Tumgik
lefay-morgana · 5 years
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Como sempre mais um dia agradável que no fim termina em solidão. Parece que nada me satisfaz, e eu estou sempre com fome de algo que realmente me faça sentir viva e plena. Irei fazer 40 anos e sempre me senti assim, como se algo me faltasse. Se é uma dose de rum ou uma xícara de chá, eu não sei. Só sei que me falta algo, que nada nessas 4 décadas tenha completado ou chegasse próximo de completar.
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lefay-morgana · 5 years
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Me sinto cansada, minhas forças se exauriram do meu corpo e dar um passo, parece ser impossível.
Minhas pernas parecem acorrentadas e sinto como se carregasse nas costas um peso de uma imensa pedra, da qual não consigo locomovê-la.
Pareço não ver mais nada ao meu redor, porque as dores me impossibilitam e olhar para frente, caminhar está cada vez mais difícil.
Sinto cansada, sinto vontade de que a água molhem meus lábios. Mas são só vontade, das quais não consigo colocá-las em prática.
Queria parar de caminhar e sentar para descansar, mas não posso tirar os pesos que carrego e assim minha jornada continua.
Com dores, sozinha, sede e cansada. Há muito que caminhar ainda.
Minhas pernas quase curvam, porque estão perdendo as forças, e as gotas salgadas de suor que escorrem da minha face são as que molham meus lábios. São salgadas, mas é o único meio que tenho para não terem meus lábios grudados pelo ressecamento da longa caminhada e da falta d'água.
A caminhada ainda é longa, e minha sanidade já se funde com os delírios. Meus olhos pesam, e tenho que combatê-los para não fechá-los.
Tá tudo confuso, não sei para onde estou indo, mas só me resta seguir adiante. Pois os pesos que carrego não me permitem nem olhar para tráz e nem para os lados.
As dores e o cansaço estão me vencendo e eu não consigo mais enfrentá-los. Então derepente, tudo escureceu e eu... entrei num escuro sem fim.
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lefay-morgana · 6 years
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Bom o dia foi passando e já estava na hora de fecharmos a Always Flowers. E Maya não podia se atrasar, tava no último ano de sociologia.
Então fechei uns minutos mais cedo. O senhor Anthony que era o dono já era um senhorzinho e mal ia lá e confiava muito no meu trabalho.
Floricultura fechada, despedi de Maya. Mas estava sentindo algo estranho, suponho que seja o que os humanos chamam de tédio. Então ao invés de ir para casa, fui caminhar contemplando a rosa que ganhei.
Era noite de lua cheia e o céu estava lindo. Era engraçado os ângulos de olhar o céu da terra e olhar a terra do céu.
Mas estava linda a noite. Continuei a caminhar pensando em como o Dylan era gentil. Ando mais um pouco senti um sopro de vento muito frio e com ele uma luz que não conseguia manter meus olhos abertos. Percebi que era um dos meus irmãos, só não sabia se era um dos que queriam as cabeças de todos os anjos caídos.
A luz foi amenizando, consegui abrir os olhos e por sorte era Uriah, meu irmão amigo.
Disse que estava preocupado comigo, eu distraída demais sabendo que poderia ser pega a qualquer hora pela legião. Me deu um abraço que me fez sentir em casa, porém a Terra agora era minha casa.
Ele não podia fazer muito por mim e já estava se arriscando demais.
Nós anjos sempre travamos batalhas contra demônios e outras criaturas que humanos desconhecem. Éramos treinados como guerreiros, e quando um anjo quisesse a cabeça de outro anjo a única coisa que poderia matá-lo era uma lança forjada para exterminar de vez a existência de um anjo.
Quando desci a terra, não tive maldade. Apenas desejo de ser livre então trouxe apenas meu escudo de lembrança.
Mas Uriah estava preocupado, medo que me achassem, caçassem e me exterminasse.
Então ele fugiu dos céus para me trazer a lança para que se precisso fosse eu pudesse ter chance de sobeviver.
Ele me entregou, pediu para que eu tivesse cuidado e me deu mais um abraço.
Então ele começou a brilhar, fechei os olhos e quando a luz se apagou ele tinha voltado para casa.
Parte7
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lefay-morgana · 6 years
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Bom eu conversando com a Maya, entra um cliente.
Na hora nem prestei atenção. Ele era conhecido da Maya e quando ela me apresentou, disse que ele se chamava Dylan e era um cliente fiel, além de ser uma pessoa bacana. E que uma vez por semana ele ia lá comprar flores para a namorada.
