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Somente de ter a presença de Elinor ali com ela, é como sentir um peso sendo retirado de si. Devido a idade do filho mais velho, a responsabilidade de Bourbon é de Adelaide e ela não pode se deixar aos sentimentos que tem. É seu dever como viúva e mãe do duque cuidar para que ele tenha uma vida longa em seu ducado. O toque leve a faz respirar fundo, olha de soslaio para as mãos e deixa com que um sorriso casto escape os lábios. Por menor que fosse, era reconfortante, e as palavras dadas pela rainha são vistas com bons olhos por ela - sempre entendeu o papel de ambas ali, e mesmo que haja carinho de uma amizade de anos, não há espaço para tantas informalidades. "Eu sei que posso contar com você, e sou eternamente grata por isso." Coloca o chá sobre a mesa em frente a elas, e põe a palma sobre a da rainha, levemente a apertando antes de voltar a posição no próprio colo.
A menção da família real faz com que Adelaide sorria um pouco mais aberto, realmente interessada no cotidiano de Elinor. "Não há nenhuma estranheza no seu relato. Quando somos jovens, queremos nos distanciar da figura dos nossos pais e quando crescemos... começamos a entendê-los, de certa forma." Apesar de não ter sido das mais rebeldes, Adelaide não havia sido fã do próprio casamento arranjado e se lembra de certas brigas que teve com os pais antes de firmar o compromisso formal. "Tenho certeza que logo se entenderam, conforme ela for amadurecendo." Fala com convicção, pois sabe que Elinor é a melhor mãe que pode ser.
"Dos meus filhos, Berlioz é o que mais se aproxima dessa descrição. Sem a obrigação do título, é mais rebelde. Mas é engraçado, como mesmo em meio a essas adversidades, não os amamos menos." Mesmo em circunstâncias desfavoráveis, conseguiu encontrar em Henry um amigo e ele lhe deu o melhor dos presentes: seus filhos. Não poderia, portanto, dizer que não foi feliz seu casamento.
A expressão solene em seu rosto se aprofunda, um pouco mais séria. O dever de uma mãe não tem fim, e embora Elinor agradeça por não saber como é isso em primeira mão, é fácil de deduzir que tal dever se ganharia toneladas de peso sobre os ombros daquela que agora teria de fazê-lo sozinha. E, sempre, pensando nos filhos ao invés de si mesma. Como evitar sentir o coração quebrar diante dessa afirmação? Como lutar contra a vontade de segurar a mão de sua amiga e lhe dizer que está tudo bem se preocupar consigo mesma?
Tomando a xícara oferecida, propositalmente toca a mão de Adelaide ao segurar a porcelana, atenta ao seu rosto. “Por favor, Addie, se você precisar de qualquer coisa, qualquer ajuda, eu espero que você me chame. Dia ou noite.” Apesar do teor de súplica em suas palavras, seu tom fora assertivo. Não é um pedido ou até uma mera sugestão, é uma ordem. Não posso deixá-la passar por isso sozinha. Não posso. Não vou. Beberica um pouco do chá, enfim quebrando o contato visual.
Como se para si mesma, Elinor sorri diante da menção de sua agenda como rainha. Desde o nascimento dos trigêmeos, Fergus tem abraçado seu lado paternal a tal ponto que mais parece um dos meninos e isso resulta em um monte de trabalho extra para Elinor. Ela não se importa, gosta de ser a face de Dunbroch, é só que de vez em quando seria agradável não ser quem apaga todos os incêndios do reino. “Os gêmeos só crescem e dão mais trabalho. Merida... é complexa e complicada. É estranho que eu sinta no meu peito o aumento da distância dela comigo, como se existisse uma corda que começa em mim e termina nela, e ela constantemente tenta cortá-la?” Só usa a analogia da corda em sua cabeça, e muitas vezes a acha errônea; teria uma forma menos controladora de descrever sua relação com a menina?
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Ri com a lembrança, deliciando-se com a memória compartilhada. A construção daquele relacionamento realmente era incomum, mas Raya via como necessário para que pudessem chegar a aquele momento. "Não te culpo. Você era até uma gracinha quando criança mas virou uma adulta insuportável..." Diz em tom jocoso, o sorriso ladino aparentando na face de Raya. Tiveram um começo bem complicado e era fato que se odiavam com todas as forças. "... até que deixou de ser tão insuportável assim." A olha com amor, todo amor que tinha e conhecia. Brinca, mas sabe que Namaari sabe da sua devoção, e é isso que importa.
"Você é meu maior presente do destino." Murmura em resposta a declaração, franzindo o nariz. Encosta a cabeça no ombro alheio, respira fundo e olha a festa que ocorre a frente delas. "É engraçado pensar que nos reencontramos e se tornou... isso. Se não formos escritas nas estrelas, vou ficar muito chateada." A olha pelo canto do olho, mas sem se mover. "Será se essa festa vai durar até amanhã de manhã?"
Se tudo em sua vida havia sido uma coleção de acontecimentos para trazê-la bem ali, Namaari não ficaria com raiva. Pelo contrário, agradeceria aos dragões por todas as aventuras, todas as feridas mas, principalmente, agradeceria por Raya. Mesmo que o início tenha sido montanhoso, elas parecem ter encontrado uma pista plana por onde caminhar juntas - ao menos por hora.
A herdeira de Fang sorri e entrelaça a cintura de sua esposa, lhe trazendo para perto. A cantoria de Sisu é trágica, porém bem-vinda, e ela balança o corpo modestamente de um lado para o outro: não é lá a maior dançarina do mundo, ou a de demonstrar o que se passa por baixo da superfície com facilidade, mas sempre tentaria ir um pouquinho mais longe por Raya.
