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Com o tempo reduzido, Genghis pesquisava superficialmente cada caso para não ser pego desprevenido. Informações básicas, nomes envolvidos, tudo que conseguia colocando a palavra principal e um mergulhinho nada profundido. Aquilo o irritava profundamente, mania adquirida quando assumiu completamente o canal do Youtube dedicado aos casos fantasmas mais complexos. Explicar, desvendar, às vezes solucionar. Porém, acima de tudo, alertar de maneira mais incisiva de que não eram lugares para se entrar sem um pouco de treinamento. Não seja idiota sendo suas mensagens principais no fim de cada trabalho. Tendo isso em mente, Genghis concordou na façanha unicamente por se Bonnie; existindo pouco para nula as razões que teria dito não ao pedido. "Já não era sem tempo." Exclamou em voz baixa, a mão pousando na espada que, agora, afivelava-se a cintura. O couro macio e gasto dando uma sensação reconfortante ao mentor. Genghis abriu mais os olhos, estendendo o poder de visão para que tentasse enxergar além da névoa. "Em que direção você sentiu?"
flashback.
É conhecimento público que, quanto mais perto da noite de All Hallows Eve, mais fino é o tecido entre o nosso mundo e o mundo sobrenatural. Talvez tenha sido por isso que o dono do barco chamado Morrow tenha escolhido abandoná-lo nas docas do rio Tamisa, talvez não. Bonnie não sabe as motivações por trás do homem vivo que tomou a decisão de causar uma comoção na marina, nem sabe porque acabou ela, também, tomando a decisão de ajudar com o caso. Recém-chegada à Academia, uma parte de si queria impressionar aqueles que duvidavam da sua capacidade, aqueles que a viam na TV, com seu marido, e os chamavam de fraudes. Outra parte queria pedir para sair do caso todo santo dia, conforme percebia que o motivo pelo qual colocaram dois mentores nele é porque a dificuldade é muito maior do que a confiada a alunos em formação.
Ao lado de Genghis, o monitor de quem mais se aproximou desde que começara a trabalhar ali, Bonnie segurava firmemente seu rosário na mão esquerda. Não é que tenha medo do que está para enfrentar, muito pelo contrário: se queria se provar é porque confia em si mesma o bastante e tem anos de experiência no ramo; ela se sente mais confortável com a presença do Criador ao seu lado, mesmo que isso não inspire muita confiança nos descrentes. Ela parou no caminho quando uma grossa névoa começou a aparecer aos pés delas, os olhos fechados e a destra em frente ao corpo. "Ele sabe que estamos aqui."
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"Pena para você, pois eu estou muito feliz. Você conheceu Sage, a outra face de Exspiravit. Pense se tivesse sido o contrário, em como seria essa descoberta. Lembrando, eu me apego a alunos." Em outras palavras, Genghis teria cortado qualquer evolução assim que tivesse a reconhecido como pupila. Por Deus, teria pedido desculpas pelo comportamento e encerrado a atividade - não mostrando sequer sinais claros e subjetivos de que tinha interesse. Tem uma razão dele ser brincalhão, e a fama de pegador ser mais um suspiro do que alardeada. "Sim. Você permitiria que ele fizesse tudo." Brincou por baixo do fôlego e pensando. Melhor, obrigando imagens nada sexy tomarem conta. O melhor amigo falando sobre economia. A avó lavando o jardim. Dois patinhos nadando numa lagoa. Os melhores amigos da infância. Em algum momento do sobe e desce, a respiração saiu pesada demais. A cadência e movimento ficando mais pegado do que focado nos músculos certo para o treino. Genghis fechou bem os olhos, os lábios repuxando por sobre os dentes no esforço. "Não podemos fazer isso." Confessou na voz mais rouca, os braços esticando antes de se soltar. Seriedade voltava ao rosto, mesmo que as mãos voltassem a se agarrar nas coxas alheias. "Aqui." Completou como quem revelava um truque de mágica. Piscando um olho, dando uma tapinha na lateral, e se afastando. "Quer um lugar mais público que uma academia? Uma academia que qualquer um pode entrar. A ideia pode parecer incrível. Tire por mim, não tem um equipamento que eu não tenha pensado nesse meio tempo, mas-" Dos professores, Genghis era o mais aficionado na saúde física, então... "Quer com ou sem elegância? O sem envolve o banheiro privativo dos professores."