Mas eu nunca tinha o visto. Porém escutando a conversa dos dois, parece que ele havia sumido algumas semanas porque estava de férias viajando com a sua namorada.
É um cara alto, bem vestido, educado e descontraído. O que os humanos chamam de pessoa agradável e era um homem bonito.
Bom conversa vai, conversa vem e enfim ele escolheu o buquê que iria dar para a namorada.
E me perguntou se eu achei bonito, embora fosse suspeita porque trabalhava lá.
Eu amo flores sou suspeita, mas disse que ainda assim era linda e que sorte dela. E que eu nunca havia ganhado uma rsrs. Ele olhou assustado e disse não seja por isso; puxou cuidadosamente um botão de rosa e me deu desejando que meu dia fosse tão gracioso quanto as flores.
Não esperava, me surpreendi, mas no fundo eu gostei.
Foi minha primeira rosa.
Parte 6
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lefay-morgana · 6 years
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Despertador tocou...
Hora de levantar, cuidar do Vicent e como a maioria das pessoas ir trabalhar.
Engraçado que acho que já estou me "humanizando" rsrs; sabe quando você abre o guarda roupa e não sabe o que quer vestir. Estava assim, na dúvida do que locar. Afinal eu era uma serial killer rsrs. Mas era difícil para mim, não é fácil tirar uma vida há não ser nas batalhas que já enfrentamos no céu. Mas como tudo na vida, existe a cadeia alimentar e eu precisava me alimentar.
Bom depois de muito pensar escolhi uma roupa e antes do banho fui lá encher o Vicent de beijinhos ou ele me encheria de pêlos depois.
Meu trabalho não era tão longe de casa, no caminho quase enfrente a floricultura havia uma linda e aconchegante cafeteria. Morria de vontade de experimentar o que as pessoas chamam de café. Mas não podia, porém eu até poderia ir lá, pedir um, ler um livro e me degustar apenas com o cheiro e a fumacinha que sobe da xícara.
Enfim cheguei ao trabalho. Segunda era corrido. Era recebimento de flores, fazer alguns acertos. Sorte que Maya é sempre pontual rsrs e além de uma grande amiga é uma grande profissional e me faz rir demais com as suas piadinhas.
Bom... geral total na Always Flowers, hora de abrir as portas. E torcer para que desce movimento, geralmente as vendas nas segundas eram mais fracas.
Parte 5
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lefay-morgana · 6 years
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Disse que muitos anjos estavam querendo cair, experimentar o novo mesmo com as maldições lançadas. O céu virou o caos. Então para mostrarem poder, eles queriam exterminar todos os anjos caídos para que servisse de exemplo e aviso para que nunca mais escolhessemos o arbítrio. Ela me disse isso rapidamente e me deu um abraço do qual por alguns instantes parecia estar no céu novamente. E logo desapareceu, ela quebrou regras por ir me avisar e se descobrissem não era só eu correndo perigo mas ela também. Continua Parte 4
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lefay-morgana · 6 years
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Mas a fome foi chegando, já me sentia exausta. Precisava de mais uma alma para alimentar o meu corpo antes que ele definhasse.
Mas não podia ficar me arriscando. Alguns corpos já tinham sido encontrados com morte desconhecida. Então a sexta feira chegou, dei uma desculpa para Maya e parti rumo a minha caça. Mas não na minha cidade, em cidade vizinha.
Como um bom anjo caído caí no prelúdio da lúxuria e saí radiante.
Chegando na cidade mais próxima, não foi difícil achar o point da cidade.
Estava faminta, então criei coragem e entrei em um pub. Não demorou muito fui flertada por um rapaz bonito, porém mal intencionado mas mal sabia ele que ali a caçadora era eu.
Conversamos, dei a mesma desculpa para não beber e como sempre ele me chamou para sair dali e ir há um lugar mais reservado. Pobre mortal, achando que iria devorar e ele era o prato principal. Não demorou muito para ele tentar me agarrar e nessa hora mesmo sentindo pena eu sentia fome. Mais um corpo para minha coleção e da polícia que estava intrigada pelas mortes desconhecidas. A alma do pobre rapaz foi o néctar, a força vital que precisava. Regenerei minhas forças. E dei um jeito de me livrar do corpo.
Ás vezes doía, mas minha maldição era uma predadora de almas e sem elas eu perderia toda a força. Era minha única fonte de alimento.
Pena que não passava de um simples começo de beijo, então eu não conseguia sentir os arrepios e o que os humanos chamam de atração ou tesão.
Isso ás vezes me frustrava, mas até aí meu coração não pulsava por ninguém. Então era só uma curiosidade mesmo.
