frankensteinbandguy
𝕱𝖗𝖆𝖓𝐤𝖊𝖓𝖘𝖙𝖊𝖎𝖓
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victor adélard tremaine, XXIV, mod. II.II, son of Drizella, magic drawings. // why'd you only call me when you're high?
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frankensteinbandguy · 2 years ago
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burgueszinha​:
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                        com a língua afiada que tinha, foram pouquíssimas as situações em que amelia se viu ficando sem palavras. ainda assim depois de ouvir victor, lá estava ela com a boca entreaberta, respirando pesadamente enquanto a mente trabalhava para que alguma respostinha matreira se formasse e que finalmente pudesse proferi-la. as feições se contorcer levemente em uma careta quando um pensamento veio à sua mente: ela definitivamente não havia sido a única vítima daquela cantada boba de victor. sendo naturalmente intimidadora por conta de seu sobrenome e carreira, não estava acostumada a ouvir aquele tipo de cantada, talvez o breve choque causado pelas palavras que chegaram aos seus ouvidos se desse por esse motivo. ou pelo menos foi o que preferiu pensar naquele momento, a ideia de que havia ficado verdadeiramente afetada por uma frase proferida tão levianamente era constrangedora. aliás, jurava até que nem era a primeira vez que o castigado dizia aquilo naquela noite! “você é bom em fazer uma garota se sentir especial, tremaine. é uma qualidade admirável.” ironizou. a menção a série e a agenda dos dois arrancou uma carranca pensativa de amelia. havia se esquecido disso, de que ela tinha uma agenda. “posso te mandar a minha agenda por mensagem” deu de ombros. “mas preciso admitir que não sou muito fã de séries.” a charming gostava de filmes porque eles tinham finais, enquanto séries — principalmente as non-maj — corriam um alto risco de serem canceladas sem que o telespectador saiba o que acontecerá com os personagens após a última temporada lançada e do roteiro interrompido. o sorriso que surgiu nos lábios de victor fez com que a loira se curvassem levemente para cima, na sombra de um riso próprio. sentiu uma palpitação meio estranha em seu peito também e ela contemplou a própria reação com certa estranheza. o pensamento de que o tremaine tinha um sorriso bonito agarrando seu cérebro aos poucos e ela não conteve o impulso de virar o rosto um pouco para o lado e analisá-lo brevemente. ele tinha covinhas? o sorriso da arthuriana se alargou quando o ouviu falando sobre ser um sommelier de filmes dramáticos, o que ainda era um fator bastante inesperado para ela, que aquele homem adorasse filmes dramáticos e românticos como ele. uma de suas sobrancelhas foi erguida quando ouviu a frase seguinte. “ah, é? deixe-me adivinhar os filmes da lista de como sua carreira música poderia ser! almost famous, rock of ages, the dirt…” recitava os filmes sobre bandas e sobre o universo musical que conhecia, sem ter certeza de que algum deles se encaixava na lista do castigado. “eu tenho uma lista de filmes sobre obsessed artists, é um dos meus gêneros favoritos” sorriu. “uma lista de filmes coming-of-age e uma das comédias românticas mais clichês e água com açúcar existentes no universo. as suas são melhores que as minhas, estou com um pouco de inveja.” de alguma forma compartilhar aquilo parecia íntimo para amelia, que nunca encontrou uma forma melhor do que filmes para se comunicar. algumas pessoas se expressavam por música ou pinturas, é a identidade delas, os artistas costumam ter muito disso. a identidade da charming decerto está em seus trabalhos e filmes favoritos. “tem ratos lá?” dessa vez ela não pôde esconder o nariz franzido. ratos eram certamente uma de suas maiores aversões. não era uma crystal, afinal! não tinha porque ter amiguinhos ratos como cinderella. a reação de victor as suas palavras arrancaram um olhar curioso da loira, que questionou a si mesma se havia tocado em alguma ferida não cicatrizada do rapaz. estava ciente de que a maioria dos habitantes mais jovens da cidade de cima costumavam se envolver com castigados em um ato de rebeldia e perguntava-se se ele havia sido a vítima de algum desses casos. coçou a nuca disfarçadamente, mordendo o interior da bochecha. não sabia exatamente como deveria reagir aquilo, por isso preferiu ficar calada. “aposto que sim… é por isso que a maioria assiste filmes, não é? para poder comprar e viver uma fantasia.” sentia-se um pouco aliviada pela mudança de assunto. “talvez você deva me apresentar alguns filmes non-maj… não conheço muitos filmes de comédia deles. como disse, eu costumo assistir apenas os romances, mas odeio filmes de terror! então isso não é nem uma hipótese!” a risada alheia a fez