disparando-seu-miocardio

[disparando-seu-miocardio]

Uma planta morreu, porque dei a ela muita água. Então entendi que oferecer demais, mesmo que seja para fazer o bem, nem sempre é bom.

[disparando-seu-miocardio]

 Fazia muito tempo que não escrevia. Alguns autores costumam dizer que a criatividade surge nos piores momentos e que não há textos que nunca passaram antes pelos dedos de um autor nesse estado. E aqui estou eu, de frente pro computador, com os dedos mergulhados no teclado após me entupir com uma caneca de chocolate quente (há quem diga que o açucar amenize os sintomas, não é mesmo?) comprovando essa tese.

 A verdade é que depois de  muitos meses plenos do que costumo julgar de amor e felicidade, me pego hoje com o coração angustiado e uma imensa vontade de deixar as lágrimas rolarem... assim como qualquer outra pessoa deveria, mas sou eu...  e minha mania de ser orgulhosa com todo mundo.

 Hoje eu finalmente parei pra pensar em uma porrada de momentos e depois de uma conversa tida ontem, comecei a dar razão. Faz um tempo que eu venho e quero acreditar que minha vida anda bem. Sabe, depois de todos os conflitos passados eu prefiro acreditar que tudo esteja assim... Não é por mal, é que eu tenho essa mania de ponderar os momentos mínimos pra valorizar somente os que realmente mais me importam, por essa razão, muitas vezes acabo observando e dando enfase somente ao lado bom das coisas. Talvez seja uma maneira  que achei pra me proteger da maldade que eu sei que existe no mundo, ou talvez eu apenas seja um pouco como a famosa Poliana fazendo a brincadeira do contente pra achar um lado positivo pra continuar acreditando e tendo fé, até nos piores dias. 

 Há um tempo atrás, achei que finalmente tinha amadurecido com todas as experiências passadas que cá entre nós, não foram muito positivas. Acreditei que finalmente tinha deixado o meu exagero de ingenuidade de lado, mas hoje no meio dessa bagunça toda, abri a gaveta e ela está lá me dando um oizinho. Cheguei a conclusão que no fundo não mudamos, apenas absorvemos as situações e retiramos o que julgamos necessários pra guardar como bagagem pras próximas aventuras, mas a essência, o que realmente somos. permanece, mesmo que escodidinho em um canto escuro e com medo.

 Esse texto não á pra contar como a vida é uma merda (afinal, isso todo mundo já sabe), nem pra relembrar que a tristeza sempre vai aparecer independente do quanto esteve sumida. É só o desabafo de uma garota em plena terça feira que dessa vez tinha achado que aprendeu e pegou o jeito de como viver e no final percebeu que não mudou nada, continua sendo somente uma estagiária nesse assunto.

[disparando-seu-miocardio]

“Sensível pra cacete, maldosa na mesma intensidade.”

— Tati Bernardi. 

[disparando-seu-miocardio]

“As qualidades são fáceis de ser aceitas, é fácil amar quando a pessoa só demonstra seu lado bom, difícil é amar os defeitos, difícil é permanecer ao lado nos dias tristes, difícil é encontrar uma pessoa que vai enxugar as lágrimas se elas teimarem em continuar caindo. É fácil amar o bonito, o rico, o popular. Difícil é amar aquele que não tem nada a te oferecer a não ser o coração.”

— Mikaela Dutcovsky

[disparando-seu-miocardio]

“A verdade é que não sei o que fazer comigo, mas também não aprisiono ninguém no meu mundo de incertezas. Como levarei alguém comigo, se nem sei para onde quero ir? Seria muito egoísmo da minha parte… É, ando meio indeciso comigo, mas certo de que, a indecisão só é saudável, quando ela só machuca a gente.”

—

[disparando-seu-miocardio]

Tenho uma tarefa especial pra você que vive reclamando da sua vida

Consiste em algo bem simples, e eu não quero muito, apenas desejo que pegue um dia qualquer do seu calendário, uma folga, um dia que não tenha compromissos ou até mesmo apenas algumas horinhas livres e vá ao hospital de Clínicas da Unicamp. Não precisa de muito, mas quero que entre nos corredores e observe todos que ali estão. Observe as filas de espera, as macas pelos corredores, as pessoas nas cadeiras de rodas, as crianças chorando no colo dos seus pais e as muitas ambulâncias que chegam com urgências e emergências a todo momento.

