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“Honey, I’m home.” falou alto para o vazio, esperando que alcançasse os ouvidos da esposa, onde quer que ela estivesse na casa. Assim que fechou a porta, viu-se confortável o suficiente para finalmente desmanchar o nó da gravata com a mão esquerda, a mão dominante muito ocupada servindo como cama para o filhotinho de gato preto, seria impensável tirar o conforto do felino que tinha encontrado no caminho para casa. A atitude era compulsiva, já tinham três gatos em casa, mas sabia que a mulher teria a mesma reação que a sua quando encarasse os olhos amarelados do bichano.
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Quando recebeu o treinamento médico, imaginava que não deixaria as paredes seguras do estádio nem tão cedo, mas como a mais nova da equipe, e a que menos fingia alguma comorbidade, não tinha outra opção a não ser baixar a cabeça e aceitar que precisava abandonar o posto e ir pro coração da cidade, agora deserto, de Seattle. A companhia era ainda menos apelativa, mal tinha batido na porta alheia (se tivesse sorte, ele não a teria escutado, e ela poderia dizer que não tinha o encontrado para os demais) e já não via a hora de estar de volta. “C’mon, wake up.” Bateu com mais força, sabendo que sua história mal pensada não convenceria a nenhum dos seus colegas.
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mumupralia:
Tentou dar o sorriso mais amigável e angelical possível, precisava de ajuda e não queria atrapalhar mas agradeceu a todos os anjos e santos possíveis por ele estar em casa - Hi - respondeu sem jeito dando um sorriso amarelo envergonhada.
A roupa toda molhada, ela só imaginava o estado em que se encontrava, definitivamente não era o melhor para se apresentar para alguém - Eu não sei se você sabe, mas eu sou sua vizinha aqui da frente, me chamo Isabell - ela se adiantou para se apresentar, mesmo que trocasse alguns olhares, até mesmo sorrisos com o vizinho, nunca tinha realmente se apresentado - E promete não rir, mas eu meio que perdi a minha chave de casa, meu celular acabou a bateria e eu não sei a quem recorrer nessa chuva… Na verdade eu preciso de um abriguinho? - falou ainda em tom de pergunta, continuava extremamente sem graça e por deus, devia ser muito estranho ter uma quase que completamente estranha pedindo ajuda ou até mesmo abrigo do nada, esperava que desse certo.
Franziu o cenho ao olhar o estado da vizinha, tentando pensar em uma explicação plausível pra ela ter se exposto a tanta chuva, só vindo a relaxar ao escutar a explicação dela. “Ah, eu sei. Não o seu nome, que você é minha vizinha.” riu baixo, tentando consertar a confusão que tinha iniciado com a frase, e sem querer parecer convencido, mas já tinham se esbarrado, a longa de distância, pela rua. E era difícil que ele esquecesse um rosto, principalmente o dela. “Eu sou o Ezra. Prazer em finalmente te conhecer, juro que tento ser mais comunicativo, mas ainda não tive muita coragem de sair me apresentando por aí.” Oportunidades não eram exatamente o problema, já tinha se mudado há meses, quase ou talvez até mais do que um ano, só não tinha coragem de bater na porta de algum vizinho e começar a se apresentar. “Quem nunca?” riu, mas não dela, só da situação num geral. “Entra, por favor, que tipo de vizinho eu seria se te deixasse do lado de fora? Vou pegar uma toalha. Você precisa de mais alguma coisa? Eu acho que posso te emprestar algo, não que vá servir muito bem, mas acho que é melhor do que correr o risco de você ficar resfriada.”
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mumupralia:
Esperar… - ela pensou sobre a palavra por alguns segundos. Ali dentro da casa eles pareciam estar seguros o suficiente, pelo menos momentaneamente. O sistema de segurança era bom, as portas reforçadas, quando o pai trabalha na defesa a pessoa também tem algumas considerações para a segurança de casa… Os pais… Que estavam em DC naquele final de semana mas nunca achou que gostaria tanto de ter eles ali, e bom, um puta sistema de segurança não serviria de muita coisa sem energia, então torcia para que as coisas ficassem um pouco mais lenta antes de ir para o caralho. - Na real que a gente não sabe o que fazer ou como agir porque ninguém acredita que esse tipo de coisa vai acontecer e é real… Evacuar qualquer área não vale a pena, se você pensar em uma pessoa infectada em uma área de evacuação, acabou. - parecia uma daquelas pessoas com teorias malucas, mas pra ser sincera, o que não seria uma teoria maluca a partir daquele ponto? Mas pelo menos ela parecia a pessoa mais calma entre os dois, sentia que o rapaz poderia explodir a qualquer momento e a confiança em conhecimento básico de defesa que o pai lhe obrigou a fazer ela se sentia um pouco mais confiante do que um total zero a esquerda. Segurou uma risada, nervosa, mas ainda assim risada com a ideia de que iriam explodir eles - Calma, não é assim que as coisas funcionam, acho que a gente tá seguro por enquanto, meu pai trabalha no governo, e provavalmente se tiver algum plano de contingência essa área vai ser colocada na lista… Se tiver né, ai, se for um pesadelo espero muito que você tenha algum tipo de habilidade especial, mas não acho que esse é o tipo de pesadelo que quando a gente morre, acorda… A não ser que virar uma dessas coisas seja acordar.