morder o lábio para conter a sua própria. foi nesse instante que ela percebeu que gostava do sorriso e da risada de victor. ele tinha o tipo de risada que fazia você querer dizer alguma coisa engraçadinha só para ouvi-la novamente. “ou talvez você seja menos entediante do que o restante das pessoas que me aguardam lá fora, isso ainda é uma possibilidade.” falou, apesar de estar quase certa de que aquilo estava fora de questão e que ela estava, de fato, apreciando a companhia dele. “ora, muito obrigada por acreditar no meu potencial! tenho certeza de que você vai gostar dos filmes.” não podia explicar o porquê exatamente estava feliz de saber que eles ainda iriam assistir os filmes juntos. por merlin! talvez ela realmente estivesse gostando da companhia do tremaine. “não sou muito boa com elogios.” confessou. “vocês incorporaram muito bem o espírito do halloween. e você estava ótimo no palco também… o que tinha dito mesmo? que talvez eu perdesse o interesse? acho que você estava errado, adelárd e, como sempre, eu estava certa. músicos são sexy.” a verdade é que não foi aquilo que deixou amelia tão fascinada por victor no palco. ele tinha um brilho próprio quando estava tocando, um tipo de energia arrebatadora que lhe deixou instantaneamente hipnotizada. ela jamais admitiria, mas ficou suspirando a apresentação inteira. assentiu em resposta ao que ouviu em seguida, sentindo o coração aquecer um pouco com aquela frase. gostava da ideia dele confiar nela para escolher os filmes, sendo aquela uma coisa tão importante pros dois. “uau, espere aí, garotão! você tinha dito que era pra irmos com calma e agora já está até falando sobre voltar dos mortos para me beijar? cuidado, victor, ou eu vou achar que você está muito afim de mim.” deu ênfase ao muito, rindo com divertimento e voltando os olhos azuis para ele. “eu também acho que o seu xará fez um ótimo trabalho.”
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"É muito útil também. Você não faz ideia de quantas coisas eu já consegui fazendo com que mulheres ricas se sintam especiais." dizer aquilo tinha um certo tom amargo, e Victor sabia que Amelia provavelmente o acharia desprezível, mas continuava escolhendo ser honesto com ela, tanto nas falas boas quanto nas ruins. "Mas dessa vez eu só disse o que estava pensando de verdade." Admitiu, coçando a nuca meio sem graça. Era tão mais fácil proferir elogios à jovens que eles saíam quase automaticamente, no entanto, ficava mais difícil quando vinha de um lugar tão sincero de sua mente, aparentemente. "Ok, perfeito. Eu não tenho uma agenda organizada porque... Geralmente meus trabalhos aparecem de repente." arqueou as sobrancelhas. Era verdade: fosse Scar com alguma demanda de última hora, fosse o dono da oficina mecânica ligando para lhe avisar que estava sobrecarregado ou um bico aleatório. Sua vida era uma bagunça tão grande que ter alguém com quem simplesmente parar e assistir filmes parecia uma dádiva. "Mas posso te mandar a agenda da banda e dos treinos do magibol. São as partes mais organizadas da minha vida." riu baixo. "Séries são demoradas demais, não tenho muita paciência. Menos quando é reprise de Next Top Guardian." Sorriu brevemente. A próxima resposta o deixou literalmente boquiaberto, a expressão de surpresa estampada em seu rosto feito tatuagem. "Você acertou de cara os três primeiros da lista. Me senti até um pouco previsível agora." desviou o olhar, abrindo um sorriso involuntário. Era como se ele fosse um livro todo rasgado e destruído, mas mesmo assim ela conseguisse entender o que estava escrito nas páginas. O Tremaine raramente se sentia visto daquele jeito. "Tem alguns outros, tipo That Thing You Do e Velvet Goldmine, mas... É, eu queria viver em Almost Famous ou Rock of Ages." deu de ombros, sentindo-se completamente abobalhado. "Por alguma razão eu sinto que obsessed artists e coming-of-age combinam com você. Tem muitos coming-of-age na minha lista de trilhas sonoras favoritas e, pra ser sincero, uns romances também. É muito difícil colocar a música certa pra casar com uma cena romântica." refletiu, franzindo a sobrancelha ao notar como seus gostos eram estranhamente parecidos. "Não acho que são melhores... Na verdade são meio complementares." Ele quase mordeu a língua ao verbalizar o pensamento feito para ficar apenas no espaço seguro de sua mente. Aquilo tudo era pessoal demais, suas músicas, tanto as que consumia quando as que criava, eram o maior legado de Victor. Não o Tremaine, aluno da Academia, com seus desenhos mágicos, mas só ele, o garoto que já existia desde antes de sequer aprender a falar. Havia sido criado cercado por filmes e músicas e aquilo era o mais próximo de um lar que ele tinha. Como era possível que estivesse