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Vanessa Monteiro, aspirante a escritoras. Há 28 anos escrevendo sobre as crises dentro e fora de mim, tropeçando a cada esquina enquanto anoto algum verso perdido em minha cabeça. Tem muita palavra triste que arrancou de mim um sentimento que não cabia e transformou isso em amor. Eu sou um canto em cada coisa e tudo em um pouquinho só. Fica a vontade, nem sempre eu mordo. Follow me (:
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inplurall · 4 years ago
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sou o caos de mim mesma. sofro de uma busca constante do equilíbrio que me disseram existir, mas que ainda não o encontrei. nessa fadiga incansável de um passo após o outro, eu tropeço inúmeras vezes ralando o meu joelho e também daqueles que me estendem a mão.  um vazio habitável de um infinito familiar sempre ali a me observar. sou o caos de mim todos os dias em que busco acertar e falho, incansavelmente, tentando não errar. é inevitável, me escapole aos dedos na tentativa de segurar.  não acredite em tudo o que digo; eu tento convencer a mim mesma das coisas que digo e sinto. todos os dias. e hoje, especialmente, peço desculpas pelo grito mudo em meu olhar, observando as inúmeras vezes que me escondi para não falar. acredite, digo muito mais em silêncio que num grande discurso. e hoje eu me expresso com toda imensidão de palavras e sentimentos acolhidos: “sinto muito”. eu te amo. me perdoe. sou grata.
vanessa monteiro. 
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inplurall · 5 years ago
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há 7 dias é domingo
Há 7 dias iniciei a minha quarentena por causa do COVID-19 e, confesso, subestimei um pouco os efeitos que ela causaria em mim e a todos ao meu redor.  Quando cito “todos ao meu redor”, me refiro ao contexto social e me sinto imensamente privilegiada por dispor de uma casa com absolutamente tudo. Tenho comida, uma cama confortável, internet, livros e um diário que ganhei recentemente de uma amiga. Comprei uns chocolates também pro caso da ansiedade bater e eu precisar deles pra me dispersar um pouco.  Acontece que fui surpreendida por ela. Ela não se apresentou como eu esperava que viesse. Sigo aparentemente serena e sob controle, mas meu coração palpita forte algumas vezes e minha respiração fica pesada. Tenho evitado olhar algumas notícias, mas é impossível fechar os olhos diante do caos que estamos vivendo. Eu me sinto distante de todo mundo e sem perspectiva de melhoras. Sim, é duro. É difícil ser otimista num momento como esse. Mas eu tenho fé e acredito que poderemos nos abraçar em breve. Entenda, eu disse fé, não otimismo.  Nesse meio tempo eu fiz um curso ou outro online, tentei ler, assisti série, movimentei a minha conta no twitter mais que o esperado, mas só hoje eu consegui escrever. 
Depois de 7 dias trancada dentro de casa eu precisei ir à farmácia e, confesso, foi um cenário assustador. Sexta-feira, ruas mortas, as poucas pessoas que transitavam estavam usando máscaras, luvas e vestindo o medo de serem infectadas por esse vírus do mal. Vi alguém me pedindo um trocado para comprar um prato de comida e aquilo me doeu o coração. Aquela pessoa não tem tido a mesma oportunidade que a minha de estar protegida, acolhida e alimentada. Por outro lado, me sentir fora da gaiola e respirar fora de casa me trouxe um pouco de paz num período conturbado. Mesmo que tivesse saído apenas para comprar remédios.  De volta para casa, seguimos um protocolo estabelecido aqui, já que as pessoas que convivo são todas de risco: entrar descalço, por as sandálias de molho na água sanitária, tirar as roupas, por na máquina de lavar, tomar banho e esterilizar tudo que veio de fora. Sacolas, cartões e caixas de remédio. Sim, meu pai está apavorado. Todos estão. E eu só queria que isso passasse logo. 
