Olá! Meu nome é Iris, tenho 22 anos, faço faculdade de história na UNESP e to aqui para mostrar que história pode ser muito legal de aprender através do mundo pop e afim de democratizar o ensino também. Gosto de música, de escrever e de assistir série, então vocês podem imaginar o que vai ser esse blog. Enjoy the view.
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Através da História completou 3 anos hoje!
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Pantera Negra e Wakanda
A representação de Pantera Negra no cinema é algo imensurável que traz uma grande representatividade e simbologia de poder. O filme vai falar sobre o rei T'Challa que, depois que seu pai morre, sobe ao trono do Wakanda. O ponto é que Wakanda se encontra na África Subsariana e é extremamente rica e avançada por causa do Vibranium, que é um tipo de metal e os wakandanos não saem do local e nem possuem contato com pessoas do exterior. Eles acham que se as pessoas descobrirem sobre o Vibranium eles iriam entrar em guerra para roubar o metal. Apesar disso, a vida em Wakanda é incrível e a população, composta por vários grupos vive em paz. O conflito que se observa é quando T’Challa vai assumir o trono e para isso ele deve perguntar se alguém quer lutar contra ele para ser então o rei de Wakanda. Os oponentes lutam em cima de uma cachoeira e quem vence, obviamente, é o novo rei (seria um método incrível para gente fazer com nossos políticos, né?) Além disso, o símbolo que ficou conhecido é os dois braços cruzados na frente do peito e levemente se curvar quando vai cumprimentar, dizer tchau ou demonstrar seu poder.
Pantera Negra e Wakanda são símbolos de representações mundiais, principalmente no Brasil que mais de 50% da população é negra. Mas o que é interessante no filme é o modo como as pessoas enxergam Wakanda (e a África no geral) como mais um país subdesenvolvido, existindo uma fala no filme que uma mulher olha para o T’Challa e diz “mas o que um fazendeiro como você pode oferecer pra gente?”. Eles se isolam completamente com medo da influência externa acabar com a cultura deles, além do medo de roubarem todo o metal que é a fonte de vida local. Uma crítica bem jogada. Além disso, podemos pensar que a identidade cultural de um povo é sempre relacionado com o que eles tem. A África, no geral, e Wakanda é entendida como atrasada, sem nada para oferecer por não possuírem o que todos acham que eles devem possuir.
Esse post fui um tributo de homenagem ao Chadwick Boseman que deu vida a esse personagem tão importante na cultura pop, tão importante para crianças olharem e se sentirem importantes e representadas, além de que, o próprio Chadwick é um exemplo de força por ter lutado 4 anos contra uma doença tão terrível. Nosso eterno rei. WAKANDA FOREVER.
Referências:
1- https://www.claec.org/periodicos/index.php/relacult/article/view/1608
2- https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/198619
3- https://www.youtube.com/watch?v=Xi1BfosGv2E&ab_channel=Emicida
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Kokoroko e a recente cena do afrobeat contemporâneo
Para finalizar nossas reflexões sobre o afrobeat nada melhor do que trazer à tona uma das bandas mais expoentes do gênero em nossos dias: Kokoroko. Esse grupo, que conta com sete membros nascidos e criados no seio de um variado conjunto de etnias africanas, é liderado pela trompetista Sheila Maurice-Grey e vem ganhando renome na cena do jazz tradicionalmente estabelecida em Londres. Após o sucesso de sua música Abusey Junction nos idos de 2018 em plataformas, como o YouTube e o Spotify, a banda empolgou muitos especialistas e entusiastas no assunto, sendo que a eles foi concedida a reconhecida alcunha de Ones to Watch do jornal The Guardian.
Curioso para nossas considerações salientar aquilo que Sheila, em uma entrevista dada ao site Okayafrica, revelou sobre a proposta do grupo e o lugar na música no qual eles almejam se situar. Segundo as palavras da trompetista, o próprio significado do nome Kokoroko é algo simbólico a termos em mente com relação as pretensões do conjunto musical, tendo em vista que na língua Urhobo ele significa “seja forte” – o que, segundo explica, seria um princípio indissociável das diretrizes de suas músicas, uma vez que elas visam popularizar o gênero, bem como celebrar o legado de grandes nomes da música africana, sobre os quais já tratamos aqui, sendo que a postura geral adotada pela banda é considerada pelos seus membros como um importante ato para os âmbitos políticos, sociais e históricos. Certamente, por isso, que Sheila julgou importante frisar que, no início, ela e seus companheiros treinavam fazendo cover dos grandes sucessos de Ebo Taylor e Fela Kuti, precisamente, porque eles entendem que o afrobeat não pode ser algo relegado ao passado, mas sim ao futuro, visto que este foi um gênero tão importante quanto o próprio jazz.
Isso explica em grande medida o estilo característico do grupo, que é marcadamente influenciado pelo cenário musical africano dos anos 60 e 70, não sendo um exagero afirmar que eles, em grande medida, dão uma continuidade espiritual às obras dos grandes músicos em quem ele se inspira. Apesar disso, é notável que as suas poucas, mas extremamente ricas, composições não se restringem à uma mera mimese do passado, sendo notável o aspecto mais moderno e inovador. Desse modo, é de suma importância que reconheçamos a relevância que Kokoroko tem e que potencialmente pode vir a ter, especialmente se pensarmos que, aos moldes de Kuti, produzem uma música totalmente engajada e de acordo com as concepções correntes de ancestralidade e empoderamento negro.
Referências
1- https://www.youtube.com/watch?v=tSv04ylc6To
2- https://open.spotify.com/album/7MeDqREJNAU5D80vI2xCol
3- https://www.okayafrica.com/kokoroko-ep-jazz-afrobeat-interview/
4- https://www.clashmusic.com/features/kokoroko-the-jazz-group-honouring-afrobeat-and-the-sounds-of-london
5- https://www.theguardian.com/music/2019/feb/23/one-to-watch-kokoroko-jazz-london-abusey-junction
6- https://www.publico.pt/2019/07/19/culturaipsilon/noticia/kokoroko-filhos-afrobeat-jazz-londres-1880077
7- http://www.macrocefaliamusical.com/2019/04/conheca-o-sinuoso-afrobeat-do-kokoroko.html
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O Genocídio de Ruanda em 1994
Esse post decidimos fazer para falar sobre um conflito étnico e político que aconteceu a pouco tempo em Ruanda.
Ruanda é um país africano, que é um dos menores do mundo e sua população vem do grupo étnico-linguístico Bantu. Primeiro de tudo, tem que se ter em mente que a África é um continente e não um país só. É muito comum a ideia de que todas as pessoas que vem da África são iguais e não é assim. O Canadá não tem nada a ver com a Bolívia e os dois estão na América, a Inglaterra não tem nada a ver com a Alemanha e as duas estão na Europa. O ponto é que a África também é assim: os países possuem características diferentes, hábitos diferentes, origens que não partiram do mesmo grupo e antes dela ser inteiramente colonizada existiam muitos grupos culturais que povoaram locais e tinham seus conflitos.
A Ruanda foi habitada pelos os Hutus e os Tutsis que são alguns dos povos Bantus que chegaram no local depois da expansão desse grupo pela África. Apesar de algumas semelhanças, como a língua falada, esses grupos desenvolveram problemas de convivência e o poder econômico era um desses problemas. Os Tutsis eram os que possuíam um poderio econômico maior e foi o reino que acabou dominando os outros. Quando a colonização aconteceu esses conflitos aumentaram, tendo em vista que os próprios colonizadores colocavam “lenha na fogueira” e incentivavam a divisão “racial” privilegiando os Tutsis. Porém, com a independência em 1961, um Hutu assume o comando do país e tudo prosseguiu, até a guerra civil de 1990. O Fronte Patrótico de Ruanda não achava que os Hutus deveriam estar no poder e que não governavam bem, a guerra civil vai até 1993, porém em 1994 o avião em que o presidente Hutu de Ruanda estava foi abatido com outro presidente. O genocídio começou. Ninguém sabe se foi ataque do lado dos Tutsis ou dos próprios Hutus, o ponto é que começou um massacre onde muitas pessoas inocentes foram mortas e muitas mulheres estupradas.
Os filmes “Hotel Rwanda” e “Tiros em Ruanda” mostram bem o jeito que tudo ocorreu, apesar de serem filmes pesados de assistir, vale a pena pelo conhecimento e por ter sido um acontecimento muito triste na história mundial.
Referências:
1- https://www.youtube.com/watch?v=a5Roe6qqMuI&ab_channel=Nerdologia
2- https://www.youtube.com/watch?v=w0atUEPQ5iU&ab_channel=FeltonPaylor
3- https://xadrezverbal.com/2014/04/09/20-anos-do-genocidio-em-ruanda-as-licoes-para-o-mundo/
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A Aldeia Umoja e a quebra com o tradicionalismo violento
Nesse post iremos falar um pouco sobre o Quênia e em específico de uma aldeia que só possui mulheres.
