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facebooknotes57 · 1 year ago
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"Vivemos, agimos e reagimos uns com os outros; mas sempre, e sob quaisquer circunstâncias, existimos a sós. Os mártires penetram na arena de mãos dadas; mas são crucificados sozinhos. Abraçados, os amantes buscam desesperadamente fundir seus êxtases isolados em uma única autotranscedência; debalde. Por sua própria natureza, cada espírito, em sua prisão corpórea, está condenado a sofrer e gozar em solidão. Sensações, sentimentos, concepções, fantasias – tudo isso são coisas privadas e, a não ser por meio de símbolos, e indiretamente, não podem ser transmitidas. Podemos acumular informações sobre experiências, mas nunca as próprias experiências. Da família à nação, cada grupo humano é uma sociedade de universos insulares."
(Aldous Huxley - In: "As Portas da Percepção/Céu e Inferno")
Arte: Inferno, Canto 29 - Gustave Doré, 1866.
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facebooknotes57 · 1 year ago
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"BATMAN um das melhores seriados clássicos da década de 60. Ele foi ao ar na ABC rede por três temporadas a partir de 12 de janeiro, 1966, de 14 de março de 1968. MIKE HENRY o eterno Tarzan, LYLE WAGGONER o eterno Steve Trevor da série clássica A MULHER MARAVILHA e TY HARDIN foram considerados no papel do Batman. ADAM WEST & BURT WARD estão perfeitos como a dupla dinâmica. Destaque para elenco de vilões vividos por lendários ícones da SÉTIMA ARTE GEORGE SANDERS (Mr Frio), ELY WALLACH (Mr. Frio), CESAR ROMERO (Coringa ) que não raspou bigode e o jeito era pintar de branco e evitar os closes, VINCENT PRICE (Cabeça de Ovo), ANNE BAXTER ( Olga/Zelda), RODDY McDOWALL (Traça), FRANK GORSHIN ( o escrachado Charada), VAN JOHNSON ( Menestral), TALLULAH BANKHEAD ( Viuva Negra), ETHEL MERMAN ( Lola Lasagne) e IDA LUPINO (Dra Cassandra) assim como LEE MERYWETHER no piloto, JULIE NEWMAR nas duas temporadas e EARTHA KITT a mais bizarra de todos como a sensual Mulher Gato, VICTOR BUONO o Rei Tut, DAVID WAYNE o Chapeleiro Louco, WALTER SLEZAK ( Rei Relógio), MICHAEL RENNIE (Dr. Sonambulo), CAROLYN JONES a eterna Mortícia Adams como Marsha e GLYNNIS JOHN como Lady Pernelope. E contou com a participação da linda YVONNE GRAIG como a sensual Batgirl, os fabulosos veteranos ALAN NAPIER, NEIL HAMILTON, STAFFORD REPP e MADGE BLACKE como o mordomo Alfred, Comissário Gordon, Chefe O'Hara e Tia Harriet e a dupla Besouro Verde e Cato vividos por VAN WILLIAMS e o lendário BRUCE LEE. Do elenco apenas BURT WARD, LEE MERYWETHER e JULIE NEWMAR estão vivos. No Brasil, a série chegou pela TV Paulista, canal 5. A dublagem, nas duas primeiras temporadas, ficou a cargo dos estúdios AIC São Paulo, com os heróis a cargo de GERVÁSIO MARQUES e RODNEY GOMES. JOSÉ VIEIRA, JOSÉ CARLOS GUERRA, ANTONIO DE FREITAS e nOELY MENDES foram as vozes do Alfred, Comissário Gordon, Chefe O'Hara e Tia Harriet. No último ano, a dupla receberia as vozes de NEWTON DA MATTA e LUÍS MANOEL, e mais LUIS CARLOS DE MORAES, ROBERTO MENDES, ENIO SANTOS, ILKA PINHEIRO e SONIA DE MORAES foram as vozes de Alfred, Comissário Gordon, Chefe O'Hara, Batgirl e Tia Harriet do estúdio TV Cine-Som. Mais tarde o seriado foi reapresentado pelo canal SBT. Anos mais tarde também foi exibido na TV Record, e Rede 21. Depois figurou nos canais a cabo Fox, FX e mais recentemente pelo TCM (Turner Classic Movie)."
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facebooknotes57 · 1 year ago
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Aí é que está a dificuldade, o problema.
Dois homens cultos viviam em terras distantes e usavam o latim na correspondência que trocavam entre si. Um dia, numa das cartas, um desses homens escreveu em latim a frase que em português quer dizer: “Tenho aí vários amigos e vou enviar uma lembrança para todos eles”. “Para todos eles”, em latim, escreve-se “omnibus illis”, mas o nosso homem, ao escrever esta expressão, chegou ao fim da linha e, não tendo espaço para colocar toda a palavra, “omnibus”, escreveu apenas omni, redigindo na linha seguinte “bus”, mas esqueceu-se do sinal da translineação, o hífen: omni-bus illis.
O seu amigo recebeu a carta e, na volta do correio, informou que tinha traduzido tudo, menos o “bus illis”, pois era algo impossível de traduzir.
Daí, empregarmos a frase “Aí é que está o busílis”, quando não somos capazes de perceber um assunto, ou não conseguimos decifrar uma situação inexplicável.
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facebooknotes57 · 1 year ago
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DOM JOÃO I
Dom João I nasceu em 11 de abril de 1357, filho de Pedro I de Portugal (Pedro I o Justiceiro) e de Teresa Lourenço. Seu nascimento ocorreu em um período de turbulência política, com o reino de Portugal envolvido em disputas de sucessão e tensões com o Reino de Castela. A sua ascensão ao trono, em 1385, foi o resultado direto da Crise de 1383-1385, um momento crítico na história portuguesa.
Dom João I ascendeu ao trono após a Crise de 1383-1385, que resultou na morte do rei Fernando I de Portugal sem deixar herdeiros diretos. Isso levou a uma disputa de sucessão entre Dom João, mestre da Ordem de Avis, e Joana, filha de Dom Pedro I de Portugal. A população portuguesa apoiou Dom João I, que liderou o movimento de independência contra as pretensões de Joana e da coroa de Castela.
Sob o reinado de Dom João I, Portugal consolidou sua independência e estabilizou sua posição política. Ele buscou fortalecer as instituições nacionais e promover a centralização do poder monárquico. Durante seu governo, foram realizadas reformas administrativas, militares e fiscais que contribuíram para o crescimento do reino.
Foi durante o reinado de Dom João I que as primeiras expedições marítimas em busca de novas rotas comerciais e territórios ultramarinos começaram a ser realizadas, preparando o terreno para a Era dos Descobrimentos liderada por seu filho, Dom Henrique. Embora Dom João I não tenha sido um navegante ou explorador ativo como seu filho, ele desempenhou um papel crucial ao apoiar e incentivar as atividades de exploração e expansão.
Feitos:
Batalha de Aljubarrota (1385): Um dos feitos mais significativos de Dom João I foi sua liderança na Batalha de Aljubarrota, em 14 de agosto de 1385. Nessa batalha, as forças portuguesas sob seu comando derrotaram decisivamente o exército castelhano, que tentava conquistar o trono de Portugal. A vitória consolidou sua posição como rei e garantiu a independência de Portugal, dando início à Dinastia de Avis.
Consolidação da Independência: Como monarca, Dom João I trabalhou para fortalecer as instituições nacionais e consolidar a independência de Portugal em relação a Castela. Ele estabeleceu uma administração centralizada, reforçou a autoridade real e implementou reformas fiscais e judiciais que contribuíram para a estabilidade do reino.
Exploração e Navegação: Embora não fosse um explorador ativo como seu filho Dom Henrique, Dom João I desempenhou um papel crucial ao incentivar e apoiar as primeiras expedições marítimas de Portugal. Ele aprovou concessões de monopólio comercial e participou indiretamente no desenvolvimento das atividades de exploração marítima que culminariam na Era dos Descobrimentos.
Controvérsias:
Relações Internacionais: A ascensão de Dom João I ao trono foi marcada por tensões com o Reino de Castela. Embora sua vitória na Batalha de Aljubarrota tenha assegurado a independência de Portugal, as relações com Castela permaneceram complexas e por vezes conflituosas durante o seu reinado.