Bom... corpo oculto. Eu bem alimentada, hora de pegar estrada e voltar para casa.
A estrada estava tranquila, era uma noite linda e fresca. Mas derepente vi uma luz no céu. Seria algo acontecendo com a legião? Senti uma dor no peito, como se alguém esmagasse meu coração. Mas passou rápido, continuei a jornada e voltei para casa e para o Vicent.
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lefay-morgana · 6 years
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Assim como os humanos, precisava de emprego e casa. E comida bom... era alguém que eu sacrificava sugando sua alma.Não gostava do que fazia, mas era a única forma de sobreviver. Mas tinha que ser cautelosa, não podia deixar rastros de garotos mortes por algo desconhecido. Haviam outros anjos na terra, mas não tinha esbarrado com nenhum ainda.
Bom... emprego eu não tinha experiência, mas não perdi o dom divino de aprender rápido então logo consegui um emprego como gerente em uma floricultura. Gostava do que fazia as flores me lembravam vida e morte luz e sombra da qual eu me encaixava perfeitamente.
Eu ás vezes olhava pro céu, batia uma tristeza de leve mas nunca escorreu aquela água que os humanos chamam de lágrima.
Gostava de estar aqui, mesmo sendo solitária. Ficava feliz pelas pessoas quando as viam felizes e reciprocamente apaixonadas. Embora eu nunca pudesse viver isso.
Assim como o trabalho precisei de casa, roupas e lógico não resisti e arrumei o Vincent um gatinho levado mas que traz luz nos meus dias de sombra.
Mas era tudo engraçado o meu primeiro banho a água fazia cóceguinhas no meu corpo e ainda sentia o ardor do corte em que minhas asas foram arrancadas, fora o sabonete que vivia escorregando rsrs, era uma briga a cada banho.
E o perfume também fazia cóceguinhas no nariz e espirrava sem parar. Mas gostava do cheiro que ficava em minha pele.
O Vicent era uma peça, e mais ainda sendo um gato convivendo com um anjo caído rsrs. Nos divertíamos muito. Éramos bagunceiro.
A TV também era engraçada, pessoinhas numa caixinha rsrs.
Mas com o tempo fui me adaptando, aprendendo e tirando me alimentar, estar no meio dos humanos se tornou algo natural para mim.
Consegui uma amiga que sempre falava que eu parecia um anjo, mas mal sabia ela que era caído.
Maya era o nome dela. Era uma garota bem legal, extrovertida, sempre de bem com a vida. Gostava da companhia dela. Através dela até conheci barzinhos, embora não posso beber e nem comer normal. Dava uma desculpa que tinha uma doença rara e sendo assim esquivava das bebidas e comidas. E a parte boa é que o dinheiro que eu não gastava me alimentando, eu aprendi como alguns humanos a ser compulsiva por roupas, bijouterias e sapatos. Há amo tudo isso, principalmente as bijouterias. Aprendi a flertar garotos, o que me ajudava muito na hora que eu sentia fome e estômago fazia um barulho esquisitinho. Mas pobres garotos, mal sabia que a garota bonita que eles achavam que iria ficar daria a eles o beijo da morte. E assim fui levando alguns dias...
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lefay-morgana · 6 years
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Nunca gostei de seguir tabus muito menos regras e de onde venho somos subordinados. E tudo o que eu queria era a lei do livre arbítrio. Mas minha legião era severa e punia aqueles que quebravam as regras. Mas me sentia infeliz, incompleta. Queria viver, sentir, tocar. Até que um dia criei coragem e fiz a minha escolha. Fui banida e exilada. Mandada a terra me tornei mais um dos anjos caídos e como todos fui amaldiçoada. Meu nome é Sorah que significa o espírito do sol, mas fui amaldiçoada pela eternidade em viver sozinha, e nas sombras. Minha punição é eterna. Mas diferente dos vampiros eu não me alimento de sangue, mas de almas. E com isso sou um rastro de destruição e morte. A minha vida é ficar vagando de um lado para o outro. Tentei a comida dos humanos, mas me queimava por dentro. Era triste para mim sugar a força vital de alguém, mas ás vezes precisava pois ficava muito fraca. Como uma inanição por comida. Desci a terra mas minha punição era cruel, pois não podia sentir coisas que os humanos sentiam. Era apenas uma "sombra" visível a multidão. Minhas asas foram arrancadas e o céu era um caminho sem volta. Mas eu escolhi assim. E agora pagaria o preço de minha escolha por toda a eternidade. No começo era tudo confuso, engraçado e ao mesmo tempo assustador. Mas com o passar dos anos fui me adaptando como "humana", embora jamais poderia me apaixonar. Pois um único beijo eu sugaria a alma do meu amado. Então fiz do meu coração, um coração frio. Do qual só beijaria um humano para me alimentar. Mas um dia vagando pela imensidão do mundo, tudo mudou. E minha maldição se transformou em agonia, desespero e angústia. Mas como quebrá-la? Só me restava viver com a dor de ter me apaixonado sem poder tocá-lo. Parte 1
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lefay-morgana · 6 years
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Kurt Cobain tinha razão as pessoas nos vêem sorrir, mas não sabe a dor que carregamos por dentro. Cada um com seu monstro interno te comendo lentamente como um câncer corroendo tudo. Até uma hora que você se cura ou morre. É tão difícil as pessoas entenderem. Elas não enxergam nosso olhar perdido ou nossa alma vagando em busca de paz. Acham que o fato de você estar viva, você está viva rsrs. Ilário! Como ninguém consegue perceber um sorriso por educação, um tudo bem para não dar explicação, você estar sobrevivendo ao invés de vivendo. As pessoas só vêem o que querem enchergar. Vêem a superfície e não estou nas superfícies , faço parte das profundezas.