Em outra sexta-feira de 27 de março, num outro cenário, eu estaria me trocando, depois de chegar de um dia de trabalho, para ir à academia com meu amigo. E, depois disso, finalmente em casa e tomada banho, conversando com meu namorado sobre o dia dele e as peripécias do seu novo cargo. Dormir seria um privilégio depois de um dia cheio. 
Gostaria de terminar esse texto com algumas palavras sobre esperança, mas a única coisa que me vem em mente é PACIÊNCIA. Isso não vai terminar amanhã, nem depois de amanhã. Talvez nem na semana que vem. Mas está mais perto de terminar do que ontem, e do que semana passada. Então, paciência. É só isso que eu te peço, Vanessa. Paciência. 
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inplurall · 5 years ago
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Inconstante. Não me definiria por inteira a tal palavra, mas disporia de parte de mim a alguns momentos de inconstância. Eu desapego de alguns minutos de pura lucidez e me permito chorar por alguns instantes, me desdobrar em gargalhadas e me recolher ao silêncio. Meu corpo precisa sentir cada fio de emoção que passa por mim até que isso dissolva, se esvaindo aos suspiros. Sejam eles de alívio ou surpresa. Hoje me sinto inconstante, chateada. Subi e desci 100 degraus na minha cabeça e refleti sobre quase cinquenta coisas as quais não achei que mereciam a devida atenção. Não só mereciam, como as descartei duma vez. Precisavam ser vistas para que fossem embora. Outras dez ficaram. Importantes, concretas e precisas. Não preciso de muitas, apenas as necessárias. E por estas sou grata e me permito suspirar. Desta vez de alívio, que é quando me encontro em perfeita sintonia com o belo de ter um dia de cada vez para escrever algo novo. . . . . . Escrever é uma forma de eu dizer tudo aquilo que não consigo por em falas sobre como me sinto. https://www.instagram.com/p/B8LF_roJO2b/?igshid=fg0cdfl9x9pq
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inplurall · 5 years ago
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Primeiro de tudo: eu não sou um passarinho. Mas até que eu podia ser. Imagina eu cantar um dia inteiro, voar de galho em galho, beijar uma flor e pousar no parapeito da tua janela, só pra observar a silhueta da tua pele e desfrutar do amor de uma visão todinha minha?! Eu cantaria pra tu um dia todinho e diria que ainda bem que eu te vi, porque o sol pareceu mais bonito hoje pra mim. Mas se tu me olhasse da janela, eu bateria minhas asas pra fingir que foi um susto. Porque, tu imagina um passarinho dizendo “eu te amo” ao invés de um assobio? E se tu me assobia de volta, eu digo de novo que ainda bem que eu te vi, bem ali no parapeito da tua janela, que é pra tu saber que eu também sei de ti.
- vanessa monteiro
Créditos da foto: Danieli Cruz
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inplurall · 5 years ago
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arquivo pessoal
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inplurall · 5 years ago
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Existe um riso bobo dentro de mim que entra em cena quando te vê. E, sem eu perceber, ele aparece em meus lábios. Por hora, tento escondê-lo; e não é de ti o meu receio. Mas é que o amor toma conta de mim muito fácil e eu me perco em dias de paixão sem querer. E sem que você queira, eu me desfaço. Mas o faço em seu abraço e, ah! O seu abraço! Meu riso cabe dentro de ti e eu caibo em teus braços. Há tempos eu escrevo rimas, versos, poesias, e você escreve o amor em mim. Meu coração aperta com saudades e a cada riso ao te olhar, brota em mim uma flor que se abre e transborda o aroma que é submergir em ti. Sou feito flor.
- vanessa monteiro
arquivo pessoal
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inplurall · 5 years ago
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Já me disseram algumas vezes que eu faço muitas coisas. Me dizem ainda. Alguns se chocam e repetem copiosamente que sou uma espécie de “tudo faz”, mas tanto faz mesmo. Veja bem, por outra perspectiva: já lhe ocorreu que talvez eu não saiba de fato o que eu esteja fazendo? Ou que talvez eu apenas tenha aprendido a lidar com o que me era dado? De fato, minha voz é agradável, mas eu não canto. Às vezes eu escrevo, mas são apenas desabafos. Meu violão eu abandonei há um tempo e a simpatia é a única que me sobra, inclusive quando torço o nariz. E hoje eu já torci algumas vezes, mas sempre com um sorriso.
