Blog criado para a referida disciplina do curso de Arquivologia da Universidade Federal Fluminense
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Como instalar o ICA-AtoM no meu computador?
Instalar e utilizar o ICA-AtoM pode parecer difícil em um primeiro momento, mas, seguindo corretamente os passos que vou descrever abaixo, vai se tornar bem simples!
Para você conseguir ter o ICA-AtoM instalado em sua máquina, é necessário fazer a instalação de dois programas. Além disso, você precisará seguir os passos na ordem correta desta publicação. Então, vamos para o primeiro passo:
Antes de tudo: verifique se a sua máquina atende aos requisitos operacionais para utilizar o AtoM! O computador necessita ter, no mínimo, 2Gb de memória RAM e 8Gb de espaço em disco. Não faz ideia de como descobrir quanto de memória RAM tem o seu computador? Clique aqui! Também não sabe como verificar quanto espaço sobrando tem em seu disco rígido? Clique aqui!
1) Acessar o site do AtoM
Vamos acessar o site do AtoM para que, através dele, possamos seguir os links corretos. Você pode acessar o site clicando aqui. Note que, até o momento desta publicação, a versão mais atual do AtoM é a 2.5. Então, é sempre bom dar uma conferida no lado direito da tela onde está escrito “Documentação disponível”, pois, é lá que vai estar disponível a documentação de todas as versões do AtoM. Caso a última seja a 2.5, então você entrou no link correto por aqui no blog :)
2) Baixar e instalar o VirtualBox
No próprio site que você entrou, do AtoM, existe um link que te dá acesso ao site do VirtualBox. É só clicar lá! Caso você tenha pulado o primeiro passo (eu disse para não pular né? haha), você pode acessar clicando aqui. O VirtualBox é um software de código aberto que é capaz de criar um ambiente virtual que simula um outro ambiente. Mas, então, agora você está se perguntando por que é necessário fazer toda essa virtualização, não? Utilizando o VirtualBox, é possível criar um ambiente eficaz de utilização do AtoM, com todos os requisitos necessários para rodar no seu computador. Enfim, vamos lá instalar o VirtualBox! É só clicar no botão “Download VirtualBox”:
Em seguida, selecione qual o seu sistema operacional. No meu caso, é o Windows, então eu vou clicar em “Windows hosts”.
Depois de finalizado o download, abra o arquivo executável para começar a instalação. Clique em “Next” para continuar:
Clique em “Next” novamente para instalar todo o conteúdo no disco rígido:
Você pode desmarcar e marcar as opções desejadas nessa tela. A primeira é para criar acesso no menu iniciar, a segunda é para criar um atalho na área de trabalho, a terceira é para criar um atalho na barra de in��cio rápido e, por fim, a última é para associar o registro dos arquivos. Particularmente, prefiro selecionar apenas a primeira e a última opções:
O instalador irá avisar que, para instalar o VirtualBox, sua rede irá ser resetada e, consequentemente, você será desconectado, então, assim que terminar sua conexão será restabelecida automaticamente. Para prosseguir, clique em “Yes”:
Enfim, esse será o último passo, caso queira alterar alguma coisa antes da instalação, clique em “Back”, senão, é só clicar em “Install” e a instalação começará!
É possível que o Windows mostre uma mensagem perguntando se você deseja que o aplicativo faça alguma alteração, clique em “Sim” e caso apareça mais uma mensagem da Segurança do Windows, permita clicando em “Instalar”:
Espere um momento e, pronto! A instalação foi concluída. Deixe selecionada a opção para já rodar o VirtualBox assim que você clicar em terminar no botão “Finish”.
3) Baixar e instalar o Vagrant
Bom, esse foi o primeiro passo! Agora vamos instalar o Vagrant para podemos utilizar o ICA-AtoM! O Vagrant é uma ferramenta que vai possibilitar outras pessoas acessarem o ICa-AtoM através do seu computador, ou seja, ele transformará o seu computador como se fosse em uma central onde outros computadores (conectados na mesma rede) poderão trabalhar no ICA-AtoM. Imagine você chegar em uma empresa para uma assessoria e precisa que outras pessoas acessem o AtoM para trabalhar. Com o Vagrant, você compartilhando o endereço da sua máquina, qualquer computador conectado na mesma rede poderá acessar e agilizar o trabalho!
Volte lá no site do AtoM para pegar o link do Vagrant ou basta clicar aqui. Ao abrir o site do Vagrant, clique em “Download” que será instalada a versão mais recente. No meu caso, aqui é a 2.2.4.
