Trabalho apresentado como requisito avaliativo na disciplina "Estética da Comunicação", ministrada pela prof. Dra. Danila Cal, na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal do Pará (FACOM-UFPA).
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Season finale pt.2
Hoje, encerra-se um ciclo. Durante os últimos meses, eu e a minha turma tivemos uma missão “quase” impossível de registrar o que é estética.
A dificuldade dessa missão, para mim, sempre esteve na questão de tentar materializar o imaterializável. Estética se sente, se vive, então como escrever sobre algo assim?
No final, com todas as dores de cabeça, textos complexos, exemplos toscos de reality e novelas, acredito que esse portfólio alcançou seu principal objetivo, que não era a nota, mas sim a criação de um novo olhar.
Hoje consigo parar para olhar certas situações de um outro jeito. Como, quando fui no cinema ver Os Incríveis 2 e percebi que todo o filme gira em torno de estética.
Agora, é hora de dizer tchau a essa experiência de digital influencer. Quem sabe não vejo vocês em outro projeto??? Byeeeeeeeeeeee
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Season Finale | pt.1
Quando você entra no curso de Comunicação Social, uma frase fica gravada no seu coração "A árvore da informação esconde a floresta da comunicação". Dentro dessa disciplina, tivemos a oportunidade de conhecer diferentes aspectos de várias árvores dessa floresta. Agora, chegando ao fim dessa aventura, vamos trabalhar com uma visão panorâmica dela, a mãe do jornalismo, publicidade e dona da floresta: a COMUNICAÇÃO.
Antes de começar, quero te propor um desafio, acredite que o que você vai ver a seguir é real, sem todos os pré-conceitos sobre ser armado, pois é "coisa de TV" e tals.
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Em um contexto mais realista e "punk", Leandro Lage estuda a ação política por trás do testemunho midiático. Isso significa que ele busca compreender a capacidade que a mídia tem de produzir cenas polêmicas e de expor, simultaneamente, como somos testemunhas de algo e estamos separados desse. O contexto "punk que falo é um episódio do programa "A Liga", em que é apresentado o mundo dos usuários de crack.
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Porém, lembra daqueles vídeos do início do post? São dois programas de baixa qualidade, um é o Caso Encerrado (sucesso de audiência nos EUA e Latinoamérica) e o outro é o De Férias com o Ex BR (programa de maior audiência entre o público jovem, segundo o Kantar IBOPE). EEEEEEE, são programas que eu assisto (#GuiltyPleasure). então, vou usar eles como exemplo aqui.
Por que conhecemos a história dessas pessoas??? Primeiro, porque elas decidiram ir a um programa de TV contar elas. Segundo, a humanidade encontra-se em uma sociedade globalizada onde, constantemente, ocorrem disseminações de imagens e trocas de informações. Porém, a sociedade também vive a realidade cotidiana, o “aqui agora”. (GUIMARÃES, FRANÇA, 2006). Logo, torna-se necessário compreender que
a mídia não está fora da sociedade (ela faz parte da vida e da dinâmica social), e os produtos midiáticos tanto refletem quanto orientam uma dada realidade. As práticas comunicativas são constituidoras da vida social e, ao mesmo tempo, constituídas por ela - o que altera completamente (mas também dificulta) a forma de abordá-las. (FRANÇA, GUIMARÃES, 2004).
Na televisão, eu quero ver algo que me distraia, não um plot mirabolante que me faça ter dor de cabeça para entender. Logo, vendo isso, a TV busca apresentar coisas da vida real de uma nova forma, já que isso eu entendo (ou acho que entendo). No caso do #ExBR, eu sou um espectador de uma briga (BARRACOOOOOOOO), eu to vendo, mas eu não estou lá.
Segundo o Michaelis, testemunha significa, dentre outros,
" Pessoa que presencia um fato qualquer; espectador, presenciador "
A mídia faz com que qualquer um seja testemunha de um fato, mesmo não estando lá presencialmente.
Para Lage, o testemunho midiático implica uma simples conjunção “‘testemunho midiático’ é o testemunho performado na, pela e através da mídia” (FROSH; PINCHEVSKI, 2009, p. 1; grifo dos autores, tradução nossa).
