para perguntar se estava tudo bem, seus suspiros acompanhavam os alheios numa dessincronia harmoniosa. — Nã-  — Penelope não conseguiu sequer finalizar sua resposta, pois não demorou para que seus lábios se unissem novamente. Não, não estava achando estranho, na verdade, estava achando bom demais. Diferentemente do segundo beijo, os lábios das duas assumiram uma movimentação, mesmo que de modo tímido e desajeitado, e Mullins sentia-se como se flutuasse diante da liberdade crescente de exploração, seus batimentos cardíacos servindo percussão do show que parecia acontecer dentro de si. Sem tirar a mão do rosto da amiga, a garota acompanhava cada atitude dela por se encontrar igualmente perdida e também servir como estímulo para que permanecesse fazendo o que achava que era certo, pois nada parecia errado para Pepe. Entreabrindo a boca ao perceber que Rise o fez, a menina foi surpreendida com o calor da língua alheia em seu lábio inferior, pois não sabia como prosseguir da melhor forma, mas deixou que seus instintos a guiassem ao procurar a língua dela com a sua, acariciando-a com timidez. Lembrava de ver as moças do filme beijando daquela forma, mas não sabia como fazê-lo, então não conseguiu conter o riso ao se afastar minimamente. — Isso é engraçado. — justificou baixinho. — Como a gente faz isso? — questionou antes de deixar uma tímida lambidinha no canto dos lábios femininos.
RISE.
rise sempre foi intensa demais, sempre sentindo mais do que todo mundo em uma eterna batalha em sua mente sobre como deveria extravasar todos esse sentimentos - brincar com pepe até cansarem e ela se ver sem energia alguma geralmente ajudava, tirava um peso de suas costas sem ela precisar dizer uma só palavra, mas nem sempre era o suficiente e eram nesses dias que nada podia ajudá-la que todo mundo parecia merecedor de uma briga, alguém sempre falando alguma coisa capaz de fazer a garota ranger os dentes e partir para o ataque, porque aquela era a melhor maneira que ela conhecia de deixar todos os sentimentos ruins saírem, mesmo que no final ganhe traços de lágrimas raivosas em seu rosto e machucados por seu corpo, ela se sentia leve daquela forma, como se estivesse flutuando em águas pacíficas depois de uma terrível tempestade. curiosamente, aquele ato tão bobo de colocar seus lábios contra os de sua melhor amiga parecia surtir aquele mesmo efeito, todas as suas preocupações sumindo depois que pareceu pegar um pouco do jeito e como aquilo deveria ser. rise não podia negar que era até um pouco nojento, molhado demais quando suas línguas se encontraram, mas era um detalhe tão mísero diante de tudo que a pequena estava sentindo que isso não chegou nem perto de incomodá-la, pelo contrário, só aumentou a sua sede por aquele contato que trazia tantas coisas novas, um perigoso mix entre tudo que existia de bom e viciante, isso somado a todo carinho e confiança que tinha em pepe lhe proporcionava um momento memorável. uma parte de si acreditava que era a animação toda de fazer aquilo pela primeira vez, mas a outra sabia que só era especial daquele jeito porque era com penelope, sua sweet pea.
rise franziu seu cenho em uma leve confusão quando pepe se afastou, pronta para soltar uma reclamação manhosa se não fosse a forma desesperada que precisava respirar. será que estava prendendo a respiração aquele tempo todo sem ao menos perceber? era bem provável de se esquecer coisas tão básicas quando até instantes atrás estava tão perdida nos lábios da amiga. — engraçado ruim ou bom? — perguntou com os olhos cerrados, seu tom divertido, mas não podia deixar de se perguntar se havia feito alguma coisa errada. — eu pensei que era mentira quando diziam que beijar é trocar saliva. — comentou brincalhona com uma breve e forjada careta de nojo ao que corria sobre seus lábios úmidos o polegar da mão que não se ancorava com o toque no braço de penelope. a lambida em seus lábios foi encarada como um desafio ao que ela retribuiu prontamente a brincadeira travessa, aproveitando-se para logo em seguida roubar mais um beijo, agora confiante de que sabia mais ou menos o que devia fazer, até arriscando segurar o lábio inferior dela entre os seus e puxar um pouquinho antes de selar seus lábios entreabertos, tentando fazer aquela coisa de virar o rosto como se lembrava das mulheres do filme fazendo, mas não tendo muita sorte ao que bateu seus narizes na primeira tentativa e só pode se afastar com um risinho e um beijinho na ponta do nariz da amiga como desculpa.  
PENELOPE.
Era sua primeira vez beijando e já incluir tantos elementos completamente novos, que durante anos soaram estranhos, era arriscado e divertido, pois ao mesmo tempo que se entretinha se aventurando na boca da amiga e explorando sensações inéditas, também existia o risco de fazer algo errado e duvidoso. Então, foi inevitável para Penelope rir diante daqueles movimentos com a língua quando não possuía a mínima ideia do que deveria fazer — se tivesse sido capaz de prever que perderia tanto seu BV quanto seu BVL antes mesmo do retorno às aulas, a garota teria pedido ajuda na internet e treinado com a tal técnica do cubo de gelo que tanto ouviu algumas amigas comentando. — Eu acho que bom. — sorriu miúdo em admitir que estava gostando daquela experiência, todavia, era devido a beijar ser naturalmente bom ou por ser com a Rise? Mullins preferia não pensar muito sobre isso, porque parecia ser alguma pista de um segredo que mantinha adormecido. Eram apenas amigas experimentando algo novo juntas e seu coração acelerado falava só sobre estar caminhando em terras desconhecidas, nada demais. — E como seria mentira? — riu baixo achando graça tanto no comentário da menina quanto na sua careta. Penelope já esperava que toda aquela troca de saliva fosse acontecer, esse sendo até um grande motivo para ter sentido nojo de beijo durante um bom tempo, mas a previsibilidade não impediu que a garota tentasse se livrar um pouco da umidade dos lábios da mesma forma que Rise fez.
Ao ter a lambida no canto da boca retribuída, Penelope soltou uma nova risadinha, mas que não durou tanto quanto a anterior graças ao novo beijo que passaram a trocar. Era injusto ter que fechar os olhos quando desejava apreciar o rosto da Lee-Navarro de pertinho, o semblante leve dela enquanto seus lábios deslizavam com curiosidade, mas ninguém beijava de olhos abertos, pelo menos nunca viu alguém fazendo isso, então precisou se contentar em se concentrar unicamente nas brincadeiras que faziam com a boca. Entretanto, foi automático abrir os olhos pelo menos um pouquinho ao ter seu lábio inferior fisgado pela Rise, um pequeno sorriso lhe brotando por ter achado aquilo gostoso e igualmente interessada em tentar imitar depois. Seguindo o ritmo ditado pela amiga, a língua de Penelope esgueirou-se para a boca feminina quando esta se entreabriu sem a mesma timidez de antes, pois queria sentir a dela, deixar carícias e se entrelaçar, mas o choque de seus narizes foi uma surpresa engraçada demais para ignorar. Acompanhando a risadinha de Rise, a morena dramatizou uma careta de dor e até levaria sua mão à ponta do nariz se não tivesse recebido o doce beijinho, que fez novas borboletas sobrevoarem. Muito provavelmente seu rosto estaria visivelmente rubro, mas a coloração do quarto ajudava bastante na hora de esconder os traços do quão afetada estava diante daquela situação toda. Aproveitando que já tinha uma de suas mãos sobre o rosto alheio, Mullins deixou novas carícias na bochecha dela e levou algumas madeixas de cabelo castanho para trás da orelha feminina enquanto seu olhar encarava os dela com afeição. Ela era incrivelmente bonita e isso estava mexendo com seu interior ainda mais do que estava acostumada.
Querendo se manter ainda mais perto da amiga, Penelope levou sua perna ao quadril feminino e a puxou divertidamente com um sorriso travesso igual as vezes em que brincavam de wrestling acompanhado de batalha de cócegas. — Juro que não vou fazer cosquinha. — disse antes que surgisse alguma desconfiança da parte da outra. Antes de continuar de onde haviam parado, a garota passou a língua pelo lábio inferior da amiga antes de mordisca-lo e puxá-lo de levinho. Não era exatamente o que Rise havia feito momentos antes da colisão de seus narizes, mas tentou mesmo assim em pura curiosidade. Houve um pequeno choque entre seus dentes quando Mullins voltou a beijá-la com o mesmo ímpeto de antes em fazer suas línguas interagirem, mas, felizmente, não foi algo que atrapalhou ou doeu.
