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The Visit
Havia momentos em que a dor parecia não cessar.
Esse sentimento devorava todos os nervos e músculos.
Um dia, escutei um som: alguém bateu na porta.
Não liguei, afinal, quem irira querer conhecer o imterior? Segui a vida. Sim, essa vida nociva onde desistir parecia ser o decreto final. Segui.
Novamente, o mesmo som: alguém bateu na porta. Uma batida calma, sem pressa, como se a espera perante a porta nao incomodassse.
Segui, outra vez. A minha maneira e realizando minhas próprias escolhas, desejos e vontades.
E uma vez mais, alguém bateu na porta. Porém, neste dia, resolvi abrir.
Primeiro, senti vergonha. Quem abre a porta e permite expor tamanha bagunça? Estava tudo fora do lugar. E, estranhamente, não houve espanto. A visita não se importou com a bagunça. Não ouvi uma só palavra sobre a desordem.
Começamos então, juntos, a colocar tudo em seu devido lugar. Eu apenas obedecia. A princípio, sem compreenser a decisão das mudanças. Porém, conforme tudo se ajeitava, vi que as decisões eram melhores que as minhas.
Decidi então fazer um convite: deseja morar aqui?
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