O drama alheio a fez lutar contra uma risada, mas apesar de seu empenho, seus lábios ainda repuxaram em um sorriso de canto ❝―――――Bom, Genghis Pi, não Pie, agora eu estou oficialmente ofendida de não ter recebido as minhas boas vindas ❞ reclamou com um tom provocador e baixinho quando ele a firmou com as mãos nas coxas - um desdobramento melhor do que ela esperava, seu sorriso brigando para crescer. ❝―――――Tenho cara de mulher que deixa o homem fazer todo o trabalho? ❞ perguntou com uma expressão inocente que não combinava em nada com seu tom ou suas palavras de duplo sentido, e um sorrisinho felino cresceu quando ela o acompanhou com facilidade na barra e começou a sentir a tensão do corpo alheio; se ela não mantivesse a mente no exercício e vagasse para o que sentia, iria perder a força e cair dali. Quando ouviu o que ele falou, no entanto, seu coração disparou um pouco ao entender; ele estava assim por causa das mensagens com ela? Bom saber que o efeito não era só em si ❝―――――É mesmo? E eu achando que precisaria levar você para experimentar ❞ comentou entrando no jogo ❝―――――Pessoalmente acho bem agradável, mas posso estar sendo... um pouco tendenciosa ❞ seu fôlego estava começando a dar sinais na fala, porque não importava o quanto ela treinava, fazer barra e falar ao mesmo tempo - ainda mais flertando - começava a lhe cansar, mesmo que ainda aguentasse o ritmo dele. ❝―――――Mas o que eu ainda quero experimentar é gyutan ❞ forçou o final tal como ele, mesmo que ela já tivesse experimentado a comida, mas foi a única coisa que conseguiu pensar na hora com o apelido que ele dera.
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O cenho franzido durou um tempo, Genghis analisando se tinha entendido direito o que fora ouvido. "Não me conhece? Não me conhece?" O suspiro que saiu por entre seus lábios foi quase teatral demais, fácil demais de ser identificado como fingimento. O mentor estalou a língua no céu da boca e girou os olhos, só para voltar a encarar com aquela expressão egocêntrica. Caricata. "Eu sou o anfitrião de Exspiravit. O rosto mais conhecido daqui. Dói, como dói. Esse anonimato... Dói." Agora ele descia pelo rosto, acompanhando a curva do pescoço e encontrando outras mais reveladoras logo abaixo. A visão salpicando alguma familiaridade na imagem, coçando a memória e buscando sentido. "Genghis Pi. Não pie, pi." Agora, suas mãos indo às coxas instintivamente, para 'firmá-la' melhor, a altura daquele colo deixava numa linha de visão difícil de ignorar. "É mais fácil eu atrapalhar o seu." Quando a proximidade e a movimentação, o roçar para se esticar e alcançar a barra, tenha feito algo contrário a calmaria que buscava no treino. Genghis dobrou as pernas para servir de 'assento', encaixando-se melhor entre as pernas da Korkmaz. "Vou fazer todo o trabalho, não vou?" A menos que trabalhassem juntos, Genghis era o que ditava as subidas e descidas. Ao contato do sinal que... Uma sobrancelha se ergueu e... Não podia ser... Se desse asas a ideia, se colocasse suas suspeitas em palavras, denunciaria-se no processo. "Comi calamari antes de vir." Começou, forçando as três letras do apelido que tinha recebido. "Dizem que é afrodisíaco." Agora num tom de quase desculpas, mais uma explicação das particularidades daquele nada inocente treino em dupla.
Seu sorrisinho felino se transformou levemente em surpresa quando ele adivinhou seu sobrenome - algo que nunca tinham mencionado na troca de mensagens, o anonimato sendo igualmente parte do jogo, um quebra cabeça de fotos e partes por si só. Mas ela não contava com o fato de que ele conhecia sua irmã; o pensamento de se aquilo seria um problema apareceu e saiu na mesma velocidade, confiando que Hya teria lhe contado se fosse alguém que ficara antes. ❝―――――Parece que você ta em vantagem, vou precisar de outra ajuda aqui ❞ ela não sabia o nome, mas parecia que o conhecia, e aproveitou a deixa da gracinha dele para abaixar o olhar tentando achar outra, e mesmo sem conseguir ver por causa do short, abriu um sorrisinho de canto com a visão. Assentiu uma vez, embora ela alcançasse a barra com um salto - e estava bem acostumada a fazer isso - mas fazia parte do jogo e estava prestes a fazer outro movimento, ainda mais agora que ele sabia quem era e ela, não. Sem tirar o olhar do dele, Leyla ergueu os braços e pegou a barra, mas aproveitou a diferença de altura para cruzar as pernas ao redor da cintura alheia, prendendo-o no lugar e esperando que ele entendesse a deixa de subir com ela ❝―――――Não quero atrapalhar seu treino, sabe? ❞ comentou com um sorriso de canto provocador e fez menção de começar o exercício, esperando que ele subisse também e mantendo o contato visual como um desafio enquanto fazia barras limpas.