Na página seguinte, você precisa instalar a versão correta do Vagrant para o seu Windows. Mas, como saber qual é o tipo do sistema do seu Windows? Basta clicar com o botão direito no menu Iniciar e, em seguida, na opção “Sistema” ou clicar aqui para ir para a página de ajuda da Microsoft. Eu fiz da seguinte forma:
Você vai encontrar essa informação bem na área de especificações do dispositivo. No meu caso o tipo do meu sistema operacional é o de 64bits:
Então, lá no site do Vagrant eu vou clicar no link de 64bits abaixo do ícone do Windows:
Ao clicar, o download vai iniciar. Espere um pouco, dependendo da velocidade da sua conexão… quem sabe dá tempo de tomar um cafézinho? Terminando o download, é só clicar para abrir o instalador. Os passos de instalação vão ser bem parecidos com o do VirtualBox. Clique em “Next” para prosseguir a instalação:
Leia os termos da licença e clique no check para aceitá-los e, em seguida, clique em “Next”:
Nessa parte, você pode escolher um outro lugar para o Vagrant ser instalado, caso não queira, basta clicar em “Next”:
É isso! Agora prepare-se para a instalação! Clique em “Install” e irá aparecer uma mensagem do Windows perguntando se você permite realizar essa instalação em sua máquina.
Ao terminar a instalação, será necessário reiniciar o computador. Então, não esqueça de salvar e fechar tudo que estava aberto e clique em “Yes”. Caso não queira reiniciar agora, é só clicar em “No”, mas o Vagrant só irá funcionar depois que o computador for reiniciado, hein…
4) Rodando o ICA-AtoM
Pronto! Depois de reiniciar o computador, estamos quase terminando! Agora falta pouquinho e vamos dar uma de “hacker” acessando o prompt de comando do Windows! Brincadeira… Para acessar o prompt de comando, você pode fazer dessas formas:
1) Segurar a tecla “Windows” + a tecla R - irá abrir o Executar do sistema. Quando abrir, é só digitar “cmd” (sem as aspas) e clicar em “OK”.
2) Botão direito em cima do menu Iniciar - escolha a opção “Prompt de Comando”
Também tem a opção de clicar no menu Iniciar e pesquisar por “Prompt de Comando”.
Nele, nós vamos criar um diretório para o ICA-AtoM e, em seguida, vamos finalmente colocá-lo para rodar. Então, com ele aberto, digite o seguinte comando (é preciso fazer nessa ordem, é muito importante!):
mkdir atom-vagrant && cd atom-vagrant
Mas, então, agora você me pergunta o que significa isso, né? “mkdir” é um comando para criar um diretório (uma pasta) chamado atom-vagrant, o “&&” quer dizer, que logo após criar o diretório, será realizado mais um comando, que no caso é “cd” (trocar/abrir o diretório desejado). O nome do diretório será “atom-vagrant”, mas você pode alterar o nome para o que você quiser, sendo assim, é só você substituir nos próximos passos o que estiver escrito “atom-vagrant” para o nome do diretório que você escolheu criar. Vale lembrar que, para o sistema realizar o comando, basta você apertar a tecla “enter” do seu teclado.
Agora, vamos fazer com que esse diretório que nós criamos “atom-vagrant” seja inicializado como o ambiente Vagrant para rodar o ICA-AtoM utilizando a seguinte linha de comando:
vagrant init artefactual/atom
Antes de dar “enter” na linha de comando, certifique-se que você realmente está dentro do diretório que você criou, como estou mostrando na figura a seguir:
Quando você mandar o sistema realizar esse comando, espere um pouco, pois ele vai fazer a inicialização e mostrará a seguinte mensagem dizendo que o arquivo foi colocado na pasta e que estamos prontos para rodar.
Agora que colocamos o Vagrant nesse diretório, vamos rodar para, finalmente, abrir o ICA-AtoM. Insira a seguinte linha de comando:
vagrant up
Ao dar o comando, vai demorar mais um pouquinho para tudo finalizar, quando estiver pronto, você vai ver essa mensagem:
Pronto! Agora é só acessar o ICA-AtoM através do endereço a seguir e você está pronto para usar:
http://10.10.10.10/
Como é a sua primeira vez, o seu acesso é
Username: [email protected]
Password: demo
Não se esqueça de criar um usuário para você com as permissões máximas de administrador e excluir esse usuário de acesso padrão, pois, como vimos, todo o primeiro acesso ao ICA-AtoM é através desse login e dessa senha. Então, qualquer pessoa pode tentar acessar!
Enfim, é isso! Conseguimos terminar e espero que você também tenha conseguido seguindo todos esses passos. Toda vez, antes de você utilizar o ICA-AtoM e compartilhá-lo para que outros computadores possam acessar através da sua máquina, abra o Prompt de Comando e rode o vagrant através da última linha de comando que nós colocamos anteriormente:
vagrant up
Caso você tenha alguma dúvida, pode comentar aqui embaixo que, assim que eu conseguir, irei responder sem problema algum! Boa utilização e vamos utilizar sistemas confiáveis feitos pela comunidade arquivística para a comunidade arquivística.
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Quarta tarefa
FLORES, Daniel. O acesso às informações e aos documentos arquivísticos autênticos e fonte de prova nas administrações públicas. Estilo e Editorial: Revista da Editora UFSM, n. 3, p. 35-40, out. 2016.