NA, porque os relatos estão presentes na mídia;
PELA, porque eles (os personagens) partilham seus eventos pela mídia;
ATRAVÉS, porque nós (o público) testemunhamos os ocorridos através da mídia;
Mas ahi, vem um problema, a presença da mídia, como um produto que tem a permissão (ou não) de testemunhar a experiência vivida pelos outros. Qual seria o ponto moral desse testemunho???
Nesse sentido, o testemunho midiático cria um espaço comum através do qual reconhecemos o outro como igualmente humano e, ao mesmo tempo, interpõe uma distância espacial e temporal entre nós e esse outro (FROSH, 2009).
A relação criada pelo testemunho (EU FALO, VOCÊ ESCUTA - vice-versa), faz com que a gente partilhe esse sensível, sinta de algum modo a dor/alegria do outro.
O conceito de “partilha do sensível” foi cunhado pelo filósofo Rancière (1995; 1996; 2004 e 2005) para designar a existência de evidências sensíveis que dão a ver um comum partilhado e a divisão de partes exclusivas que constituem a comunidade. “Essa repartição das partes e dos lugares se funda numa partilha de espaços, tempos e tipos de atividade que determina propriamente a maneira como um comum se presta à participação e como uns e outros tomam parte nessa partilha” (RANCIÈRE, 2005, p. 15).
A partir daqui, podemos pensar como é esse comum partilhado e essa separação que a mídia nos proporciona.
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Um novo olhar feat. PUBLICIDADE
Um dos momentos mais desaguardados pelo público são os comerciais televisivos. No meio do plot de uma novela ou filme, o programa dá "uma paradinha para o break". Só que, por trás dessa paradinha, está uma indústria repleta de ferramentas que vão influenciar a sua próxima compra.
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Em primeiro lugar, segundo o Marketing de Conteúdo, Publicidade
é a estratégia de marketing que envolve a compra de espaço em um veículo de mídia para divulgar um produto, serviço ou marca, com o objetivo de atingir o público-alvo da empresa e incentivá-lo a comprar.
Essa é uma definição limitada, pois hoje, a publicidade é um campo de estudo repleto de referenciais teóricos e que abrange as nossas relações sociais. Prova disso, quem não se lembra dos pôneis malditos? Um comercial que entrou na memória de todos os brasileiros.
Se a gente parar pra pensar, os comerciais "seduzem" a gente. "Ao falarmos em estética da sedução nos referimos à estética do belo, ao prazer que nos é proporcionado ao observar algo que possui beleza; e da forma em que essa estética utiliza o irracional para seduzir" (GALHARDI, 2010, p. 101). Onde está a racionalidade de um pônei? (FICA O QUESTIONAMENTO)
Vivemos numa era publicitária em que a melhor forma de persuadir é transmitir emoções e sensações através de seus produtos. As marcas estão preocupadas, de maneira geral, com a fidelização dos seus clientes. Proporcionar aos consumidores boas experiências, tanto tangíveis como intangíveis, é fundamental. Mais do que obter um benefício visível, o consumidor busca o prazer emocional. Esse prazer é inicialmente adquirido através da estética. (GALHARDI, 2010, p.102).
Logo, a gente consegue ver que a publicidade utiliza a estética da sedução para mexer com os nossos sentidos e, literalmente, nos seduzir para comprar algo.
"A publicidade vende produtos e serviços nos quais os personagens se encontram em situações prazerosas, de cenários belos e sentimentos de felicidade. Esse tipo de apelo, o marketing sensorial, como chama Lipovetsky, nos faz refletir se o que realmente buscamos consumir é o produto - real objeto do nosso desejo - ou se desejamos consumir o intangível, o bem-estar" (GALHARDI, 2010, p.108)
Só que, como disse no início do post, a publicidade é um campo muuuuuuuuuuuuuuuito vasto de estudos e, além da estética da sedução, existe a experiência estética publicitária. Segundo Silva (2010, p.21), as experiências estéticas publicitárias são poderosos liames trabalhados a jeito de modo a constituir vínculos intersubjetivos com coisas e mercadorias, que se revelam não só indispensáveis como centrais na tarefa de persuadir os públicos.
Porém, a publicidade é um negócio. Logo, como será que ela se manifesta sendo sustentada pelos interesses do mercado. Silva afirma que “as contingências econômicas que fazem pender o fiel da balança artística para a obtenção de resultados estéticos eficazes, depositando o peso no melhor e mais proveitoso potencial útil que a arte possa trazer aos fins da mercancia” (Silva, 2010, p. 58).