Desejo que tire uma horinha do seu dia pra visitar um asilo ou um orfanato, dessa vez de sua preferência, mas que não fique só observando. Quero que sente e converse meia horinha com qualquer pessoa que ali encontrar.

Desejo que um dia tenha a oportunidade de participar de projetos sociais e voluntários e visite como "doutor da alegria" hospitais oncológicos e algumas pediatrias.

Observe quantas pessoas tem tudo pra reclamar da vida, quantas pessoas tem motivos pra se entregar completamente nas derrotas, mas, ao invés disso, prefere agradecer e ser grato por mais um dia, por mais essa nova oportunidade de continuar lutando, de continuar vivo.

Aí sim, depois de visitar todos esses lugares, ouvir e observar todas essas pessoas eu te dou totalmente liberdade pra reclamar e julgar como quiser a sua vida. Momentos ruins todos nós passamos, nem Jesus pôde evitar passar pela cruz. Então por maior que seja seu problema quero dizer que você não está sozinho e não é o fim do mundo, a diferença está em parar de reclamar por coisas pequenas e agradecer pelos detalhes que fazem toda diferença.

- Mikaela Dutcovsky

[disparando-seu-miocardio]

"Se você puder ser luz na vida de alguém, não meça esforços nem regule o tamanho do brilho, chegue logo sendo um castiçal, um lustre, um farol. Se você puder ser luz, que você seja capaz de realmente iluminar."

- Mikaela Dutcovsky

[disparando-seu-miocardio]

Desejo que encontre

alguém.

Desejo que encontre alguém que não tenha medo de amar, alguém que não tenha tantas cicatrizes como eu tinha, ou que até tenha, mas, que se jogue de cabeça assim como você se joga e eu nunca fui capaz de me jogar.

Quero que encontre alguém que de vez em quando te leve pra dançar e dance com você, como eu nunca dancei. Quero que você se sinta bem e sobre tudo, que consiga se soltar e fazer todas aquelas dancinhas estranhas. No começo sei que esse novo alguém pode achar engraçado, mas no final vai concordar comigo e vai agradecer a Deus pela sorte, porque você fica linda sendo você!

Quero que encontre alguém que te escreva textos clichês pra te tirar suspiros, que te presentei com flores, de preferência aquelas que vai encontrar pelo caminho ao ir a sua casa e que se sobrar um dinheiro e quiser agradar, passe naquela lojinha e compre aquele ursinho que segura uma plaquinha escrita "eu te amo" ou até mesmo uma barra de chocolate, desde que a entrega seja inusitada. Você é uma garota que nasceu na época errada e merece alguém que acredite e aflore ainda mais esse romantismo em você. Isso é o que te faz diferente.

Quero que encontre alguém que sempre segure e ande de mãos dadas com você pelas ruas, que te abrace forte em toda chegada e te beije lentamente em cada despedida, mas, sobre tudo alguém que te fale todos os dias o quanto tu é linda, mesmo que você insista em ficar envergonhada e dizer que é um exagerado. Eu sempre soube que no fundo você gostava disso, antes de admirar palavras sempre admirou atitudes.

Quero que você conheça alguém que não tenha vergonha de pedir desculpas se um dia estiver errado e que arrume tempo na agenda, na vida e no coração, porque sabe que a presença é algo importante. Alguém que não tenha medo se de mostrar frágil, mesmo que isso pareça patético e que sobre tudo ele nunca deixe você ir dormir com dúvidas sobre o amor de vocês.

Desejo que você conheça alguém que seja exatamente o oposto do pouco que um dia fui pra você. Alguém que valorize o mulherão da porra que você é e te fale isso todos os dias. Alguém que te faça sorrir, que acredite em você mesmo após um dia cheio de conflitos quando você beijar a testa e dizer que "vai ficar tudo bem", porque acredite, vai ficar. Alguém que saiba seu sabor de sorvete preferido, que zombe da sua carinha de brava, que te motive ser alguém melhor todos os dias, que te faça se sentir segura entre seus braços e que nunca, jamais, em hipótese alguma te dê motivos pra partir.

Desejo que conheça alguém que vire o mundo do avesso, mas que faça todas as coisas que eu deveria ter feito quando eu era esse alguém.

- Mikaela Dutcovsky

[disparando-seu-miocardio]

E se um dia...

E se um dia seu celular tocar no meio de uma madrugada e o visor notificar meu nome, não atenda. Provavelmente eu estou embriagada em algum barzinho dessa fria cidade, eu não sei de cor seu número e a música que tocava no ambiente nem me lembrou de você.