Controle Monárquico: Dom João I centralizou o poder monárquico, o que trouxe maior estabilidade ao reino. No entanto, esse processo também gerou controvérsias, especialmente entre os nobres que viam suas prerrogativas tradicionais diminuírem. Essas tensões contribuíram para descontentamentos internos em alguns momentos.
Dom João I deixou um legado duradouro na história de Portugal. Sua liderança na Batalha de Aljubarrota e a subsequente estabilização do reino garantiram a independência e a soberania de Portugal. Sua dinastia, a Dinastia de Avis, perdurou por várias gerações, moldando a história política e cultural do país. Além disso, seu apoio às atividades de exploração marítima contribuiu indiretamente para o desenvolvimento do império ultramarino português.
Dom João I, como monarca, estrategista militar e líder, desempenhou um papel fundamental na história de Portugal. Sua vitória em Aljubarrota e sua governança firme contribuíram para a independência e a unidade do reino. Apesar das controvérsias e desafios enfrentados, seu legado como defensor da soberania e incentivador da exploração marítima perdura até hoje, moldando a identidade e a trajetória de Portugal ao longo dos séculos.
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facebooknotes57 · 1 year ago
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A deslumbrante biblioteca barroca do Palácio Nacional de Mafra.
Uma coleção de cerca de 30.000 volumes (entre os quais o maior acervo mundial de livros proibidos pela Santa Inquisição), em estantes de estilo rococó de madeira do Brasil, livros preservados com a ajuda de uma colónia de morcegos que vivem na biblioteca. À noite, os animais voam livremente e alimentam-se de insetos que poderiam comer as folhas de papel. A Casa da Livraria como era chamada é da autoria do arquiteto Manuel Clemente de Sousa (1738-1802), tem 88 metros de comprimento.
Para a constituição do seu acervo o Rei Magnânimo (Dom João V 1689-1750) enviou ao estrangeiro emissários especiais com a tarefa de adquirir tudo o que de melhor e de mais novo aí se imprimisse. A Biblioteca possui uma coleção cujo arco temporal vai do século XV ao XIX, dos mais diversos temas.
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facebooknotes57 · 1 year ago
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VOCÊ SABE O QUE É UM “CARALHO”?
Segundo a Academia Portuguesa de Letras, “CARALHO” é a palavra com que se denominava a pequena cesta que se encontrava no alto dos mastros das caravelas (navios antigos,usados nos descobrimentos) e de onde os vigias perscrutavam o horizonte em busca de sinais de terra ou de algum navio pirata.
O CARALHO, dada a sua situação numa área de muita instabilidade (no alto dos mastros), é onde se manifesta
com maior intensidade o rolamento ou movimento lateral de um barco.
Também era considerado um lugar de “castigo” para aqueles marinheiros que cometiam alguma infração a bordo.O castigado era enviado para cumprir horas, e até dias inteiros, no CARALHO e quando descia, ficava
tão enjoado que se mantinha tranqüilo por um bom par de dias.
Daí vem a célebre expressão: “MANDAR PARA O CARALHO”.
CARALHO é a palavra que define toda a gama de sentimentos humanos e todos os estados de ânimo.
Quantas vezes, ao apreciar uma coisa que é boa ou que te agrade, não exclamaste: isto… “É DO CARALHO”!
Se te aborreceres com alguém, vais mandá-lo para o CARALHO, certamente!
Se algo não te interessa, não vais querer “NEM POR UM CARALHO”.
Mas, se esse algo te interessa muito, então vais dizer…”É DO CARALHO”.
Também são muito comuns as expressões:
Essa… “É BOA PRA CARALHO”.
Esse cara… “É DO CARALHO”.
Esse lugar… “É LONGE PRA CARALHO”.
IIIHH CUM CARALHO
E não há nada que não se possa definir, explicar ou enfatizar, sem se juntar um CARALHO a qualquer expressão
Se um comerciante se sente deprimido pela má situação actual de seu negócio,exclama, quase sempre assim:
“ESTAMOS A IR PRÓ CARALHO”!
Quando se encontra alguém que há muito tempo não se vê, pergunta-se: “ONDE CARALHO TE METESTE”? (aqui, CARALHO é usado como vírgula).
É por isso que estou te enviando esta saudação do CARALHO, e se não és do CARALHO, espero que este texto te agrade pra CARALHO.
A partir deste momento poderemos dizer CARALHO, ou mandar alguém para o CARALHO, com um pouco mais de cultura e autoridade académica.
Que tenhas um dia muito feliz… do CARALHO!!!
Esta não lembra ao CARALHO!
Mesmo assim, custa aceitar! “Cum caralho!!!
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facebooknotes57 · 1 year ago
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LEI DAS 12 TABUAS SEGUNDO JKG
JUSTIÇA NA REPÚBLICA ROMANA: LEI DAS DOZE TÁBUAS
O professor Kiluange, traz a transição de Roma de uma monarquia para uma república, Jkg diz que, foi algo que não somente significava a mudança de uma liderança e o modo na qual era chamada, mas também, uma reforma no sistema que a sociedade funcionava. A nova sociedade romana teria como objetivo levar seu povo para discussões políticas e fazê-los parte ativa da vida romana. Um dos passos mais importantes para isso foi a lei das doze tábuas.
Quando pensamos em leis no mundo antigo, nos vem a cabeça é claro o código de Hamurábi, que data de antes da lei das doze tábuas, mas, o conjunto de leis elaboradas no início da república romana e instituída em 451 a.C., se aproximava mais das leis que conhecemos hoje e instaurava um projeto na qual a plebe deixava de ser julgada com peso diferente por crimes ou desvios comportamentais em relação aos patrícios.
É claro, essas leis não transformaram a sociedade em um ponto na qual patrícios e plebeus tinham valores humanos equalizados, os patrícios ainda detinham o capital para influenciar as decisões práticas e teóricas da república, mas ainda, sim, foi um primeiro passo para melhores condições de vida e justiça para os mais pobres. Essas leis foram perdidas em 390 a.C., durante batalhas e invasões gaulesas em Roma, mas é possível encontrar referências para as mesmas em diversas obras.
Acredita-se que os processos definidos nas tábuas eram:
Tábua I
Estabelece as normas dos processos, como se deve fazer a abertura e o encerramento de um julgamento, a obrigação do réu comparecer ao julgamento, etc.
Tábua II
Acredita-se que continuava descrever os procedimentos no direito processual, como a presença obrigatória do juiz durante o julgamento. Também tratava sobre o furto e suas punições.
Tábua III
Ao contrário da anterior, esta tábua possui trechos completos. Fala sobre o julgamento e das penas que deveriam ser aplicadas aos devedores. Uma das punições, por exemplo, afirmava que os credores poderiam vender o devedor para saldar a dívida contraída.
Esta lei deve ser entendida dentro do seu contexto histórico, pois a escravidão era permitida em Roma. Também consagra o direito de propriedade privada, inclusive quando esta pertencia ao inimigo.
Tábua IV
Expõe os poderes do chefe de família, conhecido como “pater familias”. O pai detinha o direito de matar um filho que nascesse com alguma deformidade, por exemplo. Da mesma forma, podia vendê-lo como escravo.
Esta lei expressa como o chefe de família era poderoso na Roma Antiga, com pouca participação das mulheres e menores de idade.
Tábua V
Caracteriza as heranças e tutelas. Indicava que se uma pessoa morresse sem herdeiros ou testamento, quem receberia a herança seria o parente mais próximo.
Esta lei garantia que os bens de uma família permaneceriam nesta mesma família, sem que um governante ou outra pessoa pudesse tomá-los.
Tábua VI
Esta descrevia como deveria ser a compra e a venda de propriedades. Como as mulheres eram vistas como objetos, também aqui se explica as condições pelas quais o marido deve proceder ao rejeitar a esposa.
Novamente, se põe em evidência o grande poder que o pai de família tinha nesta sociedade.