Antes de tudo, precisamos entender que o mundo sempre foi construído de uma maneira que o homem sempre vai deter o poder (em quase todas as ocasiões possíveis e em quase todos os lugares) e algumas tradições que ainda existem são extremamente violentas com mulheres. É o caso da cultura Samburu que fica no Quênia. A tradição cultural dos Samburus sempre foi patriarcal e o que isso significa? Significa que os homens detêm o poder, que quem rege os costumes e dão a palavra final são anciões, homens e o poder vai ser passado para os filhos se for patrilinear. Em palavras ocidentais: sempre existe o “homem da casa” que é o responsável pelo sustento da família. Ok. Porém, existe também o sistema de matrilinear, que é importante falar para não confundir as coisas. Quando uma sociedade é matrilinear, como algumas aldeias e culturas eram na África, significa que a linha da família é definida através da mulher. Mas o que isso significa? Vamos supor que você tem seu pai e ele tem uma irmã, a tia Dulce, o seu pai é o chefe da casa (porque no sistema matrilinear o homem pode ser o chefe) e um dia ele morre, quem irá ser o novo chefe da casa é o filho da irmã do seu pai, ou seja, seu primo de primeiro grau. Você, suponde que quem leia seja homem, não herda o trono. Outro ponto, como o sistema é matrilinear significa que o homem quando casa vai morar na casa da mulher com a família da mulher, mesmo sendo o chefe da sua família. É confuso porque não é algo que estamos acostumados. Agora, o sistema matriarcal é completamente dirigido por mulheres e elas são as chefes de tudo.
A aldeia de Umoja é um exemplo de sistema matriarcal que quem manda é as mulheres porque só existem mulheres no local e apenas elas são permitidas. Uma foto do local:
A aldeia teve início com Rebeca, quando foi espancada por homens por protestar contra algumas tradições e foi espancada até quase morrer. Seu marido não a defendeu e ela o abandonou criando a aldeia apenas para mulheres. Pra quem não sabe, a aldeia Umoja é composta por mulheres da cultura Samburu, onde acontece a circuncisão em mulheres que, se não forem circuncisadas elas não casam e se não casar não tem como se sustentar. Muitas mulheres fugiram para a aldeia de Rebeca pois não queriam isso para vida delas. Homens, que não fazem parte da aldeia, quando são entrevistados dizem que a tradição não pode ser quebrada dessa forma pois os homens sempre mandaram e as mulheres fazem isso pelos seus egos. Quando as mulheres da aldeia são entrevistadas elas dizem que se o marido quiser assassiná-las nada irá acontecer, que o que marido falar se deve obedecer.
O sustento dessas mulheres passou a ser o artesanato e com esse dinheiro construíram uma escola para todo mundo, porque, como Rebeca fala: a educação é muito importante. Graças a Rebeca, algumas outras aldeias semelhantes começaram a surgir, algumas aceitando homens que concordassem com as regras impostas pelas mulheres do local. A esperança é que a circuncisão deixe de existir completamente, mesmo que tenha sido proibida no país, ainda acontece em grande escala. É legal carregar o legado dos ancestrais, mas algumas tradições precisam ser necessariamente quebradas.
Referências:
1- https://www.youtube.com/watch?v=UrnmBLB-UX4&list=WL&index=12&ab_channel=VICELife 2- https://go.gale.com/ps/anonymous?id=GALE%7CA140670102&sid=googleScholar&v=2.1&it=r&linkaccess=abs&issn=10269126&p=AONE&sw=w 3- https://muse.jhu.edu/article/563522
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Girma Bèyènè, Geraldo Vandré e o isomorfismo da figura do artista exilado
No post de hoje, gostaríamos de propor algo diferente. Ao invés de nos debruçarmos propriamente sobre um tema específico de História da África, vamos mais fazer um exercício de provocação e de reflexão, na tentativa de expandir um pouco mais as nossas percepções e entendimentos sobre o papel que um artista pode vir a ter em seu país, para sua cultura e para a história como um todo. Esse início enigmático e um tanto abstrato tem a ver com uma comparação que levantaremos nas linhas que se seguem, sendo que ela surgiu às nossas cabeças durantes uma das pesquisas que efetuamos para a construção desse nosso Tumblr.
Dentre muitos nomes, etnias, propostas, ritmos e realidades com as quais tivemos contato na busca por temas interessantes a serem tratados, deparamo-nos com uma curiosa figura: Girma Bèyènè. Como é de praste nas análises que trazemos, aqui, este fora um importante músico e compositor que buscou adaptar para a realidade do continente africano um conjunto estilístico profundamente influenciado pelo jazz, mas mesclado com as formas típicas de seu país e/ou região. No caso de Bèyènè isso não foi diferente: ele tentou trazer para sua terra, a Etiópia, os arranjos que tomavam contam do mundo e que, como vimos, vinham se tornando muito populares em outras regiões de seu continente. Tanto isso é verdade, que ele é lembrado como um dos célebres artistas etíopes da Era de Ouro dos Vinis, que teve seu início no fim dos anos 60 e que acabou se encerrando nos idos de 1978.
Mesmo que por de trás das telas ele tenha ajudado a compor uma vasta quantidade de músicas que ganharam o país nesse recorte temporal, é fato que o músico só nos relegou 4 canções nas quais aparece como vocalista (Set Alamenem, Enken Yelelebesh, Ene Negn Bay Manesh e Yebeqagnal). Porém não é sobre isso que queremos nos debruçar, mas sim sobre a sua careira após o seu auge. Isso porque, Bèyènè, mesmo tendo alcançado muito sucesso na época em que tocou e que tenha ganhado o gosto popular na Etiópia, veio a buscar exílio nos Estados Unidos, onde permaneceu em silêncio por 25 anos, deixando para trás todo o seu legado e toda relevância no campo musical de seu país. Esse verdadeiro ato de fuga– e o ponto central para a nossa reflexão – foi feito com base nos temores do artista com a tomada de poder feita em 1974 pela junta militar etíope, que fez valer naquela região do leste africano um governo provisório socialista que ficou conhecido como Derg.
Passados os anos, tivemos, em 1987, a decadência desse regime, em decorrência, sobretudo, da perda da influência soviética no âmbito global e da consequente queda de seus interesses no continente africano - o que tornou o regime ditatorial frágil e vulnerável às forças democráticas. No entanto, seriam necessárias mais três décadas para que víssemos o retorno de Bèyènè aos palcos e à sua terra natal. A grande ressurreição dessa lenda da música etíope veio a acontecer com o lançamento de seu álbum Mistakes on Purpose, no qual vemos a figura de um artista já maduro, mas, ainda, na busca pelo seu legado, pela revisitação de seu passado, de sua memória e de suas próprias contradições.
E foi, justamente, nesse ponto em que vimos aberta uma curiosa e inegável semelhança entre um caso vindo do outro lado do Atlântico, das terras tupiniquins, e aquilo que temos falado sobre Bèyènè. Acreditamos que seja quase um clichê da licenciatura as aulas de ensino fundamental nas quais o professor passa aos alunos as músicas de protesto que tanto eram comuns à época da ditadura, como forma de melhor os situarem no contexto e fazer com que a dinâmica seja mais atrativa para eles. No nosso caso, isso não foi diferente, sendo que uma figura em particular se manteve viva nas nossas considerações: Geraldo Vandré, o responsável pela famigerada ‘Para não dizer que não falei das flores’.
Tempos atrás nos vimos pegos por uma curiosidade acerca da carreira desse importante músico brasileiro que é tão mencionado quando falamos sobre 1964, mas que pouca ou quase nenhuma atenção recebe na mídia atual. Com uma rápida pesquisa compreendemos o motivo para tanto: perseguido pelo regime, Vandré fugira do país em 1969 e, mesmo após seu regresso ao país quatro anos mais tarde, renegou seu passado na música, afastou-se dos palcos e passou a se dedicar à carreira jurídica. Décadas depois, quando finalmente quebrou seu silêncio e veio a público, ele já nos aparecia como um outro homem, recusando todo o passado, afirmando que sua mais famosa música não passara de uma crônica daquilo que ele presenciara na Passeata dos 100 mil, não podendo ser ela enquadrada como sendo uma música de protesto. Além disso, de forma inesperada, Vandré ressurgiu como alguém que nutre profundo apreço pelas ordens militares e, mais especificamente, pela aeronáutica, a quem dedicou uma de suas mais recente músicas e com quem promoveu uma apresentação na qual veio a expulsar militantes de esquerda que protestavam a favor de Marielle Franco.