conversando tão confortavelmente sobre o assunto justo com uma herdeira dos Charming? Deu graças pela pergunta que lhe fez dar uma risada e fingir ter esquecido as coisas que estava pensando antes. "Tem. Mas a gente aprende jeitos de manter a maioria deles fora de casa." comentou, retomando a pose que costumava carregar normalmente, deixando de lado a vulnerabilidade. "É bom parar por duas horas e só se deixar levar pela história, então acho que tem razão." continuou "Ok, realmente conheço muitos. Juro que vou fazer uma boa seleção sem terror." bateu continência de brincadeira, como se estivesse completando o juramento. Estava de volta a casca de mau moço, conquistador, vagabundo. A realidade tinha lhe puxado de volta exatamente para onde pertencia; o tipo de cara que teria poucas oportunidades de estar perto da princesa. "Então talvez eu seja mais interessante do que a festa inteira. Vou guardar essa informação, Charming." alfinetou, pontuando a frase com um meio sorriso convencido. "Eu que agradeço, nunca pensei que diria isso sobre a Briar, mas tô muito ansioso pra ver." deu uma risada, a armadura caindo por terra de novo.
Era um combinado inocente, assistir filmes cada um em seu quarto, sem possibilidade de aquilo se transformar em uma desculpa para ir para a cama, como ele já tinha feito algumas vezes com algumas garotas. Raramente passava dos dez minutos de filme, mas o fato de que ela estava disposta a fazer algo para ele, para que passassem tempo juntos e se conhecessem... Isso era raro. Só seus amigos mais próximos gastavam essa energia com ele (e mesmo assim Victor se surpreendia). O grande problema era que não a via como amiga. Quer dizer, poderia ver se aquilo continuasse, porém já estava inegavelmente atraído por ela. Precisava que desesperadamente que qualquer que fosse a graça que ela via nele desaparecesse e a atriz fosse se ocupar com outra pessoa, afinal o Tremaine se conhecia o suficiente para saber como suas paixonites se tornavam danosas para ele mesmo e dentre todas as burradas sentimentais fadadas ao fracasso que ele já tinha feito, se deixar apaixonar por uma das mais influentes de Arthurian era com certeza a mais estúpida delas. "Nos dedicamos bastante. O público de Halloween Town é muito exigente... Mas valeu a pena, o dono pagou até um pouco a mais do que tinha dito." riu, orgulhoso do trabalho feito "Obrigado. Você tem razão, nós somos e é muito fácil ser sexy no palco. Mas o território neutro me favoreceu..." começou "Eu tenho a impressão de que não estaria dizendo isso se eu tivesse te convidado para ver a gente no Pirate's Life. Seria eu, mais gostoso ainda porque não teríamos o fator nervosismo, mas com músicas mais barulhentas, políticas e obscenas. Você não me parece o tipo de pessoa que se seduz por esse tipo de coisa. Nós somos vagabundos, afinal." concluiu, a expressão leve, mesmo que as palavras fossem cheias de ironia. Ela não descia ao Castigo para se divertir como muitos arthurianos faziam. Sequer sabia que ratos corriam pelas ruas da cidade, provavelmente não sabia nada sobre o bar de Hook! Talvez continuasse interessada, mas pelo rapaz que exalava energia sexual e um gostinho de perigo. E essas duas coisas, ele sabia muito bem, eram fáceis de enjoar. Estava apenas relembrando a si mesmo de onde estava se metendo. "Ei, ei, ei!" riu, novamente perdendo o controle de sua armadura. Ela era engraçada de um jeitinho fofo e sarcástico que, de fato, o encantava. "Não tenho planos de morrer logo. Ainda temos muitas watchparties pra fazer, a banda ainda não lançou o próximo disco, ainda tenho que jogar a próxima temporada de Magibol e mostrar para a professora Snaer que consigo passar na matéria dela! A não ser que você esteja planejando um assassinato, ainda vai levar um tempo pra isso." disse, contradizendo sua real vontade de beijá-la ali mesmo. Talvez fosse até o melhor caminho, sanar de uma vez a curiosidade da loira e acabar com o que quer que estivesse acontecendo ali. Mas aí qual seria sua desculpa para ter um pouco do tempo dela para si? Ia fazer alguma piada sobre Frankenstein, sobre as cicatrizes temporárias em seu corpo, mas de repente sua mente foi para outro lugar e ele deixou, tomado por uma curiosidade boba. "Amelia Surprising Charming-" começou, subconsciente se aproximando, a mão se atrevendo a brincar com uma mecha fugidia dos fios dourados dela. "Me diz uma coisa... Qual seu verdadeiro nome do meio?" perguntou. Era fácil descobrir na internet e ele até já devia ter esbarrado com a informação alguma vez no passado, mas queria que ela lhe dissesse. Queria ver os lábios avermelhados formando a palavra para guardá-la na memória e para que pudesse usar o nome da mesma maneira atrevida com que ela usava o seu.