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Genghis sentia que falava com as paredes de vez em quando, despejando conhecimento e lições para alguém que nem tinha tentado entender o que estava acontecendo. O tinha errado? O que poderia fazer para melhorar aquela comunicação? E assim, só em pensamento, o mentor se viu desesperado. Perdendo-se num papel de pai que não tinha pedido nem imaginado. Nem tão cedo, nem com tanta intensidade. E se depender da mais, ele não seria nem um pouco gentil com as palavras. "O que você acha dessa, Nimbus. Você nunca vai ser boa como incorpore enquanto tratar todos os outros desse jeito, como a Rainha da cocada preta e a última bolacha do pacote. Eu falo isso para seu bem, muito educado e humildemente." Apontou para alguns quadros na parede, rostos que conhecia tão bem quanto a palma da mão. "Você sabia que metade desses grandes senhores não tinha dom algum? Que a maioria esmagadora da população, logo, dos caçadores, não tem dom algum? E veja só, casos são resolvidos sem precisar do alecrim dourado de um incorpore. Você sabia- Sabia que dá para aprender a ser um bom incorpore com todos os outros?" Segurou-a pelo pulso firme, mesmo que com cuidado, o polegar já sabendo onde pressionar para afrouxar o aperto ao redor do telefone. O Pi pegou e guardou no próprio bolso. "A bonita 'tava vivendo sem o celular até chegar aqui, acho que consegue viver mais uma semana sem ele." Meneou a cabeça, cheio de sabedoria e experiência. "Aprender com a vida real."
Quando foi mandada para Exspiravit, disseram a Nimbus que haveria um mentor que lhe acompanharia mais de perto e teria a capacidade de auxiliar com alguns gastos a mais até que aprendesse... Bem, aprendesse sequer como funcionava dinheiro e pagamentos, e afins. O que não imaginava era que ele seria um pé no saco TÃO grande. Constantemente vindo puxar sua orelha por conta das coisas mais bobas. Como por exemplo, a questão que fazia Pi correr até ela foi ter lembrado a um aluno de sua turma sem dom que ele fracassaria na carreira de caçador se não compensasse sua falta inata de talento. — Eu fui educada. Eu pedi "com licença". E eu fui humilde também. Eu nem falei que ele nunca seria bom que nem um incorpore! Que nem você me ensinou, viu? Não tenho culpa que ele não aguenta a verdade. Ai, as pessoas aqui são tão sensíveis. — redirecionando a culpa, para variar. Isso era algo que o mentor já devia estar exausto de lidar, mesmo que estivesse convivendo com a garota por alguns meses. Contudo, com a ameaça de ter o aparelho retirado de si, Nimbus foi rápida em segurá-lo firme nas mãos. — Não?!? — a exclamação saiu como uma pergunta, e aí bateu o pé. — Não!!! Eu preciso dele! — ela nem sabia usá-lo direito, mas havia gostado muito de uma tal de "novela" que Hyacinth lhe havia indicado na semana anterior e precisava continuar assistindo. — Você não tem esse direito se vir aqui e querer pegar minhas coisas tooooodaaaaaa vez — não era toda vez. — que eu fizer algo que você acha que é errado! É INJUSTO! —
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"Temos aqui uma porção de variedades, prós e contras, trava línguas e paradoxos." Se existisse mais uma comparação completamente aleatória, esta fugiu completamente da mente de Genghis. "E uma só solução, meu amigo." Cada opção que dava tinha um contratempo, as possibilidade barradas com mais eficiência que o goleiro premiado com as luvas de Ouro. "Eu vou junto." As mãos bateram na própria mesa em demonstração de assunto finalizado. "Não tenho nenhum problema em arriscar minha vida, já que eu vivo disso. Não me voluntariei para nenhum caso justamente para servir de conselheiro. Estudei todos os casos disponibilizados pela chefia certa." Com o indicador e o dedo do meio, Genghis puxou a primeira pasta da pilha sobre a mesa e abriu a primeira página. Marcadores coloridos brilhando nas linhas, cada um indicando um nível de atenção diferente. Logo abaixo, aparecendo ao se espalharem com a movimentação, os rostinhos dos alunos das fichas impressas. "Sobre o caixão, hm, por que você não pergunta como é o critério dos 'empréstimos'? O cara não queria um presente assim, dou minha mão direita em aposta. Pegue um documento especial da academia, para investigar o objeto, e use Nari para impor a força policial caso não entreguem logo de prima. Ou eu também... Use esse lindo rostinho como isca. Ora, o senhor Pi está muito interessado em vocês serem o próximo episódio de Ghost files."