Conforme fica evidente, a trajetória desses dois artistas nutre de grandes semelhanças, mesmo que pertençam a realidades praticamente dissociadas e que nutrem de poucas intersecções entre si. No entanto, achamos interessante coloca-los um ao lado do outro para que bem possamos entender que existiu, entre os anos 1960 e 1970, uma verdadeira tendência de artistas e da própria cultura frente aos governos militares que eram patrocinados por um e ou lado que figuravam na Guerra Fria. Ainda que seja delicado fazer tal tipo de análise com base em apenas dois casos, é fato que ao menos factualmente Vandré e Bèyènè nos aparecem como dois artistas que abandonaram o sucesso e toda uma carreira que emergia ao estrelado em decorrência de suas desavenças e de seus medos para com os regimes de seus países. Os dois, de modo muito semelhante, parecem ter nutrido em exílio um grande temor e uma espécie de receio que os manteve calados por anos, mesmo que a vocação principal deles fosse a música. Frente a isso, perguntamo-nos se seria possível estudos mais amplos e que, em certa medida, fossem para além daquilo que tradicionalmente se busca em termos de aproximação entre Brasil e África, tendo em vista que existem muitas particularidades que possibilitam esse tipo de abordagem por caminhos que não são tão intuitivos.
Referências
1- https://www.africabib.org/rec.php?RID=242733395
2- http://www.tadias.com/12/04/2016/new-ethiopiques-cd-celebrates-legend-girma-beyene/
3- https://www.last.fm/music/Girma+Bèyènè/+wiki
4- http://blogs.jornaldaparaiba.com.br/silvioosias/2020/09/12/a-morte-e-a-ressurreicao-de-geraldo-vandre-que-chega-hoje-aos-85-anos/
5- https://www.redebrasilatual.com.br/revistas/2018/12/geraldo-vandre-o-ultimo-show-e-a-volta-silenciosa/
6- https://oglobo.globo.com/cultura/cinquenta-anos-depois-geraldo-vandre-volta-cantar-para-nao-dizer-que-nao-falei-das-flores-22523538
7- https://www.youtube.com/watch?v=OpUcFX2qVFA
8- https://www.youtube.com/watch?v=uIb-QqS29ik
9- https://www.youtube.com/watch?v=FByQWCMZY2s
10-https://www.youtube.com/watch?v=oISclvtT6X0
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Ebo Taylor, o highlife e o afrobeat ganês
Se anteriormente tratamos acerca do papel que Fela Kuti cumpriu para a música nigeriana e para a gênese do afrobeat, tratearemos, hoje, de um de seus principais amigos e aliados musicais: Ebo Taylor. Este fora um músico de origem ganesa que se constituiu, ao longo dos anos, como um dos maiores artistas da República da Gana e de toda a costa oeste do continente africano. Isso, certamente, em detrimento de sua vastíssima carreira, que teve início nos idos de 1950 e se estende até os dias de hoje, sendo que, mesmo que com seus avançados 84 anos, Taylor continua produzindo músicas, álbuns e subindo nos palcos, sem falarmos na participação indireta que ele vem tendo com os samples de suas músicas clássicas no cenário nascente do rap e do hip hop africano.
Segundo nos conta o seu próprio testemunho, Ebo teve seus primeiros passos no mundo da música na década de 50, quando tinha apenas 19 anos e foi contratado como guitarrista no grupo musical Havana Dance Band que performava, sobretudo, em Accra. É certo que foi nesse contexto, em que Gana se tornava uma verdadeira pioneira no movimento independentista, contando com a substancial ação política de Kwame Nkrumah e de seu movimento pan-africanista, que o músico ganês se viu, pela primeira vez, totalmente imerso no gênero que predominava nos ouvidos de seus compatriotas desde os anos 1920: o Highlife. Esse fora um gênero que mesclava um conjunto de formas importadas da América, como o jazz, o foxtrote e o calypso, com aspectos típicos da musicalidade acã, em um ritmo que tomou o gosto de grande parte das elites de Gana e Nigéria – as duas regiões em que o highlife foi predominante.
Anos mais tarde, quando já estava estabelecido como um dos mais fundamentais músicos da cultura ganesa, Taylor viajou para Londres, a fim de aprimorar seus conhecimentos musicais e foi, precisamente ali, que sua carreira veio a ter um verdadeiro ponto de viragem. E isso, principalmente, graças às influências às quais esteve submetido nesse fértil terreno, sobretudo, por conta do contato que teve com Fela Kuti. Juntos, tomaram gosto pelos padrões sonoros do jazz, blues e funk e vieram a ser, ao regressar aos seus respectivos países, os responsáveis pela criação do afrobeat. No entanto, se hoje lembramos mais de Kuti como o fundador do gênero do que Taylor, é por que a industrial musical ganesa sofreu um progressivo declínio após a independência com relação à Grã-Bretanha, de onde vinham seus principais e mais fundamentais fomentos. Toda essa conjuntura, acrescida dos profundos problemas políticos acarretados pelo governo militar que tomava conta do país, agravou-se entre os anos 1970 e 1980 e acabou contribuindo em muito para a derrocada do highlife e das próprias produções do nosso músico ganês.
Nesse sentido, um oportuno caso que gostaríamos de chamar a atenção, aqui, e que contribuí para tal análise diz respeito ao seu disco My Love and Music. Em uma entrevista dada ao The Vinyl Factory, Taylor revelou que, surpreendentemente, não se recordava de ter efetivamente escrito as composições desse álbum estreado em 1975. Esse dado, se associado ao fato de que as vendas desse disco não ultrapassaram as quinhentas cópias, mostra-nos que, de fato, este fora um cenário de dificuldades paras os artistas ganeses e, em especial, para aqueles que vinham daquela tradição do highlife que, naquela altura, vinha caindo em descrédito e perdendo a euforia do público geral.
Apesar disso, é curioso notar que com a idade, Taylor ganhou um verdadeiro vigor musical, sendo que, após um longo hiato, ele veio a ressurgir como produtor musical, investindo muito nos artistas emergentes no hip-hop e no rap de Gana, bem como voltou a lançar suas músicas em 2008, numa escalada que só vem crescendo. Para finalizar nossas reflexões, então, assinalamos para o seu último lançamento, que é intitulado Palaver e que veio ao público nos idos finais de 2019, trazendo à tona faixas que celebram todo o seu estilo típico que marcou a história da música ganesa, em uma tentativa de repetir o sucesso de Yen Ara, que animou muito dos entusiastas da música africana como um todo e, de certo, é uma ótima forma de percebemos a evolução e a solidificação da carreira de um grande e notório artista.
Referências
1- https://open.spotify.com/album/2gdtgeYm3JCSFzgxuqN1u0?si=4Oa31ZdNRceac4Z1Jjw5QA
2- https://open.spotify.com/album/3jJF7GDeEm98CO8rhS1rSJ?si=A3Z1w0DJTO2SZettga7JFQ
3- https://books.google.com.br/books?id=P9ORpnGJh_IC&q=Highlife+music&pg=PA525&redir_esc=y#v=snippet&q=Highlife%20music&f=false
4- https://helda.helsinki.fi/bitstream/handle/10138/25804/006_06_collins.pdf?sequence=1
5- https://radiolaurbana.blogosfera.uol.com.br/2019/08/01/pode-festejar-vem-ai-um-disco-inedito-do-ganes-ebo-taylor-de-1980/
6- http://www.sopedradamusical.com/lenda-da-musica-de-gana-ebo-taylor-lanca-novo-album-aos-82-anos-yen-ara/
7- https://thevinylfactory.com/features/introduction-ghanaian-afrobeat-ebo-taylor/
8- https://www.huffpost.com/entry/love-and-death-the-new-al_b_764735
9- https://kofimusings.com/2012/09/19/tales-from-a-troski-his-name-is-ebo-taylor/
10- https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/63-anos-da-independencia-de-gana-primeira-na-africa-subsaariana.phtml
11- https://www.theguardian.com/music/2015/jul/07/the-playlist-world-and-folk-music-caetano-veloso-moriarty-shirley-collins-ebo-taylor-and-more
12- https://youtu.be/cMiPIq0dfmo
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Rainha de Katwe e o Gambito da Rainha
Nesse post em específico decidimos falar um pouquinho sobre a Uganda, mais especificamente sobre um filme que se passa no país. Mas antes, uma breve apresentação do lugar.