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frankensteinbandguy · 2 years ago
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burgueszinha​:
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                          foi necessário um esforço considerável da parte de amelia para manter uma expressão amena diante da afirmação de victor. caso o contrário um sorriso estaria estampado em seu rosto, que se encontrava sob uma máscara fria que na presença dele parecia tão fina quanto papel. entre o encontro deles no pântano, o show do war pieces e o fatídico dia do halloween, não teve tempo o suficiente para estudar os efeitos que victor causava nela, que nas vezes em que estava com ele acabava com um sorriso fácil e aquele maldito sentimento constante de curiosidade. o que havia de tão interessante naquele castigado que a deixava tão intrigada? talvez ele estivesse certo e tal interesse se desse pelo fato dele ser um castigado, a charming não tinha muito contato com pessoas da classe dele. “ah, é? então espero que essa festa esteja valendo a pena para nós dois.” falou por fim, erguendo uma de suas sobrancelhas. “eu acho que euphoria não é bem um filme.” havia incerteza em sua voz. pesquisaria mais sobre o que quer que fosse aquela obra non-maj quando chegasse em seu quarto no dormitório, quem sabe até enviasse uma mensagem para ele contando sobre as suas descobertas. talvez, talvez, talvez… amelia que sempre foi muito certa de todas os seus movimentos e atitudes agora vinha se questionando muito acerca de e ses e talvezes. “de alguém que quase nunca tem companhia para comentar filmes à alguém que tem a companhia de uma atriz para isso? uau, isso é uma evolução e tanto tremaine.” a voz continua aquela nota de sarcasmo natural e familiar que as palavras que saíam de sua boca sempre tinham. e lá estava um sorriso brilhante nos lábios de amelia diante do elogio do elogio alheio. a charming estava acostumada a ser paparicada e ouvir pessoas lhe bajulando e inflando o seu ego, ainda assim um elogio simplório no que parecia ser uma cantada bem mais ou menos foi o suficiente para fazê-la sorrir. “não… mas já ouvi muito falar!” titanic era um filme muito famoso, até mesmo entre os cidadãos de arthurian, porém era muito antigo e estava entre os filmes proibidos por david e snow durante a infância — e boa parte da adolescência — para a loira por conta de suas cenas quentes. conhecendo os pais, ela presumia que era um exagero! porém desde então sempre coloca na sua cabeça que vai assistir o filme mas acaba esquecendo. “você gosta desse gênero, não é? amores proibidos… tem uma lista assim no seu letterbox? tipo ‘filmes sobre amores impossíveis e proibidos’ ou algo parecido?” disse com um sorriso zombeteiro. amelia não fazia acepção de nenhum filme quando se tratava do seu gênero favorito: romance, desde tragédias à comédias. quando mais nova ela via esses filmes e fantasiava sobre como seria viver um romance digno das telas de cinema com o seu próprio príncipe. ao crescer, no entanto, ela abandonou sonhos de felizes para sempre e focou totalmente em sua única paixão e ambição: atuar. “mas é claro que sim! é um clássico! bom… eu nunca tinha pensado por esse lado, até que realmente parece o castigo.” tentou disfarçar um pouco o nariz se franzindo ao pronunciar a última palavra. “é por isso que é divertido, esse tipo de coisa só acontece em filmes. no nosso mundo se duas pessoas sabem que não podem ficar juntas elas apenas não ficam!” deu de ombros. amelia tinha lá suas dúvidas acerca da existência do amor verdadeiro, talvez ele houvesse existo no passado mas não no mundo em que eles viviam na atualidade, todos os amores jovens de arthurian pareciam líquidos demais, suscetíveis a qualquer mínima adversidade. revirou os olhos com o comentário que veio logo em seguida, como o tremaine sabia ser irritante! “então é isso que você quer continuar vendo nas telas? esses reflexos sombrios do seu presente? não sei se você sabe, mas esse não é o objetivo das obras fictícias! eu só acho que as pessoas estão cansadas disso, mesmo pessoas como você… todo mundo quer uma