n-auseas
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o excesso de intensidade as vezes sai sem intenção
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sobre coisas simples, forró e desmesuradamente mergulhar em nostalgia
o forró me teletransporta pra uma outra época, principalmente quando escuto flávio josé, ao primeiro barulhinho desse ritmo que ganhou vida aqui muito através de luís gonzaga, instantaneamente me sinto bem e sei que poderia ouvir o dia todo aquelas músicas que tanto me alegram e aquecem o coração de muita gente. com o som da sanfona volto pra minha infância naquelas ruas do jardim acácia que pareciam tão tranquilas e certas para mim, certas para viver. vou voltando para o tempo de quadrilhas na escola, o friozinho na barriga que dava, a incerteza dos passos e ao mesmo tempo uma vontade de chamegar com o par e comer um bolinho de tapioca no final. a música "ana maria" de santanna o cantador, me faz sentir o cheiro da rua netuno molhada de chuva, bandeirolas coloridas, eu menina sentada na varanda de casa observando cada um que passava. me faz lembrar também que quando eu escutava esse som, achava que o cantor havia feito pra uma vizinha e amiga da família chamada ana maria e achava o máximo, que danada a ana maria!, (tinha essa coisa de achar que algumas músicas eram pra algumas pessoas específicas que eu conhecia, simplesmente por eu vê-las de uma forma que era descrita na letra e, pra mim, vídeo clipes eram reais de alguma forma), coisas que fazem sentido na mente de uma criança, enfim. o que quero dizer mesmo é o quão gostoso é ser levado por esses sons, são esses sentimentos bons que a gente sente ao ouvir o som do triângulo, do teclado, do banjo. tantas emoções que se tornam tangíveis, tanta melancolia, sofrimento e amor. coisas que não encontramos palavras para dizer mas que está ali, cantado, eterno. como é bom rememorar outras épocas e ser feliz com as coisas boas do agora.
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É algo residual que mora de aluguel dentro de mim, às vezes não está em casa, foi a passeio, saiu de viagem, faz silêncio e outras vezes está lá com toda tralha, com toda bagagem das suas saídas, fazendo barulho. É um inquilino incomodo que não dá pra despejar.
Gravetos - Bem vindo à depressão.
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não sei como realizar os sonhos
que sonhei com você
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cansei de você.
cansei desse falso moralismo barato. cansei desse teatro cheio de mentiras e promessas falsas. cansei desse circo. cansei de você. cansei da sua falta de responsabilidade afetiva. cansei dessa covardia. cansei de me machucar por amar você.
cansei de sentir sua falta. cansei de tentar me desculpar por erros que nem sequer eram meus. cansei de ter que pedir pra você notar o que você fez comigo. cansei de pagar a porra da conta do seu karma.
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tenho sido silenciosa, aprendi até a gaguejar. é como aquelas pessoas que estão passando ou saindo de um vagaroso processo pós traumático. não que eu tenha traumas. pelo menos ainda não os sinto, nem percebo, se é que teria. acontece que meu silencio me engasga, a minha falta de palavras é dura comigo, arranha tudo aqui por dentro. eu não entendo, mas me acomodo nesse silêncio que me toma quase que por inteiro. simplesmente é mais cômodo respirar e suspirar. triste. eu não queria ser silenciosa.
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não quero ser como a matéria escura que não tem luz, mas gosto da ideia de erradia-lo ou de que fossemos como o sol juntos, queimando e absorvendo a energia um do outro, sendo o contrário do mistério da física, apesar de contidos até certo ponto, mas com uma força gravitacional de atração forte. para onde vamos? não sei e isso é incrível, podemos ser e ir a qualquer lugar, sem medir densidade e energia. o universo da minha cabeça não era lá tão organizado, mas com ele por perto fica tudo bagunçado de um jeito bom, gerando uma energia aqui dentro que se acumula e se esvai num ciclo sem fim. em outro espaço-tempo já sou sua, tomada por seus braços, enlaçada num universo paralelo que já existe pra mim, mas que deseja ser visível, multiplicando nossas partículas dentro de cada espaço finito. sendo nós dois a aparência fundamental da natureza em que o choque causa combustão, me movendo de maneira não uniforme até você, contraindo todo o espaço entre nós, assim como a luz que é afetada pela gravidade, passando perto dele e fazendo com que minha vida seja tocada, curvada, algo que só os astronômos poderiam dizer.
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pelas curvilíneas do seu maravilhoso, emaranhado e perfumado cabelo, quem diria que eu o reconheceria sem nem ao menos ver o seu rosto, sem ter provado do gosto. avistei-o ali e me vi sem chão, não consegui seguir o meu desejo de virar e o olhar de frente como outrora, uma paisagem tão linda, ele numa quinta-feira de manhã. me atei ao clichê, como o desespero de quem vê sua paixão, seu improvável e intocável amor. ele estava ali e eu passando, pensei comigo mesma, ele está em tudo, em todos os lugares que vejo, nos dias mais ensolarados ou mais chuvosos e nunca nos encontramos de verdade, pelo menos não ainda.
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tem olhar que é beijo na boca, pelo menos é o que parece, e assim nos beijamos durante um mês, nas encruzilhadas dos nossos olhos, por estas ruas cinzentas de manhã cedinho, nesse bairro tortuoso e um tanto sombrio. eu e o vento te beijando e soprando longe, quem sabe amanhã eu te veria de novo, antes daquela ponte, ou numa feirinha ao meio dia. quiça algum dia tu desça da tua bicicleta e quem sabe me encontre, me encantando de perto e me tirando desse transe, que acontece toda vez que percebo que a mesma cena se repetiu e que talvez o universo esteja nos dando uma nova chance de acabar com o vazio. vazio esse que fica quando cada um segue seu canto, sem olhar para trás e sem pranto, mas sabendo que tudo fica frio e o sol não sorria, talvez desamparado por nem ao menos falarmos bom dia. sei que teu cheiro chamega pelas ruas em que tu passa, me embriaga esse aroma perfumado de kardapul. pudera nós darmos chance ao caso, para que os próximos dias sejam bordados, com tons de azul. quem dera pudéssemos desfrutar juntinhos, desses dias cinzas em que carece um carinho. me leva na tua bicicleta?
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Evening Fog - Elena Grishina
Russian , b. 1970s -
oil on canvas , 35 x 42 cm
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essa manhã seu rosto doía, estava inchado de tanto chorar. e ela pensava que tudo dói, até não doer mais, nunca mais, e é isso que a atormenta nesse momento, ela sabe que a tristeza vai apagar todo pequeno vestígio de sentimento num dia qualquer e de forma despretensiosa, esquecerá aquele amor, esquecerá da emoção que foi. no fundo ela queria que tudo voltasse a ser como antes, como alguém que possui um coração apaixonado e que insiste em querer amar. o fim mataria o carnaval dentro dela, a tara pelos encontros, a leitura de entrelinhas. por mais confuso que fosse aquele sentimento, a incerteza a confortava mais do que a perda de quem nunca foi seu.
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