Resumindo, o poder da publicidade "comanda" as vendas do dia a dia, pois somos levados por emoções e sensações que nos conduzem ao prazer de ter o objeto X ou Y.
"O denominativo estética utilitária não referencia o trabalho discursivo sobre o uso relativo a produtos, utensílios e serviços, mas, sim, diz respeito à exploração de materiais simbólicos que pretendem sensibilizar os públicos para algo externo ao âmbito de sua própria estrutura discursiva, que é o produto, a mercadoria" (GALHARDI, 2010, p. 335).
Viu, mais um campo de estudos complexo e repleto de temas para estudar, aprender, compreender ;)
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As experiências NA/DA cidade
Quando estudamos, na maioria das vezes, buscamos falar de coisas que saiam do padrão. Acredito que um dos principais motivos para isso seja o nosso interesse pelo novo. Exemplo: todo dia enfrentamos um trânsito infernal para chegar na UFPA e voltar para casa, isso já é rotina. Então, por qual motivo eu vou parar para refletir/pensar em algo que todo mundo passa e que só causa estresse?????
Desse mesmo modo, algumas pessoas (eu) negligenciam o estudo da cidade. Quantas histórias, experiências, dramas e emoções podem estar escondidos nas ruas, prédios, praças e outros do local onde vivemos???
Para Lefevbre (1999 apud MACHADO, 2017), “o urbano é campo de tensões e conflitos, lugar de enfrentamentos e confrontos, unidade das contradições”. Empiricamente, percorrer ou habitar o cotidiano faz com que a gente consiga expandir a nossa visão de mundo. Para Machado (2017),
Também compreendemos que o que faz uma cidade diferente da outra não é só a sua capacidade arquitetônica mas os símbolos que seus próprios habitantes constroem para representá-la. Dessa forma entende-se que cada cidade tem seu estilo e se aceitamos que a relação entre a coisa física, a cidade, sua vida social, seu uso e sua representação, suas escrituras formam um conjunto de trocas constantes, então podemos dizer que uma cidade se reconhece não só pela conformação físico-natural como pelas construções sociais existentes.
Logo, a experiência urbana é composta por várias interações comunicativas e também humanas. Pessoalmente, eu lembro de uma experiência estética que pode parecer besteira, mas até hoje me arrepia.
Alguns anos atrás, tinha um vício em supermercados (se eu não fosse todo dia lá, meu dia não existia). Na inauguração do Formosa da Augusto Monteiro (longe PRA CARAMBA de casa), convenci meu avô a me levar lá. Devia ter uns 13-14 anos e a experiência de estar conhecendo em primeira mão o novo, com toda aquela alegria de inauguração (brindes, músicas e tals), marcou aquele domingo.
Viu, uma pura besteira (praticamente uma futilidade humana) me proporcionou uma experiência estética!!! Quantas experiências podem estar ocorrendo e a gente (por puro PRÉ-Conceito) não observa/analisa???
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A hora do News!
Dentro do curso de Jornalismo, teoricamente, não estudamos Jornalismo.
Sim, por incrível que pareça, essa é a verdade. Desde o início do curso, nunca tivemos uma aula sobre newsmaking, agenda setting e outras teorias que devem existir (mas só ouvi falar dessas nos corredores do PPGCom).
Por causa disso, geralmente, acabamos fazendo uma análise crítica dos produtos de comunicação (séries, novelas, realitys e etc.) e não dos produtos jornalísticos (só estou separando dessa forma para deixar claro).
Isso ocasiona um pré-conceito dos produtos jornalísticos na turma. No meu caso, escutei todos os motivos para não assistir Cidade Alerta e Brasil Urgente.
Com todas essas informações, tive uma ideia perfeita para um artigo. Ahi, decidi assistir esses programas para separar o escopo da análise. No Cidade Alerta, 99% dos casos são crimes passionais e no Brasil Urgente, uma cobertura geral do noticiário policial. Mas, EM NENHUM DOS PROGRAMAS QUE VI, encontrei os discursos do “bandido bom é bandido morto”, entre outros (coisas que sempre ouvi que eram constantes nesse tipo de programação).