mensagem de esperança, todo mundo quer um final feliz.” estava sendo sincera em tudo o que dizia, o que a fazia se sentir vulnerável demais para o seu próprio gosto. as palavras restantes de victor a deixaram boquiaberta. adultério? ele estava mesmo falando sério? “por merlin, como você é insuportável!” disse com indignação, é claro que o filme não era sobre isso! tinha quase certeza que ele tinha dito aquilo intencionalmente só para provocá-la. “não faz diferença nenhuma, victor. eu não quero que você mude de opinião, só quero que dê uma chance aos filmes da briar, você pode se surpreender. não é melhor falar de uma coisa com convicção ao invés de apenas prejulgar?” juntou as sobrancelhas, soltando um suspiro. “digamos que foi uma apresentação bem… excêntrica?” disse mais como uma pergunta do que como uma afirmação. “não é o tipo de música que eu costumo consumir, mas não é ruim.” ficou curiosa sobre os comentários de scar, contudo decidiu não perguntar sobre a hipótese de não ser algo que o rapaz quisesse compartilhar. voltou a sorrir com o gesto dele, já menos irritável do que estivera minutos atrás. “prometo fazer uma seleção com filmes ótimos!” tentou em vão não parecer muito empolgada com aquela ideia. “e não se preocupe, vou jogar flores e um autógrafo do phillip na sua lápide escrito ‘para o meu maior fã, victor tremaine’, vai ser lindo! pena que você não vai estar lá pra ver.”
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Victor deu de ombros suavemente, tentando não demonstrar vulnerabilidade. Apesar de gostar do feriado, todo o conceito de vampirismo o deixava bastante desconfortável, mas estava tentando se distrair. "Ficou um pouco melhor agora." admitiu, antes que pudesse segurar. Provavelmente ela tomaria como mais uma cantada barata, mas era verdade: vê-la ali estava sendo um dos pontos altos da noite. "Humm, se for uma série muito longa vamos ter que dar um jeito de encaixar nas nossas agendas." contorceu o rosto ligeiramente. Sua rotina era lotada de compromissos (em sua maioria voltados para o ganho de dinheiro) e imaginava que a dela não devia ser diferente. A frase de Amelia o fez sorrir sincero, mesmo logo depois sua expressão sendo tomada pelo ar pedante de sempre. "Go big, or go home. Não é o que dizem?" comentou, parte de si pensando na verdade em como era improvável e inusitado que estivesse de fato considerando iniciar aquele tipo de hábito com uma super estrela da Briar Productions, dentre todas as pessoas. Uma Charming ainda por cima! Ele balançou a cabeça levemente diante da pergunta. Honestamente consumia de tudo um pouco dentro do gênero de fantasia non-maj e normalmente deixava os romances para assistir quando ia para casa nos fins de semana, já que eram os favoritos de Drizella. "Eu sou quase um sommelier de drama. Não tenho uma lista dessas mas poderia fazer" sorriu "Tenho uma com os filmes com minhas trilhas sonoras favoritas, serve? E uma de como imagino que minha carreira musical poderia ser." comentou, sem nem entender por que motivo estava entregando detalhes tão pessoais sobre si para Amelia. Não era o tipo de coisa que ele fazia, Victor sabia muito bem conversar com garotas por horas sem revelar nada muito relevante sobre si mesmo, mas ali a honestidade e esses pequenos detalhes estavam escapando com uma frequência assustadora. "No filme não mostram os ratos, mas é bem parecido." deu de ombros. Talvez fosse ali que aquela conversa terminaria, na lembrança de onde ele vinha. O rapaz tentou disfarçar a seriedade que tomou conta de seu semblante diante desse fato e da próxima fala. Porém como poderia se já tinha vivido aquilo tantas vezes mesmo com tão pouca idade? Era sempre o amor impossível de alguém, ou assim as moças da cidade de cima lhe diziam. Ele sempre se perguntou por que razão elas nunca lutavam pelo relacionamento se gostavam tanto assim dele e no final chegava à conclusão óbvia de que não era suficiente. Contudo, esse era seu segredo sujo, o fato de que se sentia sim diminuído e de coração partido com essas rejeições. Mas nunca admitiria, fingia que estava ok com isso, que não queria compromisso