Todo seu peito se aquece ao ser chamada de esposa, os lábios tomando ainda mais espaço em seu rosto contente e os olhos fechados para melhor sentir o carinho alheio. “Eu estou pensando em como não vi no momento em que nos conhecemos que um dia chegaríamos aqui.” Sua fala é reticente, vagarosa, como alguém que ainda está no mundo das memórias. “Hoje, especialmente hoje, parece tão claro que nosso futuro seria esse... E eu não poderia estar mais feliz com esse presente do destino. Ele me deu você.” No meio da desolação do povo, a guerra entre os grupos de Kumandra, o egoísmo e a solidão... até mesmo as expectativas de sua mãe para si. Elas conseguiriam olhar adiante e acima de tudo e como não estar feliz com o resultado? Pode não se enganar e achar que esse é o final de suas dificuldades, mas certamente é sua pausa preferida.
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Chaewon até tinha deixado claro, completamente, mas Aejung custava a acreditar que aquele pedido era verdadeiro. Por várias razões para além do término, como o simples fato de que terminaram por sua causa. Como ela, a razão do término, poderia ser uma solução naquele cenário dado pela outra? Realmente pondera o não, e ele é extremamente forte, mas algo a desmonta. Algo não, claro, alguém. Podia se passar dias sem vê-la, mas se o pensamento no seu rosto já a atinge, como não iria sentir pesar no coração ao vê-la assim acanhada pessoalmente? Principalmente porque, aquilo não era ela.
Respira fundo, comprime os lábios. Devia o olhar por alguns segundos, não procurando um foco propriamente dito, mas apenas para tentar se recompor diante daquela cena. "Você acha que consegue? Fingir que... ainda gosta de mim?" E volta as orbes para ela. "Acredita que eles irão ficar feliz em te ver com alguém como... como eu?" Indaga com a voz séria - pensa, imagina em como eles reagiriam ao ver alguém tão... tão sem graça como Aejung ao lado de alguém tão iluminado quanto Chaewon.
“Ah... é. Então... acho que não deixei claro, mas... uhm...” Chaewon sorri, seu otimismo quase desmoronando por um instante bem ali na mesa. “A gente ia ter que fingir que ainda estamos juntas.” E é isso. O momento em que Aejung começa a rir da sua cara ou, pior, se levanta e vai embora. Seria tarde demais reiterar o quanto sabe que essa ideia é insana, que muito provavelmente não vai dar certo, que as chances dos seus pais perceberem a mentira é enorme, imediata? Mas também tem a chance de que não vão notar, que o pai vai estar muito ocupado sendo felicitado pelos vizinhos, a mãe vai estar na cozinha preparando o almoço e o jantar com ajuda de suas tias e talvez, só talvez, eles vejam como Chaewon olha para a suposta namorada e vejam... amor? “Vou entender se você quiser ir embora agora.”
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O afastamento é visto como um alívio para a loira e ela torce que essa interação completamente esquisita acabe logo. Mas não acaba, com Hana continuando a falar e Marie continuando a sorrir, fingindo normalidade. Talvez fosse mais 'normal', agora que já tinha se passado um tempo desde a última vez que se viram. Ali, naquela época, ainda existiam muitos sentimentos confusos e muita, mais muita, mágoa da parte da Bonfamille. "Acho que daqui a alguns minutos..." Entreolha para o staff do dia, muito ocupados em seus ofícios e sem parecer dar a devida atenção a modelo. Mas sabia, com a maquiagem pronta, seria questão de tempo para lhe chamarem.
O créscimo de Hana faz com que Marie a olhe novamente, piscando algumas vezes enquanto processa o que ela acabou de falar. Companhia. Nem sabia mais o que era isso - depois do termino, tudo que a gata faz é trabalhar para preencher a mente e, mesmo achando que tinha perdoado a outra, pondera se aquilo de fato era verdade - estar a sua frente fazia com que ela se sentisse confusa novamente, mesmo que não sinta mais tanta raiva assim. "Você não tem outro compromisso?" Pergunta sem querer soar rude, a voz é adocicada e a dúvida é genuína - porque pensa que qualquer coisa para Hana seja mais interessante que ficar ali na companhia da ex-namorada.
Impossível não perceber a forma como seu gesto mexeu com Marie, assim como foi também impossível não deixar os olhos arregalarem só por um segundo ao notar. O rubor no rosto claro, acentuado pelos cabelos loiros, uma visão que não tinha faz um bom tempo e da qual, pelo visto, sentia falta. Hana não se afasta de imediato, mas se afasta eventualmente, retraindo a mão de volta para si, mordendo o interior da bochecha.
“Não tenho como discordar de você nesse assunto”, responde ao elogio, com um meio sorriso estampando seu rosto. Poderia receber um bilhão de elogios por dia, os de Marie sempre se destacariam como seus favoritos. Pena que não os recebe diariamente como antes, a realidade atual é totalmente contrária. “Você já vai começar a fotografar?” De onde veio essa falta de vergonha na cara? “Digo, se tiver tempo pra matar... de repente eu posso te fazer companhia um pouquinho.” Ou iria embora com o pior e mais violento não que alguém poderia receber na vida, mas hey pelo menos tentou.
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Sorri de forma ladina com o que acredita ser um elogio, dando de ombros. Sempre ouviu aquilo de quem permitia dar alguma atenção de fato - mesmo que isso fosse praticamente incomum e raro. Mas, de alguma forma, Seraphine havia conseguido essa proeza. E Kitty sentia que aquilo poderia ser a melhor das coisas ou, simplesmente, o seu fim.
Com a outra sentada ao seu lado, aproxima mais o banco dela, e passa o braço sutilmente por detrás da mais velha. Não a toca realmente, mas o faz em um instinto de proteção a ela. Imagina que ela não precise de tal proteção, visto que Sera era bem habilidosa, mas é mais forte que ela, e olha para atrás apenas para observar o ambiente antes de voltar sua atenção a ela. "Touché." Gargalha um tanto alto. "Não sei se divertida seria a palavra certa. Mas estou falando sério. E estou bem agora, depois de ter sido salva por minha heroina." Fala bem próxima a ela, devido ao som. "Mas então, como está a minha pessoa favorita?" Afasta-se, para olhar seu rosto e suas expressões, que tanto gostava, mesmo que se perguntasse quanto tempo duraria até não se verem mais. Pois sabia, era sempre assim. Aproveita, também, e pega sua dose, virando-a sem cerimonias.
