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“All you have to do is say, “yes”.

𝐹𝓁𝒶𝓈𝒽𝒷𝒶𝒸𝓀 — semanas antes

⊰ — ❊ Regra número um: jamais dormir juntos, seguindo para os respectivos quartos quando a diversão acabar. Regra número dois: um não deve satisfação ao outro. Regra número três: ambos podem sair com outras pessoas caso sintam vontade. Regra número quarto: se sentir algo diferente, avise! Estas eram as novas regras, e Felícia as dizia para si mesmo como se fossem um mantra que deveria seguir, sem desviar-se sequer um grau. Mas é claro que soube que aquele acordo estava fadado ao fracasso antes mesmo de começarem o relacionamento. E a suposição mostrou-se verdade quando as regras foram quebradas, uma à uma. Primeiro, ela precisou de conforto no aniversário de morte de seu irmão, e ele estava lá para passar toda a noite ao seu lado. Haviam dormido junto e o mais frustrante era o verbo: dormir; cair em sono, adormecer. E quando ele precisou de sua ajuda, quando um assunto da RANU o impossibilitava de dormir, repousaram e se levantaram igualmente vestidos, após adormecerem juntos. Ignoraram aquilo, é claro, como se não fosse nada demais. Havia sido uma simples trégua, pois, no fundo, se importavam um com o outro. E então as provocações sobre outras pessoas quebravam a regra dois; e não interessar-se mais por outras camas, a regra três. Mas era apenas um tempero para a relação, ou ela julgava como tal. Por fim, Hybern viu-se gostando e requisitando a companhia do Vlahakis mais do que deveria. Mas novamente, não era nada demais. Não era porque ela sentia-se bem ao lado dele, o conhecia bastante ou contava para ele coisas que nenhuma outra pessoa sabia, que aquela relação estava em perigo. Oh não. 

Os raios de sol, invadindo o cômodo através das cortinas, refletia exatamente sobre seus olhos, e fora por isso que os coçou sonolentamente. Ao notar a companhia de Lorsan ao seu lado, no entanto, despertou totalmente. ❛Lorsan, você deve sair daqui agora.❜ Cochichou, sacudindo o corpo musculoso do ranuense. Em minutos suas servas invadiriam o aposento, afim de arrumá-la para mais um dia em Alcatraz, e se o encontrassem ali…❛Rápido, Lorsan!❜ Repreendeu, visto que o moreno sequer havia se movido, e o sacudiu novamente. Tomando a frente, ameaçou levantar-se da cama quando o aperto do príncipe a fizera parar, o olhar caindo para o maldito sorriso presunçoso que ele ostentava. ❛Você tem que sair daqui, agora. E pela janela.❜ Comentou antes de estalar um beijo na bochecha do moreno, não escondendo seu divertimento ante a situação. As roupas do príncipe foram juntadas pela polonesa enquanto o outro se levantava, a atenção sendo desviada de sua tarefa ao ouvir os leves toques na porta, solicitando a entrada.❛Esperem um minuto.❜ Pediu em voz mais alta, apertando os lábios para impedir o riso ao aproximar-se de Vlahakis e lhe entregar suas roupas. ❛Para baixo da cama, agora mesmo.❜ Embora as palavras fossem de ordem, o tom utilizado era de súplica. E sorriu satisfeita quando o mesmo começou a se abaixar, mesmo sendo evidente seu descontentamento com tal. As palavras de Lorsan, contudo, a pegaram de surpresa.Estava devendo aquela resposta à ele, mas imaginava que àquela altura o outro não se lembraria de a cobrar. Mas é claro que ele havia de se lembrar. Com um suspiro, sabendo que o mesmo não se esconderia sem a resposta, rendeu-se, concordando com a cabeça antes de dizer: ❛Yes. I’m yours. Não existe mal algum em dois amigos comparecerem juntos à um evento, certo?❜

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‘Been waiting for a life time for you