Tábua VII
Aborda os delitos cometidos contra a propriedade, seja um bem imóvel ou um escravo. Se alguém destruiu algo, deverá pagar a reconstrução ou ser punido por esta ação.
Trata-se de uma regra aplicada até hoje no direito dos países ocidentais.
Tábua VIII
Estabelecia as medidas entre as propriedades vizinhas e regras de convivência entre os vizinhos. Igualmente determinava as distâncias que deveriam ser deixadas livres para construção de caminhos entre as propriedades.
Estas normas são seguidas dentro No Direito Público que estipula as regras de coexistência entre a população.
Tábua IX
Assegurava as regras do direito público, por isso acredita-se que era uma continuação da anterior. Proibia a entrega de um concidadão ao inimigo e a realização de assembleias noturnas.
As regras da Tábua IX tinham como objetivo punir aqueles que fosse contra o regime político de Roma e garantir a fidelidade de seus cidadãos ao governo.
Tábua X
Estabelecia as leis onde se garantia o respeito aos túmulos e aos mortos.
Estas normas tinham como fim impedir que as tumbas fossem saqueadas por ladrões ou profanadas por inimigos políticos do falecido.
Tábua XI
Determinava a proibição do casamento entre patrícios e plebeus.
Esta lei buscava garantir que os privilégios continuariam nas mãos dos patrícios e não seriam perdidos através das alianças matrimoniais. Esta proibição acabaria com a Lei Canuleia, em 445 a.C.
Tábua XII
A última tábua versava sobre questões do direito privado como furtos ou a apropriação de objetos de forma indevida (invasões ou durante a ausência dos proprietários, por exemplo). Neste último estavam incluídos os escravos.
Esta lei visava garantir a propriedade privada tanto dos plebeus como dos patrícios.
A importância dessas leis eram mais que meramente teóricas, e sim, práticas, por elaborar um código legal para o povo com lógicas mundanas, e não, em lógicas divinas como anteriormente.
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facebooknotes57 · 1 year ago
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𝐂𝐋𝐀𝐒𝐒𝐈𝐅𝐈𝐂𝐀ÇÃ𝐎 𝐃𝐀𝐒 𝐋Í𝐍𝐆𝐔𝐀𝐒 𝐀𝐅𝐑𝐈𝐂𝐀𝐍𝐀𝐒
A África é o segundo continente mais populoso do mundo, abrigando mais de 1,3 bilhão de pessoas e composto por cerca de 3.000 grupos étnicos distintos, que falam mais de 2.000 línguas diferentes.
Nesta imensidão do continente,as línguas encontram-se classificadas em diferentes grupos.
As línguas podem ser classificadas de infinitas maneiras. Um método particular, porém, comumente chamado de método de classificação genética, possui características singulares e importantes, de modo que ao empregarmos o termo “classificação” sem outras especificações em relação à língua, estaremos referindo-nos a este tipo de classificação.
𝐍𝐚𝐭𝐮𝐫𝐞𝐳𝐚 𝐞 𝐨𝐛𝐣𝐞𝐭𝐢𝐯𝐨𝐬 𝐝𝐚 𝐜𝐥𝐚𝐬𝐬𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚çã𝐨 𝐝𝐚𝐬 𝐥í𝐧𝐠𝐮𝐚𝐬
Uma classificação genética apresenta-se sob a forma de conjuntos de unidades hierárquicas que possuem a mesma organização lógica de uma classificação biológica em espécies, gêneros, famílias, etc., em que os membros do conjunto situado em um determinado nível se incluem em conjuntos de um nível superior. A importância das classificações realizadas segundo tais princípios reside principalmente no facto de reflectirem a história real da diferenciação étnica dentro do domínio da língua.
Além disso, formam a base necessária à aplicação dos métodos da linguística comparativa, que permite reconstruir grande parte da história linguística de vários grupos. Por fim, esse conhecimento da história linguística fornece a base necessária para inferências acerca da história cultural não-linguística dos grupos em questão.
O resultado global é que as línguas africanas (excluindo-se o malgaxe) classificam-se em quatro famílias principais.
1️⃣-𝐋í𝐧𝐠𝐮𝐚𝐬 𝐚𝐟𝐫𝐨‑𝐚𝐬𝐢á𝐭𝐢𝐜𝐚𝐬
Estas línguas, também chamadas de camito-semíticas, cobrem toda a África do Norte e quase todo o chifre da África (𝑬𝒕𝒊ó𝒑𝒊𝒂, 𝑺𝒐𝒎á𝒍𝒊𝒂); algumas línguas do ramo cuxítico estendem-se ao sul até a Tanzânia. Ademais, o ramo semítico inclui línguas que abrangiam quase todo o Oriente Médio. Em geral considera-se que o afro-asiático compreende cinco divisões quase igualmente diferenciadas: o berbere, o egípcio antigo, o semítico, o cuxítico e o chádico.
No entanto, Fleming aventou recentemente que o grupo de línguas até agora classificado como cuxítico-ocidental, em que se incluem o kafa e outras línguas do sudoeste da Etiópia, na verdade constitui um sexto ramo para o qual se propuseram os nomes “omótico” e “ari-banna”.
2️⃣-𝐍í𝐠𝐞𝐫‑𝐊𝐨𝐫𝐝𝐨𝐟𝐚𝐧𝐢𝐚𝐧𝐨 ( Níger-Congo)
Esta família possui dois ramos bastante desiguais em número de falantes e em extensão geográfica. O primeiro, níger-congo, compreende grande parte da África ao sul do Saara, incluindo quase toda a África Ocidental, partes do Sudão central e oriental. Outro ramo do níger-kordofaniano, o kordofaniano propriamente dito, confina-se a uma zona limitada da região do Kordofan no Sudão.
A divisão fundamental do grupo níger-congo está entre as línguas mande e o restante. O mande distingue-se pela ausência de muitos dos itens lexicais mais comuns encontrados nas línguas do níger-congo e pela ausência de qualquer traço preciso de classificação nominal, geralmente encontrados no kordofaniano e no resto do níger-congo.
3️⃣-𝐅𝐚𝐦í𝐥𝐢𝐚 𝐍𝐢𝐥𝐨‑𝐒𝐚𝐚𝐫𝐢𝐚𝐧𝐚
A outra grande família de línguas negro-africanas é a nilo-saariana. De modo geral, é falada a norte e a leste das línguas níger-congo e predomina no vale superior do Nilo e nas porções orientais do Saara e do Sudão. Entretanto, possui um alongamento ocidental no Songhai, no baixo vale do Níger. Compreende um ramo muito extenso, o chari-nilo, que engloba a maior parte das línguas da família.
4️⃣-𝐅𝐚𝐦í𝐥𝐢𝐚 𝐊𝐡𝐨𝐢𝐬𝐚𝐧
Todas as línguas khoisan possuem cliques entre as consoantes e a maioria de seus falantes pertence ao tipo san, fisicamente característico.
A maior parte das línguas khoisan é falada na África do Sul. Entretanto, existem dois pequenos grupos de populações, os Hatsa e os Sandawe, situados muito mais ao norte, na Tanzânia, cujas línguas diferem acentuadamente tanto entre si quanto das línguas do grupo da África do Sul. Desse modo, a família divide-se em três ramos: 1. hatsa; 2. sandawe; 3. khoisan sul-africano.
5️⃣-𝐅𝐚𝐦í𝐥𝐢𝐚 𝐈𝐧𝐝𝐨-𝐞𝐮𝐫𝐨𝐩𝐞𝐢𝐚
Finalmente, faz-se necessário mencionar as línguas europeias e indianas, de importação recente, que, em alguns casos, são faladas atualmente por populações nascidas em África. O inglês, além de falado em países como a África do Sul e Zimbabwe, é a língua dos descendentes de negros americanos que fundaram a Libéria; é falado também, na forma crioula (krio), em Freetown, Serra Leoa. O africâner, parente próximo do neerlandês, é falado na África do Sul. Existe na África do Norte uma importante população de línguas francesa, espanhola e italiana.
Uma forma crioula do português constitui a primeira língua de alguns milhares de falantes da Guiné e de outras regiões. Finalmente, algumas línguas originárias da Índia são utilizadas na África oriental. Compreendem as línguas arianas e dravidianas, sendo a mais importante o gujarati.