Com um leve mordiscar no lábio inferior, Gabriel ponderou por alguns segundos a ideia de Genghis... não mentiria que ela era boa, no entanto, sabia que não permitiriam que ele levasse a esposa junto e nem mesmo sabia se ela gostaria de ir junto devido a complexidade do caso. - Eu acho uma boa ideia, mas... depois do que aconteceu, do mentor que acabou morto, não acho que Bonnie vai querer sequer me deixar ir e prefiro eu correr perigo, do que me arriscar em colocá-la em algo perigoso. - falou em um tom decidido e claramente apaixonado, Gabriel faria de tudo para proteger a mulher, preferia colocar a si mesmo em uma situação perigosa do que se arriscar a perdê-la por uma bobagem que ele poderia ter evitado. - Claro, esse caso poderia ser muito mais simples apenas com elas e eu juntos. Leyla e Hyacinth são excelentes no que fazem, seria algo fácil... no entanto - interrompeu a frase ao imaginar que Lucio também estava no caso, o rapaz com toda a certeza não seria muito prestativo e talvez até fosse colocá-los em algum tipo de perigo. - Sabe que eu não funciono dessa maneira. Mas acredito que Leyla seja o suficiente para mantê-lo na linha, assim eu espero, não quero que corram perigo de vida porque um dos alunos só sabe atrapalhar o trabalho. - um suspiro pesado e cansado escapou por entre os lábios masculino, a destra subindo até o peito acariciando-o lentamente visto que todo o nervosismo e preocupação estavam lhe dando uma leve pontada. Esquecera o remédio, de praxe, mas não comentaria com Genghis. - Pensei em trazer para cá, mas o problema seria se a loja começasse a chiar sobre termos pego um de seus itens sem o consentimento deles... acha que Nari consegue um mandado?
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FLASHBACK - CINCO ANOS ATRÁS
A primeira machadada trouxe um sorriso efêmero nos lábios do mentor, o único sinal de que tinha ficado feliz em ter acertado o palpite. A expressão novamente fechada lembrando que aquilo significava o pior. De que caminhavam para o foco de uma assombração ainda não identificada. Horas explorando, ruídos onipresentes e nada o de aparecer. Nada de uma aparição física. Seus dedos apertaram ao redor do cabo da espada, o couro rangendo e reclamando a cada maltrato. Cain abria mais um pedaço e os pêlos do braço erguiam-se em arrepios. A temperatura caindo e os rastros nas paredes ficando mais fortes, brilhando como vagalumes no espectro de visão de Pi. Quando deu por satisfeito, a mão já entregando a lanterna para o outro mentor, Genghis virou o corpo e olhou a abertura pela primeira vez. Três coisas aconteceram ao mesmo tempo. O breu parecia pulsar em energia, a respiração saiu numa névoa esbranquiçada e uma mão arranhou o chão perto demais dos pés de Cain. "Achamos. Achamos." Genghis pegou a corrente que levava atravessada no torso e fez um círculo no chão, bem perto da abertura. Aquele seria um porto seguro caso precisassem fugir e se proteger. Algo estranho. O cheiro de guardado e velho, intocado pelo tempo, foi como um golpe ao dar o primeiro passo para dentro. O Pi piscou os olhos rapidamente, para se acostumar a nova luz. "Violência... Violência para todo o lado. O albúm no chão." Quando apontava, algo subiu do chão e vazou das paredes. A visão começando a tremer com a mudança repentina de atmosfera. "Você ouviu isso?"