⊰ — ❊O brilho prateado da lua cheia, que preenchia o céu de Alcatraz, desenhava sombras no rosto de Ishmael, que Felícia poderia jurar que davam à ele um ar angelical. Ou fosse apenas o efeito de suas palavras, combinada com a proximidade entre eles e o aroma que a distância possibilitava que ela sentisse. Cheirava à mar, menta e calor. Cheirava à lar. O sorriso despontou em seus lábios ao ouvir a fala alheia, a ponta dos dedos contornando a extensão do maxilar masculino, e então escorrendo à gola da camisa que ele usava, onde os dedos prenderam-se com um pouco de força. ❛Acho que eles estão certos, hun? Sobre a saudade ser o tempero… E veja, sequer demorei tanto assim. ❜ Brincou com o noivo à sua forma costumeira de interação. Em verdade, estava saudosa dele, e poderia dizer que compreendia totalmente o que ele dizia.❛Será que possui alguma outra forma de mostrar-me isso?❜

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I'm just think that if the Lord didn't want me to be like that, he wouldn't have made me so perfect qq

⊰ — ❊ O dedo mínimo se mantinha elevado enquanto a polonesa bebericava da xícara em sua mão. Após quase um mês distante de Alcatraz, cumprindo com alguns compromissos oficiais —e principalmente realizando negociações internas no que dizia respeito à aliança que deveria selar— estar ao lado daqueles com os quais possuía algum laço, era seu efeito calmante. ❛ Embora não concorde totalmente com seu argumento, esta certa na primeira parte: você é como o Senhor deseja que seja. E devo confessar que amo todos os seus trejeitos. ❜ Piscadela fora dada para a amiga, e então a xícara colocada para descanso, se permitindo alcançar um dos quitutes da mesa. ❛ Muita coisa mudou em minha ausência? Talvez um novo herdeiro que deseje me apresentar, mesmo sabendo que sou noiva…? ❜ Era brincadeira seu interesse por outro alguém, e seu tom jocoso deixava isso claro, mas não perdia a oportunidade de fazer piada com a falta de aceitação de Úrsula em relação ao homem com o qual passaria o resto da vida. Elas eram amigas, sim, mas a outra não poderia interferir naquela decisão.

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Por que nós precisamos rezar Ave-Maria para quitarmos os nosso pecados? Não faz sentido algum para mim! Não seria mais justo mandar os pecadores fazerem boas ações?

⊰ — ❊ ❛ Talvez sim, mas a verdade é que nenhuma das ações vale de algo se for feita somente para quitar alguma dívida que imagine ter com Deus. Não é assim que isso funciona. Você deve buscar por alguma penitência por estar arrependido, e desta forma, evitar cometer os mesmos erros. Agora, se busca por essa absorvição somente para ter a consciência limpa e se sentir quitada com Deus, nem as orações ou as boas ações valem de algo… ❜

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ishmxel‌:

Dentre as inúmeras divagações que compartilhara com Hybern, uma delas era a busca inconstante pela liberdade; e liberdade nada mais era do que o poder de escolha do que fazer e decidir com suas atitudes, opiniões e ideologias, coisa que a corte anil não apreciava de fato. E dentre os planos insanos e impossíveis dos noivos, um deles já tinha sido proferido por ambos em alto e bom som: fugir. Talvez só como um ato de rebeldia e afronta aqueles que dizia-os que eles não podiam o fazer, mas na opini��o do ex pirata, era o mais válido a fazer ––– Hyacinthum podia ser muito entediante, e talvez aquele era o presente de São Judas para o jovem casal católico. “ ––– Ah, é mesmo? Mas consegue me deixar com ciúmes, Licy. Acho que não consigo lidar com tal concorrência.” Retribuiu o sorriso numa mescla harmoniosa e jocoso e ladino. “ ––– Na verdade, love of mine, eu venho recordando de todas as nossas conversas, de alguns meses para cá.” Continuou proferindo, enquanto permitia-se segurar levemente a destra da noiva na intenção de conduzi-la para o caminho que havia idealizado. “ ––– E acho que é injusto deixarmos tantos planos apenas no papel. Então, convido você hoje para se desprender de todas as amarras da monarquia. Mas shh. É segredo nosso.” Repousou o indicador nos lábios, sobre o sorriso que ainda ostentava nos lábios. “ ––– Maruja, bem vinda ao seu navio.” Tudo bem, o dito navio não passava de uma pequena canoa a qual apontara a pouca distância, presa por uma corda ao cais a distância considerável da festa. 