Uma África Desconhecida
"𝕸��𝖎𝖘 Á𝖋𝖗𝖎𝖈𝖆, 𝖒𝖆𝖎𝖘 𝖆𝖒𝖔𝖗 𝖊 𝖒𝖊𝖓𝖔𝖘 ó𝖉𝖎𝖔"
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facebooknotes57 · 1 year ago
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11 de Agosto de 1897: Nasce a escritora britânica Enid Blyton,criadora das aventuras dos Cinco e dos Sete.
Escritora inglesa nascida a 11 de agosto de 1897, em Londres, e falecida a 28 de novembro de 1968, em Hampstead. Com apenas alguns meses de vida, a sua família deixou Londres e mudou-se para uma zona rural de Kent.
Enid teve no seu pai uma forte influência, já que este se dedicava a diversas artes, como a pintura, a escrita e a fotografia. Em criança era uma grande apreciadora da leitura, embora isso desagradasse à mãe.
Já com os pais separados, Enid foi estudar para um colégio privado, onde desenvolveu o seu gosto pela escrita. Aos 20 anos, publicou pela primeira vez um poema seu, intitulado Have You?, que apareceu na revista Nash's Magazine. Em 1922, Enyd Blyton publicou o primeiro dos seus livros, uma coletânea de poemas chamada Child Whispers. Entretanto, tornou-se professora e, a partir de 1929 e até 1945, teve uma página semanal numa revista de professores dedicada a crianças.
Em 1938, editou o seu primeiro livro de aventuras com crianças por protagonistas: The Secret Island. Quatro anos mais tarde, em 1942, criou a série "The Famous Five" ("Os Cinco"), que tinha por protagonistas três irmãos (Julian, Dick e Anna) e uma prima, Georgina, uma maria-rapaz que gostava de ser tratada por George. O quinto elemento do grupo era um cão chamado Timmy. Em Portugal os heróis chamavam-se Júlio, David, Ana e a Zé e o cão Tim.
Até 1963, à cadência de um por ano, Enid Blyton, escreveu 21 livros de "Os Cinco", que foram todos editados em Portugal. O primeiro chamava-se Five on a Treasure Island (Os Cinco na Ilha do Tesouro), mas houve outros como Five on Kirrin Island (Os Cinco Voltam à Ilha), Five Go to Smuggler's Top (Os Cinco e os Contrabandistas), Os Cinco e o Comboio Fantasma, Os Cinco na Casa do Mocho, Os Cinco no Lago Negro, Five on the Demon's Rock (Os Cinco na Torre do Farol) e Os Cinco e a Torre do Sábio. As histórias de "Os Cinco" deram origem a duas séries de televisão, uma em 1957 e outra em 1995.
Em 1949 Enid Blyton publicou Noddy Goes to Toyland, criando uma personagem que ainda hoje em dia é muito apreciada pelas crianças, nomeadamente através de séries de televisão difundidas em todo o mundo, um filme, banda desenhada e jogos.
Um ano mais tarde, lançou a série "Os Sete", também muito popular, mas não tanto quanto "Os Cinco".
Morreu vítima da doença de Alzheimer, depois de ter escrito mais de 600 livros.
As suas obras foram traduzidas para cerca de 70 línguas, tendo vendido mais de 60 milhões de exemplares em todo o mundo.
Enid Blyton. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
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facebooknotes57 · 1 year ago
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Jorge Amado
10 de agosto 1912 - 2 de agosto 2001
Definia-se como "apenas um baiano romântico, contador de histórias"....
"Pensar pela própria cabeça custa caro, preço alto. Quem se decidir a fazê-lo será alvo de patrulhamento feroz das ideologias, as de direita e as de esquerda e as volúveis: há de tudo, e todas implacáveis. Ver-se-á acusado, xingado, caluniado, renegado, posto no pelourinho, crucificado. Ainda assim vale a pena, seja qual for o pagamento, será barato: a liberdade de pensar pela própria cabeça não tem preço que a pague"
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facebooknotes57 · 1 year ago
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Cultura Rroma: Muitas famílias Manouches (Sintis) que
emigraram para o Brasil como simples italianos, alemãs, franceses.
.
Chegaram em um país até então estranho, mais com um certo
calor, humano e receptivo .
Logo eles percebem que o país era um potencial lugar , para se
fazer comércio porta a porta , com a sua velha e antiga arte , e
profissão de fabricação de vassouras , cestos de vimes e fibras
vegetais, e o país esta cheio de matérias primas gratuitas na
natureza .
São eles ciganos de natureza alegre , artistas puros , músicos ,
dançarinos , cantores e circenses .
Rapidamente eles se adaptam ao novo mundo , suas almas e
natureza nômada é apropriada para desafios .
Os manouches sintes , conseguem de forma inteligente serem
aceito naturalmente pelos gadjes brasileiros , que viam neles
apenas estrangeiros alegres e exóticos, entre o povo simples do
Brasil , eles se deram bem e ficaram despercebidos para olhos
não atentos de sua etnia cigana .
Criaram pequenas fabricas artesanais de cestos , vassouras ,
e foram as pessoas que deram trabalhos para os deficientes
visuais .
Saiam pelas rua de porta em porta vendendo seus produtos ,
logo muito deles ganharam um bom dinheiro , compraram suas
casas , e pela primeira vez nas histórias de suas famílias , as ...
crianças começaram a frequentar a escola normalmente como
qualquer outra criança brasileira .
No passado era uma época de ouro para circos e parques de
diversões , e assim os artistas sintis logo fazem amizades com
os donos dos circos que apareciam nas cidades .
E logo depois estavam montando seus próprios circos , e os
seus parques de diversões .
Os manouches ou sintis foram a etnia cigana que mais se
adaptaram ao dia a dia brasileiro, e que ficaram invisíveis para
sua condição de etnia cigana .
.
arnaldo reisdec
.
Vendedor de vassouras em rua do centro de São Paulo
Ano: 1910
Autor: Vincenzo Pastore.
.
o artista retratou fielmente um cigano manouche ...
Imigrantes que vieram para o Brasil fugindo da Primeira
Guerra Mundial .
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facebooknotes57 · 1 year ago
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GUINÉ-BISSAU
Guiné-Bissau é um pequeno país localizado na costa oeste da África, conhecido por sua rica diversidade étnica, beleza natural e história única. Vamos explorar um pouco da história e cultura desse país fascinante.
A história de Guiné-Bissau é marcada por uma mistura de influências africanas, europeias e culturas locais. A região foi habitada por diversos grupos étnicos, incluindo os mandingas, fulas e balantas, muito antes da chegada dos europeus.
Os portugueses chegaram à região no século XV e estabeleceram o comércio de escravos e a exploração das riquezas naturais, principalmente o comércio de amêndoas de palmeira. A luta pela independência começou a se intensificar na década de 1950, liderada principalmente pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Em 1973, após uma longa guerra de guerrilha, o PAIGC conquistou a independência do domínio colonial português. Guiné-Bissau se tornou independente em 1974, sendo um dos primeiros países africanos a fazê-lo. No entanto, o período pós-independência foi marcado por instabilidade política, golpes de Estado e conflitos internos.
A cultura de Guiné-Bissau é diversa e colorida, refletindo a variedade de grupos étnicos que compõem a população do país. A língua oficial é o português, mas diversas línguas locais também são faladas.
A música e a dança têm um papel fundamental na cultura guineense. Ritmos tradicionais, como o gumbe e o funaná, são tocados em festas e celebrações. A arte também desempenha um papel importante, com a escultura, cerâmica e tecelagem sendo formas de expressão artística.
A culinária guineense é baseada em produtos locais, como arroz, peixe, marisco, frutas e legumes. Pratos típicos incluem o "caldo de peixe" e o "arroz de jollof", entre outros.
As crenças religiosas são diversas, com o islamismo e o cristianismo sendo as principais religiões praticadas. No entanto, muitos guineenses também seguem religiões tradicionais africanas.
Seguem algumas curiosidades sobre o país:
1. Guiné-Bissau abriga o arquipélago de Bijagós, uma área de grande biodiversidade e beleza natural, declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO.