Gargalha novamente, batendo com força o copo no balcão de madeira, fazendo um gesto com a mão para que Kleri trouxesse mais uma dose. Encosta o cotovelo no mesmo, e apoia a cabeça na mão, mirando as orbes castanhas para a outra. "Só se eu estiver com algum machucado. No mais, eu te protejo. Sou uma mulher muito forte." Exibe o músculo do braço livre, o sorriso mais fácil na face.
Seraphine faz com que seu sorriso desapareça à força, sem querer incentivar aquele tipo de comportamento. Por algum motivo, sua vida parece ser toda com ela cercada de pessoas que se põe em perigo não importa para onde olhe. E é de certa forma desconfortável porque imediatamente pensa no seu coração quebrado, as memórias embaralhadas; ao mesmo tempo, porém, vê todo aquele atrevimento e coragem nos lábios de Catarina e tudo o que quer é morar na curva daquele sorriso sem-vergonha. “Você é impossível.” O que faz é somente respirar fundo, se preparando para ser acertada pelo peso do barulho assim que passam por aquela porta.
Incômodo nem começa a descrever, mas fez uma promessa. Senta-se no local indicado, arrumando as luvas em suas mãos de forma meio inconsciente. Ainda não se acostumou com a diferença entre quem era antes e quem era agora porque não consegue entender como é possível que ser completa pode lhe trazer mais pavor do que quando era só uma mão correndo sem freios por entre as pernas dos outros. “É complicado de encontrar espaço para te atualizar sobre a minha vida pessoal enquanto tento impedir sua possível hemorragia.” Ser ouvida acima das outras conversas é difícil, mas não impossível. Fica atenta aos arredores, a coluna bastante ereta e as mãos descansando no colo. “Não tenho muito sobre o que falar. Sua vida é certamente bem mais divertida que a minha.” Se conhecem há relativamente pouco tempo. Como vai falar que vive confusa com as ondas de memórias que invadem sua cabeça todo dia, ou como planeja desistir de tudo, fechar a escola de arco e flecha e ir atrás de colorir os espaços em branco da pintura que é sua vida?
Pega a bebida e olha a cor dela por um tempo, próximo ao seu rosto - o cheiro forte o bastante para lhe fazer rir. “Eu deveria ficar preocupada que você bebe isso como se fosse água?” Muda o destino da conversa (e de seu humor) para um mais leve. “Tenho a sensação de que só isso já é o suficiente para me embriagar.”
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Retira a mão do ombro da madrinha, e a observa se movimentar gradativamente para lhe dar espaço. Engole em seco, respira fundo, e fica na mesma posição de Fearne. Agora, não tinha os olhos do coelho que está no tronco a sua frente, sentindo o olhos piscar ligeiramente mais rápido. Você precisa se focar, Aurora, pensava. Não demora para estender os braços na direção do pequeno animal, os dedos finos se posicionando a uma distância aceitável do pequeno corpo. "Você é um pequeno guerreiro." Disse em um tom doce, inclinando a cabeça levemente. Aquele animal, tão minúsculo e que tentava a todo custo sobreviver, era com certeza mais corajoso que Aurora. "Vamos acabar com esse sofrimento."
Pensa nele, e pensa no que deseja. Quer apenas que aquele sofrimento acabe, e que possa viver em alegria e paz. Aurora fecha os olhos, respirando fundo novamente. Com as mãos ainda sobre o pequeno coelho, sente algo, mas não se atreve a abrir as orbes castanhas. Concentrada demais, deixa com que todos os sentimentos bons que tenha em mente saiam pela palma, e fica naquela posição pelo tempo que acha necessário. Ouve, então, o seu arredor. As folhas, o vento, os outros animais. O pequeno coelho, perto de si, começa a se silenciar, gradativamente não emitindo mais aquele som de dor que a loira ouviu anteriormente.
Por fim, ela abre os olhos, e o vê. Sem sangue, e sem estar mais estendido no tronco. O olhar curioso do animal para com elas é engraçado, e fofo, e Aurora enfim tira as mãos de cima do pequeno animal, olhando de soslaio para a madrinha em busca de algo que nem ela sabia ao certo o que seria dela.
Toda sua sensação de total e absoluto fracasso foi pela janela quando ouviu aquelas palavras saírem de Aurora. Poderia sair saltitando naquele mesmo instante - e se orgulhou do próprio caminho já andado até aqui em relação aos seus poderes, porque quando mais jovem teria certamente perdido o controle e virado uns cinco animais diferentes só pela felicidade.
Fearne sorri e levanta as mãos do coelho, porém não sai de perto da mesa. Tem pernas fortes o bastante para se aguentar naquela posição, e gosta de ficar naquela altura... não que esteja esperando nada ir errado, pelo contrário. “You got this,” ela sussurra para a afilhada, esperando, literalmente, a mágica acontecer.
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Revira os olhos novamente, e respira fundo. Se fosse alguém de natureza mais leve, até teria soltado alguma risada com o comentário. Tem um quê de jocosidade a ideia de que poderia perder a vida por conta de uma noite com um civil, mas sabe no fundo que Lux tem razão. E odeia isso, profundamente. "Pode ter certeza que minha devoção é completamente sua." Murmura, observando o caminho com cautela enquanto a segue para colocar as caixas que tinha em mãos no depósito. Desorganizada como era, não questiona o local, e apenas aceita, antes de voltar para a sala para pegar outros caixotes.
