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Surrealism
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lilasilvasblog · 2 months ago
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“Os amantes* de René Magritte - part. 3
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Os amantes e sua ligação com o anonimato com nas redes sociais
Na pintura, Magritte retrata dois amantes em um beijo íntimo, mas com os rostos cobertos por panos brancos. Essa imagem cria uma tensão entre proximidade física e distanciamento emocional, onde, apesar da proximidade dos corpos, há uma barreira que impede a verdadeira conexão entre os indivíduos.
Essa ideia de ocultamento e distanciamento ressoa diretamente nas interações que ocorrem nas redes sociais atualmente. Embora as plataformas digitais nos permitam estar mais conectados do que nunca, elas também criam uma camada de ocultamento que muitas vezes distorce ou oculta a verdadeira identidade das pessoas. Assim como os rostos dos amantes estão cobertos, as identidades online podem ser mascaradas ou idealizadas, criando uma versão filtrada de quem somos.
Além disso, assim como os panos cobrem os rostos, as redes sociais podem cobrir a verdadeira natureza das relações, muitas vezes escondendo aspectos importantes da personalidade e das emoções. O anonimato e as personas digitais criadas nas redes sociais podem resultar em uma forma de alienação, onde as pessoas interagem com uma versão distorcida de si mesmas e dos outros.
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Portanto, a obra de Magritte, ao explorar a separação causada por um simples pano, torna-se uma poderosa metáfora para as complexidades das interações digitais hoje. Ela nos questiona sobre o que estamos realmente vendo e vivendo nas redes sociais, e se a comunicação verdadeira é possível quando estamos constantemente escondendo ou distorcendo quem somos. Magritte nos desafia a refletir sobre como podemos remover as máscaras digitais e permitir que nossas relações se tornem mais autênticas, levando a uma conexão mais genuína, tanto no mundo real quanto no digital.
Portanto, a obra de Magritte, ao explorar a separação causada por um simples pano, torna-se uma poderosa metáfora para as complexidades das interações digitais hoje. Ela nos questiona sobre o que estamos realmente vendo e vivendo nas redes sociais, e se a comunicação verdadeira é possível quando estamos constantemente escondendo ou distorcendo quem somos. Magritte nos desafia a refletir sobre como podemos remover as máscaras digitais e permitir que nossas relações se tornem mais autênticas, levando a uma conexão mais genuína, tanto no mundo real quanto no digital.
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lilasilvasblog · 2 months ago
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“Os amantes” de René Magritte - part. 2
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Técnica
René Magritte utilizou a técnica da pintura a óleo para criar Amantes II (1928) e em muitas de suas outras obras. A pintura a óleo é uma técnica tradicional utilizada por muitos artistas que permite diversos efeitos, desde acabamentos extremamente detalhados até mudanças de luz e sombra.
No caso de Amantes II, Magritte emprega a pintura a óleo de uma maneira muito refinada e realista, o que é uma das marcas do seu estilo. Ele era conhecido pela sua habilidade em criar imagens altamente detalhadas e precisas, com um toque meticuloso que conferia um realismo quase fotográfico. Aqui estão alguns detalhes da técnica que ele pode ter usado:
•Precisão e detalhes
Magritte tinha uma grande capacidade de mostrar texturas e superfícies em detalhes. Na pintura, a forma dos corpos e a forma dos véus brancos são cuidadosamente representadas através do uso de luz e sombra, criando uma sensação tridimensional realista. As sutis transições entre luz e sombra nos tecidos e revestimentos são um exemplo de seu domínio técnico.
•Pinceladas Suaves e Controladas
Em Amantes II, a forma como René pinta, A aplicação da tinta é suave, com pinceladas muito controladas. A transição entre as áreas iluminadas e as sombreadas é feita de forma a manter a aparência de uma superfície lisa, sem marcações de pincel, o que contribui para o realismo da obra.
•Iluminação Direta e Cores Suaves
A iluminação neste processo é simples e a luz brilhante ilumina a imagem adequadamente sem criar contrastes repentinos. As cores principais são suaves e neutras, com o branco dos véus e da pele dos personagens se destacando no fundo escuro e uniforme.
•Realismo surrealista
Embora Magritte fosse um mestre na técnica do realismo, ele também flertava com o espírito do surrealismo, o que significa que criou imagens que, embora bem executadas, criavam uma sensação de estranheza ou irrealidade. A diferença entre a estrutura técnica e a contribuição da obra (como o fato de os rostos estarem cobertos, criando uma sensação de ocultação e separação) é um exemplo claro desta ligação.
Em suma, a técnica utilizada por René Magritte em Amante ll é uma combinação de realismo e controlo cuidadoso do material utilizado na pintura a óleo, o que lhe permite criar uma sensação de profundidade e verossimilhança, ao mesmo tempo que mantém a atmosfera enigmática e surrealista.