FLASHBACK - CINCO ANOS ATRÁS
— Essa casa foi construída em 76, mas foi reformada várias vezes desde então... Até o incêndio criminoso em 2009. — enquanto Cain repassava a história, cada vez mais concordava com Genghis: uma casa antiga com reformas que puderam mudar paredes ou fechar ambientes, mesmo que de forma clandestina... Havia grande possibilidade de haver um quarto secreto, talvez provavelmente descoberto durante o fogo, ou utilizado para encobrir o corpo. Assentiu com a cabeça enquanto olhava para o mapa no qual havia sem querer apontado a sala secreta, as engrenagens girando sozinhas e fabricando conclusões sem compartilhá-las com o parceiro. Ah, aquela história de trabalhar em dupla ainda era complicado. Quando se tocou que estava matutando sozinho, Genghis já lhe pedia o machado para abrir a tal parede. — Certo. — ergueu uma sobrancelha para a divisão de tarefas que parecia um pouco injusta, mas, no final, era Genghis que tinha o dom da visão ali. Recolheu as mangas da camiseta e foi buscar o machado junto dos outros equipamentos. Indicou com uma das mãos para que Genghis se afastasse, e quando o fez, Cain mudou o peso dos pés para poder girar o corpo e entregar uma verdadeira machadada na parede. O fato do metal afiado ter se encravado na madeira podre e seca e não ter feito os ombros do pesquisador sentirem um impacto mais firme indicava que ali havia sim, uma parede mais fina e que havia sido adicionada depois das paredes principais. Refez o ato uma, duas, quatro e até seis vezes quando finalmente a madeira cedeu o suficiente para que pudesse fazer um buraco no qual pudesse passar ele e Genghis. Pausou um pouco, respirando firme e limpando o suor da testa. — Acho que... Já deu. Me alcança minha lanterna de novo, por favor. —
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Genghis sentia no ar a fúria assassina do melhor amigo, preenchendo cada canto da sala e a deixando claustrofóbica (não para o Pi). A faca mais afiada teria dificuldade de cortar o ar pesado, condensado ao nível de metal. O sorriso no rosto aumentando tanto que ele teve que rir ao segurar os papéis. "Assino, assino, depois de ler. Não podemos confiar nas intenções de hoje cegamente, certo." Faria uma leitura dinâmica só para ter conhecimento do que se tratava porque, vindo de Cain, nunca poderia ser cilada. Aquele era seu nível de confiança no outro mentor. Genghis sentou sobre a mesa e cruzou a perna, uma prancheta tirada da gaveta para usar de apoio. "Você acha mesmo que eu faria isso tudo para outra pessoa além de você? Cain, apenas uma pessoa nesse mundo merece a honra de ser tratado como estrela do dia durante as minhas aulas." Assinou pela metade, de propósito, segurando-o ali até que o pior tivesse passado. Genghis provocava e ia além do possível, não ultrapassando o limite do melhor amigo. "Mas eu uso como barganha para prestarem atenção. Façam o fichamento de cinco capítulos e comporemos a música para a Sage. Se eu não tivesse colocado todo mundo para fora, faria-os cantarem a música da Sage. Sério, é impagável." Mais uma letra da assinatura, alguns mais para serem escritos. "O que você faz para divertir seus alunos? Sabe, a resposta dessa pergunta fala muito sobre a impopularidade da sua eletiva."
No instante que Cain ouviu a primeira pergunta-piada de Genghis, sentiu a mandíbula travar. O cenho foi franzido para o mentor, transmitindo uma mensagem subliminar clara: Não faça. Quando foi voltado a pergunta para a turma, Cain virou o mesmo rosto emputecido para os estudantes: Não façam. Problema: muitos dos estudantes ali eram seus ex-alunos, já que sua aula era do módulo III, e a outra parte sequer havia feito sua matéria, que era opcional. Em outras palavras, seja por vingança ou pelo fato de Cain não impor nenhuma ameaça, era óbvio que aproveitariam aquela oportunidade. Era gratuito demais! Conforme ouviu seu desejo de boas vindas e em seguida o "tio", Cain inspirou tão fundo e com tanto ódio que sentiu sua respiração tremendo. E isso tudo só porque só quis ajudar um secretário... Nenhuma boa ação fica impune. Deu alguns passos para frente quando viu a multidão de alunos correndo na sua direção, os dando espaço para que pudessem sair. Enquanto a sala se esvaziava, foi se aproximando de Genghis com o olhar de quem estava claramente considerando se valia a pena cometer um crime. ─ De onde você tirou...? ─ interrompeu-se. Não valia a pena. ─ Aqui. Assina. ─ estava bravo demais para falar. Apenas mostrou os documentos do secretário. Enquanto esperava Genghis ler e assinar os papéis, Cain ficou matutando sobre toda a situação. ─ Você treinou seus alunos a fazerem isso no caso de alguém bater na sua porta em sala de aula? ─ questionou, incrédulo. Parando para pensar, um coro bem treinado daquele jeito era até impressionante.
#w. profcaingutierrez#como não sabia se podia inserir o novo assunto#deixo nas suas mãos a piração com oo casinho
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O exercício físico tirava parte dos pensamentos do eletrônico escondido embaixo das roupas, mas não o suficiente para devanear. Os músculos trabalhando por baixo da pele, a promessa do que tinham trocado logo ali... Numa mensagem de distância (e que ele não mandaria por receio de terminar). Absurdo. O jogo melhor do que chegar às vias de fato, Genghis arrastando o máximo que podia por... Pela insegurança do que encontraria do outro lado. E se fosse... E se fosse... Nem era por característica físico ou sexo. Era um motivo tão inexplicável quanto a força que empregava em cada subida; indo além do limite e parando ali. Queixo na linha da barra. Depois de ter ouvido, e agora entendido, o que ela tinha dito. "Você precisa de ajuda?" Repetiu, confirmando, para então soltar e cair perfeitamente sobre os dois pés. A mão foi logo para a testa, tirando o excesso de suor e... Os olhos apertaram em reconhecimento vago. "Korkmaz, certo? Irmã de Hyacinth." Alunos turcos não eram maioria em Exspiravit e ela, pelas fotos, era bonita demais para não ser lembrada. "Obrigado. Ela é mais bonita tocando. Me disseram. E não tão bonita quanto a do-" Parou, o mistério suspenso no ar porque o shorts que usava ainda cobria aquela embaixo do umbigo. "Com o que precisa de ajuda? Para subir?" Na mente, só podia ser isso - o físico dela não era assim tão fraco para se sustentar na barra. Genghis segurou-a um pouco abaixo da cintura, puxando-a para perto e logo abaixo da barra. "Erga os braços." Avisou antes de firmar o aperto e levantá-la.