Uganda fica no Leste da África e é um dos países banhados pelo Rio Nilo e não possui saídas para o mar. Foram colonizados por ingleses e conseguiram sua independência em 1962, sendo que o inglês acabou sendo uma das línguas oficiais do país junto com o suaíli (uma língua banta). Esse é um ponto a ser levantado: muitos países da África tem o inglês como língua oficial além de manter as línguas dos antigos reinos existentes. Pra situar vocês a gente vai colocar um mapa:
Abaixo do Sudão, do lado da República Democrática do Congo a oeste e ao lado do Quênia a leste fica o país que se passa o filme “Rainha de Katwe”. Phiona, a personagem principal (de camiseta laranja) é uma menina comum, que vive uma vida humilde com sua mãe e seus 3 irmãos. Phiona não possui educação, nem seus irmãos, nem sua mãe, eles apenas vendem legumes para sobreviver. Porém, um dia, Phiona conhece Katende (de camisa colorida segurando a mão da mãe da Phiona de amarelo -sim, é a grandíssima Lupita Nyong’o-) e por ele, um professor de xadrez, ela conhece o jogo que vai mudar sua vida. Obviamente não é tão fácil quanto a gente imagina, o filme se passa de 2007, quando ela conhece seu “Coach” como eles mesmo chamam, até 2012. A situação em que Phiona vive é extremamente complicada para conseguir se dedicar ao xadrez, ela dorme no chão com os irmãos em uma casa que o chão é de terra. Porém, a gente não vai trazer o discurso de uma única África que só existe sofrimento e fome. Não. O filme, produzido pela Disney, corta esse estereótipo. Kampala, onde o filme se passa e onde Phiona vive é a capital de Uganda e mostra todo o lado rico que a cidade possui. Escolas boas, lugares bonitos, crianças com roupas caras. Na primeira vez que eles enfrentam uma escola de gente com maior poder aquisitivo, eles acabam tendo crises de choro e se desesperam. Uma das cenas que me tocou foi quando o professor entra na sala que possui as camas para eles dormirem e todas estão com lençol dobrada, o colchão intacto e todo mundo junto dormindo no chão, é assim que eles foram acostumados de qualquer jeito. Porém, o professor acalma todo mundo e a Phiona ganha do melhor jogador do colégio. Além disso, outro ponto que é importante mencionar é o fato deles viajerem para o Sudão em uma competição, outro país africano, que é mostrado como um lugar lindo, cheio de comida gostosa, onde eles experimentam ketchup e adoram, um lugar como qualquer outro no planeta. Obviamente esse post não terá spoiler, mas essa história é real. A Phiona existe e ela é uma das maiores jogadoras de xadrez.
Agora, vamos falar de uma série da Netflix: O Gambito da Rainha
Também sobre xadrez, a história, que se passa durante os anos 60, é sobre uma menina orfã: Beth Harmon que vai morar em um orfanato depois que sua mãe morre. Nesse orfanato ela aprende a jogar xadrez com o zelador que fica impressionado com o talento da menina e passa a jogar sempre com ela. Com 13 anos (na verdade 15, o orfanato mente) ela é adotada. O pai abandona a família, porém a mãe fica ao lado da menina e a apoia quando ela decide que quer entrar em competições. Obviamente também não terá spoiler, mas essa história não é real, então claramente, para fins de uma série comum, a menina ganha todas as competições e parece ter um Q.I de mais de 250 (brincadeira). Ela enfrenta alguns problemas também, não como Phiona que enfrenta uma pobreza mais severa, Beth possui problemas com álcool e calmantes e isso chega quase a destruí-la. O ponto de comparação é: a série da netflix explodiu. “Ah, mas é a Netlix”. Rainha de Katwe é da Disney. Como podemos ver no tweet abaixo da Netflix Brasil a série realmente foi um sucesso.
Se vale a pena assistir uma então também vale a pena assistir outra. O Xadrez é um jogo incrível e o filme Rainha de Katwe mostra bem isso. O jogo é importante para Phiona porque mostra que ela é uma lutadora e também extremamente inteligente. Sem falar que a fotografia da série é linda, a edição de cor é espetacular e a trilha sonora com muita música africana é sensacional. A linha temporal também é bem definida e te ajuda melhor a compreender como as coisas acontecem na realidade. Além de, obviamente mostrar um país africano de um modo que corta com as ideias de guerra e sofrimento. A recomendação é assistir tanto o filme quanto a série.
Referências:
1- https://www.youtube.com/watch?v=LgBOmczxnTc&ab_channel=WaltDisneyStudiosBR TRAILER DO FILME
2- https://observatoriodocinema.uol.com.br/filmes/2020/09/conheca-a-emocionante-historia-real-por-tras-de-rainha-de-katwe
3- https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=EkSP9XUIAKsC&oi=fnd&pg=PR9&dq=Uganda&ots=vqYOKBRPRB&sig=WMratJ-jojFHo0fyhAxUQ15FMas#v=onepage&q=Uganda&f=false
4- https://brasilescola.uol.com.br/geografia/uganda.htm
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Fela Kuti, a Guerra Civil da Nigéria e a gênese do afrobeat
Se lembram que havíamos dito que somos entusiastas da produção musical dos anos 70? Pois é, hoje teremos mais uma postagem centrada nessa temática. Deixando os conflitos políticos angolanos para trás, mas sem deixar de pensar a conjuntura independentista do continente africano, gostaríamos de lançar mão, agora, da obra de um dos músicos mais singulares e importantes para a música nigeriana e africana moderna: Fela Anikulapo Kuti. Nascido em Abeokuta, desde muito cedo nutriu de uma grande formação nos assuntos musicais, tendo estudado no Trinity College of Music desde 1958 e tido contado com grandes nomes do funk e do soul quando, fugindo da Guerra Civil que tomou conta de seu país natal, imigrou para os Estados Unidos junto de seu grupo musical. Segundo nos narra Carlos Moore na biografia que fizera sobre Kuti, foi neste momento em que ele verdadeiramente dera vida ao estilo musical que ele mesmo passaria a caracterizar como afrobeat – um “caldeirão de ritmos”, como chama Marco Antonio Miguel, marcado pela mescla do funk, soul, jazz, rock psicodélico, da musicalidade yorubá e da percussão tipicamente africana, em um estilo que abusa do uso de baixo, guitarras, piano elétrico, saxofone e dos famigerados vocais de chamado-e-resposta.
Acerca deste último aspecto é interessante lembrarmos daquilo que Calos Calado nos apresenta em seu escrito O Jazz como Espetáculo. Segundo o autor, foi nítida a import��ncia que os elementos teatrais tipicamente afro-americanos tiveram para a emergência do jazz norte-americano, sendo que este foi um fruto histórico direto de uma tradição de cunho religioso que se manteve viva, mesmo com as imposições que pesavam sobre os escravos, sendo que o chamado-e-resposta enquanto um elemento marcante do gênero foi algo retomado das work-songs tradicionalmente feitas pelos negros no trabalho agrícola. Desse modo, é interessante pensarmos que essa característica influenciaria a concepção de Kuti e de seu afrobeat, visto que esta foi uma marca preservada da cultura africana pelos escravos levados ao E.U.A., mas que acabou integrando um dos gêneros mais célebres do continente de origem destes.
Superadas tais divagações, é importante frisarmos que a atuação musical de Kuti tinha como uma de suas principais marcas a crítica política e o posicionamento contrário ferrenho frente ao governo central nigeriano. O aflorar de suas ideias e de seus posicionamentos político-filosóficos foi algo que assinalou a sua vida desde mesmo de seu nascimento, tendo em vista que sua própria mãe, a primeira mulher nigeriana a dirigir um carro, teve participação ativa e intensa na militância feminina no movimento anticolonial do país, tendo sido ela própria uma grande influência para seu filho. Anos mais tarde, foi na figura de Sandra Smith que o criador do afrobeat viria a tomar contato íntimo com os princípios apregoados pelo Back Power, Malcon X, Eldridge Cleaver e por Kwame Nkrumah –de onde Kuti veio a tomar grande inspiração, sobretudo, no que diz respeito ao Pan-africanismo. Frente a isso, não é de se estranhar o posicionamento marcante que ele viera a ter quando regrediu à Nigéria, fazendo notáveis oposições à ditadura militar que, ali, havia sido instaurada em 1970.
Nesse sentido, gostaríamos de chamar a atenção para um episódio específico que muito nos chamou a atenção. No idos de 1974, Kuti, sua família e alguns de seus parceiros musicais fundaram uma comuna nomeada República Kalakuta, que, sendo formada por um grupo de casas situadas próximas a Lagos, declarou-se independente do país. Esse fato, por si só, já acirrou os ânimos entre o músico e o governo de Olusegun Obasanjo, mas foi, sobretudo, com o lançamento do álbum “Zombie”, em 1977, que essa situação seria violentamente agravada. Por meio dessa composição célebre, Kuti fez uma alegoria extremamente crítica ao exército nigeriano que tomava conta do governo central do país, até então, aproximando-o da figura metafórica de um zumbi, que não é capaz de agir por si só e pensar de forma independente, assim como os próprios soldados, que, na sua visão, apenas acatavam às ordens superiores sem qualquer discernimento e/ou crítica.
Frente a isso, o ditador enviou suas tropas à Kalakuta, que, em uma ação extremamente repressiva, acabaram torturando e espancado Kuiti, bem como assassinando sua mãe e acabando com a existência da comuna. Em uma atitude mórbida, o músico, exilado em Gana após tal episódio, enviou ao principal quartel do país e caixão no qual seria enterrada sua progenitora, além de ter lançado outras duas músicas em sinal de protesto: “Coffin for Head of State” e “Unknown Soldier”. Certamente, essas foram as passagens mais singulares que assinalaram sua carreira e que nos ajudam a ter uma dimensão da vida política e cultural nigeriana na segunda metade do século XX, mas que, sobretudo, deixam evidente que o ambiente musical no qual um dos mais influentes e alegres ritmos africanos era notadamente politizado e influenciado pelo intelectualismo tipo dos movimentos internacionais negros daqueles dias.