e que aquela vida agitada de solteiro era seu objetivo. "É. Elas..." começou, sem saber ao certo o que iria dizer. "Elas não ficam." completou. A pergunta seguinte de Amelia foi como um soco no estômago. Se fosse responder honestamente, ele diria que queria ver filmes onde pessoas como ele tinham finais felizes, porém como poderia dizer isso para alguém que era a personificação do que os mocinhos deveriam ser? Para aquela jovem perfeita, linda, que falava com tanta segurança sobre seu trabalho e seus ideais? A irmã do Salvador? Ela provavelmente pensava que ele não merecia um final feliz nem na ficção; e como poderia discordar se na maior parte do tempo pensava o mesmo? "Eu gosto mais de fantasia, mesmo nos filmes felizes. Me tira da realidade... E eles tem comédias ótimas. Filmes de terror excelentes também, é um universo bem vasto." saiu pela tangente, evitando responder de verdade, mas também sem mentir. Não queria se prolongar naquele tópico e acabar falando demais. A reação dela à sua provocação boba o fez rir genuinamente, especialmente por conta do xingamento. "Eu sou muito suportável! Olha só, você tá aqui me aguentando porque sou uma boa companhia, pode admitir!" brincou, um resquício de riso em sua voz grave. Por que queria tanto que aquele momento se prolongasse? "Eu gosto de reclamar sem nem ter visto, mas isso vai mudar em breve já que você vai me guiar através do crème de la crème da Briar Productions." ofereceu um sorriso amistoso, como que para confirmar que o combinado continuava de pé. Então riu, dessa vez mais baixo e discreto. "Isso foi quase um elogio, Amelia. Acho que começamos bem." deu uma pausa "O show foi um pouco mais performático do que o normal por causa do tema... Mas... Obrigado por ter ido." disse, subitamente envergonhado. O sentimento lhe deu um embrulho no estômago. Victor Tremaine nunca se envergonhava, muito menos quando falava de sua banda. Não podia se sentir assim justamente na frente de uma Charming, ia contra toda sua personalidade pedante.Por Merlin! O que estava acontecendo com ele? "Ok, eu confio no seu gosto." deu de ombros casualmente, fingindo para si mesmo que o embaraço nunca havia estado ali. "Se além disso você conseguir um autógrafo do Naveen numa camiseta da minha banda eu juro que volto à vida só pra te dar um beijo de agradecimento e depois morro de novo." brincou, sem pensar muito no que dizia. "Graças ao dr. Victor Frankenstein hoje eu aprendi que vou ser bonito mesmo como um cadáver, então não vai ser uma experiência grotesca, confia."
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frankensteinbandguy · 2 years ago
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em nome da Excalibur, VICTOR ADÉLARD TREMAINE em seus VINTE E QUATRO anos, jura reverter o legado de DRIZELLA durante a sua estadia na Academia dos Legados. Com a sabedoria concedida a ele, deve se manter caminho da luz enquanto conclui o MÓDULO II. Com a bondade tocada em seu coração, recebe GENTILEZA e não se permite ser corrompido por INCONSEQUÊNCIA. Por último, é deixado um corte na mão de JACOB ELORDI como prova de seu comprometimento com a luz.
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habilidade mágica
desenhos mágicos: Victor tem a capacidade de desenhar coisas e fazê-las aparecerem em outros lugares ou pairarem no ar e interagirem com ele ou outras pessoas temporariamente. As interações são simples, apenas movimentos em volta do toque. Recentemente descobriu que pode também fazer os desenhos que já fez no passado surgirem como feridas na pele de si próprio ou de outras pessoas, no entanto, para isso ele precisa que haja uma parte do próprio corpo sangrando, seja por uma ferida causada por ele mesmo ou outrem. Ao tocar o sangue e mentalizar o desenho no corpo do alvo, ele consegue causar a ferida. A consequência é que o uso prolongado ou intenso da habilidade lhe causa fortes sangramentos nasais e até mesmo hemorragias internas em casos muito extremos.
ocupação:
ilustrador na gravadora Leons, guitarrista da banda War Pieces, atacante do Rotten to the Core e faz-tudo o que lhe renda algum dinheiro extra.