"Não tenho interesse nele ou em qualquer um, as a matter of fact." Não admitiria nunca, mas se fosse para dizer quem faria seu tipo, infelizmente Lux se aproximava mais do que aquele velho de mais cedo. Que, só de pensar nele, se lembra que prometeram jantar na casa dele mais tarde. "Só de pensar que vamos ter que ir lá... e eu que achei que íamos ter algum descanso antes de amanhã." Suspira, e pega mais duas caixas. "Onde quer que eu coloque?" Se detestam? Sim, mas Yasmine também sabe ser profissional - e não admitiria de forma direta que sua organização era péssima.
Sob qualquer outra situação, teria sido bem fácil (bem-vindo, até) permanecer no raio de humor que estava durante o caminho até a casa. Às vezes é exaustivo estar sempre ligada, embora lhe traga muito mais leveza, e seria bom poder se deixar afogar na negatividade e nas memórias ruins por algumas horas. Talvez. No entanto, está com Yasmine pela primeira vez desde nem-sabe-quando, logo, deixar a oportunidade de aproveitar a presença alheia é bem pior do que se negar seus próprios sentimentos. Isso e o detalhe que estão no início de uma missão high profile. É claro.
Lux praticamente se desmonta num instante, suas partes todas perdendo os parafusos e ela se tornando nada mais que uma pilha de componentes desorganizados. A interface traduz aquilo num sorriso torto, sem força alguma, que parece se fixar nos cantos de seus lábios enquanto os olhos traçam o caminho até os lábios que lhe provocavam onde ficam por pouco tempo, visto que algum sistema de emergência logo se ativa e muda o destino da sua visão para as caixas empilhadas nos braços da morena. “É bom que sua atenção seja toda minha. Já vi agentes parceiros morrerem por menos que isso.” Lux pega uma só caixa, a com cara de mais leve. “Mas se você for tentar algo com algum vizinho, talvez a gente deva ter algum sinal, tipo colocar uma meia na porta para avisar que você está... ocupada.” Tenta não soar decepcionada demais enquanto leva a caixa para um quarto escuro do térreo.
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A movimentação do lado de fora da casa alardea Liz no momento em que ouve algo pequeno sendo jogado contra a janela do pequeno quarto. O sono leve, devido aos anos iniciais dos irmãos, se tornou seu comum. Ainda sonolenta, porém, demora para perceber que de fato é uma ação voluntária que ocorre, olhando por entre o vidro embaçado uma figura do lado de fora. Uma figura do lado de fora?
Coça a cabeça, e abre uma fresta da janela, apenas para ver a figura de Cassie se formar diante dos seus olhos. "Ca-Cassie? O que... o que você tá fazendo aqui? A essa hora?" A voz é baixa enquanto abre mais o vidro, franzindo o cenho. Sabia que a outra era mais solta que ela, e até tiveram vezes em que estava na rua naquele horário - mas nunca a noite se iniciava na madrugada. "Tá tudo bem?" O primeiro instinto é se preocupar, olhando a falta de movimentação no bairro silencioso. "Não é perigoso estar na rua a essa hora, sozinha?"
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É cerca de uma da manhã quando Cassie encontra uma pedrinha no jardim da casa de Elizabeth e a lança contra a janela da amiga que muito provavelmente deveria estar dormindo. Engraçado pensar como que terminaram próximas assim, quando são como água e vinho - Cassandra nunca ouviu falar em curfew em toda sua vida, enquanto Elizabeth... bom, ela deve ter pais mais controladores.
Quando não vê movimentação após uns dez segundos, repete a ação, jogando outra pedrinha contra a janela no primeiro andar. Chamaria pelo nome dela, mas isso provavelmente resultaria no despertar dos pais da amiga e ninguém quer isso, então olhou ao redor, vendo seu carro velho estacionado algumas casas atrás e a rua completamente deserta, toda apagada. Joga outra pedrinha.
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Naquela altura, o álcool que percorria as veias de Eleonor com certeza eram maiores que o próprio sangue. Não está bêbada o suficiente para perder a noção de fato, mas sabe que mais alguns drinks e ela precisaria voltar correndo para casa. Não comemora nada em particular, e se for analisar internamente, até poderia dizer que estava cansada demais devido a rotina de testes e mais testes, mas sentia que precisava de cerveja e alguma música de cunho superficial. Ficar em casa também era bom, mas às vezes pensava que devia se permitir viver um pouco mais além das paredes do pequeno apartamento.
Suspira, o corpo dançando no ritmo daquela música que tocava no fundo do pub. Estava até cheio o local, mas ela não se importava - não incomodava ninguém e estava no próprio compasso. Ouve uma voz próxima, e se assusta, abrindo os olhos para encontrar um par de lindos olhos claros a fitando - será se eram verdes ou castanhos claros? Com aquela iluminação, não saberia dizer. Sorri com a proposta, e estende uma das mãos para a mulher a sua frente sem dizer nada, apenas se aproximando e tentando entrar em sintonia com a mesma.
Não sabe quanto tempo ficam ali, Eleonor não buscando quebrar o contato visual, apenas em momentos estratégicos, até a música começar a mudar para algo mais lento e ela naturalmente colocar os braços sobre os ombros alheios. "Gostei da atitude." Murmura ao pé do ouvido alheio - o som era mais tranquilo, mas ainda alto se considerar que estavam perto demais da caixa de som. "Mas suas amigas não tiram os olhos daqui desde o momento que veio me chamar pra dançar." Afasta-se para olhar a desconhecida, agora perto o suficiente para poder analisar as feições. "Devo me preocupar?"
with @julicttc
flashback.
EDM nunca foi seu tipo favorito de música mas Narin não se incomoda. Não quando estão celebrando. Nessas horas, o tempo pode estar chuvoso, o trânsito pode ser um pesadelo e mesmo assim nada faz com que seu ânimo caia. Então pouco se importa com a música praticamente sem vocal, as batidas intensas ou a quantidade de gente ao redor. É só olhar para o lado que vê uma de suas companheiras dançando, rindo, sendo cantada por algum cara sem noção ou entornando shots no bar.