RISE.
falar estava no último lugar na lista de coisas que rise queria fazer naquele momento, mas tinha que admitir que ouvir a voz de pepe tão perto de si era um ótimo tranquilizador em meio aquele momento de euforia, ela finalmente tirando alguns instantes para tentar colocar a sua respiração em ordem, um sorriso automático iluminando seu rosto quando a amiga revelou que era um diferente bom, porque a garotinha compartilhada daquele mesmo sentimento. o diferente sempre a atraiu e desbravar aquele novo território junto com a sua pessoa favorita tornava o processo todo ainda mais gostoso, só não tanto quanto a sensação dos lábios delas um contra o outra, porque mesmo com todas as palavras que conhecia, rise não conseguia escolher uma específica para explicar o quão bom era até mesmo o formigamento em sua boca deixado para trás após cada beijo. — não sei, achei que dava para controlar essas coisas, sei lá. — riu baixinho, negando com a cabeça, será que pegaria mal ela admitir que não tinha achado tão nojento quanto deveria ser? porque não era, não quando era pepe, nunca nada era ruim com pepe. foi com esse sentimento que rise finalmente tocou o rosto da amiga com uma reverência em seus olhos que até então era desconhecida, seu polegar correndo com delicadeza sobre a maça do rosto da outra ao que suspirava baixinho, seus olhos perdidos na imensidão castanha do olhos de penelope que eram tão fáceis de se perder. de todas as pessoas, estava feliz que pepe era a dona de seu primeiro beijo, assim como mais tarde descobriria ser a dona de seu coração da forma mais pura possível.
tudo que sempre ouviu sobre beijos era sobre as partes boas, o encaixe perfeito, quão bom sentia, mas ninguém falava dos outros aspectos que rise ia descobrindo aos poucos, as posições complicadas porque infelizmente tinham narizes que ficavam no caminho e todos outros pequenos deslizes que deveriam ser estranhos, mas, incrivelmente, não era nada disso, porque a cada coisinha que acontecia, se não fosse extremamente boa, era apenas mais um motivo para rir baixinho contra os lábios de pepe, os doces beijinhos distribuídos por seu rosto quando precisou parar por um instantezinho para recuperar seu fôlego. que rise gostava de atenção era noticiável, sempre foi, mas nada se comparava a forma como era tratada por pepe, os carinhos em seus rosto fazendo com que a garota piscasse seus olhos demoradamente de tanto que gostava daquela interação, só não fechando-os por completo para aproveitar o doce toque porque não queria perder a visão do rosto bonito de pepe por muito tempo, toda a afeição que via nos olhos dela refletidos em seus próprios. nunca imaginou que acabariam naquela situação e estava bastante contente com os caminhos tomados que levaram aquilo, mesmo que fosse apenas em nome da curiosidade, ela estimaria aquele momento com todo carinho. — obrigada, pea. — disse baixinho, roçando seu nariz no dela devagarzinho. — fico feliz que foi com você. — tudo bem que seu momento melosinho foi atrapalhado pela movimentação estranha e perigosa de pepe, porque rise por pouco não levou suas mãos até as laterais do corpo da amiga para poder ser a primeira a atacar casa ela estivesse procurando brincar, o esclarecimento dela não soava assim tão convincente para a pequena que encarou-a com a expressão travessa e os olhos semicerrados.
mas veja bem, não tinha como rise manter a postura por muito tempo quando foi a vez de pepe tomar a liderança e experimentar coisas novas com seus lábios, as mãos da menor segurando em punhos a blusa do pijama da amiga quando um som manhoso saiu de sua boca com a mordidinha que tomou, seus lábios entreabertos ao que passava novamente a respirar pesado, tudo era tão bom, como aquilo era possível? até mesmo o choque de seus dentes passando despercebido em favor de procurar explorar toda a língua de pepe com a sua, ela só queria saber o que fazer com as suas mãos, uma delas timidamente pairando sobre a coxa de penelope sobre seu quadril ao que a outra ainda segurava a roupa dela com afinco. ela não tinha a intenção de parar, mas foi necessário afastar seus lábios dos dela depois de alguns instantes, o ar que faltava em seus pulmões passando a fazer falta ao que ela deitou a cabeça no ombro da amiga enquanto respirava fundo, sentia-se quente em todo lugar e tinha dificuldades de processar tudo aquilo, escolhendo por fim abraçar a amiga pela cintura para se agarrar nela e assim manter a proximidade ao mesmo tempo que aproveitava para dar um merecido descanso ao seu coração.
PENELOPE.
Beijar, recuperar o fôlego, beijar e recuperar o fôlego mais uma vez. O desconforto de seus pulmões ao perder o ar enquanto explorava a boca da amiga ficava em segundo plano quando toda aquela interação curiosa conseguia ser extremamente prazerosa, Penelope facilmente ganhando gosto por aquele ciclo por gostar da maneira como suas respirações descompassadas soavam juntas e as trocas de carícias e risadas sempre presentes fazendo seu coração perder algumas batidas. Dessa forma, um fato se tornava bastante concreto para Mullins diante de todo conforto e animação: aquele era o melhor primeiro beijo que poderia ter. Lembrava de achar esquisita a ideia de beijar um garoto que mal conhecia ou que achava apenas bonito como suas amigas comentavam ao compartilhas suas histórias de primeiro beijo, porque qual era a graça de ficarem em silêncio? Porque se a garota já não sabia muito o que falar com sua melhor amiga, imagina com outra pessoa? E será que suas outras amigas se sentiram à vontade de experimentar aquelas brincadeirinhas com a língua? Claro que sua boca movia-se instintivamente, deixando-se guiar pelo ritmo de Rise e vice-versa, mas era difícil se imaginar fazendo aquilo com outra pessoa agora que refletia um pouco sobre isso. Então, ouvir que compartilhavam da mesma opinião foi o bastante para que a morena sorrisse. Nunca havia pensado direito sobre como seria seu primeiro beijo, mas agora que havia feito: tudo parecia fazer sentido. — Eu também estou feliz que foi com você, Sunny. — falou o apelidinho com carinho enquanto se perdia nos olhos de mel da menina, mesmo que eles não exibissem sua maestria graças à luminosidade prejudicada. — Acho que as pessoas podem achar nossa amizade estranha, mas eu gosto. Eu gosto de poder fazer essas coisas com você. — porque seria necessário mais algumas semanas para começar o processo de entender a razão de gostar tanto da diferente dinâmica que possuíam — e que se aproximava bastante do carinho e amor que as moças do filme mostraram nutrir pela outra. Rise podia ser sua melhor amiga, mas a verdade era que desejava que ela fosse sua namorada.
Já partir pro beijo assim que assumiu a nova posição foi a solução encontrada por Penelope para impedir que Rise começasse o ataque de cócegas como costumavam fazer, mas em momento algum previu pelas novas sensações que passaria a sentir a partir dali. Achando graça na maneira como a amiga agarrava o tecido de seu pijama, a perna da Mullins pareceu se mover sozinha ao tentar pressioná-la mais contra si diante dos sons que a outra soltou com a mordiscada, seu rosto se tornando tão quente quanto seu corpo e não sabendo exatamente como lidar com isso. Toda a novidade que foi marcada unicamente por curiosidade, pelo menos era o que a pequena acreditava, estava causando efeitos igualmente novos e não saber o que fazer com isso tornava seu coração mais acelerado. Por mais que não desejasse parar, algo dentro de si dizia que precisava parar e a nova interrupção para recuperarem o fôlego veio em boa hora, porque era difícil ser a responsável por isso quando suas digitais se perdiam nos cabelos macios da Lee-Navarro. Sendo envolvida pelos braços femininos e a proximidade das duas alcançando seu máximo, ter um descanso dos beijos que trocavam e da visão da outra pareceram necessárias para tentar se acalmar da crescente euforia que brotava em seu interior, por mais que ainda fosse capaz de ouvir a respiração da Rise próxima de seu ouvido. Retribuindo o abraço e se deixando perder com o doce perfume que exalava do pescoço feminino, foram necessários longos minutos naquela posição para que Penelope conseguisse normalizar seus batimentos cardíacos — ou melhor, a velocidade alta normal quando perto da amiga. Todavia, com o silêncio e a tranquilidade, também veio o sono e nem mesmo uma simples conversa foi suficiente para afastá-lo.
Após uma promessa baixa de que aquele beijo seria mais um segredo que compartilhariam, Mullins adormeceu abraçada em sua pessoa favorita. O seu verdadeiro amor. E futuramente esse episódio seria uma lembrança que guardaria com muito carinho e pesar, afinal, Penelope não podia tê-la.
Se as coisas fossem tão simples quanto seu inocente pedido para se beijarem, definitivamente a história das duas seria diferente.
THE END.
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pepemullins · 3 years
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will you be my friend?
onde: nos corredores do colégio quando: após o segundo encontro do coral (2nd grade)
PENELOPE.
Ouvir a própria mãe cantar no coral da igreja toda semana sempre aqueceu o coração Penelope, a harmonia de todas as vozes causando-lhe arrepios e marejando seus olhos, e não demorou para que a pequena tentasse imitar os passos da mulher ao roubar o microfone do karaokê que possuíam para cantarolar as suas canções favoritas — a maioria sendo da Whitney Houston. Entretanto, foi uma surpresa para seus parentes verem que a garotinha havia herdado o talento de sua mãe, o apoio para que desenvolvesse o que acreditavam ser um dom sendo imediato, pois o desejo de todos era simples: vê-la no coral da igreja. Infelizmente, como a menina não estava dentro da faixa etária, o mais próximo que conseguiram para que ela sentisse um gostinho do prazer de cantar em grupo foi o coral de seu novo colégio, que acontecia após os horários das aulas.
