inquietaeemocional - Tumblr blog

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É provável que todo céu tenha dias cinzas, mas há quem diga que após a chuva, um radiante sol vem para iluminar as nuvens brancas em meio aquele grande azul. Cientificamente falando, assim como os elementos naturais, o nosso corpo necessita de alguns estímulos para iniciar seus ciclos. É como aquela música "é preciso amor para poder pulsar, é preciso paz para poder sorrir, é preciso a chuva para florir", e partindo desse princípio, é preciso um certo moreno para um coração perdido sentir aquele leve palpitar. Longe de qualquer afirmativa ou crendice de que "os emocionados que se retirem", sou como Carlos Drummond de Andrade, uma romântica assumida. Não aceitando muito bem as noites sem ouvir um barulho com a boca, fazendo café mais do que precisa, indo dormir todos os dias igual uma adolescente de 13 anos rindo para um "te amo" cheio de saudade, no auge dos meus 26 anos com cara de maternidade. Uma vez me disseram que gostar de alguém te faz achar que é mais novo, que se o amor é fantasia, eu me encontraria em pleno carnaval. Tô rindo das piadas do dia Diego, doida pra ouvir tua voz fazendo graça, olhando a tela do celular e aquecendo o coração com nossas fotos. É saudade, com teu cheiro e afeto. Espero que não se esqueça de quantas vezes por dia te ponho em minhas orações (e não nas minhas macumbas, como tu pensa). Tem vela, vinho, Djavan tocando na sala e uma coberta quentinha, a janela ta aberta e ta chovendo lá fora... ta faltando você aqui.

Dorme bem, te amo.

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To avisando aos concorrentes que o prêmio não é em dinheiro, passando o bolão de todos os que apostaram com suas meias piadas e cantadas, estou avisando de peito aberto que passou da meia noite mas eu juntei as fichas pra apostar nele. Só nele.

Sabendo que já tem detalhes dele na vida de outras pessoas, eu estranhamente quero deixar minha marca, no fundo eu quero deixar saudade só pra ouvir ele falar “vem cá”. Desmonto, esqueço, ah eu deixo de lado.

É o perfume, o barulho com a boca, é a parceira, é o jeitinho de me elogiar tirando sarro. O que foi que você fez? É o básico, quantos passaram pelo mesmo e eu disse “tá, e aí?”. Mas aí parte de você, e o peito aperta.

Saudade dói mesmo, tem insônia quando você não tá, irrita até sentir o perfume no lençol. A cabeça repete “te avia! Ele nem quer tanto assim, só deixa pra lá”, e o coração “mas e se… a gente deixasse ele ficar?”

Não sei, eu realmente não sei. Eu que sou certa na vida, que boto meta, que decido tudo, eu que planejo e deixo tudo no meu tempo, tô guardando foto, tô apresentando como “amigo”, tô olhando pro lado antes de você atravessar. Cuidando como se fosse meu, entendendo e relutante que não é.

Mas e se… eu pedisse com carinho? Não? E se eu fizesse diferente? Melhor não. E se, sei lá, é melhor esperar. Rezando pra que você entenda que eu não tenho o mesmo coração, jeito nem paciência das que vieram antes. Eu sou determinada, dona de um mundo todo meu, sem vergonha de nada.

Tá que o sexo encaixou, tá que eu sinto sua falta, tá que eu te quero aqui 5x por semana… é pouco? Eu sei. Mas vou conhecendo, e te reconhecendo no dia a dia. Lembrando das tuas histórias e detalhes, ouvindo você de longe nos lugares, rindo sozinha pensando “ele diria que isso ta horrível”.

E por fim eu sei, tô fazendo uma besteira enorme em assumir que tô apaixonada. Ta tudo errado, mas tudo bem, né? Faca e via são de duas mãos, estou aguardando você atravessar essa.

