Estou / sou
Eu era o que vinha
Pensava que seria
Mas estava
Doce Estadia
Extra(Vazaria)
Mas nao ficava
Muito embora eu viesse de onde sou
E pensava que estava mas era
Nunca ia embora
Estadia
Nesse caso eu era mais do que estava
Por tempo eu pensei que tudo o que é
Estava
Ficaria
Que definia como se fosse
Mas ta ai a doce diferença entre ser e estar
Em todo o caso estar bastaria
Quer dizer na maioria
Sou poeta, estou artista?
Ou sou artista e estou poesia?
Numa vida de correria
Lembrava
Falava
De tudo que ja fui um dia
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Pode ir
Aquela sensação de um amor que tem que ir me enchendo o coração
Desenha essa paisagem triste de tantas cores dentro de mim
Eu tenho mais um sorriso guardado mas nao sei se ainda ta bom
Eu tava correndo parado e me alcançou mesmo assim
Minha alma nao tem peso ou cheiro, ou cor ou beijo
Eu a vejo e sinto seu medo
Minha fala nao se ouve nao tem ruido ou tom mas a despejo a esmo
Pingam lagrimas entre meus dedos
Na hora que o ar acaba, de quando a ponte desaba e vem nada ao invez de chão��
Eu não caio nem flutuo nasci e vivi assim
Eu tenho uma saudade apertada que nao cabe em meu colchão
A mais de 5 dias que eu danço com ela ao invez de dormir
Minha hora nao tem tempo pedaço ou continuação
Mas eu a sigo e respeito
Ter que ir embora agora me afoga de aflição
Não a entendo, mas eu lhe aceito
Tao pequeno coração que me levou a tanta paz
Quando indo vê se nao esquece de voltar
Do colo que é teu e eu guardo
Espero que tu leve meu amor e muito mais
E a saudade que fica no teu lugar
Eu guardo pequena ao lado da alegria
Que corre pela casa na memoria do teu olhar
Te amo e pode ir descansar
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Pacotes
O tempo tem um outro gosto quando provado em sacos
de 5 anos
Vem enrolado em ilhas de coisas bem pequeninhas mas que se arrastaram por esse pacote
Chegaram aqui pedaços variados de coisas bobas que ganham enormes significados
Nos dias onde o agora todo parece muito pesado
A amizade muda de jeito quando guardada em pacotes de 10 anos
A textura é a de uma bomba que dilata bastante e não explode
Você sabe que existe um montão de carinho dentro dessa fina pele que cresce pra todos os lados
E distancia é só a ideia de proximidade que deu errado
A vida tem um cheiro estranho quando experimentada no pacote de 20 anos
Ego confuso numa falsa sensação de que tudo pode
Comendo o dia após o outro dia chorando pelo tudo que foi desafiado
O mundo tem um cheiro de futuro mofado
Gosto amargo da saudade vem já no pacote de 1 ano
Como uma queimadura com sal que é lenta e arde
Chora o medo de viver pra sempre
E soa lindo pra quem prefere sonhar a viver
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Exposition
Expooooooositioonnnnnn
E-____________________________Po-i-ão
Exxxxxposiçã0000000000000000000000000000
3XP0S1C40
pROIBIÇÃO
PRÓ - IBI- DÃO
pose
posei
Posar
Dormir
Expor, mostrar, exibir
deMONSTRAR
deMONSTRÃO
APARECER SER EXIBIR(RRRRRRRRR)
EXIBIÇ (S)ÃO (S)ÃO (S)ÃO (S)ÃO
MOSTRAR E VER É SER
EXPEDIÇÕES EXPOOOOOOOOOENTES
DESCOBRIR E MOSTRAR E SER
POSIÇÕES DIFERENTES
Posses, possuem, pesam.
Pessoas, pessoas, PESSOAS, p3ss04s
comam é tudo para vocês.
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Porque eu sentia frio.