Novata, fora dos padrões e introvertida, Penelope se tornou um alvo fácil de alguns colegas de classe e até mesmo de estudantes um pouco mais velhos, que caçoavam dela pelos mais diversos motivos: seus cabelos crespos, seus objetos exageradamente coloridos, seu jeitinho desastrado… Dessa forma, permanecer no ambiente escolar sozinha até o horário do coral estava sendo um pequeno pesadelo e, com o coração partido, ligou para seus pais avisando que gostaria de desistir da atividade para voltar para casa. Por mais compreensíveis que seus pais conseguiam ser em determinadas situações, eles estavam decididos que a garota deveria comparecer àquela aula e não se deixar abalar pelos outros estudantes. Fácil para eles falarem. Então assim que sua tentativa de fugir dali falhou, Penelope não conseguiu fazer nada além de chorar num cantinho abraçando as próprias pernas. Sem amigos, a menina não queria ficar sozinha até tarde no colégio totalmente vulnerável a outras brincadeiras… estava com medo.
RISE.
assim como seu nome sugeria, rise gostava de pensar que a sua presença era uma que elevava os espíritos de quem estava a sua volta. era com suas companhias se sentindo bem na presença dela que se sentia o mais confortável, era inegável o fato de que rise era uma borboleta social por natureza e nunca apresentou muitos resquícios de vergonha na cara, todo mundo na família sabendo muito bem de quem ela havia herdado esses traços, mas esse não era o único orgulho que trazia à mesa, pois sua paixão pela música se desenvolveu muito cedo graças as influências que a rodeavam, tornando o coral o primeiro clube que foi atrás de se inscrever quando entrou na escola primária.
os dias de ensaio eram os mais animados para a garotinha que já tinha seus ânimos nas alturas na maior parte do tempo, quase ninguém conseguia a acompanhar no ritmo frenético para chegar até a sala do coral o mais rápido possível para poder pegar um bom lugar e talvez ser escolhida para cantar na frente de todo mundo, ela adorava ser usada de exemplo porque fazia-a sentir como se seus esforços valessem a pena, toda a prática que torturava seu irmão mais velho através das paredes de seus quartos vizinhos.
foi uma verdadeira surpresa para a garota descobrir que não havia sido a primeira a chegar ali, seus cabelos longos caindo sobre seu rosto em desordem depois de toda a sua correria e a forma brusca que havia parado na porta da sala, fitando a figura afastada em desconfiança, talvez tivesse alguma coisa errada, mas também existia a possibilidade dela estar brincando de esconde-esconde, certo? se esse fosse o caso, rise queria brincar também! por isso não hesitou em se aproximar da outra garota, sentando ao lado dela com as pernas cruzadas em borboleta e seus olhos brilhantes — você ‘tá se escondendo ou contando? — perguntou animada, tocando o ombro dela algumas vezes para certificar que estava sendo ouvida. — esse não é lá um lugar muito bom se for pra se esconder.
PENELOPE.
Penelope não sabia há quanto estava chorando ou se estava próximo do horário do encontro do coral, mas nada disso importava quando estava inundada de seus pensamentos entristecidos sobre estar longe de seus verdadeiros amigos, dos professores e funcionários do antigo colégio. A ideia de se mudar e frequentar outro instituto havia animado bastante a pequena garota, que era apaixonada por conhecer novos lugares e novos rostos, porém nada estava acontecendo como o esperado e o olhar de rejeição que recebeu de algumas pessoas ainda a feriam. Será sempre seria assim? Apenas desejava sair dali. Por mais que estivesse perdida em seus lamentos, a menina não estava totalmente alheia ao seu redor e pôde ouvir a porta da sala se abrindo, além dos passos de outra pessoa, porém decidiu apertar ainda mais seu abraço como se isso fosse capaz de abafar seus choramingos e impedir que fosse vista, mesmo que também evidenciasse que algo estava errado consigo. Uma hora essa pessoa iria embora, certo?
Imaginando que seria ignorada da mesma forma como foi durante todo o dia, a aproximação alheia a pegou de surpresa e Penelope tentou manter sua respiração o mais silenciosa possível para conseguir prestar atenção nos passos, esforçando-se para não espiar e descobrir quem se tratava, porque só chamaria atenção para seu rosto vermelho e inchado de tanto chorar. Questionando-se se era alguém com boas intenções, o corpo feminino congelou por um breve segundo em tensão ao perceber que a outra pessoa sentava ao seu lado. Tentando fingir que não ligava para aquela presença, os toques em seu ombro e a pergunta animada que leu tão erroneamente a situação fizeram a menina afrouxar um pouco o abraço, pois existia algo naquela voz que não a fazia ser assustadora como as dos outros estudantes. — Eu não estou brincando. — respondeu baixinho, sua voz saindo trêmula pelas lágrimas que ameaçavam continuar rolando por seu rosto, que permanecia escondido em suas pernas. — E você não iria gostar de brincar comigo. Ninguém quer.
RISE.
para quem esperava encontrar alguém no meio de uma brincadeira emocionante, ouvir na voz da garotinha outro tipo de emoção, e não uma boa, foi um pequeno choque para rise que em toda a sua energia, acabou deixando passar os choramingos, já que caso contrário teria identificado a situação antes. ou talvez até já tivesse entendido tudo, mas sua mente inocente sempre preferiu ver o lado mais positivo das coisas, os murmúrios dela também poderiam facilmente serem confundidos por alguém contando! como podia rise notar a diferença de longe? enfim, o que importava era que ela notou e teve que se aproximar um pouco mais da outra para que pudesse ouvi-la com clareza, seu cenho se franzindo com a insinuação dela. poxa vida, rise adorava brincar. — mas eu quero brincar com você. — apesar de ainda manter seu tom alegre, puxou um pouco para o manhoso só para fazer charme.
entretanto, foi necessário complemento final da outra e a implicação de terceiros naquela história para rise se levantar imediatamente em revolta, o próprio monstro acordando. — quem é que disse isso para você, que ninguém vai querer brincar contigo? me diz que eu resolvo isso agorinha. — por mais que fosse fofa, seu tom autoritário era forte ao que batia seu pequeno pé no chão em impaciência com os braços cruzados sobre seu peito. era protetiva demais para o seu próprio bem, especialmente com seu irmão que tendia para o lado mais calado da família e quase sempre sofria por isso, mas vinha descobrindo que esse seu senso de justiça se estendia a qualquer um que encontrasse. se isso a fazia se sentir como uma heroína também, ninguém precisava saber. — aqui, limpa seu nariz. — ofereceu a barra de sua saia para a garota pudesse finalmente revelar seu rosto que rise não duvidava que estaria todo melecado. a saia não havia sido uma boa escolha, mas ela estando em pé tornava-a a melhor escolha. ao menos o short que usava por baixo era engraçadinho.  
PENELOPE.
Permanecendo abraçada às suas pernas, a vontade de Penelope era de chorar só mais um pouquinho depois que falou sobre ninguém querer brincar consigo, pois seu isolamento naqueles primeiros dias de aula só comprovavam que as pessoas não gostavam dela e que não era bem-vinda. Havia tentado participar de algumas brincadeiras timidamente, mas depois de receber alguns olhares esquisitos, a menina desistiu de insistir e continuou observando todos se divertindo durante o intervalo enquanto brincava sozinha com sua boneca. Entretanto, a afirmação da outra garotinha indo em completo oposto ao que estava se acostumando a manteve em silêncio por não saber o que falar. Ela estava falando sério? E assim que ela levantou para bater o pé e mostrar seu descontentamento com a notícia, Penelope revelou parte de seu rosto com timidez e seus olhos estavam cheios de lágrimas, além de seu nariz bastante nojento de catarro. Não sabia o que esperar ao finalmente ver a outra, então seu olhar averiguou-a com curiosidade. Uma garota aparentemente mais baixa que si com os olhinhos rasgados e cabelos lisos, sua postura confiante era engraçada e ela era linda. Foi inevitável não soltar uma risadinha, mesmo que as lágrimas teimosas ainda lhe escapassem, ao vê-la decidida em defendê-la.
A sugestão de se enxugar com a saia feminina era estranha, porque sua mãe sempre brigava quando fazia aquilo com a própria roupa, mesmo que fosse muito mais fácil, mas nenhuma das mães estavam lá, então não questionou e só levou o tecido ao rosto para se enxugar com cuidado para não levantar demais a saia dela. — Obrigada. — agradeceu se sentindo um pouco aliviada de se livrar de toda umidade do rosto, embora permanecesse vermelho e inchado. — É que ninguém quer brincar comigo e eu sempre fico sozinha. Tem gente que fica rindo de mim também… — deitou o rosto no joelho cabisbaixa. — Eu só queria voltar para minha antiga escola. Lá as pessoas gostavam de mim.