Quando soube que iamos estudar Jornalismo, vi como uma oportunidade de conhecer melhor a profissão. E percebi que essa minha opinião estava correta. Os seminários sobre Estética e Jornalismo nos ofereceram um novo olhar sobre o fazer jornalístico.
Na ordem, a apresentação do texto “Jornalismo, Cotidiano e Experiência Estética”, do pesquisador Marcos Paulo da Silva, me colocou no lugar de espectador crítico. Para tentar explicar, convido você a pensar nos jornais da noite. Em uma hora, eles tem a missão de apresentar as notícias do Brasil e do Mundo daquele dia. Mas, como será que eles decidem o que é notícia?
O autor apresenta a narrativa jornalística como…
um híbrido entre a informação e a “identidade imaterial do plano simbólico”, onde é representado a complexidade da vida cotidiana.
Ou seja,
(...) para além da objetivação dos fatos na atualidade cotidiana, o discurso informativo do jornalismo é levado a construir uma narrativa das práticas humanas” (p.11)
Exemplo, em determinada época do ano, chove todo dia em Belém e isso não é notícia. Mas, quando a cidade alaga por causa da chuva, isso vira notícia. Motivo: o alagamento rompe a regularidade cotidiana.
Prova disso, quando foi que você viu uma matéria sobre o congestionamento na BR, Almirante Barroso ou Augusto Montenegro? Ou foi em um período de feriado/férias OU em alguma matéria sobre o BRT. Isso porque o trânsito infernal dessas vias não rompe a regularidade do cotidiano.
E assim é construído os jornais de cada dia. Ver algo que todo mundo já sabe não é notícia.
Outra obra apresentada foi a da pesquisadora Angie Biondi, intitulada “Três figurações do corpo sofredor no fotojornalismo”. Sabemos o poder que as imagens tem, e também sabemos que as editorias policiais dos jornais impressos são apelidadas de “espreme que sai sangue”.
Quem lê esses cadernos, não se impressiona mais com notícias sobre assassinatos, tiroteios, entre outros. Porém, um fator altamente explorado nessas produções é esquecido pelo leitor: o corpo.
Segundo Biondi,
Se a visibilidade destes corpos apresenta uma realidade cotidiana (...), também convoca um quadro de prescrições morais, a evocação de um campo afetivo e uma classificação identitária de valores. (...) O sofrimento nos corpos trazidos pelo fotojornalismo, antes de uma programação de efeitos, inscreve a vulnerabilidade do próprio corpo, não como um mero recurso político e sim como abertura na proximidade. Portanto, é uma questão sensível e, ao mesmo tempo, ética.
Esse debate rende muita coisa, e ainda propicia uma visão crítica da mídia (de forma embasada) para todos nós ;)
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Chegamos em algo palpável???
No primeiro post, comentei que achei essa matéria bem “cult” e que tinha uma chance muuuuitooooo grande de não gostar dela por um motivo bem simples: arte não é minha ilha.
Porém, se tem algo que aprendi com os meus livros de empreendedorismo é que, não dá pra montar uma boa empresa sem construir uma base firme. Enquanto estava no Intercom Norte, a disciplina entrou no plot point, onde chegou a hora da Estética da Comunicação.
Para Martino (2016), P.S.: Esse é o da Cásper gente, meu sonho conhecer ele S2 S2 S2, pensar Estética da Comunicação é estudar a “relação que se forma no encontro entre subjetividades, seus conhecimentos e seus afetos, mediados por um mundo cotidiano com o qual estão em constante interação”.
Ou seja, esse campo de estudos visa compreender a “contínua reconstrução do mundo ao seu redor”. Como será que os mass media ajudam a construir o mundo em que vivemos???
Acredito que aqui posso dar dois exemplos pessoais:
1) Nunca fui assaltado (já tentaram me assaltar, mas eu fugi - NÃO FAÇAM ISSO PELO AMORDE), porém morro de medo de sair de casa a qualquer hora do dia pois sempre que vejo tv, alguém foi morto e lalalalal.
Meus avós são pessoas que sonham na volta da ditadura, porque (segundo eles) nessa época, as cidades eram seguras. Só que assim, até hoje a gente descobre coisas da ditadura que, na época, as pessoas não sabiam. Hoje, com toda a tecnologia, se alguém morrer na fronteira dos EUA, eu tenho como saber. Então, será que a cidade está mais violenta OU será que as pessoas estão sentindo a cidade mais violenta pois sabem de todos os crimes?