A melhor parte é que nem sequer venceram a partida. Acabou num 3x1 amargo, e por isso a celebração. No final do dia, elas sabem que deram o seu melhor, logo, merecem uma boate com DJ ao vivo no centro de Londres, muita bebida e diversão. Há, é claro, aquelas que não estão num clima tão festeiro assim.
Seguindo as cabeças das outras jogadoras, sua vista foi levada até o centro da pista de dança, onde uma cena ridícula se passava: bem abaixo de um dos holofotes dançava uma mulher. Deveria ter idade semelhante a sua e seus movimentos pareciam ditar os movimentos do universo. Narin sentiu como se fosse uma onda sendo empurrada para a praia, ou um pedaço de metal sendo puxado para baixo daquela luz toda - sem opção de resistência. Logo estava de frente com ela, sem entender o que tinha acontecido, mas certa de que estava onde deveria estar. “Uma dança com uma desconhecida?”
#♡ 𝐦𝐮𝐬𝐞: eleonor cunningham#♡ 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐧𝐞𝐫: ash#gostei do turno mia vida vc escreve lindamente lets marry#n sei tu mas eu as amo
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O riso de Birdwell é modesto, baixo - diferente do de Fearne. Assente a pergunta feita, mesmo sabendo que provavelmente era retórica. Era engraçado o contraste entre elas, e os pensamentos de Ayara se focam ao fato de que isso nunca a incomodou. A jovialidade que a outra emanava era revigorante, e a tirava um pouco daquela monotonia e seriedade ao qual era acostumada a viver. "São seus olhos." Não é acostumada a elogios, ou qualquer contato assim com outros adultos, e sua relação com as crianças era diferente, sabia. "Você também é muito bonita, Fearne." A voz era mais doce que anteriormente, e ela sorri.
"Vamos entrar, então?" Com a distância agora considerada entre elas, Ayara levanta a mão e indica o caminho para a outra, na intenção que entrasse no refeitório, que estava a frente das mesas que anteriormente as crianças estavam construindo as casinhas de gengibre. "Vou preparar um café quentinho, e tem alguns biscoitinhos de passas que fiz. Receita de família." Fala um tanto orgulhosa, enquanto entram na cabana que estava mais quente que o lado de fora. Teria feito a atividade ali, se Tipo não tivesse feito um pequeno motim e convencido a todos que era mais divertido ficar do lado de fora na neve. Apressa-se para pegar uma panela para esquentar água, enquanto arruma o filtro e coloca o pó no mesmo. "Pode se sentar, é simples o local, mas é confortável. Gostaria dos biscoitinhos agora ou só com o café?" Se vira, um pequeno sorriso na face.
Que aquele beijo minúsculo demorou um milhão de anos foi impressão, não foi? Independente da resposta, assim que Ayara se afastou, Fearne ainda sentia o toque dela em sua bochecha — como se ondas e mais ondas de energia pulsassem começando daquele exato ponto e se espalhassem pelo seu corpo inteiro e a loira nunca se sentiu tão pequena. Ou tão grande. Era como um universo inteiro expandindo e contraindo, até se dar conta que eram apenas as batidas do seu coração, num compasso mais forte que nunca. Ela ri e se afasta só um pouquinho, o bastante para ver o rosto da outra.
“Sou, né?” A risada volta, o volume um pouquinho mais alto. Estava em pânico achando que seria rejeitada, que todas aquelas brincadeiras dos últimos meses não passavam apenas de brincadeiras, logo o alívio de ser correspondida tirou tanto peso de cima de si que poderia sair flutuando agora mesmo. Mas não. Segura-se firme no chão. Olha nos olhos de Ayara. “E você é realmente muito bonita.” O pensamento sai em voz alta e Fearne nem percebe, ou não se importa, apenas se afasta mais um pouco e coloca as mãos nas bochechas, sentindo o tanto de calor nelas. “Vamos tomar aquele café?”
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Gabriel ri da forma como a outra o responde, porque é divertido para ele aquele jogo de provocações que fazem praticamente toda vez que se veem no set - o que acontecia com muita frequência. Os passos lentos em sua direção se param, e ele sente a respiração de Deirdre na face. A encara em um questionamento silencioso do por quê de estar ali, tão próximo a ela. Sabe que não é por falta de vontade de ter um carinho mais íntimo com ele, via como ela o olhava quando achava que não estava sendo observada, mas duvidava que aquilo ocorreria naquele instante. Ou em qualquer um, se fosse ser bem sincero. Rigby era teimosa, afinal.
Sorri ao perceber a movimentação, e penda a cabeça para o lado com uma expressão despreocupada. "Nunca é perda de tempo dar atenção para uma mulher, Rigby. Principalmente quando se trata de você." A voz rouca, baixa devido a proximidade, sai dos lábios de Fraser. Não mente, mas também entende a complexidade da relação entre eles. "Por que você acredita tanto que será apenas mais uma?" Indaga, arqueando a sobrancelha esquerda. Não sai da posição, e apenas levanta a palma para colocar uma mecha de cabelo atrás da orelha alheia. "Se você se permitisse, tenho certeza que não se arrependeria. Eu sei que eu nunca me arrependeria."
“A resposta continua sendo não, Fraser.” A voz monótona, quase entediada, enquanto sua atenção estava em outro ponto já que faz questão de esperar que ele chegue perto de si, por mais que deteste a lentidão e sentisse que Gabriel faz isso de propósito só para lhe provocar. De fato, tudo o que ele faz parece ser minuciosamente calculado de forma a causar o máximo de dano possível em Deirdre que, no momento, apenas respira fundo. Faltando um passo para ficarem perto demais, ela mesma vence o espaço entre os dois, seus pés diretamente na frente aos dele.