RISE.
finalmente ver o rosto da garotinha marcado pelas lágrimas foi o suficiente para que rise sentisse seu coraçãozinho pesar — ela sempre se divertia tanto na escola, chegava a ser estranho encontrar alguém que não aproveitava tanto quanto ela quando ela vivia rodeada do que parecia ser uma boa parcela da escola, ou pelo menos era o que parecia quando todo dia conseguia encontrar novas amizades e nunca se sentir sozinha. com os seus lábios formando um biquinho manhoso, rise esperou que ela limpasse o rosto em sua saia para então abaixar-se novamente, seus braços abraçando seus joelhos para se manter agachada ao mesmo nível da outra. — quero ver eles rirem quando eles não tiverem mais dentes. — rosnou, seu rosto se contorcendo em uma careta de desgosto ao que copiava o gesto da morena de deitar o rosto sobre seus joelhos, uma risadinha escapando de seus lábios ao que achava a nova visão que tinha engraçada. — eu gosto de você agora. — afirmou com veemência, sua mão indo para a bochecha da garota onde ainda conseguia ver os rastros das lágrimas, limpando-os delicadamente com o dorso e um sorriso doce em seu rosto. ela não gostava de ver pessoas tristes e se a visse dando pelo menos um sorrisinho seu dia valeria mais a pena.
decidida, levantou-se novamente, dessa vez estendendo a mão para que a garotinha a tomasse e viesse junto com ela, não que fosse seguir com seu plano inicial de caçar quem havia desfeito de sua nova amiga, mas tinham algum tempo até o começo do ensaio do coral, queria ao menos levá-la para tomar um ar ou uma água. — como era a sua antiga escola? — tentou puxar assunto animada, talvez lembrar o que a deixava triste não fosse uma boa ideia, mas relembrar era sempre gostoso. — eu sempre estudei aqui, então não tenho como comparar, mas eu acho que somos bastante legais. e o uniforme é o bonitinho. — evidenciou suas roupas com um risinho, pois naquela hora do dia já estava a sua típica bagunça, a blusa mal colocada dentro de sua saia, uma meia bem mais baixa do que a outra, sem contar seus cabelos soltos que apontavam para todas as direções.  
PENELOPE.
A valentia da garota a sua frente surpreendia Penelope, seus olhos brilhavam pouco a pouco de admiração, pois a aparência adorável dela e seu semblante tão simpático não correspondia com toda a agressividade de suas palavras, embora a forma como as roupas dela estavam bagunçadas também revelava um pouco do seu jeito moleca. E a menina queria carregar esses traços de diversão como a outra carregava, além da segurança de ter a força suficiente para chutar o traseiro de qualquer espertalhão que lhe cruzasse. Não sabia se a garota realmente era forte e corajosa no momento de ação, mas só aquela postura a deixava com uma pontadinha de inveja. Sua visão novamente turva focalizou a outra ao ouvir a forte afirmação, porque havia sido a coisa mais legal que alguém já lhe falou desde o momento em que pisou naquela escola e os toques femininos em suas bochechas traziam um conforto que não esperava mais receber tão cedo. Qualquer outra pessoa podia considerar a garotinha da saia melecada uma boba por falar aquilo, até mesmo Penelope acharia isso em outras circunstâncias, porque ela nem sequer conhecia o seu nome para dizer que gostava de si, mas a pequena de cabelos crespos, que também não conhecia nada dela, já tinha a certeza de que seriam boas amigas. E rapidamente um sorriso meigo iluminou seu semblante ainda marcado pelos sinais de choro.
Observando-a levantar, Penelope fez o mesmo com o auxílio da menina e deu leves tapinhas na própria saia para se livrar das migalhas de areia que poderiam estar sujando o tecido. — O que vamos fazer? — perguntou curiosa sobre o caminho desconhecido que faziam para fora da sala, pois ainda não conhecia os corredores perfeitamente para pensar nas possibilidades. — O uniforme é mesmo bonitinho, mas não sei muito bem se vocês são legais. — disse dando de ombros, mas sua voz saindo de maneira bem menos entristecida conforme o episódio do choro ficava no passado e tinha a companhia da menor. — Você é legal, os outros que não sei. — corrigiu-se logo em seguida, porque não queria passar a imagem errada quando ela tinha sido a melhor pessoa que conheceu dali. Ou quase conheceu. — Qual o seu nome? — questionou de imediato, pois não parecia muito educado também conversar com ela sem nem saber o seu nome. Voltando ao assunto do colégio, a Mullins uniu suas mãos atrás do corpo enquanto caminhava e abria um pequeno sorriso pensando no lugar em que estudou anteriormente. — Era grande igual a esse, mas tinha um parque bem maior e com muitas plantas bonitas e coloridas! Eu gostava de brincar com minhas amigas de fazer coroas com as florzinhas pequenininhas e fofas que tinham lá. Eu também tinha muitos amigos lá, brincávamos de pega-pega todo recreio e de piloto de corrida… era bem legal! Mas nosso uniforme não era fofo assim e minha professora não deixava escrever de caneta também.
RISE.
e como rise estava correta em imaginar que um sorriso da outra seria capaz de melhorar toda aquela situação, seu coração se sentindo um pouco mais confortado naquele momento porque o sorriso dela era lindo demais para ser marcado por todas aquelas lágrimas tristes e, se fosse para mantê-la longe daqueles choramingos, rise não ligaria de se meter em mais alguns problemas ao lidar de sua maneira com as crianças mais chatas, porque também não era como se ela se importasse de lutar contra as coisas injustas, seu sangue quente demais para aguentar as coisas calada quando sabia que podia fazer algo. para ela o pior tipo de pessoa era a que simplesmente se fazia de cega quando um valentão escolhia alguém para colocar contra a parede, ao menos tinha o orgulho de afirmar que não era desse tipo. — você tem um sorriso bonito, não devia deixar esses idiotas estragarem ele. — comentou com seu próprio sorriso doce iluminando seu rosto.
sua expressão mudou rapidamente para algo extremamente travesso quando a mais alta questionou a suas intenções, um risinho conspiratório escapando de seus lábios antes de respondê-la, — quebrar alguns dentes. — disse séria, mas não demorou muito para passar a rir com gosto enquanto negava com a cabeça, não a assustaria assim tão cedo por isso tratou de suavizar suas feições novamente. — brincadeira, vamos no banheiro para você poder lavar o rosto, depois tomar uma água. — assentiu brevemente enquanto lançava-a um olhar, só para logo voltar a olhar para frente já que aparentemente era a guia ali. ela estava prestes a protestar quanto a generalização alheia quase a ofendeu, mas por sorte o complemento rápido dela surgiu e trouxe consigo uma sensação de orgulho que rise demonstrava em seu sorriso. — meu irmão também estuda aqui, ele é meio sonso e é um pouco mais velho, mas é legal também porque isso vem de família. já são duas pessoas legais. — complementou, ilustrando o que dizia com seus dedos levantando em contagem, no fim chacoalhando a formação de um V com seus dedos em gracinha. não que estivesse disposta a dividir sua nova amizade, só queria mostrar para ela que tinham crianças legais por ali sim já que a garotinha parecia ter uma ideia tão manchada da escola graças a alguns idiotas. — ah! — exclamou, dando um tapa em sua própria testa ao que parou bruscamente de caminhar, como pode ter se esquecido daquele detalhe tão básico quanto trocarem nomes! — é rise! e o seu? — estendeu a sua mão com entusiasmo para finalmente cumprimentá-la formalmente.
um dos banheiros mais próximos da sala do coral era, convenientemente, um dos menos usados, então não foi surpresa encontrá-lo vazio quando rise indicou para que a outra entrasse e ela fosse logo atrás, sentando-se imediatamente sobre a pia para que pudesse observar curiosamente tudo que a garota fazia e escutar atentamente o que dizia. — o parquinho era maior? — questionou com os olhos arregalados em maravilha. — aposto que vocês ficavam parecendo fadas. — mesmo com o tom animado, um biquinho e uma pontinha de inveja foram inevitáveis, rise não tinha ninguém para fazer coras de flores para ela. — bem, lá não tinha eu também. — brincou, abrindo os braços para evidenciar a sua pequena figura empoleirada na pia do banheiro, lugar onde claramente não deveria estar.
PENELOPE.
