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justdisappointment · 2 months ago
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Eu preciso aprender a lidar melhor com minhas emoções.
É difícil dizer isso em voz alta, mas eu sei que preciso aprender a sentir minhas emoções de uma maneira mais saudável. Acredito que o primeiro passo é me permitir vivê-las, sem pressa de empurrar pra baixo ou fingir que não estou sentindo. Aceitar que está tudo bem passar por isso, mesmo quando não é fácil.
Muitas vezes, me pego mentindo para mim mesma, dizendo que não estou sentindo o que, no fundo, sinto. Finjo que está tudo bem até que, finalmente, não dá mais. E então, aquilo que eu tentei esconder explode de uma forma intensa e incontrolável.
Eu fico reativa, porque, em muitos momentos, prefiro ferir os outros do que me ferir. Tento me proteger de qualquer maneira. E é aí que a rotina começa a se tornar um fardo. Me empilho de trabalho, numa tentativa de ocupar tanto a minha mente que, quem sabe, o mundo desapareça por um tempo. Mas não funciona. A sobrecarga só me sufoca mais.
Às vezes, me pego bebendo, como se isso fosse apagar tudo, como se o amanhã não fosse existir. No começo, parece que alivia, mas logo percebo que esse alívio é temporário. E aí, tudo volta a ser insuficiente.
Começo a me cobrar de forma cruel, esperando perfeição, até que a primeira falha acontece. E, quando isso acontece, é como se tudo perdesse o sentido. Sinto que nada mais importa, e o vazio se torna ainda mais profundo.
E é nesse vazio que, por vezes, busco algo para tentar escapar. O cigarro. Os cortes. Pequenos alívios que, na verdade, só aumentam a dor.
10.12.24
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justdisappointment · 2 months ago
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Nunca, jamais, faça o primeiro corte
Depois de alguns anos, achei que finalmente estava livre disso. Acreditei que tinha aprendido a resolver meus conflitos de maneira mais saudável. Mas, para minha surpresa, percebo que ainda estou aqui, enfrentando os mesmos desafios. A verdade é que sigo vulnerável, lidando com minhas inseguranças e tentando encontrar um equilíbrio.
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05.12.24
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justdisappointment · 2 months ago
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O Silêncio que Destrói
O silêncio de quem amamos tem um poder destruidor. Ele rouba de nós partes importantes que nos sustentam, que nos motivam a seguir em frente, a continuar vivendo. Cada palavra não dita, cada ausência, vai deixando um vazio que se torna difícil de preencher.
Nos últimos meses, tenho sentido nossa distância crescer, como se uma linha invisível estivesse sendo esticada entre nós. E, mesmo tentando entender, você insiste em justificar com o velho argumento do "cansaço".
Mas será que é realmente só isso? Três meses de cansaço, e ainda saímos juntas. Três meses de cansaço, e nos encontramos com amigos. Três meses de cansaço, e o futebol continua sendo prioridade. O cansaço parece seletivo, não? Se é cansaço, por que ele só me alcança quando estamos a sós? Quando somos apenas nós duas, o cansaço se torna a desculpa que eu não consigo mais engolir.
Eu sinto a sua falta. Sinto falta de nós, de quem éramos, de tudo o que compartilhávamos. Mas, principalmente, sinto falta de você, da pessoa que costumava estar aqui, ao meu lado, com a mesma energia, a mesma vontade de viver.
Onde fomos parar?
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justdisappointment · 3 months ago
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Eu sempre achei que a vida seria algo como os filmes de Hollywood.
Na escola, eu imaginava aqueles armários dos filmes, o namorado perfeito e as saídas com os amigos. Nessas saídas, alguém sempre com um violão, ao redor de uma fogueira ou na praia, criando aquele cenário romântico e despreocupado.
Já na vida adulta, eu me via ao lado de um homem que me daria um beijo de bom dia enquanto chamava o nome do filho mais velho para levá-lo para o colégio. Eu corria para terminar de me arrumar para o trabalho, enquanto ele ajudava a mais nova a se aprontar para a escola dela. Nossas saídas em família nos finais de semana seriam de bicicletas, com a brisa do mar e a sensação de liberdade, sempre acompanhados de risadas e sol.
Eu imaginava a vida como um grande musical, tipo High School Musical ou Mamma Mia, com muita agitação, romance, um toque de drama, mas sempre com um final feliz: um casamento, uma música e tudo se resolvendo no final.
Eu esperava que meus pais me orientassem, como na cena do Rei Leão, na música “Ciclo da Vida”, onde eles me guiariam pelo caminho, corrigindo meus erros e me ensinando o que fazer.
Mas, a vida real não é bem assim…
A realidade tem mais dor do que alegria. É mais difícil do que eu imaginava. Às vezes, a dor parece mais constante, mais pesada do que os momentos de felicidade. Não tem uma música de fundo para aliviar os percalços do dia a dia. E, ao invés de encontrar soluções fáceis e finais perfeitos, o que encontro é um processo contínuo de aprendizagem, falhas e recomeços. E, o homem que eu via nas minhas fantasias, o príncipe encantado, a figura que preenchia meus sonhos e expectativas… Bem, hoje ele não é mais um homem. Ele é uma linda mulher. A mulher que agora ocupa meu coração, que me acompanha, me apoia e me ensina a verdadeira beleza do amor, não no sentido de perfeição ou conto de fadas, mas no de aceitação, crescimento e parceria real.