O presente artigo discute uma das funções arquivísticas - que, por vezes, é dada pouca atenção -, a saber, difusão e acesso. Muito se pensa em descrição, avaliação, classificação etc, porém, embora todos devam ter sua atenção devidamente igualada, a questão da difusão e do acesso parece ser pouco explorada nos arquivos. Dito isso, o artigo faz apontamentos a respeito do direito de acesso à informação pública ao passo que, para que isso ocorra, é necessário que as instituições arquivísticas estejam preparadas para disponibilizar o acesso tanto de documentos analógicos quanto digitais.
Assim como requisitos de preservação e autenticidade são necessários para os documentos analógicos, da mesma maneira, os documentos digitais também devem respeitar certos requisitos. Nesse sentido, o autor apresenta três ambientes os quais fazem parte de uma cadeia de custódia digital, que é desde sua gênese até sua guarda permanente e, isso inclui, como apontado anteriormente, sua difusão e acesso. Esses ambientes podem ser apontados como: ambiente de gestão de documentos, ambiente de plataforma de preservação de documentos e, ambiente de plataforma de acesso e difusão.
É mister a preocupação com a autenticidade da informação no ambiente de gestão de documentos. Sendo assim, para os documentos digitais, necessita-se de um sistema que preencha alguns requisitos para tal. No Brasil, o Conselho Nacional de Arquivos (Conarq) elaborou um modelo de requisitos específicos conhecido como e-ARQ Brasil e, nele, encontram-se requisitos para garantir a autenticidade dos documentos de arquivo em suas idades corrente e intermediária. O Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos (e-ARQ Brasil) está em sua versão 1.1 publicada em 2011 e divide-se em duas partes: a gestão de documentos e as especificações de requisitos para sistemas informatizados de gestão arquivística de documentos (SIGAD).
A parte que diz respeito à gestão arquivística de documentos traz conceitos relativos à gestão, elaboração de política arquivística, planejamento, implementação e procedimentos a respeito dessa gestão. A segunda parte aponta os aspectos da funcionalidade de um SIGAD, dentre eles a captura, avaliação e destinação, segurança, armazenamento, preservação e interoperabilidade. Além desses aspectos, o e-ARQ Brasil também aborda aspectos de metadados.
O segundo ambiente, o da plataforma de preservação de documentos, refere-se ao arquivo permanente digital da instituição que, agora reconhecido como Repositório Arquivístico Digital Confiável (RDC-Arq), baseia-se na norma Open Archival Information System (OAIS, ou Sistema Aberto para Arquivamento de Informação, SAAI em português). O OAIS é uma infraestrutura para o entendimento de requisitos de sistemas de preservação em longo prazo.
Por logo ter uma ampla aceitação e ter sido utilizado como modelo por diversos repositórios, em 2002, o OAIS tornou-se um modelo que é parte da iniciativa para a criação de normas que fossem capazes de regular a preservação digital em longo prazo pela International Organization for Standardization (ISO) em uma colaboração coordenada pelo Consultive Commitee for Space Data Systems vinculado à NASA (SAYÃO, 2010, p. 14 apud SOUZA, 2013). Destarte, o uso do RDC-Arq garantirá a guarda permanente segura desses documentos, mantendo sua autenticidade e sua preservação em longo prazo.
Por conseguinte, o terceiro ambiente, o da plataforma de acesso e difusão, garante o acesso às informações e aos documentos através de metadados de descrição e representação da informação, ou seja, os metadados provenientes da norma ISAD(G). Sendo assim, o que é compartilhado é apenas o metadado e não o documento. Isso traduz-se em uma maneira de garantir a segurança e a integridade dos documentos originais, pois, quando necessário, o usuário pode se dirigir à própria instituição arquivística munido das referências para ter acesso aos registros do documento desejado.
Sendo assim, não basta apenas existir esses três ambientes, é necessário que haja interoperabilidade dos documentos entre esses ambientes e, é através do modelo OAIS que isso é garantido. Nele, como visto nas figuras abaixo, existe o produtor (que, no caso, seria o ambiente de gestão de documentos - SIGAD), a administração (que, no caso, seria o repositório arquivístico digital - RDC-Arq) e, por fim, ao lado direito, o consumidor, que é amparado pelo ambiente de acesso e difusão. Nesse sentido, observa-se que além do documento propriamente dito, o que também se circulam dentro do modelo OAIS são os pacotes.
Figura 1 - Modelo do ambiente do OAIS
Fonte: SOUZA, 2013.
Figura 2 - Modelo funcional OAIS
Fonte: THOMAZ; SOARES, 2004.