Eu esquentei minhas mãos e pés dentro do meu coração
Porque eu sentia frio na alma
Eu não entendia onde eu começava
Nem enxergava onde eu acabava
Eu me soterrei de palavras
Eu quis ser doce comigo
Me abracei e fiz uma casa no umbigo
Nada de muito egoico
Longe disso
Um carinho um afeto
Leve e sem compromisso
Me dobrei inteirinho
E adormeci na minha própria doçura
Depois de sete dias eu já podia
Beber do veneno da rua
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e suspirei tranquilo de volta
essa semana o sol pingou na minha janela
eu chorava
eu olhei pra cima procurando a fé que me queimava
e vi meu rosto olhando de volta
semana passada eu usei minha fé pra acender uma vela
eu duvidava
eu olhei pra dentro procurando a fé que me faltava
e vi meu rosto olhando de volta
sexta mesmo eu implorei a fé pois precisava dela
eu gritava
eu escutei o eco procurando acalanto pra minha alma
e ouvi minha voz gritando de volta
semana que vem eu desgracei o tempo pois não o reconhecia
eu sonhava
eu conversei comigo mesmo pra explicar o que é ser e onde eu tava
e vi o tempo me roubando um dia
quando eu acordei eu olhei pra cima pra saber onde eu tava
eu respirava
eu expliquei pra mim mesmo que eu continuava
e suspirei tranquilo de volta
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eu tenho mil poemas
eu tenho mil poemas de onde veio este
eu tenho mil magoas e lastimas
eu tenho mil estórias de amor e memórias de afeto
eu morei em mil casas com mais de mil pessoas
eu gastei mil horas só ontem sendo uma coisa atoa
eu estive mil vezes atrás e mil vezes a frente
eu vi mil vezes o filme se repetir com mil finais diferentes
eu vi mil nuvens nascerem e morrerem
eu vi mil pessoas conviverem em paz
eu vi mil pessoas morrerem
eu rodopiei mil vezes
eu cai mil vezes
eu levantei mil vezes
eu já parei de contar mil vezes
eu tenho mil personalidades
eu tenho mil nuances
eu sou míope
eu tenho mil medos
eu só consigo contar o eu
sem ele tudo é mais que mil tudo é mais que meu
existem infinitas estrelas que começaram e terminaram sem que eu as conhecesse
existem infinitas pessoas existindo naquela direção
existe infinito tempo depois que eu me acabo
incontáveis passarinhos voaram nessa quinta passada
infinitas gotas de lagrimas escorreram em infinitos rostos
infinitos gestos agradaram infinitos gostos
além de mim tudo é infinito.
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morte
A morte não tem cheiro nem cor,
ela não tem data nem tamanho
não tem beijo nem abraço
não tem até logo
é um shutdown forçado
digno de arrependimento
Sangra do lado de fora
escorre no lado de dentro
Quando me cobram as noias
e se vestem de mais ou menos
de eu to bem, tudo ok,
segue o baile e vai indo
eu me pego notando
o quanto eu sigo levando
alheio ao preço do tempo
não vejo a sorte sorrindo
não vejo meu peito doendo
Eu sigo amassado
nessa engrenagem engraxada
Eu sigo engraçado
nessa existência pesada
eu vivo enredado pelo continuar
Ainda escuto as coisas que não sinto
e vejo as corer que não conheço
mas com muito mais apreço
aos olhos que tenho pra chorar.
Me devasto com facilidade
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Há dias de sangue dias de calma dias de vida e de morte todos iguais há dias que são anos que são tempos inteiros que são vidas inteiras que são esquecidos que são métricas que são números que são pessoas que são versos que são lenços de papel manchados de lágrimas que nem tem razão pra cair, sao dias que vc se encontra e dias em que vc se perde e pensamentos que são dias e dias que são inventados todos os dias são os mesmos todos são meus dias todos o que eu contei são.