Referências
1- https://open.spotify.com/album/4CGGf13zt9Jva2ia4CKQi6?si=qfqWmd2BQGy1nDjKJrQuaQ
2- https://books.google.com.br/books?id=E-9-DAAAQBAJ&dq=intitle:fela+intitle:kuti+intitle:bitch&hl=en&sa=X&redir_esc=y
3- https://books.google.com.br/books?id=_fwkCIKoTpgC&pg=PA160&lpg=PA160&dq=Bra+Sello&source=bl&ots=NIJbl3AX_l&sig=ACfU3U1voD4ksGbKZEeXCAuVNtskMfSpWw&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwigpba5uufrAhVbHbkGHeSBCxwQ6AEwGHoECAcQAQ#v=onepage&q=Fela%20Kuti&f=false
4- https://books.google.com.br/books?id=x-KW9f02oNMC&pg=PA57&lpg=PA57&dq=Bra+Sello&source=bl&ots=D_G1mj7hvq&sig=ACfU3U0tOpMZpJuUbhPE_yIqQ-Qv10XFdw&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwigpba5uufrAhVbHbkGHeSBCxwQ6AEwF3oECAgQAQ#v=snippet&q=Fela%20Kuti&f=false
5- https://revistaraca.com.br/a-origem-do-afrobeat/
6- https://soulart.org/eventos/a-intensa-melodia-de-fela-kuti
7- https://www.nytimes.com/2003/07/17/arts/celebrating-the-life-and-impact-of-the-nigerian-music-legend-fela.html?pagewanted=1
8- https://soulart.org/eventos/a-intensa-melodia-de-fela-kuti
9- CALADO, Carlos. O Jazz como Espetáculo. Editora Perspectiva, São Paulo, 2007.
10- http://d-scholarship.pitt.edu/10261/
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‘Mais Um Dia de Vida’ e a memória de uma guerrilheira angolana
Dando seguimento àquilo que havíamos tratado no post que fizemos anteriormente, gostaríamos, hoje, de abordar outro tema diretamente ligado à temática independentista angolana. Mais especificamente, queremos lançar luz, aqui, para duas obras complementares que nos ajudam a ter uma dimensão mais apurada acerca desse conflito que foi travado no país naquela segunda metade do século XX: a primeira se trata de um livro de um jornalista polonês, Ryszard Kapuscinski, cujo título é “Mais um Dia de Vida – Angola 1975”; e, a segunda, “Another Day of Life”, que diz respeito a um longa-metragem fruto do trabalho de Raú de La Fuente e Damian Nenow, que juntos tentaram trazer às telonas uma dramatização digitalmente animada do importante escrito jornalístico mencionado anteriormente.
Ambos são baseados nas experiências reais vividas por Kapuscinski no período de tempo que estendeu de setembro a novembro de 1975, quando, buscando dar ensejo a uma investigação mais vívida do confronto armado que se alastrava por toda a Angola, visitou a região sul do país (precisamente Pereira d’Eça, atual Ondjiva), em um momento em que se desenhava melhor a guerra civil ente a FNLA e a MPLA, no pós independência. Foi durante a estadia do jornalista nesse entremeio, que tivemos a chegada das tropas enviadas pela África do Sul em apoio à primeira e as de Cuba, que viriam dar suporte à segunda, em um embate que claramente fazia viva na Angola a Guerra Fria. A narrativa, centrada nos percalços enfrentados pelo polonês e sua equipe, apresenta grandes e dramáticos momentos, em uma trama que mistura elementos documentaristas e outros mais poéticos, que beiram muito ao estilo surrealista.
No entanto, o relato mais substancial e que certament, enriquece muito o livro e, principalmente, o filme ganhador do prêmio Anima Mundi 2019, é aquele em que Kapuscinski nos introduz a Carlota – uma guerrilheira que, aos 20 anos, galgava uma posição de comando de uma das tropas sulistas da MPLA , sendo descrita como uma forte, nobre, determinada e sagaz combatente que se sacrificou em nome de sua causa. Frente a essa figura, a película, diferentemente até mesmo daquilo que o próprio jornalista fez, imbuiu-se de uma espécie de compromisso político e identitário, partindo do pressuposto de que seria substancial para a memória de Angola que Carlota fosse exaltada e rememorada, pois ela, mesmo que tenha sido uma das personalidades mais singulares e substanciais para toda aquela complicada e delicada conjuntura guerrilheira de 1975, acabou por cair no esquecimento pela tradição histórica e memorativa desse país, assim como muitos outros que fogem ao nosso conhecimento.
Em uma das reportagens que lemos a respeito disso, pudemos ter contato com a opinião de alguns angolanos contemporâneos que, além de relatarem suas vivências junto da combatente, apontavam, de um modo geral, para o desafio necessário que os historiadores modernos têm para com Carlota, tendo em vista que escassos são os documentos que efetivamente corroboram para o estudo de sua biografia, ainda que ela tenha sido uma grande heroína para a independência do país. Apesar disso, é importante termos em mente aquilo que Hélia Santos assinalou em uma de suas resenhas com relação ao papel que livro e filme assumem em meio a essas discussões. Nas concepções da estudiosa, não podermos perder de vista o fato de que o relato de Kapuscinski e o do longa derivado dele são duas produções feitas a partir da perspectiva de um estrangeiro, branco e, em grande medida, alheio àquele ambiente descrito, sendo que “Another Day of Life” acaba, até mesmo, caindo em uma situação conflitante já que se propõe a reabilitar a imagem de Calota, mas, na prática, exalta em demasia o estereótipo típico do jornalista etnólogo e aventureiro que narra sua jornada em um ambiente tribal e curioso aos olhares ocidentais.
Referências:
1- https://www.amazon.com.br/Mais-Dia-Vida-Angola-1975/dp/9896711763
2- https://www.youtube.com/watch?v=KFqf5h2kqf8
3- http://m.redeangola.info/especiais/carlota-a-guerrilheira/
4-https://www.academia.edu/38505993/MAIS_UM_DIA_DE_VIDA_MEMORIALIZACAO_DO_JORNALISTA_ESQUECIMENTO_DE_ANGOLA
5- https://www.diariodaregiao.com.br/_conteudo/2019/07/cultura/filmes/1159965-filme-sobre-angola-vence-anima-mundi.html
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Teta Lando e a Independência Angolana
Nesse primeiro post, gostaríamos de fazer uma dedicatória a todos aqueles que se perdem no algoritmo do YouTube e acabam achando todo um mundo inexplorado de músicas que não fazíamos ideia que existia, porque foi graças a uma dessas ocasiões aleatórias de divagação cibernética que acabamos nos deparando com uma das produções musicais que mais nos surpreenderam em anos. Nesses últimos tempos, temos dedicado nosso tempo livre para entendermos e conhecermos melhor o ambiente cultural, tanto brasileiro, como internacional, dos anos 60 e 70, visto que muito do que se produziu nesse recorte em termos de música nos agrada profundamente. Graças a isso, acabamos descobrindo um músico angolano chamado Alberto Teta Lando (1948-2008), que dedicou sua carreira para composições do estilo “semba” (e não, não escrevemos samba errado), que foi um gênero que tipicamente se desenvolveu na Angola nos idos de 1950 e que, ali, ganhou muita popularidade.
Mais especificamente, a produção de Lando que tivemos maior contato foi o álbum “Independência”, que lançado em 1975, conta com canções que podem nos ajudar em muito a compreender, não apenas o cenário musical dessa época, mas, também, toda a conjuntura da Guerra de Libertação Nacional Angolana e a derrocada do Regime Salazarista-Marcelista. Isso porque se pegarmos, por exemplo, a música que dá início à composição, “FNLA – MPLA”, perceberemos uma clara dedicatória do autor à Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) – dois dos grupos mais fundamentais que lideraram toda a luta anticolonialista desde meados de 1961 e que vieram, anos mais tarde, a figurar uma sangrenta disputa pelo poder que se estendeu até o ano de 2002.
Caso queiram se aprofundar no assunto, vamos deixar disponível, aqui, um link para um TCC que trata precisamente do papel de cada entidade paramilitar que figurou nessa conjuntura de luta por independência e que alcançaram seu objetivo no mesmo ano de lançamento do álbum. Mas, de um modo geral, podemos entender que, enquanto o primeiro seguia uma cartilha de orientação marxista-leninista e era apoiado pelas nações comunistas da época (como Cuba, Congo e U.R.S.S.), o segundo era suplantado pelo outro lado bloco que buscava hegemonia política durante a Guerra Fria no continente africano, nomeadamente E.U.A. e África do Sul. Mesmo que naturalmente fossem rivais ideológicas, essas duas forças conseguiram lutar em conjunto até 1975, quando efetivamente conseguiram livrar Angola do subjugo português. Porém foi, a partir daí, que ambas se chocaram e levaram a cabo um conflito que só teria final no início do século XXI, com a vitória política da MPLA.