⊰ — ❊ Havia feito um plano para aquela noite junto do Vlahakis, e mesmo não acreditando que ele seria colocado em prática, havia se preparado para aquele momento. Mesmo que os saltos alto e o vestido de verão dissessem o oposto, estava preparada para fugir. Se inscrever como voluntária, sendo responsável pela pintura facial, havia sido pensado somente para substituir o sentimento de culpa com o de dever cumprido quando já estivesse longe — criara sub-planos, sim, mesmo desacreditando que o objetivo final fosse alcançado. Ademais, não compartilhara das ideias absurdas com mais ninguém, e sequer questionara à Ishmael o que fariam após a jornada, quando se encontrassem em outro lugar — afinal, novamente, duvidava que a missão fosse ter êxito. Agora, diante do noivo, provocando-o com a decepção que o outro alegou sentir, começava a ficar ansiosa em relação ao que haviam planejado. ❛ Ciúmes? Pois não precisa sentir. Neguei a proposta, alegando já ter um noivo — mesmo que nem tão interessante. E prometi apresentar minha priminha, Rose, quando ambos ficarem mais velhos. ❜ Comunicou, como se aquela fosse a resolução de todos os seus problemas. Os dedos encaixaram-se aos dele com perfeição, e permitia-se dividir a atenção entre o caminho e as feições do noivo conforme caminhava ao seu lado, deixando-se guiar. ❛ E imagino que tenha chego à alguma conclusão... ❜ Incentivou-o, voltando um olhar de genuína curiosidade com o restante das palavras do noivo. Não teve tempo de questioná-lo, entretanto, antes que a pequena embarcação aparecesse diante de si, arrancando uma exclamação de Felícia. ❛ Oh, meu amor... Você é mesmo inacreditável! ❜ A animação era evidente em sua voz, acompanhada de um sorriso genuíno. Soltou-se do noivo conforme aproximava-se da canoa, sequer o esperando para que pudesse pular para dentro — graças à Deus não se desequilibrara no processo, ou os planos iriam por água abaixo, se me permitem o trocadilho. Assim que sentou-se, os olhos voltaram-se para o noivo, um sorriso sapeca iluminando suas feições. Oh, eles fariam mesmo aquilo! ❛ Para onde iremos remar, capitão? ❜

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⊰ — ❊ Em outro momento de sua vida, poucos meses antes, na verdade, sequer precisaria do incentivo de Verena para cogitar beijar uma pessoa. Em verdade o faria com vontade e sem necessidade de pretexto algum. No entanto, após conhecer verdadeiramente o Vlahakis mais novo, aquela já não era uma atitude que fazia parte de sua conduta — e sentia-se bem por aquilo, diga-se de passagem. ❛ Eu aposto que São Judas não possuía noiva alguma, ainda que um beijo neste estado de relacionamento continue não sendo condenável... ❜ Cochichou com a italiana, apoiando-se nas pernas desnudas da amiga antes de oferecer um combo de sorriso e aceno ao rapaz, alguns passos distante delas. Tinha quase certeza que aquela era uma brincadeira da Brunelleschi, algum tipo de teste de fidelidade, uma vez que Verena parecia ser a maior defensora de seu noivado — vencendo até mesmo dela própria. O restante das palavras alheias a fizeram voltar-se para a amiga, os dedos brincando pelas pernas da italiana ao desenhar círculos aleatórios. ❛ Você sabe que eu não negaria nada por ela ou por você, amore mio. Na verdade, sabemos que da última vez em que agi em nome da caridade, fui além de um simples beijo. Mas tenho certeza que seu primo entenderá, além do mais, ouvi dizer por aí que não faço o tipo dele. Prefere as com cabelos mais escuros, se bem me lembro. ❜ Não era a maior fã de Damjan que ali existia, e embora o belga fosse atrativo, não entendia grande parte dos comentários femininos em relação à ele. Ademais, por mais persuasiva que Verena pudesse ser, sua decisão perante o assunto já estava tomada antes mesmo dele começar. Ishmael não merecia que ela escorregasse no percurso até o altar, e ela mesmo não se perdoaria caso acontecesse — mais uma vez.