Com o coração amaciado pelo fofo elogio lançado pela menor, Penelope não fazia esforço algum em esconder seu contente sorriso de finalmente ter alguém ao seu lado para conversar e brincar, porque os últimos três dias haviam sido bastante solitários por ver todos tão enturmados enquanto ela não conseguia interagir muito com ninguém. A emoção que deveria ter vivido em seu primeiro dia de aula veio um pouco fora de hora, mas ao menos lá estava ela andando pelo colégio ao lado de uma nova amiga. — O quê?! — parou de andar com a resposta feminina, pois não esperava que ela fosse querer enfrentar alguém e isso acelerou um pouco seu coração em nervosismo. Violência não era uma solução aos olhos da Mullins, não mesmo, e utilizar dela logo quando tudo estava tranquilo também não parecia uma boa ideia. Todavia, seu rosto claramente surpreso suavizou com a notícia de que não passava de uma brincadeira, sua mão indo direto ao peito acelerado enquanto soltava longo suspiro aliviada. — Eu quase morri de coração! — anunciou divertido, porém achando muita gentileza da parte da outra em levá-la ao banheiro para se livrar da bagunça que era seu rosto. Oh! Ela também tinha um irmão? — Legal! Meu irmão também está estudando aqui! — disse sorridente com tal coincidência, porque seria uma coincidência muito divertida caso os dois estivessem na mesma turma. — Ele parece que está conseguindo se dar bem, mas ele está no 7th grade. O seu está em que turma? — o fato do Travis ser cinco anos mais velho que ela tinha seus problemas e não poder encontrá-lo na escola por estarem em áreas diferentes era um deles, sem falar que ele não tinha muita paciência para brincar de coisas legais, afinal, qual era a graça de passar horas no telefone celular? Se ser mais velho era ser chato assim, Penelope preferia continuar do mesmo tamanho para sempre. Ouvir o nome alheio pela primeira vez tornou seu sorriso iluminado, porque era bem diferente do que estava acostumado e, ao mesmo tempo, parecia fazer total sentido. — Rise… gostei! É um nome muito bonito. — comentou achando graça na mão estendida dela, mas não a deixando no vácuo. — É Penelope, mas pode me chamar de Pepe… é meu apelido.
Entrando no banheiro vazio, Penelope foi diretamente ao espelho para ver a situação do próprio rosto e ainda bem que não dava para perceber que ela tinha chorado tanto. Abrindo a torneira e enchendo as mãos de água para jogá-la no rosto, a menina tentou ser o mais cuidadosa possível para não molhar muito a camiseta, pois sabia que isso seria inevitável. — Sim! Era bem grande! Gostava de ficar correndo por lá. — lembrou balançando as mãos caoticamente para se livrar do excesso da água antes de colocá-las sob o secador e buscar papel para secar o rosto. — Você gosta de fadas? — perguntou, mas não pôde deixar de notar o biquinho de Rise. — Se você gostar e tiver dessas florzinhas aqui, nós podemos fazer as coroas. — sugeriu, porque seria divertido ter algum plano para realizar com a outra. Sem falar que ela ficaria linda com uma coroa de flores. — Mas tem você aqui! — gesticulou exageradamente para combinar com forma como a menina se apresentou. — E espero que você seja legal mesmo. — com alguém que conheceu não fazia nem dez minutos, Penelope já estava bastante confortável em interagir com a menor. Como o balcão da pia era espaçoso, a menina decidiu se juntar e sentar sobre ele mesmo que não parecesse ser muito certo. — O que você mais gosta de fazer?
RISE.
foi inevitável não rir ainda mais da reação da outra, os olhinhos de rise quase se fechando ao que ria atrás de sua palma para tentar ser menos escandalosa, não estavam mais em horário de aula, mas também não estavam sozinha pelos corredores que possuíam regra rígidas em questão de bagunça, algo que rise claramente não conseguia lidar muito bem. — exagerei? — ao menos se deu o trabalho de soar arrependida, apesar de não estar realmente. — mas, se quiser mandar alguém pro dentista é só me dizer. — confessou mais baixinho, como se estivesse contando um segredo importantíssimo. — e ele é legal também? porque aí podemos aumentar a conta para quatro. — comentou divertida, levantando mais dois dedos em sua mão, claro que sua nova amiga já estava mais do que incluída naquele clube ultra seleto que rise havia acabado de criar. — ah, seu irmão é bem mais velho do que a gente, river ‘tá no 5th grade. — ela e river eram extremamente próximos, mas nem isso garantia que gostavam das mesmas brincadeiras, por isso era bastante raro que se entendessem 100% nesses detalhes e se não fosse por essa frescura deles, a ideia de chamar sua nova amiga e o irmão dela para fazerem alguma coisa juntos era algo que rise se via fazendo. na verdade, já passava pela cabeça da pequena, mas talvez fosse melhor esperar mais um pouco… e essa foi uma preocupação que ficou em segundo plano diante do sorriso que recebeu de sua nova amiga e rise estava cada vez mais aborrecida com os bobalhões que a fizeram trocar todo aquele brilho por lágrimas, mas esse também era assunto para outro momento, de preferência quando ela tivesse os nomes. — gostou? é diferente, mas é para combinar com os dos meus pais, todo mundo começa com ‘ri’ lá em casa e os das nossas cachorras também começam com ‘r’. — nunca tinha entendido muito bem essa peculiaridade, mas era uma curiosidade divertida que ela gostava de compartilhar. — gostei do seu nome também! todo mundo te chama de pepe? — questionou em curiosidade, era um pouquinho do contra, por isso sua mente já trabalhava em busca de algo mais exclusivo.
aqui eles sempre brigam com a gente se corrermos muito no intervalo. — relembrou com uma careta e um revirar de olhos dramático, sempre tinha alguém para acabar com as brincadeiras justamente quando elas estavam ficando boas e talvez isso dissesse muito sobre o nível de caos que a pequena gostava. — são fofas, claro que gosto. mas prefiro gnomos. — ponderou por alguns instantes antes de completar a sua resposta com a pequena confissão em meio a um risinho. — mas eu quero uma coroa sim! acho que tem flores no jardim na entrada, sabe? meu pai às vezes se atrasa para me buscar, se os seus demorarem também a gente pode ficar por ali depois do coral. — propôs com um sorriso esperançoso em seus lábios, sempre teve a mania de querer aproveitar ao máximo de suas companhias e não era porque havia conhecido penelope há pouquíssimo tempo que essa sua vontade não existiria. — eu sou a mais legal. — disse com a mão sobre o peito como se fizesse um juramento, logo rindo baixinho enquanto negava com a cabeça, ainda estava aprendendo que, ela se achar legal, era diferente dos outros a acharem legal também. quando pepe se juntou a ela, rise voltou um sorriso doce para a garota, sua cabeça pendendo para o lado enquanto pensava em sua resposta. — isso é difícil, eu gosto de muitas coisas! — comentou com o nariz franzido em concentração. — mas eu acho que cantar? — como se não fosse óbvio pela sua animação para os encontros do coral. — estou aprendendo a tocar piano e ‘tô gostando bastante… gosto de andar de patins também, mas não sou muito boa. — disse com um biquinho, esticando as suas pernas para que pudesse mostrar seus joelhos machucados. — e você? — esperava que tivessem algo em comum além do coral. quando abaixou suas pernas, continuou balançando-as, aproveitando que suas pernas curtas não alcançavam o chão, seu foco totalmente voltado para a outra com seus olhinhos interessados.
PENELOPE.
— Um pouquinho. — respondeu não resistindo de rir baixinho achando graça na risadinha da outra. Penelope era bastante ingênua e caia com facilidade em brincadeiras daquele tipo, então não era uma surpresa ter sido vítima mais uma vez, embora a observação seguinte havia despertado curiosidade aos olhos femininos. Será que ela era tão valentona quanto dizia ser? — Às vezes ele é mandão, mas ele é bem legal! — a relação que a garota possuía com o irmão era bastante positiva, claro que existia um atrito ou outro, mas na maioria dos casos estavam em bons termos e conversando amigavelmente com o outro. Travis poderia ser mais legal? Definitivamente, principalmente se tratando de entretenimento já que ele ficava tanto tempo conectado no celular, mas a garotinha ainda o amava. Infelizmente, a coincidência que gostaria que acontecesse não aconteceu e seu irmão era mais velho que o da menina… uma pena. — Ah… — disse visivelmente decepcionada, porque já estava começando a imaginar as diversas dimensões que a amizade das duas poderia assumir caso seus irmãos também se dessem bem. Mas não era como se precisassem deles para serem amigas! O fato seguinte sobre a família da Rise fez a menina pender a cabeça levemente pro lado com o cenho franzido, pois era bem diferente uma família inteira formada por pessoas com a letra “R”, embora também enxergasse aquilo com grande interesse e admiração. Eles deveriam ser pessoas super legais! — Por que isso? — perguntou curiosa, porque sua avó adorava superstições e, caso existisse relação ao motivo daquela escolha engraçada, Penelope definitivamente a contaria mais tarde quando voltasse para casa. — Ah! Você tem mais de uma cachorra? — acabou por perceber aquela informação com um pequeno atraso. — Que inveja! Meus pais não deixam eu ter um bichinho de estimação… — revelou num tímido choramingo. Seus pais diziam ser alérgicos a pelos e sempre falavam que não podiam ter cachorrinhos ou gatinhos, mas eles também sempre criavam algum motivo para que não pudessem ter outros animais também. Nem mesmo um peixinho! Isso era injusto. — Sim! Minha família, meus amigos… todo mundo me chama de Pepe. Por que? — não era um apelido esquisito, era?