Sobre:
Victor Adélard Tremaine nasceu de uma relação relâmpago surpreendentemente feliz entre Drizella e um dos tripulantes que trabalhavam no bar de James Hook. Apesar das gravidez inesperada e das dificuldades financeiras, Ivan e Drizella foram felizes durante o pouco tempo que tiveram. Travaram um grande debate para decidir o nome do filho: ela queria que fosse francês e ele hispânico, como sua origem. Foi apenas no final da gravidez que decidiram, de forma totalmente boba. Ivan tinha o hábito de levar para casa livros, discos de vinil e tralhas non-maj que conseguia encontrar ou comprar por aí e por isso Drizella estava lendo Frankenstein de Mary Shelley, sempre em voz alta, já que o homem não sabia ler, e a resposta veio: Victor, um nome presente no idioma natal de ambos e na história que estavam acompanhando.
A felicidade dos dois foi curta, uma vez que Ivan morreu numa briga de rua pouco antes de o filho completar dois anos de idade, fazendo com que Drizella voltasse à amargura de antes, mas não à solidão. Tinha seu filho e ele se tornou o centro de seu mundo. Ela tocava seu estúdio de tatuagem e criava o menino da melhor maneira que podia. Victor cresceu pelas ruas do Castigo, brincando com tudo e todos que lhe davam atenção e deixando a mãe louca com suas demoras para voltar para casa. Tornou-se um adolescente bonito e precoce, conquistador desde muito cedo. Mas suas grandes felicidades eram a música, os desenhos e o magibol, que jogava nas ruas com amigos. De tanto ouvir os discos que a mãe continuava colecionando, ele criou uma paixão pelo rock n' roll e aos 13 roubou uma guitarra para aprender a tocar. Depois começou a fazer bicos em qualquer lugar que podia, como garoto de entregas e mais tarde como segurança ou garçom, até poder comprar um velho Cadillac preto para um dia participar dos rachas de Aladdin que amava assistir. Conseguiu convencer o dono da oficina de carros do castigo a lhe deixar consertar o carro ali caso ele trabalhasse de graça em alguns dias e assim foi. Até hoje nunca participou de nenhuma corrida, mas o carro está em condições muito melhores.
Aos 18 teve sua vida transformada pelo torneio. Sem condições de pagar pela droga que alguns Castigados usavam, ele atacou a imagem de Drizella com a réplica da Excalibur, com lágrimas nos olhos, e recebeu sua habilidade de fazer desenhos mágicos. Ele não fazia questão de ir para a Academia dos Legados, mas por insistência da mãe ele foi e se tornou um bom estudante. Fez algumas amizades durante o primeiro módulo, mas nunca perdeu o jeito de Castigado, estampado em sua aparência, jeito de falar e se comportar. Conseguiu entrar no Rotten to the Core e hoje atua como atacante, sendo apaixonado pelo magibol como sempre foi. Trabalha para a gravadora de Scar como ilustrador e tem tido problemas para evoluir com seus poderes, pois no Módulo II descobriu ter a capacidade de usar seus desenhos em combate, mas para isso ele precisa estar sangrando e tocar no próprio sangue, o que não seria um problema não fosse sua grave hematofobia. 
Costumava ser um rapaz dócil, divertido, gentil e engraçado, mas o Módulo II tem o endurecido e tornado-o mais relutante quanto aos habitantes de Arthurian, Novo País das Maravilhas e Moors. Ainda assim, ele é o tipo de pessoa que gosta de se divertir, não faz questão de ser competitivo e não é nada agressivo. Hoje não vê mais tanta graça em flertes e conquistas e acredita que amor é bobagem e perda de tempo. A música se tornou seu grande escape, ainda que não tenha mais tanto tempo para se dedicar aos estudos e à compor como costumava ter.