Os fluxos informacionais dentro de um repositório confiável aderente ao modelo OAIS (ambiente interno) acontecem por meio de pacotes de informação, que são contêineres que encapsulam logicamente os conteúdos, objeto da preservação e os metadados associados a eles (CCSDS, 2002, p. 2-5 apud SAYÃO, 2010, p. 16). A norma ABNT NBR 15472 define pacote de informação como
um recipiente conceitual de dois tipos de informação chamados de informação de conteúdo e de informação de descrição de preservação (IDP). A informação de conteúdo e a IDP são encapsuladas e identificadas pela informação de empacotamento. O pacote resultante pode ser encontrado em virtude da informação descritiva. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2007, p. 11).
A figura abaixo mostra visualmente como um pacote de informação pode ser estruturado:
Figura 3 - Conceito e relacionamentos do pacote de informação
Fonte: SOUZA, 2013.
Por fim, vale ressaltar que, a Lei de Acesso à Informação (nº 12.527, de 18 de novembro de 2011) representa uma grande aliada para a difusão e acesso dos documentos de arquivo. Isso reflete na maneira de pensar nos arquivos, pois, toda e qualquer informação pública é de acesso público e imediato. Com isso, é necessário que exista uma transparência ativa, já que, de acordo com a Lei de Acesso à Informação, é estabelecido um prazo para que esses documentos possam estar disponíveis a quem os solicita.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15472: Sistemas espaciais de dados e informações – Modelo de referência para um sistema aberto de arquivamento de informação (SAAI). Rio de Janeiro, 2007.
SAYÃO, Luis Fernando. Uma outra face dos metadados: informações para a gestão da preservação digital. Encontros Bibli: R. Eletr. Bibliotecon. Ci. Inf., Florianópolis, v. 15, n. 30, p. 1-31, 2010.
SOUZA, Thales Vicente de. Metadados de preservação em curadoria digital: uma pesquisa exploratória. 2013. 46 p. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Biblioteconomia e Documentação) – Universidade Federal Fluminense, 2013.
THOMAZ, Katia P., SOARES, Antonio José. A preservação digital e o modelo de referência Open Archival Information System (OAIS). DataGramaZero – Revista de Ciência da Informação, v. 5, n. 1, 2004. Disponível em: <http://www.dgz.org.br/fev04/Art_01.htm>. Acesso em: 23 nov. 2013.
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Terceira tarefa
FLORES, Daniel. Transformação digital por inovação sustentada ou tecnologias disruptivas em arquivos. In: CAMPOS, Maria Luiza de Almeida et al. (Org.). Produção, tratamento, disseminação e uso recursos informacionais heterogêneos [recurso eletrônico]: diálogos interdisciplinares. Niterói, RJ: IACS/UFF, 2018. (Estudos da Informação, 5). p. 71-79.
O presente artigo foi apresentado na quinta edição do evento “Seminários de Estudos da Informação”, do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação (PPGCI) da Universidade Federal Fluminense (UFF). Uma iniciativa que possibilita um diálogo interdisciplinar a respeito da produção, tratamento, disseminação e uso de recursos informacionais heterogêneos, advindos de instituições de memória e cultura, como arquivos, museus e bibliotecas. A apresentação do artigo fez parte do eixo “Aquisição, seleção, avaliação e preservação de acervos”.
O artigo está dividido em uma introdução com desenvolvimento e considerações finais. Este foca nas transformações tecnológicas as quais a sociedade perpassa e a necessidade de uma análise dessas transformações a fim de assegurar que essas inovações possam ser utilizadas da maneira mais adequada. É abordado o conceito de transformação digital o qual pode ser desmembrado em duas alternativas: a inovação sustentada e a disrupção tecnológica.
A inovação sustentada é uma alternativa a qual é a mais almejada pela área, pela ciência; ela está relacionada aos referencias da Ciência, da Academia, da cientificidade. Como observador por Christensen (2013 apud FLORES, 2018), as inovações sustentadas ajudam organizações líderes ou inovadoras a criarem melhores produtos ou serviços que frequentemente podem ser vendidos com maiores lucros aos seus melhores clientes. Elas servem aos consumidores existentes de acordo com a definição original de desempenho – ou seja, de acordo com o modo como o mercado historicamente definiu o que é bom.
Esses transformações caracterizam-se por produtos que foram implementados com base nos referenciais da área. São produtos que, além de serem frutos de uma investigação prévia, buscam aprimoramento, um produto ou serviço melhor. Por outro lado, caso os agentes envolvidos em um cenário de transformação digital não consigam realizar uma transformação através de inovações sustentadas, essa fará com que, inevitavelmente, ocorra uma disrupção tecnológica.
As inovações disruptivas, conforme Christensen (2013 apud FLORES, 2018), não procuram trazer produtos melhores para clientes existentes em mercados estabelecidos. Em vez disso, elas oferecem uma nova definição do que é bom – assumindo normalmente a forma de produtos mais simples, mais convenientes e mais baratos que atraem clientes novos ou menos exigentes. Com o tempo, elas se aperfeiçoam o suficiente para que possam atender às necessidades de clientes mais exigentes, transformando um setor.