No entanto, cremos que a música que mais nos chamou a atenção fora “Irmão Ama O Teu Irmão”, na qual Lando cantava em apelo à união frente às forças coloniais portuguesas, ressaltando que as diferenças políticas, ideológicas e, até mesmo, raciais, fossem suprimidas em detrimento dessa causa maior. Desse modo, quando cantou que “vê nele somente um angolano”, o compositor demonstrava, por um lado, que os acirramentos políticos internos à Angola eram evidentes, mesmo antes da Independência, sendo que, na faixa “Angolano Segue em Frente”, por outro, sublinhava a necessidade de brancos, mulatos e negros se ajudarem, visto que o caminho até a liberdade era repleto de percalços, sendo a única saída à verdadeira felicidade a união de suas forças. Essa preposição faz sentido, na medida em que compreendemos aquilo que Fernando Tavares Pimenta aponta em “O Estado Novo português e a reforma do Estado colonial em Angola”, que nos evidencia que as elites brancas donas de grandes corporações econômicas viram de perto a ruína de seu poderio econômico, com a derrota dos interesses portugueses naquela recém independente nação africana - a quem Lando faz apelo, quando convoca todos aqueles brancos que tivessem “vontade de fazer uma Angola verdadeiramente livre” a se unirem à causa independentista.
Ainda que seja difícil precisar quando exatamente fora escrita cada música, é certo que elas compuseram um dos primeiros e mais importantes álbuns da história angolana, já que foi apenas em 1969 que o primeiro estúdio efetivamente se instalou no país, sendo esses primeiros momentos um verdadeiro cenário fundacional da música popular angolana. Por isso, achamos interessante trazê-lo para uma de nossas discussões, pois, conforme o depoimento de Chimamanda Adichie no TedEX nos diz, é importante promovermos a tão necessária pluralidade no trato dos assuntos ligados à História da África, bem como rompermos com as acepções “tribalistas” e clichês que nos foram relegadas pela tradição histórica oitocentista, trazendo fontes genuinamente produzidas no continente como forma de melhor aprofundamos nas questões.
Referências:
1- https://open.spotify.com/album/3mVWmHZzztsm1RZFZOBYqv
2- https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-90742014000200250&script=sci_arttext
3- https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/36933
4- https://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/angola-independencia-guerra-civil-apos-quatro-seculos-de-dominio-portugues-10110726
5- https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/17-anos-do-fim-da-guerra-civil-angolana.phtml
6- http://www.thejukeboxrebel.com/teta-lando-independencia
7- https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=Ie1HBAAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT9&dq=teta+lando&ots=pkzHZdEnXZ&sig=dtlfTMRSmaRS2b7I28ZtS0hfU6k#v=onepage&q=teta%20lando&f=false (Nesse livro, encontramos alguns testemunhos de Teta Lando acerca da cena musical de Luanda durante a década de 1960. Apesar de não se referir diretamente ao álbum que, aqui, abordamos, é uma interessante referência para entendermos a percepção do artista à época de produção dele).
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Resolvi falar de política internacional? Talvez. Na verdade quis vim falar sobre uma série que é uma das minhas preferidas de humor e ainda traz a cultura latina p mundo todo.
One Day at a Time fala sobre uma família cubana que vive nos Estados Unidos. Lydia Riera, diretamente de Cuba, fugindo do governo de Fidel, uma grande dançarina e talvez a melhor pessoa da série (já voltamos p ela), Penelope, filha de Lydia, uma mulher extremamente forte e batalhadora que foi militar no Afeganistão e mãe de Helena e Alex. Todos latinos. Por um lado Helena que é extremamente militante, feminista, lésbica, afronta quem ela quiser e do outro lado Lydia que é sua avó e extremamente religiosa. Papito (Alex) é só um adolescente normal, super engraçado, que se preocupa com sua aparência pois quer conquistar as chicas. Mas qual o contexto de tudo? Vamos lá.
Temporada 1, episódio 9: Viva Cuba! Um episódio extremamente emocionante que eu sempre quis saber mais do contexto histórico. Lydia revela que veio para com seus irmãos (que os personagens conhecem) mas conta que uma irmã ficou para trás (ngm sabia dessa irmã) pois ela já era maior de idade e não pode embarcar em fuga para os EUA. Não quero dar detalhes do episódio pois é uma série q realmente vale a pena assistir, mas sobre o que eu vou falar então? vou falar brevemente sobre o pq a Lydia vazou de Cuba e a relação dos EUA com Cuba.
Cuba, antes de sua independência, era colônia da Espanha. Dessa forma, existiram guerras para deixarem de serem dependentes da Espanha, sendo a última guerra foi de 1895 até 1898. O que aconteceu? Cuba lutava contra a Espanha falando “mano, libera nós, ces tão louco é” e a Espanha “não não, a gente n quer libertar ngm não, vcs q lutem” e lutaram né? Acabou que nessa última guerra os EUA tirou a Espanha de loka e mudou de lado indo apoiar Cuba. Ou seja, Cuba venceu. E por que isso? bom, os reis do capitalismo fizeram isso pq Cuba era um grande centro de venda de açúcar e depois da independência, os EUA controlavam basicamente o país todo, controlava a economia em favor deles e tinha controle militar tb. Agora pula lá p frenteeeeeee em 1959 quando Fidel Castro assumiu e começou seu governo, bom, o contexto mundial era de Guerra Fria e os EUA era a peça chave desse momento, o que aconteceu foi Fidel fazer acordo com a URSS pois o modo de governo era parecido, né? ;) Os EUA ficou pistola, os caras sempre tiveram problema desde então, até nosso “amado” Obama visitar o país em 2014 e aparentemente ficar tudo bem? Veremos. Mas enfim, o que a Lydia tem com isso tudo? A Lydia fugiu desse governo do Fidel e ela sempre comenta isso na série mas nesse episódio em específico ela diz que foi embora através da Operação Pedro Pan que levou milhares de crianças para os EUA pois estavam fugindo do governo. É nesse contexto q a Lydia sempre fala de sua vida em Cuba e de sua vinda p EUA.
Bom, só quero deixar de indicação essa série que é sensacional e me faz gargalhar de rir. One Day at a Time é uma obra prima.
Fontes: https://bdm.unb.br/bitstream/10483/20365/1/2017_BrendaCoelhoAssuncaoSilva_tcc.pdf
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/96285/morrone_p_me_mar.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Pedro_Pan
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O assunto nesse post é um pouco mais difícil e sério pois é sobre racismo. É um dos maiores ataques de racismo que foi completamente silenciado.
1921, Oklahoma aconteceu o massacre de Tulsa, sim, foi um massacre e foi por puro racismo.
Como você chegou nisso, Iris? Bom, estamos vivendo um tempo de protestos no meio de uma pandemia global pq as pessoas ainda são ruins de almas. Aconteceu o episódio com o George Floyd, um homem negro que foi sufocado até a morte por um policial que abusou completamente da autoridade, pois claramente se a pessoa não ta armada não tem pq usar violência né? Enfim, protestos gigantescos foram feitos nos EUA e quando acontece essas coisas lá eles realmente destroem TUDO. Com isso, a tema racismo entrou em uma evidência gigantesca (o que já deveria ser) e creio que trazer a história triste do distrito de Greenwood seria pertinente nessa pauta pra gente entender como pessoas conseguem ser ruins.
Como sempre, o presidente atual dos EUA gosta de fazer merda (me perdoem pelo palavrão mas eu simplesmente não consigo com esse cara) e decidiu marcar comício na cidade de Tulsa no dia que é comemorado o fim da escravidão e muitas pessoas não acharam legal pois ele é uma figura que representa xenofobia e racismo, né?! Por conta disso, o assunto foi muito comentado e eu só descobri sobre isso pelo canal da Nilce e do Leon chamado “Cadê a Chave”. Pra quem não sabe a Nilce é formada em jornalismo pela UNESP (irmã unespiana) e o Leon fez RI pela Puc e mestrado na Alemanha em linguas de minorias. Enfim, eles comentaram sobre o assunto pois fizeram um vídeo falando sobre o Trump e eu fui pesquisar sobre o massacre (vou deixar tudo nas fontes, como sempre). É realmente uma história bizarra de triste. Vamos lá.
Os Estados Unidos na época de 1920 era extremamente racista e existia as leis da segregação juntamente com a corja de fdp que formavam a K K K. Pra quem não entende muito bem isso é o seguinte: negros não podiam frequentar os mesmos espaços que os brancos, os ônibus tinham marcação onde poderiam sentar (longe de brancos), existiam lugares que eram frequentados apenas por pessoas brancas, banheiros específicos pra cada etnia, bebedouros de água separados etc. Ou seja, existiam bairros negros e o distrito de Greenwood era um lugar específico desses. Porém, aquele local começar a prosperar, então, lojas foram construídas, cinemas, biblioteca e era como se fosse uma mini cidade. E a gente sabe como invejoso, infeliz que é mal amado funciona né? Os brancos não gostavam de ver pessoas negras prosperando. E como aconteceu o massacre? Um guri negro de 19 anos entrou em um prédio na cidade, que era o único que negros podiam utilizar o banheiro, e tinha uma garota de 17 anos no elevador que gritou. Ngm sabe pq essa guria gritou mas o cara simplesmente foi preso por acusação de estupro. A glr branca queria linchar o menino... Eu n sei nem como continuar sentindo a raiva q eu to. A população negra foi defendê-lo, pois era um absurdo os caras quererem linchar o guri. O que aconteceu foi uma confusão pois armas foram disparadas e a glr branca simplesmente decidiu ir até Greenwood e botar fogo em tudo. Foi tudo destruído e inclusive pessoas foram mortos e os corpos nunca foram encontrados (gente???????????) a glr perdeu tudo o que tinha. Tudo isso por puro racismo.