Eu, como um mero ladrão de batatas da fazenda alheia, acredito na segunda opção. Com tantas notícias sobre a violência na mídia, me sinto apavorado quando coloco o pé fora de casa. Esse é um caso de uma experiência estética (bem negativa) causada pela mídia (SIM BACCI E JOEL, OS CULPADOS SÃO VOCÊS - e eu que ainda assisto esses programas).
2) Quem me conhece, sabe que me esforço (E MUITO) para construir uma imagem de uma pessoa cosmopolita. Porém, tenho meus guilty pleasures (que são muitos), principalmente Reality TV. Sim, eu sei que muito provavelmente não é a realidade que está lá, mas eu gosto mesmo assim. Um desses programas é o Casos de Família, que com todas os questionamentos que podem E DEVEM SER FEITOS (Danila, bora fazer um artigo sobre esse programa pfvvvv!!!!!!!!!), conquista a audiência dos brasileiros.
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Só nesse case, vem mil relações com os textos da disciplina.
Braga afirma que vivemos estamos ao redor de diversos objetos que são vetores de experiência estética. Aqui, a questão não é o produto, mas qual experiência e reflexão posso ter com/a partir (d)ele. Esses programas populares exploram, segundo Guimaraes e França (2006, p. 107), personagens da vida ordinária.
(...) podemos pensar que a cultura midiática não produz apenas alienação e consenso. A potencialidade do choque não estaria necessariamente abolida pela padronização das representaç��es, mas persiste e se insinua através da mobilidade, da oscilação, do desenraizamento trazidos pelos produtos culturais da era da reprodutibilidade técnica.
Quando você assiste, as histórias de pessoas LGBT’s que não aceitas pela família, de mulheres que não se sentem bem com seu corpo e de relacionamentos abusivos te colocam em um lugar cômico (sim, a gente ri de quão absurdo é a desgraça alheia) e depois te colocam em uma posição de reflexão: por que uma mulher magra e bonita coloca silicone de carro no seu corpo? por que alguém aceita inúmeras traições do parceiro?
“Essa sessão da tarde abre janelas incômodas - que não vão necessariamente alterar nosso quadro de percepções - mas cujo potencial de afetação não pode ser negligenciado ou descartado a priori.” (GUIMARAES, FRANÇA, 2006, p. 108).
Só sei que quero escrever mil artigos sobre esses temas, acho que me encontrei aqui S2 S2 S2 S2 S2
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Obra de arte e reprodutibilidade técnica
No mundo dos negócios, as empresas não estão mais querendo “simplesmente” vender um produto. Hoje, o objetivo principal é oferecer ao consumidor uma experiência. Uma experiência que agregue valor simbólico ao financeiro. Será que um iPhone vale 3 mil reais ou mais mesmo? Ou será que as pessoas pagam essa quantia mais para ter uma experiência Apple em vez do produto em si???
Essa busca pela experiência não é algo recente, pois as obras de arte já buscavam por ela no passado. O objetivo de uma pintura ou escultura não é simplesmente “ficar olhando”, mas sim compreender o que está explícito (e implícito) nesta obra e pensar sobre a contemporaneidade.
Na era onde as obras de arte podem ser reproduzidas até nos celulares, um questionamento volta a ser abordado pelos pesquisadores: será que a aura está sendo perdida? Eu nunca fui em Paris, mas já vi a Mona Lisa em diversos locais. Porém, será que a experiência que tive vendo essa obra foi a mesma de quem a viu no Louvre?
Ou seja, a obra perde a sua singularidade, mas se torna acessível a todos. E as obras produzidas pelo mercado capitalista, será que tem aura?
Vamos considerar o mundo das séries. A Netflix produz obras para serem maratonadas enquanto a televisão ainda apresenta semanalmente os conteúdos. Quando uma série de TV entra no catálogo do serviço de streaming, você pode escolher: assistir de uma só vez ou dividir ela de n formas. Se você parar pra pensar, ela não foi feita para ser maratonada, ou seja, a experiência proposta pelo autor foi a semanal. Porém, devido ao avanço da tecnologia, você pode conferir a mesma obra com uma outra experiência.