Sua última foto parecia ter tido o efeito desejado, e agora Leyla encarava a tela do celular com um sorriso malicioso e satisfeito pela resposta que via. Não se imaginaria tendo essa reação tão cedo, mas tampouco conseguiria ter imaginado as proporções de ter achado um celular aleatório no baile de arrecadação e ter feito gracinha com ele.
[text to: Tan-licious]: poxa Tan, don't be a sore loser
[text to: Tan-licious]: espero ter uma surpresa quando eu voltar
Terminou de digitar enquanto estava nos intervalos de suas séries de academia, guardando o celular no bolso do short de malhar e indo para sua próxima máquina, até que viu de relance um homem tirando a jaqueta que chamou sua atenção. A linha de visão não estava clara, mas ela enxergava parte do tronco quando ele descia da barra, e a tatuagem - e o corpo - foram o suficiente para fazer o desvio e chegar atrás dele ❝―――――Se importa de me ajudar? ❞ perguntou por sobre o ombro dele tentando conter o tom divertido, mas transparecendo o flerte; Leyla dificilmente precisava de ajuda na barra, mas valeria a pena. ❝―――――Bonita tatuagem, aliás ❞ indicou a da costela com o queixo, a mesma que tinha sido a primeira foto a receber.
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Lewis Tan’s cleavage (2017)
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Flowers com @nimbusdoe
"Nimbus!" Genghis chamou a mais nova à distância, pouco se importando com os outros alunos seguindo com seus caminhos. Na mão, o mentor carregava o relato da última façanha da sua mais recente protegida. Ele e seu pontos fracos! Apertou o passo, ainda falando em voz alta. "O que foi que a gente combinou, hum? Educação em primeiro lugar, humildade em segundo e terceiro. Precisava ter dito daquele jeito?" Agora bem perto, a mão que segurava foi para a cintura e a livre, apertou a ponta do nariz. "Infelizmente vou ter que fazer isso. Passa." Soltou o rosto para estender a mão, os dedos abrindo e fechando incitando-a a acelerar. "O celular. Passa."
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GABRIEL: @angelgvbriel
O bater das palmas acabou soando um pouco alto demais no ambiente fechado. Genghis deu de ombros e pediu desculpas com um movimento de cabeça, mas não se prolongou tanto. "Então temos uma solução muito básica: leve-a junto. É perfeitamente compreensível não levar mais alunos, porque só tem um mentor. Mas outro mentor? Não deveria ser... Pode até ser uma boa ideia." Tamborilou os dedos na mesa, bem em cima da pasta de arquivo do caso. "A menos... Acha que vai ser demais? As irmãs Korkmaz estão no mesmo grupo e as vozes superiores não insistiram em separá-las. Seu caso estaria ganho." E estava indo tudo bem. Bem até demais. Se não fosse por aquele nome que o assombrava desde que tinha cruzado o caminho. Genghis jogou a cabeça para trás e riu alto. Uma risada curta e sem humor, com um balançar de cabeça incrédulo. "Esse garoto é uma caipora peste. Não perde uma chance para ser do contra. Faz o seguinte, tenta usar a psicologia reversa. Ou deixar claro que alguém vai morrer se fizer qualquer palhaçada. E, se tudo falhar, usa o: faz tudo certo e eu te expulso de Exspiravit. Sim, certo igual expulsão. Depois te explico a história." Acenou a mão no ar, num gesto de deixa pra lá. "Hm, boa ideia. Vão fazer tudo lá ou trazer pra cá? Com ou sem sua esposa, eu ficaria mais seguro se fosse aqui."