“Mas eles não vão negar ajuda pra as pessoas, né?” Quando parava de pensar tanto em si e mais na situação num geral, mais perguntas apareciam e mais aflito ele ficava. “Nem que eles tentem, sabe? Eles devem saber lidar com isso. Com algo parecido, sei lá.” Provavelmente, não, mas talvez se mentisse o suficiente talvez acabasse ele mesmo acreditando na mentira. “Pelo menos eles tem armas.” Nunca tinha acreditado na legalização do porte, mas naquele momento o que mais queria agora era ter uma arma em mãos. Pelas breves imagens que passavam na televisão, ainda que não parecesse ser a solução pra tudo, parecia ter algum efeito. Depois de muitas balas. “Corre o risco deles quererem juntar todo mundo só pra ficar mais fácil o bombardeamento.” Meu Deus, por que tinha vindo com essa ideia? Agora não conseguia mais pensar em outra coisa além de bombas. “Minha habilidade especial é entregar pizza no prazo limite, e diagnosticar alguns tipos de doenças... em animais.” Nem podia dizer que era um veterinário ainda, estava na metade do curso. Deveria mesmo ter seguido as ordens dos pais e começado a faculdade de medicina, ou de enfermagem. “Virar uma dessas coisas? Caralho, eu nem... Pensei que a gente podia virar um desses.”
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mumupralia:
Para ser sincera ela até se esqueceu de se apresentar, a noticia tinha lhe acertado com uma força que não imaginou que aconteceria. Só conseguiu pensar ‘puta merda, e meus pais?’ e a agonia de não saber o que estava acontecendo nas ultimas horas e estar tão desligada e alheia ao mundo atingiu ela com uma força que ela não esperava. Estava ouvindo e ao mesmo tempo não o que se passava na TV ou até mesmo o que o rapaz estava falando, ela precisava de muita concentração pra simplesmente não surtar, era muito surreal - Mas… Como a gente sabe o que é isso? O que está acontecendo, tipo o que fazer? Meus pais estão viajando, isso é só aqui? - sabia que ele não teria todas as respostas, provavelmente estava tão ansioso e tão nervoso e estressado quanto ela e ela pegou o celular procurando qualquer mensagem que os pais poderiam ter mandado mas na realidade não tinha nada, nenhuma mensagem deles, nenhuma mensagem de ninguém apenas algumas mensagens de umas horas atrás de grupos aleatórios, o wi-fi estava em pé mas a rede parecia estar fora do ar - Pelo amor de deus, dois mil anos de evolução pro primeiro problema esse caralho ficar fora do ar - se levantou, jogando o pedaço de pizza na caixa e o celular onde estava sentada, tentando pensar a melhor forma de agir naquele momento, mas com emoções fluindo naquele nível duvidava que conseguiria algo - Eu me chamo Delilah - se lembrou da pergunta que ele tinha feito, era incrível como o mundo conseguia mudar por completo, em menos de um minuto.
Recolheu a mão, a enfiando no bolso do moletom, deixando pra lá que tinha acabado de ser ignorado, a culpa era sua, o momento era completamente inadequado pra aquilo. “Acho que tudo que a gente pode fazer agora é esperar.” não tinha nenhuma teoria da conspiração, mas confiar no governo estadunidense não era uma boa ideia nem para as menores das crises, não queria nem saber quais as chances de algo dar errado com algo dessa magnitude. “Caralho, meus pais.” em toda correria, não tinha pensado na família, e como poderia? Eles estavam a um oceano de distância, em casa, provavelmente dormindo, esperava que não. Poderia tentar falar com eles, mas do que isso adiantaria? “E-eu não sei. Será que eles vão evacuar o país?” Isso seria muito arriscado, quem os aceitaria com a possibilidade de ter o caos levado pro seu quintal? “Meu Deus, será que eles vão explodir a gente?!” falou em um tom mais exasperado, não era a ideia mais lógica, mas os militares gostavam de fazer isso com outros países, não era? Não seria a ideia mais louca do mundo. “Será que o sinal de telefone também saiu do ar?” Nem se importava com o pacote de dados, era provável que não chegasse a pagar a conta, fosse por ter sido explodido ou engolido por uma daquelas coisas. “Eu só posso tá num pesadelo.”
