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Larry Charles’ Dangerous World of Comedy
Esta é uma série que me encontrou nas recomendações após eu terminar Murder Party (sim, inacreditável, eu consegui terminar esse filme). E então assisti seus 4 episódios seguidos, que me fisgaram por estimular a curiosidade a respeito dos países violentos, ditatoriais, perigosos e/ou desiguais (todos, não?) e como é possível fazer comédia neles e literalmente ser perseguido e correr risco de morte.
Cada capítulo tem uma temática e um nicho de comediantes, que demonstram como o país e a cultura são um filtro e ditam o que é uma piada ou engraçado para determinada população além de expor o aceitável naquele contexto. Explico, ~spoiler~ em um ponto da série há alguns homens extremamente famosos e nacionalmente conhecidos que usam como temática nas piada, shows ou esquetes o estupro, por exemplo.
Muitas vezes os assunto são tabus ou intoleráveis, entretanto ao longo da produção há inserções autocríticas - já que o autor é Larry Charles- em que se mostra como países com maior liberdade de expressão e “”politicamente corretos”” não saem tão ilesos quando se trata de desrespeitar algum grupo social através do humor ou nas dinâmicas de relacionamento.
Apesar de ter um conteúdo extremamente difícil de ser conduzido a produção consegue prender a atenção, manter as narrativas autênticas e ser engraçada. É de grande perspicácia e exibe como o cômico denuncia e conta realidades.
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Por falta de ser e querer e tentar corresponder se torna segundo plano, vai perdendo algo mais valioso que sua existência.
O ar consegue expandir o pulmão, o coração pulsa, a audição ainda aguça com o silêncio dos pássaros. O corpo sem dúvida funciona, mas por omissão não o manipula.
Algo amordaça a vontade de viver, já não se impressiona com o mundo, com as pessoas, com a capacidade. É a continuidade e marcas que carregamos formando uma camada que já não o deixa sentir. Ainda vale de algo prosseguir?
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1ª colocada em Ciências sociais na Unicamp! A notícia devia ser recebida com euforia e aqui já agradeço imensamente xs amigxs e parte da família que comemoraram e ficaram felizes por mim! Mas logo vem as desaprovações que vão tornando o entusiasmo do conhecimento que você queria adquirir em incertezas e diminuições a respeito da profissão. "Mas cientista social?" "Quem é professor de sociologia hoje em dia?" "No Brasil?" "Poxa não dá dinheiro..." "Se tiver que ser professor de português ou matemática e olhe lá..." "Mas você é tão inteligente...". Sei que essas indagações são travestidas de preocupação e estima por mim e tem um cerne realista, porém enquanto ainda vislumbrarmos essas carreiras que são necessárias como última alternativa ou projeto de vida fracassado, então a vida será cada vez mais pobre. E por mais incrível que possa parecer eu sabia desse cenário quando me inscrevi e acredito que todos os cursos fora do espectro Medicina, Direito e Engenharia clássicas por estigmas sociais vão perdendo seu valor através de comentários assim. Hoje, acredito que era para eu estar feliz, mas agora minha sempre companheira Escrita veio amenizar o desapontamento da aprovação advinda de difíceis decisões - como a troca de curso e universidade, os dias de estudos por conta própria que sempre geravam a dúvida se seriam suficientes, as horas e os dias de feitura de prova em que cada questão não respondida aumentava o estresse e a dúvida de ser capaz, o distanciamento dxs amigxs e privações... - talvez não ser o suficiente. Também tento a aprovação em Direito e já não sei se algum dia passar a comemoração vai ser genuína como os que comigo fizeram hoje ou só uma confirmação do já imaginário coletivo de que isso é sinônimo de sucesso. As palavras ainda me amargam o dia e diminuíram o que era para ser uma boa conquista.
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Aterrados
Este é um filme com cenas de perder o sono, mesmo para quem é fã do gênero, atesto por experiência própria.
A filmagem tem elementos típicos do terror como luzes apagando, objetos mexendo-se sozinhos, esconderijos em armários ou embaixo da cama, além de cortes rápidos para assustar, entretanto todos com uma certa inovação que chama atenção até dos calejados dos clássicos.
O enredo te deixa curioso por permear várias histórias que acontecem em um mesmo bairro e começam a ser investigadas por uma equipe. Esta composta pelo Comissário Funes que procura explicações mais palpáveis ou tenta abstrair os eventos surreais, pelo policial Jano um já convencido por ter tido provações ao longa da vida e os especialistas em paranormalidades.
O bacana é essa não ser mais uma produção Hollywoodiana e sim Argentina ambientada em Buenos Aires e qualificadíssima em atuação, roteiro, direção, som… e até então tá disponível na Netflix.
Dica bônus: Para quem curte suspense/terror/horror escute o podcast República do medo - RdMCast, lugar com muito mais conteúdo a respeito e onde ouvi essa sugestão.
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Escrevo principalmente para amenizar; amenizar o cansaço de minhas palavras que já gritaram que acreditavam na recuperação; amenizar minha descrença de que o mínimo debate para progredir não temos; amenizar a tristeza de observar as desavenças dos iguais prejudicados, brasileiros, alimentando com sangue a terra amada; amenizar a dor de saber que não bastam 8 bilhões para a ganância cessar, é preciso explorar, ter poder a qualquer custo, prejudicar e não parar; amenizar a consciência que angustia em saber que muitos sofrem nessa hostilidade para sobreviver e nunca experimentarão a dignidade; amenizar a dúvida do porquê quem pode mudar efetivamente a miséria prefere não. Que não desanimemos da virtude.
17/03/2016
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