Sendo assim, a disrupção tecnológica demonstra-se um pouco preocupante ao sistema, já que não é tão estruturada que a inovação sustentada. Isso ocorre, pois, o mercado lança um novo produto, porém, este não possui base em um estudo, em uma análise ou em um referencial, apenas tem o intuito de quebrar o status quo. Ainda de acordo com Christensen (2013 apud FLORES, 2018), um engano comum a respeito da teoria da inovação disruptiva é o de que as inovações disruptivas são boas, enquanto as inovações sustentadas são ruins. Isto é falso. As inovações sustentadas são vitais para um setor saudável e robusto, na medida em que as organizações se esforçam para fazer melhores produtos e oferecer melhores serviços para seus melhores clientes.
Como exemplo de inovação sustentada na Arquivologia e nos aruivos, o autor cita o AtoM (ICA-AtoM), Archivemática e o RDC-Arq. Esses são produtos que foram implementados com base nos referenciais da área, além de serem frutos de uma investigação prévia, buscam um aprimoramento, um produto ou serviço melhor. Por outro lado, como exemplo de inovação disruptiva, o autor discute a questão da digitalização, que vem sendo realizada no cenário brasileiro sem considerar os referenciais arquivísticos. A questão do sistema SEI também foi abordada como uma disrupção tecnológica, pois o mesmo apresenta diversos problemas arquivísticos, já que dossieliza documentos digitais, não classifica, não avalia, não recolhe documentos ao arquivo permanente digital, entre outros.
Por fim, o autor destaca o papel de protagonista que o arquivista necessita possuir em relação à transformação digital nos arquivos. Diante desses cenários, é mister o profissional arquivista trazer à luz cinco elementos para melhor entendimento, a saber: normas, políticas, padrões, modelos e requisitos. Sendo assim, o profissional deve estar sempre atualizado a fim de enfrentar, assim, as demandas da sociedade.
O artigo em questão é útil e bastante informativo, trazendo elementos essenciais para quem busca entender as mudanças tecnológicas que estão ocorrendo. Serve, também, como base de argumentação em discussões como a implantação do sistema SEI, que está ocorrendo em praticamente todas as esferas do governo. A respeito do autor, Daniel Flores é Professor Pesquisador da Universidade Federal Fluminense - UFF, Pesquisador do CNPq PQ2 - Bolsista de Produtividade em Pesquisa, Doutor em Documentação pela USal, concluiu o Doutorado em “Metodologías y Líneas de Investigación en Biblioteconomía y Documentación” - Universidad de Salamanca/España (Revalidado/reconhecido no Brasil ao título de Doutor em Ciência da Informação pela UFRJ/IBICT com bolsa CAPES). Desenvolveu estágio de Pós-Doutorado financiado pela Fundação Carolina na Espanha em Documentos Digitais: Gestão e Preservação Digital. Concluiu o mestrado em Engenharia de Produção na linha de pesquisa Tecnologia da Informação pela UFSM - Universidade Federal de Santa Maria, tornou-se especialista em Organização de Arquivos pela USP - Universidade de São Paulo, graduou-se como bacharel em Arquivologia pela UFSM.
Explicando o artigo
O artigo utiliza traz à discussão o conceito de transformação digital e seus desdobramentos: transformação digital por inovação sustentada e transformação digital por disrupção tecnológica. Resumidamente, a transformação digital por inovação sustentada é aquela que está ligada intrinsecamente à Ciência, pois, para suprir as demandas da sociedade, essa inovação é fruto de um estudo aprofundado, uma análise do estado da arte. Isso resulta em um produto que a sociedade necessita e está em busca.
Já a transformação digital por disrupção tecnológica não possui o intuito de produzir produtos melhores para clientes existentes em mercados estabelecidos, ou seja, é ditado um novo modelo ao qual é dito que é melhor, tentando ser mais simples para atrair mais clientes e se aperfeiçoa aos poucos para atender clientes mais exigentes. Após o entendimento desses conceitos, é importante relacioná-los com o que está ocorrendo no cenário da Arquivologia e dos arquivos no Brasil.
Por exemplo, a digitalização pode ser considerada uma disrupção tecnológica, pois, da maneira que é realizada no Brasil, aparentemente não está de acordo com os referenciais teóricos da Arquivologia. A digitalização ocorre basicamente como é apresentada na imagem: o armazenamento é simplesmente em pastas, não há uma preocupação com a questão da segurança, com a forma de acesso, com a criação de metadados etc. Outra ilustração que pode ser citada é o caso do sistema SEI.