Enfim, achei um assunto importante a ser tratado. Racismo é um assunto que dói muito pois o genocídio negro é algo que acontece diariamente. Pessoas são mortas todos os dias por conta da cor da pele, inclusive crianças que estão brincando dentro de suas casas que a polícia invade e mata. Crianças.
Tem o livro Randy Krehbiel chamado Tulsa 1921: reporting a massacre. Tem a série Watchmen que retrata sobre o massacre tb.
Fontes: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-50188869
https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2020/06/19/interna_internacional,1158226/trump-reaviva-dolorosas-memorias-de-um-massacre-racial-em-tulsa.shtml
https://www.youtube.com/watch?v=x-ItsPBTFO0
https://www.youtube.com/watch?v=8S0EZdxsWr4
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Hoje teremos esse assunto novamente: Guerra. Mais especificamente o caminho para guerra que eu sei que é mais difícil de compreender. A gente sempre se pergunta “mas como chegou nisso, cara?” pois é.
E por que esse assunto? Bom, estava eu e meu namorado falando sobre as bandas que ouvíamos na adolescência e brincando sobre o fato que a gente curtia uns sons diferentes. Eu, com muito orgulho, digo que já fui emo. Sim, é isso mesmo, fui emo. Então, sempre fui fã de rock e umas músicas com umas pegadas meio diferentonas. Foi aí que meu namorado veio com alguns nomes de banda que fazem rock histórico. Sim, os caras cantam rock sobre história. Eu fiquei em choque pq isso é simplesmente genial????!!!!! Enfim, dentre as bandas todas ele me mostrou uma que tinha um tipo de canção de marinheiro, que era muito maneira chamada: The Cruel Wars - The Dreadnoughts. Essa música fala sobre esse tal Johnny que vai p Alta Alemanha. Mas aí que ta, tinha comentários no vídeo falando “ué, mas tem uma dessa versão irlandesa”. É uma canção que foi adaptada p vários lugares. A versão irlandesa é Johnny I Hardly Knew Ye - The Irish Rover. É sempre nessa pegada de falar sobre o Johnny na Guerra, sobre sua batalha. E aí chegamos nos EUA com a canção When Johnny Comes Marching Home - que eu não achei uma banda específica, é tipo um hino dos caras. E fala sobre o Johnny chegando da Guerra e todo mundo feliz por ele.
Mas e por que a guerra aconteceu p Johnny ir? Ele era sulista ou era a favor do norte? Vamos lá. A gente entende a Guerra Civil dos EUA como uma guerra sobre a escravidão e é quase isso. Thomas Jefferson se elege presidente e entende que uma expansão de terras é uma forma de dar mais liberdade para as pessoas de seu país, porém, quando isso ocorre e grandes fazendas são formadas acontece de a mão de obra empregada ser a escrava e tem gente que entende isso de uma maneira errada (porque é). Assim, começa um estranhamento, sabe? qnd vai ter briga na escola e antes dos caras se atacarem eles ficam se olhando tipo “e aí irmão ta louco? q ce ta fazendo?”. A briga na verdade é política, assim os EUA é dividido com uma “linha” entre Norte e Sul, quem estivesse no Norte tinha q empregar mão de obra livre e o Sul fazia o que queria. Porém, mais terras são “conquistadas” pelos EUA e outra briga acontece “então parças, a gente vai implantar mão de obra escrava pq é no sul” e aí o norte pensa “esses pilantras vão adicionar mais terra p sul e aí vão ter mais representação no Congresso, agr ta tudo dividido, 21 estados do norte e 21 do sul... eles vão ganhar da gente.” E aí começa o barraco, é briga de poder, meu amor. Escravidão não é algo certo para o Norte então cria um sentimento antisulista. Com isso, muuuuuuuitos escravos vão fugir p Norte e irão ajuda-los contra o Sul. Em 1854 tem o primeiro conflito armado e com mortes. Abraham Lincoln assume a presidência em 1861 e o Sul não aceita, os estados começam a declarar independência pq precisavam proteger seus interesses e aí acontece uma coisa que é a gota d’água e a guerra estoura. Tinha uns fortes militares pelo país, um forte, especificamente, na Carolina do Norte, chamado Forte Sumter, que os nortistas tinham recebido o aviso que iriam enviar comida p lá e para os sulistas tinham dito que a glr do norte iriam mandar armas e soldados, aí os sulistas atacaram o local como se fosse uma “defesa-ofensiva” (inventei esse termo). E assim começa a guerra. Assim Johnny vai p guerra de secessão e p todas as outras que participou nas canções. Agr, eu não sei te dizer que lado ele estava. Fica p imaginação. (vale a pena ouvir as músicas)
Fontes: https://www.youtube.com/watch?v=4VYZcv6veVM&t=222s
https://www.youtube.com/watch?v=1RvYthCUjNY
https://www.youtube.com/watch?v=lLV5GVWnVqs
https://www.youtube.com/watch?v=wFUTHcjiZGo
https://www.youtube.com/watch?v=d9uarq2_hQ8
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E aí filhotes de demogorgons! Ansiosos pela 4 temporada de Bagulhos Estranhos? pq eu estou SEDENTA para ver minhas crianças derrubarem o Stalin no soco e na telecinese.
Sim, vamos falar de Stranger Things hoje, especificamente da 3ª temporada, a última lançada e já to avisando que eu sou extremamente fã, inclusive fiz meu namorado ser fã também, então se preparem.
Vamos do começo: Stranger Things é uma série original da Netflix, com 3 temporadas, sendo sua estreia em 2016 (nem na faculdade eu tava e agr to no último ano... cruz credo??!!). ST se passa nos 80, então tem toda aquela vibe que o jovem chato da internet gosta, tem um rockzinho, tem cabelos feios que parecem que enfiaram uma cumbuca na cabeça e passaram a tesoura naquele formato, tem calça de cós alto, tem RPG e tem guerra fria (quase já no seu final). Enfim, o ponto da série são as crianças lutando com um tipo de monstro do submundo - curious fact: na real a série era p ser sobre os atores adultos que tem uma história já no cinema mas as crianças se destacaram demais e fez todo mundo ter vontade de adotá-los e todo mundo da série ficou surpreso com a repercussão dos adolescentes hahaha-.
Enfim, como é uma série que se passa nos anos 80 tem um grande contexto histórico que é sim explorado na série. Passando rápido pela primeira temporada, que provavelmente deve se passar em 83 (eu não lembro), tem menção a personagem principal, a Eleven, ser uma “arma” dos russos contra os EUA (pois ela possui telecinese). Na segunda temporada, qnd a Eleven foge da casa do Hoper, vemos a menção de “uma possível menina russa estar correndo na floresta perdida”. E nessas duas temporadas temos uma luta gigantesca dos civis com o governo americano que esta produzindo em laboratório esse tipo de “arma” humano. Tanto que temos mais uma menina apresentada na segunda temporada que também tem poderes mentais, no caso ela �� irmã da Eleven. E aí chega a 3ª temporada, que eu pretendo falar um pouco mais.
Deu uma polêmica qnd saiu essa última temporada e por que? Teve uma glr que veio dizer que essa season era uma propagando anticomunista... deixa eu falar uma coisa aqui: É ÓBVIO QUE SIM GENTE PQ OS ESTADOS UNIDOS TAVA LATINDO P UNIÃO SOVIÉTICA E A URSS TAVA LATINDO DE VOLTA P ELES. que surpresa né??? Mas agora eu vou explicar direito, precisava só desabafar. A Guerra Fria começa em 1945, com o fim da Segunda Guerra e ela termina em 1989 com o fim da URSS. Em 1945 os EUA, junto com a Inglaterra e a URSS saíram vitoriosos da Segunda Guerra e entre eles decidiram como dividir a Alemanha. Os Estados Unidos ficou com a parte Ocidental e a URSS com a parte Oriental da Europa. Dessa forma, eles tinham suas influências nessas países do ocidente e do oriente. Os Eua tava com muito medo de uma onda comunista surgir no mundo por conta de ta todo mundo quebrado depois da guerra, imagina, não foi tão fácil acabar com os nazistas. Então, eles investiram no plano Marshall (que não é o de How I met your mother, quem nos dera pq ele é a pessoa mais fofa do mundo). O plano Marshall era meio que um plano de empréstimo de dinheiro p glr se reconstruir, investir em pesquisa, tecnologia e indústria. A URSS vendo aquilo pensou “eu não vou deixar esses bando de palhaços fazerem isso” e começou a investir tb nos países do Leste europeu. E aí começou a meteção de loko. EUA produziu bomba nuclear, aí a URSS investe nisso e começa a produzir tb. EUA mandou o maluco lá p Lua, URSS vai fazer a corrida espacial dela tb. A Guerra Fria foi basicamente “eu sou muito melhor que você, seu comunista sem livre arbítrio” “POIS EU sou muito melhor que você, capitalista degenerado”. (é exatamente assim que eu xingo na vida real, não falo nenhum palavrão).