“Veja bem, não é como se beijar fosse condenável. Eu tenho certeza de que São Jude já beijou muito, back in his days.¹” Verena meramente deu de ombros ante x outrx, fazendo um biquinho ao se lembrar da catequese ainda quando criança. Ah, ela estava sendo tão herege ao falar daquela forma… Precisaria rezar vinte Pais Nossos, assim que estivesse longe do Festival. Antes que pudesse retrucar, entretanto, a loira simplesmente piscou, sentando-se em cima do balcão com um meio sorriso sardônico no rosto, cruzando as pernas logo em seguida. “Além de tudo, é pela caridade. Você negaria algo por ela? E, pior ainda, deixaria elx imaginando o que fez de errado? Não seja desumano, ciccix. Não combina com esse rostinho lindo! Plus, elx também tem sentimentos, e você está esmagando eles agora mesmo!” Semicerrou os olhos, aumentando o sorriso ao perceber a reação nos olhos dx outrx. Nena sabia vender sua mercadoria, atributo invejável aos olhos de muitos, ainda que a italiana se utilizasse da qualidade — ou defeito — das piores formas. Verena estava feliz demais ao aceitar participar da organização do evento, mas não podia negar que todo o entusiasmo se devia aos ajudantes que angariara durante ele. Ah, eles mal podiam esperar…

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⊰ — ❊ Ela era a filha mais velha, e não importava se havia ficado distante de casa por anos, era sua responsabilidade cuidar dos mais novos. Ou assim aprendera com Calista ao voltar para casa, o recado sendo reforçado após a morte de Félix. Ah, Félix! Aquele ainda era um assunto pessoal que evitava tocar com outras pessoas, ao menos quando sóbria — já deveria ter lamentado pela perda do irmão diversas noites ao lado das amigas. E fora pensando no gêmeo que caminhou até o poço — não pediria para tê-lo de volta, aquilo estava um patamar acima das causas pedidas. Estranhamento tomou suas feições ao identificar Edward ali, aproximando-se às costas do mais jovem a tempo de ouvir sua pergunta. ❛ Talvez o que mais deseja no mundo? ❜ A retórica escapou de seus lábios à medida que se permitia sentar-se na borda do poço, o sorriso amável sendo exibido ao irmão. ❛ O que faz aqui sozinho, Ed? ❜

“ - Bem me quer… Mal me quer… “ As pétalas caíam da mão do jovem que se encontrava encostado na parede do poço, no pátio onde ocorria a festividade, absorto às risadas e burburinhos alheios.

 O quanto daria para realmente ter alguém para torcer que a última pétala fosse um “bem me quer”?

 Muito?

 Pouco? 

A questão não o perturbou mais do que um segundo para largar o que sobrou da flor, ainda com pétalas restantes. Seus olhos se voltaram para o fundo do poço, vendo apenas o brilho das moedas mergulhadas na água, escondidas na escuridão, mas ainda cintilando. Vasculhou seus bolsos e tirou de um deles um pequeno disquinho de metal entre o polegar e o indicador. “ - O que deveria pedir? “ 

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⊰ — ❊ ❛ Oh, Martín, mas é justamente aí que mora a diversão. Por favor! Até faço uma pintura em seu rosto sem que precise enfrentar filas. ❜ Sugeriu, unindo as mãos como se suplicasse para que o moreno aceitasse sua proposta. A teoria do outro fora dispensada com um balançar de cabeça, tão prematuro que fazia Felícia temer por posteriores questionamentos. Ninguém poderia desconfiar dos planos da polonesa para aquela noite! ❛ Pois apostou errado, uma vez que não acha os brinquedos especiais. Mas confesso que a comida também me atraí bastante, já experimentou os espetos de fruta com chocolate? ❜

                               “ —— Se eu me dei o trabalho de sair da minha cama numa noite como esta, pode apostar que foi pela comida, mas se eu estou no clima para beber e enfrentar filas para entrar num brinquedo? não mesmo.” Martín não tinha nada contra as festividades, porém, não estava nem um pouco no clima para participar das mesmas naquele ano, ainda assim, considerava sua presença no local pela comida servida, já que tinha uma certa paixão pelas mesmas. “ —— Já você aposto que está aqui por um motivo muito mais especial, aposto.” 

