lucy-s-memories
Lucy Lee
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lucy-s-memories · 1 year ago
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I wasn't looking for this, but now you're in my way.
With: Davika
Já fazia algum tempo que não se separava de Logan em momento algum e, por isso tinha achado justo que o noivo tirasse um tempo para si indo na festa do irmão; Lucy não gostava de lugares cheios, por isso não viu problema em ficar cuidando dos filhos.
Acompanhava os acontecimentos através da rede social, deslizando a tela do celular repleta de fotos. Em dado momento, viu a postagem de Davika. Nunca tinha se dado conta do quanto a filha de Hermes era linda e em uma fração de segundos, teve certeza de que a amava. Quando Logan retornou, quase ao mesmo tempo, disseram que precisavam conversar. O tempo separado fez com que os dois se dessem conta de seus amores improváveis e, depois de concordarem em findar a relação, a semideusa se apressou em convidar Davika para conhecer seus novos filhos.
Liam era o único acordado quando a tailandesa chegou e de início, pareceu desconfiado com a presença incomum, mas logo estava entretido com os truques que ela ensinava. A Lee observava a cena com orgulho, tendo certeza de que o pequeno poderia se tornar um ladrão tão bom quanto sua segunda mãe — que tinha roubado um cd de rock especialmente para ela naquela noite, como prova de seus sentimentos.
— Caramba, já é uma da manhã, é melhor colocar o Liam pra dormir… — Murmurou ao checar o relógio, os olhos de Lucy se arregalaram na mesma hora. — Davika, o que você tá ensinando pra ele?!
— Ensinando ele a ser um homem esperto? — A outra semideusa respondeu, mais em tom de dúvida do que de resposta realmente. Ao olhar para a criança em seu colo, torceu o rosto, deixando-o sentado no chão. — O papo tá bom, mas tá na hora de eu ir! — Sem dizer mais nada, Davika passou pela porta sem qualquer resquício do amor que supostamente tinha sentido antes.
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lucy-s-memories · 1 year ago
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Is a vile reminder that I would just rather forget.
[TW: Tortura.]
With: Hades
A pele pálida dela era o único ponto de cor naquela infinidade de tons de preto. A pele pálida e as pétalas brancas, que caiam continuamente e se tornavam vermelhas sempre que tocavam o chão. Um tapete de pétalas rubras abaixo de si; vez ou outra, imaginava que elas tinham sido tingidas com seu próprio sangue. Ou talvez fossem. Não tinha certeza.
— Lucy, Lucy, você está me decepcionando ultimamente… — Ouvia a voz, mas sua visão permanecia sem foco; os olhos tinham se cansado, assim como os braços presos a correntes prateadas que mantinham o corpo suspenso. Os pés não tocavam o chão, os pulsos sangravam para sustentar todo o peso.
A estadunidense não sentia dor. Nem nos pulsos, nem nas costas açoitadas. Tudo o que sentia era o infinito nada, como se tivesse sido mergulhada em uma anestesia forte o bastante para afetar sua carne, seus ossos e sua alma. Costumava confortar a si mesma com as palavras "qualquer coisa é melhor do que a morte", mas mesmo isso não era mais necessário.
Castigos como aquele eram mais comuns antes, agora se lembrava e até se perguntava como tinha se esquecido. Hades gostava dela, esse era um fato inegável tanto quanto era estranho; talvez por isso a disciplinasse quando falhava. Havia uma gentileza empática nas pétalas que acariciavam seu corpo, algo que parecia tentar dizer que não estava sozinha.
— Me pergunto o que anda distraindo minha criança talentosa… — Os dizeres finalmente arrancaram uma reação da Lee, encarava de olhos arregalados a figura disforme. Sabia perfeitamente o que estava "a distraindo" e pelas palavras, o pai também sabia, sem dúvida alguma. — Eu não sou um monstro, criança. Volte a ser útil e não ficará sem seus brinquedos. — Dedos longos acariciavam o rosto da semideusa, carinhosos, mas frios como gelo. Frios o suficiente para provocar arrepios desconfortáveis. — Caso contrário… Terei que me livrar destas distrações.
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lucy-s-memories · 1 year ago
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You're late, so it's time to move.
[TW: Sangue, menção à hematêmese.]