— Brigam? — e isso até explicava o porquê de não ver muitas pessoas brincando com velocidade pelo colégio quando comparava aos intervalos do seu antigo, todo mundo ali parecia comportado demais. — Gnomos? Primeira vez que alguém fiz gostar deles. Eu acho eles fofinhos, principalmente aqueles que ficam no jardim. — a sua vizinha da frente possuía um jardim imenso e colorido cheio de pequenas estátuas de gnomo e até compartilharia essa curiosidade se a mulher não fosse ranzinza e não brigasse se chegassem perto deles. Não fazia sentido colocar no jardim brinquedos que não se pode brincar. Seu sorriso cresceu ao saber que existiam flores para confeccionar as coroas ali e que Rise gostaria de ter uma, porque eram bonitas e divertidas de se fazer… e pela primeira vez, Penelope estava torcendo para que seus pais se atrasassem para buscá-la, mesmo que não muito antes estava chorando para ir embora o mais rápido possível. — Sim, vamos fazer! — respondeu animada. Não duvidava que a garotinha fosse a mais legal na escola, porque ela já estava sendo essa pessoa desde o momento em que ofereceu a barra da saia como lenço e disse que gostaria de brincar. Com os olhos cheios de curiosidade, Pepe aguardava a resposta da outra com atenção, porque aquele instante era crucial e só torcia para que possuíssem interessem em comum. — Você está aprendendo piano? Que legal! Eu acho bonito o som. — comentou se animando ainda mais com a notícia dos patins, apesar de uma careta ser inevitável ao ver os machucados presentes no joelho feminino. — Eu sei andar de patins! Posso te ensinar, se quiser. — não fazia muito tempo desde que aprendera, mas havia se dado tão bem com a atividade que qualquer hora era ideal para exibir suas habilidades. Sem falar que era uma desculpa perfeita para, possivelmente, se aproximarem mais e se verem mais. — Eu também gosto de cantar. Eu gosto de nadar, de escalar árvores… mas meus pais não podem saber. — disse a última parte baixinho como se revelasse um segredo. — Brincar de boneca, de desenhar e de inventar histórias! — a última sendo sua favorita e algumas pessoas até admiravam sua criatividade.
RISE.
ganhar uma nova amiga e de quebra arranjar uma companhia para river era quase um sonho pra rise que sempre se incomodou com a falta de amigos do irmão, ela que gostava tanto de sempre estar rodeada de pessoas não conseguia entender a vontade do mais velho de se isolar, mas também parecia uma causa perdida tentar mudar aquilo de alguma forma, era realmente uma pena que ele e o irmão de penelope não eram da mesma turma, já que assim a aproximação forçada não pareceria tão forçada assim. tudo que rise pode fazer foi assentir devagarzinho com a cabeça com um bico em seus lábios para mostrar que estava tão desapontada quanto a outro, mas tanto faz também, rise estava mais do que feliz com o rápido progresso que parecia ter feito com a pequena chorona. não que ela fosse dizer isso na cara dela, mas a primeira impressão era a que mais marcava e ela não podia fazer nada quanto aquilo, sem contar que havia a achado bem fofa mesmo com o rosto todo melecado pelas lágrimas. — eu não sei… — ponderou por alguns instantes, porque apesar de achar um fato engraçadinho, nunca parou para pensar nisso além de uma curiosidade que gostava de contar, logo deu de ombros sutilmente, — talvez foi coincidência também, sei lá. — sorriu abertamente quando a outra demonstrou animação quanto aos seus animais. — tenho duas! e um gato também. — respondeu animada. não era como se rise fosse a maior fanática, porque o amor de river e sua mãe aos animais ultrapassavam todo o dela, mas ela os adorava, principalmente dar uns apertões em harry, porque ele era fofo, e em rosalie, porque ela deixava, embora estivesse parando de incomodar tanto o pobre gato que já era velhinho demais e ela tinha medo de adiantar a sua partida. causa: amor demais. —por que não?! todo mundo devia ter animais de estimação. — dramatizou com um biquinho. — mas você pode brincar com os meus, se você quiser. — comentou despretensiosamente, porque não era como se já estivesse chamando-a para sua casa. só talvez. — não quero ser igual todo mundo, quero ser especial. — disse com um risinho, batendo seu indicador em seu queixo como de se concentrasse em pensar. — pea, sweet pea. — anunciou, parando de andar rapidamente para tocar o rosto da outra em contemplação, ela parecia doce o suficiente. sorrindo abertamente, assentiu para afirmar a sua escolha, — vou te chamar assim.
brigam! — retrucou com um rolar de olhos perplexo, porque achava péssimo não poderem fazer o que toda criança fazia de melhor: bagunça. — tem várias coisas chatas por aqui, mas é um lugar legalzinho, acho que ouvi alguém dizer que é um dos melhores da cidade. — só estava tentando amenizar o desgosto que mostrava em suas expressões, até porque não via qual era a vantagem de estarem em um colégio bom, mas não poderem brincar como queriam. — gnomos são mais divertidos! duendes também, eles são arteiros e meu pai me disse que eles roubam minhas meias se eu jogá-las pelo chão quando eu chegar em casa! e faz sentido, porque minhas meias vivem sumindo. não parece que eles se divertem? eu gosto de me divertir também. — não que sentia que precisava se justificar, mas era sempre bom esclarecer as coisas para ela não ser considerada muito esquisita, ainda mais quando ela achava a justificativa que tinha bastante convincente. — depois do coral? agente pode tentar sair um pouquinho mais cedo, antes dos avisos finais. — disse baixinho para que ninguém escutasse seu plano travesso, aquela era a parte chata dos encontros mesmo, e agora ela queria a sua coroa. — eu já sei tocar brilha, brilha estrelinha! — seu sorriso que transbordava de orgulho de si mesma, mas este logo mudou para admiração com a revelação de pepe. — eu quero! é tão legal… queria ser boa também. — disse com um pouquinho de manha, seria boba se recusasse uma ajudinha, sem contar que quanto mais planos faziam, melhor era. a garotinha assentia animadamente a cada item listado pela outra, fazendo baixinhos sons de admiração a cada coisa que ela dizia, só porque ela era boba mesmo e queria que a outra se sentisse orgulhosa do que gostava de fazer e essa era a sua maneira de oferecer suporte. — eu não sei nadar direito, porque não gosto de molhar meu rosto, meus olhos doem com a água. eu gosto da natureza também, sempre vou acampar com a minha família, é bem legal! — sorriu animada, era um hábito que tinham desde que ela podia se lembrar e, pelas fotos, já existia muito antes dela! era quase uma tradição naquele ponto e ela adorava, tirando os mosquitos e os ocasionais gansos que encontravam perto do lago que gostavam, claro. — eu tenho várias bonecas! a casa da barbie também, mas quase não brinco porque é chato brincar sozinha. — bateu seus olhos lentamente na direção da amiga, deixando bem claro que queria brincar com ela qualquer dia. — posso te perguntar uma coisa? — estava subitamente mais séria, mas havia uma coisa que não saía de sua cabeça desde que havia a visto chorando, por isso mal conseguiu esperar para ouvir a resposta dela para sua primeira pergunta, — você ‘tava chorando por causa das crianças chatas mesmo ou tinha mais coisa?
PENELOPE.
O fato de Rise não saber responder deixou Penelope ainda mais intrigada sobre aquela curiosidade, pois não poderia ser coincidência todos terem as mesmas iniciais já que quem escolhe o nome dos filhos e dos pets são os pais. Pelo menos, era Pepe que nomeava suas bonecas e foram seus pais que escolheram seu nome também. Será que algum dia teria a chance de tirar essa interrogação da cabeça? Os olhos da pequena brilharam ao saber que se tratavam de dois cachorros e um gato, porque mesmo preferindo coelhos, a ideia de ter três bichinhos de estimação era distante demais da sua realidade e era inevitável sentir umas pontadas de inveja. Deveria ser bem legal chegar em casa da escola e ser recebido pelos animaizinhos, sair para passear com eles, brincar no quintal… Era triste não poder fazer isso.  — Meus pais espirram muito muito muito com pelos de cachorro e gato, então eles não deixam nós termos algum. — suspirou cabisbaixa, mas ao menos existiam pelúcias para que pudesse saciar um pouco da sua vontade de esmagar esses animais tão fofinhos e seu quarto tinha vários. O convite para brincar com os pets da menina fez seu sorriso crescer, porque ela não era boba de rejeitar uma chance daquelas! — Sim, por favor! Só não sei se meus pais vão deixar, mas podemos tentar! — talvez era muito cedo para ir na casa de uma nova amiguinha na visão de seus pais, principalmente quando eles nem deviam conhecer os pais dela, mas arrumaria alguma solução para isso. Penelope ficou curiosa com o comentário feminino sobre querer ser especial, porque o simples fato de estarem conversando há sei lá quanto tempo sobre o balcão da pia já deveria ser o suficiente para considerá-la especial, até porque havia sido a única pessoa por ali a dar abertura para uma possível amizade. Quando o novo apelido foi sugerido, Pepe abriu um tímido sorriso, pois havia o considerado bastante fofo e era divertida a ideia dela ter um apelido exclusivo… só não parecia muito justo não fazer o mesmo com a Rise, porém estava sem ideias. — Eu gostei! — riu baixinho. Sweet pea… primeira vez que alguém a chamaria assim.