E foi uma péssima ideia. Ele deve ter sangue quente correndo pelas veias pois ela poderia jurar estar sendo acertada pela temperatura do corpo alheio, desconcentrando-a por pouco mais que um instante, mas o bastante para um olho bem treinado enxergar - e ambos são muito bem treinados. Rigby limpa a garganta. “Você está perdendo tempo comigo. Sabe disso, não é?” Ser vocal ajuda a controlar o que quer que esteja derretendo dentro de si, a fim de fixar-se nos olhos dele e se segurar antes que se afogue. Sim, são azuis. Como a inundação de planos e vontade subindo e subindo por toda sua altura, logo tirando sua capacidade de respirar. “Eu não vou ser mais uma das suas conquistas.”
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"E quando reclamar, só vou soltar um 'foi você quem me escolheu'." Alex gargalha com o comentário em conjunto a Georgiana, assentindo. Ouvir as palavras da ruiva direcionadas a si é tão romântico, que a morena até se questiona se a vida que vive hoje ao lado dela é realidade ou um sonho perfeito. O que, caso seja o último, ela espera nunca acordar. "Olha lá, ein, se eu ficar feia e você ousar dizer que eu não sou o ser mais lindo do universo, vai ter briga." Fez uma pequena careta, acompanhando os passos dados pela outra, observando que logo estão chegando perto do restaurante.
trigger warning: acidente
Nota que, para chegar no restaurante, ainda é preciso atravessar uma faixa de pedestre. Desenrola-se do abraço lateral de Georgiana quando o olho capta um brilho diferente na rua, e antes de atravessar em passos mais apressados, olha para os dois lados e se direciona ao que ela logo perceber ser uma moeda. "Georgie, uma moeda da sorte!" Sabe que pode soar meio infantil, mas se sentia tão feliz ao lado da namorada que se permitia momentos mais descontraídos e até mesmo menos maduros. Ao pegar a moeda e se virar com um sorriso para a outra, porém, é questão de segundos para que Alex sinta o impacto de algo em alta velocidade com seu corpo, perdendo a noção de tudo que estava acontecendo naquele momento e simplesmente apagando.
final do trigger warning
Foi como se Alex tivesse lido sua mente, percebendo que precisava relaxar um pouco, e veio com aquele combo no seu ombro, fazendo com que as borboletas no estômago de Georgiana despertassem e começassem a voar feito loucas de um lado pro outro. Será que deveria ter vergonha de ainda se sentir assim mesmo depois de tanto tempo namorando ela? Em parte parece ser idiota demais, enquanto por outro lado é viciada nisso e adora todas as vezes em que as ações mais simples do mundo advindas de Alex lhe causam esse rebuliço. Ela aguenta tudo calada, segurando um sorriso para si mesma.
“É bom que você está me avisando logo, assim não posso falar que não sabia que casei com uma reclamona.” Georgiana ri, entrelaçando seus dedos aos alheios e puxando as costas da mão que segurava para deixar um beijo ali. “Eu prometo que vou te amar pra sempre, durante todos os dias da minha vida, até que nós duas fiquemos velhas e enrugadas, e até eu morrer. Mas nunca vou te amar quando você ficar feia porque isso não vai acontecer.” Ela deixa outro beijo na mão de Alexandra, selando sua promessa. Pode ter sido tudo como uma piada, mas Debenham tem certeza absoluta de suas palavras, acredita nelas e sabe que são a mais pura verdade. Apressa o passo quando percebem que já estão quase na porta do restaurante.
#♡ 𝐦𝐮𝐬𝐞: alexandra muller#♡ 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐧𝐞𝐫: ash#eu sofro toda vez que lembro delas#it is the moment ~cries~
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Jack sabia que o Halloween ainda estava distante, mas isso nunca o impediu de se preparar para o evento. Mesmo que fosse, por muitas vezes, avoado e um tanto inconsequente, quando se tratava da sua festividade, ele podia até ser um pouco metódico. Não o suficiente, claro. Estava ouvindo algumas sugestões dos cidadãos de Halloweentown com concentração, e anotava tudo que achava que poderia ser relevante e inovador para o novo ano que se aproximava.
Assim, mal percebeu a presença de Sally até que ela de fato estivesse perto o suficiente. Observa a reação dos outros cidadãos e ao se virar, dá o maior sorriso ao ver o rosto da boneca. Poderiam se passar milénios, mas talvez nunca haveria criatura que mais tivesse o respeito e admiração do esqueleto que a ruiva. Ele só, talvez, não fosse bom em demonstrar isso. "Sally!" Exclama, e discretamente se afasta dos outros que estavam perto de si com um aceno em dispensa a eles. "Você nunca atrapalha meu caminho!" Libera uma mão, colocando-a sutilmente por detrás do corpo da ruiva, começando a caminhar sem um rumo específico. "A que devo a honra? Faz certo tempo que não a vejo! Como está o doutor?" A enche de perguntas, como de praxe, respirando fundo o ar da cidade. "E o que faz aqui? O que vamos buscar hoje?"
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Uma das poucas oportunidades que Sally tem de sair sem ser acompanhada por seu criador é quando o mesmo está preso em seu laboratório, criando algo novo e excitante, e precisa urgentemente de algum componente, peça ou ingrediente para completar sua ideia, fazendo assim com que ela vá para a cidade, lhe oferecendo uma faísca de felicidade, a qual ela tenta ao máximo esconder pois se transparecer que gosta da ideia, ele decerto lhe proibiria de deixar a torre.
Com uma cesta de palha nos braços cheios de recosturas, o vento gelado de Halloween Town acaricia o rosto dela e faz seus cabelos voarem. Como ela deseja que ele a carregasse pra longe, pra outro mundo, para outra vida... mas seus pés continuam no chão, como se acorrentados àquela realidade. Um suspiro curto, ríspido, traz sua cabeça de volta ao momento presente. Ela levanta o queixo e não muito longe está ele. Se tivesse um coração, ele estaria disparando agora.