Lucy Lee mordeu o lábio inferior com força suficiente para fazê-lo sangrar, as mãos revirando as gavetas da mesa de cabeceira com pressa, até encontrar a adaga prateada com runas desenhadas antes de partir para o lugar de sempre. Normalmente, seria impossível invocar espíritos sem a ajuda de outra pessoa; uma que, de preferência, possuísse alguma afinidade com magia. No entanto, a situação era diferente quando envolvia o pai divino.
As almas eram atraídas para ela, chamavam por ela e não paravam de gritar até serem não só ouvidas, mas escutadas. Era isso que estava tentando fazer, afinal, não tinha escolha. O nariz já sangrava quando se sentou no meio do círculo feito no chão; a cabeça pulsava de dor e a sensação não foi aliviada quando abriu o contato com as almas. Uma eternidade no mais profundo sofrimento. Lucy entendia a urgência de cada uma delas, então respirou fundo. — Calem-se. — Disse em tom claro.
De tempos em tempos, era comum que Hades lhe pedisse para realizar certas tarefas. A última não era das piores, mas por algum motivo, não conseguia encontrar o momento certo de realizá-la; a pressão do deus aumentou consideravelmente por conta disso. Precisava completar a tarefa antes que ele se irritasse.
— É uma ordem do rei, apresente-se. — A silhueta de um homem pôde ser vista dentro da mente de Lucy. Ele olhava para ela, primeiro com desinteresse e depois, com impaciência. E então, gritou a mesma coisa que tinha dito em todas as outras vezes: "Diga a ele que venha." Aquele era o limite, a recusa da alma sempre quebrava o contato, mas não podia falhar outra vez. Sangue escorria de seus ouvidos. — Ele não virá. — A impaciência do espectro se tornou ódio.
"Eu vou arrancar seu coração, menina!" Dito isso, ele correu, tão rápido que a mão atravessou o peito dela antes mesmo que a garota tivesse chance de piscar. E quando piscou, estava outra vez sentada dentro do círculo.
Um. Dois. Três. Exatamente três segundos depois, veio a dor lancinante em sua cabeça e o impulso de vomitar, nada além de uma quantidade expressiva de sangue. Se continuasse, acabaria danificando os órgão internos. Pela primeira vez em anos, Lucy estava apavorada. Não seria capaz de lidar com aquele espírito. — Mas que inferno…
— Minha pobre criança… — Reconhecia a voz gentil de Ártemis mesmo sem olhar pra ela. — O que você foi fazer, Lucy?
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lucy-s-memories · 2 years ago
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Look for the girl with the sun in her eyes. And she's gone.
"Você não parece nada com a mamãe, a mamãe nunca sorri… Mas o seu sorriso é muito bonito, irmãzona!"
Foi em sobressalto, que Lucy levantou da cama. O sonho tinha sido tão vívido, que por um segundo pensou ter ouvido a voz da irmã no mundo real. Apenas por um segundo. A raiva não a deixava esquecer. Uma pontada atingiu sua cabeça e precisou fechar os olhos com força quando as vozes do submundo gritaram, sentindo o sangue escorrer do nariz no mesmo segundo.
De frente para o espelho, encheu a pia de água gelada e afundou o rosto de uma vez, prendendo a respiração pelo máximo de tempo de conseguiu aguentar. Era só o rosto, mas sentiu frio no corpo inteiro, junto de uma sensação dolorosa nos ossos. Mas as almas se aquietaram, só não podia dormir de novo.
— Sua tarefa, Lucy. — Não havia nada de ameaçador nas palavras, mas ela conhecia bem o tom. As vozes gritaram outra vez, um pouco mais alto dentro da cabeça da semideusa. E então veio o silêncio total. — Não se esqueça.
— Não vou esquecer, pai.
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lucy-s-memories · 2 years ago
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Underneath it all, we're just savages.
[TW: Menção à hematêmese.]
With: Logan Mention: Héktor, Jiyo, Ethan, Minjoon & Ettore
Numa escala de zero a dez, Lucy classificaria sua satisfação como um oito.