O sistema apresenta diversos problemas os quais, para o que foi proposto, não leva em consideração os referenciais teóricos arquivísticos, como o e-ARQ Brasil. Primeiramente, o SEI não representa um Sistema Informatizado de Gestão de Arquivística de Documentos (SIGAD), sendo assim, não existe um controle do ciclo de vida dos documentos. A inexistência desse controle é mais exposta, ainda, por não ser possível classificar e nem avaliar os documentos. Outrossim, não existe um ambiente de preservação e muito menos descrição, difusão e acesso utilizando normas arquivísticas, ou seja, a preservação em longo prazo está em risco. Dito isso, considera-se o sistema SEI como um cenário disruptivo nos arquivos.
Fonte: LIMA; FLORES, 2016.
Por outro lado, como ilustrado acima, no ambiente dos arquivos, existem diversas propostas que são consideradas interessantes de inovações sustentadas, como a Cadeia de Custódia, RDC-Arq, o próprio SIGAD, OAIS e sua versão nacional SAAI, AtoM (ICA-AtoM) e Archivemática. O blockchain é uma disrupção tecnológica que coloca em risco a cadeia de custódia em um ambiente autêntico. Entende-se como cadeia de custódia o ambiente pelo qual perpassa o ciclo de vida dos documentos digitais, porém, no caso do blockchain, o objeto digital não é preservado, mas sim, apenas o documento que contem o registro das transações. É possível observar essas inovações sustentadas sendo utilizadas em um ambiente informatizado na figura abaixo:
Fonte: FLORES; ROCCO; SANTOS, p. 129, 2016.
Fonte: FLORES; ROCCO; SANTOS, p. 128, 2016.
Outra questão corriqueira é o armazenamento de documentos em repositórios. A opção da inovação sustentada seriam os repositórios arquivísticos digitais confiáveis (RDC-Arq), este é responsável por “proteger características do documento arquivístico, como a autenticidade e organicidade, possibilitando o acesso em longo prazo desses documentos” (FLORES; ROCCO; SANTOS, 2016). A imagem abaixo demonstra, mais ainda, como uma inovação sustentada é baseado em referenciais teóricos da área:
Fonte: DISTRETTI, 2013.
Outro modelo que também pode ser considerado para a preservação de objetos digitais é o OAIS (Open Archival Information System, ou Sistema Aberto para Arquivamento de Informação, SAAI em português). O OAIS é uma infraestrutura para o entendimento de requisitos de sistemas de preservação em longo prazo.
Por logo ter uma ampla aceitação e ter sido utilizado como modelo por diversos repositórios, em 2002, o OAIS tornou-se um modelo que é parte da iniciativa para a criação de normas que fossem capazes de regular a preservação digital em longo prazo pela International Organization for Standardization (ISO) em uma colaboração coordenada pelo Consultive Commitee for Space Data Systems vinculado à NASA (SAYÃO, 2010, p. 14).
Fonte: THOMAZ; SOARES, 2004.
Sendo assim, como observado pelo autor em suas considerações finais, é importante o profissional arquivista estar atento às transformações tecnológicas e entender o conceito dessas transformações, pois, muitas vezes, o que pode ser apresentado a ele, aparenta ser algo realmente novo (ruptura), porém, analisando criticamente com base nos referenciais teóricos da área, é possível verificar se não é apenas mais uma “reinvenção da roda”.
Referências
DISTRETTI, Henrique Alvares. Repositório arquivístico digital confiável – RDC-Arq. Disponível em: <http://intra.serpro.gov.br/tema/artigos-opinioes/repositorio-arquivistico-digital-confiavel-2013-rdc-arq>. Acesso em: 20 abr. 2019.
FLORES, Daniel. Transformação digital por inovação sustentada ou tecnologias disruptivas em arquivos. In: CAMPOS, Maria Luiza de Almeida et al. (Org.). Produção, tratamento, disseminação e uso recursos informacionais heterogêneos [recurso eletrônico]: diálogos interdisciplinares. Niterói, RJ: IACS/UFF, 2018. (Estudos da Informação, 5). p. 71-79.
______.; ROCCO, Brenda Couto de Brito; SANTOS, Henrique Machado dos. Cadeia de custódia para documentos arquivísticos digitais. Acervo, Rio de Janeiro, v. 29, n. 2, p. 117-132, jul./dez., 2016. Disponível em: <http://oaji.net/articles/2017/3932-1484338245.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2019.
LIMA, Eliseu dos Santos; FLORES, Daniel. A utilização do ICA-AtoM como plataforma de acesso, difusão e descrição dos documentos arquivísticos de instituições públicas. Inf. Inf., Londrina, v. 21, n. 3, p. 207-227, set./dez., 2016. Disponível em: <10.5433/1981-8920.2016v21n3p207>. Acesso em: 20 abr. 2019.
SAYÃO, Luis Fernando. Uma outra face dos metadados: informações para a gestão da preservação digital. Encontros Bibli: Revista Eletrônica Biblioteconomia e Ciência da Informação, Florianópolis, v. 15, n. 30, p. 1-31, 2010. Disponível em: < https://periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/12528>. Acesso em: 05 jul. 2013.