- vanessa monteiro
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inplurall · 5 years ago
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Hoje eu quero falar da taça, pra dizer que ela está sempre cheia. E eu também. Mas há uma paixão subentendida nesse conteúdo que me desce, se é que você me entende. E não se faça de esquecido comigo, você sabe que hoje não foi um bom dia. Amanhã talvez seja. E eu estou preparada pra isso também. Sempre pronta, bem como a taça. E repare você que esplendorosa ela é, sempre elegante ao se preencher e esvaziar. E eu tento mantê-la sempre ali ao meu alcance, nem que seja pra admirar a boniteza de se ter uma taça sempre cheia. Nem que seja vazia.
- vanessa monteiro
Créditos da foto: Thiago Messias
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inplurall · 5 years ago
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por todas nós.
àquelas que há muito carregaram sua sabedoria de ventre em ventre. de minha mãe, de minha avó, do feminino que há em nós. ahow àquelas que em tempos de plantar a lua deleitam-se em suas raízes para devolvê-las à terra. não somos pó. não estamos soltas ao vento. somos terra. somos mãe. geramos vida. geramos amor. florescemos em toda lua há gerações. nós somos cura e a cura acontece de ciclo em ciclo; eis o nosso sagrado. eu me amo, me perdoo, me aceito e me liberto. eu sinto muito, por favor me perdoe, eu te amo, sou grata.
gratidão, ahow.
- vanessa monteiro
Créditos da foto: Danieli Cruz
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inplurall · 5 years ago
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Como quem não quer nada, você chegou. Contei nos dedos pra sentir tua primavera, beijar tuas flores, queimar sob o teu sol e chover. bem-vindo, setembro que acalma a alma.
- vanessa monteiro
Créditos da foto: Danieli Cruz
Pra quem me conhece, sabe que eu tenho uma fissura com o mês de setembro. Nada mais justo que representar este sentimento de alguma forma...
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inplurall · 5 years ago
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Eu tô submersa. Completamente afundada em um mar de conflitos que não param de me assassinar. Dia e noite a minha cabeça pesa sobre o travesseiro e levo minhas emoções para uma caixa vazia e as deixo lá, fechadas junto com os meus olhos. O peso do mundo parece cair em minhas costas e eu tropeço a cada esquina virada, torcendo para que ainda tenha sob controle o equilíbrio das coisas. E me são tantas! O céu tá cinza pra mim, e foi assim o verão inteiro. Tenho respirado fundo, enchendo minhas caixas vazias e guardando-as, empilhadas, porque mais tarde eu vejo. E lá tarde, exaurida, pego uma a uma no intuito de solucionar os milhares de quebra-cabeças que se formaram dentro delas. Elas retornam para o armário e eu torno a fechar meus olhos. Mais tarde eu tento mais uma vez.
- vanessa monteiro
crédito da foto: Danieli Cruz
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inplurall · 5 years ago
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eu luto todo dia contra uma agonia que sinto cada vez que meu suspiro amanhece e dá bom dia, pra aquele dia que mal começou e eu já me imagino voltando pra casa que é pra dormir o sono que as 8 horas não me foram suficientes. é denso, é pesado e é cansativo. mesmo quando tudo está absolutamente bem, estranhamente procuro algo que me desagrada e preciso fazer disso um ponto de apoio pra justificar o desgosto que eu sinto de mim mesma. é triste, é deprimente, é. dia e noite, dia após dia, ano após ano e ainda assim consigo arrancar sorrisos e me sentir bem com algumas pessoas, em alguns lugares, fazendo algumas coisas. e depois volta tudo de novo. respiro fundo. mais um dia.
- texto, foto e maquiagem por vanessa monteiro
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