Tumgik
lettersfrom-me · 1 year
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Querido Leitor,
Voltei antes do tempo determinado, sim, fique em choque que não passei 3 semanas pra voltar a escrever aqui. Mas, como toda boa escritora, ou se é que posso me chamar assim. A gente sempre encontra criatividade quando algo acontece nas nossas vidas. E, acho que durante minha breve viagem de uber para o trabalho, eu tive uma epifania. Sobre as minhas manias, meus mecanismos de defesa, meus defeitos, e não menos importante, meus traumas. E como antes, falei apenas sobre minhas qualidade e poucos defeitos, nesse vou focar nos defeitos. Na minha incrível habilidade de quando não saber de algo, imaginar um milhão de possibilidades e a maioria delas serem negativas. E, acho que isso não seja tão anormal assim. O problema é que tendo a ter uma mente muito fértil. Eu poderia a culpar ansiedade sabe? Poderia culpar minha ansiedade por tudo que eu faço, e todas as minhas paranóias, mas as vezes os meus traumas me deixaram tão quebrada, que na verdade quem erra é apenas eu mesma.
E sinto, que na minha busca por estar certa, na minha busca por alguém, eu possa acabar me autosabotando como mencionei antes. Porque veja, quando começo a me relacionar, e as coisas começam a ficar boas, eu desconfio, que tem algo errado, talvez por achar que não mereço algo bom, talvez por medo. E como mecanismo de defesa, eu dou um tiro no meu próprio pé, crio paranóias, e a outra pessoa poderia acabar com todas essas incertezas. Mas as pessoas são diferentes, tampouco perfeitas, como saber o que se passa se não chegamos ao ponto de nos conhecer tão bem? Como saber o que se passa conosco, se as vezes nem nós mesmos sabemos?
Mas, o que eu tenho pra dizer, é que eu tenho parcela de culpa sim, talvez sempre tive e só percebi agora. Eu forço certas situações, por medo, por insegurança, situações que não deveriam acontecer. Mas dessa vez, acredito que a parcela de culpa tenha sido em sua maior parte minha. Eu errei, eu errei em acreditar e esperar que as pessoas sejam como eu. Há pessoas de todos os tipos, e elas demonstram sentimentos de formas diferentes, isso não, necessariamente, significa que alguém está mais certo ou mais errado. Apenas é o que é, é o melhor que ela pode fazer. E tá tudo bem. Mas, meu caro leitor, errar pra mim é algo que não aceito tão bem. Magoar alguém, pra mim, é algo que me corrói. Talvez não seja tão ruim, porque pareço estar bem corroída por dentro. Mas é horrível. A minha desconfiança me levou a lugares solitários, a desconfiança por coisas que outras pessoas me causaram, e os que chegam não tem nada a ver com isso. E eu errei, coloquei em risco algo que me era muito valioso, amizades, amor. Mas mudar e ressignificar traumas nunca é fácil, e talvez meu insconsciente soubesse disso quando decidiu voltar pra terapia, algo que me ajudou a perceber as coisas mais claramente, olhar pra dentro e ver se havia algo errado. Uma pessoa recentemente, uma pessoa diferente de todas com quem eu me envolvi, me falou que eu não confiava nela nem 50%, quando eu ouvi isso eu achei um absurdo. O engraçado, talvez não tanto assim, é que não era um absurdo e eu só percebi agora. Eu não acho que cheguei a confiar completamente em ngm, dps de muitas decepções fui confiando menos. E ele estava certo, eu não confiei, por achar que havia algo errado no comportamento dele, e que isso tinha algo a ver comigo. Mas não, eu que defendo tanto as pessoas serem diferentes, acabei caindo no meu próprio buraco, que nem soube como cavei tão rápido e tão fundo. Mas ontem eu escalei, e consegui ver claridade, o problema é que sair de buracos sem ajuda é algo complicado e extremamente difícil. Mas, ele só era realmente diferente, e se eu tivesse confiado nele, tudo seria diferente, eu não teria perdido tanto.
Acho que até agora falei apenas do quanto eu errei, dos meus defeitos, mas queria deixar claro que possuo também qualidades, eu amo a parte em mim que consegue olhar pra si e reconhecer falhas, que consegue se perdoar e buscar melhorar, a parte que tenta de todas formas não repetir esses erros. A parte que pede ajuda, quando vê que tem algo errado, que não aceita coisas mal resolvidas, e sou grata que nenhum dos meus defeitos é ser podre e murcha por dentro, e, ter péssimas intenções. As minhas intenções sempre serão boas, mas eu não sou perfeita, eu erro, e infelizmente eu errei. Espero que quem precise me perdoar consiga, pois as companhias de quem eu perdi são muito importantes pra mim. E tudo é processo, não importa os erros, mas se você busca melhorar, e eu busco constantemente, por mim, e por pessoas do qual não posso ficar sem. Talvez nada dê certo, mas quero pensar que fiz o que pude e foi integra e correta, e carinhosa como pude.