A reprodutibilidade técnica está oferecendo um novo panorama para a sociedade. Precisamos compreender que essa transformação não deve ser vista só como algo negativo, mas também como uma oportunidade de democratizar o acesso da arte (ainda vista como elitista por alguns setores da sociedade) e possibilitar que mais pessoas conheçam as diversas culturas do mundo.
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Pensar decolonial....
Estudar é uma oportunidade que infelizmente nem todas as pessoas tem. Com a educação, podemos conhecer novas visões de mundo e descobrir informações que nem sabíamos da existência. Essa foi uma das sensações que senti no final do "pensar decolonial".
Sim, o Brasil foi colonizado pelos portugueses e com a globalização, recebemos muitas informações dos Estados Unidos. Ou seja, por mais que tenhamos uma cultura rica, ainda consumimos e vivemos as culturas dos "colonizadores".
Quando converso com meu irmão sobre os desenhos preferidos dele, sempre aparece as histórias do Ben 10 e do Incrível Mundo de Gumball (produções norteamericanas). As últimas séries que assisti antes de escrever esse post foram Dynasty e For The People, ambas norteamericanas.
Depois da aula fiquei me questionando e pude perceber que sim, sou muito mais fruto da cultura norteamericana do que a da brasileira. As expressões que falo são em inglês, os personagens que me inspiro são de lá e até minhas roupas são parecidas com as que os gringos usam.
Isso não é algo errado, mas é algo que precisa ser sim problematizado. Será que estamos contando a história brasileira de uma forma brasileira ou de uma forma estrangeira??
Será que o Brasil já não tinha sido descoberto pelos povos indígenas ou será que foi pelos portugueses? Será que os jovens das próximas geração conhecerão o trabalho de outras culturas ou apenas as dominantes. Vejo que o decolonial não é simplesmente questionar o modelo atual, mas também de valorizar as diversas culturas do mundo e propiciar que elas mesmo escrevam suas histórias. O fenômeno do KPop e da série La Casa De Papel não estão presos a este modelo. Esses produtos trazem consigo histórias e culturas diferentes da norteamericana e valorizam os traços, respectivamente, da Coreia do Sul e da Espanha.
Ser decolonial é mais que um discurso acadêmico. É uma oportunidade de refletir sobre algo que está tão intrisenco entre nós e que acabamos não percebendo. É a chance de abrir os nossos olhos para outras histórias, muitas vezes silenciadas pela mídia e que se ouvidas, devem render tanto (ou mais) do que as dos colonizadores.
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Estética e arte
Todas as pessoas sabem que a zona de conforto é algo que não existe. Todos os dias enfrentamos desafios, missões, tristezas e alegrias nas nossas vidas. E, por mais que alcancemos um lugar “tranquilo”, as adversidades continuam aparecendo.
Essa constatação é apresentada de maneiras diversas nas séries, livros, filmes e etc. Em alguns, o conforto é apresentado como tédio. Quais aventuras/desafios uma pessoa enfrenta na rotina?
Em outros, a zona é apresentada como a premiação pelas lutas. Após todas as provações do destino - e dos vilões -, os protagonistas conquistam a paz e vivem felizes para sempre no paraíso. Pelo que percebo, essa é a visão da maioria das pessoas. Esse é o belo da sociedade.
Em primeiro lugar, precisamos compreender o que significa essa beleza. Para os gregos, o belo (no sentido específico da estética) é o que agrada ver e ouvir. Segundo Benedito Nunes, “no belo estético há, pois, uma antecipação das qualidades morais que o homem deverá possuir e expressar em seus atos.”
Uma das essências desta beleza é o luxo. No passado, ouro e outros metais preciosos faziam parte da decoração das casas e palácios, atrelando um valor imensurável a estes ambientes: o prazer de viver em uma beleza universal. Na visita ao Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP), me senti transportado a uma das novelas de época da Globo.
Foi uma experiência incrível, sentir que você está em uma realidade paralela de glamour é algo que não está na minha realidade (e na de muitas pessoas também). Aqui, podemos perceber que o luxo é considerado uma beleza universal. Guardando as devidas proporções, um visitante de um Palácio Europeu pode sentir a sensação que senti lá também, pois o valor atribuído ao requinte é universal.