Finalmente seus pés se movem, mas sem direção, parece uma pateta dividida entre mil e um caminhos diferentes que pode tomar para evitar bater de frente com o Rei do Halloween, fazendo exatamente isso. "Oh. Lord. Perdão." Apressa-se a pedir desculpas, contando um, dois, três passos até estar a uma distância respeitosa dele. Os olhos de boneca sobem por todo o lânguido corpo de Jack até encarar seu rosto esqueletal, tirando de Sally toda a concentração. "Eu não quis... Perdão. Espero não ter atrapalhado seu caminho."
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Qualquer palavra que Morticia direcionava a ele o fazia delirar de paixão, e quando eram elogios dos mais simplórios aos mais complexos, era como se o mundo todo pudesse parar naquele instante. Sorri, e respira fundo - poderia morrer naquele instante, sem remorsos e dúvidas, contanto que estivesse ao seu lado por toda a sua eternidade. "Não mais que você, Tish." Nada se compararia a ela, nem ali e nem no inferno. "Há ainda de existir criatura mais sublime que você." Talvez uma cópia dela se aproximaria, mas era dificil saber - a noiva era a única detentora de sua atenção.
Ouve atento ao que diz, e assente. Conhecia os costumes dos Frump, e poderia ponderar não encontrar o patriarca, se não fosse o fato de que não se importava com mais nada além de estar ao lado de Morticia. "Vou para onde você quiser que eu vá, e, se me permitir ter alguma opinião, quero estar ao seu lado por todo momento." Era verdadeiro com as palavras, assim como todas que direcionava a ela. Toma a liberdade de bater levemente na porta, ouvindo um breve 'entre' da voz masculina do Frump, e abrindo-a, dá espaço para que Morticia entre na sua frente no escritório iluminado.
E era a confirmação que precisava, não para testar o que sentia, mas sempre que escutava que Gomez era seu, algo em seu peito crescia. O amava tanto, que, com toda a certeza, morreria por ele. Queria falar que amava ficar em casa, mas com tanta luminosidade e cor, ficava complicado ter tal sentimento, mas se encontrava no próprio quarto onde tudo combinava consigo; gostaria de levar o amado até lá e, então, falar que tudo estava completo, mas os pais eram sistemáticos e conservadores, nunca permitiriam que o namorado da filha adentrasse seu quarto daquela forma. — Mon cher… Você é sempre encantador. — Sussurrou ao deitar a cabeça no ombro alheio, o sorriso tomando os lábios por todo o percurso pelo corredor, esse que parecia maior do que o habitual, o que era ótimo, pois podia passar mais tempo ao lado do amado. — Parece que estão em casa, ouço a voz de meu pai. Pronto para uma longa conversa com ele? — Indagou brevemente, era impossível não escutar o patriarca dos Frump falando no escritório, onde precisava entrar. — Ou prefere esperar na sala enquanto vou até lá?
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Apesar da fala inicial e de acreditar que futuramente poderiam ser mais livres, apenas assente a fala da mais nova. Sabia que a empresa delas as tratavam melhor do que muitas por ai, mas nunca se saberia o futuro, ponderava. Sorri, franzindo o nariz no processo e ri com a reação alheia, passando uma mão sobre a cabeça e bagunçando o boné colocado anteriormente. "Você é mil vezes mais bonita que a unnie, pode ter certeza. Fofa e bonita. Não deixe ninguém dizer o contrário." Não falava da boca pra fora, Mihi era linda e Wooyoung faria de tudo para que ela acreditasse nisso.
Deixa que ela vá na frente, sentindo um vento entrar em contato com a pele exposta, tanto tempo que estavam em um ambiente fechado, e sorri. Acha que talvez não tenha deixado de sorrir desde o momento em que se encontrou com a mais nova, e gosta da sensação que isso lhe causa. "Só de você falar, meu estômago começa a roncar. A suas ordens, milady." Estende um dos braços para que comecem a andar na rua, posicionando o braço com o de Mihi assim que começam a caminhar. A barraquinha em questão não é muito longe, e conforme chegam mais perto, o cheiro se intensifica e Wooyoung realmente acha que a barriga já está a falar com ela. "Ajumma, vamos querer quatro, por favor. Com muuuuito queijo." Fala para a vendedora assim que chegam, e se senta em um dos banquinhos. Naquela hora do dia, algumas pessoas já passavam pela rua, provavelmente voltando dos trabalhos. Bate a mão em um vazio ao lado, para que a mais nova sente. "Que cheirinho mais gostoso. E depois daqui, vamos ao nosso karaokê." Fez uma pequena dancinha, rindo em diversão.
— Eu já não sei, acho meio difícil... Não sei se vão nos dar tanta liberdade. — Murmurou com um novo bico, a indústria era tão injusta que duvidava que a empresa oferecesse algum apoio para que elas conseguissem sair sem preocupações, não conseguia enxergar à longo prazo, ao menos, não com tanta clareza. Só queria conseguir ser aceita por todos de uma vez, assim, provavelmente, ficaria bem feliz e de boa com a vida. Mas ficava muito feliz com o pensamento de sair com sua unnie favorita. — Vou acreditar em ti, unnie! — E o sorriso voltava a pintar sua face, se tivesse Wooyoung, tudo estava certo. — C-claro que não! — Os olhos nem sabiam para onde olhar, tamanha vergonha que se instalava em si. — Ser fofa não me faz bonita, não como a unnie! — O pé bateu contra o chão, como a criança mimada que sempre foi, escondia esse lado, mas quando algo não saia como desejava acabava o deixando escapar. — Posso pensar no seu caso. — Brincou assim que chegaram na rua, fechando a porta atrás de si; uma pena o sol estar se pondo, porque queria muito caminhar e repor sua vitamina solar, mas nem tudo estava ao alcance delas, ali, ao luar, já era perigoso com os possíveis fãs andando por ai. — Vamos comer primeiro então? Acho que merecemos algo com muito queijo!