E se um dia eu passar em frente da sua casa, e as pessoas falarem que me viu pelas redondezas, não ligue. Se me ver, finge que não viu. Provavelmente eu nem lembrava do seu endereço, só passei nessa rua porque o caminho era mais curto pro destino que eu precisava traçar.

E se um dia por mera coincidência me encontrar pelas ruas, e eu fixar meu olhar nos seus olhos, não se iluda achando que foi planejado. Provavelmente eu não te reconheci de primeira, não vi que estava com aquela camisa favorita ou que continuava andando daquele mesmo jeitinho, só queria me certificar de quem realmente era.

E se um dia eu te mandar alguma mensagem dizendo que eu te amo, não acredite. Provavelmente fui desafiada por algum amigo a fazer isso, eu não estava consciente sobre meus atos.

Porque você sabe, eu nem amo mais você...

- Mikaela Dutcovsky

[disparando-seu-miocardio]

Já era tarde, em torno de umas 23:00 quando meu celular tocou. Era você!

Com aquela voz rouca, acompanhada de um sorriso cafajeste que questionava minha localização. Não hesitei e fui sincera, respondi que estava em casa e como sempre, sem frecura, nem marra, perguntou se poderia me buscar.

- Dez minutos!

Tempo necessário pra me levantar do sofá, colocar aquele vestidinho preto, dar uma bagunçadinha no cabelo e passar aquele batom vermelho que sempre soube que o instigava.

Pontualmente, meu celular vibrou e a notificação indicou que já havia chegado. Passei meu perfume, dei uma checada no espelho e desci a escadaria do prédio ao seu encontro. Chegando à portaria, já avisto o carro preto todo insufilmado, que ao me visualizar acende os faróis e parando na minha frente, desce o vidro da porta do passageiro me presentendo com um sorriso, aquele maldito e maravilhoso sorriso.

Entrei no carro. Beijinhos no rosto como de costume e ao girar a chave e ligar o motor, uma mão foi pro volante, mas, a outra desceu pela minha coxa, como sempre fazia. Não demorou muito pra soltar elogios como "você está surpreendente como sempre" ou "Estava morrendo de saudades do seu cheiro". Você sempre foi gentil.

O destino final?! Seu apartamento! Apartamento que dê certa forma já estava acostumado com meu cheiro em seus lençóis. No caminho, dentro do elevador, alguns beijos lentos acompanhados das suas mãos maliciosas deslizando sobre minha cintura de forma a me puxava forte contra seu peito.

Até que a porta se abriu indicando que havíamos chegado.

Você destrancou a porta, abriu e gesticulou para que eu entrasse primeiro. Me deixou avontade na sala e foi até a cozinha, voltando com duas taças e um vinho em mãos. Vinho forte, tinto, como sempre gostamos. Bebemos uma garrafa inteira naquela noite e entre sorrisos e gargalhadas me pegou em seus braços e me levou em direção ao quarto.

Colocou-me sobre a cama e voltou-se em direção a porta e suavemente pude ouvi-la ao se fechar. Voultou-se em minha direção, puxou-me pela cintura me levantando e virando-me a sua frente de modo que sentisse sua respiração ofegante, lenta e quente em meus lábios. Pegou-me no colo e colocou-me sobre um móvel empurrando tudo que estivesse ali encima ao chão. E me beijou, transpassando todo calor que permanecia no teu corpo pro meu.

Minhas mãos desceram sob seu peitoral desabotoando cada botão da sua camisa social branca enquanto você deslizava o zíper do meu vestido nas minhas costas. Sua camisa foi ao chão e minhas unhas seguraram fortes seu peitoral. Você sussurrou ao pé do meu ouvido o quanto eu era incrível e o sorriso escapou com facilidade dos meus lábios. Mordi com carinho sua orelha e senti seu corpo arrepiar de forma lenta e contínua a cada toque.

Você me puxou com força para mais perto, pegou-me novamente em seu colo e jogou-me em sua cama. Lugar onde distribuiu beijos pelo minha barriga e mordiscou meus seios enquanto retirava meu sutiã. Ao descer até as coxas, após retirar minha calcinha beijou-me lentamente olhando fundo pra dentro dos meus olhos enquanto eu segurava seus cabelos entre minhas mãos. Chupou-me com intensidade e adicionou um dos seus dedos me fazendo ficar molhada e implorar por mais prazer. E implorar por você!