A vida real é feita de instantes de luz, mas também de momentos sombrios. E, ao contrário do que eu imaginava, não há um roteiro claro, nem um final garantido. O que existe, na verdade, é a força de seguir em frente, mesmo quando tudo parece desmoronar.
E talvez, no fundo, seja isso que faça a vida ser tão única e preciosa: a capacidade de encontrar beleza, até nos dias mais difíceis, e a coragem de transformar nossas próprias histórias, sem medo de mudar os personagens e o enredo.
08.11.24
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justdisappointment · 4 months ago
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Anorexia, Automutilação e Cigarro: A Conexão da Dor Física
Entre anorexia, automutilação e o uso de cigarros, existe uma ligação profunda: a busca pela dor física. A necessidade de autopunição se manifesta constantemente. Muitas vezes, consigo prever sua chegada, mas raramente consigo evitá-la. E, ainda, me falta a habilidade de identificar os gatilhos que a desencadeiam.
A anorexia surgiu na adolescência, alimentada pela repulsa ao meu próprio corpo e pelo peso da culpa. A automutilação se apresentou na transição para a juventude, simbolizando uma luta interna contra meus desejos, repleta de vergonha. Por fim, o cigarro se tornou uma forma de enfrentar a dor do desconhecido, trazendo consigo o medo.
Descobrir quem sou, além dos traumas, gera uma onda de medo, angústia e solidão. Será que tudo o que conheço e sou é fruto dessas experiências dolorosas? Conseguirei me desprender da versão de mim mesma que conheço? Serei aceita socialmente como um novo eu? E mais importante: vou gostar desse novo eu? São tantas perguntas que me cercam, e a verdade é que ainda não estou pronta para enfrentar algumas respostas.
Embora não tenha dúvidas sobre a minha sexualidade, o peso do que vivi na igreja ainda me assombra. Mesmo não acreditando mais de forma racional, temo que a aceitação emocional ainda seja uma batalha a ser travada. Será essa mais uma parte de mim que não me pertence sem trauma?
Reconheço que carrego desejos obscuros que me causam vergonha, repulsa e nojo. A grande questão que me persegue é: esses sentimentos desaparecerão quando eu me curar dos traumas? A busca por autoconhecimento é desafiadora, mas é um caminho necessário. Espero, ao final, não apenas encontrar respostas, mas também a liberdade de ser quem realmente sou. 08.10.24
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justdisappointment · 4 months ago
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Você Voou Alto, Garota!
Sua história é uma verdadeira reviravolta que nem nas mais lindas narrativas da Disney poderia ser imaginada.
Você começou como uma criança não desejada, resultado de uma traição, e cresceu em um ambiente repleto de desafios: hospitais e lares que nunca foram realmente seus. Sofreu abusos por alguém que deveria protegê-la e, pior ainda, foi silenciada por quem deveria apoiá-la. "Shhh, foi só um errinho". Desde cedo, aprendeu a se virar sozinha, sem ninguém para lhe ensinar o básico, como usar um absorvente ou o essencial como lhe dizer que a culpa não era sua.
Como alguém completamente quebrada, prometeu que a irmã teria uma vida diferente. "Nada do que passei se repetirá com você." Aos 11 anos, a vida lhe trouxe novos desafios: a morte do pai e o alcoolismo da mãe.
As responsabilidades se acumularam. De manhã, precisava cuidar da casa, da irmã e de si mesma. À noite, buscava a mãe em bares, embriagada e envolvida em brigas. Enquanto a adolescência chegava, a pressão da responsabilidade adulta se tornava insuportável. Novos homens entraram em casa, e mais uma vez precisa se despor da criança e ser a adulta protetora; afinal, você prometeu que nada aconteceria novamente.
Lutou contra as drogas, o álcool, e enfrentou tentativas de suicídio, anorexia e automutilação. Enquanto tentava organizar o caos externo, o seu interior gritava por socorro.
Hoje, antes mesmo de completar 30 anos, celebramos uma reviravolta incrível. Formada, bem casada, com um apartamento e dois automóveis, profissionalmente estável e mantém a terapia em dia.
Minha história é um testemunho de força e resiliência, e eu não poderia estar mais orgulhosa de mim mesma. 07.10.24
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justdisappointment · 4 months ago
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Amar e Odiar: Reflexões sobre um Pai
Na sessão, a dor se fez presente. Cada frase ressoava uma verdade inegável. Odeio tudo que aconteceu e, por anos, trabalhei essa dor. Ela sempre foi o foco das minhas terapias, mas o amor que sinto por ele nunca foi realmente discutido.
Na mesma intensidade em que detesto o que aconteceu, luto contra o fato de ainda amá-lo. Recordo momentos bons — as viagens, os brinquedos, as memórias. É um tormento saber que quem me feriu foi, além de um monstro, meu pai. Falar "meu pai" dói profundamente.