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Os olhos medrosos se voltam para a madrinha, e Aurora comprime os lábios. Ainda que quisesse acreditar nas palavras alheias, a princesa sentia como se seu coração fosse pular pela boca. Havia ouvido o animal chorar, logo, a culpa com certeza era sua, certo? Observa a movimentação da loira, que se aproxima do tronco - via como era natural para Fearne, tudo aquilo. E queria que fosse natural, da mesma forma, para si. Por que era tão difícil? Era nessas horas que gostaria de fugir para bem longe e simplesmente sumir. Como poderia ser da sua natureza curar?
Assente, e inicialmente agradece mentalmente pela fala alheia. Falaria algo, se o momento não fosse delicado e ela não soubesse que o simples obrigado poderia soar como rude - como poderia agradecer em um momento de dor de um animal indefeso, certo? Respira fundo, e comprime os lábios conforme Fearne continua a fala. Realmente quer fugir e fingir que não existe, a pressão e a sensação de nunca satisfazer Malévola sempre a assombrando como um fantasma. Mas, da forma como a madrinha fala, Aurora pensa. Pondera. Uma coisa era ouvir as reclamações da mãe, sempre tão direta e até mesmo insensível, mas quando se tratava de seus padrinhos... Respira fundo, e aperta a própria mão.
"E-eu... eu quero tentar. De novo." A fala é baixa e trêmula, ainda incerta, enquanto a outra mão toca de leve no ombro da fada mais velha. Mas sabia que precisava fazer aquilo - precisava aprender, mesmo que parecesse o fim do mundo não saber ao certo o quanto de acerto conseguiria.
“Hey. Aurora. Está tudo bem. Você não está machucando ele.” Achando que talvez esteja empurrando a garota demais, Fearne dá uma olhada no animal e respira fundo. Primavera com certeza saberia bem mais como guiar a afilhada sem colocar medo nos olhos dela, é claro, e ela está longe de ser a Primavera. Seus conselhos raramente seriam bons para alguém da índole de Aurora, talvez devesse chamar uma de suas irmãs... mas não sem antes ajudar o coitado do filhote na sua mesa.
Fauna prende os cabelos num coque rápido e se abaixa de forma a poder ficar mais perto do animal. “O que eu faço é deixar minha vontade sair pela ponta dos meus dedos. É da nossa natureza curar, e você não tem um ossinho malévolo nesse seu corpo.” O uso do adjetivo foi sem a intenção de compará-la a mãe, mas assim que ouviu ela se levanta e segura a destra alheia com carinho. “Eu não sei o que é ter medo do seu poder porque eu nunca tive medo do meu, então se você disser que não quer tentar, eu não vou te empurrar.” Ela respira fundo e volta a ficar na altura da mesa, soltando a mão de Aurora afim de passar os nós dos dedos no coelho que respirava ainda firme, se segurando à vida. “Se você me disser que não quer nada disso, que quer desaparecer e nunca tomar conta das responsabilidades da sua mãe, eu me transformo em pássaro agora mesmo e te levo pra longe. Isso seria uma pena enorme porque eu vejo todo o poder e potencial que tem aí dentro, esperando ser acessado, mas é a sua vida. Quem escolhe o que faz com ela é você.”
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Foi sim, de fato, o fim do mundo. Apesar de avançados, os tratamentos ainda eram extremamente dolorosos e Catarina, resistente a dores de diversos tipos, sofreu como nunca antes. Eram em momentos como aquele que se lembrava o quanto odiava médicos - e de como precisava de se machucar ao ponto de precisar de um ou simplesmente morrer, o que fosse mais viável. Mas ao olhar para Seraphine, apenas ri, e assente a pergunta. Porque não quer discutir, talvez perder, e finalmente todo aquele sofrimento havia acabado e ela seria recompensada.
"No dia em que eu recusar álcool ao lado de uma mulher tão linda quanto você, pode me matar pois é uma impostora." Brinca, piscando para a mais velha. Não era de todo mentira, podia estar no seu leito de morte e seu único pedido seria rum - e uma mulher de olhos e cabelos incrivelmente castanhos, que começava a se formar na forma de Seraphine. "Agora, por favor, faça as honras. Primeiro as damas." Se curva sutilmente, dando passagem a ela pela porta de madeira da taberna que tanto frequentava.
Entram, e a gritaria comum é percebida, fazendo com que Kitty soltasse um suspiro. "Home, sweet home. Mande duas doses extra fortes, Kleri, estou precisando tomar um porre." Grita para o bartender, e se senta, batendo no banco ao lado para a outra fazer o mesmo. "Mas então, como está? Não falou nada de você desde que nos encontramos." Disse, como se tivessem se encontrado em uma situação comum e nada perigosa.
Desde que Seraphine voltou a ser completa, várias memórias andam retornando. Memórias que ajudam a se lembrar de quem era, o que fez para merecer ser amaldiçoada, de sua família... mas uma que teve seu gatilho disparado enquanto ajudava Catarina de volta à cidade foi de como algo tão simples quanto um corte era o bastante para derrubar os mais atléticos jovens na época em que vivia, sabe-se lá quantos séculos atrás. Kitty, como alguns lhe chamam, talvez não sobrevivesse àquela época... o que faz Seraphine contente pois não estão mais naqueles dias.
Teve que insistir um bocado para que fossem tratar dos ferimentos dela antes de ir atrás do rum (além de prometer que iria, de fato, beber com ela logo em seguida) para convencer a mais nova que poderia sim deixar outra pessoa mais hábil que Seraphine dar uma olhada na perna dela. “Viu só que não foi o fim do mundo?” Inspira o ar frio da noite afim de sentir a liberdade de não temer estarem sendo seguidas por alguém que vá tentar machucar Catarina novamente. “Suponho que essa seja a parte onde cumpro minha promessa... A não ser que você prefira ir descansar.”
#ta otimo vida#eu te amo vamo casar e todos nossos personagens tbm#♡ 𝐦𝐮𝐬𝐞: catarina perez#♡ 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐧𝐞𝐫: ash
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