Em geral, o grupo era bom. Tinham Héktor, um dos professores mais experientes. Jiyo, que era impecável em executar estratégias. Também tinham Ethan, conhecia a fama dos filhos Hermes em serem rápidos. Ettore, um excelente arqueiro. Minjoon, com a resistência de um tanque de guerra. E Logan que… Bem, ela preferia não comentar sobre Logan.
O oito caiu para sete no momento em que o mais velho entre eles — e líder indiscutível — resolveu fazer uma pausa. Paciência estava longe de ser uma virtude da filha de Hades, principalmente em situações com alto risco de hipotermia e — embora não tenha adiantado muita coisa — fez questão de deixar claro seu descontentamento.
Lucy levantou antes do Sol. Não haviam grandes detalhes no plano que traçaram; era simples e esperava que eficaz também. Seu único problema era o arco. Não conseguia pensar em nenhum outro modo de atingir alvos voadores e, por mais que tivesse conseguido acertar algumas vezes depois das aulas de Logan, ainda não se sentia confiante o bastante.
Quando avistaram a primeira ave, o nervosismo já tinha a vencido. O raio não foi suficiente para derrubá-la e a americana arriscou uma flecha, os olhos buscaram Logan ao perceber que tinha errado. E então respirou fundo. — Tudo bem… — Murmurou. Tentou pensar no cheiro que a acalmava e com isso, atingiu um ponto não-vital do pássaro. — Essas malditas não acabam nunca!
No ritmo em que estavam, se o resgate ao tal semideus demorasse mais, virariam comida de aves estinfalianas por falta de recursos. A Lee foi a primeira a ficar sem flechas. E no pior momento possível, já que uma das criaturas vinha em sua direção nessa mesma hora; "Lei de Murphy", como costumava dizer. Ao se lembrar da foice, que insistiu em levar de qualquer maneira, não pensou duas vezes.
Tinha sorte por Nowe — o pégaso que montava naquela ocasião — ser um animal experiente, acostumado à missões como aquela. Num voo ágil, alcançou proximidade suficiente para que Lucy fizesse o tipo de besteira que sempre costumava fazer. Saltou. As duas mãos ergueram a foice quando girou no ar, a lâmina negra afundando na garganta a partir da área não revestida por metal.
Usando o próprio peso, conseguiu o impulso necessário para abrir o corte e expor o coração, que ainda pulsava. E então, entrou em queda livre, ainda presa ao pássaro. Um urro de dor escapou ao sentir as costas baterem contra a montanha, o gelo rasgando a pele e deixando um rastro vermelho. Sentiu a dor de ter todos os ossos da caixa torácica esmagados, cuspiu um pouco de sangue e quase perdeu a consciência.
Quando se deu conta, estava nos braços do filho de Zeus, perto de mais. — Sua testa! — Exclamou em sobressalto, as mãos tocando o rosto do garoto. A sensação de mil facas perfurando-lhe o corpo apareceu e de repente os ferimentos não doíam mais tanto, mas a semideusa ficou ainda mais desesperada. Tomou as rédeas do australiano, Snow a obedecia bem e não teve dificuldade em controlá-lo. — Jiyo! — Só teve tempo de chamar pela menina antes que a mente fosse invadida pelas vozes do submundo.
Não soube como e nem quando atravessou o portal. Apenas que, ao retornar ao acampamento, despencou do cavalo. Caiu de joelhos na grama, as mãos se apoiando no chão quando tossiu mais um bocado de sangue; grunhiu de dor, dessa vez, a cabeça era o problema. — Calem a boca, merda! — Em segundos, tudo em um raio de dois metros de Lucy secou e morreu. Mais ferimentos desapareceram como mágica e antes que a seca se espalhasse mais, se colocou de pé e saiu.
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lucy-s-memories · 2 years ago
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Didn't ask for this dangerous visibility.
With: Hades Mention: Nina
Três dias sem pesadelos e nenhum sinal do pai; se antes Lucy desconfiava de que algo não estava certo, agora tinha certeza. Medo não era a palavra, o que sentia era incômodo. Já tinha lidado com o silêncio de Hades outras vezes, o suficiente para saber que nada de bom costumava vir em seguida.
— Desculpa. — Sorriu com o chamado da instrutora, estava ali pelas aulas de mergulho, mas a mente parecia longe. — Tudo bem, vou tentar de novo. — Bom, as habilidades da semideusa no nado até podiam ser consideradas acima da média, mas quando se tratava de ficar mais do que cinco minutos debaixo da água, não ia tão bem assim.