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eu suo minha alma em uma lambida do diabo
me sinto feliz e amado enquanto o mundo cai ao meu lado
me sinto ineficaz e perdido menos dentro do abraço de meus amigos
e ainda sim me vejo encurralado pela não liberdade do pensar
que explicita o ódio dos que um dia foram oponentes do debate
hoje são inimigos,
como se houvesse o mundo sem nós
sem outros, sem não
sei não
mas me enquadro em um cansar de extremo deleite
enfeito os olhos com os sorrisos e amores que não me faltam
na relação que me anosa ainda mais os nós dos dedos,
tudo lindo e mais do que certo,
tudo bem perto e ouvindo
mais do que indo tudo melhorando
mas a bolha resiste tanto a casca de ovo
E caio nas lagrimas de novo ao ver que todo o resto do povo
enxuga da calçada sangue
de novo de novo
um feliz e triste
ano novo
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setir-me morto
semente fruta sobrenome
um ramo de pensamento que me e através de mim se emociona porque sente e sente tanto que não vê a hora de cansar, de ir
um rolo de sentirses em que se passa o tempo e os dias a vida e toda sua harmonia em direção a essa estima de não sei o que
esse rolo que esmaga acolhedoramente a realida
deessa vontade de lugar aquele que nem sei nem vi e não tem nenhum cheiro pra mim porque é vontade de ser e ver algo que nem imaginei ter visto
ainda que suma
há um dente de leite novo feito de rolo por traz que espera para sair e de novo esmagar o que se pode
com o que não sei o que
noutra nota:
"eu que não sei o que
sei que não sinto o que sei
que eu não sei o que sinto "
num calendário grotesco de inválidos juros, e juras
prometo me manter fiel a não amorosidade para com esse sentimento
de sentir-me mal por sentir e por tudo que penso que entendi
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o amor é o lado da cama
que puxa seu cobertor para um abraço
garantindo sua proximidade reivindicando seu espaço
e dentro bem dentro desconstruindo o seu ser
o amor ralha a alma que riu do medo
e abraça a segurança do lugar seguro que ele mesmo construiu
o amor é o ponto de vista que temos ao virar a cabeça no travesseiro
e ver ao lado um emaranhado de cabelo e comoção
e ali dormindo o amor te diz que te ama
no sorriso que te arranca e no beijo que te manda dar
no cuidado ao sair pra não acordar
o amor é o cotidiano áspero que resiste mas traciona
a sua plenitude
meu amor é todo seu, hoje
5 de outubro de 2017
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Sentirme
Vejo me aqui no calado ser no sofrido ver me
Sinto me aqui no cansado ser eu, debruçado no privilegio de quem eu sou
Sofro me aqui no debruçar em não ser e só o faço por privilegiar me
Vejo daqui um pouco e sem mim não sou, logo só vejo de mim e não escrevo nem leio para todos
Sabe se assim que ser é pra um e entender é pra todos
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titereiro
em paralelo ao ego
a premunição instintiva me protege do titereiro
e quando sai da minha cabeça
a raiva pelo fracasso de não entender
nem controlar
me faz o enxergar de fato
doendo
pobre titereiro que nada é sem os fios que o ligam a marionete
minha raiva há de passar e hei de esquecer tuas tentativas
mas e quanto a você e as cordas que já foram partidas?
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De bom grado
Pensava escrever um poema Algo elaborado Com sentido Reverberado no tempo Perdeu a métrica no meio Não se ateve ao momento A Pausa Por mais que vivesse um tanto atento É compreensível dada a rapidez do sentimento E seu peso que não reflete sua velocidade Ja envergou material mais duro que a pobre métrica, dela não sobrou nadica E da acentuação monótona, sobrou pouco também. Vai ver se perdeu na loucura das regras, tão meras e tão suas De verdade nem parecia um poema Apenas a sombra pequena da memória de um poeta sentimental Um pedaço de carinho que sobrou de algo que aconteceu Devido a sorte de algum ser que talvez a mereça Sendo assim Li de bom grado
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Cambaleia desprezando a gravidade Encara como quem coroa o mal encarado Como tal Dispara o sim pra sentir na carne O zelo Sonha grande por ver que é pequeno
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