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frankensteinbandguy · 2 years ago
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Victor abriu um sorrisinho diante da resposta. Como já havia decidido antes, não estava ali pela bajulação, mas porque queria conhecer a Charming e talvez por isso estivesse se esforçando tanto para levá-la a um nível de aborrecimento. "Não esqueci. Na verdade, não fosse essa festa estaríamos cumprindo esse compromisso agora mesmo." deu de ombros "Mas ok, podemos adicionar à lista. Quase nunca tenho companhia pra comentar filmes." torceu o nariz. Bem, é claro que não tinha, até Drizella às vezes perdia a paciência com todo o ceticismo e irritação do filho. "A Claire Danes, acho que é esse o nome da atriz? É uma linda Julieta também, mas prefiro você." disse sem vergonha alguma "Mas falando nele jovem, já assistiu Titanic? Kate Winslet, uau. Que mulher. E toda a história de amor proibido... Eu congelaria por uma mulher como aquela facilmente." comentou. Poderia até parecer que se referia à aparência, e não seria mentira, mas o que a encantava de verdade na personagem era a coragem com a qual ela aceitava seu amor por um homem que não valia nada para as pessoas ao seu redor. Adélard era um romântico e muito lá no fundo pensava que existiria no mundo uma princesa (fosse ela da realeza ou não, isso não importava) que o amaria o suficiente para que desafiassem as normas juntos. Não diria isso para Amelia, obviamente; era uma confissão pessoal que nem mesmo alguma música ele já tinha feito sobre o assunto. Seu segredo mais profundo, talvez. "Você assistiu e gostou de West Side Story?" perguntou, surpreso "Mas é tão triste! Até se parece um pouco com... O Castigo. Um Romeu e Julieta onde só se tem pobres. E o que gosto não é bem a morte, mas a luta pelo amor impossível. Eles sabem que não podem ficar juntos, mas tentam mesmo assim. Me entretém." inclinou a cabeça ligeiramente para o lado, confuso. Ouviu o raciocínio da jovem, balançando a cabeça para os lados, ponderando. Ela tinha um ponto importante, mas a ofensa o fez abrir um sorriso pedante. "Não assisti nem o primeiro e nem nenhuma das trinta sequências. E pretendo continuar assim." fez uma leve reverência, como se tudo aquilo fosse realmente um enorme elogio vindo da parte dela. A surpresa maior foi a fala seguinte, que o fez franzir a testa, unindo as sobrancelhas. "Esnobe?" perguntou, genuinamente sem entender se era aquilo que ela queria dizer. Em sua visão era assim que os príncipes eram. Ouviu a bronca com paciência, como costumava fazer. Por mais barulhento e espaçoso que fosse, ele era um bom ouvinte, só não era muito propenso a mudar de opinião. "Não tenho como deixar no passado algo que nunca acabou pra mim. Brigas, guerra, violência... Quer dizer, eu consigo me ver sendo um Jack Dawson entrando de penetra num barco de luxo por pura sorte ou um Tony ex líder de gangue cantando 'Maria, I've just met a girl named Maria and suddenly that name will never be the same to me' yadda yadda yadda. Mas não consigo me enxergar no Phillip. No dragão, talvez... Mas sei lá, beijar o Phillip Adormecido não tá na lista de coisas que queira me imaginar fazendo. Vem cá, ele beija o dragão e o bicho vira a Princesa Aurora ou é um filme sobre adultério?" falou, a última pergunta sendo mais uma brincadeira do que uma dúvida genuína. "É seu trabalho e tenho certeza que deve ser muito boa nele, mas nem todos se identificam com finais felizes. A Briar tem um público enorme, você tem centenas, milhares de admiradores... Que diferença faz a opinião de um castigado esnobe?" a pergunta acabou sendo mais honesta do que ele pretendia. "E sobre a minha banda... Fiquei curioso sobre o que achou do show, não vou mentir. Mas eu trabalho pro Scar, nenhuma crítica vai ser mais dura de ouvir do que as que ele faz." comentou, rindo baixo. Sua relação com o chefe e os Leons era ótima, mas bem... O homem não deixava de achar que estava cercado por idiotas. "Vou hastear uma bandeira branca aqui." sacudiu a mão, como se de fato segurasse uma bandeirinha imaginária "Você saiu da sua zona de conforto e foi assistir a War Pieces, eu vou assistir filmes da Briar contigo. Não significa que nossas opiniões vão mudar, mas é uma trégua." deu de ombros em sinal de paz "Mas nada de Phillip e o Beijo do Dragão. Eu tenho um objetivo pessoal de chegar ao fim da vida sem ter assistido a isso. Quero isso escrito na minha lápide. Se eu tiver uma, óbvio."  
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frankensteinbandguy · 2 years ago
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