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I don't care, I'm down for what you want
Genghis chegava na academia de Exspiravit pela segunda vez naquele dia (a primeira bem cedo, como era de costume). A causa? Um certo número de celular com um apelido duvidoso, todo trabalhado na confiança das fotos trocadas pela metade. Uma não chegava a complementar a outra, ficando um quebra-cabeça que o fazia perder o controle em alguns momentos. Frustração. Palavras não substituindo o toque físico e o mistério continuado... Colocava-o em tal estado de espírito que era necessário mais um momento de extravasar as energias.
[ mar-ARI-vilhosa ] : sem imagens ou sons para vc hoje [ mar-ARI-vilhosa ] : golpe baixíssimo [ mar-ARI-vilhosa ] : BAIXISSIMO [ mar-ARI-vilhosa ] : tive q mudar até a localização
Instalou-se ao lado da barra fixa, a bolsa caída no canto e coberta pelo casaco que tirava para começar os treinos. Sem querer parecer sedento pela resposta, jogou o celular por cima e começou o aquecimento.
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Tinha uma veiazinha cômica pulsando naquilo tudo, uma rota de escape frente àquele absurdo. "Olha, o prejuízo vai ser seu." Dono de indumentária mais requintada, e com um gostinho beirando ao luxo discreto, Genghis tinha lá sua cota de momentos assim. Só que tinha, aparentemente, uma noção melhor das coisas do que ela. Ofereceu a mão para que pegasse, tal qual um cavalheiro dos tempos antigos. "Não vamos visitar lugares limpos nem requintados, vai gastar o look à toa. Mas, tenho que concordar, o tênis foi uma boa ideia." Abriu a porta e deixou-a se acomodar, esperando pacientemente para fechá-la e contornar. Quando entrou no carro e saiu de Exspiravit, continuou o que tinha começado. "Realmente, uma boa ideia. Vou saber que vai conseguir me acompanhar quando precisarmos correr." O sorriso não foi nada inocente. "O primeiro lugar que vamos passar é o mais distante, do... Lewis Grooveman. Ghost touch em 2009. Se não me engano, o caso dele apareceu na TV, mas foi dado como resolvido. Lembra?"
Era irritante para Lilith ter que fingir que era uma aluna daquele lugar de novo, quando se formou acreditava que estava livre de todo aquele negócio de ficar fazendo coisas porque era bom. Ah, uma balela total, tinha que se segurar para não rir de quem acreditava naquilo, tudo tinha relação ao dinheiro e as pessoas de Exspiravit eram ingênuas demais ao pensar que não cobrariam nada por ajudar. Naquela noite tinha concordado em ir com Genshis dar uma volta para procurar lugares assombrados, sabendo que seria a oportunidade perfeita para atrapalhar quando ele lhe disse que precisava ser discreta. - Você disse discreto, esse é o máximo que eu consegui. - a expressão de ingenuidade formando-se no belo rosto da "aluna", não entendia o que tinha de errado - mentira, entendia sim - em suas roupas de grife e os tênis neon da nike. - Achei que os tênis seriam uma boa ideia para caso me perdesse no escuro. Ainda tem sorte que eu usei tênis, queria ter colocado minhas botas da Burberry, mas os tênis me pareceram mais adequados.
#a. inters. ୭#w. dvemonlilith#esse gif de SONSA mds que odio . eu a amo#e vamos de inventar casos kkkk
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FLASHBACK - CINCO ANOS ATRÁS
Genghis abaixou a espada antes de se aproximar de Cain, ficando de tal jeito que não o incomodasse tanto com a proximidade. Ainda tinha um caminho muito longo para percorrer com o outro mentor, mas mantinha-se otimista na confiança de seus próprios talentos sociais. "Um caso assim, com tantas visitas, é bem possível que exista. E é de quando? Quantas décadas? Nesse tempo era normal ter esqueletos no armário." Piadas à parte, aquela expressão traduzia bem a situação. O fogo, normalmente, conseguia eliminar os resquícios de uma assombração. Fogo limpa o ambiente. Mas elas ainda existiam, ainda ressoavam nas paredes escurecidas e por entre os buracos no piso. "Nossa, Cain, aí mesmo." Ele quase riu com a coincidência. O dedo do outro mentor apontava para o lugar que tinha suspeitado da existência do abrigo. "Trouxe o machado? Porque esse é um trabalho para você, lenhador. Boa sorte." E para provar que estava falando sério, apontou para os próprios olhos e fez um giro com o indicador, englobando o ambiente. "Eu faço a vigia."