THOMAZ, Katia P., SOARES, Antonio José. A preservação digital e o modelo de referência Open Archival Information System (OAIS). DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação, Rio de Janeiro, v. 5, n. 1, 2004. Disponível em: <http://www.dgz.org.br/fev04/Art_01.htm>. Acesso em: 23 nov. 2013.
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Segunda tarefa
RESENHA DESCRITIVA
FLORES, Daniel; CÉ, Graziella. Archivematica e ICA-AtoM (AtoM) como plataformas do ambiente de preservação e acesso de documentos arquivísticos. CENDOC em revista: revista comemorativa aos 48 anos do CENDOC – Centro de Documentação da Aeronáutica, Rio de Janeiro, p. 16-22, maio 2017. Disponível em: <http://www2.fab.mil.br/cendoc/images/conteudo/revista-cendoc.pdf>. Acesso em: 8 abr. 2018.
O artigo “Archivemática e ICA-AtoM (AtoM) como plataformas do ambiente de preservação e acesso de documentos arquivísticos” publicado na revista comemorativa aos 48 anos do CENDOC – Centro de Documentação da Aeronáutica de autoria do Professor Doutor Daniel Flores e da Professora Graziella Cé discutem o Archivematica e o ICA-AtoM (AtoM) como plataformas de preservação e acesso em uma cadeia de custódia de documentos arquivísticos. O artigo é estruturado em 4 seções, a saber: introdução; descrição de ambiente de preservação e acesso; Archivematica e ICA-AtoM (AtoM); conclusão.
Os autores, na seção introdutória, apontam os avanços da tecnologia da informação e trazem à luz da arquivística a necessidade dos profissionais possuírem uma postura de atuação ativa quanto a essas perspectivas. Destacam que, em uma política de preservação, para manter os arquivos como fonte confiável de pesquisa, a preservação e o acesso em ambiente digital também devem estar contemplados. A questão de manter os arquivos como fonte confiável é mister, pois, tratando-se de documentos digitais, o patrimônio arquivístico digital necessita ser protegido de forma íntegra e autêntica.
A descrição arquivística, juntamente às outras funções arquivísticas, possibilita a organização, recuperação, disponibilização e acesso ao patrimônio documental arquivístico. Sendo assim, a descrição visa à elaboração dos instrumentos de pesquisa a fim de permitir a localização e os assuntos dos conjuntos documentais. O Archivemática é um software livre para criação de repositórios digitais projetado para a preservação digital, o acesso de documentos ostensivos e a preservação em longo prazo para acervos e coleções de objetos digitais, baseado no modelo conceitual OAIS.
Por sua vez, o ICA-AtoM (AtoM) é um software arquivístico destinado à descrição arquivística e baseado nas normas de descrição do CIA. O software visa disponibilizar as descrições arquivísticas em linha, promovendo o acesso e a difusão de conjuntos documentais. À guisa de conclusão, o Archivemática juntamente ao ICA-AtoM (AtoM) representam softwares essenciais no auxílio à construção da cidadania, ou seja, o uso dessas ferramentas possibilita a ampliação e o alcance do potencial do arquivo, abrangendo um maior número de usuários.
A leitura do referido artigo é fundamental aos que estão iniciando os estudos em relação à temática. A escrita é clara e coerente, trazendo informações pontuais e esquemas gráficos que ajudam a facilitar ainda mais o entendimento da discussão. Daniel Flores[1] é Professor Pesquisador da Universidade Federal Fluminense - UFF, Pesquisador do CNPq PQ2 - Bolsista de Produtividade em Pesquisa, Doutor em Documentação pela USal, concluiu o Doutorado em "Metodologías y Líneas de Investigación en Biblioteconomía y Documentación" - Universidad de Salamanca/España (Revalidado/reconhecido no Brasil ao título de Doutor em Ciência da Informação pela UFRJ/IBICT com bolsa CAPES). Desenvolveu estágio de Pós-Doutorado financiado pela Fundação Carolina na Espanha em Documentos Digitais: Gestão e Preservação Digital. Concluiu o mestrado em Engenharia de Produção na linha de pesquisa Tecnologia da Informação pela UFSM - Universidade Federal de Santa Maria, tornou-se especialista em Organização de Arquivos pela USP - Universidade de São Paulo, graduou-se como bacharel em Arquivologia pela UFSM.
Graziella Cé[2] atua como colaboradora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre localizada na Cidade de Porto Alegre. Mestre em Patrimônio Cultural, linha documental, pela Universidade Federal de Santa Maria. Possui experiência na área de Arquivologia, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão de documentos, arranjo, descrição documental, acesso à informação. Integrante do grupo de pesquisa Gestão Eletrônica de Documentos Arquivísticos-Ged/A.