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Hoje são 30 de Dezembro de 2023, 20:08h, cê tá deitado no sofá com os meus meninos, e eu comecei a limpar a galeria. Cheguei a conclusão que tudo sobre você sempre foi uma grande coincidência, mas nada menos que um previlégio. O destino não sorri assim pra mim, não sei agir com naturalidade. Mal acostumada, há alguns meses eu venho recebendo “bom dia flor do dia”, e indo dormir com um perfume no meu lençol. Troco, você vem, borrifa mais 15x em si e triplica a saudade que deixa quando volta pro seu canto. Ai eu fico achando a casa quieta demais, procurando motivo pra te ver. Ei moreno, que adoçamento foi esse? Olha que eu cuido, mas desse jeito nem eu, nem ninguém estava esperando. Desde agosto eu fico feliz com uma mensagem, duas sextas por mês eu acordo com um barulho de quem coça o céu da boca, 4 finais de semana por mês eu fico mais feliz todas as vezes que você olha pro Rafa e ri todo bobo. Ganhou meu coração e conquistou a felicidade dos meus filhos, “e agora?”, vou daqui pra onde? To te incentivando a ser melhor, tô guardando meus sentimentos mais honestos e confiando que ce vai cuidar. Eu quero te ver bem pelo bem que ce me faz. Querido Di, nego doce, chato, meu moreno, mimado… tô te chamando de amor aqui dentro tem tempo, só não sei como explicar isso pessoalmente.

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Sobre o amor.

Tudo que eu sei sobre amor, é sobre reconhecer o que me rodeia. No bom dia com mão na bochecha que uma criança te dá, são nos casais apaixonados em beijos e olhares sinceros, nas pequenas ações do dia a dia, no ato de ser feliz reconhecendo sentir algo bom. Talvez amar seja mais do que borboletas no estômago, seja mais que uma simples e pura interpretação pessoal, maior do que aquilo que seus olhos podem ver. E por isso é tão difícil descrever um sentimento, não é palpável mas sensível ao toque, escorre pelos dedos feito areia mas enche um balde de lágrimas quando machuca. No fundo eu sei que nada sei sobre a vida, mas viver essa intensidade faz parte da melhor das sensações indescritíveis dos ciclos, é como abrir um presente muito esperado numa manhã de natal depois de uma vigília cheia de sonhos interrompidos, sabe? Nutre expectativa, supre vazio, arde vontade, queima sem machucar. Faz a gente sentir que tudo pode ser possível se a gente de fato se doar, e se a gente pensar bem, é mais puro o sentimento do ignorante do que aquele que muito viveu. O amor tem que ser ingênuo para ser bem vivido. Não vale a pena amar com medo, nem com ilusão, nem com soberba. Não se ama sem vontade, não se engana sentimento, todo grilo da mente pula quando sabe que não é correspondido e ainda, quem um dia se magoou ou foi magoado, já aprendeu que de todas as lições da vida, amar nunca vai estar na lista das mais fáceis, mas ainda será a melhor de todas elas.

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“É que eu só sei fazer assim”

Nas nossas particularidades, o que é teu, será eternamente teu em cada detalhe. Aprendi a escrever bem cedo, fazia jogos de associação com a minha mãe, eu dizia “palavras difíceis” e sabia seus significados nova demais. Copiava letras de músicas, cifras em papel ofício, escrevia no diário, expressava meu jeito da forma que sabia. Era Chico Buarque no fundo no aparelho de som da minha mãe aos berros pela casa, e eu ouvindo e pesquisando no dicionário. Ganhei “Chico na sala de aula”, devorei em 2 dias e dali então entendi, que escrever é o que amo fazer. As vezes o pensamento acelerado duplica palavras, troca o contexto, põem detalhes onde não deve e da boca que não fecha, as palavras são realmente melhor interpretadas e conexas quando saem escritas. Ah, eu compus com 15 anos e deixava poemas atrás das fotos com o namoradinho na adolescência, fazia jogos para que formassem frases que me descreviam melhor, e no final, quando me perguntavam sobre o porquê de tudo isso, sentir tanto, falar tanto, gostar tanto,respondia “eu só sei fazer assim”. Não era pra ser bonito ou requintado, era pra ser transparente ao que eu sentia. Aquariano é assim mesmo, expressivo e criativo. E eu, até hoje, só sei fazer assim…

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Me deixa te falar um pouco sobre uma caixa que tenho aqui.