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mumupralia:
Era de certa forma engraçada até o desespero dele e provavelmente não cairia em si até ver com os próprios olhos o que estava acontecendo, mas a experiência que tinha assistindo todos os filmes e séries sobre zumbis, ou o que quer que fosse aquilo, sabia que o melhor era realmente se preparar e não sair de casa, mas será que a casa seria segura o suficiente? Não sabia se dava risada ou chorava. - Ok… Como é seu nome mesmo? - Ela se deu por vencida, não custava nada pelo menos saber o nome do menino, afinal, um desconhecido em pânico no meio da casa onde ela estava sozinha, claro que só poderia acabar bem - E ok, pelo menos vamos ver o que está acontecendo, se o mundo for pro caralho pelo menos vou poder comer pizza né - deu de ombros pegando uma das caixas e indo em direção ao sofá, se sentou e abriu a caixa calmamente antes de mudar para o canal de noticias e aumentar o volume, porém não chegou a comer a fatia que estava nas mãos quando viu o aviso de emergência e videos nada agradáveis no jornal - Holy. Fucking. Shit.
“Desculp- Eu sou o Brandon.” estendeu a mão para a outra, mesmo sabendo que essa era uma péssima hora pra estar com formalidades, mas só porque o mundo estava em ruínas lá fora não significava que os bons modos tinham ido embora com ele. ”E você?” tentou dar uma risada com o comentário da pizza, mas tudo o que saiu de sua boca foi um riso nervoso. “Acho que a gente vai precisar de mais do que isso.” a mente trabalhando dobrado já o fazia pensar em estocar comida, se fossem ficar presos ali, o que era uma melhor opção do que sair, não queria nem pensar numa visitinha ao supermercado. “E-eu falei.” acompanhou a garota sala a dentro, não ousando sentar. Poderia chamar de adrenalina, nervosismo ou ansiedade, talvez uma combinação poderosa de todos os três e mais outros sentimentos, mas não conseguia evitar andar de um lado para o outro, os olhos fixando por poucos segundos na tela, era verdade, não podia negar, mas não tornava as informações mais fáceis de absorver. “A gente precisa fazer o que eu falei.”
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A grande ideia de Ezra era chegar em casa e pedir algo para comer, mas a chuva forte que começou logo que saiu do banho, pôs todos os seus planos por água a baixo, quase que literalmente, a comida demoraria demais para chegar e sabe-se lá em que estado. Só o restava cozinhar, e cozinhar ele o fez. Tomava seu próprio tempo, e o foco na tarefa em questão quase o fez pensar que tinha imaginado as batidas na porta ou que estava confundindo com algum barulho da chuva. “I’m coming.” na dúvida, achou melhor checar, no máximo faria papel de idiota, mas não teria plateia alguma. “oh, hi?” arqueou o cenho ao ver a vizinha em sua frente, tinha claro acenado para ela, e achava ter ouvido seu nome algumas vezes, mas nunca tinha de fato falado com ela, mas lá ela estava em sua porta, encharcada até o osso. Ficou quieto esperando que a mulher se explicasse, ou lhe pedisse ajuda.