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egyptianprincessxn‌:

“A festa é muito divertida, e eu não nego isso, mas é que por mais que pegue mal com a comunidade internacional não vir ao evento, pode pegar mais mal ainda com o meu povo por ser uma comemoração de uma religião que oprimiu a nossa por anos.” ergueu os ombros sutilmente enquanto seu rosto mantinha o semblante sério. Mas este se desfez rapidamente por não querer estender o assunto. “Bom,se a gente parar pra pensar que eu não subo em brinquedo alto nem ferrando e que o meu preferido é o bate-bate, é, eu acho que vou acabar no banheiro de alguém tomando banho gelado e espero que de roupa e tudo. Vou me sentir melhor se for no seu.”

⊰ — ❊ ❛ Oh, eu entendo... ❜ Fora a primeira coisa que conseguiu pensar, na verdade, responder enquanto pensava. Não tinha forma simples de abordar e lidar com o assunto, uma vez que ali existiam duas garotas com ideologias diferentes, e que não precisavam entrar em conflito por isso. Era algo que devia, na verdade merecia, ser tratado com calma. E talvez o momento não fosse o mais oportuno, por isso, agradeceu quando Neftis voltou à falar, o sorriso desenhando seus lábios. ❛ Sendo assim, posso reconsiderar dar banho em você. Acredito que seja melhor eu à um nobre mal caráter. Para onde é a fila do bate-bate? Ou vamos na do bar primeiro? ❜

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thirdromanova‌:

Por mais que a maquiagem feita pelas criadas em seu rosto estivesse absolutamente impecável, ao ver o espaço de pintura facial organizado no evento, não conseguiu resistir a entrar na fila para obter uma. Ao chegar mais perto do lugar, viu que era Felícia quem estava sentada debaixo das árvores; há tempos não tinha uma conversa apropriada com a amiga, o que fazia daquela uma ótima oportunidade para colocar o papo em dia. Assim que chegou a sua vez, sentou-se na cadeira de frente para a princesa, um sorriso divertido nos lábios. “Uma pena. Apenas vim para cá porque tinha confiança de que você poderia me transformar em um tigre branco perfeito.” Brincou, inclinando-se para a frente para oferecer o próprio rosto a Felícia. “Pode fazer o que quiser. Vou confiar nas suas habilidades artísticas.”

⊰ — ❊ ❛ Você já é uma maravilhosa gata das neves, porque eu estragaria essa obra prima que seus pais geraram? ❜ Brincou com a russa, dando uma piscadela para a mesma. Não tinham uma conversa sequer desde Aspen, e a considerar que nenhuma fila existia atrás da Romanova, sabia que aquela seria uma ótima oportunidade. O pincel foi molhado na tinta preta, o excesso sendo tirado na pequena toalha em seu colo antes de analisar melhor o rosto da amiga, a careta de concentração sendo exibida. ❛ Só poderá ver quando eu terminar. ❜ Anunciou, e então, tocou o pincel sobre a ponta do nariz feminino. Ali seria todo seu quadro de pintura, e o coração que desenhava no nariz alheio seu único traço — o que não a impediria de brincar com a outra, usando pincéis limpos para contornar todo o rosto da amiga. ❛ Bom, aproveitando do momento... Já viu algum gatilho que valha à pena por aí? ❜

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brilhabriana‌:

❛ —— Por mais que eu já tenha adorado fazer umas estrelinhas no meu rosto, esse não é o motivo que me levou a vir até aqui, Felícia. ❜ a princesa esclareceu com tranquilidade, dando uma última olhada ao redor para garantir que não estava tirando a vez de nenhuma criança. E uma vez contatado que não existia nenhuma na fila, o corpo se acomodou melhor no banquinho, o seu olhar se cravando ao rosto da outra enquanto os seus lábios eram comprimidos em uma linha reta. Não gostava de ser tão direta ao pedir ajuda para alguém, mas a última coisa que gostaria de encarar eram duas horas em um banco duro para escutar histórias fantasiosas sobre um Deus inexistente, na sua opinião.  ❛ —— Eu vim até aqui porque preciso de uma ajuda. Sabe que eu não sou fã dessas coisas e você, provavelmente, é a pessoa mais próxima do padre por aqui. Consegue arrumar algum trabalho voluntário para me encaixar? De preferência, algum que precisará do meu comprometimento durante a missa. ❜

⊰ — ❊ Pelo canto dos olhos observou Briana assim que a voz feminina tornou-se reconhecida, o sorriso pintalgando os lábios rosados da polonesa enquanto finalizava a tarefa de limpar os pincéis. Ao finalizar, poucos segundos depois, e secá-los apenas o suficiente na pequena toalhinha, voltou-se totalmente para a morena, assentindo diante suas palavras. ❛ Talvez deseje então uma mandala nas mãos? ❜ Questionou em tom divertido, gesticulando com o pincel sobre a mão da italiana, mas sem ocar a derme alva. O restante das palavras de Briana, no entanto, fizeram com que a feição sorridente se tornasse confusa por um momento. Era fato que discordavam de diversos assuntos e possuíam opiniões divergentes, e eram amigas mesmo assim. ❛ Isso é pecado, bambina¹! ❜ Anunciou de imediato, a voz baixa mas ainda assim carregando o tom de advertência. ❛ O mój boże²... certo, posso falar com o Padre. Que eu não vá para o inferno, amen. Mas não sei se consigo te livrar de todas as missas, deve saber que são realizadas em três horários diferentes... ❜

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khyabusada‌:

A careta de apatia já indicava toda a disposição de Khya para atender ao pedido de Felícia, sem que a morena movesse um músculo do lugar. “  Pode pedir em quantas línguas quiser. Isso não é pra mim! Você quer que eu morra antes dos vinte e cinco?  ” — colocou a mão junto ao peito num gesto dramático e ofendido. Nem mesmo para agradar a Hybern ela teria coragem de subir no brinquedo. “  Isso não é diversão, Lice, não seja boba. Está mais pra tentativa de suicídio, e eu estou bem aqui com os meus doces  ”, argumentou, vendo que ela levara um especialmente ruim. “  Ah, não, esse não. O de abóbora está bem melhor. Só não sei que corante que usaram pra deixar dessa cor  ”, falou, inspecionando a guloseima azul. “  Er… eu já provei todos, é claro  ”

⊰ — ❊ Ante feições de Khya, não se tornou necessário a outra começar a falar para que Felícia suspirasse e concordasse, já sabendo que não adiantaria insistir no assunto — não que sua insistência tenha encerrado devido o fato. ❛ Você não irá morrer, Rakena. Não seja tão dramática... ❜ O tom jocoso e o sorriso nos lábios disfarçava a leve advertência, mas sequer ela poderia julgar aquele tipo de comportamento — acreditava que poderia morrer caso ficasse sozinha em um recinto com um dos palhaços. Ao ouvir o comentário sobre o doce, o franzir do nariz acompanhou o movimento de devolvê-lo à barraca, e então, pegar o anil que a princesa havia instruído. ❛ Azul, é claro. Eles deixam as mensagens de preconceito escondidas até mesmo nos doces. Isso é lamentável, mas estão realmente bons... ❜