Suas características físicas são milimetricamente definidas pelo lugar que a suporta, encaixa como aquela tampa de pote que desliza pelos dedos. Dentro consegue suportar, abarcar e incluir um pouco de tudo, de longe é um dos locais mais amplos e contidos. Em grande parte do tempo, guardo ali o que de fato entendo por lembranças, alimento diariamente e procuro deixar como uma bela casa limpa, mas há um passarinho ali que suja minha calçada higienizada as 05h da manhã por uma idosa com um lenço no cabelo. O então passarinho passa pela minha caixa vez ou outra, me oportuniza boas reflexões. Suja lugares diferentes então, sempre volto em cantos as vezes conhecidos, outros nem tanto. A tal caixa tem um pequeno buraco, daqueles de lateral de embrulho de sapataria, redondo pequeno e necessário. Ali, ponho um tecido e vez ou outra um olho para espiar. Vez em sempre, abro também espaço para outros olhos, alguns que bagunçam a caixa, outros que espiam mas pensam melhor. Como disse, guardo ali um pouco de muito, nem todos acolheriam tão bem a minha caixa. Nela também faço o depósito de minhas frustrações, talvez por isso as pessoas não queriam observá-la profundamente? Deve ser um grande talvez. Recebendo olhares e visitas, minha caixa tem sido o motivo de boas risadas e lágrimas sinceras. Me perguntam sempre que a veem “Como é cuidar daí?” eu sorrio, e digo que é um desafio mesmo sabendo que, há dias em que é impossível colocar algo lá dentro, espantar o passarinho, dar água a velhinha que varre, tampar o buraco e lembrar de tudo isso. Hoje eu quis escrever sobre a minha caixa, que a gente erroneamente chama de “coração”, “emoção” e “sentimento”. Espero que isso chegue em alguém, cuide da sua caixa da forma que pode, mas nunca esqueça que o passarinho pode ir embora, a senhora que varre pode ser um bom dia, o buraco tampado pode ser um “não” e lembrar de tudo não faz a sua caixa menor, ou menos importante. Cuide dela.

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Eu prometo.

Prometo voltar aqui sempre que sentir um vazio no peito, mesmo que seja angustia ou quem sabe saudade. Há dias que eu penso que já passou da hora de doer, os primeiros meses eu estava tão afundada nas lembranças que mal conseguia me ouvir, mas existe a necessidade de modificar o que de fato é o "sofrer".

São dias que você tem um pico de consciência, afasta a memória imatura da fragilidade das lembranças, respira fundo e por um mísero segundo, olha em volta e diz "acabou". Quanto mais corriqueiros estes dias amanhecem, mais próxima é a visualização de que o presente deve valer mais que meras lembranças.

Não há nada de errado em ser saudosista, faz parte da vida olhar com carinho para trás e rir dos caminhos percorridos. Mas, quando isso trava tua mente, te faz sentir a famosa paralisia do que é, ou como eu, te faz contestar quais os próximos passos. Será que estou fadada a ser esse amor escondido?

Por estas eu prometo, quando de fato me desprender disto, olhar para mim com carinho. Acreditar que mereço ser chamada pelo nome, segurada pela mão e orgulhosamente ter por codinome "amor" publicamente. Prometo me permitir ser amada fora da cama, com carinho e orgulho, aceitar o cuidado com minhas dores e as mãos que quiserem segurar meu rosto com afeto.

Prometo parar de achar que estou sempre incomodando, não ter mais medo de deixar ir, e principalmente, ser mais sentimento do que corpo. Nunca mais me deixar levar por beijos apenas dentro de um quarto, e por fora, ser reduzida a um posto qualquer.

Prometo cuidar de dentro para ser melhor por fora, e ser mais segura com a segurança que me for ofertada. E viver, intensamente.

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Valores

Reescreva sua história não para que ela seja admirada, mas para que você lembre de todos os detalhes de memórias colecionadas.

Por dias eu pensei que fiz tudo errado, vi meus amigos se formando e eu ficando pra trás mas refiz os passos, e vi que eles não tem 4 pequenas mãos nos seus rostos, nem brinquedos pela casa. Eles também nunca pularam de felicidade vendo passos, ou abriram um sorriso largo quando dentinhos apareceram na sua direção.

Eu sei, é bobagem pensar que a vida se limita a uma carreira profissional. As vezes isso me sobe a cabeça, por buscar tanto a estabilidade que eles merecem mas aqui temos 4 anos de vida de um garotinho que nunca se importou com o que faltava, e 1 ano de um sorriso sapeca que não faz ideia do que é dinheiro.

A gente que é chato demais né? acha que o mundo é valores, e bens. A vida boa mesmo, é acordar tarde num domingo de chuva com meias, e assistir um desenho animado comendo sorvete na cama.

Obrigada Miguelzinho e Baby Rafa, mamãe é burra mas vocês me fazem mais boba e feliz.

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“Imagina como seria o mundo, se pudéssemos ser sinceros sobre estarmos magoados.”

— Bates Motel.