A Lee respirou fundo, tomando fôlego antes de submergir no lago, de olhos fechados para se concentrar melhor. E foi nesse momento que sentiu a água ficar mais fria. Quando abriu os olhos, não foi o fundo do lago que enxergou.
— Não se assuste, criança, é só uma ilusão. — Mesmo sem o aviso, não teria se assustado; estava acostumada a ter a mente invadida pelo "pai" em momentos aleatórios. — Tenho uma tarefa para você, Lucy. — A garota suspirou na ilusão e apenas isso; teve a impressão de que a figura disforme a encarava, aguardando uma resposta.
Hades nunca mostrava um rosto quando se apresentava à Lucy. Era sempre uma névoa escura, com espaços que poderiam ou não ser seus olhos e boca. Sempre acompanhado daquele terrível cheiro de enxofre. A semideusa permaneceu quieta, por mais irritada que estivesse, não era impulsiva a ponto de desafiar o rei do submundo.
— Ártemis não vai te ajudar, criança, mas eu sim. — O deus balançou a manga do manto de cor negra, os olhos da estadunidense se arregalaram ao ver uma criança translúcida aparecer no local, de olhos fechados e pele pálida. Não era muito diferente de um cadáver, a última forma em que tinha a visto. Com mais um aceno, a imagem desapareceu.
— O que você fez com ela? — Pensou ter gritado, mas a voz soou mais como um murmúrio. Mesmo controlando tão bem a habilidade de se comunicar com os mortos, Lucy nunca conseguia falar com a irmã e agora sabia o motivo. Queria chorar, mas não o faria na frente de Hades nem mesmo se sua vida dependesse disso.
— Agora? Ela só está dormindo, se eu a deixar acordada, ela chama por você. — Com um estalo dos dedos, uma dor aguda atingiu as têmporas da semideusa. Primeiro a voz de Bonnie surgiu e pelo tom, parecia com medo. Depois, milhares de almas gritavam incansavelmente pelo nome de Lucy.
As mãos seguraram a cabeça como se de algum modo, aquilo fizesse a agonia parar. A dor era tão intensa, que fechou os olhos e se encolheu. Quando os abriu novamente, viu apenas a água, subindo até a superfície e tossindo um pouco na busca por ar. Vinte minutos.
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lucy-s-memories · 2 years ago
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Fly me to the moon.
With: Logan
Como começar a descrever aquele dia? Um completo caos, exatamente como pensou que seria assim que a atividade foi comunicada. Quase ninguém tinha a paciência necessária para lidar com pégasos; eram geniosos, orgulhosos e teimosos. Quase gargalhou ao pensar que a descrição também batia consigo mesma.
Entre ajudar os irmãos — Victor, Woo, Junkai — e os colegas — Gabe, Alex, June e Astra —, foi impossível não notar Logan.
O conhecia há tempo suficiente para saber que ele não era um exemplo perfeito de calma, mas arriscava dizer nunca ter o visto tão irritado. Pensou em oferecer ajuda, mas felizmente, ele mesmo pediu antes; ser orgulhoso também era um ponto da personalidade do filho de Zeus.
Começou pelo óbvio: explicando que se tratava de confiar no cavalo e conquistar a confiança dele também. E, bem… Não foi eficaz. Assim como não foi eficaz repetir um milhão de vezes que precisava ter calma. Lucy não sabia mais o que fazer, foi então que segurou a mão do outro e o olhou direto nos olhos. — Não é uma guerra, Logan. É uma parceria. Vocês precisam confiar um no outro.
Por alguma razão desconhecida, aquilo sim pareceu funcionar. E para o pégaso também, visto que pouco depois, o rapaz finalmente conseguiu montá-lo. Mais instruções foram passadas ao longo do voo e Lucy manteve as mãos segurando as de Logan para ajudá-lo a guiar Snow. Não foi bem um sucesso, mas também não foi tão ruim e pensou em deixá-lo aterrisar por conta própria.
Só não esperava que o local para o pouso seria na água. — Ok, isso foi… — Quase não conseguiu completar a frase por causa do riso incontrolável. — Impressionante. Muito bem!
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