E como disse antes, talvez algumas pessoas não entendam, mas alguns irão entender sim. Estou contando com isso. Termino aqui minha dissertação sobre meus intermináveis erros, talvez o texto condiz com o tamanho deles. Porém certa de que virão mais por ai, porque afinal, como falei antes, ninguém é perfeito, e estou em busca de te entender, como estou em busca de me entender também.
Ficarei por aqui e até logo, caro leitor.
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lettersfrom-me · 1 year
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Querido leitor,
Aqui vou começar a dissertar, não mais sobre pessoas específicas e suas incríveis habilidades de me decepcionar, fabulosamente. Mas sobre mim, sobre as peripécias da minha vida que continua a jogar limões na minha cara e eu a nunca saber de onde vem as pancadas e porque esses limões são tão pesados. Aquele ditado né, se a vida te der limões faça uma limonada.
Mas mudando de assunto, eu fico me perguntando o que me faz olhar pra minha vida e querer rir, talvez seja a minha qualidade incrível de rir das minhas próprias desgraças, ou do defeito de rir das coisas mais inapropriadas. O problema é que, ultimamente as coisas não estado tão bem assim para a minha pessoa, mas todos nós temos problemas não é mesmo? E por mais que sempre achemos que o nosso problema parece grande demais e complicado demais para ser solucionado, todas as outras pessoas do mundo sentem o mesmo sobre os problemas delas. Então, o que me faz especial para achar que um problema é tão horrível assim que não consigo solucioná-lo? Bem, segundo várias pessoas que eu conheço não tem nada de especial sobre mim, fora o fato que eu seja uma louca. E não devia me importar com o que as pessoas pensem de mim, mas como dizer ao coelho para parar de pular e andar?
Penso que pode ser minha incrível personalidade que se divide em duas, a questão da loucura, eu digo. Porque veja, caro leitor, eu possuo duas pessoas completamente diferentes dentro de mim. Isso mesmo, ai vc me pergunta como eu não fui parar no sanatório antes. O engraçado é que eu me pergunto a mesma coisa, talvez não seja tão engraçado assim. Mas voltando, existe uma personalidade em mim que é completamente contra várias coisas, totalmente mente aberta, e desapegada para outros fatores, uma parte que ama a liberdade, odeia rotinas e ama mudanças. Mas, existe outra parte de mim, que por muitas vezes é dominante, que é sensível, sente tudo muito demais, intensa ao extremo, romantica incurável, ela confia em tudo, tão leal, tão amiga, tão ingênua pra certas coisas e, nossa, tão apaixonada pela ideia de amar eternamente. Tentei pensar em uma personagem que me viesse a cabeça para me representar, e uma veio, Ariel, essa mesmo, a que quis se tornar humana por ter se apaixonado. Mas existe uma outra forma de olhar para a pequena sereia, por mais que ela fosse super romântica e afins, ela não se tornou humana apenas por estar apaixonada, mas sim por se identificar tanto com humanos. Um sonho que era só dela, além do amor. E talvez eu precise achar esse sonho, ou esse propósito, além do amor. Mas, você consegue ver o problema? Como saber o que eu quero ou o meu propósito com duas queridas versões minhas colidindo sempre? Talvez meus ex’s estejam certos, estou ficando mesmo louca. Mas veremos pelo lado positivo, que nem diria Chorão, só os loucos sabem. Não sei o que sabem,mas quando eu souber ai vou realmente ter um indício de que perdi a sanidade.
E possuímos mais um problema, sim querido leitor, eu sei, sou cheia de problemas. Mas todos somos, pelo menos eu estou aqui rindo dos meus meus, na maior parte do tempo, na outra nem tanto assim. Porém, o problema é que ambas as minhas personalidades são completamente traumatizadas, ou talvez mais uma que outra, a outra tá cagando um pouco. A Ariel que existe em mim, ela já foi uma princesa, mas nossa foram tantos sapos que ela achou que fosse Éric, mas nenhum deles era né? Porque como os loucos, se fosse ela não só acharia, ela saberia. Porém, esses sapos fizerem um estrago com a inocência da minha pobre Ariel, que hoje em dia, ela resolveu dar as rédeas pra Frozen congelar tudo. E hoje quando a Elsa sente que vai ser abandonada ou rejeitada, ou que mentem pra ela, ela se autosabota e parte antes que a deixem. Antes que a dor seja maior. É leitor, tudo é questão de equilíbrio, as vezes fico torcendo pra estar errada, fico torcendo que alguém venha e me diga: “Ei, você errou, não me deixa pra trás porque eu tô aqui pra ficar”. Mas poucos foram o que tiveram a coragem de fazer isso, e eu consigo contar em uma mão. Talvez eu devesse parar né? Mas como eu disse, quando a vida jogar limões faça uma limonada, e até me provarem o contrário, vou continuar a deixar a Elsa fazer várias batidas de limonada, bem congeladas pra ver se diminui o calor desse inferno de cidade.
Ficarei por aqui com esse despejo de palavras, que talvez não tenham feito nenhum sentido para uns, mas para outros, eles sabem.
Até logo, meu querido leitor.
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