2. O PAIGC, partido que liderou a luta pela independência, desempenhou um papel significativo na história política do país.
3. O "Carnaval de Bissau" é uma das festas mais importantes do país, celebrada com música, dança e desfiles coloridos.
4. A economia guineense é fortemente dependente da agricultura, com o cultivo de amendoim e castanha de caju sendo atividades importantes.
5. A "Ilha de Orango" é famosa por abrigar o mausoléu do líder da independência Amílcar Cabral, bem como uma população de hipopótamos e tartarugas.
Guiné-Bissau, apesar de enfrentar desafios políticos e socioeconômicos, possui uma rica cultura e história que merecem ser exploradas e celebradas. Sua diversidade étnica, música envolvente e paisagens exuberantes contribuem para uma experiência única ao conhecer esse país africano.
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OS CLÉRIGOS E AS SUAS BARREGÃS NA LISBOA DE FINAIS DA IDADE MÉDIA (TEXTO DE MIGUEL GOMES MARTINS)
Hoje, partilhamos – com a devida permissão - um pequeno texto do Prof. Miguel Gomes Martins, publicado originalmente no “website” do Gabinete de Estudos Olisiponenses, dedicado a um problema social que aparece com bastante proeminência em diversas fontes da Baixa Idade Média: a dificuldade em conseguir impor o celibato do clero masculino a partir das reformas da Igreja dos séculos XI-XII (erroneamente, conhecidas como “Gregorianas”). Com base no estudo das cartas de perdão da chancelaria de Afonso V, é feito um estudo das relações carnais dos clérigos da cidade de Lisboa em meados do século XV, com várias questões como a classe e identidade das pessoas envolvidas, os motivos para estas uniões irregulares, a sua duração, descendência e repressão pela justiça.
Sem mais delongas, passamos a palavra ao Professor e recomendamos a visita ao “website” do GEO, onde se tem desenvolvido um interessante projecto de divulgação da História local, não só para a Idade Média, como para outros períodos.
- ADMIN
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“Os clérigos e as suas barregãs na Lisboa de finais da Idade Média
Não constitui novidade para ninguém que, apesar dos votos de castidade a que estavam obrigados, eram muitos os religiosos, tanto regulares como seculares, que na Idade Média – aliás, tal como em muitas outras épocas – tinham envolvimentos amorosos com mulheres. Uns mais duradouros, outros mais breves, de alguns resultaram mesmo no nascimento de filhos. A Lisboa de meados do século XV é, a esse respeito, um exemplo bem documentado, sobretudo graças às mais de trinta cartas de perdão concedidas, durante o reinado de Afonso V (1438-1481), às mulheres que na cidade incorreram nesse “crime”, pois era assim que esse tipo de situações era encarado pela justiça civil. E se estas fontes nos informam sempre das penas atribuídas às mulheres – aliás, era a elas e não aos seus companheiros, que os perdões régios eram concedidos –, nada dizem quanto às que eram impostas aos religiosos que com elas se envolviam. A razão para esta discrepância não é fácil de descortinar, mas é provável que se deva ao facto de os religiosos ficarem sob a alçada da justiça eclesiástica ou simplesmente, como sugere Luís Miguel Duarte, porque talvez não lhes tenham sequer sido levantado processos. Para além destes, que se encontram documentados, decerto que houve outros casos que não é possível identificar, nomeadamente aqueles cujas cartas de perdão não chegaram até aos nossos dias, ou que não tiveram a benevolência do rei, passando, claro está, por todos quantos não foram nunca postos a descoberto. Assim, as mais de três dezenas de cartas de perdão exaradas nos livros de chancelaria de Afonso V e que nos serviram de base para esta breve abordagem do tema, constituem, seguramente, apenas a face visível de uma realidade muito mais vasta.
Daquilo que a documentação permite perceber, tanto encontramos casos que envolvem membros do clero secular, quanto do clero regular. Entre os primeiros as fontes dão conta, entre outros, de Fernão Álvares, cónego e prior de S. Vicente de Fora; de frei Pedro, do mosteiro da Trindade; de frei Diogo, do mosteiro de S. Francisco; de frei João, do mosteiro do Carmo; de João da Corredoura, do mosteiro de S. Domingos; de frei Lopo, do mosteiro da Graça, entre muitos outros. Quanto aos segundos, o leque é igualmente diversificado: Mem Rodrigues prior de S. Mamede; João de Pontes, capelão de Martim Afonso de Miranda, conselheiro do rei; João Fernandes, prior da Igreja dos Mártires; Mem Rodrigues, capelão do arcebispo de Lisboa; Afonso Anes, chantre da Igreja de S. Nicolau; apenas para mencionar alguns casos mais facilmente identificáveis, já que uma boa parte desses indivíduos é apenas referida como “clérigos”, uma situação que pode dever-se, não tanto à preocupação em manter o seu anonimato, mas sim à forma como o caso foi conhecido, ou seja, através de denúncia, muitas vezes anónima.
Quanto às mulheres, cuja idade não é nunca referida, são na sua maioria solteiras, como Leonor Vasques; Leonor Rodrigues; Isabel Anes ou Beatriz Afonso, entre muitos outros exemplos. Mas também encontramos viúvas, como Maria Peres, Maria Jorge ou Inês Farinha. Bastante mais raros são casos como o de Branca Rodrigues, mulher de Gonçalo Martins, que frequentemente era “visitada” em sua casa por um clérigo cujo nome a fonte não regista; de Catarina Vasques, mulher de Afonso Peres, marinheiro; ou o de Branca da Rosa, que foi encontrada pelo seu marido Lourenço Anes, na sua própria casa “a desoras”, com frei João da Corredoura, razão pela qual o marido assassinou o religioso.
Alguns casos são, pelo menos é isso que é sugerido pela documentação, relacionamentos breves ou mesmo fugazes, como o de Catarina Ferreira com um frade. Talvez tenha também sido isso que se passou com Beatriz Vasques, que reconheceu ter tido uma “afeição carnal” com um clérigo beneficiado da Sé de Lisboa. Contudo, estes parecem tratar-se de exemplos pontuais, pois na maior parte das situações documentadas, o relacionamento tinha – pelo menos é essa a imagem que perpassa – um carácter de alguma estabilidade. Aliás, muitas das mulheres em causa são identificadas como “teúdas e manteúdas” desses clérigos.
Veja-se o exemplo de Inês Anes, que durante uns quatro ou cinco anos foi “teúda e manteúda” de um Martim Gonçalves, clérigo de missa, o de Isabel Anes, “manceba” de um “clérigo de missa” cujo nome não é mencionado; ou o de Leonor Vasques “barregã” do monge agostinho Fernão Álvares. Menos claro parece ser o caso das mulheres que são identificadas com “servidoras” de clérigos. E ainda que o termo possa sugerir uma relação de serviço ou laboral, na verdade o que a palavra parece designar é algo bem diferente, pois de outra forma Isabel Fernandes não teria dito no seu depoimento que tinha estado “alguns tempos até agora por servidora de um frei Pedro de Santo Espírito frade da Trindade, do qual pecado ela era já apartada”. Esta hipótese é, aliás, confirmada pelo exemplo de Inês Anes, que durante quatro ou cinco anos foi “servidora e manteúda” de Martim Gonçalves, clérigo de missa; ou ainda de Berelida Gil, manceba e servidora de um cónego do mosteiro de S. Vicente de Fora de nome João das Aldas.
É inegável que sentimentos como a atração, e/ou o amor estiveram na base de muitos desses relacionamentos. Contudo, as fontes são, a esse respeito, silenciosas. Ainda assim, em alguns documentos fala-se da “afeição”, como no caso de Inês Afonso e do prior da igreja dos Mártires, João Fernandes, ou no de Inês Farinha e do clérigo de missa Rui Lopes. E seria também um sentimento muito forte aquele que ligava Beatriz Afonso a um frade cujo nome as fontes omitem e que levou a que fosse degredada da cidade por um ano. Contudo, a quatro meses do final da pena regressou a Lisboa, alegadamente, devido ao agravamento do estado de saúde de sua mãe, de quem teve que cuidar, um regresso que a levou de novo para os braços do dito frade com quem, assim, “tornara a pecar”.