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lefay-morgana · 6 years
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Estava muito cansada. Cansada de tudo. E tudo o que eu precisava era dormir. Parar meus turbilhões de pensamentos por algumas horas. Eu só precisava descansar. Então depois de muito pensar eu resolvi me permitir ao descanso merecido. O quarto a meia luz, o barulho do tic tac do relógio e meus pensamentos gritantes. Mas resolvi desconectar de tudo. Fui tentando relaxar, não pensar e então devo ter conseguido. Porque quando dei por mim eu já não estava em casa, me deparei com um lugar muito escuro. Uma espécie de estrada de terra que parecia não levar a lugar nenhum. Eu não tinha opção e resolvi caminhar, mas a estrada era escura e fria e parecia nunca ter fim. Mas eu precisava continuar. Tava muito escuro e muito frio. Sentia minhas forças vitais fracas, mas ainda conseguia caminhar. Gritei por socorro mas ninguém ouvia. Era somente eu e a estrada escura e fria. Continuava caminhando, mas minhas pernas pareciam estar perdendo as forças. Nada me dava esperança que eu saíria dali. Era apenas uma estrada escura e deserta com uma garota cuja as pernas já estavam perdendo a força. Mas ainda assim diminuí os passos e continuei. A alguns quilômetros avistei uma luz fraca. Porém já era alguma coisa e isso me deu esperança para que juntasse força e caminhasse até a luz. Mas ela estava tão longe. Mas ainda sim fui tentando chegar até ela e comecei a ouvir algumas vozes. Mas não entendiam o que falavam. Juntei forças e tentei ir até ela e ela foi ficando mais forte e as vozes mais nítidas. Quando finalmente a alcancei vi que as vozes era de enfermeiros e a luz do quarto de um hospital com um médico que me tentava trazer de volta.
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lefay-morgana · 6 years
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Andando pela floresta escura, guiada apenas pelo brilho da lua e a dor que corroía meu coração ao barulho apenas dos meus passos nas folhas secas. Me questionava o que estava fazendo ali, sozinha, querendo achar um portal que me levasse para casa. Mas qual casa? De onde vim? Me sinto uma estranha no ninho vivendo no marasmo da sociedade hipócrita. Onde as pessoas não sorriem com o coração e nem amam com a alma. É tudo tão fútil, que ás vezes da vontade de vomitar toda a futilidade que a sociedade me impõe a respirar. Não há como fugir, não há para onde ir e nem se esconder debaixo da cama ou andar vagando por uma floresta escura. Cuja companhia é apenas a minha alma sombria e fria. Queria ser como as outras pessoas, mas não consigo, não sou. Tenho um lado sombrio mas ao mesmo tempo poético que espera poesias verdadeiras citadas numa noite de luar.
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lefay-morgana · 6 years
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Hoje como sempre me perguntaram se estou bem. E como sempre para evitar respostas longas disse que sim. Mas na realidade eu nunca estou bem. Eu não me sinto em casa aqui, nesse plano. É como se algo me faltasse. É como se eu estivesse aqui por engano. Queria voltar para casa! Mas qual casa, se não me sinto em casa aqui. É estranho, triste, solitário e frio. Mas talvez eu seja assim tão fria como a lâmina que rasga a pele ou tão fria como as noites de inverno.Essa sou eu!
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