Maldita hora que resolveu sair de casa, mas ainda pior era as mudanças bruscas de tempo que tinha aquela época do ano e mesmo assim, Isabell insistiu em não levar um casaco mais pesado, guarda-chuva ou até mesmo a bolsa, porque ia ser rápido mas o tempo mudando drasticamente e uma caminhada de 5 quadras só podia resultar naquilo: a mulher completamente ensopada, celular sem bateria, e assim que chegou no andar do apartamento, cade a chave? Não era possível que tudo o que poderia dar errado naquele dia, estava dando. Bufou e se emputeceu consigo mesma sem saber ao certo o que fazer, tinha mesmo que ter zerado a porcaria da bateria? Ou perder a merda da chave? Indignada parou por alguns segundos se sentindo derrotada em frente a própria porta e teve uma ideia, esperava que não fosse tão ruim ou atrapalhasse, seria a primeira vez que realmente falaria com o homem e estava morta de vergonha por se encontrar naquele estado, mas estava frio, ela precisava se secar e esperava que ele pudesse ajudar com o carregador para ela poder chamar um chaveiro ou algo assim. Se encaminhou para a porta que ficava de frente para o dela e bateu 3 vezes na madeira, esperava de verdade que tivesse alguém em casa. @lifexstranding
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mumupralia:
O ponto de interrogação ainda estava muito que presente na cara da garota, quem aquele menino pensava que era para estar puxando ela para dentro da própria casa? Ela estava pronta para tentar se defender quando ouviu o relato do mesmo e para ser sincera, o ponto de interrogação cresceu ainda mais no rosto da mesma. Deixou o estranho entrar na casa mas não conseguia ter reação alguma além de achar que ele estava maluco - Que? Do que você está falando?
Tá querendo me dizer que do nada as ruas viraram um the walking dead? - Perguntou ainda incrédula, era melhor taxar o rapaz como maluco do que realmente acreditar que aquilo estava acontecendo - Conta outra… Só queria um pouquinho disso que você usou pra estar falando tudo isso, é coisa da boa né?
“Do que tá acontecendo lá fora, eu acho- eu acho que tem a ver com aquela gripe.” era a primeira coisa que lhe vinha a cabeça, os relatos de pessoas tornando-se violentas, mas não lembrava de nenhum caso tão extremo que chegasse perto do canibalismo. “Si-Sim? Só que é real. É muito real.” Será que tinha mesmo visto tudo aquilo? Talvez estivesse precisando tirar uma folga, relaxar um pouco. “Eu juro que não uso nada.” Não podia começar mentindo, sem falar que era um péssimo mentiroso. “Não enquanto trabalho.”
“A TV!” Exclamou ao vasculhar a imensidão da sala, ao encontrar o objeto de desejo, apontou para a tela, como se aquilo fosse a solução para tudo. “Eles devem estar falando sobre isso. Eles tem que tá falando sobre isso.”
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mumupralia:
Delilah não tinha muita coisa para fazer se estivesse sendo sincera, só queria encher a cara de pizza e beber alguma coisa do bar pessoal dos pais, dormir, fazer nada? Então tinha pedido duas pizzas grandes e estava preparando algo para beber enquanto esperava o pedido chegar. A TV estava no mudo já que estava na cozinha ouvindo músicas aleatórias quando ouviu a campainha tocando, não uma vez mas várias e só conseguiu pensar ‘puta merda, pra que o desespero?’ e rolando os olhos ela foi até a porta e abriu com uma cara de poucos amigos - Morrer do que? Menino é só uma pizza, calma… - Percebeu que o rapaz não estava muito bem pela expressão do mesmo e estreitando os olhos não conseguiu não perguntar - Você está bem?
“E-eu não sei.” falou exasperado, pouco ligando para a expressão nada amigável da garota, olhando por cima dos ombros, a barra estava limpa, mas não queria desperdiçar nenhum segundo dando bobeira do lado de fora. “A gente p-precisa entrar.” ainda que com cuidado foi a empurrando pra dentro, não queria machucá-la, mas tinha certeza de que o que estava acontecendo lá fora seria muito pior do que um simples empurrão, e se encostando na porta. “E com certeza fazer uma barricada. Nas janelas também, as janelas são importantes.” arqueou o cenho, ele parecia bem? Com certeza, deveria estar parecendo um tremendo maluco. “Não, cara, eu não tô bem. Eu acabei de ver três pessoas fazendo um banquete de pescoço, a gente tá na porra de um filme de terror.” Pela primeira vez naquela noite começou a processar as imagens que tinha visto no final do caminho. Meu Deus, ele tinha visto mesmo pessoas se devorando!
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“C’mon, c’mon” apertou o botão da campainha sabe-se lá quantas vezes, antes de segurar firmemente, sempre checando se não tinha alguém atrás de si. Por que diabos as pessoas estavam agindo daquele jeito na rua? E por que diabos achou que o limite de trinta minutos de entrega da pizza eram mais importantes do que a própria vida? Precisava do emprego pra pagar a faculdade, mas do que adiantaria a faculdade se simplesmente estivesse morto? Devorado por algum desconhecido no meio da rua enquanto ainda tinha a mochila térmica da pizzaria nas costas? Que jeito mais idiota de se morrer! “Por favor, eu não quero morrer””
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YOU 2.03 “What are Friends For?”
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i love them
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