Carta para meu pai:
Mesmo após 16 anos da sua morte, você permanece presente em nossas vidas. Minha família e vizinhos falam, quase diariamente, das coisas boas que você fez por eles. Isso me gera raiva, pois querer sentir orgulho de ser sua filha conflita com o fato de que você me destruiu.
Você foi o melhor genro para minha avó, sempre cuidando dela e realizando suas vontades. Contribuiu para que minha madrinha tivesse uma casa e para que meu irmão pudesse empreender, apoiando seus projetos.
Viajei por tantos lugares com você; minha mãe teve uma vida sem preocupações financeiras. Eu desfrutei dos melhores e mais caros brinquedos. Muitas vezes, penso que, se você não tivesse partido, poderia ter seguido uma carreira em engenharia civil ou de produção, influenciada por você.
Você teria me dado meu primeiro carro, meu primeiro apartamento. Essas memórias, tão bonitas, são um lembrete constante do conflito que vivo. É um conflito que persiste, entre amor e dor. O amor que sinto por você se entrelaça com a dor, criando um espaço onde a saudade e a revolta coexistem. Aprendi que é possível amar e odiar ao mesmo tempo, e que essa complexidade é parte da minha jornada. O desafio agora é encontrar paz nesse paradoxo, buscando a cura sem deixar que o passado defina meu presente. 04.10.24
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justdisappointment · 4 months ago
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Eles estão de volta
A sensação é familiar: o nó na garganta, o aperto no peito, e as lágrimas que teimam em escorrer. Em meus fones, uma música toca, e suas letras parecem traduzir exatamente o que estou sentindo.
Junto com as lágrimas, uma onda de desânimo se instala, fazendo com que a vontade de viver pareça distante. Em um instante, somos confrontados com a escolha angustiante entre sobreviver e simplesmente existir. 27.09.24
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justdisappointment · 4 months ago
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Às vezes eu me isolo para ter a liberdade de estar triste, pois é cansativa essa obrigação de forçar sorrisos pra não constranger ninguém.
- Érica Nadotti
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justdisappointment · 4 months ago
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justdisappointment · 9 months ago
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eu tô cuidado dessas flores desde o dia que você me deu. Tô dando meu máximo, meu tudo para mantê-las viva, na esperança de nascer outras.
Quando eu te dei, nem do plástico você tirou
este texto não é só sobre a flor
25.04.24
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justdisappointment · 9 months ago
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A dor que não foi dita ...
O dia está meio nublado hoje, aliás, a semana está. O choro não estava nem entalado. Não esperava ele naquele momento.
São tantos sentimentos, tantos pensamentos que é difícil de nomear e organizar. Ao me questionar o que se passava na minha mente enquanto o choro acontecia, eu não conseguia falar. Vergonha, medo (de mim mesma, é claro) ficavam ecoando e me travando. E foi completamente contraditório, porque me sinto em um lugar completamente seguro a ponto de chorar. - "você não pode se sentir cansada. você não está fazendo nada." - "você não é casada? como que está se sentindo sozinha?" esses foram uns dos pensamentos que existiram. Mas o maior deles era: -"você está tão perdida!"
E a real é que me sinto muito assim. E acredito que tenha ficado evidente porque semana passada eu estava EXAUSTA de só sobreviver. De pagar contas, de ser responsável ao ponto de mesmo podendo, o "mas e se" dominava. Eu tô perdida em mim mesma. Perdida em quem sou, no que quero, no que posso. Perdida a ponto de não saber nem o que estou procurando; será uma saída? Um lugar? Uma pessoa? Eu sinto que tô apenas sobrevivendo, sem rumo, sem propósito. Apenas tô aqui!
25.04.24
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justdisappointment · 2 years ago
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justdisappointment · 2 years ago
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Eu tô tentando, eu juro.
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justdisappointment · 2 years ago
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Oi irmão .. você foi embora antes do "rolê" terminar. Nem se despediu e, por isso, nem pude dizer "Te amo. Vai com Deus".
Eu sei o quão pesado é este "rolê" aqui. Sei que você decidiu ir embora antes da hora, porque não aguentava mais. Tava exausto. Cansado. Machucado. Sei também que a ideia não era ir embora definitivo, queria na verdade, um tempo dele. Mas a real, é que não temos essa opção.
Quero te dizer, irmão, é que tá tudo bem! Entendo seu cansaço, sua dor e sua decisão de ir embora. Não estava pronta pra continuar esse "rolê" sem você, mas pode deixar que vou dar o meu melhor.
Vou ficar de olho na meninas por você. Também vou cuidar do maninho, da minha mãe e da Vó. Eu te amo, irmãozinho.
Descansa bastante agora. E um dia estaremos juntos de novo.
02.10.2022
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justdisappointment · 3 years ago
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Tô cansada de morrer todas as noites e ter que levantar todas as manhãs.
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justdisappointment · 4 years ago
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Quem dera eu se houvesse um suicídio que só matasse a dor e deixasse a vida.
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