Secundariamente, temos que entender que esse fator é algo material. Por mais que muitos precisem objetificar as coisas para compreendê-las, nem todos veem isso como belo. Platão desvalorizava as atividades manuais e só considerava belo a poesia: arte inacessível a todos e que eram concebidas por meio do divino.
Porém, mesmo com essas considerações, é inegável o valor que as obras “físicas” tem no mundo. Mesmo sendo “representações” de suas épocas, elas cumprem um importante papel: contar a história de seus povos.
No MHEP está exposta a tela “Conquista do Amazonas”, pintada por Antonio Parreiras. A obra impressiona a todos com sua magnitude e ajuda o público a compreender a história da Amazônia.
Porém, uma pergunta deve ser feita nos dias atuais: o que é belo? Será que só o que está exposto nas galerias de arte é belo? Será que outras obras/manifestações não são belas? Será que, nos dias atuais, apresentar valores e ações diferentes do padrão são transgressões morais e as pessoas que a cometem não são belas?
Sim, muita coisa tem que ser questionada sobre o belo e deixo essa reflexão para você leitor (e me incluo nela também). Na correria do dia a dia, não temos tempo de parar e refletir sobre isso mas, garanto que tirar dois minutos para pensar sobre isso pode ajudar a transformar o nosso olhar ;)
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Uma aula bem “cult”
A ideia desse portfólio, pelo menos como entendi, é relatar as experiências que tivemos/teremos durante essa disciplina. De verdade, eu achei uma ideia bem bacana, mas eu não imagino qual deve ser o formato e tals.
Como estamos no #Tumblr, decidi fazer esses primeiros posts no estilo de um diário. Vou aproveitar que estou num espaço livre para contar um pouco do que estou achando da disciplina, minhas expectativas para as aulas e mt+.
Nesse post, vou comentar um pouco sobre a primeira aula da disciplina. Antes de tudo, eu era um dos únicos da turma que conhecia a professora, afinal, faço parte do grupo de pesquisa dela.
Dentro do #COMPOA, a Dani sempre foi bem elegante, fala de um jeito chique e apresenta temas bem bacanas para o debate. Estava com uma expectativa bem alta para a disciplina e quando cheguei lá, só fiquei com uma reação: CADÊ A DANILA???
A vibe paz e amor dominou a turma (a minha metade não é assim, por isso estranhei) com uma roda de debate, parecendo algo hipster. Nada contra essa metodologia, afinal, se uma metade gostou, então ela é boa. Porém, não é o método que eu gosto, mas enfim, continuando...........
Nessa roda de conversa, todo mundo se apresentou e tals. Foi a primeira experiência da disciplina, uma experiência hipster que não gostei.
Depois, quando eu achava que não dava pra ficar mais doido, descobri que achava errado. Na volta do intervalo, a sala virou uma galeria de arte (aquela que o povo hipster passa o domingo, o mesmo pessoal que “admira” o por-do-sol).
Ahi, dentro de várias peças artísticas espalhadas pelo chão (eu sei que é arte, de vdd, mas como eu não entendo dessas coisas, pra mim é só mais algo cult), mais uma aparecia no datashow, uma videoarte de um cara comendo uns bichos lá. Nem gosto de lembrar, pq já me dá vontade de vomitar (sério gente, é cult, mas não deixa de ser nojento).
Depois de tudo isso, ficou um grande questionamento dentro de mim: pq não consigo enxergar todas essas coisas como algo legal? Algo que as pessoas tiram o domingo pra fazer e tals?
É algo que queria entender, pois eu vejo que grande parte da minha turma (e dos jovens em geral) gosta dessas coisas, acha legal e vejo a felicidade nos rostos deles quando comentam essas coisas. Eu sinto essa felicidade quando comento das minha novelas e séries, mas sempre vejo as viradas de olhar pq para muita gente, o que gosto é futilidade e não arte.
Será que só essas coisas cults são arte? Será que preciso mudar quem eu sou para poder encontrar a felicidade que eles tem e eu não? Será que todas as aulas dessa disciplina vão ser tão doidas como essa?
São muitas perguntas e pouquíssimas respostas no meu tico e teco. O jeito é esperar até os próximos encontros e torcer para entender algo dessa disciplina, pois quero aprender essas coisas meio cults pq parece que são importantes (se não fosse, elas não estariam na grade né theus!).
XOXO
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