— Não sabia que duendes roubavam meias. — será que era por isso que as dela também sumiam de vez em quando? Essa possibilidade era fantástica e igualmente assustadora, porque como ninguém havia notado os pequeninhos andando pela casa e roubando as meias? Esse pensamento ficou preso um pouco demais em sua cabeça, mas, felizmente, o assunto também mudou para distraí-la daquela revelação. — E deixam sair mais cedo? — não parecia muito certo fazer isso, porque avisos normalmente eram importantes, mas também estava tentada a fazer as coroas e se divertir com Rise enquanto seus pais não chegavam. — Eu quero ouvir você tocando algum dia! — disse sorridente em admiração sobre as habilidades da outra com o instrumento, pois não deveria ser fácil memorizar as canções e eram tantas teclas que sua cabeça até doía só de se imaginar no lugar dela. Com o convite para ensiná-la a patinar aceito, Penelope só precisaria pensar num dia para marcarem esse compromisso, mas talvez seria melhor dar um pouquinho de tempo para se conhecerem mais, porque vai que ela muda de ideia ao seu respeito? — Você não usa aqueles óculos? É bem legal usar eles, porque você consegue ver direitinho debaixo d’água! — era um pouquinho desconfortável, tinha que confessar, mas valia a pena e seus olhos nem ardiam com a água da piscina. — Vocês acampam? Ah, eu só acampei uma vez e foi bem divertido, mas meus pais estão sempre ocupados e a “próxima vez” nunca chega. Eu gosto de tomar banho no lago e ir com meu pai naqueles barquinhos com remador. — caioque, cuiaca, cuieque… não sabia muito bem como eram chamados, mas lembrava que sempre queria ir mais e mais vezes naquele barquinho com seu pai. — Não tem amigos para brincar com você? Porque nós podemos brincar juntas, se quiser. — aquela conversa estava rendendo muitos convites e possibilidades do que poderiam fazer para se divertir juntas. Penelope nunca reclamaria disso. — Eu posso trazer algumas das minhas bonecas amanhã para brincarmos no recreio. — sugeriu animada, pois havia ganhado algumas bonecas novas que estava ansiosíssima para brincar. Entretanto, sua euforia diminuiu com a pergunta seguinte feita por Rise e ficou em silêncio por alguns segundos para pensar em como respondê-la. — Eu tinha ligado para meus pais me buscarem, porque eu não queria ficar sozinha até o coral… Eu fiquei sozinha todos os dias desde que cheguei, que foram três dias, e alguns garotos ficam rindo de mim e escondendo as minhas coisas. Eu não sei o porquê deles fazerem isso, eu não fiz nada com ninguém! — relembrar do quão chateada havia ficado a fazia querer chorar novamente, mas Penelope foi mais rápida em esfregar os olhos com as mãos para não deixar que as lágrimas caíssem. — Ficam me chamando de feia e perguntando de que zoológico eu sai.
RISE.
em meio a todos seus convites rise se esqueceu que primeiro tinha que ter a permissão de seus pais para poderem se encontrarem fora da escola, não que os seus ligassem muito para isso porque rise gostava de levar amigos para casa e eles nunca reclamaram, mas ela também tinha plena noção de que nem todos os pais eram iguais e quase todo mundo concordava que os seus eram extra legais, porque eles realmente eram! — se eles não deixarem a gente monta uma missão secreta, eu vou para um parque passear com elas e você vai lá pra brincar, a gente se encontra sem querer querendo. — dizia suas palavras da forma mais séria possível, como se estivesse realmente discutindo detalhes de um plano muito elaborado, o que em sua mente não deixava de ser porque qualquer coisa que conseguisse enganar os mais velhos já era digno de pequenas espiãs. seu sorriso doce só aumentou com a declaração de que pea havia gostado de seu novo apelido, porque modéstia à parte, rise estava bem orgulhosa de ter conseguido surgir com uma boa ideia com um apelido que acima de tudo era bastante característico do que conseguia enxergar em penelope, sua amiga. — fico feliz que gostou, porque você não teria outra escolha. — brincou, lançando uma piscadela divertida para a morena.
meu pai sabe muitas dessas histórias, sabia que a fada do dente pega uma moeda de dentro do seu cofre por cada dia que você não escova os dentes? aí quando o dente cair ela deixa uma notinha dizendo ‘bem feito!’ no lugar da moeda que você devia ganhar! — contou com os olhos arregalados, ela mesma já havia recebido aquela notinha porque teve uma época que não gostava de escovar os dentes, mas por sorte, e medo, acabou aderindo de vez ao hábito. as vezes ela suspeitava que as histórias de seu pai eram mentira, mas sempre tinha a sua mãe para confirmar e ficava difícil duvidar da palavra dos dois. — não. mas você diz que quer ir no banheiro e eu me voluntario a te mostrar onde que fica, porque você é nova e tudo mais. — por mais que soubesse ser errado, o jeito que rise lidava com os professores era natural e muito convincente. — próximo encontro do coral podemos chegar mais cedo na sala de música, eu toco para você. — disse com um sorriso doce enquanto assentia com a cabeça, nunca perderia uma chance de brilhar, sem contar que poderiam substituir a memória triste de como se conheceram por uma melhor. — mas eles machucam! mas não tem problema porque eu prefiro ficar na terra mesmo, por isso gosto bastante de acampar! a gente ai pelo menos uma vez por ano, nos recessos de primavera. umavez fomos no inverno porque meu pai disse que não estaria tão frio assim, mas estava e foi um saco, a gente teve que dividir uma barraca só pra ver se dava pra ficar quentinho. — riu baixinho, tinha tantas histórias que poderia contar sobre momentos divertidos com a sua família que, se pudessem, ficaria ali contando por no mínimo mais uma semana! o convite vindo de pepe só intensificou o sorriso que rise carregava aquele tempo todo que estava ao lado da outra, era um milagre que suas bochechas não estavam doloridas. — eu tenho sim, mas a gente discorda demais na hora de criar as histórias, aí passamos mais tempo discutindo do que brincando. vamos brincar sim! vou trazer algumas bonecas também. — provavelmente deveria avisá-la de que a maioria era customizada, mas nada como o elemento surpresa quando ela ver as suas bonecas com cortes de cabelo variados.
era impossível para a pequena ouvir o que penelope dizia sem sentir raiva crescendo dentro de si, porque podia sentir a chateação na voz da amiga e ela odiava isso. ouviu atentamente o que ela dizia, assentindo fraquinho para mostrar que a ouvia e não só encarava seus pés que balançavam a alguns centímetros do chão, por mais que tentasse evitar, suas mãos agarravam a beirada da pia com força ao que tentava se controlar. — zoológico? — questionou indignada, pulando no mesmo instante para o chão, batendo as mãos em sua saia para tentar arrumá-la antes de estender a sua mão para pepe descer também. — eles que devem ter conseguido fugir do zoológico, bando de animais. se vale de alguma coisa eu acho que você é linda. — afirmou com veemência, se recusando a soltar a mão dela ao que as guiava para fora do banheiro em passos largos raivosos. — se eu pegar um deles por aí, faço picadinho. — sua cara fechada enquanto falava suas besteiras rapidamente se iluminou ao que direcionou seu olhar para a mais alta. — ah! mas não vou bater em ninguém agora, ‘tá no horário do coral. — esclareceu para não restar duvidas nem amedrontar a amiga. a sala já estava bem mais cheia quando voltaram, poucos lugares vazios, mas rise fez questão de arrastar uma cadeira fazendo bastante barulho para poder se sentar ao lado de pepe enquanto a professora não chegava, seus olhos atentos correndo pelos rostos de todos os alunos em desconfiança, se tivesse alguém ali que ousasse falar alguma coisa sobre sua amiga… ela dificilmente ficaria na dela, mas por sorte ainda tinha a sua mão na de pepe o que a fazia se esforçar para se controlar um pouco, porque ela não queria soltá-la… ela não ficaria mais sozinha se dependesse de rise.
THE END.
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pepemullins · 3 years
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MY MIND TRAPPED IN SOME SONGS.
Por mais incompreendida que fosse durante sua infância, injustamente julgada por sua capa, Penelope sempre foi dona de uma luz admirável e aprender a exibi-la foi uma conquista que não teria alcançado sozinha, pois a sua amizade com Rise não se limitava apenas aos joelhos ralados e aventuras secretas. Positiva e determinada, a garota se esforça em cada atividade em que compromete, seus sonhos se tornando tão concretos que quase se tornam palpáveis, porém chegar tão perto e não ser capaz de segurá-los também é uma frustração presente na sua vida, afinal, alimentar relacionamentos errados tinham consequências e insegurança é uma delas. 
Viver num ambiente cristão, repleto de passagens bíblicas e uma lista de coisas que podia ou não fazer, a adolescência de Penelope não era simples, principalmente quando carregava tantos desejos. Festas, sexo, bebidas, viagens... garotas. Será que tudo deveria mesmo ser considerado pecado?
AND SOME SONGS TRAPPED IN MY MIND.