Se levantou da cama, me colocou sentada na sua frente, soltou o cinto e deslizou o zíper de sua calça de forma que sua mão segurou com força meus cabelos pela nuca e encaixou meus lábios em seu corpo. Ao olhar pra você te vejo delirar entre beijos e chupadas, em sussurros "não para, não para".

Foi até o guarda-roupas e pegou as famosas algemas onde fechou um dos lados em meus punhos e o outro na cabeceira. Vendou meus olhos e a partir daquele momento só ouvi e senti suas mãos escorrendo por entre meu corpo. Veio entre as minhas pernas, beijou minha boca como se aquele fosse o último beijo que ganharia no mundo e encaixou-se lentamente seu corpo ao meu. Enquanto movimentava-se segurou firme em minha cintura onde também mordiscava meus seios fazendo com que meu corpo ficasse mais sensível e arrepiado a cada toque.

Ao final da noite desprendeu meus braços das algemas, tirou a venda dos meus olhos, A abraçou-me colocando minha cabeça entre seu peito e jurou-me olhando dentro dos meus olhos que não precisava de mais nada nesse mundo. Aquele momento era o suficiente, aquele momento era tudo!

No outro dia de manhã, simplesmente acordou apressado. Me acordou sem um "bom dia" justo, ou ofereceu-me uma simples xícara de café. Me disse pra me vestir logo pois me deixaria em casa, justificou dizendo que precisava correr pro serviço. No carro suas mãos permaneceram intactas no volante e seus olhos fixos no trânsito. Estacionou e me deixou na porta do prédio não me dando nem a chance pra poder dizer algo ao me despedir.

Mais uma vez caí no conto do "estou com saudades". Eu era incrível, mas não pra segurar minhas mãos durante o dia ou me apresentar em um domingo a família. Eu era linda, mas somente quando lhe proporcionava prazer.

- Mikaela Dutcovsky

[disparando-seu-miocardio]

[disparando-seu-miocardio]

“Nenhuma palavra foi dita. Nenhum gesto foi demonstrado. Nenhuma atitude foi iniciada. No ar, somente suspiros… E nesse momento eu soube: não nos pertencíamos mais.”

—

[disparando-seu-miocardio]

“Não busco mais um amor; busco paz. Se isso vier em forma de amor, confesso, no maior tom de alegria, que tirei a sorte grande.”

—

[disparando-seu-miocardio]

“Namore alguém que antes de namorado, seja amigo. Alguém com o qual possa sair toda descabelada, com aquele seu pijama velho que pra ele continuará a mais linda. Namore alguém que te morda toda vez que fazer bico. Alguém que não pense duas vezes quando o assunto é ir te ver. Namore alguém que te olhe como se você fosse a coisa mais preciosa que alguém poderia ter. Alguém que cuja palma da mão conhece cada detalhe pois vive com as mãos entrelaçadas as suas. Namore alguém que te diga todos os dias o quanto tu és especial. Alguém que te leve pra conhecer os pais, os amigos e até mesmo os vizinhos. Namore alguém que te leve ao parque, ao cinema ou até mesmo a balada. Alguém que não tenha medo de gritar aos quatro ventos o quanto te ama. Namore alguém que te abrace como se o mundo pudesse desabar lá fora que você está protegida. Alguém cujo sorriso é o motivo do seu. Namore alguém que te ame.”

— Mikaela Dutcovsky

[disparando-seu-miocardio]

“Esses dias me perguntaram quem eu sou. Parei um pouco, pensei por alguns instantes e hesitei em responder que não passo de uma inconstante. Sou brisa leve de verão, mas também sou ventania de inverno. Sou as ondas calmas de alguma praia tranquila e ao mesmo tempo um tsunami. Eu sou uma metamorfose que ainda está em fase de transformação.”

— Mikaela Dutcovsky

[disparando-seu-miocardio]

“Digita. Apaga. Digita. Apaga. Isso acontece quando sentimos tanto que nem sabemos como descrever.”

— Mikaela Dutcovsky

[disparando-seu-miocardio]

“As vezes, parece que a tempestade é forte demais e o seu guarda-chuva não é o suficiente pra lhe proteger. Eu sei… as vezes tudo que você quer é largar tudo e ser tempestade. Mas aguente firme. Há sempre um arco-íris lhe esperando no final. Há sempre um amanhecer ensolarado que merece ser contemplado.”

— Mikaela Dutcovsky