RESENHA CRÍTICA
FLORES, Daniel; CÉ, Graziella. Archivematica e ICA-AtoM (AtoM) como plataformas do ambiente de preservação e acesso de documentos arquivísticos. CENDOC em revista: revista comemorativa aos 48 anos do CENDOC – Centro de Documentação da Aeronáutica, Rio de Janeiro, p. 16-22, maio 2017. Disponível em: <http://www2.fab.mil.br/cendoc/images/conteudo/revista-cendoc.pdf>. Acesso em: 8 abr. 2018.
As tecnologias da informação estão transformando não somente no meio científico, como também no cotidiano. Fitas VHS foram substituídas por DVDs e o disco blu-ray começa a ganhar espaço. As câmeras fotográficas foram se transformando até chegar às câmeras digitais e até mesmo é possível utilizá-las em celulares inteligentes, os smartphones. Diante disso, existe uma constante preocupação em relação à efemeridade desses artefatos. A cultura digital vem alterando o modo com o qual as pessoas se comunicam no dia-a-dia e isso reflete, também, na ciência.
O presente artigo discute o uso de plataformas de preservação e acesso a documentos arquivísticos visando, também, ao acesso desses documentos em meio digital. É sabido que a tecnologia da informação vem transformando o cotidiano da população através de diversos meios. Com efeito, espera-se que essas mudanças também atinjam as unidades informacionais, como arquivos, bibliotecas e museus. O profissional da informação deve estar atento às mudanças, pois essas tecnologias podem trazer certas vantagens, além de, atualmente, ser fundamental para o avanço científico.
No cenário atual, com mudanças tecnológicas contínuas e aceleradas, as organizações são constantemente pressionadas a adaptarem-se não apenas a novas tecnologias, mas também em formas de como as pessoas a utilizam (CLOUGH, 2013 apud SOUZA, 2016). Deste modo, profissionais de informação que lidam com o tratamento e, consequentemente, com o acesso a toda essa variedade de recursos informacionais digitais também necessitam adequar suas práticas a essas mudanças.
A questão discutida atualmente ressalta a necessidade de preservar e viabilizar o reuso desses recursos informacionais digitais que são produzidos continuamente em diversas instituições. Esses dados em formato digital precisam ser preservados, analisados, descritos, recontextualizados. Diante desse cenário, o artigo em questão aponta duas ferramentas as quais são importantes aliados na preservação, acesso e difusão de documentos arquivísticos digitais, a saber: Archivemática e ICA-AtoM (AtoM). O uso destes garante a autenticidade e a fidedignidade do documento arquivístico, pois estão em conformidade a modelos e normas nacionais e internacionais, como ISAD(G) e Nobrade.
O OAIS é uma infraestrutura para o entendimento de requisitos de sistemas de preservação em longo prazo. Definindo tanto um modelo funcional quanto um informacional para atividades de preservação, ele representa um modelo que tenta oferecer uma infraestrutura comum que possa ser utilizada para se compreender melhor os desafios que os repositórios precisam enfrentar (CAPLAN, 2006, p. 7; DAY, 2004; SARAMAGO, 2004 apud SAYÃO, 2010, p. 13 apud SOUZA, 2016). No âmbito nacional, a Resolução nº 43, de 04 de setembro de 2015, do Conarq estabelece e aprova as diretrizes para a implementação de Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis (RDC-Arq), com vistas ao arquivamento e manutenção dos documentos arquivísticos em suas fases corrente, intermediária e permanente em formato digital. Para um repositório arquivístico digital ser caracterizado como confiável, é preciso atender diversos requisitos, este deve ser capaz de organizar e recuperar os documentos, de forma a manter a relação orgânica entre eles.
Nesse sentido, o Archivemática representa um repositório projetado para a preservação digital, o acesso de documentos ostensivos e a preservação em longo prazo para acervos e coleções de objetos digitais, baseado no modelo conceitual OAIS. O ICA-AtoM (AtoM) é um software arquivístico destinado à descrição arquivística e baseado nas normas de descrição do CIA. Este disponibiliza as descrições arquivísticas em linha, promovendo, assim, o acesso e a difusão dos conjuntos documentais, aproximando as instituições arquivísticas dos seus usuários.
Essas duas ferramentas aliadas a uma ferramenta de gestão representam um poderoso recurso para as instituições arquivísticas. Uma política arquivística contemplando esses requisitos pode garantir a autenticidade e a preservação em longo prazo dos documentos arquivísticos digitais. Como apontado pelos autores, seria um ambiente ininterrupto visando à manutenção da preservação, acesso, difusão e, consequentemente, a segurança e a acessibilidade dos arquivos.
Referências
SOUZA, Thales Vicente de. Curadoria digital: um novo espaço de atuação do profissional de informação. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Instituto de Arte e Comunicação Social, Universidade Federal Fluminense. Niterói, RJ, 100 f., 2016.
[1] Retirado do currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/9640543272532398>. Acesso em: 8 abr. 2019.
[2] Retirado do currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/7431231380568957>. Acesso em: 8 abr. 2019.
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