E embora tudo isso pesasse no estabelecimento desses relacionamentos proibidos, é inegável que foi a busca de protecção e de segurança financeira que levou muitas dessas mulheres a envolver-se com membros do clero. É isso que, embora nunca dito de forma explícita, encontramos nas entrelinhas da documentação, muito em particular nos termos “teúda e manteúda”, utilizados para classificar a relação que com eles mantinham. Ainda assim, mais raramente, encontramos depoimentos de mulheres que são inequívocas a respeito dos motivos que as levaram a uma relação desse tipo. Veja-se o caso de Maria Pires, viúva, que afirmava que “por muitas necessidades que lhe sobrevieram de pobreza, ela tivera de fazer com um frei João da Trindade”. Assim, parece evidente que na esmagadora maioria dos casos, tanto eles como elas sabiam que se estavam a envolver numa relação proibida pela justiça civil e pela justiça eclesiástica. Assim, talvez a única pessoa que, entre os mais de trinta casos analisados, parecia desconhecer que estava numa relação com um religioso foi Margarida Anes, que chegou inclusivamente a casar com Lopo Fernandes, que lhe escondera o facto de “clerigo de hordees”.
Como é fácil adivinhar, muitas dessas ligações deram origem a descendência. Leonor Rodrigues, por exemplo, teve vários filhos – a fonte não indica quantos – fruto da ligação a Afonso Anes, chantre da igreja de S. Nicolau, tal como no caso de Catarina Vasques e um clérigo cujo nome se desconhece, de Isabel Rodrigues e do cónego Álvaro Afonso ou de Isabel Dias e do prior da Igreja de S. Mamede. Se bem que mais raros, há alguns exemplos em que se conhece o número de filhos que resultaram desses relacionamentos. Veja-se os casos de Inês Anes e do franciscano frei Diogo, que tiveram um filho; ou o de Catarina Rodrigues e do monge agostinho frei Pedro, que também tiveram apenas um filho.
Mais difícil, dados os silêncios das fontes, é descortinar a duração dos relacionamentos, porquanto as fontes são, de um modo geral, vagas, registando apenas que durou “alguns tempos”; ou “certo tempo”. Claro está que algumas cartas de perdão permitem perceber que se tratava de casos já com vários anos, como afirma Inês Farinha a propósito da suas “afeição” com o clérigo Rui Lopes e que, segundo a própria, se manteve “durante muito tempo”. Raros são pois os exemplos da ligação de Inês Anes e Martim Gonçalves, que a carta de perdão regista que se prolongou por quatro ou cinco anos, tal como na carta concedida a Isabel Anes, onde se assinala que manteve uma relação com um clérigo por cinco anos.
Duradouras devem também ter sido as ligações de que resultaram filhos, como a de Isabel Rodrigues com Álvaro Afonso, de quem “ouvera alguuns filhos”. Ainda assim, não é o facto de as fontes serem omissas a esse respeito, que nos deve levar a pensar tratar-se maioritariamente de casos de curta duração. Pelo contrário.
A avaliar pelas fontes, foram sempre as mulheres que puseram termo à relação, fazendo-o quase sempre de forma voluntária e por reconhecerem que estavam, como as próprias afirmavam, a incorrer em pecado mortal. Foi o caso de Leonor Rodrigues, de Isabel Fernandes, de Inês Anes, de Isabel Anes, de Isabel Álvares, ou de Beatriz Vasques. Mais difícil é descortinar se o fizeram mesmo de forma voluntária ou se, como também é provável, já depois de o caso ter sido conhecido pelos oficiais da justiça do rei. Fosse como fosse, é certo que isso as livrou de uma acusação formal e de uma condenação.
Mas outras houve que, talvez por não se terem antecipado à justiça, acabaram mesmo condenadas e forçadas ao cumprimento de uma pena que, na maior parte das situações correspondia ao degredo. Leonor Vasques, por exemplo, foi presa e, depois de julgada, degredada de Lisboa e seu termo durante um ano, a mesma pena que foi imposta a Branca Rodrigues, a Catarina Ferreira e a Beatriz Afonso, entre muitas outras. Um pouco mais pesada foi a pena imposta a Catarina Peres, que para além do degredo por esse mesmo período de tempo, teve ainda que pagar uma multa de 1000 reais brancos. Mas o caso mais expressivo é o da condenação de dois anos de degredo imposta a Branca da Rosa, muito provavelmente por se tratar de um caso extra-conjugal e que, para mais, terminou com o seu marido a matar o clérigo dominicano com que se envolvera. E ainda que as penas de degredo tenham sido, todas elas, alvo de perdão, num ou noutro caso elas acabaram por ser comutadas através do pagamento de uma multa, como sucedeu com Constança Álvares e com Beregilda Gil, que pagou 600 reais brancos para a Arca da Piedade. Mesmo a acima referida pena de dois anos de degredo imposta a Branca da Rosa acabou por ser perdoada em troca pelo pagamento de uma multa de 1500 reais brancos. Por vezes o perdão chegava já depois do início do degredo, como nos casos de Catarina Ferreira, ao cabo de cinco meses ou de Mor Anes, quando esta tinha já cumprido dois dos 12 meses a que tinha sido condenada.
Nalguns casos, as mulheres, de alguma forma informadas das acusações que sobre elas pendiam, optavam por tentar escapar à justiça, como no caso de Mécia Dias, que apesar de se ter posto um ponto final na relação com o carmelita frei João, decidiu fugir da cidade com receio de vir a ser acusada e condenada, uma decisão semelhante às que foram tomadas por Maria Peres e por Catarina Rodrigues.
Contudo, na maior parte dos casos documentados, as mulheres preferiram tomar a iniciativa de confessar o crime / pecado, já que isso deveria facilitar o perdão do rei. Talvez o fizessem sabendo já que o seu caso teria sido objecto de denúncia e que, mais tarde ou mais cedo, a justiça haveria de lhes bater à porta.
Se o faziam de forma sincera ou não, é impossível saber, mas quase todas as mulheres em causa afirmavam, para justificar esse pedido de perdão, ter consciência do pecado em que tinham incorrido e que pretendiam “viver bem e honestamente”, como nos casos de Leonor Vasques, ou porque desejavam, como Isabel Fernandes, “viver como viviam as boas mulheres, honestamente”. Se cumpriram essa vontade, não o sabemos, mas facto é que entre todos os casos conhecidos, quase todas elas parecem ter deixado de vez as relações. Só mesmo Beatriz Afonso veio a reatar a sua ligação, talvez porque o que a unia ao frade em causa era demasiado forte para ser quebrado.
Miguel Gomes Martins
FONTES
Arquivo Nacional – Torre do Tombo
Chancelaria de Afonso V, Livros 2, 5, 16, 21, 22, 28, 29, 31, 32 e 33”
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Em anexo, representação da luxúria de um monge na página do calendário dedicado ao mês de Dezembro de um Livro de Horas do século XV. Bibliothèque de Genève, Ms. lat. 33, fol. 12v.
Ligação para o "website" do GEO: https://geo.cm-lisboa.pt/
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A MAIOR DOCA SECA DO MUNDO
A 23 de junho de 1971 era inaugurada a maior doca seca do mundo, a Doca 13, cujo pórtico marcou para sempre a silhueta de Almada, com 130 metros de comprimento.
Tem 520 por 90 metros, implicou conquistar 260 mil m2 ao rio Tejo e ficou preparada para receber navios até 1 milhão de toneladas, reparar plataformas petrolíferas, cargueiros e, até, superpetroleiros.
Sem derrapagens de prazo ou orçamento!
Concebida e construída em Portugal por portugueses!
Os estaleiros de Almada foram inaugurados a 23 de Junho de 1967, na sequência de um requerimento da empresa Lisnave-Estaleiros Navais de Lisboa, de José Manoel de Mello, para a construção da infraestrutura na Margueira.
