Ouvi um som que me convidou a olhar para a rua pela varanda.
Vi uma rua vibrante, com homens trabalhando na grama, outros correndo com seus carros e uma mãe segurando firmemente a mão de seu filho pequeno.
Era manhã e, apesar do burburinho da rua, ainda conseguia ouvir os pássaros nas árvores.
Em um lampejo de reflexão, associei a cena da rua à minha mente, por vezes perturbada pela avalanche de informações e ruídos ao meu redor,
No entanto, ainda havia os pássaros, o vento sereno, o riso alegre de uma criança, e o cumprimento matinal da senhora na porta de sua casa, observando a vida passar enquanto aguardava o retorno do esposo.
A vida pulsava, transformando-se a cada instante, mudando de cor com as horas do dia. O presente transcorria na minha rua e dentro de mim, com sons que assustavam e outros que confortavam, com o sol que ora aquecia minha pele, ora iluminava meu ser e pintava o céu com nuances incríveis para quem os contemplasse.
Ainda é manhã e hoje eu espero que o som dos pássaros cante mais alto que o ruído dos motores.
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