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⊰ — ❊ A insegurança e dúvida em como agir perante o noivo, desapareceram no decorrer da semana, sendo que agora Felícia imaginava já poder lidar até mesmo com a situação de carinho público. Desta forma, fora estratégica a escolha do vestido, já se vindo pedir de forma manhosa que o noivo lhe emprestasse seu casaco, ou simplesmente a ajudasse à se aquecer. O pensamento parecia bobo, mas causava um frio na barriga de Felícia, sendo inevitável o sorriso enquanto observava o reflexo no espelho. Ignorando a opinião de uma criada, que alegava que a gargantilha deveria ser usada sozinha, prendeu o crucifixo que pertencia à Ishmael em seu pescoço antes de seguir para o evento — o usava todos os dias desde que o ganhara. Após cumprir com suas responsabilidades por tempo necessário, e encerrando-a antes de se sujar com a tinta, voltou para o aglomerado de pessoas, sorrindo ante a visão do noivo caminhando em sua direção. ❛ Espero que não seja por eu ter ficado nas últimas horas em companhia de outro homem. Ou por eu tê-lo achado muito interessante. Acredita que em seus oito anos de vida, ele já pensa em se casar? ❜ Respondera no mesmo tom usado pelo moreno, fazendo uma rápida reverência para ele, um riso escapando de seus lábios ao concluir da fala de Vlahakis. ❛ Tivemos tantas naquela noite... Mas acredito que o recesso já tenha sido o suficiente. O que acha de uma aventura no carrossel? ❜

   Há horas atrás, quando se trajava para a festa de São Judas, Ishmael sentiu falta de um acessório. Em meio as vestes simples, as quais ele ainda não havia aberto mão de, o crucifixo que carregava consigo desde que havia adquirido a fé católica fazia falta sempre que saia de seus aposentos ––– e principalmente, em dias de missa ou eventos religiosos. Contudo, desde Aspen, Ishmael lembrava que o acessório encontrava-se com @felicixfelicious, e o estranho sentimento que querer que ela permanecesse com este passava vez ou outra no consciente do mais novo ––– de alguma forma, sentia que o objeto simbolizava o carinho e proteção que ambos haviam adquirido com o passar do tempo. Seria mentira dizer que não procurava pela noiva em meio a multidão que agora ocupava Alcatraz, e não se demorou muito a reconhecer os cabelos loiros de Hybern. “ ––– Love of mine, necessito dizer-lhe que estou muito decepcionado com vossa alteza.” Proferiu, o sorriso jocoso desenhado nos lábios deixando claro que se tratava das brincadeiras de sempre. “ ––– Me prometeu aventuras, mas ainda não tivemos alguma depois do retorno ao Instituto.”

[felicixfelicious]

⊰ — ❊ O vento frio que resvalava por seu corpo deixava-a arrepiada, e tinha certeza que o vento era mais rigoroso na altitude, mas nem por isso desistiria tão rápido do passeio no brinquedo. ❛ Per favore, amore mio.  ❜ Suplicou em italiano, esboçando sua melhor cara de pidona — havia aprendido a língua no convento e estava a aperfeiçoando ao lado de Verena. O olhar caiu aos doces, e antes mesmo da morena os oferecer, capturou um deles, no entanto, não o mordera. ❛ Não coloque problemas na nossa diversão. Tenho certeza que exibindo um lindo sorriso conseguimos nos livrar deles antes de chegar na fila para o brinquedo. Vamos? ❜

“  Ahn, aquilo? Melhor não arriscar  ”, disse, dando um riso nervoso para o brinquedo. A verdade é que nunca tinha andado numa roda-gigante, aterrorizada demais pela possibilidade de despencar de lá de cima. “  E eu nem posso sair daqui  ”, falou, apontando para os doces a sua frente na barraca. “Princesas normais podem se divertir, mas as exiladas têm que trabalhar mesmo nos feriados. Vai querer pegar ou vai ficar só olhando?”

[felicixfelicious]

⊰ — ❊ De imediato queria questionar a egípcia se era derivado de sua religião, mas aquilo era evasivo e preconceituoso demais, desta forma, voltou o olhar vagamente confuso para a morena, arqueando uma das sobrancelhas. ❛ Porque não? É tãaaaaao divertido! ❜ A animação em sua voz era genuína, combinando perfeitamente com o sorriso ostentado. Com um estalar da língua, o sorriso alargou-se, batendo de leve no ombro alheio. ❛ A mistura dos dois é embriaguez certa, tome cuidado. Não quero precisar dar banho frio em você mais tarde. ❜

“De verdade? Eu não queria vir, mas não tive lá muita escolha.” comentou levemente irritada, segurando a caneca de cerveja com ambas as mãos. “Pelo menos tem cerveja e um parque de diversões. Não é um Eid al-Fitr, mas eu vou aceitar de bom grado.”