Vozes grandes e dramáticas. O primeiro contato de Penelope com música foi através da sua mãe e dos corais da Igreja, além de seu extremo gosto pelas músicas da sua rainha Whitney Houston. Dessa forma, o R&B se tornou seu gênero musical favorito com naturalidade e sair cantarolando por aí como se estivesse no The Voice ou The X-Factor também se tornou um hobby. Por razões que interpretaria como políticas e sociais na adolescência, o Spotify feminino é recheado de artistas negros, assim como a sua lista de favoritos, mas isso não significa dizer que não escuta cantores e cantoras de outras etnias, muito pelo contrário, a garota ama música independentemente de quem a produza.
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pepemullins · 3 years
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PENELOPE’S TREASURE (A.K.A FRIENDSHIP NOTEBOOK)
Da mesma forma como a amizade que as duas construíram é extremamente preciosa para Penelope, o caderno da amizade é seu maior tesouro e absolutamente ninguém sabe da existência e sequer podem tocá-lo (a não ser a própria Rise). Servindo como um diário compartilhado, as duas guardam fotografias e anotações com o objetivo de preservar a memória dos momentos mais icônicos e divertidos, porque estão juntas há tanto tempo que se tornou uma preocupação esquecer dos pequenos e valiosos detalhes.
Com páginas repletas de fotos, outras só com escritas e desenhos, organização não é a melhor palavra para descrever o caderno, mas Penelope está tentando manter a ordem na hora de preencher — mesmo que tenha demorado algumas dúzias de páginas para isso.
Embora a ideia tenha sido sua, a posse do caderno da amizade também é compartilhada e alterna de dona mensalmente, porém faz alguns meses desde que ele se manteve escondido no guarda-roupa da Mullins e a desculpa de esquecer de entregar à Rise é a ideal quando a morena faz de propósito para se manter conectada às memórias da amiga já que seu namorado não lhe deixa muito tempo livre para que consigam preencher com novas fotos e brincadeiras.
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pepemullins · 3 years
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I was your cure and you were my disease.                 I was saving you but you were killing me.
O INÍCIO
Jogos Interescolares sempre foram motivo de agitação entre as amigas da Penelope, afinal, era a oportunidade perfeita de conhecer os rapazes dos outros colégios e, quem sabe, conquistar alguma paquera. Entretanto, sua participação nunca foi algo opcional por fazer parte do time feminino de Rugby e suas prioridades nesses eventos eram outras uma vez que parecia muito mais interessante conseguir uma vitória do que alguns contatos — e, ironicamente, foi nesse contexto em que conheceu seu namorado.
Após a primeira competição de seu Freshman Year e que, infelizmente, lhe rendeu uma derrota, Penelope foi abordada por David enquanto descansava e aguardava as suas amigas para almoçarem juntas. Não esperando receber elogios por sua performance no campo por alguém da escola adversária e um ano mais velho, a conversa se desenrolou de maneira bastante divertida e natural, mas não durou tanto quanto a morena desejou por ele precisar se despedir para competir na natação. 
Sem terem trocado users de rede social alguma, os meses se passaram e Mullins estava muito próxima de esquecer totalmente da existência dele até o rapaz reaparecer em sua vida ao segui-la no Instagram. As primeiras interações online foram tímidas através de respostas de Stories e comentários nas fotos, mas não demorou muito para que começassem a conversar mais ativamente nas DMs e trocassem o número para realizarem ligações periódicas. Algo nele havia despertado um grande interesse feminino e não foi muito difícil de esconder que algo diferente estava acontecendo consigo quando se encontrava tão apegada ao próprio celular. 
No ano seguinte, David passou a estudar na Raymond por sua família ter se mudado para San Francisco e foi uma coincidência que animou bastante a Penelope, pois agora poderia encontrá-lo frequentemente e conversar sem a necessidade de estarem através do monitor do celular. Além disso, suas amigas puderam conhecê-lo melhor e algumas começaram a gostar da ideia dos dois tendo um relacionamento. 
Marcando encontros constantemente com a falsa desculpa de “amizade”, seu pai acabou por conhecê-lo no dia em que foi deixada na casa paterna e, aos poucos, o homem começou a se aproximar de David, especialmente ao descobrir ser muito amigo do tio do rapaz. 
Depois de muitas conversas, saídas e enrolação, os dois começaram a namorar em Novembro daquele mesmo ano e foi questão de poucos meses para Naito mostrar suas verdadeiras garras. 
Sempre mimada com muitos elogios e declarações românticas, Penelope foi condicionada a fazer e deixar de fazer muitas coisas que realmente gostava através das manipulações emocionais dele, porque a culpa que carregava sempre que o via chateado era grande demais para suportar e a última coisa que desejava era magoar a única pessoa que a amava de verdade. Suas amizades? Aos poucos foram sendo colocadas em segundo plano, pois David detestava a sensação de ser substituído e as mensagens não respondidas o faziam questionar se os sentimentos dele eram realmente recíprocos por parte dela, porque ele sempre tinha a sensação de que não eram. Era desgastante estar ou não com ele.
Com o emocional ainda mais vulnerável e suas inseguranças palpáveis, terminar seu relacionamento com David não era uma opção por mais que não gostasse de estar longe das suas melhores amigas, de não estar no controle de si e ainda no constante estresse de não estar fazendo o suficiente por ele, pois quem ficaria com ela senão ele? Sem falar que, desde o momento em que passaram a namorar, seu pai se mostrou muito mais próximo e presente em sua vida. Como seria capaz de acabar com algo que tanto desejou durante anos?
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pepemullins · 3 years
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PENELOPE’S INSTAGRAM — @pepemullins
Seguindo a estética de fileirinha completa, Penelope adora fazer publicações em seu Instagram e nunca perde a oportunidade de tentar tirar a foto ideal em algum encontro com seus amigos e família exatamente para isso. Entretanto, nem sempre essa foi uma realidade para a garota, que costumava fugir de câmeras quando mais nova, logo, sua conta na rede social é relativamente nova.
Inicialmente preocupada em atingir apenas seus amigos e parentes, foi um choque para a Mullins ver seu número de seguidores crescendo a cada publicação e tantos comentários positivos e elogios quanto a sua aparência, que durante muito tempo foi um grande problema para a própria autoestima. Recebendo algumas DMs suspeitas e outras nem tão suspeitas assim, foi através do Instagram que Penelope foi descoberta por uma agência de modelos e está assinando os últimos papéis de sua contratação.
Primeira fileira: fotos de um piquenique que fez com Rise durante o fim de semana que antecedeu o retorno às aulas.
Segunda fileira: fotos de um encontro que teve com seu namorado, David, em que almoçaram juntos e foram para casa de um dos amigos do rapaz, que fazia aniversário no dia.
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pepemullins · 3 years
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𝐭𝐚𝐠 𝐝𝐫𝐨𝐩.  𝙶𝚘𝚝 𝚢𝚘𝚞 𝚘𝚗 𝚛𝚎𝚙𝚎𝚊𝚝 𝚒𝚗 𝚖𝚢 𝚖𝚒𝚗𝚍.
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—— 𝓯𝓪𝓲𝓻𝔂𝓽𝓸𝓹𝓲𝓪 ❀ 𝐩𝐞𝐧𝐞𝐥𝐨𝐩𝐞  ﹕ ⠀ MIRROR.  ❫
—— 𝓯𝓪𝓲𝓻𝔂𝓽𝓸𝓹𝓲𝓪 ❀ 𝐩𝐞𝐧𝐞𝐥𝐨𝐩𝐞  ﹕ ⠀ MUSING.  ❫
—— 𝓯𝓪𝓲𝓻𝔂𝓽𝓸𝓹𝓲𝓪 ❀ 𝐩𝐞𝐧𝐞𝐥𝐨𝐩𝐞  ﹕ ⠀ ASK MEMES.  ❫
—— 𝓯𝓪𝓲𝓻𝔂𝓽𝓸𝓹𝓲𝓪 ❀ 𝐩𝐞𝐧𝐞𝐥𝐨𝐩𝐞  ﹕ ⠀ EDITS.  ❫
—— 𝓯𝓪𝓲𝓻𝔂𝓽𝓸𝓹𝓲𝓪 ❀ 𝐩𝐞𝐧𝐞𝐥𝐨𝐩𝐞  ﹕ ⠀ POV.  ❫
—— 𝓰𝓸𝓽 𝔂𝓸𝓾 𝓲𝓷 𝓶𝔂 𝓱𝓮𝓪𝓭 ♡ 𝐩𝐞𝐧𝐞𝐥𝐨𝐩𝐞&𝐫𝐢𝐬𝐞  ﹕ ⠀ 001.  ❫
—— 𝓫𝓮𝔀𝓲𝓽𝓬𝓱𝓮𝓭 𝓪𝓾 ♡ 𝐩𝐞𝐧𝐞𝐥𝐨𝐩𝐞&𝐫𝐢𝐬𝐞  ﹕ ⠀ 001.  ❫
—— 𝓪𝓵𝓽𝓮𝓻𝓷𝓪𝓽𝓲𝓿𝓮 𝓻𝓸𝓾𝓽𝓮𝓼 ♡ 𝐩𝐞𝐧𝐞𝐥𝐨𝐩𝐞&𝐫𝐢𝐬𝐞  ﹕ ⠀ 001.  ❫
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