Nasce assim a principal estrutura de reparação de navios em Portugal e que ao longo dos anos se transformou numa referência internacional, chegando a ter perto de 11 mil funcionários e nas suas docas alguns dos maiores barcos do mundo. Os primeiros a entrar foram o Príncipe Perfeito e o Índia da CNN (Companhia Nacional de Navegação).
Era uma estrutura impressionante para a época. "A Lisnave era praticamente uma cidade dentro de outra cidade, a funcionar 24 horas por dia, 365 dias por ano". A actividade era tão intensa que se perdia a noção de dia e de noite. Não parava.
A importância da empresa fez Almada crescer para as freguesias do Laranjeiro, Cacilhas e Cova da Piedade. A cidade esticou e o comércio aumentou de forma exponencial. Os postos de trabalho eram muitos e muitos vieram, com as suas famílias, tentar a sorte.
Um dos momentos importantes da Lisnave foi a inauguração da doca 13 e do pórtico vermelho, aquele que se vê de todo o lado. A cerimónia de abertura ao Tejo, disponível em 1971 e que permitia receber navios até um milhão de toneladas, que não existiam na época, ficou gravada em vídeo pela RTP.
Américo Thomaz, o 13.º Presidente da República e o último do Estado Novo, entre aplausos na bancada, olha para o relógio e comenta algo para quem está ao seu lado que não ficou gravado, mas que dá a ideia de que o presidente estava com pressa para sair do local.
"Era uma grande empresa, tínhamos todos os serviços, pagava bem. Repare, vim para aqui com 17 anos, em 1970 e comecei a ganhar 4250 escudos, quando o meu pai, que era cobrador na ponte de Vila Franca, ganhava 1020 escudos ". São palavras de Clemente Mitra que provam a vantagem que era na altura trabalhar nestes estaleiros.
Os ordenados eram acima da média nacional, mas não era só por isso que a Lisnave era uma referência. As condições dadas aos trabalhadores também eram superiores ao que a grande maioria das empresas ofereciam.
À entrada recebiam fatos-macaco, capacetes, de cores diferentes segundo a sua especialização e malas de ferramentas. Tinham serviços de saúde, vários refeitórios, colónia de férias, e ainda apoios sociais.
Hoje não há laboração. Ficam as memórias de quem lá deu de si para que a empresa continuasse a ser uma casa que sabia acolher quem tinha vontade de trabalhar.
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COSTA RICA:
Costa Rica é um país na América Central de relevo acidentado e florestas tropicais, com litoral para o Caribe e o Pacífico. Sua capital, San Jose, abriga instituições culturais, como o Museu do Ouro Pré-Colombiano, mas o país é mais conhecido por suas praias, vulcões e biodiversidade. Cerca de um quarto do território é ocupado por floresta protegida, repleta de espécies de vida selvagem, como macacos-aranha e aves quetzal.
Confira algumas curiosidades:
1- A aproximadamente 500 km do litoral de Costa Rica, está a Ilha do Coco, que também é considerada parte do território do país e é um dos Patrimônios Mundiais da UNESCO. A ilha foi inspiração para o filme Jurassic Park, de Steven Spielberg, e para o livro Robison Crusoé, de Daniel Dafoe.
2- A Costa Rica por vezes é chamada de “o Jardim do Éden vivo”, dada a sua enorme biodiversidade e natureza exuberante. Estima-se que 5% da biodiversidade mundial se concentra lá, apesar do país representar apenas 0,03% do território do planeta.
3- O cume mais alto da Costa Rica é o Cerro Chirripó, com 3820 metros de altitude, localizado na Cordilheira de Talamanca.
4- 99% da energia da Costa Rica provem de fontes renováveis, sendo as cinco principais: hidrelétrica, eólica, geotérmica, biomassa e solar. Há expectativas de que o país se torne o primeiro do mundo a zerar as emissões de carbono.
5- Nem aves coloridas, nem macacos… o animal que é o símbolo nacional da Costa Rica é o cariacu, um veado que se assemelha ao personagem Bambi. É chamado de “venado cola blanca” em espanhol.
6- 25% do território da Costa Rica é composto por áreas protegidas: são 27 parques nacionais, 58 refúgios de vida silvestre, 11 reservas florestais, entre outras zonas de preservação. Todas elas são administradas por um órgão especial: o SINAC (Sistema Nacional de Áreas de Conservación).
7- A Costa Rica tem cerca de 1 400 orquídeas em seu território, sendo que 20% dela são endêmicas, ou seja, só existem naturalmente naquela região.
8- A Costa Rica apresentava, entre os anos de 1960 e 1970, as maiores taxas de desmatamento na América Latina. No entanto, o país conseguiu zerar o desmatamento em 1998 e ainda revertê-lo, usando incentivos financeiros para os produtores rurais. Através do sistema de PES (Payment for Environmental Service), os agricultores recebem dinheiro para promover o reflorestamento.
9- A Península de Nicoya, na Costa Rica, é considerada um blue zone, termo usado para designar áreas do planeta onde as pessoas vivem mais do que a média mundial. Apesar da expectativa de vida do país ser alta, em torno de 80 anos, em Nicoya, as pessoas costumam viver 100 anos ou mais.
10- Na Costa Rica, há um “paraíso de cães abandonados”, chamado Território de Zaguates. Trata-se de um abrigo para cães abandonados, administrado por voluntários e mantido por doações. É possível visitá-lo e até mesmo adotar um pet por lá.
11- Os costarriquenhos são chamados coloquialmente de “ticos”. Esta terminação “ico” é usada para colocar as palavras no diminutivo, semelhante ao “inho” brasileiro, e apesar de ser usada por outros países hispânicos, se tornou uma marca de identidade da Costa Rica.
12- “Pura vida” é a expressão mais característica da Costa Rica e é usada em vários contextos, até mesmo para cumprimentar e agradecer. Esta frase, que já se tornou um slogan do país, representa tranquilidade, felicidade e tem tudo a ver com esta nação tão conectada com a natureza e que valoriza tanto a simplicidade.
13- Todas as quatro medalhas olímpicas da Costa Rica foram conquistadas por uma mesma família: as irmãs Poll, Claudia e Silvia, que são destaques na natação.
14- O futebol é o esporte mais popular no país. No entanto, a seleção costarriquenha nunca venceu nenhuma Copa do Mundo.
15- De acordo com o último Happy Planet Index, a Costa Rica é o país mais feliz do mundo. Para mensurar os níveis de felicidade, o índice leva em conta o bem-estar da população, a expectativa de vida, a desigualdade econômica e pegada ecológica.
16- A Costa Rica é um dos poucos países do mundo que não possui um exército. Esta decisão foi tomada depois da Guerra Civil de 1948 e oficializada na Constituição de 1949.
17- O país assinou em 1983 uma lei de neutralidade, proibindo a participação em conflitos armados para sempre. A Costa Rica é considerada um país neutro, ou seja, que não tomará partido em caso de guerras internacionais (uma postura semelhante à da Suíça). Somada a essa política pacifista costarriquenha, todas as escolas são obrigadas a ministrar aulas que incentivem essa cultura de paz.
18- Em 1968, o Vulcão Arenal, o mais ativo da Costa Rica, entrou em erupção e a única área que saiu intacta foi a de uma cidade hoje chamada de La Fortuna (“a sortuda”, em espanhol).
19- O Índice de Democracia, divulgado todos os anos pelo The Economist, classifica a Costa Rica como uma “democracia completa”. Este título só foi dado a mais dois países na América Latina: o Chile e o Uruguai.
20- A taxa de alfabetização da Costa Rica é de 98%, uma das maiores da América Latina, de acordo com a UNICEF.
21- Entre os pratos mais consumidos da Costa Rica, está o gallo pinto: uma mistura de arroz e feijão preto que é frita até ficar tostada. O prato não é exclusividade do país, mas é muito querido pelos costarriquenhos, que o consomem até mesmo no café da manhã, acompanhado de ovos.
22- O café desempenhou um papel importantíssimo no desenvolvimento econômico da Costa Rica, já que foi durante décadas o principal produto de exportação do país. Em 2020, uma lei promulgou o café, chamado de “grano de ouro“, como um dos símbolos nacionais.