Temática
A obra "Os Amantes" de René Magritte, criada em 1928, é uma das peças mais emblemáticas do movimento surrealista e provoca profundas reflexões sobre a natureza das relações humanas. Nela, vemos um casal que se beija, mas seus rostos estão cobertos por panos brancos, o que imediatamente gera um ar de mistério e desconforto. Essa escolha estética não é meramente decorativa; ela sugere a ideia de ocultação e distanciamento.
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A cobertura dos rostos simboliza as barreiras que muitas vezes existem nas relações interpessoais. Embora os amantes estejam fisicamente próximos, a obstrução impede que se vejam e se conheçam verdadeiramente. Isso levanta questões sobre a intimidade: é possível estar verdadeiramente próximo de alguém se não conseguimos ver ou entender completamente quem essa pessoa é? A pintura sugere que a comunicação entre os amantes pode ser limitada, mesmo nos momentos de maior conexão.
Além disso, a obra evoca uma sensação onírica e surreal, característica do trabalho de Magritte. O ato de beijar, que normalmente representa um momento de afeto e união, torna-se enigmático e carregado de ambiguidade. O amor é retratado como algo multifacetado, capaz de ser tanto íntimo quanto distante. Essa dualidade reflete as complexidades das relações amorosas, onde sentimentos profundos podem coexistir com mal-entendidos e barreiras emocionais.
Magritte também nos convida a considerar que as aparências podem enganar. O que vemos na superfície pode não refletir a verdadeira essência das pessoas ou das emoções que elas compartilham. Assim, "Os Amantes" desafia o espectador a ir além da superfície da imagem para explorar significados mais profundos sobre amor, identidade e conexão humana.
Em suma, a obra de Magritte é uma meditação sobre as contradições e complexidades das relações interpessoais, revelando como o amor pode ser tanto uma fonte de proximidade quanto de distância. Através dessa pintura, o artista provoca uma reflexão sobre a dificuldade de se conectar verdadeiramente com os outros em um mundo onde as máscaras sociais muitas vezes obscurecem nossa verdadeira identidade.
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lilasilvasblog · 2 months ago
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“Os amantes” de René Magritte - part. 1
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Movimento
O surrealismo foi um movimento artístico e literário do século XX que surgiu na Europa, principalmente na França, na década de 1920. Ele foi profundamente influenciado pelas teorias psicanalistas de Sigmund Freud e pela busca de uma nova forma de expressão artística que transcendesse a lógica e a racionalidade. Liderado por André Brenot, que escreveu o “Manifesto Surrealista” em 1924, o movimento buscava explorar o inconsciente, os sonhos, a imaginação e os impulsos reprimidos.
Os artistas utilizavam técnicas como a escrita automática, colagem e o método paranoico-crítico prata acessar imagens do subconsciente e libertar a mente das convenções da sociedade.
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Artista
René François Ghislain Magritte nasceu em Lessines, província de Hainaut, Bruxelas, no dia 21 de Novembro de 1898. Ele começou a pintar em 1910, quando ainda tinha 12 anos e em 1916, foi aceito pela Académie Royale des Beaux-Arts de Bruxelas onde estudou por dois anos e absorveu influencias do figurativismo cubista e futurista.
Sua primeira exposição como pintor profissional aconteceu em 1920, no Centre d'Art de Bruxelas. Em 1922 René Magritte se casou com Georgette Berger e realizou trabalhos como designer de cartazes publicitários.
Em 1926 assinou um contrato com a Galeria de Artes de Bruxelas, que durou até 1929, quando as atividades da galeria foram encerradas. Em 1927, René Magritte fez a sua primeira exposição individual, que teve lugar na Galerie la Centauri, em Bruxelas. Durante esse período de sua vida, ele produzia quase uma obra de arte por dia, o que gerava uma exibição extensa e uma variedade de estilos únicos para os visitantes da exposição verem. Mas os críticos reprovaram a exposição. Deprimido pelo fracasso, ele se mudou para Paris, onde conheceu obras de artistas como Claude Monet, Van Gogh, Paul Cezanne e Georges Seurat.
Depois de se mudar, Magritte tornou-se amigo de Andre Breton, fundador do Surrealismo, e tornou-se uma figura importante no movimento surrealista visual. Quase na mesma época, ele começou a pintar objetos eroticamente explícitos justapostos em ambientes oníricos.
Durante a ocupação alemã da Bélgica na Segunda Guerra Mundial, Magritte permaneceu em Bruxelas, onde morou até a sua morte, o que levou ao rompimento com o colega artista Andre Breton. Durante esse período René Magritte adotou brevemente um estilo colorido e pictórico em 1943-44, um interlúdio conhecido como seu "Período Renoir", como uma reação aos seus sentimentos de alienação e abandono que surgiram com a vida na Bélgica ocupada pelos alemães
René Magritte morreu aos 68 anos por câncer pancreático, no dia 15 de agosto de 1967. Seu corpo está enterrado no Cemitério do Schaerbeek.
“Se o sonho é uma tradução da vida desperta, a vida desperta também é uma tradução do sonho.”
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