FLASHBACK - CINCO ANOS ATRÁS
Fazia pouco tempo que Cain havia largado mão de sentimentos desgostosos como a inveja por não ter um talento sobrenatural; sua versão jovem que havia jurado trabalhar sozinho para "se provar melhor que todos eles" parecia longe e distante. Ainda assim, espantava-se com a facilidade que Genghis tinha ao simplesmente apontá-lo caminhos que reagissem às suas habilidades, sendo que ele próprio tinha de gastar tanto tempo com outros aparatos. Se não tivesse sido um jovem com tanta síndrome de lobo solitário, teria corrido menos riscos em muitas de suas missões. Ao menos, o conhecimento adquirido o tornava não apenas um melhor pesquisador, mas também mais grato pelos pequenos atos como era aquele da visão de Genghis. ─ A filha foi queimada, a mãe conseguiu fugir. ─ ele respondeu, enquanto retirava as plantas da casa de sua mochila e as entregava para o colega. ─ Acha que tem algum porão ou sótão escondido? ─
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Calma lá, as aulas de Genghis eram sérias. Muito sérias. Com suas teorias pesadas e práticas complicadas. O que fazer ou como fazer, tudo voltado aos talentosos alunos com o mesmo dom: visão. Porém, como ser o mlehor professor de todos os tempos se continuar exigindo o que pedia os livros? Suas aulas terminavam em risadas, em mistérios para serem resolvidos no dia seguinte. E aquele dia não podia ser diferente. Genghis precisou se levantar e pedir o silêncio da turma com as mãos levantadas. "Pessoal, vamos à nossa lição final de hoje. Aquele ali, é ou não um encore?" Apontou para Cain perto da porta, dezenas de pares de olhos acompanhando a trajetória. Risadinhas escapavam de um ou outro, efeito clássico de usar a si mesmo e Cain como exemplo na classe. "Não é, certo? Muito sólido e firme para ser um, mesmo que um pouquinho inanimado. Mas, independente, o que fazemos quando temos visita?" Genghis ergueu o punho no ar e fez a contagem com os dedos. 1. 2. 3. E ao fim, todas as vozes em coro, anunciaram: SEJA BEM-VINDO MENTOR CAIN! "O jeito certo, pessoal." OLÁ TIO CAIN! "Aaaaaaaaaaagora sim. Estão dispensados. Obrigado por hoje. E quem sair por último vai ficar com o papel do encore." Seguro dizer que houve uma baderna na saída, com risadas e tropeços. E, ninguém, sendo marcado para a encenação da aula seguinte. "Não me venha com essa cara. Você sabia das consequências quando tatuamos BFF na lombar. Você tem todo o tempo do mundo agora, do que precisa?"
𝘵𝘩𝘪𝘴 𝘪𝘴 𝘢 𝘴𝘵𝘢𝘳𝘵𝘦𝘳 𝘧𝘰𝘳 @genghisximpact
Por mais que houvesse toda a confusão com o Siscef e todos os outros casos que Cain estava encabeçando, Cain ainda era um mentor. Um mentor que se julgava muito bem no próprio trabalho, inclusive, já que tinha dedicado a sua vida para isso. Talvez fosse por ser tão rígido e acreditar em sempre querer cumprir bem suas obrigações era que o diretor e os secretários costumavam lhe pedir favores de conversas com outros mentores. Naquele caso, era um secretário novo, que estava não apenas envergonhado por não saber onde era a sala de Genghis, mas não ter conseguido pedir sua assinatura antes de ele entrar em aula, e não poderia interrompê-lo por... Bem, por vergonha, claramente, e a incerteza de alguém em um trabalho novo. Cain nunca se identificou com timidez (apenas com introversão e estoicidade), mas não se incomodava de auxiliar novatos em qualquer situação. Depois de garantir ao garoto que pegaria a tal assinatura, andou até a sala onde Genghis ministrava sua aula e abria a porta, chamando a atenção do outro mentor ao bater na madeira com o nó dos dedos. ─ Mentor Pi, com sua licença. ─ ele pediu, como mandava a educação. Ergueu a palma da mão à sala rapidamente, em um pedido para aguardarem um instante. ─ Não vou tomar muito do seu tempo. Cinco minutos? ─
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“You have ice in your heart.” // liltih
Gelo? No meu? Ah não, querida, isso aqui é um espelho. O gelo está no seu.
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NAME: CAIN na rede não é peixe
RINGTONE: Count on Me - Bruno Mars
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[ CAIN na rede não é peixe ] Não [ CAIN na rede não é peixe ] Você está bloqueado por este usuário
LAST TEXT SENT: [ TEXT ] eu achei o grupo perfeito para você [ TEXT ] sério, todo mundo igual [ TEXT ] conversam tanto quanto no seu melhor dia [ TEXT ] ou seja nada [ TEXT ] vou te adicionar enviada e lida
[ TEXT ] cain? [ TEXT ] cain? você tá aí? [ TEXT ] não sei pq não tô conseguindo te adicionar [ TEXT ] cain? [ TEXT ] ah merda não enviada
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