23- A culinária da Costa Rica se assemelha à do Brasil em alguns aspectos. O prato mais típico para o almoço é chamado de casado, ele consiste em arroz e feijão com algum tipo de carne e salada.
24- Costa Rica tem a sua própria versão da “raspadinha”: trata-se do granizado, uma sobremesa que mistura gelo raspado com xarope. O doce multicolorido pode ter vários sabores e acompanhamentos, como sorvete e leite condensado.
25- 50% do PIB do país vem do turismo sustentável. Entre as principais atrações de ecoturismo da Costa Rica estão o Vulcão Arenal, na região de La Fortuna, a luxuosa Península Papagayo e a Playa Tamarindo.
26- Semelhante ao real brasileiro, a moeda costarriquenha, o “colón”, tem animais típicos da fauna decorando as cédulas. No entanto, mesmo tendo uma moeda nacional, o dólar é aceito na maioria dos estabelecimentos, já que o turismo é uma das principais fontes de renda do país.
27- Em 2019, o país recebeu três milhões de visitantes, sendo o décimo país mais visitado da América Latina, segundo o site Statista.
28- As praias costarriquenhas são um espetáculo à parte e você pode escolher entre o Oceano Pacífico e o Mar do Caribe, já que o país é banhado por ambos.
29- A seleção de futebol da Costa Rica foi uma das classificadas para a copa do Catar 2022.
Confira algumas fotos:
https://www.instagram.com/p/ClCt6qTNMrD/?igshid=YmMyMTA2M2Y=
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A CAIXA DE PANDORA
A história conta que na época em que a humanidade foi criada por Prometeu, não havia guerras ou crueldades, uma curiosidade é que a humanidade se resumia apenas em homens e possuíam a dádiva da juventude, no qual amadureciam, mas não envelheciam, assim não havia a necessidade de reprodução.
Zeus era o deus soberano e não permitia que os homens possuíssem habilidades, ele proibiu que utilizassem o fogo e àquele que os dessem este elemento seria cruelmente castigado. Mas, Prometeu como o criador dos humanos ficou com raiva pelo fato de os homens não poderem exercer habilidades importantes, então ele decidiu roubar o fogo de Hefestos e entregar aos homens.
Mas, Zeus ao perceber o acontecimento, ficou furioso e pensou em um castigo ardiloso para Prometeu, portanto, pediu para Hefestos criar uma “mulher”, ela seria apenas o começo de sua vingança.
No entanto, Prometeu sabia que Zeus estava arquitetando algum castigo cruel, então ele foi se despedir de sua esposa e do filho recém-nascido.
Logo, Zeus o acorrentou em uma montanha, no qual todos os dias vinha uma enorme águia devorar sua carne e suas entranhas. Mas, era ainda pior por Prometeu ser imortal e se regenerar toda vez e sentir todos os dias a águia se alimentando de seu corpo.
Após alguns dias, Hefestos terminou sua criação, a mulher, e mostrando-a à Zeus o nomearam de “Pandora”, assim apresentou-a para todos os deuses, afirmando ser um presente para a humanidade. Então, Zeus pediu para que cada deus presenteasse Pandora com um dom. Afrodite deu-lhe a beleza; Atena as habilidades manuais; Apolo o canto; Poseidon a habilidade de nadar, mas Hera como cúmplice de Zeus a presenteou com a “curiosidade”.
Em frente aos deuses, Zeus pediu para que Pandora provasse sua confiança, ele lhe deu uma caixa e disse — para nunca abri-la.
Pandora foi para a humanidade e se apaixonou e casou com o irmão de Prometeu, o Epimeteu. Porém, a cada dia que passava a curiosidade dada por Hera ficava mais incontrolável, até que um dia Pandora não suportou a curiosidade de saber o que havia dentro da caixa e a abriu, liberando todo o mal que Zeus havia colocado dentro, espalhando-se pela humanidade: a fome, a tristeza, a crueldade e etc.
Contudo, a única coisa que restou na caixa fora a “esperança“. E, após esses acontecimentos, Zeus sugeriu que a humanidade fosse exterminada e uma nova raça melhorada fosse criada com a sua supervisão. Ele subiu até a montanha onde estava Prometeu e contou seu plano sem saber que ele era um profeta e podia se comunicar com um álibi.
Então, Prometeu enviou uma mensagem a seu filho já crescido para que ele fizesse uma arca e se salvasse à si e a sua esposa.
Mas, seu filho sendo justo tentou alertar as pessoas pela calamidade que estava por vir, porém ninguém deu ouvidos à ele. Assim, fez sua arca e se foi, ao começar uma grande tempestade as pessoas começaram a se desesperarem, mas era tarde demais, o dilúvio começou.
Com isso, Zeus descobre a façanha dos dois sobreviventes e leva a situação aos deuses que ao saberem que são de corações bons os polpam às vidas. O dilúvio acaba e o casal começa a repovoar a Terra novamente.
CURIOSIDADES:
(Esta história é contada de muitas formas e também acredita-se que a esperança também faz parte dos males do mundo).
Segundo Friedrich Nietzsche, “A esperança é o pior de todos os males, pois ela prolonga o sofrimento do homem”.
A famosa caixa na verdade era um ”jarro”.
#mitologiagrega
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Etiópia
A Etiópia, um país localizado no Chifre da África, é uma nação com uma história rica e uma cultura diversificada. Com uma antiguidade que remonta a milênios, a Etiópia é conhecida como um dos berços da civilização humana. Vamos explorar a história e a cultura desse país fascinante.
A história da Etiópia remonta a tempos antigos, com evidências de assentamentos humanos que datam de mais de 3 milhões de anos. O país possui uma das histórias mais longas e contínuas do mundo, com uma sucessão de dinastias que remontam a milhares de anos. A Etiópia foi governada por uma série de impérios e reinos, incluindo o Império Aksum, que floresceu entre os séculos 1 e 8 d.C. Durante o século XVI, a Etiópia resistiu às invasões europeias e manteve sua independência, tornando-se um símbolo de resistência e orgulho nacional.
A cultura etíope é diversa e influenciada por suas muitas etnias e tradições regionais. O tronco linguístico predominante é o semítico, com a língua amárica sendo a língua oficial do país. Além disso, há uma grande variedade de línguas e dialetos falados em todo o território etíope. A música e a dança têm um papel central na cultura etíope, com estilos musicais tradicionais, como o azmari e o eskista, e danças folclóricas que refletem a identidade e a história do povo.
Aqui estão cinco curiosidades sobre a Etiópia:
1. A Etiópia é o único país da África que nunca foi colonizado oficialmente. Durante o século XIX, o país conseguiu resistir às tentativas de colonização europeia, tornando-se um símbolo de orgulho e independência para muitos africanos.
2. A Etiópia é conhecida por sua rica herança religiosa. É um país de grande importância para o Cristianismo Ortodoxo, com uma tradição que remonta aos primeiros séculos da era cristã. A Igreja Ortodoxa Etíope desempenha um papel central na vida religiosa e cultural do país.
3. A Etiópia é o lar de uma das civilizações antigas mais importantes da África: o Império Aksum. A cidade de Aksum, localizada no norte do país, foi um centro de poder e comércio entre os séculos 1 e 8 d.C. e é conhecida por suas estelas e ruínas antigas.
4. A culinária etíope é famosa pelo prato tradicional chamado injera, um tipo de pão azedo e esponjoso feito de teff, um grão nativo da Etiópia. O injera é servido com diversos ensopados e vegetais, criando uma refeição saborosa e única.
5. A Etiópia é o berço do café. Acredita-se que o café tenha sido descoberto no país, e a Etiópia possui uma tradição rica em cerimônias de café, que envolvem a torra dos grãos, a preparação cuidadosa e a apreciação da bebida em um ambiente social.
A Etiópia é um país com uma história fascinante, uma cultura rica e uma paisagem deslumbrante. Ao visitar a Etiópia, você terá a oportunidade de explorar as antigas ruínas do Império Aksum, admirar as paisagens montanhosas da região das Montanhas Simien, desfrutar da culinária autêntica e mergulhar na vibrante cultura local. É um destino que oferece uma experiência única para os viajantes interessados em história, cultura e natureza.
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