Então, sim, existia uma política anticomunista nos EUA na época. Obviamente, o que era mostrado no país era que o comunismo, do país inimigo, é algo ruim. Do mesmo jeito que na URSS era entendido que o capitalismo é o que corrompe a alma do ser humano. E a gente vê esse conflito em Stranger Things qnd o Murray encontra com o russo e os dois começam a se xingar (depois viram BFF e infelizmente o cara toma um tiro). A gente vê também, uma das MELHORES personagens, a Erica, irmãzinha do Lucas, falando frases icônicas como “Vc não pode soletrar América sem Erica” ou ela pegando um negócio de choque e falando “é pros comunistas”. A Netflix fez a produção da série com um contexto histórico muito legal e é realmente interessante perceber isso. Seria estranho, na verdade, se os caras não falassem nada sobre o assunto. Então, fica aí esclarecido o motivo da propagando anticomunista em Stranger Things. Espero que tenham gostado. #JusticeForBarb #RessucitemBilly #ArrumaUmaNamoradaProSteve
Fontes: https://www.academia.edu/38835280/O_Imagin%C3%A1rio_Oitentista_de_Stranger_Things_na_Contemporaneidade?auto=download
https://www.academia.edu/38671441/La_l%C3%B3gica_del_oponente_en_Stranger_Things?auto=download
https://www.academia.edu/32058931/Shameless...but_Sincere_Homage_and_Nostalgia_in_Stranger_Things?auto=download
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Quem quer falar do nosso casal do crime preferido? O que dizer da princesa do crime e do ladrão de carros que até hoje aparecem em letras de músicas? Sim, vamos falar de Bonnie e Clyde e entender o porque dessa fama deles.
Primeiro, temos q entender o contexto histórico, até porque isso aqui é um blog p falar de história. A crise de 29. Algo que sempre foi mt difícil p eu conseguir entender, economia nunca foi meu forte. Realmente, é um assunto bem complicado mas vou tentar explicar de uma maneira clara aqui. Temos que entender que existem muitas discussões e linhas de pensamento até hoje sobre o que gerou essa crise, existe a linha de pensamento keynesiana, que é a mais famosa, existe a linha de pensamento que diz que crises são normais pois faz parte do ciclo capitalista, tem a linha de pensamento que culpa o Federal Reserve (que é como um banco central). Eu vou me ater ao simples pq é mt coisa p meu cérebro. O que aconteceu é que a industrialização bombou nos EUA, aumento de emprego e salário, aí houve um aumento de investimentos nas ações da bolsa, pois a exportação tava a todo vapor e quem não quer fazer um dinheirinho né? Acontece que as exportações estabilizaram pq os outros países estabilizaram (coisa normal de acontecer), os investimentos começaram a cair, as ações perderam o valor que tinham pq as fábricas estavam mais de boa. CRASH. Assim aconteceu a crise. A bolsa caiu. E por conta disso a glr ficou mt mal.
Ta, mas e Bonnie e Clyde? Então, eles se conheceram ainda novinhos, o Clyde sempre cometeu crimes, tendo sua primeira passagem na polícia com apenas 17 anos. A Bonnie já tinha uma atração meio bizarra por criminoso, pois, antes de completar 16 anos casou com um cara (q não era o Clyde) que também se envolvia em crimes. Enfim, se conheceram e foi amor a primeira vista. Porém, depois de um tempinho o Clyde foi preso de novo - curiosidade interessante e q me fez rir: ele roubava peru e foi preso por isso... QUEM ROUBA PERU????? - assim, qnd saiu da cadeia jurou vingança pq sofreu mts abusos dentro daquele lugar. E aí entra o ponto, eles viveram na época da crise de 29 que tava todo mundo mal (com a grande depressão) e eles simplesmente formaram uma gangue e saíram metendo o loko por aí. Assaltavam conveniências, assaltavam lojas e chegaram a assaltar banco. E aí se fez um imaginário romântico deles na mídia, como se fossem os próprios descendentes de Robin Hood. Essa ideia deles serem contra o sistema opressor, contra os bancos, que se vingavam de todos, entrou na mente da glr como se eles fossem justiceiros (tipo aquela série da Netflix: The Punisher). Eles matavam muitos policiais e em uma dessas ocasiões eles mataram um moço que estava noivo. A noiva dele foi com o vestido de casamento no velório. Pois é, a comoção foi gigante. Dessa forma, fizeram uma força-tarefa p pegar a gangue e a gente sabe o que aconteceu, né? Já dizia nossa familia: “o caminho do crime só pode terminar com os dois C’s: cadeia ou caixão”. Mortos com mais de 130 tiros, acabou a jornada do casal do crime. Porém, filmes foram feitos, levou Oscar p casa, são citados em músicas até hoje pq a fama foi gigantesca. O casal apaixonado que fugiu durante muito tempo pelos Estados Unidos.
Fontes: https://www.youtube.com/watch?v=TzraFT1l-_E&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=PuXyboguY5c
https://www.youtube.com/watch?v=AT-OCrhwq9M
https://www.youtube.com/watch?v=fbVOX9M1NDM
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Cadê os gângster frio e calculista fã de Peaky Blinders?
Hoje, como uma grande fã de filmes e série sobre gangues, como Sons of Anarchy, Peaky Blinders, O Poderoso Chefão e etc. vim falar do mais famoso gângster de todos. Não vim falar especificamente sobre o Al Capone mas sobre o motivo dele ter sido tão grande. Como sabemos ele era um mafioso muito famoso em Chicago, mas o que ele fazia exatamente?
Em 1920 foi aprovada a 18ª Emenda nos Estados Unidos, que proibia o uso e a venda de bebidas alcoólicas completamente. Imagina isso hoje em dia? Causaria a 3ª Guerra, meu amigo. O que foi dito é que essa vontade de proibir as bebidas vinham do lado mais conservador da sociedade que não via com bons olhos o consumo de álcool. Aí pode entrar uma questão sobre o papel do Estado, pois, foi proibido no país todo algo que é uma liberdade individual. Então, por um lado as pessoas que eram contra a lei diziam que isso era tirar a liberdade individual das pessoas, dizendo que o Estado não pode interferir na vida privada de ninguém, pois sua função não é essa. Por outra lado, a glr mais conservadora, entendia que o álcool era algo absurdo, destruía famílias, fazia as pessoas ficarem violentas e o que a gente já sabe. Eu não sei vcs mas eu quando fico bêbada acabo dormindo, posso ta de pé ou sentada, eu simplesmente durmo. Enfim, dá para ver a lei seca também como uma discussão sobre o papel do Estado.
A questão é que a lei não funcionou direito. Irmão, quando bebum quer encher a cara p esquecer da vida não tem NINGUÉM que para. As gangues viram a oportunidade perfeita e assim Al Capone entrou em jogo. Uma estimativa, convertendo p hoje em dia, o cara fazia quase 1 bilhão por ano... TRAFICANDO ÁLCOOL. A criminalidade aumentou demais, ngm obedecia nada, as autoridades meio que fechavam os olhos (até pq a gente sabe q corrupção comia solta nesse meio). Enfim, pubs ilegais foram criados para as pessoas se reunirem e beberem, já que bares eram proibidos. O lucro em cima disso foi gigante. Mas então o que aconteceu?
Em 1933 foi revogada essa emenda, sendo a unica vez que isso aconteceu. Pensa cmg, crise de 29 veio aí p acabar com geral, a glr precisava de fonte de lucro e criar trabalhos, dessa forma tb diminuiria a criminalidade das gangues. Então, a lei acabou durando 13 anos. No caso, é a idade que a gente ta próximo de começar a beber mesmo pq qnd a gente é adolescente a gente é sem noção.
Pudemos entender um pouco então sobre a lei seca e sobre a criminalidade. álcool e crime, tudo q o jovem se interessa. TO BRINCANDO PELO AMOR. Vão estudar e ajudar a mãe a lavar louça. É isso por hj, flwww.
Fontes e Créditos (vão lá olhar que ta legal):
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/simpsons-lei-seca-nos-eua.htm
http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/42/1471230997_ARQUIVO_TiagoGomesdaSilva.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=6uWYV0kU638
https://www.youtube.com/watch?v=JNubSsasRAg (simpsons)
https://www.youtube.com/watch?v=QV4UYlqLhG4 (simpsons p. 2)
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